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O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓSTRAUMÁTICO NA ABORDAGEM DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

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CENTRO DE ESTUDO EM TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL 
SILVIA MARIA FORTI 
 
 
 
 
 
 
 
O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO NA ABORDAGEM DA TEORIA COGNITIVO 
COMPORTAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 2014 
 
SILVIA MARIA FORTI 
 
 
 
 
 
 
 
O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO NA ABORDAGEM DA TEORIA COGNITIVO 
COMPORTAMENTAL 
 
 
Monografia apresentada ao Centro de Estudo em 
Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC) – 
Curso de Especialização, para a obtenção do título 
de Especialista em Terapia Cognitivo-
Comportamental. 
 
Orientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 
 
Coorientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho 
Alarcon 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde 
que citada a fonte. 
 
 
Forti, Silvia Maria 
 O tratamento do transtorno de estresse pós-traumático na 
abordagem da teoria cognitivo comportamental / Silvia Maria Forti, Eliana 
Melcher Martins, Renata Trigueirinho Alarcon – São Paulo, 2014. 
 39 f + CD-ROM 
 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Centro de 
Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). 
 Orientação: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 
 Coorientação: Profª. Dr
a
. Renata Trigueirinho Alarcon 
 
 
 
 1. Teoria cognitivo comportamental. 2. Ansiedade. 3. Transtorno de 
estresse pós-traumático. I. Forti, Silvia Maria. II. Martins, Eliana Melcher. 
III. Alarcon, Renata Trigueirinho. IV. Título. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SILVIA MARIA FORTI 
 
 
O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO NA 
ABORDAGEM DA TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL 
 
 
Monografia apresentada ao Centro de Estudos em 
Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das 
exigências para obtenção do título de Especialista em 
Terapia Cognitivo Comportamental. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
Parecer: ____________________________________________________________ 
 
 
Profa. Msc. Eliana Melcher Martins _____________________________ 
 
 
 
 
 
Parecer: ____________________________________________________________ 
 
 
Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon ________________________ 
 
 
 
 
 
São Paulo, ___ de __________________ de 2014.
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com muito amor, dedico este trabalho às 
minhas três filhas que silenciaram para eu 
poder aprender, para que eu conseguisse 
atingir o meu ideal desde há muito 
tempo...que sempre me incentivaram 
nesta jornada, cada uma a seu modo! 
À minha primeira filha Natália, à segunda 
Xixa e à terceira Zara! 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus por ter me dado a oportunidade da vida ao nascer... a segunda, por renascer 
e me transformar como a Fênix, a terceira por Ele me proteger em todos os sentidos, 
para eu conseguir ultrapassar todos os obstáculos que a vida me apresenta dia a 
dia, com suas tristezas e alegrias...Por Ele ter me dado inteligência e sabedoria para 
que eu aprenda e ajude mais e mais! 
 
A todos os professores que acompanharam a minha vida de estudante, que 
ajudaram a enriquecer o meu conhecimento com paciência, carinho e bom humor. 
Em especial a professora Eliana, Elcio e Renata! 
 
À minha Natália que percorre todos os meus caminhos desde as entranhas ao 
nascimento...sempre me dando força, coragem, otimismo...ensinando-me a viver! 
 
Muito obrigada! 
 
RESUMO 
 
Este trabalho abordou o tratamento do transtorno de estresse pós-traumático na 
terapia cognitivo-comportamental. A demonstração da eficácia do tratamento de 
traumas pela abordagem cognitivo-comportamental significa reforçar e valorizar 
ainda mais a Psicologia como ciência com métodos, técnicas e resultados baseados 
em evidências, desmistificando preconceitos e tabus para aqueles que a 
desconhecem, para os que temem o que outros pensam ou que saibam sobre seu 
problema mental e abolir a preocupação do estigma de que são loucos. O objetivo 
geral foi de demonstrar evidências da eficácia do tratamento do transtorno de 
estresse pós-traumático na abordagem da teoria cognitivo-comportamental. A 
metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica, na língua portuguesa e inglesa, 
no período de 2003 a 2013. É importante salientar que nem todos os indivíduos que 
sofrem o trauma desenvolvem o TEPT, o que pode estar relacionado com uma 
resposta individual ao estressor ou uma predisposição única do indivíduo. O estudo 
do TEPT por apresentar uma diversidade de traumas e estressores, e por ser 
complexo na sua etiologia, sugere que a TCC por si só não é totalmente eficaz. 
Acredita-se na necessidade de novas pesquisas e o emprego de novas técnicas 
para o tratamento do transtorno, assim como um delineamento específico para a 
população tratada. 
 
Palavras-Chave: Teoria cognitivo comportamental. Ansiedade. Transtorno de 
estresse pós-traumático. 
 
ABSTRACT 
 
This work addressed the treatment of post-traumatic stress disorder in cognitive-
behavioral therapy. The demonstration of the effectiveness of the treatment of trauma 
by cognitive-behavioral approach means strengthening and further enhance the 
Psychology as a science with methods, techniques and results based on evidence, 
demystifying prejudices and taboos for those that are unaware, for those who fear 
what other people think or know about your problem is mental and abolish the 
concern the stigma that they are foolish. The overall objective was to demonstrate 
evidence of the effectiveness of the treatment of post-traumatic stress disorder in 
theory approach cognitive-behavioral. The methodology used was a literature review, 
in Portuguese and English, in the period of 2003 to 2013. It is important to emphasize 
that not all individuals who suffer the trauma develop TEPT, which may be related to 
an individual response to stressor or a predisposition of single individuals. The study 
of TEPT by presenting a variety of traumas and stressors, and be complex in its 
etiology, suggests that TCC alone is not fully effective. It is believed in the need for 
further research and the employment of new techniques for the treatment of panic 
disorder, as well as a specific design for the population treated. 
 
Keywords: Cognitive Behavioral Theory. Anxiety. Post-traumatic stress disorder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................... ....................8 
2 OBJETIVO ..................................................................................10 
2.1 Objetivos Específicos ...............................................................10 
3 METODOLOGIA .........................................................................11 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................12 
4.1 Referencial Teórico ...................................................................12 
4.1.1 Conceito de teoria cognitivo comportamental .............................12 
4.1.2 Medo e ansiedade .......................................................................13 
4.1.3 Diferenças entre o transtorno de ansiedade agudo e o transtorno 
 de estresse pós-traumático .........................................................15 
4.2 Revisão da Literatura e Discussão ..........................................175 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................22 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................23 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O interesse em focar esse estudo no Transtorno de Estresse Pós-Traumático 
(TEPT) foi despertado pelo contexto atual do século XXI que retrata situações de 
violência que acontecem no cotidiano das pessoas, com agressão física ou 
psicológica, envolvendo risco de morte, dentro de suas próprias casas, nas famílias, 
no trabalho, nas ruas, nos centros urbanos, nas instituições escolares, independente 
de sexo, idade, origem de nascimento, condição social ou país. Essas situações 
despertam medo, tensão, e a vida das pessoas é colocada em risco, com os seus 
pensamentos e sentimentos sendo afetados, comprometendo-as em várias facetas 
de suas vidas. 
O século XXI mostra-se visivelmente violento ao mundo, comunicando uma 
ampla variedade de notícias turbulentas, agressivas que podem ser internalizadas 
ao cotidiano de algumas pessoas, com pouco ou nenhum significado, fazendo parte 
de uma condição natural e contingente da vida. 
Os acidentes naturais, tais como, terremotos, tsunamis e os causados pelo 
homem por acidente com transportes terrestres, aéreos, marítimos, e também as 
guerras, assassinatos, suicídios, roubos, sequestros, estupros, abusos sexuais 
podem afetar ou ocasionar prejuízo à saúde mental e física do ser humano e 
comprometer a qualidade de vida de uma população. 
Os estudos indicam que os traumas e os estressores originados por estas 
variáveis acima citadas podem causar diversos transtornos às vítimas, tais como, os 
transtornos agudos e TEPT, com necessidade de tratamento medicamentoso e 
psicológico (SERAFIM e MELLO, 2010). 
O conhecimento sobre a teoria cognitivo comportamental, os transtornos, a 
identificação dos estressores, dos sintomas, e ainda, o tratamento com técnicas 
adequadas deveria ser um pré-requisito para os profissionais da área da saúde que 
trabalham com vítimas da violência, identificando os primeiros sinais do trauma, 
informando, orientando e movimentando os vários segmentos da sociedade, tais 
como, órgãos públicos e particulares, principalmente, os da saúde e educação, para 
motivar ações focadas em estudos dirigidos de prevenção à saúde física e mental do 
indivíduo. 
 9 
 
 
A demonstração da eficácia do tratamento de traumas pela abordagem 
cognitivo-comportamental significa reforçar e valorizar ainda mais a Psicologia como 
ciência com métodos, técnicas e resultados baseados em evidências, 
desmistificando preconceitos e tabus para aqueles que a desconhecem, para os que 
temem o que outros pensam ou saibam sobre ter um problema mental, e abolir a 
preocupação do estigma de que são loucos. 
No Brasil, o transtorno de estresse agudo e o TEPT não tem recebido a 
devida consideração, apesar de ser um dos países onde se registra o maior número 
de casos de violência em comparação a outros (LEAHY, 2011). 
O tema do presente estudo tem sua fundamentação teórica na abordagem da 
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que pode ser aplicada nos vários 
transtornos mentais, tais como, depressão, humor, ansiedade, transtorno obsessivo 
compulsivo, personalidade, esquizofrenia, psicoses, alimentares, e também, aplicada 
nas áreas educacional, trabalho, e desenvolvimento pessoal, em adolescentes e 
adultos de todas as idades, com atendimento individual e de grupo. As técnicas são 
planejadas e adequadas a cada paciente de acordo com o diagnóstico apresentado. 
Uma das características importantes da TCC é a sua flexibilidade e 
criatividade que precisam integrar o perfil do terapeuta ou profissional que a aplica. 
Sendo assim, se apresenta como uma teoria que objetiva aliviar de imediato o 
sofrimento do paciente, considerada muito esclarecedora, pois o paciente é 
informado e recebe explicações de cada procedimento realizado com ele. 
A TCC exige também uma estreita e ótima relação terapêutica com o paciente 
e o profissional empenhados em atingir metas com resultados promissores e 
eficientes, requerendo do terapeuta e do paciente uma atitude ativa, convencidos 
pela credibilidade nos métodos e na teoria. 
 
 10 
 
 
2 OBJETIVO 
 
Demonstrar evidências da eficácia do tratamento do TEPT na abordagem da 
TCC. 
 
2.1 Objetivos Específicos 
 
- fazer um breve embasamento teórico sobre TCC e TEPT; 
- verificar como a TCC está sendo utilizada no tratamento e sua eficácia. 
 
 
 
 
 11 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
O trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica de artigos publicados no 
âmbito nacional e internacional. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, 
Siello, Bireme, Medline. A pesquisa foi realizada com as palavras-chave: Teoria 
Cognitivo-Comportamental; Ansiedade; Transtorno de Estresse Pós-Traumático. 
Os critérios de inclusão foram artigos na língua inglesa e portuguesa que 
utilizaram a TCC para tratamento de TEPT, publicados entre os anos 2003 e 2013. 
Foram excluídos trabalhos que não englobaram esse tema. 
Dos 38 artigos levantados, foram encontrados 13 que preencheram os 
critérios de inclusão. 
Além disso, para o embasamento teórico sobre TCC e TEPT, foram utilizados 
livros teóricos referências sobre o assunto e artigos, sem especificação de busca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 Referencial Teórico 
 
4.1.1 Conceito de teoria cognitivo comportamental 
 
Entre 1950 e início da década de 1960, Aaron Beck, o fundador da TCC, 
testou seu modelo psicanalítico em pacientes com depressão que apresentavam 
hostilidade a si mesmo, e que nos seus sonhos apresentavam conteúdos 
relacionados ao fracasso, privação e perda. Esses conteúdos, também, se 
apresentavam nos pacientes que permaneciam acordados e cujos pensamentos 
eram de livre associação e pensamentos rápidos de qualificação sobre si mesmo(BECK, 2013). 
Beck questionou seus pacientes deprimidos sobre seus pensamentos e 
percebeu que todos apresentavam um tipo de pensamento, isto é, automático e 
negativo. Estes pensamentos estavam ligados à emoção, então, ele passou a ajudar 
estes pacientes a identificar, avaliar e responder aos pensamentos não adaptativos 
e irreais, e percebeu que seus resultados eram imediatos e melhoravam 
rapidamente (BECK, 2013). 
Em 1977, Beck publicou os ensaios clínicos randomizados que realizou com 
pacientes deprimidos e ansiosos, ensinando-os a avaliar o risco das situações, e 
trabalhar seus recursos internos e externos, diminuindo os comportamentos de 
esquiva, enfrentando situações que temiam e testando as suas predições através de 
seus comportamentos (BECK, 2013). 
Beck desenvolveu esta terapia se valendo de inúmeras fontes, tais como, a 
filosofia de Epíteto e outros teóricos como Karen Horney, Alfred Adler, George Kelly, 
Albert Ellis, Richard Lazarus e Albert Bandura, sendo que seu trabalho foi ampliado 
para teóricos e pesquisadores dos Estados Unidos e do exterior (BECK, 2013). 
A TCC de Beck incorpora técnicas de outras psicoterapias dentro de uma 
estrutura cognitiva, onde o modelo cognitivo avalia os pensamentos disfuncionais 
que influenciam a emoção e o comportamento, sendo comuns a todos os transtornos 
psicológicos e psiquiátricos. 
 13 
 
 
A TCC se baseia em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos 
pacientes e uma conceituação individual em termos cognitivos requerendo uma 
harmonia terapêutica sólida. Beck a denominou de Terapia Cognitiva, usada 
atualmente como TCC, para a depressão e ansiedade, sendo uma terapia que 
segue um protocolo de curta duração, com foco no presente, voltada para a ajuda ao 
paciente na solução dos problemas atuais e reestruturação de crenças, 
pensamentos, sentimentos e comportamentos disfuncionais ou inadequados (BECK, 
2013). 
O tratamento está baseado em uma conceituação ou compreensão de cada 
paciente, com suas crenças específicas e padrões de comportamento, e o terapeuta 
procurando produzir de diversas formas uma mudança cognitivo comportamental, ou 
seja, uma modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente para 
alcançar uma mudança emocional e comportamental duradoura (BECK, 2013). 
A TCC e suas adequações se aplicam a pessoas de diferentes níveis sócio-
econômicos, cultura, idade, e também, pode ser usada em diversas instituições, tais 
como, escolas, várias especialidades na área da saúde, dentre outros, sendo útil em 
atendimentos individuais, grupais, casal e família. 
 
4.1.2 Medo e ansiedade 
 
Para compreender o TEPT é necessário entender a diferença entre medo e 
ansiedade. O medo é um instinto de proteção, nasce com o ser humano, o protege 
contra as ameaças e perigos, servindo para a preservação da vida e da espécie. Ele 
faz parte da vida e conduz o organismo a manter a sua sobrevivência, ou seja, é 
necessário e saudável se a sua intensidade for adequada. 
Na evolução biológica e história do homem a ansiedade está presente, sendo 
semelhante ao medo. O medo passa a ser patológico quando a emoção se 
manifesta de maneira irracional e se não há perigo real se transforma em transtorno 
ansioso (LEAHY, 2011). 
As principais características de um transtorno ansioso são a presença da 
ansiedade e o comportamento de esquiva. O medo exagerado com característica de 
terror pode conduzir a pessoa a correr, se esconder, o coração apresentar 
alterações de ritmo, vertigem, sudorese, urgência para urinar, evacuar, nervosismo, 
 14 
 
 
inquietação, dificuldade de concentração, irritabilidade, insegurança, sobressaltos, 
insônia, entre outros (SERAFIM e MELLO, 2010). 
De acordo com Leahy (2011), os transtornos reconhecidos que derivam da 
ansiedade são: 
- transtorno de pânico – medo das próprias reações fisiológicas e 
psicológicas, ou seja, um ataque de pânico; 
- transtorno obsessivo compulsivo (TOC) – a pessoa tem pensamentos 
repetitivos ou imagens, ou seja, obsessões, que considera interessante, 
- transtorno de ansiedade generalizada (TAG) – tendência da pessoa se 
preocupar continuamente com tudo; 
- transtorno de ansiedade social (TAS) ou Fobia Social – medo de ser julgado 
pelos outros em situações sociais; 
- transtorno de ansiedade agudo (TA) – exposição como vítima ou 
testemunha de eventos ou situações que colocam em risco a vida da pessoa, 
causando medo, tensão, terror, impossibilidade de fuga com respostas fisiológicas e 
psicológicas à vítima do trauma. 
Todas as revivências traumáticas causam intenso sofrimento psicológico 
devido a estímulos internos ou externos que simbolizam ou se assemelham aos 
acontecimentos, e para evitar o sofrimento, a pessoa se esquiva do estímulo ou 
situações que lhe causou o trauma. Outros sintomas são os dissociativos quando a 
vítima não se lembra do fato ocorrido ou alguns aspectos dele, apresentando 
também, restrição de afeto, embotamento emocional e incapacidade ao prazer 
(SERAFIM e MELLO, 2010). 
Um dado relevante para que o TA se configure como Transtorno de Estresse 
Agudo é que os sintomas de revivência do trauma, tais como, a esquiva, o medo, a 
insônia, apareçam nos primeiros dias após o trauma, ou até no máximo no período 
de um mês. Para que o TA não evolua para o TEPT é primordial que a intervenção 
ou tratamento seja realizado nos primeiros dias após o trauma ou no máximo no 
período de um mês. Há estudos que indicam também, que este transtorno pode se 
manifestar após vários anos do trauma ocorrido quando alguns eventos relacionados 
ao trauma propiciam ao seu aparecimento. Os profissionais precisam avaliar 
realmente, se o paciente apresenta os sintomas de TA, ou se os mesmos estão em 
fase de elaboração normal da vivência traumática (SERAFIM e MELLO, 2010). 
 15 
 
 
A característica principal do TEPT é a exposição da pessoa a um evento 
traumático em que haja uma ocorrência ou ameaça consistente de morte ou 
ferimentos graves para si e para os outros, associadas a respostas de medo e 
intenso pavor. A pessoa é vítima ou testemunha de situações que a coloca em risco 
de vida vivenciando momentos de extrema tensão, estresse, situações de ameaça à 
vida, à dignidade, sofrendo pressões psicológicas, agressões físicas, verbais, morais 
do agressor ou vivendo situações com ameaça de morte a ela ou a um ente querido, 
inclusive a perda de uma parte de si mesma. Há casos em que a vítima sobrevive a 
catástrofes naturais ou acidentes provocados pelo homem, os quais são vivenciados 
com intenso estresse. Após a ocorrência do trauma, a pessoa revive a situação 
através de pesadelo, flashback, insônia, tremor, calafrio, esquiva a situações ou 
estímulos que relembrem otrauma (BROWN-BOWERS et al., 2012). 
O TEPT é o único transtorno que para ser caracterizado como tal precisa se 
apresentar na presença do estímulo traumático. 
 
4.1.3 Diferenças entre o transtorno de ansiedade agudo e o transtorno 
 de estresse pós-traumático 
 
No TA existe a exposição como vítima ou testemunha de eventos ou 
situações que colocam em risco a vida da pessoa causando medo, tensão, terror, 
impossibilidade de fuga com respostas fisiológicas e psicológicas à vítima do trauma. 
Os sintomas físicos são suor, taquicardia, insônia, entre outros. Os sintomas 
psicológicos são medo, ansiedade, esquiva a sinais que lembrem o trauma, 
incapacidade ao trabalho, revivência do trauma através de pensamentos recorrentes 
e intrusivos que causam sofrimento, e o conteúdo se relacionando ao evento, tais 
como, imagens, pensamentos, percepções e sonhos. Os sintomas dissociativos são 
aqueles que a vítima não se lembra do fato ocorrido ou alguns aspectos dele. As 
vítimas apresentam restrição de afeto e incapacidade ao prazer (FORNERIS et al., 
2013). 
Para que o transtorno seja configurado como agudo, os sintomas necessitam 
aparecer nos primeiros dias ou até no máximo no período de um mês. 
Os estudos apontam que a intervenção e tratamento do transtorno precisam 
ser realizados nos primeiros dias para a prevenção do desenvolvimento do TEPT, ou 
 16 
 
 
ainda, observar se os primeiros sinais fazem parte da elaboração normal da vivência 
traumática (BARREIRA et al., 2013). 
O TEPT é o único transtorno que ocorre com a presença de um estressor ou 
trauma. O reexperimentar do evento traumático, a evitação de estímulos a ele 
associados e a presença persistentes de sintomas, tais como, irritabilidade, insônia, 
sobressalto excessivo, hipervigilância, queixas somáticas como fadiga, tremores, 
hipermotilidade gástrica, pseudo crises epilépticas e tonteiras são as três dimensões 
dos sintomas a serem consideradas (BADDELEY e GROS, 2013). 
A característica principal do TEPT é o desenvolvimento dos primeiros 
sintomas após, aproximadamente, período superior a um mês da exposição da 
pessoa como vítima ou expectador de um ou mais eventos traumáticos, tais como, 
medo, desespero, horror com risco de vida (DORREPAAL et al., 2010). 
Em algumas pessoas predominam sintomas de humor disfórico e cognições 
negativas, e em outras há excitação, sintomas dissociativos, ou casos em que 
aparece a combinação de todos os sintomas (KOWALIK et al., 2011). 
Os eventos traumáticos podem incluir a exposição à guerra como combatente 
civil, ameaça ou agressão física, ameaça ou ocorrência de violência sexual, 
 eqüelas , ser mantido refém, ataque terrorista, tortura, prisioneiro de guerra, ou 
desastres naturais ou provocados pelo próprio homem, acidentes automobilísticos 
graves, entre outros. Em crianças, eventos sexuais violentos ou inapropriados à 
idade, mesmo sem violência ou lesão (VAN DER OORD et al., 2010). 
Nos casos de ataque pessoal violento ou suicídio, acidente ou lesão grave, 
apenas é considerado como TEPT se for um evento que ocorra com parentes ou 
amigos, não se qualificando quando há morte por causas naturais (MELLO et al., 
2013). 
O evento traumático pode ser revivido por lembranças recentes, diferente das 
ruminações depressivas. São as lembranças involuntárias ou intrusivas decorrentes 
do evento, denominadas de flashbacks, com sintomas desde intrusões visuais ou 
sensoriais breves, sem perda da realidade, onde a pessoa se comporta como se o 
evento estivesse ocorrendo naquele exato momento, até a perda do senso da 
realidade parcial ou total, associadas às vezes, com sofrimento prolongado e 
excitação elevada (MONSON et al., 2012). 
Em outros casos ocorre um evento precipitador parecido em algum aspecto 
com o evento traumático causando reações fisiológicas, sensações físicas. As 
 17 
 
 
situações ou estímulos que estão associados ao trauma são evitados sempre, 
podendo ser uma lembrança, pensamento ou pessoas que desencadeiam a 
lembrança do evento, ocorrendo situações em que a pessoa não consegue se 
lembrar, apresentando alterações de humor. Esta amnésia não possui causas 
fisiológicas, tais como, traumatismos cranianos, abuso de álcool ou drogas (RESICK 
et al., 2012). 
Em crianças pequenas a encenação de acontecimentos relacionados ao 
trauma pode aparecer em brincadeiras ou estados dissociativos, com um intenso 
sofrimento psicológico (SHEMESH et al., 2011). 
O TEPT pode se manifestar, ainda, de outras maneiras, conforme o evento 
traumático, como uma mudança negativa na identidade percebida desde o trauma; 
cognições errôneas persistentes a respeito da causa do evento traumático; estado 
persistente de humor negativo; menor participação em atividades que antes eram 
prazerosas, menor interesse nas pessoas, incapacidade de apresentar emoções 
positivas; irritação fácil, agressividade com pouca ou nenhuma provocação; 
hipersensibilidade a ameaças potenciais representadas ao estímulo e não 
propriamente relacionadas ao evento traumático; sobressaltos intensos ou 
tensão/nervosismo a ruídos elevados ou movimentos inesperados, dificuldades de 
concentração; problemas para iniciar e manter o sono; sintomas dissociativos 
persistentes de distanciamento do próprio corpo (despersonalização), ou do mundo 
ao redor (SCHEERINGA et al., 2011). 
 
4.2 Revisão da Literatura e Discussão 
 
A amostra desta revisão bibliográfica totalizou 38 artigos, dos quais 13 
preencheram os critérios de inclusão, conforme Tabelas 1 a 13 (Anexo I). 
Na pesquisa de Kowalik et al. (2011), os participantes tinham idade até 18 
anos, sendo que a maioria sofreu abuso sexual, apresentando TEPT ou com alto 
risco, sendo aplicadas então, terapias não-estruturadas de apoio, tratamento de 
suporte não-diretivo e terapias centradas na criança, porém poucos detalhes foram 
notificados sobre o número de sessões e duração do tratamento, variando de doze 
semanas a dois anos de sessões, com taxas de desistência variando de 10 a 
40%. 
 18 
 
 
 Após a leitura do artigo concluiu-se que a TCC foi eficaz no tratamento do 
TEPT, tratando sinais e sintomas de maneira enérgica. Notou-se algumas limitações 
na avaliação, incluindo os critérios de inclusão questionáveis e a incapacidade de 
avaliar sistematicamente a validade do estudo, podendo significar que os achados 
dos autores podem não ser confiáveis. 
Brown-Bowers et al. (2012) relatam a situação de um casal com um trauma 
partilhado, de uma criança natimorta, e ainda destacam que o TEPT está associado 
à uma íntima relação de angústia e divórcio. Embora haja psicoterapias individuais 
eficazes para TEPT, estes tratamentos não melhoram os problemas de 
relacionamento íntimo. Sendo assim, notou-se que para ajudar no tratamento,é 
importante empregar a TCC para melhorar o relacionamento, a saúde e bem-estar 
do casal. 
Van Der Oord et al. (2010) avaliaram a eficácia da TCC em 23 crianças, com 
idades entre 8 e 18 anos, diante de uma série de experiências traumáticas 
individuais e recorrentes, abrangendo a reestruturação cognitiva e o 
compartilhamento social, onde verificaram TEPT, sintomas depressivos e problemas 
de comportamento relacionados com o trauma. As crianças foram avaliadas por seis 
meses, com uma quantidade média de cinco sessões de tratamento. 
Diante do exposto se observou que em curto prazo o TCC é uma intervenção 
eficaz para crianças traumatizadas, se mostrando um tratamento promissor que 
pode ser utilizado na prática clínica. Para Barreira et al. (2013) apesar de haver 
eficácia nos tratamentos individuais para TEPT, quanto aos grupos de TCC há 
evidências de serem mais eficientes para indivíduos com TEPT, apesar de os atritos 
serem maiores nos tratamentos em grupo. 
Mesmo assim, notou-se que Barreira et al. (2013) apoiam o uso da terapia em 
grupo, pois ela se apresenta como opção de tratamento promissora para o 
TEPT. 
Mello et al. (2013) compararam a eficácia da TCC com outros tratamentos, 
tais como, aconselhamento, terapias de suporte, que apesar de serem eficazes para 
terapias individuais, ainda o TCC mostra resultados interessantes. 
O estudo de Mello et al. (2013) apresentou um total de 2.713 participantes, 
com idade média de 49 anos, com efeitos traumáticos relacionados com guerra, 
acidentes, violência física, sexual, doenças graves/cirurgias, terrorismo, catástrofes 
naturais, com abordagens baseadas em reestruturação cognitiva, não indicando um 
 19 
 
 
único tratamento para TEPT, porque os pacientes podem se beneficiar de forma 
diferente a partir de cada tipo de terapêutica, pois enquanto reestruturar as 
cognições pós-traumáticas desafiadoras podem ser uma mais eficazes para alguns, 
outros indivíduos melhoram acentuadamente através do processamento da carga 
emocional associada com a ativação do medo. 
Portanto, notou-se a necessidade de mais testes de acompanhamento com 
os tratamentos, porque a terapêutica não é a única influência na melhora clínica, 
havendo fatores individuais e relacionais que podem influenciar o resultado da TCC. 
De acordo com Monson et al. (2012), o TEPT é uma condição comum 
associada aos problemas de relacionamento íntimo, então sugerem a realização de 
terapia conjunta para aumentar a satisfação do relacionamento, onde analisaram 40 
casais em 15 sessões. Os resultados dos diagnósticos apresentaram que a terapia 
de casal com TEPT resultou na diminuição da intensidade dos sintomas e um 
aumento da satisfação dos pacientes. 
Segundo Forneris et al. (2013) são cada vez mais prevalentes os eventos 
traumáticos em todo o mundo e as vítimas de trauma procuram ajuda, por isso é 
essencial usar intervenções eficazes para prevenir o TEPT. Eles avaliaram 19 
pacientes com TEPT empregando a TCC, a qual foi mais eficaz do que o 
aconselhamento de apoio na redução dos sintomas. Sendo assim, concluiu-se que, 
a TCC pode reduzir a gravidade dos sintomas do TEPT em pessoas com estresse 
agudo ajudando a diminuir a gravidade dos sintomas pós-lesão. 
Resick et al. (2012) avaliaram 171 mulheres, vítimas de estupro, em 10 
sessões, com diagnósticos de depressão. Essas apresentaram redução nos 
sintomas por causa do tratamento com TCC, mesmo depois de longo período após o 
ocorrido, pois muitas dessas mulheres continuaram a experimentar eventos de vida 
que podiam afetar os sintomas do TEPT. Porém, notou-se que a psicoterapia em 
conjunto com medicação foram associados com piores resultados, com alta taxa de 
recaída e sintomas de longa duração. Mas, no geral, os pacientes apresentaram 
melhoras significativas nos sintomas de TEPT. 
Dorrepaal et al. (2010) testaram um protocolo de tratamento com 36 pacientes 
com história de abuso na infância, em 20 sessões, com melhoria significativa entre o 
pré e pós-tratamento, sendo que no período de seguimento não resultou numa 
melhoria. Porém, constatou-se que a recuperação total dos pacientes com TEPT não 
foi alcançado e outras opções de tratamento precisam ser consideradas. 
 20 
 
 
Serafim e Mello (2010) explicam que o TEPT é uma condição específica 
causada pela violência, com repercussões biológicas, psicológicas e sociais, e 
criaram um programa para atender e estudar a violência (Prove), onde foram 
realizados 1.445 atendimentos, em 6 sessões, sendo que os eventos traumáticos 
mais frequentes foram assalto, seqüestro, assassinato de um familiar e abuso 
sexual. Concluiu-se que, medicar com ansiolíticos as vítimas de violência e fazer 
com que falem sobre o ocorrido demonstraram ser atitudes prejudiciais, futuramente, 
aos pacientes, aumentando as chances de desenvolver TEPT. 
Para Scheeringa et al. (2011), a TCC para tratar o TEPT na adolescência é 
limitada às vítimas de abuso sexual, e sendo assim, estudaram a eficácia do 
tratamento em 64 crianças, entre três e seis anos de idade, em 12 sessões. 
Constatou-se que o efeito do tratamento com TCC melhorara a depressão dos 
pacientes, sugerindo que a TCC é viável e eficaz para os sintomas do TEPT, com 
efeito durador. 
Shemesh et al. (2011) investigaram a segurança da TCC em 60 pacientes 
que sofriam de TEPT após um evento cardiovascular, em 5 sessões de terapia, 
utilizando a entrevista clínica estruturada, averiguando os efeitos do tratamento 
sobre os sintomas do TEPT e depressão. Concluiu-se que as intervenções da TCC 
nos pacientes com TEPT apontaram resultados positivos. 
Há pouquíssimos estudos que associam a intervenção da TCC ao TEPT se 
considerando quando o foco é prevenção deste transtorno, incitando a necessidade 
de mais estudos sobre novas metodologias em pesquisas que possam comprovar os 
resultados do tratamento do TEPT baseados na intervenção da TCC. 
Há uma necessidade de maior valorização sobre os fenômenos da violência, 
prioridade de expansão de estudos científicos, mobilização a um número maior de 
profissionais e instituições que se dediquem a cuidar deste assunto, demonstrando 
também a necessidade de se criar mais instituições particulares e governamentais 
que se interessem pelo assunto, pela saúde da população e pela melhor qualidade 
de vida. 
Há de se prestar atenção a mais benefícios advindos do estudo visando 
melhorar a qualidade e produção do trabalho, a melhora da qualidade profissional 
das vítimas de traumas. 
A maioria dos artigos encontrados faz referência ao estudo do TEPT, 
vinculado a violência em geral, contra a mulher, criança, abuso sexual, estupros e 
 21 
 
 
violência em família, e poucos artigos com homens. As guerras, homicídios, 
acidentes naturais também são consultadose alguns que tratam dos causados por 
violência no trânsito. 
Para o estudo do tema foi considerado o contexto do século XXI, cenário 
político, social e econômico que retrata o fenômeno da violência associada ao TEPT 
e intervenções com fármacos, ou TCC ou a associação de ambos. 
Foram encontrados alguns estudos sobre a violência na América do Norte 
(Estados Unidos), América do Sul (Chile, Bolívia, Peru, Brasil) considerando apenas 
uma pequena área, com a referência da cidade de São Paulo. 
É importante salientar que nem todos os indivíduos que sofrem o trauma 
desenvolvem o TEPT, o que pode estar relacionado com uma resposta individual ao 
estressor ou uma predisposição única do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo do TEPT por apresentar uma diversidade de traumas e estressores, 
e por ser complexo na sua etiologia, sugere que a TCC por si só não é totalmente 
eficaz. Acredita-se na necessidade de novas pesquisas e o emprego de novas 
técnicas para o tratamento do transtorno, assim como um delineamento específico 
para a população tratada. 
A metodologia considerada para o estudo do tema proposto e realizada para 
avaliar os resultados da intervenção da TCC no TEPT apresentou resultados 
favoráveis à eficácia do tratamento, porém com questões a considerar, tais como, a 
população estudada, a idade, a origem de nascimento, a própria história do 
indivíduo, o contexto, o tipo de trauma e estressores. 
As pesquisas com controle de casos randomizados ou que demonstrem o 
resultado do estudo de um só caso ou alguns casos ao longo de um determinado 
período de tempo, reunidos por determinados caracteres sugerem a perspectiva de 
mais pesquisas com outras metodologias que demonstrem efetivamente a eficácia 
da TCC como teoria eleita para o TEPT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BADDELEY, J. L.; GROS, D. F. Cognitive behavioral therapy for insomnia as a 
preparatory treatment for exposure therapy for posttraumatic stress disorder. Am J 
Psychother. 2013, v. 67, n. 2, p. 203-14. 
 
BARREIRA, T. L.; MOTT, J. M.; HOFSTEIN, R. F.; TENG, E. J. A meta-analytic 
review of exposure in group cognitive behavioral therapy for posttraumatic stress 
disorder. Clin Psychol Ver. 2013, v. 33, n. 1, p. 24-32. 
 
BECK, J. S. Terapia cognitivo comportamental: teoria e prática. 2 ed. Porto 
Alegre-RS: Artmed, 2013. 
 
BROWN-BOWERS, A.; FREDMAN, S. J.; WANKLYN, S. G.; MONSON, C. M. 
Cognitive-behavioral conjoint therapy for posttraumatic stress disorder: application to 
a couple’s shared traumatic experience. J Clin Psychol. 2012, v. 68, n. 5, p. 
536-47. 
 
DORREPAAL, E.; THOMAES, K.; SMIT, J. H.; VAN BALKOM, A. J.; VAN DYCK, R.; 
VELTMAN, D. J.; DRAIJER, N. Stabilizing group treatment for complex posttraumatic 
stress disorder related to childhood abuse based on psycho-education and cognitive 
behavioral therapy: a pilot study. Child Abuse Negl. 2010, v. 34, n. 4, p. 
284-8. 
 
FORNERIS, C. A.; GARTLEHNER, G.; BROWNLEY, K. A.; GAYNES, B. N.; SONIS, 
J.; COKER-SCHWIMMER, E.; JONAS, D. E.; GREENBLATT, A.; WILKINS T. M.; 
LOHR, K. N. Interventions to prevent post-traumatic stress disorder: a systematic 
review. Am J Prev Med. 2013, v. 44, n. 6, p. 635-50. 
 
KOWALIK, J.; WELLER, J.; VENTER, J.; DRACHMAN, D. Cognitive behavioral 
therapy for the treatment of pediatric posttraumatic stress disorder: a review and 
meta-analysis. J Behav Ther Exp Psychiatry. 2011, v. 42, n. 3, p. 405-13. 
 
 24 
 
 
LEAHY, R. Livre de ansiedade. Porto Alegre-RS: Artmed, 2011. 
 
MELLO, P. G.; SILVA, G. R.; DONAT, J. C.; KRISTENSEN, C. H. An update on the 
efficacy of cognitive-behavioral therapy, cognitive therapy, and exposure therapy for 
posttraumatic stress disorder. Int J Psychiatry Med. 2013, v. 46, n. 4, p. 
339-57. 
 
MONSON, C. M.; FREDMAN, S. J.; MACDONALD, A.; PUKAY-MARTIN, N. D.; 
RESICK, P. A.; SCHNURR, P. P. Effect of cognitive-behavioral couple therapy for 
PTSD: a randomized controlled trial. Jama. 2012, v. 308, n. 7, p. 700-9. 
 
RESICK, P. A; WILLIAMS, L. F.; SUVAK, M. K.; MONSON, C. M.; GRADUS, J. L. 
Long-term outcomes of cognitive-behavioral treatments for posttraumatic stress 
disorder among female rape survivors. J Consult Clin Psychol. 2012, v. 80, n. 2, p. 
201-10. 
 
SCHEERINGA, M. S.; WEEMS, C. F.; COHEN, J. A.; AMAYA-JACKSON, L.; 
GUTHRIE, D. Trauma-focused cognitive-behavioral therapy for posttraumatic stress 
disorder in three-through six year-old children: a randomizes clinical trial. J Child 
Psychol Psychiatry. 2011, v. 52, n.82, p. 853-60. 
 
SERAFIM, P. M.; MELLO, M. F. de. Transtornos de estresse agudo e pós-
traumático. SMAD – Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool. 2010, v. 6, n. spe, p. 
460-70. 
 
SHEMESH, E.; ANNUNZIATO, R. A.; WEATHERLEY, B. D.; COTTER, G.; 
FEAGANES, J. R.; SANTRA, M.; YEHUDA, R.; RUBINSTEIN, D. A randomizes 
controlled trial of the safety and promise of cognitive-behavioral therapy using 
imaginal exposure in patients with posttraumatic stress disorder resulting from 
cardiovascular illiness. J Clin Psychiatry. 2011, v. 72, n. 2, p. 168-74. 
 
VAN DER OORD, S.; LUCASSEN, S.; VAN EMMERIK, A. A.; EMMELKAMP, P. M. 
Treatment of post-traumatic stress disorder in children using cognitive behavioural 
writing therapy. Clin Psychol Psychother. 2010, v. 17, n. 3, p. 240-9. 
 25 
 
 
ANEXO I 
 
Tabela 1 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Cognitive behavioral therapy for insomnia as a preparatory treatment for 
exposure therapy for posttraumatic stress disorder 
 
FONTE PubMed – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23909060 
AUTORES Baddeley JL, Gros DF 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2013 
OBJETIVO Descrever o tratamento psicológico de um paciente com insônia, comorbidade 
e TEPT. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
O paciente inicialmente se recusou a terapia de exposição para TEPT. Assim, 
a TCC para insônia foi um tratamento de primeira etapa. Depois de seis 
sessões, o paciente completou sete sessões de terapiade exposição 
específica do trauma. Na conclusão do tratamento e em 90 dias de 
acompanhamento, o paciente demonstrou reduções significativas na insônia e 
sintomas de TEPT. 
CONCLUSÃO 
Os resultados suportam a utilização segura e eficaz de TCC em pacientes com 
insônia, comorbidade,para melhorar o sono e facilitar a entrada em terapia de 
exposição para TEPT. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
 
Tabela 2 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
A meta-analytic review of exposure in group cognitive behavioral therapy for 
posttraumatic stress disorder 
FONTE PubMed – USA – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23123568 
AUTORES Barrera TL, Mott JM, Hofstein RF, Teng EJ 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2013 
OBJETIVO 
Realizar uma revisão sistemática da suporte empírico para TCC no tratamento 
de TEPT e comparar protocolos TCC que incentivam a divulgação de detalhes 
do trauma através da exposição em sessão com protocolos TCC que não 
incluem sessão. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
Ensaios clínicos randomizados que avaliaram a eficácia da TCC para TEPT 
foram incluídos na meta-análise. Um total de 651 participantes com TEPT 
foram incluídos nas condições de tratamento da TCC elegíveis, em 12 
sessões. Não foram encontradas diferenças significativas nos tamanhos de 
efeito entre os tratamentos de TCC, que incluiu exposição em grupo e aqueles 
que não o fizeram. Embora a taxa de atrito foi maior nos tratamentos que 
incluíram a exposição em grupo, esta taxa é comparável a taxas de atrito em 
tratamentos individuais e farmacoterapia para TEPT. 
CONCLUSÃO 
Os resultados desta meta-análise sugerem que as preocupações sobre o 
potencial impacto negativo da exposição grupo pode ser injustificada, e apoiar 
o uso de TCC baseado na exposição como uma opção de tratamento 
promissora para TEPT. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
 
Tabela 3 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Cognitive-behavioral conjoint therapy for posttraumatic stress disorder: 
application to a couple’s shared traumatic experience 
FONTE PubMed – Canadá – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22504612 
AUTORES Brown-Bowers A, Fredman SJ, Wanklyn SG, Monson CM 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2012 
OBJETIVO 
Fornecer uma visão geral do tratamento, uma revisão da pesquisa de 
resultados, e uma ilustração de caso de um casal com um trauma partilhado 
(uma criança natimorta), em 15 sessões. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
A fase 1 incluiu a psicoeducação sobre as influências recíprocas de sintomas 
de TEPT e relacionamento, exercícios para promover e afetar os 
comportamentos positivos, e as habilidades de gestão de conflitos. Na Fase 2, 
os métodos comportamentais são utilizados para tratar evitação e 
entorpecimento emocional e aumentar a satisfação do relacionamento. Na 
fase 3 centra-se em avaliações de trauma específicos e cognições que mantem 
os problemas de TEPT e de relacionamento. 
CONCLUSÃO A TCC para o TEPT é projetado para melhorar os sintomas de TEPT e 
melhorar o ajuste relacionamento íntimo. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
 
Tabela 4 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Stabilizing group treatment for Complex Posttraumatic Stress Disorder related 
to childhood abuse based on psycho-education and cognitive behavioral 
therapy: a pilot study 
FONTE PubMed – Países Baixos – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20303592 
AUTORES Dorrepaal E, Thomaes K, Smit JH, van Balkom AJ, van Dyck R, Veltman 
DJ, Draijer N 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2010 
OBJETIVO 
Testar um protocolo de tratamento estabilizante concebido para a gestão das 
sequelas a longo prazo do abuso de 36 crianças, em 20 sessões, ou seja, o 
TEPT. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS Foi encontrada melhora para TEPT e sintomas limítrofes. 
CONCLUSÃO 
Este estudo indicou tanto a viabilidade de se investigar o resultado do 
tratamento e da eficácia inicial de tratamento estabilizante em um grupo em 
pacientes graves com TEPT relacionado a abuso na infância. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
 
Tabela 5 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Interventions to prevent post-traumatic stress disorder: a systematic review 
FONTE PubMed – Carolina do Norte – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23683982 
AUTORES Forneris CA, Gartlehner G, Brownley KA, Gaynes BN, Sonis J, Coker-
Schwimmer E, Jonas DE, Greenblatt A, Wilkins TM, Woodell CL, Lohr KN 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2013 
OBJETIVO Avaliar a eficácia, efetividade comparativa, e danos do psicológico, 
farmacológico e intervenções emergentes para evitar TEPT. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
Foram investigados dezenove pacientes, em 12 sessões, com vários tipos de 
traumas e intervenções. Meta-análises de três ensaios (da mesma equipe) 
para pessoas com transtorno de estresse agudo e breve, TCC com foco em 
trauma foi mais eficaz do que o aconselhamento de apoio na redução da 
gravidade dos sintomas de TEPT (moderada resistência); estas duas 
intervenções tiveram resultados semelhantes para incidência de TEPT (baixa 
resistência); gravidade da depressão(baixa resistência); e gravidade da 
ansiedade (moderada-força). A gravidade dos sintomas do TEPT após a lesão 
diminuiu mais com o cuidado colaborativo do que o cuidado usual. Não reduziu 
a incidência ou gravidade de TEPT ou sintomas psicológicos em traumas 
(baixa resistência). Evidências sobre os resultados relevantes não estava 
disponível para muitas intervenções ou era insuficiente devido a deficiências 
metodológicas. 
CONCLUSÃO 
A TCC pode reduzir a gravidade dos sintomas do TEPT em pessoas com 
transtorno de estresse agudo; cuidado colaborativo pode ajudar a diminuir a 
gravidade dos sintomas pós-lesão. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
 
Tabela 6 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Cognitive behavioral therapy for the treatment of pediatric posttraumatic stress 
disorder: a review and meta-analysis 
FONTE PubMed – New York – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21458405 
AUTORES Kowalik J, Weller J, Venter J, Drachman D 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2011 
OBJETIVO 
Examinar a eficácia da TCC no tratamento de TEPT pediátrica, em 229 
pacientes, em 12 sessões, com dados de resultados do Child Behavior 
Checklist (CBCL). 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura. 
RESULTADOS A bibliografia comentada revelou eficácia em geral do TCC no TEPT 
pediátrico. 
CONCLUSÃO 
A eficácia da TCC no tratamento de TEPT pediátrica foi apoiado pela 
bibliografia comentada e meta-análise, contribuindo para melhores práticas de 
dados. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
 
Tabela 7 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
An update on the efficacy of cognitive-behavioral therapy, cognitive therapy, 
and exposure therapy for posttraumatic stress disorder 
FONTE PubMed – Brasil – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24922986 
AUTORES Mello PG, Silva GR, Donat JC, Kristensen CH 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2013 
OBJETIVO 
Atualizar conclusões sobre a eficácia da TCC, a Terapia Cognitiva (TC), e a 
Terapia de Exposição (ET) para o TEPT, com 2.713 pacinetes, em 12 sessões, 
quando comparado com outros tratamentos ou condições bem estabelecidas, 
sem tratamento ativo. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura. 
RESULTADOS 
A amostra final continha 29 artigos, que mostraram ser os tratamentos eficazes 
individualmente quando comparadas às condições apenas de avaliação, não 
havendo diferença encontrada entre os tratamentos. 
CONCLUSÃO Mais pesquisas precisam esclarecer os efeitos duradouros, eficiência e outros 
benefícios comparativos de cada protocolo. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
 
Tabela 8 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Effect of cognitive-behavioral couple therapy for PTSD: a randomized controlled 
trial 
FONTE PubMed – Canadá – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22893167 
AUTORES Monson CM, Fredman SJ, Macdonald A, Pukay-Martin ND, Resick PA, Schnurr 
PP 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2012 
OBJETIVO 
Comparar a TCC para TEPT, com 2 pacientes, em 15 sessões (a terapia de 
casal manual entregue a pacientes com TEPT e os seus outros significativos 
para tratar simultaneamente sintomas de TEPT e aumentar a satisfação do 
relacionamento) com a condição de lista de espera. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
A severidade dos sintomas do TEPT foi significativamente mais aprimorado na 
condição de terapia de casal que na condição de lista de espera. Da mesma 
forma, a satisfação íntima da relação do paciente foi significativamente mais 
melhorada em terapia de casal que na condição de lista de espera. O tempo de 
efeito de interação × condição no modelo multinível prevendo sintomas do 
TEPT e satisfação com o relacionamento relatado pelo paciente revelou 
superioridade da terapia de casal em comparação com a lista de espera. 
CONCLUSÃO 
Entre os casais em que um dos parceiros foi diagnosticado como tendo TEPT, 
uma terapia de casal específica do distúrbio, em comparação com uma lista de 
espera para a terapia resultou na diminuição da gravidade dos sintomas de 
TEPT, gravidade dos sintomas de comorbidade do paciente e aumento da 
satisfação do paciente. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
Tabela 9 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Long-term outcomes of cognitive-behavioral treatments for posttraumatic stress 
disorder among female rape survivors 
FONTE PubMed – Boston – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22182261 
AUTORES Resick PA, Williams LF, Suvak MK, Monson CM, Gradus JL 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2012 
OBJETIVO Comparar a terapia de processamento cognitivo com a exposição prolongada 
para o TEPT, com 171 pacientes, em 10 sessões. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
Diminuições nos sintomas devido ao tratamento, como evidenciado por poucas 
mudanças ao longo do tempo de pós-tratamento através de follow-up. Não 
houve diferenças significativas surgiram durante o tratamento. 
CONCLUSÃO 
Ocorreram mudanças na TEPT e sintomas relacionados com duração superior 
a um período prolongado de tempo para vítimas de estupro do sexo feminino 
com extensas histórias de trauma. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna.34 
 
 
Tabela 10 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Trauma-focused cognitive-behavioral therapy for posttraumatic stress disorder 
in three-through six year-old children: a randomized clinical trial 
FONTE PubMed – New Orleans – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21155776 
AUTORES Scheeringa MS, Weems CF, Cohen JA, Amaya-Jackson L, Guthrie D 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2011 
OBJETIVO 
Examinar a eficácia e viabilidade de TF-CBT para o tratamento de TEPT com 
64 crianças de seis anos de idade, em 12 sessões, expostas a tipos 
heterogêneos de traumas. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
No desenho randomizado do grupo de intervenção melhorou significativamente 
os sintomas de TEPT, mas não sobre a depressão, ansiedade de separação, 
os transtornos desafiante, ou déficit de atenção/hiperatividade. Após o período 
de espera, foi oferecido tratamento a todos os participantes. 
CONCLUSÃO 
A TF-CBT é viável e mais eficaz do que uma condição de lista de espera para 
os sintomas de TEPT. Também pode haver benefícios para redução dos 
sintomas de várias comorbidades. Vários fatores podem explicar o elevado 
atrito, e estudos futuros devem sobreamostras dados demográficos para 
entender melhor essa população pouco estudada. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
Tabela 11 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Transtornos de estresse agudo e pós-traumático 
FONTE Pepsic – Brasil – http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1806-
69762010000300006&script=sci_arttext 
AUTORES Serafim PM, Mello MF 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2010 
OBJETIVO Avaliar os transtornos de estresse agudo e pós-traumático 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
São quadros graves, com repercussões biológicas, psicológicas e sociais 
profundas. Foi criado programa para atender e estudar a violência (Prove), em 
2004. A partir de maio de 2009, houve mudança do atendimento que passou a 
ser multidisciplinar. Foram realizados 1.445 atendimentos dessa data até 
novembro de 2009 e incluídos 76 novos pacientes adultos e 27 crianças, em 6 
sessões. 
CONCLUSÃO 
Os eventos traumáticos mais frequentes foram assalto e sequestro (adultos) e 
assassinato de um familiar e abuso sexual (crianças). O sistema multidisciplinar 
é efetivo e apresenta alta adesão (87%/6 meses). 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
Tabela 12 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
A randomized controlled trial of the safety and promise of cognitive-behavioral 
therapy using imaginal exposure in patients with posttraumatic stress disorder 
resulting from cardiovascular illness 
FONTE PubMed – New York – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20441725 
AUTORES Shemesh E, Annunziato RA, Weatherley BD, Cotter G, Feaganes JR, Santra 
M, Yehuda R, Rubinstein D 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2011 
OBJETIVO Investigar a segurança física de TCC usando exposição imaginária em 
pacientes com TEPT após um evento cardiovascular com risco de vida. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
Não houve diferenças significativas entre os grupos experimentais e de 
controle e entre a exposição e sessões em qualquer uma das medidas de 
segurança. Melhorias não significativas foram encontradas em todas as 
medidas psiquiátricos no grupo experimental, com uma melhora significativa 
nos sintomas de TEPT com 60 pacientes, em 2 sessões, com eventos 
cardiovasculares agudos não programados e altos sintomas de TEPT basais. 
CONCLUSÃO A TCC é segura e promissora para o TEPT em pacientes com doenças 
cardiovasculares que estão traumatizados por sua doença. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
 
Tabela 13 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de 
Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, 
segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, 
percurso metodológico, resultados e conclusão. 
 
TÍTULO DO 
ARTIGO 
Treatment of post-traumatic stress disorder in children using cognitive 
behavioural writing therapy 
FONTE PubMed – Países Baixos – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20013756 
AUTORES Van der Oord S, Lucassen S, Van Emmerik AA, Emmelkamp PM 
ANO DE 
PUBLICAÇÃO 
2010 
OBJETIVO 
Avaliar a eficácia da TCC da escrita com 23 crianças (idade 8-18 anos), em 5 
sessões, que experimentaram uma série de experiências traumáticas 
individuais e recorrentes. 
PERCURSO 
METODOLÓGICO 
Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. 
RESULTADOS 
No pós-teste, houve uma redução significativa de todos os sintomas, e este 
efeito foi mantido em 6 meses de seguimento. A quantidade média de sessões 
de tratamento necessário foi de 5,5. 
CONCLUSÃO Este estudo mostrou que a curto prazo é uma intervenção potencialmente 
eficaz para crianças traumatizadas clinicamente referidos. 
Fonte: Acervo pessoal da aluna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
 
ANEXO II 
 
Termo de Responsabilidade Autoral 
 
 Eu, Silvia Maria Forti, afirmo que o presente trabalho e suas devidas partes 
são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral 
sobre seu conteúdo. 
 Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de 
Conclusão de Curso de Especialização em Terapia CognitivoComportamental, sob 
o título “O Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da 
Teoria Cognitivo Comportamental”, isentando, mediante o presente termo, o Centro 
de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC), meu orientador e 
coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade 
Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e 
criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia. 
 
 
 
São Paulo, __________de ___________________de______. 
 
 
 
 _______________________ 
Silvia Maria Forti

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