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Avaliação do Desempenho Organizacional ___________________________________________________________________________ Conceitos Introdutórios Modelo de Gestão: Conjunto (sistêmico) de princípios, valores, conceitos, tecnologias, instrumentos e práticas conduzidas pela organização para o desenvolvimento de suas atividades e a consecução de seus objetivos. Desempenho Organizacional: O Desempenho Organizacional pode ser estabelecido em termos de eficiência e eficácia. A eficiência seria "um padrão interno do desempenho organizacional", caracterizando medidas "fáceis de serem obtidas, mas difíceis de serem interpretadas". Por outro lado, a eficácia "é um padrão externo aplicado aos resultados ou atividades de uma organização" Avaliação do Desempenho: é o processo abrangente que busca identificar o estágio em que se encontram os objetivos estratégicos ou as metas de uma empresa, de forma macro ou em suas áreas específicas, num contexto micro. -> Estratégia no operacional, dia-a-dia Sistema de Mensuração do Desempenho (SMD): Um SMD “pode ser definido com um conjunto de métricas usadas para quantificar tanto a eficiência e efetividade das ações” -> Rastreamento da implementação da estratégia do negócio. Objetivos: Mensuração do desempenho Administração da estratégia Comunicação com os stakeholders, tanto internos como externos Benchmarking Assegurar o cumprimento das regulamentações Influenciar o comportamento/Aprendizado e melhoria Principais Usos: Monitoramento Foco de atenção (forçar o diálogo) Tomada de decisão estratégica Implementação: Desenho do sistema: Identificação dos objetivos Desenho das medidas, que devem derivar da estratégia, serem poucas, transversais e materiais Implementação: A definição dos sistemas e procedimentos para coleta e processamento dos dados que permitam a continuidade das medidas Utilização das medidas:O uso dos SMDs é definido como “o modo com que as medidas são usadas pelos seus gestores” e se refere “à natureza e ao propósito” do uso dos indicadores de desempenho pelos executivos Indicadores: São “informações qualitativas ou quantitativas sobre consequências ou resultados associados à organização que sejam comparáveis e demonstrem mudança ao longo do tempo” Reduzir o número de medidas e parâmetros que normalmente seriam requeridos para dar uma exata apresentação de uma situação Simplificar o processo de comunicação pelo qual os resultados da mensuração são oferecidos aos usuários Tipos: Financeiros (tradicionalmente deste tipo) ou não-financeiros (cada vez mais) Lagging, refletem resultados de processo já realizados, em geral, resultados financeiros (também chamados de medidas de resultado) e são mais associados à perspectiva financeira e relacionados a eventos passados como lucratividade, participação de mercado, satisfação dos clientes e outros, ou Leading, refletem resultados de processos que têm seus desdobramentos no futuro (também chamados de direcionadores do desempenho) Results Performance Indicators (RPI) - Aponta para o que está sendo feito em cada perspectiva do BSC (equivale a cerca de 10% do total dos indicadores); Performance Indicators (PI) - Diz o que deve ser feito (equivale a cerca de 80% do total dos indicadores); e Key Performance Indicators (KPI) - Diz o que deve ser feito para aumentar o desempenho de forma dramática (10% do total) Características Fundamentais: Para cumprirem seu papel e para a sua eficácia, os indicadores de desempenho devem possuir quatro qualidades essenciais. CONFIABILIDADE, ou propriedade de “atribuir sempre o mesmo valor a algo invariável que está sendo medido”; VALIDADE , “propriedade de medir realmente aquilo que se propõe a medir”; RELEVÂNCIA; ou a “utilidade que ele traz para o usuário”; CONSISTÊNCIA, ou “o grau de equilíbrio em relação a um determinado sistema de medidas”. Criação de um sistema de indicadores (SMD) Evolução dos modelos de Avaliação do Desempenho Tableau de Bord (Balanço de Bordo): Criado na França, no início do século XX, quando engenheiros de processos procuravam novas formas de melhorar a produção, desenvolvendo um melhor entendimento das relações de causa e efeito. Denominaram o método devido a sua semelhança funcional com um painel de instrumentos ou de navegação, existente em um avião ou navio. De acordo com essa metodologia, é possível a representação do que se passa na organização em um sistema que age como um monitor, servindo como referência para os administradores guiarem a empresa Características: • maior ênfase dada aos tradicionais indicadores financeiros; • a extensão e complexidade do método (na prática); • a priorização dos objetivos de cada área ao invés da estratégia global; • não parte de uma estratégia estabelecida a priori; • o uso com foco operacional, apenas como ferramenta para administrar as exceções e não estratégico, como indicador de novos caminhos para a organização. • as metas são comparadas somente internamente e não com outras empresas. Martindell: Quantificação, embora subjetiva, dos intervalos “necessários” para desempenho numa empresa. Características: • Flexibilidade – aplicável a diversos tipos de administração e de negócios; • Inteligibilidade – entendimento quanto às questões que serão abordadas e retratarão a situação da organização; • Comparabilidade – possibilidade de comparação entre as várias organizações; • Enfoque sistêmico – consideram-se as várias inter relações e a interdependência que ocorrem dentro das organizações; e • Mensurabilidade – as medidas refletem a qualidade da administração Buchele: Robert Buchele, da Universidade do Havaí, publica em 1970, Business Policy in Growing Firms, o que considera um “manual para avaliação de empresas, seja como um todo, seja em alguns de seus aspectos”. O autor divide o livro em duas partes: • a primeira, que trata da avaliação de pequenas empresas e as possíveis crises que lhes são próprias; • a segunda, dedicada a médias e grandes empresas, em que expõe o método da avaliação direta, que visa examinar a qualidade da administração, através do estudo dos processos administrativos: planejamento, controle, organização, assessoria e direção BSC - Balanced Scorecard O quê é: “O balanced scorecard é uma ferramenta que traduz de forma balanceada e integrada a visão e a estratégia da organização por meio de um mapa coerente em diferentes perspectivas, sendo interligadas em uma relação de causa e efeito. Desta maneira, é possível gerenciar a empresa de forma integrada e garantir que os esforços da organização estejam direcionados para a estratégia.” Basicamente: • Mostra como os resultados são alcançados; • Destaca aspectos relevantes à implantação da estratégia; • Revela a influência causal dos fatores dentro da organização – Interdependência O quê tem: As medidas de desempenho originalmente propostas estavam vinculadas aos objetivos estratégicos, divididos em quatro perspectivas de avaliação: 1. Financeira 2. Clientes/Mercado 3. Processos Internos 4. Aprendizado e Crescimento -> O BSC também pode trabalhar com perspectivas adicionais, como responsabilidade social, sustentabilidade, segurança e saúde, agentes reguladores, fornecedores e distribuidores. O que difere o BSC dos outros modelos/métodos? Há equilíbrio entre medidas internas e externas Há equilíbrio entre indicadores lagging e leading Ele propõe que todas as medidas devem fazer parte do sistema de informação de todos os funcionários Medidas e objetivos propostos são top-down, ou seja, estão alinhados diretamente à estratégia da empresa Mapa estratégico: Representa visualmente as relações de causa e efeito entre as dimensões do BSC e permitem entender como as dimensões se influenciam e relacionam. Implementação do BSC: processo, fatores de sucesso e barreiras Processo: Precisa da pré-definição da Missão, Visão e Valores Fatores de sucesso: • Comprometimento da alta direção; • Gestãotransparente e vontade de aprender; • Estratégias e objetivos claros; • Garantir que as estratégias e os objetivos sejam compartilhados; • Tornar a formulação estratégica um processo contínuo; • Implementar um Sistema Gerencial para analisar os resultados e gerar ações; • Gestão das pessoas deve ser privilegiada; • Monitorar continuamente. Barreiras: 1 – Visões e estratégias não executáveis; 2 – Estratégias dissociadas das metas dos departamentos e indivíduos; 3 – Estratégias não associadas à alocação de recursos a longo e curto prazos; 4 – Feedback tático não estratégico. Pontos fortes e fracos do BSC: Pontos fortes: • Estrutura compacta e de fácil análise; • Cria sinergia envolvendo toda a organização em torno da estratégia, de modo que os funcionários ficam mais motivados a atingir os objetivos e a buscar melhorias; • Equilíbrio entre medidas financeiras e não-financeiras; • Auxilia a compreensão de interrelações entre diferentes dimensões. • Alinhamento entre os processos administrativos-chave e a estratégia; • Uso como controle estratégico e como sistema de mensuração, possibilitando aprendizado estratégico. Pontos fracos: • Forte dependência da estratégia, que pode ser equivocada; • A eficiência pode ser limitada por “efeitos de interpretação”; • Prevê pró-atividade e bom senso de quem o utiliza; • A existência de apenas 4 perspectivas pode não contemplar alguns stakeholders; • As empresas ainda têm uma visão de curto prazo (os indicadores financeiros); • É comum que a cultura da organização precise ser modificada; • O envolvimento de toda organização se torna um problema quando ocorre vazamento de informações importantes; • Demora no desenvolvimento do modelo; • Abre margem para muitos problemas no momento de implementação. Metodologias de TQM (Total Quality Management) O quê é: TQM (ou gestão da qualidade total ou simplesmente qualidade total) é um modelo abrangente de gestão dos chamados programas de qualidade empresariais, que envolvem não apenas a qualidade de produto e processo estrito senso, mas também uma determinada lógica de pensar a gestão e a organização da produção e do trabalho. Chama-se “total” porque seus objetivos visam atingir não só a empresa, mas também estendem-se aos fornecedores, distribuidores , relações com governo, com os clientes, etc. Programas que fazem parte do TQM: Programa 5S (housekeeping) Programa de gerência de rotina diária Programa de gerência pelas diretrizes Programa de melhoria contínua Ferramentas utilizadas na metodologia: Macrofluxo Diagrama de Ishikawa 4Q1POC PDCA Diagrama de Pareto Método de análise e solução de problemas (MASP) Brainstorming Shake-down Prêmios do TQM: Relacionam-se com a avaliação do desempenho organizacional ao premiarem a excelência/estabelecerem padrões Prêmio Deming Prêmio Malcolm Baldridge Prêmio Europeu de Qualidade Prêmio Nacional de Qualidade: O Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) é o reconhecimento dado pela Fundação Nacional da Qualidade, uma instituição brasileira sem fins lucrativos, que visa disseminar os critérios de excelência e contribuir para o aumento da competitividade das empresas brasileiras. O prêmio é atribuído anualmente por um comitê julgador. Resumidamente: • Iniciativa brasileira semelhante ao Prêmio Europeu de Qualidade e ao Prêmio Malcolm Baldrige • Criado em 1991 e administrado pela Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade • Objetivo: Aumento da competitividade das empresas • Critérios de excelência: Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos, Resultados Desempenho e Sustentabilidade O que é sustentabilidade: “Sustentabilidade é a arte de fazer negócios em um mundo interdependente; significa conduzir os negócios de maneira a causar o menor impacto e dano sobre as criaturas vivas e não causar exaustão no ambiente natural, mas antes, restaurar e enriquecê-lo. Sustentabilidade também significa operar um negócio reconhecendo a necessidade e interesses de outras partes – tais como grupos da comunidade, instituições educacionais e religiosas, a força de trabalho, o público – e que esse reconhecimento não esgarça, mas ao contrário, reforça a rede de relações que mantêm essas diferentes partes unidas.” O que deve fazer a organização: “(...) deve prestar contas desenvolvendo um relacionamento aberto com essas partes, e encontrar caminhos para trabalhar com essas partes interessadas gerando benefício mútuo. Nesse contexto, a gestão das relações com o stakeholders ganha contorno estratégico. No longo prazo, isso vai criar mais lucro para a companhia e maior prosperidade social, econômica e ambiental para a sociedade.” Triple Bottom Line: TRIPLE BOTTOM LINE: DIMENSÕES 1. Econômica: um sistema econômico sustentável deve poder gerar produtos e serviços de uma maneira contínua, sem gerar tributos ou problemas financeiros aos seus diversos participantes na cadeia de valor 2. Social: um sistema social sustentável alcança a justiça social gerando renda e oportunidades, através dos serviços sociais como saúde e instrução, e de um tratamento igual a todos os seus membros. 3. Ambiental: um sistema ambientalmente sustentável não compromete as bases de recursos, renováveis ou não-renováveis, utilizando-os parcimoniosamente, além de procurar manter a biodiversidade, a estabilidade da atmosfera e as demais funções do ecossistema. Skandia Navigator: • É uma metodologia de avaliação empresarial que compreende uma coleção de medidas dos valores intangíveis de uma empresa. • A metodologia permite uma visão holística da realização de performance e do atingimento do objetivo empresarial. • A arquitetura do Skandia Navigator é simples mas seu conteúdo muito sofisticado. • Cinco áreas ou perspectivas enfocam áreas de interesse diferentes, a partir do ponto de vista da criação de valor. Foco Financeiro (teto): inclui o Balanço Patrimonial, constitui o passado da empresa. Inclui indicadores de desempenho, rapidez e qualidade. Foco no Cliente (parede): constitui o Capital de Cliente Foco no Processo (parede): parte do Capital Estrutural Foco na Renovação e Desenvolvimento (base): outra parte do Capital Estrutural, mede a qualidade do preparo para o futuro e eficácia da renovação. Foco Humano (coração, inteligência, alma): combinação de experiência e inovação mais a estratégia da empresa. Alcança todas as outras regiões do CI. Sigma Sustaintability: O SIGMA project tem como objetivo desenvolver uma abordagem integrada para que as organizações gerenciem as questões de sustentabilidade, a fim de melhorar seu desempenho social, econômico e ambiental. Princípio 1: Cinco capitais • Capital Natural – o ambiente; • Capital Social – relações e estruturas sociais; • Capital Humano – pessoas; • Capital Produtivo – ativos fixos; • Capital Financeiro – lucros e perdas, vendas, caixa, participações etc. Princípio 2: Responsabilidade com três elementos: • Transparência: o dever de prestar contas aos stakeholders; • Responsividade: a necessidade de responder aos stakeholders; • Conformidade: o dever de cumprir tanto os padrões voluntários, quanto as normas e regulamentos obrigatórios Benefícios aos negócios em sua utilização: • Melhoria na eficiência operacional • Melhoria do valor da marca e da reputação • Promover e aumentar a inovação • Atração e retenção de clientes • Melhor acesso ao capital • Capital humano e intelectual aprimorados • Construir e sustentar o valor ao shareholder • Melhoria da gestão de risco, gerando aumento de receita • Atrair e reter funcionários talentosos • Identificação de novas oportunidades.
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