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Analise completa provisória (COM CORTES + DVA e DFC)

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TIM
Análise descritiva da situação econômica da entidade
Através da análise dos índices de lucratividade e rentabilidade, percebe-se que, de 2012 a 2014, não houve uma grande variação nos indicadores, evidenciando que a parte da receita líquida que se transformou em lucro e o retorno sobre o capital investido pelos sócios manteve-se quase o mesmo. A partir da Análise Horizontal, verifica-se que isso se deve sobretudo ao fato de que duas contas quase não variaram: a Receita Líquida e o Lucro Líquido, garantindo a estabilidade da empresa no período analisado. Exceção se faz ao indicador giro do ativo, que obteve uma queda brusca em 2014 para 0,64. Essa queda foi motivada por um grande aumento no ativo total que não foi acompanhando proporcionalmente por um aumento da receita líquida no mesmo período.
Esse cenário se modificou em 2015. Através da análise horizontal, vê-se que a Receita Líquida de Vendas caiu 12% em relação a 2014, provocando uma grande queda no giro do ativo, que passou a ser apenas 0,50.O Lucro Líquido também caiu e, somado a um aumento no Ativo Total da empresa (destacando o aumento expressivo dos Ativos Permanentes) e do Patrimônio Líquido, levou à queda do ROA e do ROE, resultando na maior queda do desempenho econômico da entidade e do retorno sobre o capital investido no período analisado.
Análise descritiva da situação financeira da entidade 
Analisando a situação financeira, identifica-se que a TIM apresenta capacidade de pagamento satisfatória no curto prazo, uma vez que seus índices de liquidez seca e corrente se mantém superior a 1 ao longo do período analisado. Isso se deve à evolução positiva de seus ativos mais líquidos e dos realizáveis em até um ano, que ao longo da analise horizontal do período mantiveram-se crescentes. No longo prazo, por outro lado, a saúde financeira da empresa não está garantida, a depender do prazo de exigibilidade de suas obrigações de longo prazo. O índice de liquidez geral da TIM caiu de 1,02 em 2012 para 0,79 em 2015. Em princípio, isto é evidenciado pelo aumento vertiginoso de seu Passivo não Circulante, de 100%, de 2012 para 2015, indicando que a empresa está se financiando cada vez mais com recursos de terceiros. 
Análise descritiva da situação patrimonial da entidade 
Analisando as formas de financiamento da empresa, nota-se que a fonte de financiamento da TIM é cada vez mais nutrida por terceiros, no período analisado. Isso é evidenciado não só pelo aumento na participação de terceiros em comparação ao capital próprio, como também em comparação ao total do ativo circulante. Comparando o curto e o longo prazo, observa-se que a empresa tem trocado dívidas de curto prazo por dívidas de longo prazo, o que é positivo. A alta e crescente imobilização de recursos próprios em ativos de longo prazo é prejudicial e dialoga com os dados já apresentados, uma vez que é uma das causas para necessidade de maior participação de terceiros no financiamento das atividades empresariais. 
Análise descritiva da situação operacional da entidade
A análise da situação operacional da TIM nos permite concluir que todos seus indicadores de gestão melhoraram ao longo do período analisado, de 2012 a 2015. Logo em 2013, o prazo médio de recebimento de suas vendas obteve uma queda considerável devido ao pagamento de clientes e o aumento da Receita de Vendas, indo de 71 dias em 2012 a 64 dias em 2015. A entidade também aumentou em mais de 20% a sua conta de fornecedores entre 2012 e 2013, mantendo praticamente os mesmos gastos com compras, o que elevou de 112 a 127 dias o seu prazo de pagamento das compras e, consequentemente, o seu ciclo de caixa, de -34 a -55 dias. Um ciclo de caixa negativo é ótimo, pois mostra que a TIM recebe o dinheiro proveniente das vendas e só depois de 55 dias paga os seus fornecedores.
O prazo de pagamentos de compras aumentou ainda mais em 2014, demonstrando um bom planejamento operacional por parte dos administradores da empresa. Isso se deve ao aumento das despesas com fornecedores paralelamente à redução da conta clientes. É interessante notar que a dívida com os fornecedores correspondeu, em média, a 40% dos gastos com compras ao longo do período analisado, indicando que a companhia financia muito dos seus estoques com pagamentos a prazo.
Em 2015, a empresa conseguiu reduzir em 2 dias o tempo de venda de seus estoques. Pela análise horizontal percebe-se que isso se deu graças à redução dos seus custos de vendas, que caíram 24,62% em relação ao ano anterior. Além disso, o seu prazo de recebimento de vendas caiu em 5 dias, em grande parte devido à redução da conta de clientes a pagar da TIM, o que aumentou o caixa da empresa em mais de 16%, reduzindo também o ciclo operacional da empresa.
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC) DA TIM
Comparação 2012-2013
 A comparação entre disponibilidades dos anos 2012 e 2013 mostra uma geração positiva de caixa.
Segundo notícias recentes, o diretor de marketing da TIM relata que a empresa conseguiu melhorar a rentabilidade média por usuários. Além disso, o plano da empresa era controlar custos e despesas com a estruturação de sua rede própria, isto é, diminuir gastos com aluguel da rede de terceiros. Conforme aponta, itens não recorrentes e custos dos produtos vendidos 26% maiores prejudicaram as metas de geração de caixa da TIM no ano anterior, por isso houve uma desaceleração nas vendas de aparelhos. 
	Conforme contabilizado, neste ano o Fluxo de Caixa Operacional e o Fluxo de Caixa de Atividades de Investimento registraram valores positivos, enquanto o Fluxo de Caixa de Atividades de Financiamento mostrou um valor negativo, de R$ -844.697.000,00. Nesse sentido, a geração de caixa foi saudável nas atividades operacionais, principalmente por causa da conta “EBIT”, e nas atividades de investimento, por conta de “outras atividades de investimento”. Entretanto, a geração de caixa foi problemática no fluxo de atividades de financiamento pelos valores negativos nas contas “Dividendos pagos” e “Juros pagos”.
Comparação 2013-2014
 Já neste ano, em contraste com o anterior houve uma queda nas disponibilidades, no valor de R$54.650.000,00. 
Em 2014, o Fluxo de Caixa de Atividades de Investimento e o Fluxo de Caixa de Atividades de Financiamento apontaram valores positivos, enquanto o Fluxo de Caixa Operacional registrou um valor negativo. Nessa perspectiva, a geração de caixa foi saudável novamente nas atividades de financiamento e o fluxo de atividades de financiamento foi melhorado pelo crescimento da conta “Outras movimentações em atividades de financiamento”. Enquanto isso, as atividades operacionais sofreram uma queda brusca, principalmente por causa da conta “Adições ao ativo permanente”, cujo saldo negativo quase dobrou.
Comparação 2014-2015
Houve crescimento na conta “Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras” no valor de no ano de 2015, contabilizando o valor mais alto dessa conta nesses 4 anos analisados.
Em 2015, o Fluxo de Caixa de Atividades de Investimento foi o único a demonstrar crescimento. Ambos os outros fluxos demonstraram uma quedas – saldos negativos. Nessa perspectiva, a geração de caixa foi novamente positiva nas atividades de financiamento e problemática nas atividades operacionais pelos mesmos motivos anteriores. O valor do fluxo das atividades de financiamento caiu pela queda na conta “Outras movimentações em atividades de financiamento”.
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) DA TIM
	Analisando-se a conta “Valor Adicionado Total a Distribuir”, verifica-se que a geração de riqueza, além de pouco diminuir no começo, aumentou com o passar do tempo. 
Para explicar as causas, as diferenças mais relevantes encontradas foram: (i) as Receitas Financeiras diminuíram de 2012 para 2013, enquanto aumentaram de 2014 para 2015 aproximadamente 436% e (ii) a conta “Custos de Produtos, Mercadorias e Serviços Vendidos”, por ser composta, obviamente, de valores negativos, aumentou em 2013 de -R$1.766.100,00 para -R$1.920.000,00 (o que é ruim paraa empresa) e diminuiu nos dois próximos anos, 2014 e 2015, totalizando, respectivamente, -R$1.727.900,00 e -R$1.551.700,00 (o que é bom para a empresa). 
	A análise da Distribuição do valor adicionado nos 4 anos analisados revela que a maior parte da riqueza destina-se ao governo – aproximadamente 60% da conta. Em seguida, 25% é designado à remuneração de terceiros, 9% é reservado para a remuneração de capitais próprios e 6% remunera o capital social.
Principais ações tomadas pela companhia que resultaram nos indicadores atuais: 
Ao longo do período estudado, a análise geral dos Relatórios da Administração relata, resumidamente, fatores internos e externos à empresa TIM que impactaram seu desempenho como um todo. Como fatores externos, destacam-se as dificuldades do cenário macroeconômico a partir de 2014, além da definitiva aceleração da substituição da voz pelo uso de dados e aplicativos de mensagens, levando assim ao início de um acentuado declínio do uso de múltiplos chips e a redução do efeito comunidade nos usuários pré-pagos. Como fatores e estratégias internas à organização, é notório o maciço investimento em infraestrutura de cobertura de sinal 3G e 4G, expandindo o alcance da empresa e tornando-a líder na cobertura 4G no Brasil. Com isso, a companhia prioriza objetivos que só serão alcançados no médio/longo prazo em detrimento a medidas de curto prazo, o que se reflete em seu resultado e nas suas receitas.
 Tais estratégias traduzem os índices expostos, na medida em que, para contornar os desafios da conjuntura econômica nacional e manter o alto investimento em infraestrutura, foi necessária a captação massiva de recursos de terceiros.
Após anos de contínuo aumento, a TIM viu a sua base de usuários cair pela primeira vez, devido não só aos seus grandes investimentos em infraestrutura como também ao cenário macroeconômico desfavorável. Soma-se a isso a mudança da estratégia da empresa, que reduziu o seu volume de vendas de aparelhos e passou a priorizar os clientes de alto valor. Essa mudança provocou grandes alterações em suas receitas e resultados: a Receita Líquida caiu em 2015 pela primeira vez, após crescimentos no período 2012-2014, afetando também o Lucro Líquido da empresa, que foi 20% menor que o de 2014, e o resultado operacional (EBITDA), que, em menor medida, também caiu. 
Entretanto, ao analisar os indicadores operacionais da empresa, vemos uma contradição: embora a sua receita e seus resultados tenham diminuído, o Ciclo Econômico e o Ciclo de caixa da empresa melhoraram muito ao longo do período analisado, juntamente aos Prazos Médios, indicando uma melhor gestão da companhia. Isso se deve sobretudo à queda de clientes: com a redução do volume de vendas e dos usuários da companhia, há uma demanda menor pela compra de estoques e uma menor dívida perante os fornecedores, além de uma grande redução dos custos operacionais. A empresa conseguiu reduzir essas contas com eficácia e em uma proporção maior do que as perdas de receita e de lucro. 
VIVO
Análise descritiva da situação financeira da entidade
A análise do grupo de índices de liquidez da Telefônica Vivo nos mostra uma queda geral na liquidez da empresa devido principalmente à redução de 25,2% das disponibilidades de caixa entre 2012 e 2015, que não acompanhou o crescimento de empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo, e de dívidas de curto prazo com fornecedores. Por essa razão, a liquidez imediata apresenta-se baixa (30%), criando uma certa dependência de contas do ativo circulante como “estoque” e “contas a receber, que cresceram 49,4% e 55,7% respectivamente, o que pode não ser o ideal em um período de recessão, mas que refletem uma liquidez corrente e seca satisfatórias, porém ainda em queda.
Análise descritiva da situação patrimonial da entidade
A Participação de Terceiros da empresa diminuiu 9% de 2012 a 2015, o que é positivo, uma vez que agora a empresa tem mais independência de recursos de terceiros.
A Composição do Endividamento se manteve constante com variações de no máximo cerca de 5%: o endividamento de curto prazo tem um índice de 55%, o que está de acordo com outras empresas do mesmo setor. De 2012 a 2015, o Endividamento Geral variou pouco, o que demonstra que o percentual dos ativos financiados por capital de terceiros permaneceu praticamente constante. 
A Imobilização do Patrimônio Líquido no período analisado praticamente não se alterou: atingiu um pico de 128% em 2014, porém no ano seguinte voltou ao mesmo patamar de 2012, 122%. Este ainda é um índice alto, porém na média quando contextualizada com empresas do mesmo setor. Isso nos mostra que empresas do setor possuem muitos recursos próprios investidos em itens imobilizados. O Capital de Giro da Vivo vêm sendo negativo, o que mostra sua dependência de recursos de terceiros.
A Imobilização dos Recursos Não Correntes da empresa é acima do setor e atingiu em 2014 o número de 100%, ou seja, todo o recurso não corrente foi aplicado no ativo permanente. Isso é algo negativo pois significa menos investimentos no ativo de curto prazo, reduzindo assim a liquidez da empresa.
Análise descritiva da situação operacional da entidade
Embora a Telecom Vivo seja uma empresa primordialmente de serviços, ela também trabalha com venda de aparelhos de comunicação e acessórios. Ao analisar o Prazo Médio de Renovação dos Estoques, percebeu-se um aumento gradual de 2012 a 2015, nesse último ano o índice chegou a 10,68. É um número alto quando comparado as grandes concorrentes do mesmo setor.
Quando analisado o Prazo Médio de Recebimento de Vendas, a empresa piorou mais uma vez seus números: o índice media 58 em 2012, e passou para 74 em 2015. É sinal de que os clientes demoram mais para pagar, e consequentemente, reduz o poder de giro da empresa.
A empresa teve um aumento no índice Prazo Médio de Pagamento das Compras, em 2012 o índice estava em 128, e em 2015 terminou com 147, atingindo o pico em 2013 com 159. O aumento do índice é bom, pois demonstra que a empresa fica mais tempo com o dinheiro podendo tirar vantagem dele enquanto detém sua posse.
O ciclo operacional da Vivo piorou com o passar dos anos, alcançando o índice de 84,72 em 2015. Isso demonstra um giro de estoque lento, e uma demora considerável para a empresa transformar o estoque em caixa. O ciclo de caixa por sua vez não se alterou ao analisar 2012 e 2015: -62. O índice atual, -62, está na média quando comparamos as empresas do setor.
Análise descritiva da situação econômica da entidade
A Telefônica Vivo apresenta um giro do ativo satisfatório, de 46%, o que significa que a empresa consegue converter 46% de seu ativo em receita líquida, porém sua margem líquida apresenta-se baixa, em 8,5%, uma queda de 5,6% ante os 14,1% em 2014. Além disso, a margem operacional que em 2014 estava próxima da margem líquida, em 2015 voltou a se distanciar desta, com uma diferença de 4,5%, o que significa que o desempenho financeiro da Telefônica Vivo caiu no último ano, o que também não significa que o desempenho operacional esteja bom, visto que em 2012 sua margem operacional correspondia a 21,3%. Outro índice preocupante é o ROE, que é o retorno sobre o patrimônio líquido, uma medida utilizada pelos investidores para avaliar quanto do resultado líquido da empresa está sendo distribuído para os sócios e acionistas. Este índice esteve em 6% em 2015, devido ao crescimento de 52,5% do patrimônio líquido em relação ao ano anterior, o que não foi acompanhado pelo resultado líquido da empresa, que teve uma queda de 30,7%. Note que o retorno sobre o patrimônio líquido da empresa figura abaixo da Taxa SELIC (14,25% ao final de 2015) e do retorno absoluto anual da caderneta de poupança (8,07%). Após uma análise completa dos índices de rentabilidade da Telefônica Vivo, concluímos que no geral a situação é preocupante.
Principais ações tomadas pela companhia que resultaram nos indicadores atuais
Após uma análise geral dos grupos de índices de liquidez, estrutura, rentabilidade e gestão da TelefônicaVivo, bem como a leitura do Relatório da Administração, podemos notar alguns fatores internos e externos que foram responsáveis pelo desempenho geral do setor e decisões tomadas que foram de suma importância para o desempenho individual da entidade.
Na conjuntura econômica brasileira observamos um cenário de altos índices de inflação e baixos índices de confiança do consumidor, que, aliados à instabilidade política, contribuíram com o avanço da retração econômica. Em meio a esse cenário de baixa confiança e alta inflação, a Telefônica Vivo enxergou na aquisição da GVT uma oportunidade de reafirmar sua liderança no mercado de dados móveis, com um market share de 28,4% em dezembro de 2015 e expandir sua participação nos mercados de TV por assinatura em 132% e no mercado de banda larga em 81,3%.
A GVT custou à Telefônica Vivo um total de R$ 14 bilhões, com um potencial de criação de valor de R$ 22 bilhões (57% superior ao valor de aquisição). Em poucos meses foram geradas receitas adicionais de R$ 32 milhões, e uma redução nas despesas em R$ 68 milhões, incrementando o EBITDA em R$ 100 milhões, embora tenha sido necessário um investimento de R$ 99 milhões em redes e sistemas.
A aquisição da GVT foi importante ainda, pelo crescimento da receita líquida em 15,1%, enquanto que o resultado operacional teve um crescimento de apenas 2,6%, o que explica a queda na margem operacional, mostrando que a entidade está ainda em fase de adaptação e crescimento so b a ótica de integração da GVT. Em 2015 a companhia encerrou suas atividades com uma dívida bruta de R$ 9.956,5 milhões, 40% superior à de 2014, e lucro líquido correspondente a R$ 3.420,2 milhões, 30,7% inferior ao de 2014, reforçando a ideia de que o resultado financeiro da empresa.
A aquisição da GVT impactou também nos Custos dos Bens e/ou Serviços Vendidos, que cresceram 50,5% entre 2014 e 2015, o que foi responsável pelo aumento das “Compras”, que por sua vez impactaram os índices de gestão. Em 2015 o Prazo Médio de Pagamento de Compras diminuiu 8,61% em relação a 2014, o que fez com que o Ciclo de Caixa crescesse de -80,77 para -62,55 em 2015, o que significa que a entidade tem menos tempo para pagar suas compras, demorando mais para receber por suas vendas, visto que o Prazo Médio de Recebimento de vendas aumentou. Contudo, a entidade ainda possui uma folga de 62 dias após o Recebimento das Vendas para pagar suas compras. O Prazo Médio de Renovação de Estoques não teve uma alteração significativa.
Comparações com o Setor de Telefonia brasileira
Através do comparativo das empresas analisadas no presente trabalho (TIM e Vivo) com os dados de outras empresas do mercado, percebemos que há diferenças gritantes entre os resultados do exercício das quatro maiores empresas do setor (TIM, Vivo, OI e Claro), embora os dados de suas receitas brutas não sejam tão díspares assim. No referente às receitas, a Vivo é a líder do mercado, sendo a empresa com a maior receita bruta ao longo do período analisado. A empresa manteve uma receita em torno de 35 bilhões de 2012 a 2014, conseguindo uma grande evolução em 2015 e chegando a mais de 40 bilhões em 2015. A TIM e a Oi vem atrás, com uma diferença mínima e receitas entre 25 e 30 bilhões. De 2012 a 2014 a TIM manteve-se um pouco a frente da Oi, tendo uma queda brusca de receita em 2015 que levou a companhia a ter a menor receita bruta entre todas as analisadas. 
Entretanto, essas receitas muitas vezes não se refletiram no resultado do exercício das entidades analisadas. O resultado da Claro, que já era negativo em outros anos, reduziu-se ainda mais em 2015, indicando um prejuízo para a empresa que não coaduna com o crescimento de sua receita bruta. Concomitantemente a OI também apresentou uma grande redução em seu resultado de exercício, que ficou negativo a partir da metade do ano de 2013 e mostrou-se o pior resultado entre todas as companhias analisadas. Exceção se faz à Tim e a Vivo, que apresentaram resultados condizentes com suas receitas. A Vivo, enquanto empresa de telecomunicações com a maior receita bruta do Brasil, também obteve o maior resultado do exercício e a Tim manteve seus resultados quase constantes ao longo do período analisado, figurando com o segundo maior resultado do setor.

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