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DEFESA DO CONTRIBUINTE EM JUÍZO • Peças de resistência do contribuinte • Peças Especiais do Contribuinte • Peças de Satisfação/Proteção do crédito tributário Ação Declaratória Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO - AÇÃO DECLARATÓRIA (ART. 4º do CPC). 1. Pretensão declaratória que se ajusta com perfeição ao comando do art. 4º do CPC. 2. Interesse juridicamente protegido, para saber se há incidência do ICMS sobre a matéria prima que deu origem a produto avariado. 3. Recurso especial provido. (REsp 26124 / SP - Ministra ELIANA CALMON - DJ 16/11/1999 p. 201) Tutela Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303. CABE DECLARATÓRIA APÓS AJUIZADA A EXECUÇÃO FISCAL??? Competência Justiça Comum – Fazenda Pública Justiça Federal Juizados Especiais? 9 Partes Autor Réu 10 Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Relação Tributária MM. Juízo de Direito da...Vara de Fazenda Pública da Comarca…(art. 319, I do CPC) Autor..., inscrito no CNPJ sob o n.º..., com endereço... E endereço eletrônico..., por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da sociedade de advogados…, inscrito no CNPJ sob o nº..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos dos artigos 19, I, 300 e 319 do Código de Processo Civil, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... e endereço de email…, na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. I) DA IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO – art. 319, VII do CPC II) DOS FATOS III) DO DIREITO a) Cabimento IV – DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA – arts. 300 e 303 do CPC V – DO PEDIDO Em razão do exposto, requer o Autor: a) a concessão da tutela de urgência para suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, V do CTN, 300 e 303 do CPC; b) a citação do Réu na pessoa do seu representante legal; c) julgamento pela procedência do pedido para que seja declarada inexistente a relação jurídica tributária objeto da presente, na forma do 487, I do CPC e, confirmando a tutela ora requerida; d) requer seja condenado o Réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios, na forma do art. 85, § 8º do CPC. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, na forma do art. 369 do CPC. Dá-se à causa o valor de R$.... para fins meramente fiscais, na forma do art. 291 do CPC. Temos em que, Pede deferimento. Local..., data... Advogado OAB nº... (36º Exame de Ordem) Em razão de decisão tomada no CONFAZ, firmada pelos secretários da Fazenda das 27 unidades da Federação, foi aprovada no Congresso Nacional uma lei complementar com as seguintes disposições relativas ao ICMS: o art. 1.o iguala em âmbito nacional a alíquota do ICMS incidente sobre a produção e comercialização do arroz, passando do que era, em média, 10%, para 30% em todas as unidades da Federação; o art. 2.o determina que, nas operações que destinem quaisquer mercadorias para o exterior, seja mantido e aproveitado o montante do crédito do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; o art. 3.o determina que, nas operações de vendas isentas, os contribuintes vendedores tenham igualmente o direito à manutenção e ao aproveitamento do montante do crédito do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. A cláusula de vigência dessa lei, publicada em 31 de maio de 2008, reza, apenas, que a lei entra em vigor na data de sua publicação. Em 30 de junho de 2008, o secretário da Fazenda do estado de São Paulo editou decreto de regulamentação de tal lei, no qual se estabelece a exigência das novas alíquotas a partir de 1.o de janeiro de 2009. Considerando a situação hipotética acima apresentada e supondo que você tenha sido contratado(a) por uma empresa agropecuária produtora e exportadora de arroz, situada e domiciliada em São Paulo, para ajuizar uma ação judicial com vistas a evitar prejuízos tributários decorrentes da lei mencionada, elabore a peça judicial adequada a atender às pretensões de sua cliente. A peça não deve conter pedido ou causa de pedir que fira o texto constitucional ou que, de alguma forma, prejudique o cliente. . AÇÃO ANULATÓRIA É uma ação cuja finalidade é anular ou desconstituir o crédito tributário (constitutiva negativa). Terá como autor o sujeito passivo da relação jurídico-tributária (contribuinte) e como réu o sujeito ativo daquela relação (fisco). A ação anulatória será ajuizada em face do ente federado (União Federal, Estado, DF ou Município). Assim como o MS Repressivo, a Ação Anulatória será ajuizada após a constituição do crédito tributário. Enquanto a ação declaratória produz efeitos futuros, ao afastar uma cobrança futura, a ação anulatória somente produz efeitos pretéritos, pois anulará um crédito tributário já constituído. Previsão no art. 38 da Lei nº 6.830/80; EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO Lei nº 6.830/80, art. 38. A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta Lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. . A Lei nº 6.830/80 exige o depósito prévio na Ação Anulatória para fins de discussão judicial do crédito tributário. Todavia, a exigência de depósito prévio, como requisito de admissibilidade da Ação Anulatória, é inconstitucional, tendo em vista que viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional, previsto no art. 5º, XXXV, da CRFB. Ademais, o extinto TFR e o STF já pacificaram tal entendimento quando da edição da Súmula nº 247 e da Súmula Vinculante nº 28, respectivamente. CRFB, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Súmula Vinculante nº 28, STF: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. Súmula nº 247, TFR: Não constitui pressuposto da Ação Anulatória do débito fiscal o depósito de que cuida o art. 38 da Lei nº 6.830/80 DEPÓSITO PRÉVIOCOMO DIREITO DO CONTRIBUINTE Em que pese a exigência de depósito prévio, como requisito de admissibilidade da Ação Anulatória, ser inconstitucional, em razão de violar o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional, previsto no art. 5º, XXXV, da CRFB, tal depósito é um direito do contribuinte. Ou seja, o contribuinte não pode ser obrigado a efetuar o depósito, mas querendo, pode realiza-lo para que a exigibilidade do crédito tributário seja suspensa, na forma do art. 151, II, CTN, desde que o depósito seja integral e em dinheiro (Súmula nº 112, STJ). CTN, art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: II - o depósito do seu montante integral; Súmula nº 112, STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO ADMINISTRATIVA QUE DENEGAR A RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO CTN, art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. TUTELA ANTECIPADA (ART. 294, CPC) A Ação Anulatória poderá ser ajuizada com pedido de tutela (arts. 294, 300 e 303 do CPC) para fins de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, V, CTN. CTN, art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; REQUISITOS DA TUTELA oFumus boni iuris oPericulum in mora COMPETÊNCIA 1)O TRIBUTO É FEDERAL, ESTADUAL MUNICIPAL OU DISTRITAL? • Federal: ...Vara Federal da Seção Judiciária... • Estadual, Municipal ou Distrital: ...Vara de Fazenda Pública da Comarca... 2)ART. 109, CRFB (VIS ATTRACTIVA DA JUSTIÇA FEDERAL) Súmula nº 508, STF: Compete a justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. Súmula nº 517, STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou opoente Súmula nº 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Lei nº 10.259/01, art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. §1º. Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas: I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal; Art. 6º. Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996; II – como rés, a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais. AÇÃO ANULATÓRIA COM DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL MM. Juízo de Direito da...Vara de Fazenda Pública da Comarca... (Art. 319, I do CPC) Autor..., inscrito no CNPJ sob o n.º..., com endereço... e endereço eletrônico..., por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da sociedade de advogados…, inscrita no CNPJ sob o nº ..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Civil, art.151, II do Código Tributário Nacional e artigo 38 da Lei 6.830/80, propor a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO COM DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... e endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. I – IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO – Art. 319, VII do CPC II – DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL Apesar da edição da sumula vinculante 28 do STF, o contribuinte pode efetuar o depósito do montante integral do crédito tributário, com a finalidade de suspender a sua exigibilidade. Assim, atendendo ao disposto na sumula 112 do STJ, requer o Autor no caso em tela, seja deferida a expedição de guia de depósito no valor integral do crédito tributário em discussão, suspendendo a exigibilidade do crédito na forma do art. 151, II do CTN. III – DOS FATOS IV – DO DIREITO a) cabimento V – DO PEDIDO Em razão do exposto, requer o Autor: a) a expedição de guia de depósito no valor do montante integral do crédito tributário em discussão, com a finalidade de que seja suspensa a exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, II do CPC e expedida a certidão positiva com efeitos de negativa, na forma do art. 206 do CPC; b) a citação da ré na pessoa de seu representante; c) que seja julgada procedente a presente demanda para fins de se anular o lançamento, extinguindo o crédito tributário respectivo, e determinando o levantamento do depósito efetuado. d) a condenação da ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios, na forma do art. 85, § 3º do CPC. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, na forma do art 369 do CPC. Dá-se à causa o valor de R$..., para todos os efeitos legais, na forma do art. 291 do CPC. Termos em que, Pede deferimento. Local..., Data... Advogado OAB no: ... AÇÃO ANULATÓRIA COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA MM. Juízo de Direito da...Vara de Fazenda Pública da Comarca... (Art. 319, I do CPC) Autor..., inscrito no CNPJ sob o n.º..., com endereço... e endereço eletrônico..., por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da sociedade de advogados…, inscrita no CNPJ sob o nº ..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Civil, art.151, II do Código Tributário Nacional e artigo 38 da Lei 6.830/80, propor a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO COM DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... e endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. I – IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO – Art. 319, VII do CPC II – DA INEXIBILIDADE DO DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL Apesar da previsão constante no art. 38 da LEF, o depósito não pode ser considerado um requisito para ação judicial, tendo em vista a inafastabilidade do Poder Judiciário, prevista no art. 5º, XXXV e sumulas 247 do TFR e vinculante 28 do STF. III – DOS FATOS IV – DO DIREITO a) cabimento V – DA TUTELA DE URGÊNCIA VI – DO PEDIDO Em razão do exposto, requer o Autor: a) a concessão da antecipação dos efeitos da tutela com o objetivo de suspender a exigibilidade do crédito na forma do art. 151, V do CTN, 300 e 303 do CPC.; b) a citação da ré na pessoa de seu representante; c) que seja julgada procedente a presente demanda para fins de se anular o lançamento, extinguindo o crédito tributário respectivo, na forma do art. 487, I do CPC e confirmando a tutela ora deferida. d) a condenação da ré ao pagamento de custas e honorários advocatícios, na forma do art. 85, § 3º do CPC. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, na forma do art 369 do CPC. Dá-se à causa o valor de R$..., para todos os efeitos legais, na forma doart. 291 do CPC. Termos em que, Pede deferimento. Local..., Data... Advogado OAB no: ... MANDADO DE SEGURANÇA É um remédio constitucional (ou remédio heroico), conhecido também por writ ou mandamus; Previsão no art. 5º, LXIX e LXX, CRFB e na Lei nº 12.016/2009; CRFB, art. 5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por a)partido político com representação no Congresso Nacional b)organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Lei nº 12.016/2009 Art. 1º. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. REQUISITOS oDireito líquido e certo: trata-se de direito que pode ser comprovado de plano por meio de prova pré-constituída. Significa dizer que no MS não se admite dilação probatória. Observação: segundo a doutrina, existe uma impropriedade técnica no termo “direito líquido e certo”, tendo em vista que o direito é sempre revestido de liquidez e certeza. Na verdade, são os fatos que deverão estar revestidos de liquidez e certeza para o cabimento do MS. Lei nº 12.016/2009, art. 6º. (...) §1º. No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. §2º. Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. oAto coator: ato, comissivo ou omissivo, administrativo, legislativo ou judicial, praticado por autoridade pública ou agente delegado, eivado de ilegalidade ou abuso de poder. Atos coatores em matéria tributária: a)Lançamento (devidamente notificado); b)Autuação fiscal (penalidades); c)Decisão denegatória da impugnação administrativa; d)Decisão denegatória do recurso administrativo e)Inscrição em dívida ativa; f)Decisão denegatória de benefícios fiscais; g)Denegação de expedição de certidão de regularidade fiscal. Observação: atos interna corporis = o ato interna corporis é aquele reservado à exclusiva apreciação e deliberação do Plenário da Câmara, relacionado com a economia da corporação legislativa, privilégios e formação ideológica da lei e, em princípio, não pode ser apreciado pelo Poder Judiciário, sendo incabível o MS. (TDJF, Conselho Especial, MS 20030020070861, rel. João Mariosa, DJ 09/11/04) o Ilegalidade ou abuso de poder: o termo ilegalidade corresponde a qualquer vício contrário à regra jurídica e compreende a inconstitucionalidade (controle difuso de constitucionalidade), instrumentalizado pela via de exceção, mediante incidente de arguição de inconstitucionalidade. Já a expressão abuso de poder (exercício arbitrário do poder), compreende o desvio de poder (diferença qualitativa dos atos administrativos) e o excesso de poder (diferença quantitativa). MODALIDADES A CRFB não diferencia o MS nas modalidades preventivo e repressivo. Quem realiza tal diferenciação é a doutrina. Inclusive, a Banca Examinadora nunca cobrou a referida diferenciação. oPreventivo: o objetivo é evitar que ocorra a violação do direito líquido e certo. Súmula nº 266, STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. Hipóteses de cabimento do MS Preventivo: (exemplos) a)Lei de efeitos concretos: o MS não é cabível contra lei em tese. Todavia, se uma lei cria uma hipótese de incidência aparentemente ilegal ou inconstitucional, sua publicação já enseja o manejo do mandamus, tendo em vista que produzirá efeitos futuros contra o contribuinte, havendo justo receio de que a violação será eminente. b)Solução negativa de consulta: a consulta é um requerimento administrativo no qual o contribuinte indaga ao Fisco se o regime tributário a que está se submetendo é correto ou não. Sendo incorreto, cabe MS preventivo para evitar autuação. c)Instituição de Contribuição de Melhoria: A instituição de tal tributo enseja a presunção de uma área beneficiada. O MS preventivo é via hábil a esclarecer se o contribuinte se encontra ou não dentro dos limites da área beneficiada. Observação: o MS preventivo NÃO impede o lançamento fiscal. Aliás, nenhuma ação judicial impede tal procedimento administrativo, tendo em vista que é obrigatório, devendo a autoridade fiscal evitar a decadência (art. 142, caput e parágrafo único, CTN). CRÉDITO TRIBUTÁRIO CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A hipótese de incidência é uma mera abstração trazida pela lei que não existe no mundo dos fatos. Uma vez ocorrendo no mundo dos fatos aquela abstração, nasce o fato gerador e com ele a obrigação tributária. Para parte da doutrina, o crédito tributário ainda não estaria constituído, dependendo de um procedimento administrativo para ser aperfeiçoado e que lhe desse exigibilidade. Tal procedimento seria o lançamento fiscal. Portanto, o lançamento fiscal declararia a existência de uma obrigação tributária do contribuinte e constituiria o crédito tributário para o Fisco (natureza dúplice ou mista do lançamento fiscal, segundo o professor Hugo de Brito Machado). O Lançamento fiscal tem previsão no art. 142 do CTN: CTN, art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. MODALIDADES DE LANÇAMENTO FISCAL Lançamento direto ou de ofício (art. 149, CTN): trata-se de atividade preponderante da Fazenda, mas não exclusiva, segundo o STJ. Com as informações previamente em mãos, a Fazenda calcula o montante do tributo e envia ao contribuinte para pagamento. (Ex.: IPTU e IPVA) Lançamento por declaração (art. 147, CTN): não há preponderância na atuação do contribuinte ou da Fazenda no procedimento administrativo. O contribuinte presta as informações à Fazenda e com tais informações a mesma calcula o valor do tributo devido. (Ex.: ITBI, ITCMD e II de bagagem acompanhada) Lançamento por homologação (art. 150, CTN): trata-se de atividade preponderante do contribuinte, mas não exclusiva, segundo o STJ. O próprio contribuinte presta as informações à Fazenda, calcula o montante do tributo devido, antecipa o pagamento e aguarda a homologação do lançamento. O que caracteriza esse lançamento é o pagamento antecipado do tributo. (Ex.: a maioria dos tributos) LEI DE REGÊNCIA DO LANÇAMENTO FISCAL CTN, art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. §1º. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormenteà ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. (O art. 1º, §3º, III, LC 105/01 dispõe que as instituições financeiras devem informar ao Fisco as movimentações bancárias, sem autorização judicial, podendo tal lei institui novo processo de fiscalização) PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE DO LANÇAMENTO FISCAL CTN, art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO Qual o prazo que o Fisco possui para conferir a homologação do lançamento fiscal e qual a natureza deste prazo? Em regra, o prazo é de 5 anos e a natureza de tal prazo é decadencial, tendo em vista que se trata de prazo para a constituição do crédito tributário. CTN, art. 150. (...) §4º. Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. CTN, art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; Súmula nº 397, STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. Súmula nº 436, STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providencia por parte do Fisco oRepressivo: o objetivo é reprimir/cessar a violação do direito líquido e certo. Observação: o MS repressivo sempre será impetrado após o lançamento fiscal do crédito tributário. Hipóteses de cabimento do MS Repressivo: (exemplos) a)Lançamento fiscal: se é o lançamento fiscal que constitui o crédito tributário, é evidente que após o nascimento do mesmo, já houve violação do direito líquido e certo, motivo pelo qual o mandado de segurança repressivo. b)Lavratura do auto de infração: o auto de infração é materialização do tributo e é o meio pelo qual o mesmo é cobrado. Nesse sentido, o mandado de segurança é repressivo. c)Inscrição em dívida ativa: a inscrição em dívida ativa é condição para que futuramente haja execução fiscal. Logo, a inscrição em dívida ativa de tributo indevido já violou o direito líquido e certo do contribuinte, motivo pelo qual é cabível o mandado de segurança repressivo. Observação: o crédito tributário é o marco cronológico que determinará se o MS será preventivo ou repressivo. Nesse sentido, existindo crédito tributário já constituído, estaremos diante de um MS repressivo. Do contrário, sem crédito tributário, estaremos diante de um MS preventivo. Hipóteses de NÃO cabimento do MS: 1)Necessidade de dilação probatória; 2)Ultrapassado 120 dias da ciência da violação do direito líquido e certo na hipótese de MS repressivo (art. 23, Lei nº 12.016/09); 3)Restituição de tributo (pois existe ação própria – repetição de indébito – e necessita de dilação probatória – perícia contábil); 4)Compensação tributária; Súmula nº 212, STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. (ver art. 170-A, CTN e art. 7º, §2º, Lei nº 12.016/09) Súmula nº 213, STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. 5) Convalidação de compensação tributária já realizada; Súmula nº 460, STJ: É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte. Hipóteses em que NÃO é cabível a liminar no MS: Lei nº 12.016/09, art. 7º. (...) §2º. Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. Súmula nº 269, STF: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança. A cobrança do crédito tributário deve ser realizada pela execução fiscal (Lei nº 6.830/80). Súmula nº 271, STF: Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria. Súmula nº 304, STF: Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada contra o impetrante, não impede o uso da ação própria. Se o motivo da denegação for requisito formal, houve apenas coisa julgada formal, motivo pelo qual cabe ainda o uso de ação própria (extinção sem mérito). Do contrário, se houve análise do mérito (coisa julgada material), incabível qualquer outra ação. AUTORIDADE COATORA Lei nº 12.016/2009, art. 6º. (...) §3º. Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. oESFERA FEDERAL E AUTORIDADE COATORA a)Tributos NÃO aduaneiros: Delegado da Receita Federal do Brasil b)Tributos aduaneiros (II, IE, COFINS-Importação e IPI-Importação): Inspetor Chefe da Aduana ou Chefe da Inspetoria Aduaneira oESFERA ESTADUAL E AUTORIDADE COATORA -Tributos estaduais, municipais e distritais: Chefe de Arrecadação do Respectivo Tributo Observação: se a discussão versar sobre a legalidade da inscrição em dívida ativa do crédito tributário, a autoridade coatora será o Procurador Geral da Fazenda Nacional (art. 2º, §3º, Lei nº 6.830/80). LIMINAR (ART. 7º, III, LEI Nº 12.016/09) O Mandado de Segurança sempre será impetrado com pedido de liminar (art. 7º, III, Lei nº 12.016/09) para fins de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, IV, CTN. CTN, art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança; REQUISITOS DA LIMINAR (Corresponde ao poder geral de cautela do juiz para assegurar a eficácia do processo) o Fumus Boni Iuris (art. 7º, III, Lei nº 12.016/09): consiste na chamada fumaça do bom direito, ou seja, a existência de um direito bom, razoável e aplicável. Trata-se do poder geral de cautela do juiz em que, percebendo que haja risco para o processo, decide por conceder a liminar, a fim de evitar frustração para uma das partes e ineficácia do próprio processo. o Periculum in Mora (art. 7º, III, Lei nº 12.016/09): consiste no denominado perigo da demora. Aqui, a demora da concessão poderá gerar constrição dos bens do contribuinte, pois não haverá a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, o que poderá gerar lesão grave ou de difícil reparação. COMPETÊNCIA 1)O TRIBUTO É FEDERAL, ESTADUAL MUNICIPAL OU DISTRITAL? • Federal: Vara Federal da Seção Judiciária • Estadual, Municipal ou Distrital: Vara de Fazenda Pública da Comarca 2)ART. 109, CRFB (VIS ATTRACTIVA DA JUSTIÇA FEDERAL) CRFB, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (incluir também a fundação pública)II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; Súmula nº 508, STF: Compete a justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. Súmula nº 517, STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou opoente Súmula nº 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Lei nº 10.259/01, art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. §1º. Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas: I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal; Art. 6º. Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996; II – como rés, a União, autarquias, fundações e empresas públicas federais. MM. JUÍZO FEDERAL DA… VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA… Autor..., NACIONALIDADE…, PROFISSÃO…, ESTADO CIVIL…, COM IDENTIDADE Nº…, EXPEDIDA PELO…, INSCRITO NO CPF/MF SOB O Nº…, RESIDENTE E DOMICILIADO NO ENDEREÇO…, com endereço eletrônico... por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, integrante do Escritório de Advocacia..., inscrito no CNPJ sob o nº ..., respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos art. 319 do CPC, art.5º, LXIX da CRFB/88 e arts. 6º e 7º,III da Lei 12.016/09, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA REPRESSIVO COM PEDIDO LIMINAR CONTRA ato coator praticado pela autoridade coatora integrante do ENTE FEDERADO..., inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço..., com endereço eletrônico...,na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. I – TEMPESTIVIDADE II – FATOS III – DIREITO a) cabimento IV – LIMINAR IV – PEDIDO Em razão do exposto, requer o Impetrante: a)seja concedida a liminar ‘inaudita altera pars’ para que seja suspensa a exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, IV do CTN e seja fornecida certidão de regularidade fiscal, NA FORMA DOS ARTS. 7, III DA LEI Nº 12.016/09 E 206 DO CTN; b) requer a notificação da autoridade coatora para prestar informações, no prazo legal, na forma do art. 7º, inciso I da lei nº 12.016/09; c) requer o envio de cópia da inicial para o representante judicial da Pessoa Jurídica, na forma do art. 7º, inciso II da lei 12.016/09; d) intimação do MP para intervir no feito, na forma do art. 12 da lei nº 12.016/09; e) requer a concessão da segurança ao final, em caráter definitivo, confirmando a liminar ora deferida e extinguindo o crédito tributário; f) condenação da autoridade coatora nas custas processuais, na forma DO ART. 25 DA LEI Nº 12.106/09, súmula 512 do STF E SUMULA 105 DO STJ. Dá-se a causa o valor de R$.., NA FORMA DO ART. 291 DO CPC. Termos em que, Pede deferimento. Local..., Data... Advogado OAB no: ... (XIX Exame de Ordem) Zeta é uma sociedade empresária cujo objeto social é a compra, venda e montagem de peças metálicas utilizadas em estruturas de shows e demais eventos. Para o regular exercício de sua atividade, usualmente necessita transferir tais bens entre seus estabelecimentos, localizados entre diferentes municípios do Estado de São Paulo. Apesar de nessas operações não haver transferência da propriedade dos bens, mas apenas seu deslocamento físico entre diferentes filiais de Zeta, o fisco do Estado de São Paulo entende que há incidência de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS nesse remanejamento. Diante da falta de recolhimento do imposto, o fisco já reteve por mais de uma vez, por seus Auditores Fiscais, algumas mercadorias que estavam sendo deslocadas entre as filiais, buscando, assim, forçar o pagamento do imposto pela sociedade empresária. Considere que, entre a primeira retenção e a sua constituição como advogado, passaram-se menos de dois meses. Considere, ainda, que todas as provas necessárias já estão disponíveis e que o efetivo pagamento do tributo, ou o depósito integral deste, obstaria a continuidade das operações da empresa que, ademais, não quer se expor ao risco de eventual condenação em honorários, no caso de insucesso na medida judicial a ser proposta. Com receio de sofrer outras cobranças do ICMS e novas retenções, e também pretendendo a rápida liberação das mercadorias já apreendidas, uma vez que elas são essenciais para a continuidade de suas atividades, a sociedade empresária Zeta o procura para, na qualidade de advogado, elaborar a petição cabível, ciente de que, entre a retenção e a constituição do advogado, há período inferior a 120 (cento e vinte) dias, e que, para a demonstração dos fatos, há a necessidade, apenas, de prova documental que lhe foi entregue. (Valor: 5,00 pontos) Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. . EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL Tem a mesma natureza da Ação Anulatória, ou seja, de anular ou desconstituir o crédito tributário (constitutiva negativa). O STJ entende pela fungibilidade de ambas as ações, porém a OAB NÃO. Previsão no art. 16, Lei nº 6.830/80; Lei nº 6.830/80, art. 16. O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) III - da intimação da penhora. §1º. Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. §2º. No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite. §3º. Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão arguidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos. EXIGÊNCIA DE GARANTIA DA EXECUÇÃO A Lei nº 6.830/80 exige a garantia da execução para a oposição dos embargos à execução fiscal. Inclusive, o prazo de 30 dias para opor os embargos somente se inicia quando da ocorrência de uma das hipóteses de garantia do juízo prevista no art. 16 do referido diploma. Ademais, os embargos serão opostos em referência à execução fiscal. CABIMENTO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL É pacífico o entendimento de que, ocorrida uma das situações do art. 16 da Lei nº 6.830/80, dentro dos 30 dias somente caberá embargos à execução e mais nenhuma outra ação. Antes da abertura do prazo de 30 dias, caberá MS Repressivo (se ainda estiver dentro do prazo decadencial de 120 dias e a matéria em discussão não demandar dilação probatória), Ação Anulatória ou Exceção de Pré-Executividade (EPE). Após o término do prazo de 30 dias, caberá somente MS Repressivo (se ainda estiver dentro do prazo decadencial de 120 dias e a matéria em discussão não demandar dilação probatória) e Ação Anulatória. ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL (SEGUNDO O STJ) CPC, art.919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. § 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. Modelo de Embargos à Execução MM. JUÍZO DE DIREITO DA … VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA… DISTRIB. POR DEP.: Autor..., INSCRITO NO CNPJ/MF SOB O Nº...., COM ENDEREÇO… e endereço eletrônico..., NA PESSOA DO SEU REPRESENTANTE LEGAL, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da Sociedade de Advogados…, inscrita no CNPJ sob o nº ..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Civil, com base no art. 16, I, II OU III da Lei nº 6.830/80, após seguro o juízo, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... e endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. DA TEMPESTIVIDADE DOS FATOS DO DIREITO a) Cabimento DA NECESSIDADE DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO FISCAL (art. 919, § 1º do CPC) PEDIDO DIANTE DO EXPOSTO, requer o embargante: a) a suspensão da execução fiscal, na forma do art. 919, parágrafo 1º do CPC, tendo em vista o risco de dano em caso de prosseguimento da execução fiscal; b) seja intimado o procurador da exeqüente, para, querendo, impugnar os presentes embargos, na forma do art. 17 da LEF; c) ao final, ver o acolhimento desses, decretando conseqüentemente, a nulidade do lançamento fiscal e a BAIXA da penhora; d) condenação da embargada no reembolso das custas processuais antecipadas e honorários advocatícios do patrono do embargante, que fica ao sábio critério de V. Exa, na forma do art 85, §, 3º do CPC Requer ainda, a produção de prova testemunhal (o rol acompanha os embargos), pericial, documental, enfim todas, sem renúncia, sem exceção, NA FORMA DO ART. 369 DO CPC. Dá-se, à causa o valor (da execução) R$ ..., NA FORMA DO ART. 291 DO CPC. Nestes Termos, P. Deferimento. Local…, Data… Advogado ... OAB Nº ... (23º Exame de Ordem) A União Federal propôs execução fiscal contra: (i) J.A.A - Equipamentos de Informática Ltda; (ii) João Amaral; e (iii) Antônio dos Anjos. Consta da Certidão de Dívida Ativa os nomes de todos os executados, a primeira na qualidade de devedora e os demais na qualidade de co-responsáveis. A execução foi distribuída ao Juízo Federal da 4ª Vara de Execução da Seção Judiciária do Rio de Janeiro. João Amaral e Antônio dos Anjos são os únicos sócios da J.A.A Equipamentos de Informática Ltda. No contrato social, de 12 de janeiro de 1985, regularmente arquivado na Junta Comercial, há cláusula expressa segundo a qual a gerência da sociedade cabe exclusivamente ao sócio João Amaral. De acordo com a Certidão de Dívida Ativa, o crédito tributário objeto da execução é relativo a imposto de renda da pessoa jurídica, apurado na Declaração Anual da Pessoa Jurídica e não recolhido no respectivo vencimento. Citados todos os executados, sem que a dívida tenha sido paga, foi efetuada penhora, que recaiu sobre o imóvel de propriedade de Antônio dos Anjos. Antônio dos Anjos foi intimado da penhora no dia 1º de março de 2004, tendo o mandado de intimação da penhora sido juntado aos autos no dia 18 de março de 2004. Redija a peça correspondente à medida judicial adequada à defesa dos direitos de Antônio dos Anjos, destacando a sua tempestividade. Assine Júlio Batista OAB/RJ 100 . EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (EPE) Não tem natureza de ação. Trata-se de uma mera petição nos autos da execução, já que é um incidente processual. Não existe custas na EPE, já que não é uma ação. Após o ajuizamento da execução, é possível a apresentação da EPE até o início da contagem da oposição dos embargos à execução fiscal. Iniciado tal prazo, incabível a EPE. Previsão na Súmula nº 393, STJ; Súmula nº 393, STJ: A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória. REQUISITOS PARA O CABIMENTO DA EPE • Matérias conhecíveis de ofício pelo juiz; • Matérias que não demandem dilação probatória. Observação: se o enunciado falar em incidente processual ou petição (ou defesa) nos autos, a peça será uma EPE. Se o enunciado falar em medida judicial, poderá ser EPE, mas necessitará de mais informações. Se o enunciado pedir a ação cabível, não será EPE, pois a mesma não possui natureza de ação. Exceção de Pré Executividade MM. JUÍZO DE DIREITO DA … VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA… Processo nº:… Excipiente..., INSCRITO NO CNPJ/MF SOB O Nº...., COM ENDEREÇO… e endereço eletrônico..., NA PESSOA DO SEU REPRESENTANTE LEGAL, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da Sociedade de Advogados…, inscrita no CNPJ sob o nº ..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Civil, com base na sumula 393 do STJ, apresentar Exceção de Pré Executividade em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... e endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. DOS FATOS DO DIREITO a) Cabimento PEDIDO DIANTE DO EXPOSTO, requer o Excipiente: a) Seja extinta a execução fiscal e anulado o crédito tributário em razão de ... d) condenação do Excepto nas custas e honorários advocatícios, na forma do art 85, §, 3º do CPC Dá-se, à causa o valor (da execução) R$ ..., NA FORMA DO ART. 291 DO CPC. Nestes Termos, P. Deferimento. Local…, Data… Advogado ... OAB Nº ... (XV Exame de Ordem) Em 2003, João ingressou como sócio da sociedade D Ltda. Como já trabalhava em outro local, João preferiu não participar da administração da sociedade. Em janeiro de 2012, o Município X, ao verificar que a D Ltda. deixou de pagar o IPTU lançado no ano de 2004, referente ao imóvel próprio em que tem sede, inscreveu a sociedade em dívida ativa e ajuizou execução fiscal em face desta, visando à cobrança do IPTU e dos acréscimos legais cabíveis. Após a citação da pessoa jurídica, que não apresentou defesa e não garantiu a execução, a Fazenda Municipal solicitou a inclusão de João no polo passivo da execução fiscal, em razão de sua participação societária na executada, o que foi deferido pelo Juiz. João, citado em fevereiro de 2012, procura um advogado e explica que passa por grave situação financeira e que não poderá garantir a execução, além de não possuir qualquer bem passível de penhora. Ao analisar a documentação trazida por João, o advogado verifica que há prova documental inequívoca de seu direito. Assim, como advogado de João, elabore a peça adequada à defesa de seu cliente nos próprios autos da execução fiscal. (Valor: 5.00) A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. . REPETIÇÃO DE INDÉBITO É uma ação cuja finalidade é restituir o que foi pago indevidamente ao Fisco, evitando-se dessa forma o enriquecimento sem causa do ente federado. Qualquer pagamento indevido gera direito à restituição. Terá como autor o sujeito passivo da relação jurídico-tributária (contribuinte) e como réu o sujeito ativo daquela relação (fisco) A repetição de indébito será ajuizada em face do ente federado (União Federal, Estado, DF e Município); Previsão no art. 165, CTN; ADI E REPETIÇÃO DE INDÉBITO Se houver uma ADI julgada após o pagamento do tributo, dependeráda modulação dos efeitos da decisão do STF. Se a decisão possuir efeitos ex tunc, o tributo será inconstitucional desde a sua criação, motivo pelo qual caberá a repetição do indébito. Se a decisão possuir efeitos ex nunc, o tributo era devido na época e incabível será a restituição. Lei nº 9.868/99, art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. PRAZO PARA RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO CTN, art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art. 3º da LC nº 118/05) II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. LC nº 118/05, art. 3º. Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o §1º do art. 150 da referida Lei. Observação: O STJ diverge se a natureza deste prazo é decadencial ou prescricional. Entendo, em conjunto com parte da doutrina, que a natureza de tal prazo é prescricional, tendo em vista que a sentença de restituição tem natureza condenatória e toda sentença condenatória está sujeita a um prazo prescricional (segundo o magnífico artigo do saudoso professor Agnelo Amorim Filho, cujo trabalho deu ensejo ao artigo do professor Humberto Theodoro Júnior). RESTITUIÇÃO DE TRIBUTO INDIRETO CTN, art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la • Requisitos para restituição de tributo indireto: - Contribuinte de direito deve provar que assumiu o encargo financeiro do tributo, sem repassá-lo a terceiro; - Caso tenha sido repassado tal encargo, o contribuinte de direito deve estar autorizado pelo terceiro a receber a restituição. Súmula nº 71, STF: Embora pago indevidamente, não cabe restituição de tributo indireto. Súmula nº 546, STF: Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo. DEMANDA CONTRATADA DE ENERGIA ELÉTRICA Súmula nº 391, STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada O STJ pacificou entendimento no sentido de que o ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada e não sobre a demanda contratada pelo contribuinte. Ao julgar tal questão, o STJ se viu diante do seguinte dilema: sendo o ICMS um tributo indireto, a restituição deve respeitar os requisitos do art. 166 do CTN e da Súmula nº 546 do STF. Todavia, há total falta de interesse do contribuinte de direito na hipótese, em razão do disposto na Lei de Concessões. Senão vejamos: Lei nº 8.987/95, art. 9º. A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato. §3º. Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. O STJ pacificou entendimento de que o consumidor (contribuinte de fato) tem legitimidade extraordinária na repetição de indébito em face do Estado para restituição do ICMS sobre a energia elétrica pago indevidamente, pois se impõe a revisão da tarifa quando da alteração de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, razão pela qual a concessionária não tem interesse em repetir o indébito (art. 9º, §3º, Lei 8.987/95). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO ICMS o PROGRESSIVA, “PARA FRENTE” OU SUBSEQUENTE REFINARIA Contribuinte de direito e substituto. DISTRIBUIDORES Contribuinte de direito e substituído. POSTOS Contribuinte de direito e substituído. CONSUMIDORES Contribuinte de fato Todos os elos posteriores da cadeia produtiva são substituídos. O substituto tributário antecipa o pagamento de todos os tributos incidentes na cadeia de produção. É evidente que recolhimento dos tributos é feito com base em um fato gerador presumido, uma vez que as operações tributáveis ainda não ocorreram. A substituição progressiva está prevista no art. 150,§7º, CRFB/88 e nos arts. 6º, §1º, e 9º, §1º, LC nº 87/96. . INTERPRETAÇÃO DA EXPRESSÃO “CASO NÃO SE REALIZE O FATO GERADOR PRESUMIDO” DO ART. 150, §7º, CRFB CRFB, art. 150, §7º. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. O STF já pacificou entendimento de que a interpretação desse dispositivo deve ser restritiva, ou seja, somente estará assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga no caso de não se realizar o fato gerador presumido. Na hipótese em que o fato gerador se realiza, mas a base de cálculo real é menor do que o presumido, incabível a restituição, tendo em vista que o fato gerador se realizou, ainda que o quantum da base de cálculo não tenha referência com a presunção anterior (ADI 1.851/AL). No mesmo sentido, posiciona-se a jurisprudência do STJ (AR 3.157/MG). Portanto, somente se o fato gerador presumido não se realizar na substituição tributária progressiva é que existirá o direito de restituição imediata e preferencial. Do contrário, não cabe repetição! o REGRESSIVA, “PARA TRÁS” OU ANTECEDENTE Todos os elos anteriores da cadeia produtiva são substituídos, ou seja, um dos contribuintes de direito da cadeia será o responsável por todos os fatos geradores que ocorreram nas operações anteriores. Não existe fato gerador presumido, uma vez que todas as operações já ocorreram e se sabe exatamente o quantum devido. É, por isso, que dizem que na substituição regressiva, o pagamento do tributo é diferido, uma vez que o ICMS devido somente será recolhido por um dos contribuintes das operações seguintes, revestido de responsável tributário. Apenas existe esse tipo de substituição na sistemática do ICMS, conforme previsão no art. 6º,§1º, LC nº 87/96 C O N SU M ID O R ES Contribuinte de fato SU P ER M ER C A D O S Contribuinte de direito PA R M A LA T Contribuinte de direito e substituto P R O D U TO R ES R U R A IS Contribuinte de direito e substituído CÁLCULO DOS JUROS MORATÓRIOS E DA CORREÇÃO MONETÁRIA NA REPETIÇÃO DE INDÉBITO JUROS MORATÓRIOS CTN, art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. Súmula nº 188, STJ: Os juros moratórios, na repetição do indébito, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. CORREÇÃO MONETÁRIA Súmula nº 162, STJ: Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido. Observação: correção monetária é uma recomposição de perda patrimonial. REPETIÇÃO DE INDÉBITO NO ITR E TRANSFERÊNCIA DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA AOS MUNICÍPIOS CRFB, art. 153, §4º. O imposto previsto no inciso VI do caput: III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (na forma da lei = Lei 11.250/05) CTN, art. 7º. A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. §3º. Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. CTN, art. 8º. O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. A competência tributária é indelegável, enquanto a capacidade tributária (fiscalização e arrecadação) e delegável. Nesse sentido, é possível que a União entregue as funções de fiscalização e arrecadação do ITR aos municípios. Delegadas tais funções, pertencerá aos municípios a totalidade do produto da arrecadação do ITR (art. 158, II, CRFB). Não havendo a referida delegação, apenas 50% do produto da arrecadação do ITR será entregue aos municípios CRFB, art. 158. Pertencem aos Municípios: II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153,§ 4º, III; Dec. 6.433/08, art. 16. Os processos relativos ao ITR serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional. §1º. Os Municípios e o Distrito Federal prestarão auxílio sobre matéria de fato à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, em relação aos atos de fiscalização e cobrança derivados da opção a que se refere este Decreto, na forma a ser disciplinada em ato do CGITR. RESTITUIÇÃO DO IR NA FONTE DOS SERVIDORES PÚBLICOS Súmula nº 447, STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores. NÃO CABIMENTO DE TUTELA ANTECIPADA OU LIMINAR NA REPETIÇÃO DE INDÉBITO Não é cabível tutela antecipada ou liminar na repetição de indébito, pois a dívida pública é paga por precatório ou RPV, já que se trata de bem público indisponível. COMPETÊNCIA 1)O TRIBUTO É FEDERAL, ESTADUAL MUNICIPAL OU DISTRITAL? • Federal: Vara Federal da Seção Judiciária • Estadual, Municipal ou Distrital: Vara de Fazenda Pública da Comarca 2)ART. 109, CRFB (VIS ATTRACTIVA DA JUSTIÇA FEDERAL) Súmula nº 508, STF: Compete a justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. Súmula nº 517, STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou opoente Súmula nº 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Lei nº 10.259/01, art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. Modelo de Repetição de Indébito MM. Juízo de DE DIREITO DA... DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE.... Autor..., inscrito no CNPJ sob o n.º..., com endereço... e endereço eletrônico..., por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da sociedade de advogados…, inscrita no CNPJ sob o nº ..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Civil e artigo 165, I, II ou III do Código Tributário Nacional, propor a presente AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... E endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. I- IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO – ART. 319, VII DO CPC II – TEMPESTIVIDADE III – LEGITIMIDADE ATIVA IV – LEGITIMIDADE PASSIVA V - DOS FATOS VI – DO DIREITO a) Cabimento VII - DO PEDIDO Pelo exposto, requer-se a) a citação da ré, na pessoa de seu representante judicial; b) que seja julgada procedente a presente ação, com a declaração de inexigibilidade dos montantes pagos e conseqüente declaração de restituição pela Fazenda do Estado dos valores recolhidos, CORRIGIDOS NA FORMA DO ART. 167, § ÚNICO DO CTN E SUMULAS 162 E 188 DO STJ; c) a condenação da ré no pagamento das verbas de sucumbência, na forma do art. 85, § 3º do CPC. d) produção de provas por todos os meios admitidos em direito, principalmente provas documentais, na forma do art. 369 do CPC. Dá-se o valor da causa de R$ ....... (valor por extenso) para todos os efeitos legais, na forma do art. 291 do CPC. Termos em que, Pede deferimento. Local..., Data... Advogado OAB no: ... 38º Exame de Ordem) A igreja São Francisco, sediada no município de Natal — RN, possui um extenso imóvel, dividido em vários prédios. Um desses prédios é destinado aos cultos e os demais estão alugados, sendo o valor dos aluguéis revertido para a manutenção das finalidades essenciais da igreja. Por entender que o aluguel do imóvel a afastava da imunidade constitucional, o administrador da igreja realizou o pagamento do IPTU referente a todos os imóveis alugados. Certo dia, tendo tomado conhecimento de que outro templo não pagava tal imposto, nem mesmo com relação aos imóveis alugados, o administrador, entendendo indevido o pagamento que vinha efetuando, resolveu consultar profissional da advocacia. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela referida igreja, proponha a medida judicial que entender cabível para a defesa de seus interesses, abordando os aspectos de direito material e processual pertinentes, com fulcro na doutrina e(ou) jurisprudência. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO É uma ação cuja finalidade é permitir ao contribuinte a possibilidade de efetuar o pagamento. Aqui, o contribuinte quer pagar o tributo que entende devido, mas o Fisco se recusa a receber tal pagamento. Terá como autor o sujeito passivo da relação jurídico-tributária (contribuinte) e como réu o sujeito ativo daquela relação (fisco). A ação consignatória será ajuizada em face do ente federado (União Federal, Estado, DF ou Município). Previsão no art. 164 do CTN e 539 do CPC; CTN, art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. §1º. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.§2º. Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. Art. 539 do CPC. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. HIPÓTESE DO INCISO III É a hipótese de bitributação. Bitributação é quando dois entes tributam sobre o mesmo fato gerador. Havendo divergência quanto aos valores, deposita-se o maior valor. Se o menor for o valor correto, levanta-se a diferença. Lembre-se que o depósito é convertido em renda e corresponde a uma das hipóteses de extinção do crédito tributário (art. 156, VI e VIII, CTN c/c art. 164, §2º, CTN). MONTANTE A SER DEPOSITADO Se o enunciado não mencionar que o cliente não tem dinheiro, deve ser depositado o valor integral, na forma da Súmula nº 112, STJ. Nesse caso, o Fisco fica impossibilitado de cobrar o tributo, tendo em vista que o depósito integral suspende a exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, II, CTN, dando direito a eventual certidão positiva com efeitos de negativa (CEPEN), na forma do art. 206, CTN. Se o enunciado mencionar que o cliente não tem o montante integral a ser depositado, deve ser depositado o montante que aquele entende devido (art. 164, §1º, CTN). Nesse caso, não haverá suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na forma do art. 151, II, CTN. AÇÃO AJUIZADA NO DOMICÍLIO DO CONTRIBUINTE NA HIPÓTESE DO INCISO III CTN, art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento; III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. §1º. Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. §2º. A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior. CTN, art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO NO CASO EM QUE O MUNÍCIPIO ARRECADA O ITR CRFB, art. 153, §4º. O imposto previsto no inciso VI do caput: III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (na forma da lei = Lei 11.250/05) Não é caso de bitributação caso o munícipio cobre ITR e IPTU sobre o mesmo imóvel. Trata-se de bis in idem que recairá na hipótese do inciso I. Bis in idem é o mesmo ente cobrado mais de uma vez sobre o mesmo fato gerador. Dec. 6.433/08, art. 16. Os processos relativos ao ITR serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. COMPETÊNCIA 1)O TRIBUTO É FEDERAL, ESTADUAL MUNICIPAL OU DISTRITAL? • Federal: Vara Federal da Seção Judiciária • Estadual, Municipal ou Distrital: Vara de Fazenda Pública da Comarca 2)ART. 109, CRFB (VIS ATTRACTIVA DA JUSTIÇA FEDERAL) Súmula nº 508, STF: Compete a justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. Súmula nº 517, STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou opoente Súmula nº 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Lei nº 10.259/01, art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. Modelo de Ação de Consignação em Pagamento – Bi Tributação MM. JUÍZO DE DIREITO DA... VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE.... Autor..., inscrito no CNPJ sob o n.º..., com endereço... e endereço eletrônico..., por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional..., integrante da sociedade de advogados…, inscrita no CNPJ sob o nº ..., na forma do art. 106, I do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 319 e 539 do Código de Processo Civil e artigo 164, I, II ou III do Código Tributário Nacional, propor a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ/MF sob o número... com endereço... E endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos. I- IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO – ART. 319, VII DO CPC II – DOS FATOS III – DO DEPÓSITO IV – DO DIREITO a) cabimento IV – DO PEDIDO a) que seja expedida guia de depósito do valor indicado, nos termos do art. 542,I do CPC; b) que seja citado o Réu, na pessoa de seu representante, nos termos do art. 542, II do CPC; c) que ao final do processo ambos os créditos cobrados possam ser declarados extintos, na forma do art.156, VI e VIII do CTN; d) a condenação da parte sucumbente ao pagamento de todas as verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, na forma do art. 85, §3º do CPC; Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, na forma do art. 369 do CPC. Dá-se a causa o valor de R$..., na forma do art. 291 do CPC. Termos em que, Pede Deferimento. Local..., Data... Advogado ... OAB nº ... EXECUÇÃO FISCAL Trata-se de ação ajuizada pelo Fisco com a finalidade de cobrar o crédito tributário e não tributário, devidamente constituído e inscrito em dívida ativa, ressalvada a hipótese de execução entre entes federados, pois não pode o bem público sofrer constrições. Nesse caso, a execução não é feita pela LEF, mas pelo art. 730 e seguintes, do CPC (execução civil). A execução fiscal deverá sempre estar instruída pela Certidão da Dívida Ativa (CDA). Previsão no art. 6º, Lei nº 6.830/80; Lei nº 6.830/80, art. 6º. A petição inicial indicará apenas: I - o Juiz a quem é dirigida; II - o pedido; e III - o requerimento para a citação. §1º. A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita. §2º. A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico. §3º. A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial. §4º. O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais. COMPETÊNCIA 1)O TRIBUTO É FEDERAL, ESTADUAL MUNICIPAL OU DISTRITAL? • Federal: Vara Federal da Seção Judiciária • Estadual, Municipal ou Distrital: Vara de Fazenda Pública da Comarca 2)ART. 109, CRFB (VIS ATTRACTIVA DA JUSTIÇA FEDERAL) Súmula nº 508, STF: Compete a justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. Súmula nº 517, STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou opoente Súmula nº 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas emque é parte sociedade de economia mista. Lei nº 10.259/01, art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. Execução Fiscal MM. JUÍZO DE DIREITO DA ... VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA ... O MUNICÍPIO DE ...,, pessoa jurídica de direito público, inscrita CNPJ/MF sob o n°, com endereço ... E endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, vem, por seu advogado/procurador que esta subscreve, integrante da procuradoria, na forma do art. 106, I, do CPC, com fulcro no art. 6º da a Lei 6830/80, promover AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL em face de NOME DO EXECUTADO - CONTRIBUINTE, nacionalidade, Profissão, Estado Civil, portador da Carteira de Identidade sob o nº , inscrito no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado à Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade ..., Cep. ..., no Estado de ... E endereço eletrônico..., pelos fundamentos de fatos e de direito a seguir aduzidos: I. TEMPESTIVIDADE Abordar a prescrição e afirmar sua inexistência. II. FATOS Reesncrever o enunciado com suas palavras. III. DIREITO a) Cabimento Abordar todo o direito aplicável. 120 IV. PEDIDO Pelo exposto, REQUER: A citação do Executado para, em 5 (cinco) dias, promover o pagamento do principal, acrescido de juros, multa de mora e demais encargos constantes da CDA; Caso o executado não efetue o pagamento, para garantir a execução nos termos do artigo 9º da Lei de Execuções Fiscais, sob pena de lhe ser penhorados quantos bens bastarem para garantir o pagamento da dívida. Seja julgada procedente a execução fiscal para que o executado seja condenado a pagar o tributo e em caso de penhora, seja o bem penhorado, convertido em renda em favor do exequente; Seja o executado condenado nas custas e honorários advocatícios arbitrados por este d. Juízo. A prova resta pré-constituída com a CDA em anexo. Dá-se à causa o valor de ... Termos em que Pede deferimento Local e data Advogado OAB/..., n°... MEDIDA CAUTELAR FISCAL Trata-se de ação cautelar cabível quando o contribuinte está dilapidando o patrimônio para fugir do pagamento do tributo. Tanto pode ser ajuizada antes quanto após a constituição do crédito tributário pelo Fisco. Previsão na Lei nº 8.397/92; Hipóteses de cabimento: (exemplos) CTN, art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. Súmula nº 435, STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. COMPETÊNCIA 1)O TRIBUTO É FEDERAL, ESTADUAL MUNICIPAL OU DISTRITAL? • Federal: Vara Federal da Seção Judiciária • Estadual, Municipal ou Distrital: Vara de Fazenda Pública da Comarca 2)ART. 109, CRFB (VIS ATTRACTIVA DA JUSTIÇA FEDERAL) Súmula nº 508, STF: Compete a justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. Súmula nº 517, STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou opoente Súmula nº 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Lei nº 10.259/01, art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. Medida Cautelar Fiscal MM. JUÍZO DE DIREITO DA ... VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA ... O MUNICÍPIO DE ...,, pessoa jurídica de direito público, inscrita CNPJ/MF sob o n°, com endereço ... E endereço eletrônico..., na pessoa do seu representante legal, vem, por seu advogado/procurador que esta subscreve, integrante da procuradoria, na forma do art. 106, I, do CPC, com fulcro no art. 1º da Lei 8.397/92, promover MEDIDA CAUTELAR FISCAL COM PEDIDO LIMINAR em face de ..., nacionalidade, Profissão, Estado Civil, portador da Carteira de Identidade sob o nº , inscrito no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado à Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade ..., Cep. ..., no Estado de ... E endereço eletrônico..., pelos fundamentos de fatos e de direito a seguir aduzidos: I. DOS FATOS II. DO DIREITO a) Cabimento III. DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA CAUTELAR IV. PEDIDO Pelo exposto, vem requerer: a) a distribuição da presente medida por dependência e seu apensamento ao Proc. …, em curso perante esse DD. Juízo; b) seja-lhe concedida a liminar, para a imediata indisponibilidade de declinado imóvel, em face da urgência e relevância da medida, antes da citação do requerido, ou seja, inaudita altera parte, máxime porque o periculum in mora, obviamente, ensejará a transferência do imóvel já em curso. c) a citação do requerido, para, se quiser, no prazo legal de 15 dias, conteste o pedido, indicando as provas que pretende produzir; d) a expedição de imediato ofício ao Cartório de registro de Imóveis; e) seja, finalmente, decretada procedente a presente medida, para confirmar a liminar, para, a conseqüente, desconstituição dos eventuais atos praticados pelo requerido; f) a condenação do requerido no pagamento de custas processuais e honorários advocatícios e decorrentes da sucumbência, na forma do art. 85,§ 3º do CPC. Dá-se à causa o valor de R$ ..., na forma do art. 291 do CPC. Termos em que, pede deferimento. Local e Data Advogado OAB/… – nº … Ações Constitucionais AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – ADI AÇÃO DECLATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE – ADC AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO – ADO ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF HABEAS DATA Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI • Competência: Originária do STF (art. 102, I “a”, CF); Originária do TJ na ADI estadual (art. 125, §2º, CF). • Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. • Partes: Legitimidade ativa: art. 103, CF; art. 2º, Lei 9.869/99. Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI • Causa de pedir – tese a ser desenvolvida: apontar os motivos da inconstitucionalidade da norma atacada (inconstitucionalidade formal ou material). • Pedido: declaração de inconstitucionalidade; intimação do órgão/autoridade responsável pela lei/ato normativo; intimação do AGU e do PGR. • Demais requisitos: a petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação (art. 3º, parágrafo único, Lei 9.868/99). Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI • Esquema: • “EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. [Espaço de 10 linhas] [Legitimado ativo], conforme o art. 103, inciso..., CF/88 e o artigo 2º, Lei 9.868/99, por seu advogado regularmente inscrito na OAB/..., integrante do escritório... Inscrito no CNPJ sob o nº... situado na ..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, I, “a” e “p”, CF/88 e artigo 10 da Lei 9.868/99 e arts. 103, 106, I e 319 do CPC, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE com pedido cautelar, em face de [Legitimado passivo – órgão ou autoridade responsável pela edição da lei/ato normativo federal ou estadual].
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