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Resumo Semana 09 Recursos no Processo do Trabalho pressupostos de admissibilidade e recursos em espécie

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RESUMO SEMANA 09_ Recursos no Processo do Trabalho.
I- Recursos no Processo do Trabalho: os recursos trabalhistas 
	Recurso é um instrumento ou o poder de provocar o reexame de uma decisão, pela mesma autoridade judiciária, ou por outra hierarquicamente superior, visando a obter a sua reforma ou modificação.
Ação é o pedido de prestação jurisdicional. O recurso é mero prolongamento do exercício de direito de ação.
I.1 – Princípios, efeitos e normas aplicáveis aos recursos trabalhistas; 
Efeitos dos recursos:
efeito devolutivo: Regra geral. Não suspende a vigência da sentença que se quer anular. Significa dizer que o recurso de efeito devolutivo não impede os efeitos da sentença que se quer modificar (não bloqueia a sentença). A sentença sub judicie (quer se quer anular) continuará a produzir seus efeitos. Como a sentença está vigendo, admite-se a execução provisória da sentença (se requerida pelo exequente e se o judiciário autorizar).
efeito devolutivo: suspende a sentença que se quer anular (ineficácia da decisão judicial). Mesmo com o recurso impetrado, a sentença recorrida será suspensa de produzir seus efeitos, ou seja, o efeito suspensivo bloqueia a sentença proferida enquanto o recurso não for decidido. Isto é, enquanto não for julgado o mérito do recurso, a decisão impugnada não produz efeitos.
OBS: trata-se de efeito excepcional na seara trabalhista, já que o art. 899 da CLT prevê que os
recursos serão recebidos apenas no efeito devolutivo, permitindo desde logo a execução/liquidação provisória
efeito obstativo (ou impeditivo): evitar a formação de coisa julgada, esse é inerente a todos os recursos.
efeito regressivo: É a possibilidade do juízo a quo ( é o juízo que emite a decisão) se retratar.
Efeito substitutivo: o acordão substitui a decisão recorrida.
I.2 – Pressupostos (requisitos) de admissibilidade: O recurso só será recebido (admitido) se preencher os requisitos de admissibilidade (subjetivo + objetivo). O juízo que irá analisar se falta ou não algum requisito será o juízo ad quem (aquele que receberá o recurso). É dividido em: Pressupostos Objetivo e Subjetivo:
Pressupostos Extrínsecos ou Objetivos:
Recorribilidade do ato: Significa que o ato deve ser recorrível, pois senão o recurso não será conhecido. Nem toda a sentença é recorrível, não é recorrível a sentença que: homologa acordo (exceto a União), sentença de procedimento sumário, decisão interlocutória de forma imediata.
Adequação: Tal pressuposto estão recurso estabelece que a parte deve utilizar o recurso adequado, isto é, o recurso cabível à espécie. Salvo a aplicação do princípio da fungibilidade.
Tempestividade: Significa que o recurso deve ser interposto no prazo legal, sob pena de não conhecimento do recurso. A imposição antes do prazo também importa na intempestividade (extratempestividade).
Preparo: É indispensável o pagamento, pelo recorrente, das custas, bem como a realização do depósito recursal (pagamento prévio), sob pena de ser considerado deserto. somente o réu quem fará o depósito recursal nunca o autor. O depósito é uma garantia do juízo e só haverá o pagamento se houver condenação em pecúnia.
Regularidade de apresentação: O recurso deve ser subscrito pela própria parte, ou por advogado com procuração nos autos ou portador de mandado tácito sob pena de não conhecimento do recurso. Valor do depósito recursal não pode ultrapassar o teto da tabela TST.
Pressupostos Intrínseco ou Subjetivos:
Legitimidade: Possui legitimidade recursal conforme o artigo 499 do CPC a parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. Destarte que o Ministério Público possui legitimidade recursal nos processos que figurar como parte, e também nos que atuar como fiscal da lei.
Capacidade: A parte precisa demonstrar que é capaz para os atos da vida civil, sob pena de não ter seu recurso admitido e necessitar de representação para fazê-lo.
Interesse: O recurso tem que ser útil e necessário à parte, sob pena de não conhecimento.
I. 3 – PRINCÍPIOS  RECURSAIS
 PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
 	Esse princípio assegura as partes envolvidas em um processo, bem como a eventual terceiro que tenha sido prejudicado com uma decisão, a possibilidade de recorrer da mesma buscando um novo julgamento ou a modificação da decisão.
Das decisões que forem prolatadas nos dissídios de alçada (Procedimento sumário), que não superam dois salários mínimos, não caberá recurso, exceto quando tratarem sobre matéria constitucional, artigo 2º, parágrafo 4º da lei 5.584 de 1970.
 PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE
 	Este princípio estabelece a impossibilidade de interposição de mais de um recurso contra uma mesma decisão, isto é, é vedada a interposição de vários recursos simultaneamente, mas podem ser interpostos de forma sucessiva (um após o outro). Cabe exceção.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE
 
O princípio da fungibilidade autoriza que o juiz conheça de um recurso que foi interposto de forma errônea como se fosse o recurso pertinente. Tal atitude busca atingir os princípios da finalidade e da simplicidade aplicados ao processo do trabalho.
Faz-se necessário a presença de três requisitos para que o princípio da conversibilidade seja aplicado que são: a inexistência de erro grosseiro, existência de dúvida convincente sobre qual recurso seria cabível e por fim que o recurso interposto de forma errônea obedeça ao prazo do recurso cabível.
 PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE
 	O órgão julgador não pode conhecer de matéria não levantada no recurso, exceto quando se tratar de matéria de ordem pública, outra exceção comportada neste princípio é acerca do reexame necessário. O recurso só é interposto pela vontade das partes.
 PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO REFORMATIO IN PEJUS  
 	Tal princípio determina que o tribunal não pode modificar para pior a situação do recorrente, podendo manter os termos da decisão já proferida ou diminuir a condenação.
 
PRINCIPAIS RECURSOS ADMITIDOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
	Recurso
	Prazo para interposição
	Cabimento
	Endereçamento (juízo ad quem)
	Embargos de Declaração (897-A)
	05 dias
	Decisão omissa, contraditória, obscura de qualquer grau 
	No Mesmo juízo que prolatou a decisão
	Embargos de Declaração
	05 dias 
	Para questionar requisitos extrínseco de recurso extraordinário de revista. 
	No Mesmo juízo que prolatou a decisão
	Recurso Ordinário (895)
	08 dias
	Contra sentença em conhecimento (1 grau)
	No TRT
	Recurso Ordinário
	08 dias 
	Contra Acordão originário no TRT
	No TST
	Agravo de Petição (897)
	08 dias
	Contra sentença em execução
	No TRT
	Recurso de Revista (896)
	08 dias
	Contra Acordão de Rec. Ordinário
	No TST
	Recurso de Revista (896)
	08 dias
	Contra Acordão de Agravo de Petição
	No TST
	Embargos (894)
	08 dias
	Contra Acordão de Rec. Revista que Julga Recurso Ordinário
	Na SBDI-1 do TST
	Embargos (894) 
	08 dias
	Contra Acordão de Recurso de Revista que julga Agravo de Petição
	Na SBDI-1 do TST
	Embargos (894)
	08 dias
	Contra Agravo (há vários agravos – ver súmula 353, TST).
	Na SBDI-1 do TST
	Embargos (894)
	08 dias
	Contra Acordão Originário e não Unânime do TST em dissídio coletivo
	Na Seção Dissídio coletivo (SDC) do TST
Agravo, em direito processual, é o recurso que se pode interpor contra uma decisão tomada dita interlocutória, isto é, uma decisão que não põe fim ao processo
SÚMULA 353, TST: EMBARGOS (RECURSO). AGRAVO (DECISÃO INTERLOCUTÓRIA). CABIMENTO 
Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais (SBDI) de decisão de Turma proferida em agravo , salvo: 
a) da decisão (interlocutória) que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela ausência de pressupostos extrínsecos (AGRAVO) ; 
b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de agravo de instrumento; 
c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso de revista, cuja ausênciahaja sido declarada originariamente pela Turma no julgamento do agravo; 
d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento (Agravo de Instrumento); 
e) para impugnar a imposição de multas previstas nos arts. 1.021, § 4º, do CPC de 2015 ou 1.026, § 2º, do CPC de 2015 (art. 538, parágrafo único, do CPC de 1973, ou art. 557, § 2º, do CPC de 1973). 
f) contra decisão de Turma proferida em agravo em recurso de revista, nos termos do art. 894, II, da CLT.
O QUE É RECURSO ORDINÁRIO
 	O recurso ordinário encontra previsão legal no artigo 895 da CLT, sendo cabível contra decisões definitivas proferidas nas Varas do Trabalho, bem como das decisões definitivas dos TRT’s em processos de sua competência originária.
A competência para julgamento deste recurso é das Turmas do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias, e possui apenas efeito devolutivo (não impede a execução da sentença).
 RECURSO DE REVISTA
 	Encontra respaldo no artigo 896 da CLT. É cabível, das decisões dos TRTs para O TST (turmas), exceto execução de sentença, contra as decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho quando for dado ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, seja no seu pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de jurisprudência Uniforme dessa Corte. 
Quando for dado ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente na forma da alínea "a". Cabe ainda das decisões proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 
O prazo é de 08 (oito) dias, contados a partir da publicação do acórdão no jornal oficial (CLT, art. 896).
 AGRAVO DE INSTRUMENTO
 	Reza o artigo 897 "b" da CLT acerca desta modalidade recursal, ele é cabível contra despachos que denegarem a interposição de recursos. O prazo para tanto é de 08 (oito) dias, serão processados em autos separados; só terá efeito suspensivo se o juiz o atribuir, pois em regra só possui efeito devolutivo.
Esse recurso exercitável em qualquer grau de jurisdição, só podendo ser objeto de julgamento pelo Tribunal Regional ou Superior, nunca pelas varas trabalhistas.
 
AGRAVO DE PETIÇÃO 
 	Cabe agravo de petição contra decisões do juiz ou presidente da execução, conforme prevê o artigo 897 “a” da C, seu objetivo é impugnar as decisões judiciais proferidas no curso do processo de execução.
Via de regra, tal recurso é interposto em face de decisões definitivas ou terminativas prolatadas em processo de execução trabalhista. Há quem admita sua interposição contra decisões interlocutórias.
O prazo para utilização deste recurso (contém as razões) e contrarrazões dele é de 08 (oito) dias. O recurso será julgado pelo próprio tribunal presidido pela autoridade recorrida, exceto se tratar de decisão de juiz do trabalho de primeira instância ou de juiz de direito no exercício da jurisdição trabalhista, quando o julgamento competirá a uma das turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da decisão (art. 897, § 3º da CLT).
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
 	Os embargos de declaração é um recurso cabível quando houver na sentença ou no acórdão obscuridade ou contradição ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria ter se pronunciado o juiz ou tribunal, em regra se encaixa também contra das sentenças proferidas pelas varas do trabalho ou juiz de direito do exercício da jurisdição trabalhista (art. 897-A da CLT e 535 do CPC).
O prazo para sua interposição é de 05 (cinco) dias contados a partir da intimação da sentença ou acórdão. A interposição deste recurso interrompe o prazo para interposição de outros recursos por qualquer das partes. (Art. 538 do CPC).
Destaque-se que as pessoas jurídicas possuem o prazo em dobro para opor este recurso e conforme decreto-lei 779 e na OJ 192 da SDI DO TST.
Importa destacar que este recurso é julgado pela própria será julgado pela própria autoridade que proferiu a decisão embargada, só tendo, portanto um juízo de admissibilidade.
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
 	Seu cabimento é possível contra decisões das turmas que divergem entre si, ou das decisões das turmas que divergem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, exceto se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou do STF, conforme dispositivo da CLT art. 894, II.
O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias. A competência para seu julgamento é TST. Os embargos de divergência, no âmbito da justiça do trabalho, é cabível no TST, para unificação de sua jurisprudência.
 
EMBARGOS INFRINGENTES
 	Este recurso previsto no art. 894, I “a” da CLT, é possível contra aquelas decisões não unânimes de julgamento que conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei.
O prazo para sua interposição é de 08 (oito) dias. A competência para seu julgamento é TST.
 
RECURSO ADESIVO: 
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe no prazo de 08 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária, conforme Súmula nº 283 do TST e art. 500 do CPC.
A competência para julgamento deste recurso é feita por meio de petição endereçada ao juízo prolator da decisão recorrida, que deverá observar os requisitos de admissibilidade, já as razões serão endereçadas ao juízo ad quem.
 
PEDIDO DE REVISÃO
 	É cabível contra as decisões do juiz que rejeita o pedido de impugnação ao valor por ele atribuído à causa, conforme estabelece a lei 5.584|70 em seu artigo 2º § 1º.
O prazo para sua interposição é de 48 (quarenta e oito) horas e não há contrarrazões. Compete ao tribunal superior respectivo julgar tal recurso, destaca-se o fato de não ter preparo.
 
AGRAVO REGIMENTAL
 	Sua previsão está no regimento interno dos tribunais, sua impetração é possível contra as decisões monocráticas proferidas no âmbito dos tribunais. O prazo deste recurso depende do regimento interno do tribunal, podendo ser de 08 (oito) dias, como no TST, ou de 05 (cinco) dias como em vários TRTs. Lembrando que não há contrarrazões. A matéria é devolvida para outro órgão dentro da mesma instância.
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
 	A previsão do recurso extraordinário está no artigo 102 da CF de 88, sendo pertinente sua impetração contra aquelas decisões de última ou única instância que contrariar dispositivo da constituição federal, que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da constituição federal e julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
O prazo deste recurso é superior, sendo de 15 (quinze) dias. Este recurso é interposto contra a última decisão de mérito proferida no TST e endereçado ao presidente ou vice- presidente do TST, a quem caberá remessa ao STF.
 
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL
 	Tal recurso é pertinente para corrigir erros, abusos e atos contrários à boa ordem processual e que importem em atentado a fórmulas legais de processo, quando para o caso não haja recurso ou outro meio processual específico, sua previsão esta nos regimentos internos dos tribunais. Deve ser interposto no prazo de 05 (cinco) dias.
Compete ao corregedor, eleito dentre os ministros togados do Tribunal Superior do Trabalho julgá-lo, conforme art. 709 da CLT.

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