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CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 1 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM DIREITO ADMINISTRATIVO Profa. Lidiane Coutinho Prof. Giuliano Menezes Apostila 2016 OAB – NOTA DE AULA 1 MÓDULO I – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E TECEIRO SETOR DIREITO ADMINSITRATIVO - CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da Administração Pública. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO LEI É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a Constituição até os regulamentos executivos**. DOUTRINA É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e não contenciosas. JURISPRUDÊNCIA É fonte secundária do direito administrativo; Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo. COSTUMES É fonte secundária do direito administrativo; Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a lei, ou atua como elemento informativo da doutrina. * Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar. ** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 2 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: - A expressão Administração Pública, em sentido formal, subjetivo ou orgânico, compreende os agentes públicos, os órgãos integrantes da Administração Direta e as entidades componentes da Administração Indireta. - Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas atividades finalísticas exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA(EM SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ENTIDADES ÓRGÃOS POLÍTICAS ADMINISTRATIVAS - SERVIÇO PÚBLICO - POLÍCIA ADMINISTRATIVA - FOMENTO - INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE NO DOMÍNIO ECONÔMICO EM SENTIDO SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL ENTIDADES ÓRGÃOS AGENTES - SERVIÇO PÚBLICO - POLÍCIA ADMINISTRATIVA - FOMENTO - INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE NO DOM. ECONOM. AGENTES PÚBLICOS UNIÃO ESTADO, DF MUNICÍPIO AUTARQUIA FUND. PUB. SOC.ECON.MISTA EMP. PÚBLICA CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 3 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA –ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO -ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc. * DF tem estrutura anômala (que é estudada em Direito Constitucional). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS OUTORGA AUTARQUIAS FUND. PÚB SOC. ECON. MISTA EMP. PÚBLICA DELEGAÇÃO CONCESSIONÁRIAS PERMISSIONÁRIAS AUTORIZATÁRIAS CENTRALIZADA DESCENTRALIZADA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA UNIÃO ESTADOS E DF* MUNICÍPIOS EXEC- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA LEG- SENADO E CAM. DOS DEPUTADOS JUD- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. TCU DPU EXEC- GOVERNADORIA DO ESTADO LEG- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA MPE- PROCURADORIA DE JUSTIÇA TCE (OBS.: EM 4 ESTADOS DO PAÍS(CE, PA, BA E GO) EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNIPIOS- QUE É ÓRGAO ESTADUAL-. DPE EXEC- PREFEITURA LEG- CAMARA MUNICIPAL (OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. INDIRETA AUTARQUIA FUNDAÇÃO PUBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA EMPRESA PÚBLICA CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 4 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo. Ex: fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de bens, interdição de estabelecimentos etc. 3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, entre outros instrumentos de estímulo. 4) INTERVENÇÃO: 4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc. 4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- consiste na regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada e na atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais, por meio de empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 5 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO ANÁLISE DO FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO CENTRALIZAÇÃO OCORRE QUANDO O ESTADO EXECUTA SUAS TAREFAS DIRETAMENTE, POR MEIOS DE ÓRGÃOS E AGENTES INTEGRANTES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA. OCORRE QUANDO O ESTADO EXECUTA ALGUMAS DE SUAS ATRIBUIÇÕES POR MEIO DE OUTRAS PESSOASE NÃO PELA ADMINISTRAÇÃO DIRETA. QUANDO O ESTADO INSTITUI AS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, OCORRE DESCENTRALIZAÇÃO POR OUTORGA. DESCENTRALIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO OCORRE QUANDO UMA DETERMINADA PESSOA JURÍDICA INTEGRANTE DA ADMISTRAÇÃO PÚBLICA, EXTINGUE ÓRGÃOS ANTES DA SUA ESTRUTURA, REUNINDO EM UM NÚMERO MENOR DE UNIDADES AS RESPECTIVAS COMPETÊNCIAS. DESCONCENTRAÇÃO OCORRE QUANDO UMA DETERMINADA PESSOA JURÍDICA DISTRIBUI COMPETÊNCIAS NO ÂMBITO DE SUA PRÓPRIA ESTRUTURA A FIM DE TORNAR MAIS ÁGIL E EFICIENTE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA UNIÃO INSS FUNAI BANCO DO BRASIL CAIXA ECONOMICA FEDERAL DESCENTRALIZAÇÃO: U, E, D.F, M A, F.P, S.E.M, E.P DESCONCENTRAÇÃO: Presidência da República Ministério da Fazenda Ministério da Educação Ministério da Saúde Ministério da Justiça UNIÃO CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 6 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM ÓRGÃOS PÚBLICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 1) SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES: ÓRGÃOS Conceito: são centros de competências; compartimentos internos das entidades; divisões da pessoa jurídica. Características: -são criados e extintos por lei; - não têm personalidade jurídica; - são resultado da desconcentração; - expressam a vontade das entidades a que pertencem (União, Estado, Município); - não possuem patrimônio próprio. - não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram; - alguns têm capacidade processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais; ORGÃOS (classificação) Quanto à posição Estatal Quanto à Estrutura Quanto à Atuação Funcional In d e p e n d e n te s A u tô n o m o s S u p e ri o re s S u b a lt e rn o s S im p le s C o m p o s to S in g u la r Presidência Senado STF Ministérios Secretarias Gabinetes Sec. Gerais Protocolo Portaria Portaria Sec. de Educação Presidência da República Câmara dos Deputados ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Poder Executivo Presidência da República Ministério da Fazenda Delegacia da Receita Federal Setor de Atendimento- CAC CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 7 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 2) SEGUNDO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS SEGUNDO HELY LOPES SEGUNDO DI PIETRO 1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL: 1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”. Exemplos: Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc . 1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais”. Ex.: Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc. 1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”. Exemplos: Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc . 1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão; exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc. 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 2.1- ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”. Exemplos: Setor de Protocolo, Portaria etc. 2.2- ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias de Município etc. 3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: - ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que atuam e decidem através de um único agente,”. Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras etc. 3) QUANTO À COMPOSIÇÃO: - ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de uma escola etc. - ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários ORGÃOS (classificação) Quanto à posição Estatal Quanto à Estrutura Quanto à Composição In d e p e n d e n te s A u tô n o m o s S u b a lt e rn o s S im p le s C o m p o s to S in g u la r C o le ti v o Quanto à sua esfera de ação Centrais Locais CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 8 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM - ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos aqueles que atuam e decidem pela manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros”. Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais etc. agentes”. Ex.: Tribunais etc. -- 4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO: - ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições em todo o território de competência (seja nacional, estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios, Secretarias Estaduais ou Municipais etc. - ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte do território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita Federal, Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc. 3) SEGUNDO CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO: 4) SEGUNDO RENATO ALESSI: ORGÃOS (classificação) Quanto à função Quanto à Estrutura A ti v o s D e C o n tr o le C o n s u lt iv o s S im p le s C o le g ia is ORGÃOS (classificação) Quanto à função Quanto à Estrutura A ti v o s D e C o n tr o le C o n s u lt i v o s B u ro c rá ti c o s C o le g ia d o s CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 9 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS SEGUNDO CELSO ANTÔNIO SEGUNDO RENATO ALESSI 1) DE ACORDO COM A FUNÇÃO: 1.1)ÓRGÃOS ATIVOS: “os que expressam decisões estatais para o cumprimento dos fins da pessoa jurídica”. Ex.: Conselho Monetário Nacional, que edita resoluções obrigatórias para todo o sistema financeiro nacional. 1.2)ÓRGÃOS DE CONTROLE: “são os prepostos a fiscalizar e controlar a atividade de outros órgãos e agentes”. Ex.: Tribunal de Contas da União, que controla (fiscaliza e revisa) as despesas governamentais. 1.3)ÓRGÃOS CONSULTIVOS: “os de aconselhamento e elucidação (pareceres) para que sejam tomadas as providências pertinentes pelos órgãos ativos”. Ex.: Advocacia-Geral da União, que expedepareceres para a resolução de problemas jurídicos. 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 2.1) ÓRGÃOS SIMPLES: “são aqueles cujas decisões são formadas e manifestadas por uma só pessoa ”. Ex.: Presidência da República 2.2)ÓRGÃOS COLEGIAIS: “são aqueles cujas decisões são formadas e manifestadas por um grupo de pessoas”. Ex.:Plenário. 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: -2.1)ÓRGÃOS BUROCRÁTICOS: “são aqueles que estão a cargo de uma só pessoa física ou de várias pessoas ordenadas VERTICALMENTE ”. Ex.: Diretoria 2.2) ÓRGÃOS COLEGIADOS: “são aqueles formados por uma coletividade de pessoas físicas ordenadas HORIZONTALMENTE, com base em uma relação de coligação ou coordenação”. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA CONCEITO: A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES: - São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela de sua capacidade de autoadministração. - Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade política, nos termos e limites da lei. - Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação. - São resultado do fenômeno da descentralização. - Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios. AUTARQUIA FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO PUB (PRIVADO) EMPRESA PUB. E SOC. ECON. MISTA CONCEITO Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, para desenvolver atividades típicas e próprias da Administração. Pessoa jurídica de direito público (entendimento jurisprudencial) ou de direito privado; as fundações são pessoas jurídicas que nascem em razão da existência de um patrimônio vinculado ao cumprimento de uma finalidade: desenvolver atividades com um fim social. Pessoas jurídicas de direito privado, destinadas à prestação de serviços(art. 175, CF) ou exploaração direta de atividades econômicas(art. 173, CF) em que o Estado tenha interesse próprio ou considere convenientes à coletividade. CRIAÇÃO Criada por lei Fund. Pub. (Publico) - criada por lei Autorizadas por lei. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 10 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM Fundação Pub (Privado) - autorizada por lei PERSONALIDADE JURÍDICA Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado RELAÇÃO COM O ENTE POLÍTICO Vinculação (controle finalístico; supervisão ministerial; tutela administrativa) Vinculação (controle finalístico; supervisão ministerial; tutela administrativa) Vinculação (controle finalístico; supervisão ministerial; tutela administrativa) REGIME JURÍDICO Regime Jurídico de Direito Público Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito Público Fundação Pub (Privado)- Regime Híbrido Regime Híbrido RELAÇÃO DE TRABALHO Estatutária (Obs.: o STF suspendeu o uso do regime celetista através da ADI-MC 2135). Fund. Pub. (Publico) – Estatutária. (Obs.: o STF suspendeu o uso do regime celetista através da ADI- MC 2135). Fundação Pub (Privado) – Celetista. Celetista LICITAÇÃO E CONTRATOS Realizados através de LICITAÇÃO Realizados através de LICITAÇÃO Realizados através de LICITAÇÃO CONTROLE EXTERNO (PRESTAÇÃO DE CONTAS) Competência do Legislativo, auxiliado pelo Tribunal de Contas FORO PROCESSUAL Justiça Comum- Justiça Federal(autarquia federal) e Justiça estadual(autarquia estadual e municipal); Justiça do Trabalho - relação celetista Justiça Eleitoral - matéria eleitoral. Fund. Pub(Pub): Justiça Comum- Justiça Federal( fund.pub. federal) e Justiça estadual(fund. estadual e municipal); Justiça do Trabalho - relação celetista Justiça Eleitoral - matéria eleitoral. Fund. Pub (Priv.): Justiça Comum- Justiça estadual (fund. federal, estadual e municipal); Justiça do Trabalho - relação celetista Justiça Eleitoral - matéria eleitoral. Empresa Pública: Justiça Comum - Justiça federal (empresa pública federal) e Justiça estadual ( emp. pública estadual e municipal); Justiça do Trabalho - relação celetista Justiça Eleitoral - matéria eleitoral. Soc. Economia Mista: Justiça Comum -Justiça estadual (federal estadual e municipal); Justiça do Trabalho - relação celetista Justiça Eleitoral - matéria eleitoral. PRIVILÉGIOS Imunidade de impostos, prescrição quinquenal de suas dívidas, impenhorabilidade de seus bens. Fund. Pub. (Publico) - Imunidade de impostos, prescrição quinquenal de suas dívidas, impenhorabilidade de seus bens; Fundação Pub (Privado) - imunidade de impostos, penhorabilidade de bens (a doutrina entende que ela goza de impenhorabilidade de bens, quando ligada à sua atividade essencial.). Não tem privilégios administrativos ou processuais. OBS: o STF tem entendido que as prestadoras de serviços podem ter imunidade tributária, se estiver ligado à atividade essencial; e a doutrina entende que elas CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 11 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM DISTINÇÕES ENTRE EMPRESA PÚBLIC A E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA SOC. ECON. MISTA EMP. PÚB FORMA JURÍDICA Devem ter a forma de S/A (sendo reguladas basicamente pela Lei das Soc. por Ações -Lei nº 6.404/76) Podem revestir qualquer das formas admitidas no direito COMPOSIÇÃO DO CAPITAL É obrigatoriamente formado pela conjugação de capital público e privado (e o controle acionário deve ser da Adm. Pública) É integralmente público (ela pode ser unipessoal ou pluripessoal). FORO PROCESSUAL PARA ENTIDADES FEDERAIS Em matéria comum, não foram contempladas com o foro na Justiça Federal. ¹ Em matéria comum, as causas serão contempladas na Justiça Federal.(art. 109, I, CF) 1. Súmulas 508, 517 e 556 do STF. gozam de impenhorabilidade de bens, quando ligada à sua atividade essencial. RESPONSABILI- DADE CIVIL Objetiva Objetiva* Art. 173: subjetiva Art. 175: objetiva FALÊNCIA NÃO NOMEAÇÃO DOS DIRIGENTES Na forma que a lei ou o estatuto estabelecer; a nomeação do dirigente compete ao Chefe do Executivo com prévia aprovação do Poder Legislativo. Na forma que a lei ou o estatuto estabelecer; a nomeação do dirigente compete ao Chefe do Executivo, mas não é válida a exigência prévia aprovação do Poder Legislativo. EXEMPLOS UFC, INSS, Conselho Federal de Farmácia (Aut. Reg. Esp), Banco Central (Aut. Reg. Esp.), ARCE, SEMACE, JUCEC, ISSEC, DER, DETRAN, IJF, IPM, AMC, etc. FNS, UECE, UVA, URCA, IBGE, FUNAI, etc Empresas Públicas: Correios, CEF, CASA DA MOEDA,SERPRO, EMBRAPA etc. Soc. Economia Mista: Banco do Brasil S/A, Petrobrás S/A, Cagece S/A, Docas S/A etc.. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 12 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM CLASSIFICAÇÃO DE AUTARQUIAS CLASSIFICAÇÃO 1. ORDINÁRIAS OU COMUNS 2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS (COM PERSONALIDADE DE DIR. PÚB) 3. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL ANTIGAS A.R.EAGÊNCIAS REGULADORAS AGÊNCIAS EXECUTIVAS 4. CONSÓRCIOS PÚBLICOS (COM PERSONALIDADE DE DIREITO PUB). 5. TERRITÓRIAIS AGÊNCIAS REGULADORAS 1) São criadas como autarquias; 2) Objetivo: NORMATIZAR, REGULAMENTAR, FISCALIZAR, CONTROLAR AS DIVERSAS ATIVIDADES- para exercer este papel, ela acaba tendo mais autonomia e liberdade do que as demais autarquias; 3) Não tem função legislativa, POIS NÃO TEM CAPACIDADE POLÍTICA; 4) SOBRE OS DIRIGENTES: 4.1) Nomeação do Executivo com a aprovação do Legislativo. 4.2) Mandado fixo com estabilidade 4.3) Período de quarentena: 4 meses* 4.4) Das decisões não cabe recurso hierárquico impróprio para o órgão revisor. 5) Exemplos: ANEEL, ANATEL, ANVISA, ANS, ANA,ANTT, ANTAQ, ANP(Monopólio do Petróleo), ANCINE. AGÊNCIAS EXECUTIVAS - É UMA AUTARQUIA OU FUNDAÇÃO PÚBLICA, QUE VISANDO MELHORAR, TORNAR-SE EFICIENTE assina um Contrato de Gestão. Exemplos: INMETRO, ADA (Ag. de Des. Da Amazônia, velha SUDAM), ADENE (velha SUDENE). - Cuidado, amanhã pode deixar de ser, se acabar o contrato. - Dispostivos: Art. 37, §8º da CF e Lei 9.649/1998. CONSÓRCIOS PÚBLICOS- LEI Nº 11.107/2005 1) São pessoas jurídicas que surgem a partir do ajuste de vontades de entes políticos. 2) Finalidade: realização de objetivos de interesse comum. 3) PERSONALIDADE JURÍDICA: os consórcios públicos têm personalidade jurídica, que pode ser (art. 6º, §1º da lei): I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 13 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 4) PROTOCOLO DE INTENÇÕES: Nos consórcios públicos, para que seja possível a sua formação, é necessária a realização de um protocolo de intenções (art. 3º e 4º); No protocolo de intenções define-se a finalidade do consórcio, qual o prazo do consórcio, aonde será a sede do consórcio, quem são os consorciados, que vai administrar o consórcio (a administração será feita através de uma assembléia geral). -A ratificação por lei desse protocolo. há exceção, dispensando a ratificação, prevista no §4º do artigo 5º da lei caso a entidade que quer celebrar o consórcio público já tiver a matéria disciplinada em lei, não há que se falar em ratificação. 5) CONTRATO DE PROGRAMA- refere-se à obrigação que se estabelece o ente da administração para o consórcio (o §2º do art. 13) e define quais as cláusulas deve haver nesse contrato de programa. O objetivo desse contrato de programa é evitar que o ente se aventure a participar do consórcio, não cumprindo com suas obrigações. 6) CONTRATO DE RATEIO - é o pressuposto para os entes consorciados transferirem recursos ao consórcio público com base na Lei Complementar 101/2000. TERCEIRO SETOR ENTIDADES PARAESTATAIS- INTEGRANTES DO TERCEIRO SETOR CLASSIFICAÇÃO 1. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS 2. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS 3. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO 4. ENTIDADES DE APOIO CARACTERÍSTICAS SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS(OS) ORG. SOC. CIVIL INT. PUB(OSCIP) ENTIDADES DE APOIO - São pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, instituídas por entidades representativas de categorias econômicas. Que têm como objeto uma atividade social, não lucrativa, usualmente direcionada à prestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública ou ainda ao aprendizado profissionalizante, tendo como beneficiários grupos sociais ou profissionais. - É a qualificação jurídica dada pessoa jurídica de direito privado, que desenvolve atividades sem fins lucrativos, instituída por particulares e que recebem tal qualificação do Poder Público, através de CONTRATO DE GESTÃO, e desempenham serviço público de natureza social. - É a qualificação jurídica dada pessoa jurídica de direito privado, que desenvolve atividades sem fins lucrativos, instituída por particulares e que recebem tal qualificação do Poder Público, através de TERMO DE PARCERIA, e desempenham serviços sociais não exclusivos do Estado e com incentivo e fiscalização do Poder Público. - São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 14 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM convênio. Lei 8958/94 Sua criação é prevista em lei. Sua qualificação está prevista na Lei 9637/98 e é um ato discricionário(depende da aprovação pelo Ministro de Estado da área de atividade correspondente) Sua qualificação está prevista na Lei 9790/99e é um ato vinculado (depende da aprovação pelo Ministro da Justiça) Têm por objeto uma atividade social, direcionada à prestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública ou ainda ao aprendizado profissionalizante, tendo como beneficiários grupos sociais ou profissionais. Devem atuar nas atividades de ensino, cultura, saúde, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e preservação do meio ambiente. Não são delegatárias de serviço público Devem atuar em uma das seguintes áreas: assistência social, promoção cultural, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico, promoção gratuita da educação ou da saúde e promoção da segurança alimentar e nutricional, etc. Não são delegatárias de serviço público São mantidos por recursos oriundos das contribuições sociais de natureza tributária, recolhidas compulsoriamente pelos contribuintes definidos em lei, bem como dotações orçamentárias do Poder Público Foram idealizadas para substituir órgãos e entidades da Adm. Indireta que seriam extintos e a atividade absorvidas pelas OS. Não foram idealizadas para substituir ninguém Seus empregados estão sujeitos à legislação trabalhista Tem que possuir um Conselho de Administração (composto por seus integrantes e representantes do Poder Público) Tem que possuir um Conselho Fiscal (composto por seus integrantes) Sujeitam-se ao TCU( Decisão Plenária 907/97)- mas não se submetem à lei de licitações, embora não sejam livres para contratar-, à lei de Improbidade e seus empregados se enquadram como funcionários para fins penais(art. 327, CP) Pode ser contratada pelo poder público com dispensa de licitação (art. 24, XXIV, da Lei 8666/93) Quando a OS for contratante e o contrato envolver recursos financeiros do Poder Público, deverá ser realizada licitação. Não existe hipótese legal de dispensa de licitação.Mas quando a OSCIP for contratante e o contrato envolver recursos financeiros do Poder Público, deverá ser realizada licitação. A desqualificação ocorrerá quando for constado o descumprimento das A desqualificação ocorrerá quando for constado o descumprimento das CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85)3208.2222 15 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM disposições contadas no contrato de gestão, assegurado ampla defesa e contraditório. normas estabelecidas na lei, mediante decisão em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do MP, assegurado ampla defesa e contraditório. JURISPRUDÊNCIA- STF/STJ SÚMULAS DO STF SÚMULAS DO STJ SÚMULA VINCULANTE Nº 22 A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AS AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO PROPOSTAS POR EMPREGADO CONTRA EMPREGADOR, INCLUSIVE AQUELAS QUE AINDA NÃO POSSUÍAM SENTENÇA DE MÉRITO EM PRIMEIRO GRAU QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/04. SÚMULA VINCULANTE Nº 27 COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL JULGAR CAUSAS ENTRE CONSUMIDOR E CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE TELEFONIA, QUANDO A ANATEL NÃO SEJA LITISCONSORTE PASSIVA NECESSÁRIA, ASSISTENTE, NEM OPOENTE. SÚMULA Nº 501 COMPETE À JUSTIÇA ORDINÁRIA ESTADUAL O PROCESSO E O JULGAMENTO, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, DAS CAUSAS DE ACIDENTE DO TRABALHO, AINDA QUE PROMOVIDAS CONTRA A UNIÃO, SUAS AUTARQUIAS, EMPRESAS PÚBLICAS OU SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. SÚMULA Nº 508 COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS EM QUE FOR PARTE O BANCO DO BRASIL S.A. SÚMULA Nº 517 AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA SÓ TÊM FORO NA JUSTIÇA FEDERAL, QUANDO A UNIÃO INTERVÉM COMO ASSISTENTE OU OPOENTE. SÚMULA Nº 556 É COMPETENTE A JUSTIÇA COMUM PARA JULGAR AS CAUSAS EM QUE É PARTE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. Súmula 15 COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR OS LITIGIOS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO. STJ Súmula nº 42 Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. STJ Súmula nº 82 Compete à Justiça Federal, excluídas as reclamações trabalhistas, processar e julgar os feitos relativos a movimentação do FGTS. STJ Súmula nº 150 Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas. STJ Súmula nº 333 Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. STJ Súmula nº 374 Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar a ação para anular débito decorrente de multa eleitoral. STJ Súmula nº 525 A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 16 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM JURISPRUDÊNCIA SOBRE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 1) Empresas públicas prestadoras de serviços públicos, os bens são considerados impenhoráveis STF- RE 230051- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RELATOR:Maurício Correa. Julgamento: 11/06/2003. Órgão Julgado: Tribunal Pleno. Ementa: EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS, RENDAS E SERVIÇOS. RECEPÇÃO DO ARTIGO 12 DO DECRETO- LEI Nº 509/69. 1. À empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, é aplicável o privilégio da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. Recepção do artigo 12 do Decreto-Lei nº 509/69 e não-incidência da restrição contida no artigo 173, § 1º, da Constituição Federal, que submete a empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. 2. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta serviço público da competência da União Federal e por ela mantido. Execução. Observância ao regime de precatório, sob pena de vulneração do disposto no artigo 100 da Constituição Federal. Vícios no julgamento. Embargos de declaração rejeitados. 2) Empresa pública prestadora de serviço público beneficia-se da imunidade recíproca tributária ACO N. 765-RJ RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO Ementa. EMENTA: CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. ART. 102, I, “F”, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - EBCT. EMPRESA PÚBLICA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POSTAL E CORREIO AÉREO NACIONAL. SERVIÇO PÚBLICO. ART. 21, X, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A prestação do serviço postal consubstancia serviço público [art. 175 da CB/88]. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é uma empresa pública, entidade da Administração Indireta da União, como tal tendo sido criada pelo decreto-lei nº 509, de 10 de março de 1969. 2. O Pleno do Supremo Tribunal Federal declarou, quando do julgamento do RE 220.906, Relator o Ministro MAURÍCIO CORRÊA, DJ 14.11.2002, à vista do disposto no artigo 6o do decreto-lei nº 509/69, que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é “pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, que explora serviço de competência da União (CF, artigo 21, X)”. 3. Impossibilidade de tributação de bens públicos federais por Estado-membro, em razão da garantia constitucional de imunidade recíproca. 4. O fato jurídico que deu ensejo à causa é a tributação de bem público federal. A imunidade recíproca, por sua vez, assenta-se basicamente no princípio da Federação. Configurado conflito federativo entre empresa pública que presta serviço público de competência da União e Estado-membro, é competente o Supremo Tribunal Federal para o julgamento da ação cível originária, nos termos do disposto no artigo 102, I, “f”, da Constituição. 5. Questão de ordem que se resolve pelo reconhecimento da competência do Supremo Tribunal Federal para julgamento da ação. 3) Sociedade de economia mista se submete a fiscalização por parte do Tribunal de Contas STF- MS 25092 ED / DF - DISTRITO FEDERAL EMB.DECL.NO MANDADO DE SEGURANÇA Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento: 28/08/2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: FISCALIZAÇÃO PELO TRIBUNAL DE CONTAS. ADVOGADO EMPREGADO DA EMPRESA QUE DEIXA DE APRESENTAR CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 17 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM APELAÇÃO EM QUESTÃO RUMOROSA. I. - Ao Tribunal de Contas da União compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração Direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443, de 1992, art. 1º, I). II. - As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. III. - Numa ação promovida contra a CHESF, o responsável pelo seu acompanhamento em juízo deixa de apelar. O argumento de que a não-interposição do recurso ocorreu em virtude de não ter havido adequada comunicação da publicação da sentença constitui matéria de fato dependente de dilação probatória, o que não é possível no processo do mandado de segurança, que pressupõe fatos incontroversos. IV. - Mandado de segurança indeferido. 4) O Supremo Tribunal Federal admite a existênciade fundações públicas com personalidade de direito público, e fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado. STF- ADI 191 / RS - RIO GRANDE DO SUL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA Julgamento: 29/11/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Ementa EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ART. 28 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. EQUIPARAÇÃO ENTRE SERVIDORES DE FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS OU MANTIDAS PELO ESTADO E SERVIDORES DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS: INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços por elas prestados. 2. A norma questionada aponta para a possibilidade de serem equiparados os servidores de toda e qualquer fundação privada, instituída ou mantida pelo Estado, aos das fundações públicas. 3. Sendo diversos os regimes jurídicos, diferentes são os direitos e os deveres que se combinam e formam os fundamentos da relação empregatícia firmada. A equiparação de regime, inclusive o remuneratório, que se aperfeiçoa pela equiparação de vencimentos, é prática vedada pelo art. 37, inc. XIII, da Constituição brasileira e contrária à Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 4. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente. 5) Quando a lei instituidora de uma entidade da Administração Indireta já prevê a criação de subsidiárias não é necessário autorização legislativa para a criação destas subsidiárias. ADI 1649 / DF - DISTRITO FEDERAL -AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA Julgamento: 24/03/2004 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Ementa EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 9478/97. AUTORIZAÇÃO À PETROBRÁS PARA CONSTITUIR SUBSIDIÁRIAS. OFENSA AOS ARTIGOS 2º E 37, XIX E XX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. ALEGAÇÃO IMPROCEDENTE. 1. A Lei 9478/97 não autorizou a instituição de empresa de economia mista, mas sim a criação de subsidiárias distintas da sociedade-matriz, em consonância com o inciso XX, e não com o XIX do artigo 37 da Constituição Federal. 2. É dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida autorizadora. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 18 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 6) OAB não integra a Administração Pública Indireta da União STF- ADI 3026 / DF - DISTRITO FEDERAL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. EROS GRAU Julgamento: 08/06/2006 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Ementa EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. "SERVIDORES" DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n. 8.906, artigo 79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da OAB, cujo regime outrora era estatutário, a opção pelo regime celetista. Compensação pela escolha: indenização a ser paga à época da aposentadoria. 2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como "autarquias especiais" para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas "agências". 5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente pr ivilegiada, na medida em que são indispensáveis à administração da Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional. 8. Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é compatível com a entidade, que é autônoma e independente. 9. Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação conforme o artigo 37, inciso II, da Constituição do Brasil ao caput do artigo 79 da Lei n. 8.906, que determina a aplicação do regime trabalhista aos servidores da OAB. 10. Incabível a exigência de concurso público para admissão dos contratados sob o regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 7) NATUREZA AUTÁRQUICA DOS CONSELHOS DE PROFISSÃO STJ- RECURSO ESPECIAL Nº 507.536 - DF (2003/0037798-3) RELATOR : MINISTRO JORGE MUSSI EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. NATUREZA JURÍDICA. AUTARQUIAS CORPORATIVAS. REGIME DE CONTRATAÇÃO DE SEUS EMPREGADOS. INCIDÊNCIA DA LEI N. 8.112/90.1. A atividade de fiscalização do exercício profissional é estatal, nos termos dos arts. 5º, XIII, 21, XXIV, e 22, XIV, da Constituição Federal, motivo pelo qual as entidades que exercem esse controle têm função tipicamente pública e, por isso, possuem natureza jurídica de autarquia, sujeitando-se ao regime jurídico de direito público. Precedentes do STJ e do STF.2. Até a promulgação da Constituição Federal de 1988, era possível, nos termos do Decreto-Lei 968/69, a contratação de servidores, pelos conselhos de fiscalização profissional, tanto pelo regime estatutário quanto pelo celetista, situação alterada pelo art. 39, caput, em sua redação original.3. O § 1º do art. 253 da Lei n. 8.112/90 regulamentou o disposto na Constituição, fazendo com que os funcionários celetistas das autarquias federais passassem a servidores estatutários, CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 19 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM afastando a possibilidade de contratação em regime privado.4. Com a Lei n. 9.649/98, o legislador buscou afastar a sujeição das autarquias corporativas ao regime jurídico de direito público. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, na ADI n. 1.717/DF, julgou inconstitucional o dispositivo que tratava da matéria. O exame do § 3º do art. 58 ficouprejudicado, na medida em que a superveniente Emenda Constitucional n. 19/98 extinguiu a obrigatoriedade do Regime Jurídico Único. 5. Posteriormente, no julgamento da medida liminar na ADI n. 2.135/DF, foi suspensa a vigência do caput do art. 39 da Constituição Federal, com a redação atribuída pela EC n. 19/98. Dessa forma, após todas as mudanças sofridas, subsiste, para a administração pública direta, autárquica e fundacional, a obrigatoriedade de adoção do regime jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas na vigência da legislação editada nos termos da emenda declarada suspensa. 6. As autarquias corporativas devem adotar o regime jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas na vigência da legislação editada nos termos da Emenda Constitucional n. 19/97. 7. Esse entendimento não se aplica a OAB, pois no julgamento da ADI n. 3.026/DF, ao examinar a constitucionalidade do art. 79, § 1º, da Lei n. 8.906/96, o Excelso Pretório afastou a natureza autárquica dessa entidade, para afirmar que seus contratos de trabalho são regidos pela CLT. 8. Recurso especial provido para conceder a segurança e determinar que os impetrados, com exceção da OAB, tomem as providências cabíveis para a implantação do regime jurídico único no âmbito dos conselhos de fiscalização profissional, incidindo no caso a ressalva contida no julgamento da ADI n.2.135 MC/DF. 8) Fundações Públicas de Direito Público– Competência da Justiça Federal STF- RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 215741/SE Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA Julgamento: 30/03/1999 Órgão Julgador: Segunda Turma Ementa EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE A JUSTIÇA FEDERAL E A JUSTIÇA COMUM. NATUREZA JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS PELO PODER PÚBLICO. 1. A Fundação Nacional de Saúde, que é mantida por recursos orçamentários oficiais da União e por ela instituída, é entidade de direito público. 2. Conflito de competência entre a Justiça Comum e a Federal. Artigo 109, I da Constituição Federal. Compete à Justiça Federal processar e julgar ação em que figura como parte fundação pública, tendo em vista sua situação jurídica conceitual assemelhar- se, em sua origem, às autarquias. 3. Ainda que o artigo 109, I da Constituição Federal, não se refira expressamente às fundações, o entendimento desta Corte é o de que a finalidade, a origem dos recursos e o regime administrativo de tutela absoluta a que, por lei, estão sujeitas, fazem delas espécie do gênero autarquia. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido para declarar a competência da Justiça Federal. 9) PROVIMENTO DE CARGOS DIRETIVOS DAS ENTIDADES DA ADM. INDIRETA STF- ADI 1642 / MG - MINAS GERAIS AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. EROS GRAU Julgamento: 03/04/2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Ementa EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ALÍNEA "d" DO INCISO XXIII DO ARTIGO 62 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. APROVAÇÃO DO PROVIMENTO, PELO EXECUTIVO, DOS CARGOS DE PRESIDENTE DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA ESTADUAL PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 173, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. DISTINÇÃO ENTRE EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO E EMPRESAS ESTATAIS QUE DESENVOLVEM ATIVIDADE ECONÔMICA EM SENTIDO ESTRITO. REGIME JURÍDICO ESTRUTURAL E REGIME JURÍDICO FUNCIONAL DAS EMPRESAS ESTATAIS. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 1. Esta Corte em oportunidades anteriores definiu que a aprovação, pelo Legislativo, da indicação dos Presidentes das entidades da Administração Pública Indireta restringe-se às autarquias e fundações públicas, dela excluídas as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Precedentes. 2. As sociedades de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade econômica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos do disposto no § 1º do artigo 173 da Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 3. Distinção entre empresas estatais que prestam serviço público e empresas estatais que empreendem atividade econômica CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 20 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM em sentido estrito 4. O § 1º do artigo 173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas, sociedades de economia mista e entidades (estatais) que prestam serviço público. 5. A intromissão do Poder Legislativo no processo de provimento das diretorias das empresas estatais colide com o princípio da harmonia e interdependência entre os poderes. A escolha dos dirigentes dessas empresas é matéria inserida no âmbito do regime estrutural de cada uma delas. 6. Pedido julgado parcialmente procedente para dar interpretação conforme à Constituição à alínea "d" do inciso XXIII do artigo 62 da Constituição do Estado de Minas Gerais, para restringir sua aplicação às autarquias e fundações públicas, dela excluídas as empresas estatais, todas elas. 10) Ato praticado em procedimento licitatório por dirigente de sociedade de economia federal, a competência da Justiça Federal CC 200602110313- CC - CONFLITO DE COMPETENCIA – 71843 Relator(a): ELIANA CALMON Sigla do Órgão: STJ Órgão Julgador: PRIMEIRA SEÇÃO Data: 17/11/2008 Ementa CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA.ATO PRATICADO EM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO POR DIRIGENTE DESOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL. AUTORIDADE FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Conforme o art. 109, VIII, da Constituição, compete à Justiça Federal processar e julgar "os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal". Para fixar a competência, portanto, a norma constitucional leva em consideração a posição da autoridade impetrada (se federal ou não), atenta ao princípio federativo por força do qual a autoridade federal não está sujeita à Justiça dos Estados federados. 2. Ao estabelecer que "cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública", a súmula 333/STJ parte do pressuposto necessário que o ato praticado em processo licitatório é ato de autoridade. Não fosse assim, não caberia mandado de segurança. 3. Ora, em se tratando de ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista federal, a autoridade que o pratica é federal (e não estadual, distrital ou municipal). Ainda que houvesse dúvida sobre o cabimento da impetração ou sobre a natureza da autoridade ou do ato por ela praticado, a decisão a respeito não se comporta no âmbito do conflito de competência, devendo ser tomada pelo Juiz Federal (Súmula 60/TFR). 4. No caso, o ato atacado foi praticado pelo Superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU (sociedade de economia mista federal) e consistiu em declarar a empresa Prisma - Consultoria e Serviços Ltda. vencedora de processo licitatório. Tratando-se (a) de ato praticado em licitação (b) por autoridade federal, a competência é da Justiça Federal. Precedentes: CC 46035/AC, 1ª S., Min. José Delgado, DJ de 01.02.2006; CC 54140/PB; 1ª S., Min. Eliana Calmon, DJ de 02.05.2006; CC 46740/CE, 1ª S., Min. Luiz Fux, DJ de 17.04.2006; CC 54854/SP, 1ª S., Min. José Delgado, DJ de 13.03.2006. 5. Conflito conhecido para declarar competente a Justiça Federal. 11) Sociedade de Economia Mista – Cabível Mandado de Segurança quando a autoridade exerce ato investido em função delegada pelo Poder Público Processo: RESP 201000550784- RESP - RECURSO ESPECIAL - 1186517 Relator(a): BENEDITO GONÇALVES Órgão Julgador: xPRIMEIRA TURMAFonte: DJE DATA:13/09/2010 Ementa ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 21 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM PETROBRÁS. EXCLUSÃO DE CANDIDATOS DO CERTAME EM RAZÃO DE NÃO ATENDER A NORMA EDITALÍCIA. ART. 1º DA LEI 1.533/51. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA RECORRENTE NÃO CONFIGURADA. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 2º CAPUT, DA LEI N. 9.784/99 E 41 DA LEI. N. 8.666/91 QUE NÃO SE VERIFICA. EDITAL. EXIGÊNCIA DE CERTIFICADO DE RESERVISTA DE 1ª CATEGORIA. REQUISITO QUE NÃO ATENDE AOS PRINCÍPIOS DA IMPESSOALIDADE E DA RAZOABILIDADE. 1. Cuida-se de recurso especial no qual se alega a ilegitimidade de sociedade de economia mista para figurar polo passivo de mandado de segurança, bem como a legalidade do ato praticado pelo Gerente Executivo de Recurso Humanos da Petrobrás, consubstanciado na exclusão de candidatos ao cargo de Auxiliar de Segurança Interna, por, ao serem dispensados da corporação, não preencher requisito previsto em edital de apresentação de Certificado de Reservista de 1ª Categoria. 2. A jurisprudência desta Corte firmou o entendimento de que cabe mandado de segurança contra ato de dirigente de sociedade de economia mista quando investido em função delegada pelo Poder Público. Precedentes: AgRg no REsp 1.067.107/RN, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 17/6/2009 e AgRg no CC 101.260/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 9/3/2009. 3. A Constituição Federal, ao determinar a realização de concurso público como forma de investidura em cargo ou emprego público (art. 37, II, da CF/88), estabelece que os atos emanados pela Administração devem estar em conformidade com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, estando tais princípios cristalizados no texto do art. 2º, caput, da Lei n. 9784/99. 4. A exigência de apresentação do certificado de reservista de primeira categoria não guarda pertinência com os princípios da impessoalidade e da razoabilidade que norteiam a Administração Pública, porque, na espécie, a dispensa dos candidatos do serviço militar obrigatório se dá de acordo com a discricionariedade e a conveniência da Administração, que, unilateralmente, estabelece o número do efetivo das Forças Armadas, não podendo os recorridos, reservistas de 2ª categoria, serem penalizados com a exclusão do certame pelo fato de o próprio Poder Público os terem dispensados de prestar o serviço militar obrigatório. 5. Recurso especial não provido. 12) NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA PARA EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE SERVIÇO PUBLICO STF- RE 589998 / PI - PIAUÍ Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento: 20/03/2013 Órgão Julgador: Tribunal Pleno Ementa EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALEMENTE PROVIDO. I - Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC nº 19/1998. Precedentes. II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por concurso publico, a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV - Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se, entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho. QUESTÕES DA OAB 1. (FGV-III Exame Unificado da Ordem) É correto afirmar que a desconcentração administrativa ocorre quando um ente político A) cria, mediante lei, órgãos internos em sua própria estrutura para organizar a gestão administrativa. B) cria, por lei específica, uma nova pessoa jurídica de direito público para auxiliar a administração pública direta. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 22 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM C) autoriza a criação, por lei e por prazo indeterminado, de uma nova pessoa jurídica de direito privado para auxiliar a administração pública. D) contrata, mediante concessão de serviço público, por prazo determinado, uma pessoa jurídica de direito público ou privado para desempenhar uma atividade típica da administração pública. 2. (FGV- V Exame Unificado da Ordem) A estruturação da Administração traz a presença, necessária, de centros de competências denominados Órgãos Públicos ou, simplesmente, Órgãos. Quanto a estes, é correto afirmar que A) possuem personalidade jurídica própria, respondendo diretamente por seus atos. B) suas atuações são imputadas às pessoas jurídicas a que pertencem. C) não possuem cargos, apenas funções, e estas são criadas por atos normativos do ocupante do respectivo órgão. D) não possuem cargos nem funções. 3. (FGV- VII Exame Unificado da Ordem) Em relação às entidades que compõem a administração indireta, assinale a alternativa correta. A) Para a criação de autarquias, é necessária a edição de uma lei autorizativa e posterior registro de seus atos constitutivos no respectivo registro como condição de sua existência. B) Para criação de uma empresa pública, é necessária a edição de uma lei específica sem a exigência de registro de seus atos constitutivos no respectivo registro por se tratar de uma pessoa jurídica de direito público. C) Para criação de uma sociedade de economia mista, é necessária a edição de uma lei autorizativa e registro de seus atos constitutivos no respectivo registro por se tratar de uma pessoa jurídica de direito privado. D) Por serem pessoas jurídicas, todas necessitam ter seus respectivos atos constitutivos registrados no respectivo registro como condição de sua existência. 4. (FGV- VII Exame Unificado da Ordem) Quanto às pessoas jurídicas que compõem a Administração Indireta, assinale a afirmativa correta. A) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei. B) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei. C) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei. D) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas para o exercício de atividades típicas do Estado. 5. (FGV- XII Exame Unificado da Ordem) O Estado ABCD, com vistas à interiorização e ao incremento das atividades econômicas, constituiu empresa pública para implantar distritos industriais, elaborar planos de ocupação e auxiliar empresas interessadas na aquisição dessas áreas. Considerando que esse objeto significa a exploração de atividade econômica pelo Estado, assinale a afirmativa correta. A) Não é possível a exploração de atividade econômica por pessoa jurídica integrante da Administração direta ou indireta. B) As pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta não podem explorar atividade econômica. C) Dentre as figuras da Administração Pública indireta, apenas a autarquia pode desempenhar atividade econômica, na qualidade de agência reguladora. D) A constituição de empresa pública para exercer atividade econômica é permitida quando necessária ao atendimento de relevante interessecoletivo. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 23 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 6. (FGV-XIV Exame Unificado) Cinco empresas que, somadas, dominam 90% (noventa por cento) da produção metalúrgica nacional acordam, secretamente, a redução da oferta de bens por elas produzidos, a fim de elevar o preço dos seus produtos. A partir da hipótese apresentada, assinale a opção correta. A) A garantia da livre concorrência no texto constitucional impede a intervenção do Estado nessa hipótese. B) A atuação das empresas configura infração da ordem econômica, sujeitando-as à intervenção do Estado. C) A situação de domínio do mercado resulta de processo natural fundado na maior eficiência em relação aos demais competidores, não caracterizando, portanto, qualquer infração. D) A intervenção do Estado na ordem econômica somente será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo. 7. (FGV- IX Exame Unificado da Ordem) Atento à crescente especulação imobiliária, e ciente do sucesso econômico obtido pelas construtoras do País com a construção de imóveis destinados ao público de alta renda, o Estado “X” decide ingressar nesse lucrativo mercado. Assim, edita uma lei autorizando a criação de uma empresa pública e, no mesmo ano, promove a inscrição dos seus atos constitutivos no registro das pessoas jurídicas. Assinale a alternativa que apresenta a alegação que as construtoras privadas, incomodadas pela concorrência de uma empresa pública, poderiam apresentar. A) A nulidade da constituição daquela pessoa jurídica, uma vez que as pessoas jurídicas estatais só podem ser criadas por lei específica. B) O objeto social daquela empresa só poderia ser atribuído a uma sociedade de economia mista e não a uma empresa pública. C) Os pressupostos de segurança nacional ou de relevante interesse coletivo na exploração daquela atividade econômica não estão presentes. D) A criação da empresa pública não poderia ter ocorrido no mesmo ano em que foi editada a lei autorizativa. 8. (FGV- II Exame Unificado da Ordem) No Direito Público brasileiro, o grau de autonomia das Agências Reguladoras é definido por uma independência A) administrativa total e absoluta, uma vez que a Constituição da República de 1988 não lhes exige qualquer liame, submissão ou controle administrativo dos órgãos de cúpula do Poder Executivo. B) administrativa mitigada, uma vez que a própria lei que cria cada uma das Agências Reguladoras define e regulamenta as relações de submissão e controle, fundado no poder de supervisão dos Ministérios a que cada uma se encontra vinculada, em razão da matéria, e na superintendência atribuída ao chefe do Poder Executivo, como chefe superior da Administração Pública. C) legislativa total e absoluta, visto que gozam de poder normativo regulamentar, não se sujeitando assim às leis emanadas pelos respectivos Poderes legislativos de cada ente da federação brasileira. D) política decisória, pois não estão obrigadas a seguir as decisões de políticas públicas adotadas pelos Poderes do Estado(executivo e legislativo). 9. (FGV-XIII Exame Unificado da Ordem) A União celebrou protocolo de intenções com o Estado A e os Municípios X, Y e Z do Estado B, todos em regiões de fronteira, para a constituição de um consórcio público na área de segurança pública. Considerando a disciplina legislativa acerca dos consórcios públicos, assinale a afirmativa correta. A) O consórcio público pode adquirir personalidade jurídica de direito público, constituindo-se em uma associação pública. B) O consórcio público representa uma comunhão de esforços, não adquirindo personalidade jurídica própria. C) A União não pode constituir consórcio do qual façam parte Municípios não integrantes de Estado não conveniado. D) O consórcio público adquire personalidade jurídica com a celebração do protocolo de intenções. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 24 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM 10. (FGV-III Exame Unificado da Ordem) A Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum. A respeito do regime jurídico aplicável a tais consórcios públicos, assinale a alternativa correta. A) É vedada a celebração de contrato de consórcio público cujo valor seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões) de reais. B) Os consórcios públicos na área de saúde, em razão do regime de gestão associada, são dispensados de obedecer aos princípios que regulam o Sistema Único de Saúde. C) É vedada a celebração de contrato de consórcio público para a prestação de serviços cujo período seja inferior a 5 (cinco) anos. D) A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. 11. (FGV- VI Exame Unificado da Ordem) Quatro municípios celebram um consórcio público para desenvolverem um projeto comum para o tratamento industrial de lixo coletado em suas respectivas áreas, criando uma pessoa jurídica para gerenciar as atividades do consórcio. À luz da legislação aplicável, assinale a alternativa correta. A) Como se trata de atividade tipicamente estatal, essa pessoa jurídica administrativa deverá ser obrigatoriamente uma autarquia, criada por lei oriunda do maior município celebrante do pacto. B) O ordenamento jurídico brasileiro admite, no caso, tanto a criação de uma pessoa jurídica de direito público (a chamada associação pública) quanto de direito privado. C) O ordenamento jurídico brasileiro não admite a criação de uma entidade desse tipo, pois as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta são apenas as indicadas no art. 5º do Decreto-Lei 200/67. D) A pessoa jurídica oriunda de um consórcio público não poderá ser, em hipótese alguma, uma pessoa jurídica de direito privado, pois isso não é admitido pela legislação aplicável. 12. (FGV-III Exame Unificado da Ordem) A qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos previstos na respectiva lei é ato A) vinculado ao cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei. B) complexo, uma vez que somente se aperfeiçoa com a instituição do Termo de Parceria. C) discricionário, uma vez que depende de avaliação administrativa quanto à sua conveniência e oportunidade. D) composto, subordinando-se à homologação da Chefia do Poder Executivo. 13. (FGV- XI Exame Unificado da Ordem) Determinada entidade de formação profissional, integrante dos chamados Serviços Sociais Autônomos (também conhecidos como “Sistema S”), foi, recentemente, questionada sobre a realização de uma compra sem prévia licitação. Assinale a alternativa que indica a razão do questionamento. A) Tais entidades, vinculadas aos chamados serviços sociais autônomos, integram a Administração Pública. B) Tais entidades, apesar de não integrarem a Administração Pública, são dotadas de personalidade jurídica de direito público. C) Tais entidades desempenham, por concessão, serviço público de interesse coletivo. D) Tais entidades são custeadas, em parte, com contribuições compulsórias cobradas sobre a folha de salários. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 25 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DAORDEM 14. (FGV-XIV Exame Unificado) Numerosos professores, em recente reunião da categoria, queixaram-se da falta de interesse dos alunos pela cultura nacional. O Sindicato dos Professores de Colégios Particulares do Município X apresentou, então, um plano para ampliar o acesso à cultura dos alunos com idade entre 10 e 18 anos, obter a qualificação de “Organização da Sociedade Civil de Interesse Público” (OSCIP) e celebrar um termo de parceria com a União, a fim de unir esforços no sentido de promover a cultura nacional. Considerando a proposta apresentada e a disciplina existente sobre o tema, assinale a afirmativa correta. A) O sindicato não pode se qualificar como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, uma vez que tal qualificação, de origem doutrinária, não tem amparo legal. B) O sindicato não pode se qualificar como OSCIP, em virtude de vedação expressa da lei federal sobre o tema. C) O sindicato pode se qualificar como OSCIP, uma vez que é uma entidade sem fins lucrativos e o objetivo pretendido é a promoção da cultura nacional. D) O sindicato pode se qualificar como OSCIP, mas deve celebrar um contrato de gestão e não um termo de parceria com o poder público. 15. (FGV- XV Exame Unificado) No Estado X, foi constituída autarquia próprio de previdência dos servidores estaduais. A lei de constituição da entidade prevê a possibilidade de apresentação de recurso em face das decisões da autarquia, a ser dirigido à Secretaria de Administração do Estado (órgão a qual a autarquia está vinculada). Sobre a situação descrita, assinale a opção correta. A) Não é possível a criação de autarquia para a gestão da previdência dos servidores, uma vez que se trata de atividade típica da Administração Pública. B) Não cabe recurso hierárquico impróprio em face das decisões da autarquia, uma vez que ela goza de autonomia técnica, administrativa e financeira. C) A previsão de recurso dirigido à Secretaria de Administração do Estado (órgão ao qual a autarquia está vinculada) configura exemplo de recurso hierárquico próprio. D) São válidas tanto a constituição da autarquia para a gestão do regime previdenciário quanto a previsão de cabimento do recurso ao órgão ao qual a autarquia está vinculada. 16. (FGV- XVII Exame Unificado) Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para atuação no setor bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de pessoal, foi iniciado concurso público com vistas à seleção de 150 empregados, entre economistas, administradores e advogados. A respeito da situação descrita, assinale a afirmativa correta. A) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração direta de atividade econômica pelo Estado. B) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é, obrigatoriamente, uma lei complementar, por exigência do texto constitucional. C) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a prestação de serviços públicos e às sociedades de economia mista cabe a exploração de atividade econômica. D) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao regime trabalhista próprio das empresas privadas, o que não afasta a exigência de concurso público. 17. (FGV- XVII Exame Unificado) O Governador do Estado Y criticou, por meio da imprensa, o Diretor- Presidente da Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transportes do Estado, autarquia estadual criada pela Lei nº 1.234, alegando que aquela entidade, ao aplicar multas às empresas concessionárias por supostas falhas na prestação do serviço, “não estimula o empresário a investir no Estado”. Ainda, por essa razão, o Governador ameaçou, também pela imprensa, substituir o Diretor-Presidente da agência antes de expirado o prazo do mandato daquele dirigente. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. A) A adoção do mandato fixo para os dirigentes de agências reguladoras contribui para a necessária autonomia da entidade, impedindo a livre exoneração pelo chefe do Poder Executivo. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 26 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM B) A agência reguladora, como órgão da Administração Direta, submete-se ao poder disciplinar do chefe do Poder Executivo estadual. C) A agência reguladora possui personalidade jurídica própria, mas está sujeita, obrigatoriamente, ao poder hierárquico do chefe do Poder Executivo. D) Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato fixo, pode o chefe do Poder Executivo exonerá- los, por razões políticas não ligadas ao interesse público, caso discorde das decisões tomadas pela entidade. 18. (FGV- XVIII UNIFICADO) O Estado XYZ pretende criar uma nova universidade estadual sob a forma de fundação pública. Considerando que é intenção do Estado atribuir personalidade jurídica de direito público a tal fundação, assinale a afirmativa correta. A) Tal fundação há de ser criada com o registro de seus atos constitutivos, após a edição de lei ordinária autorizando sua instituição. B) Tal fundação há de ser criada por lei ordinária específica. C) Não é possível a criação de uma fundação pública com personalidade jurídica de direito público. D) Tal fundação há de ser criada por lei complementar específica. GABARITO- NOTA DE AULA 1- ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E TERCEIRO SETOR 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C A D B C B A 10 11 12 13 14 15 16 17 18 D B A D B D D A B ____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 27 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM OAB – NOTA DE AULA 2 AGENTES PÚBLICOS : CLASSIFICAÇÃO E REGRAS CONTITUCIONAIS CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS (DOUTRINA CLÁSSICA): CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS (DOUTRINA MODERNA): AGENTE PÚBLICO AGENTE POLÍTICO MILITARES SERVIDOR PÚBLICO PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 28 OS: 0053/10/16-Gil OAB – 1ª FASE – XXI
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