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Casos 1 a 16 DIREITO PENAL II e Resumo

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DIREITO PENAL II - CCJ0032 – SEMANA 1 
 
Caso Concreto 01 
- Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no 
plano de aula e pelo seu professor. 
 
1) Ricardo, menor inimputável, com 14 anos de idade, disse para Lúcio, maior de idade, que pretendia 
subtrair aparelhos de som (CD player) do interior de um veículo. Para tanto, Lúcio emprestou-lhe 
uma chave falsa, plenamente apta a abrir a porta de qualquer automóvel. Utilizando a chave, Ricardo 
conseguiu seu intento. 
Na situação acima narrada, quem é partícipe de furto executado por menor de idade responde 
normalmente por esse crime? Fundamente sua resposta de acordo com teoria adotada pelo Código 
Penal quanto à natureza jurídica da participação. (135° Exame de Ordem/SP – 2ª Fase. Cespe/UnB). 
 
Partícipe: De acordo com Luiz Flávio Gomes, em Direito Penal, parte geral, volume 02, ed. Revista 
dos Tribunais, 2007, p. 509, a participação é acessória (natureza jurídica da participação). Sem a 
conduta principal, não há que se falar em punição do partícipe. 
 
Quem é partícipe de furto executado por menor responde normalmente pelo crime, porque a conduta 
principal não precisa ser levada a cabo por agente culpável (basta ser típica e ilícita). 
 
Em síntese, consoante a teoria da acessoriedade limitada, o fato principal precisa ser típico e ilícito. 
Conforme dispões o artigo 29 do CP, de acordo com a culpabilidade do agente. 
 
Comentário: 
Lúcio pratica uma conduta acessória. 
Pela teoria da acessoriedade limitada, para que haja responsabilização penal da conduta do participe 
seja crime, basta que a conduta do autor seja típica e ilícita, dessa forma, a conduta de Lúcio será 
imputada a responsabilidade penal de acordo com a sua culpabilidade, na forma do artigo 29 do 
código penal. No caso, o auxílio é material – Lúcio emprestou a chave falsa. 
 
O Lúcio será condenado pelo furto. Maior de idade. 
Ricardo será condenado pelo ato infracional aplicável ao menor de idade. 
 
2) Caio, com a intenção de matar , coloca na xícara de chá servida a Tício certa dose de veneno. 
Mévio, igualmente interessado na morte de Tício, desconhecendo a ação de Caio, também coloca 
certa dose de veneno na mesma xícara. Tício vem a falecer por efeito combinado das duas doses 
ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo 
conclusão da perícia. Caio e Mévio agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano, a 
intenção e a conduta do outro. (MPF - Procurador da República. 1ª Fase. XII Concurso) 
 
a) Caio e Mévio respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. 
b) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte. 
c) Caio e Mévio respondem, cada um, por homicídio culposo. 
d) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado. (x) 
 
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Comentário: 
Temos no caso autoria colateral (um não sabia da conduta do outro), autoria incerta (em dúpio pró 
réu). Autoria colateral incerta – Na dúvida em favor do reu. 
 
3) Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se da 
facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstancia entretanto desconhecida de 
Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos pela 
Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. 
Entende-se que: (Promotor de Justiça/SP) 
 
a) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. 
b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. (x) 
c) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. 
d) Bruno e Eduardo cometeram furto consumado. 
e) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto. 
 
Comentário: 
Bruno praticou peculato. - O fato de Bruno ser funcionário público não se comunica, vez que Eduardo 
não sabia. 
Elementar: Peculato - A elementar se comunica se as partes tiverem ciências. 
 
Elementar: é todo componente do tipo penal que retirado do tipo penal, transforma a conduta em 
conduta atípica ou em outro crime. 
Ex.: - Estado puerperal. Se retirado transforma o infanticídio em homicídio. 
Circunstâncias: é todo componente acessório que tem influência em fixação de pena. 
Ex.: O furto pode ser praticado durante o repouso noturno. Serve para majorar a pena. Nesse caso é 
uma circunstância. 
 
As circunstâncias podem ser objetivas e subjetivas. 
(Exemplo – menor idade é uma circunstância subjetiva. – Circunstâncias subjetivas nunca se 
comunicam) 
 
As circunstâncias de caráter objetivo dizem respeito aos meios, a forma com a qual o crime foi 
praticado. 
As circunstâncias subjetivas só se comunicam, entre autor e partícipe, se forem de conhecimento do 
partícipe, ou seja, se as partes tiverem conhecimento. 
 
As circunstância subjetivas dizem respeito ao motivo determinante do crime. Dizem respeito também à 
circunstâncias pessoais: menor idade, reincicência. Duas pessoas se associam para praticar um furto. 
Uma delas é reincidente a outra não – O fato da pena ser agravada para quem é reincidente vai se 
comunicar com o outro que não é reincidente? – Não. Porque a reincidência é uma circunstância. É 
uma circunstância subjetiva. – Só serve para agravar a pena de caráter pessoal. 
As circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam. As elementares se comunicam. 
 
As circunstância de caráter objetivo dizem respeito aos meios e modos de execução, se comunicam se 
os agentes tiverem ciência de sua existência. 
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DIREITO PENAL II - CCJ0032 - SEMANA 2 
 
Questão n.1 - Hercílio e Arnaldo, em unidade de desígnios e fortemente armados, no dia 15 de março 
de 2011, por volta das 23h, invadiram a residência de Hélio e Maria Rosa, na zona rural de Nova 
Iguaçu de Goiás, amarraram o casal e seus dois filhos, Vitória e Lélio, de 12 e 8 anos, cerceando sua 
liberdade pelo período de duas horas, causando-lhes extremo temor e traumas indeléveis. Durante o 
referido lapso temporal, os agentes vasculharam toda a casa e separaram alguns bens que a 
guarneciam (televisão, aparelho de som e alguns eletrodomésticos) para posterior subtração. 
Findo este prazo, levaram o casal à área externa da residência, com mãos e pés amarrados, os 
obrigaram a se ajoelhar no gramado e lhes desferiram dois tiros pelas costas, tendo as vítimas 
morrido instantaneamente. 
Do feito, Hercílio e Arnaldo restaram denunciados e condenados pelos delitos de latrocínio 
consumado (roubo seguido de morte – art. 157) em concurso formal de crimes. Inconformados com a 
decisão proferida interpuseram apelação criminal com vistas à reforma do julgado e consequente 
descaracterização da incidência do art.70, do Código Penal, sob o argumento de que apenas ocorrera 
uma subtração patrimonial e a morte de duas vítimas, o que configuraria crime único de latrocínio e 
não concurso formal impróprio. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema 
concurso de crimes responda de forma objetiva e fundamentada: a pretensão dos agentes é 
procedente? 
 
Desenvolvimento 02: 
Unidade de desígnios (são todos coautores) 
Os agentes alegaram que só ocorreu uma lesão a patrimônio e a morte de duas vítimas, o que 
configuraria crime único de latrocínio e não concurso formal impróprio. 
Porém, foi comprovado que os agentes não se voltaram apenas contra um patrimônio, mas que, ao 
contrário, os crimes resultaram de desígnios autônomos. Os agentes desejavam praticar mais de um 
latrocínio, tendo em cada um deles consciência e vontade , quando efetuaram disparos contra asvitimas. Os dois resultado mortes resultaram de designíos autônomos, ou seja, ainda que seja crime 
contra o patrimônio, qual o bem mais importante, a vida ou o patrimônio. Então houve uma 
pluralidade de vítimas. Concurso formal imperfeito. 
 
Sobre o tema, vide ementa de decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça 
utilizada para fins de elaboração do presente caso concreto, in verbis: 
 
INFORMATIVO 494. STJ. QUINTA TURMA. CONCURSO FORMAL. LATROCÍNIO. 
Na hipótese, os recorrentes, objetivando a reforma do julgado, sustentaram negativa de vigência ao 
art. 70 do CP, alegando a ocorrência de apenas uma subtração patrimonial e a morte de duas vítimas, 
o que configuraria crime único de latrocínio, e não concurso formal impróprio. 
Porém, foi comprovado que os agentes não se voltaram apenas contra um patrimônio, mas que, ao 
contrário, os crimes resultaram de desígnios autônomos. Daí, as instâncias a quo decidiram que os 
agentes desejavam praticar mais de um latrocínio, tendo em cada um deles consciência e vontade, 
quando efetuaram os disparos contra as vitimas. 
 
Comentários adicionais 
Desígnio autônomo é dolo – as penas são somadas 
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Todas a vez em que for vislumbrado um concurso formal perfeito - Unidade de desígnios – por 
exemplo no caso erro, em que a exasperação (o aumento) se torna mais gravosa do que o cúmulo (o 
aumento se torna mais gravoso do que a soma), utiliza-se o critério da soma (art. 70 CP), conhecido 
como concurso material benéfico. 
 
Não é qualquer dívida de valor – tem que se saber de onde veio essa dívida. 
Iptu não para transforma-se em divida de valor a ser executado pelo fisco. A pena de multa se não 
forma para vai virar uma pena de valor com respectiva execução fiscal da dívida. O sujeito não pagou 
a pena de multa e morreu. Essa dívida a ser executado pelo fisco será transmitida ao herdeiros? A 
dívida de valor oriunda de uma pena de multa não paga não será transferida aos herdeiros porque ela 
tem a natureza ainda de uma pena 
 
Questão n.2 
- Simplício ingressou em um ônibus linha Centro - Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de 
Janeiro com o dolo de subtrair pertences dos passageiros. Meia hora após o ingresso no ônibus 
sentou ao lado de um passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da mochila sem que 
ele percebesse (não usou violência nem grave ameaça – trata-se de um furto. Tanto furto como roubo 
o verbo é subtrair). Em seguida, com emprego de grave ameaça (roubo), atemorizou Abrilina e 
Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares (praticou uma conduta – Ele ameaçou e amedrontou 
ao mesmo tempo os dois – dois roubos). 
Ante o exposto, sendo certo que, no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, 
no caso de Abrilina e Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada 
concurso material e concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados 
em cada instituto e apresente o sistema aplicável ao caso concreto. 
 
Desenvolvimento: 
Não usou violência ou grave ameaça – cometeu um furto – o verbo é subtrair. 
Emprego de grave ameaça – roubo. Com uma conduta ele praticou dois crimes. 
 
No caso concreto, temos um furto e dois roubos. Em relação ao furto e os dois roubos – Primeiro ele 
praticou o furto e depois uma nova conduta - os roubos. Temos o concurso material de crime entre os 
furtos e os roubos. As penas serão somadas. 
Com relação aos dois roubos, quantas condutas ? Uma e dois resultados . Designíos autônomos? - 
Sim. Então concurso formal imperfeito, então os sistema de aplicação de pena é o sistema do cúmulo, 
porque se trata de desígnios autonomos. 
 
Simplício praticou dois delitos de roubo em concurso formal imperfeito de crimes (sistema do cúmulo) 
e em concurso material de crimes com o delito de furto, sendo, portanto, aplicável o sistema do 
cúmulo material de todas as penas. – No caso temos um concurso material dos furtos com o roubo e 
um concurso formal imperfeito entre os roubos. 
 
Sobre o tema, esclarece Luiz Regis Prado: [...] há concurso formal (ou ideal) quando o agente, 
mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos ou não, enquanto o 
concurso material ou real implica uma efetiva pluralidade de delitos imputáveis ao agente 
[...](PRADO, Luiz Regis. op.cit., pp.474/475). 
 
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Questão n.3 - (VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO. TIPO 1. BRANCO. QUESTÃO 61) 
Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. 
Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte (matou por um 
motivo torpe). Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo 
local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso 
qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como 
que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de 
reclusão, é correto afirmar que: 
 
a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade. 
b) o juiz deverá somar as penas. (x) 
c) é caso de concurso formal homogêneo. 
d) é caso de concurso formal impróprio. 
 
Comentário: Otelo matou por um motivo torpe. O juiz vai majorar o homicídio pelos 2 meses, 
somando 1/6 aos 12 anos ou melhor é somar? O que é melhor para o criminoso, 12 anos e dois meses 
ou 14 anos. Então estamos diante de um concurso material benéfico, art. 70, paragrafo único do CP. 
– O Juiz deverá somar as penas. 
 
Questão n.4 - Sobre os institutos do Concurso Material de Crimes, Concurso Formal de Crimes e 
Continuidade Delitiva, assinale a alternativa INCORRETA: 
 
a) No caso de crime continuado, o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria da ficção jurídica, 
segundo a qual a unidade delitiva caracteriza-se como criação da lei. (Correto) 
b) No caso de incidência de concurso formal de crimes se a pena cominada em decorrência do sistema 
de exasperação de penas for mais grave que a pena calculada pelo sistema do cúmulo material, será 
aplicada este. Tal situação denomina-se concurso material benéfico. (Correto) 
c) Os desígnios autônomos, característicos do concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se a 
delitos dolosos e culposos. (Errado) Só se aplica a delitos dolosos. 
d) No caso de conflito de leis penais no tempo não se aplica o princípio da irretroatividade da lei 
penal mais gravosa para as condutas praticadas em continuidade. (Correto) 
 
Comentário: 
Desígnio autônomo = Vontade. (dolo= vontade consciente de realizar a conduta do tipo). Dessa 
forma, desígnio autônomo só ocorre em crimes dolosos. Exemplo: O agente na intenção de cometer 
um crime depara com a vítima junta com outra pessoa, ele sabe se atirar, vai matar a vítima e sua 
companhia. Para ele, o importante é conseguir seu intento, mesmo que para isso envolva outra vítima 
no crime. 
 
DIREITO PENAL II - CCJ0032 – Título - SEMANA 3 
 
Questão n. 1) 
Adalto Cleto, Linaldo Reis e Ronaldo Mello, comerciantes de equipamentos de informática, 
foram denunciados pela suposta prática dos crimes de descaminho e associação criminosa em 
concurso material de crimes (art.334,§1º, “a” e “d” e art.288, caput, n.f. do art.69, todos do Código 
Penal), por terem sido flagrados transportando no carro do primeiro corréu peças de informática de 
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procedência estrangeira vindas do Paraguai desacompanhadas da documentação legal, bem como 
por, supostamente, tê-las introduzido clandestinamente no país. 
O flagrante delito foi convoladoem prisão preventiva sob o fundamento de que os corréus, 
caso soltos, incrementariam risco à ordem pública ou econômica e à conveniência da instrução 
criminal. 
Sendo certo que as penas máximas em abstrato alcançam, respectivamente, 4 (quatro) e 3 
(três) anos de reclusão e que, portanto, poderão vir a ser substituídas por penas restritivas de direitos 
consoante o disposto no art.44, do Código Penal caso os corréus sejam definitivamente condenados, 
na qualidade de advogado dos corréus, apresente a tese defensiva a ser sustentada em sede Habeas 
Corpus para fins da concessão da liberdade provisória ao respectivo Tribunal Regional Federal. 
 
Responda de forma objetiva e fundamentada de acordo com os princípios norteadores da 
pena criminal. 
 
 (Com base nos princípios estudados – a questão diz que se eles vierem a ser condenados, eles 
poderão vir a ter as suas penas privativas de liberdade substituída por restritiva de direito, ou seja, se 
vierem a ser definitivamente condenados, eles poderão não ficar presos, mas serem condenados a 
pagarem medidas alternativas. Por exemplo: prestação de serviço à comunidade. Entretanto foi 
decretada uma prisão processual para eles. Então o que está pedindo na questão é que seja 
fundamentado a liberação dos réus a partir dos princípios da pena. O que pode ser dito a partir dos 
princípios como justificativa para a não imposição de uma prisão processual. 
Argumentar com base no princípio da proporcionalidade. Se no final de tudo, se 
definitivamente condenados os réus poderão vir a não cumprirem uma pena privativa de liberdade, é 
razoável, é necessário, é adequado que na fase processual eles fiquem presos? Resposta: Não. 
Então qual o fundamento principiológico para pedir a libertação dos réus. – Esta prisão 
processual não é razoável, suficiente e adequada, pois estão sendo feridos os princípios: 1- Princípio 
de individualização da pena, vez que caso eles venham a ser condenados, podem ter suas penas 
substituídas. 2. Princípio da proporcionalidade das penas – no momento, uma prisão processual é 
inadequada e desnecessária. 
Pela proporcionalidade das penas. Se no caso concreto a suposta condenação a sanção 
imposta pode vir a não ser a pena privativa de liberdade, essa pena privativa de liberdade é menos 
gravosa do que a medida cautelar impostas, conclui-se que a medida cautelar imposta é desnecessária 
e inadequada. 
((Decisão do STJ)). Ilegalidade de prisão provisória quando representar medida mais severa 
do que a possível pena a ser aplicada. Princípio da proporcionalidade das penas: Não sendo razoável 
manter o acusado em regime mais rigoroso do que eventualmente lhe será imposto quando da 
condenação. 
Obs. Ver também decisão 182750 do STJ. 
 
Questão n. 2) 
- Com relação à Teoria da Sanção Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. O ordenamento penal vigente adotou o sistema progressivo de execução de pena, segundo o qual no 
curso cumprimento da pena preenchidos requisitos de natureza objetiva e subjetiva estabelecidos em 
lei, o condenado poderá progredir de um regime mais severo para outro menos severo de 
cumprimento de pena; todavia, é inadmissível o contrário ? a regressão de regimes de cumprimento 
de pena de um regime menos severo para outro mais severo de cumprimento de pena. 
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II. O réu primário e de bons antecedentes, condenado pela prática de crime hediondo praticado 
anteriormente à alteração da Lei de Crimes Hediondos (Lei n.8072/1990) pela Lei n. 11464/2007, 
cumprirá sua pena em regime integralmente fechado. 
III. O sistema penal brasileiro, consoante o disposto no art. 59, do Código Penal, em relação às 
funções e finalidades da pena, adotou a Teoria Mista ou Unitária, segundo a qual há a conciliação 
entre as finalidades de prevenção geral e especial e o caráter retributivo da pena. 
 
a) As assertivas I e II estão corretas. 
b) As assertivas I e III estão corretas. 
c) Somente a assertiva III está correta. 
d) As assertivas II e III estão corretas. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
 
Questão n. 3) Sentença penal condenatória determinou a aplicação da sanção de pena privativa de 
liberdade ao réu e a decretação do perdimento de bens que, nos termos da lei, acabaram por afetar 
seus familiares, exatamente no montante do patrimônio transferido pelo réu. Considerando essa 
situação hipotética e os princípios constitucionais que regem o Direito Penal, assinale a alternativa 
correta. (FUNIVERSA - 2013 - PM-DF). 
 
a) A imposição da pena privativa de liberdade ao réu e não a seus familiares, que não praticaram 
crime, corresponde à aplicação integral do princípio constitucional da individualização da pena. 
b) A imposição do perdimento de bens aos familiares do condenado acabou por não observar o 
princípio constitucional da personalidade ou responsabilidade pessoal. 
c) A extensão dos efeitos da condenação, com a decretação do perdimento de bens, afetando os 
familiares do condenado não poderia ocorrer, em virtude da necessidade de se observar o princípio 
constitucional da legalidade estrita. 
d) O fato de a pena privativa de liberdade ter atingido apenas a pessoa do condenado com extensão, 
aos familiares, da obrigação de reparar o dano, atende integralmente o que prescreve o princípio 
constitucional da personalidade ou responsabilidade pessoal. (x) 
e) O princípio da personalidade ou da responsabilidade pessoal é um princípio implícito na 
Constituição Federal vigente. 
 
Desenvolvimento 
Atende integralmente ao princípio constitucional com relação a responsabilidade penal. Não foi a 
pena privativa de liberdade substituída pela pena de perdimento de bens. A pena privativa de 
liberdade morre com o réu. O perdimento de bens é transferido no limite (obrigação de natureza civil) 
do espólio transferidos aos herdeiros. 
 
DIREITO PENAL II - CCJ0032 – Título - SEMANA 4 
 
Questão n.1) - Leia o caso concreto abaixo apresentado e responda, de forma objetiva e 
fundamentada, às questões formuladas com base nos estudos realizados sobre dosimetria de pena, 
maus antecedentes e reincidência. 
(ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB. XI EXAME DE ORDEM. PROVA PRÁTICO-
PROFISSIONAL. ÁREA: DIREITO PENAL) 
 
Página 8 de 37 
 
Ricardo cometeu um delito de roubo no dia 10/11/2007, pelo qual foi condenado no dia 29/08/2009, 
sendo certo que o trânsito em julgado definitivo de referida sentença apenas ocorreu em 15/05/2010. 
Ricardo também cometeu, no dia 10/09/2009, um delito de extorsão. A sentença condenatória relativa 
ao delito de extorsão foi prolatada em 18/10/2010, tendo transitado definitivamente em julgado no dia 
07/04/2011. Ricardo também praticou, no dia 12/03/2010, um delito de estelionato, tendo sido 
condenado em 
25/05/2011. Tal sentença apenas transitou em julgado no dia 27/07/2013. Nesse sentido, tendo por 
base apenas as informações contidas no enunciado, responda aos itens a seguir. 
 
A) O juiz, na sentença relativa ao crime de roubo, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus 
antecedentes? 
Gabarito comentado disponível em http://www.oabrj.org.br. 
Relativamente ao item ‘A’, percebe-se que Ricardo possui bons antecedentes. Eventual sentença 
condenatória ainda não transitada em julgado não tem o condão de implicar- lhe maus antecedentes, 
pois isso significaria acréscimo de tempo em sua pena e contrariaria, assim, o princípio do estado de 
inocência, constitucionalmente previsto. 
 
B) O juiz, na sentença relativa ao crime de extorsão, deve considerar Ricardo portador de bons ou 
maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda 
pode ser considerado réu primário?Gabarito comentado disponível em http://www.oabrj.org.br. 
Atendendo-se ao comando da questão, o examinando deve indicar que Ricardo é primário. Isso 
porque a extorsão foi cometida em 10/09/09, antes, portanto, do trânsito em julgado da sentença que o 
condenou pelo roubo (ocorrido em 15/05/2010), tal como manda o Art. 63 do CP. Não obstante a 
primariedade de Ricardo, ele é portador de maus antecedentes, pois na data da sentença relativa ao 
delito de extorsão (18/10/2010) já havia ocorrido o trânsito em julgado da sentença do crime de 
roubo. 
 
C) O juiz, na sentença relativa ao crime de estelionato, deve considerar Ricardo portador de bons ou 
maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda 
pode ser considerado réu primário? 
Por fim, em relação ao item ‘C’, o examinando deve indicar que ainda permanece a primariedade de 
Ricardo, pois o delito de estelionato foi cometido antes do trânsito em julgado de qualquer outro 
delito. Perceba-se que um indivíduo somente pode ser considerado reincidente se o crime pelo qual 
está sendo julgado tiver sido cometido após o trânsito em julgado de sentença que lhe haja condenado 
por delito anterior, nos termos do Art. 63, do CP. Todavia, Ricardo é portador de maus antecedentes, 
pois na data da sentença relativa ao estelionato já havia ocorrido o trânsito em julgado de duas 
outras sentenças condenatórias. 
Obs. O indivíduo somente poderá ser considerado reincidente se o crime pelo qual está julgado tiver 
sido cometido após o transito em julgado da sentença que lhe haja condenado pelo delito anterior. 
 
Questão n.2) 
Com relação à aplicação da pena, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: 
I. O sistema de aplicação de pena é composto por três fases: fixação da pena-base, análise das 
circunstâncias agravantes e atenuantes e, por fim, das causas de aumento e diminuição de pena. 
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II. Na fixação da pena-base o magistrado analisará as denominadas circunstâncias judiciais, 
previstas no art.59, do Código Penal, sendo possível sua fixação aquém do mínimo legal previsto na 
pena abstrata. 
III. Na segunda fase o magistrado analisará as circunstâncias legais, previstas tanto na parte geral, 
quanto na parte especial do Código Penal. 
IV. Através da interpretação do disposto no art.59, do Código Penal depreende-se o princípio da 
proporcionalidade das penas. 
 
a) somente as afirmativas I e II estão corretas. 
b) somente as afirmativas I e III estão corretas 
c) somente as afirmativas II e III estão corretas. 
d) somente as afirmativas I, III e IV estão correta X 
 
Obs. A pena será aplicada conforme seja necessária e suficiente para reprovação e prevenção dos 
crimes. 
 
Questão n.3) 
Consoante entendimento sumulado pelos Tribunais Superiores sobre o sistema trifásico de aplicação 
de penas, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: 
I. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena aquém do mínimo 
legal. 
II. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. 
III. É admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo em 
benefício dos corréus. 
IV. Fixada a pena-base no mínimo legal, é possível o estabelecimento de regime prisional mais 
gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base na opinião do julgador sobre 
gravidade abstrata do delito. 
a) somente as afirmativas I e II estão corretas. X 
b) somente as afirmativas I e III estão corretas 
c) somente as afirmativas II e III estão corretas. 
d) somente as afirmativas I, III e IV estão correta 
 
Desenvolvimento 
Vide entendimentos sumulados nos verbetes n.231, 440, 442 e 444, do Superior Tribunal de Justiça. 
Vide entendimentos sumulados nos verbetes n.231 e 444, do Superior Tribunal de Justiça. 
► Verbete n. 231. Circunstâncias Atenuantes - Redução da Pena - Mínimo Legal 
 A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo 
legal. 
► Verbete n. 444. 
Vedação - Utilização de Inquéritos Policiais e Ações Penais em Curso para Agravar a Pena-Base 
 É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. 
 
Caso concreto Semana 5 
 
Toni e Chris foram condenados como incursos nas sanções do artigo 121, caput, (réu Chris) e artigo 
121, § 2º, I, (réu Toni), na forma do artigo 29, todos do Código Penal. Chris foi condenada à pena de 
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07 (sete) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e Toni, à pena de 13 (treze) 
anos e 07 (sete) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado pela prática de 
homicídio qualificado pelo motivo torpe. 
 
Inconformados com a pena fixada pelo Conselho de Sentença interpõem recurso de apelação por 
intermédio de seus advogados com vistas à reforma da sentença e a realização de novo julgamento 
pelo Tribunal do Júri ou à readequação da pena imposta com base no art. 593, III, alíneas ?b?, ?c? e 
?d?, do Código de Processo Penal (fl. XX). 
Sustenta a defesa em suas razões em relação ao réu Toni (fl. XY) que houve equívoco do juízo no que 
tange à aplicação da pena, havendo erro e injustiça quando da fixação da reprimenda. 
 
Alega que a pena-base foi fixada acima do devido, sendo as circunstâncias e consequências normais e 
inerentes ao tipo penal, não se mostrando fatores a considerar para aumentar a pena-base. 
Acrescenta que a vítima contribuiu para a ocorrência do crime, devendo a pena-base ser fixada no 
mínimo legal. 
 
Aduz, com base no artigo 593, III, ?d?, do CPP, que a decisão dos jurados é manifestamente contrária 
à prova produzida nos autos, devendo ser realizado novo júri. 
 
Requer o provimento da apelação, para reconhecer que a decisão dos jurados é manifestamente 
contrária à prova dos autos (artigo 593, III, ?d?, do CPP) ou que seja provido o apelo, com base no 
artigo 593, III, ?a?, ?b? e ?c?, do CPP. 
Ante o exposto, responda às questões apresentadas de forma objetiva e fundamentada a partir dos 
estudos realizados sobre individualização de pena: 
 
a) A tese defensiva deve prosperar no que concerne à fixação da pena-base acima do mínimo legal? 
Resp. 
Sim, Pois o motivo torpe que já qualifica o homicídio não pode ser utilizado para agravar a pena 
base. A sentença dada deve prosperar, o juiz errou? O juiz errou em fixar a pena base acima do 
mínimo usando com circunstância a torpeza. Errou, então essa tese vai prosperar. Ele incidiu em in 
bis idem. Ele utilizou uma mesma circunstância que era o motivo torpe em mais de uma fase, ou seja, 
mais de uma vez 
 
O juiz. e o Juiz podia fixar a pena base usando a circunstância duas vezes se já qualificou? Não. 
utilizar a a circunstância duas vezes para majorar a pena não pode. 
Tony teve o homicídio qualificado pelo motivo torpe – CP 121, inciso I. O juiz, lá na pena base, 
primeira fase, - O que o juiz deve olhar na pena base: Deve olhar o 59. No 59 uma das circunstâncias 
judiciais - circunstâncias e consequências do crime. No caso, o Juiz pegou o motivo torpe e usou na 
pena base, ou seja, para majorar a pena base - fundamento que diante das circunstâncias e 
consequências do crime majora a pena base. Esse comportamento do Juiz está certo ou errado? Já 
não é uma qualificadora, pode ele usar na mesma fase de novo? Não, o Juiz não pode usar de novo. 
Acrescenta que a vítima contribuiu para a ocorrência do crime, devendo a pena básica ser fixada no 
mínimo legal. Comportamento da vítima: vide art. 59. Pode o juiz fixar a pena base aquém do 
mínimo? Não, o juiznão pode. Então está sustentando que seja fixada no mínimo. Ler o CPP - Aduz, 
com base no artigo 593, III, ?d?, do CPP, que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à 
prova produzida nos autos, devendo ser realizado novo júri. 
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b) A qualificadora motivo torpe, prevista no §2, inciso I do art.121, do Código Penal foi utilizada 
pelo magistrado em qual momento do sistema trifásico de aplicação de pena? 
Resp. 
Em nenhum momento. A qualificadora não pode ser utilizada em nenhuma das fases porque ela traz 
um tipo penal derivado, com uma nova pena abstrata. 
 
c) Diferencie qualificadora de causa aumento de pena. 
A qualificadora apresenta uma nova pena abstrata 
A causa de aumento- Expressamente a lei traz parâmetros para o aumento estabelecidos em regra por 
frações 
 
Descisão jurisprudência sobre o caso concreot. 
Vide ementa de decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul disparadora do caso 
concreto. 
 
Ementa: APELAÇÕES CRIME. CRIMES DOLOSOS E CULPOSOS CONTRA A PESSOA. 
HOMICÍDIO SIMPLES E HOMICÍDIO QUALIFICADO COMETIDOS EM CONCURSO DE 
PESSOAS (ARTIGO 121, CAPUT, E ARTIGO 121, § 2º, INCISO I, NA FORMA DO ARTIGO 29, 
TODOS DO CP). INCONFORMIDADES DEFENSIVAS. ARTIGO 593, III, ALÍNEAS "B", "C" E "D", 
DO CPP. PARCIAL PROVIMENTO DO APELO DE UM DOS RÉUS. PENA. CORREÇÃO. 
 
Não se vê contrariedade da sentença à lei ou à decisão dos jurados, não havendo razão para acolher 
as apelações defensivas com base no artigo 593, III, "b", do CPP. A decisão dos Jurados não pode ser 
considerada como manifestamente contrária à prova dos autos, encontrando amparo em segmento do 
conjunto probatório, tornando inviável a determinação de novo julgamento, ao contrário do que 
pedem as defesas dos réus. Os Jurados decidiram em conformidade com a tese acusatória, que 
encontra respaldo nas provas material e testemunhal colhidas. 
Da mesma forma, a qualificadora do motivo torpe também restou viabilizada probatoriamente, 
devendo ser mantida, sendo desprovidas as apelações interpostas com base no artigo 593, III, "d", do 
CPP. 
 
Quanto ao apenamento, para a fixação da pena-base de ambos os réus, foram devidamente 
considerados negativos os vetores circunstâncias e consequências, previstos no artigo 59, do CP. Os 
motivos não podem ser valorados negativamente no arbitramento da pena-base do réu Valdoir, 
sob pena de incorrer-se em bis in idem, 
 
uma vez que o motivo torpe já faz parte do tipo homicídio qualificado, previsto no artigo 121, § 2º, I, 
do CP, pelo qual o réu foi condenado, devendo ser reformada a sentença neste ponto , sendo reduzida, 
assim, a pena-base e, por via de consequência, a pena definitiva do réu, acolhida em parte a 
irresignação defensiva de Valdoir, sob o fundamento previsto no artigo 593, III, "c", do CPP. 
APELO DA RÉ SILVANA DESPROVIDO. APELAÇÃO DO RÉU VALDOIR PARCIALMENTE 
PROVIDA. (Apelação Crime Nº 70058616756, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: José Antônio Cidade Pitrez, Julgado em 10/07/2014) 
 
 
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CASO CONCRETO semana 06 
 
CASO CONCRETO 1 
Abelardo Rocha foi condenado pela prática de dois delitos de roubo majorado pelo concurso de 
pessoas e pelo emprego de arma de fogo em concurso material de crimes (art.157,§2º,I e II 2x n.f 
art.69, ambos do Código Penal) à pena unificada de 16 anos, 1 mês e seis dias de reclusão a ser 
cumprida em regime inicialmente fechado, tendo iniciado seu cumprimento em 12 de julho de 2007. 
Em 05 de maio de 2010, progrediu para o regime semi-aberto de cumprimento de pena e, em 14 de 
dezembro de 2012, preenchidos os requisitos para o progressão de regimes para o regime aberto teve, 
entretanto, determinado pelo Juízo das Execuções seu cumprimento em prisão domiciliar face à 
ausência de vagas em Casa de Albergado. Inconformado com a decisão, o membro do Ministério 
Público interpôs agravo em execução com vistas à cassação do “benefício”, o que foi provido pelo 
Tribunal de Justiça. Com base nos estudos realizados sobre os princípios informadores da Teoria da 
Pena, desenvolva de forma objetiva e fundamentada a tese defensiva a ser apresentada em sede de 
Habeas Corpus com vistas à manutenção do cumprimento de pena em prisão domiciliar. 
 
Se é concurso material, as penas foram somadas. Se o roubo é majorado – se estamos falando de 
concurso material. Significa que a regra foi aplicada na terceira fase. O juiz pode exasperar nos 
limites legais? Sim. Pode exasperar os limites legais. O crime de roubo é apenado com reclusão ou 
detenção? Resp. Reclusão. A pena definitiva, chamada no caso de pena unificada, foi de 16 anos, 1 
mês e 6 dias iniciados em julho de 2007. Vamos perguntar o seguinte: em 5 de maio de 2010 
progrediu para o regime semi-aberto – já cumpriu 1/6 da pena. Em 14 de dezembro de 2012 
preenchidos os requisitos para a progressão de regime para o aberto, teve entretanto determinado 
pelo juiz da execução sem cumprimento em prisão domiciliar, face a ausencia de vagas em casa de 
albergado. Então foi fixada a prisão domiciliar. 
Inconformado com a decisão, o membro do Ministério Público interpôs agravo em execução com 
vistas à cassação do “benefício”, o que foi provido pelo Tribunal de Justiça. 
A pergunta é o seguinte: Com base nos estudos realizados sobre os princípios informadores da Teoria 
da Pena, pergunta-se, ele a parte, interpôs HC com vistas à manutenção do cumprimento de pena em 
prisão domiciliar. O HC deve ser concedido ou não? O réu já progrediu pro aberto – deveria ficar em 
casa de albergado. Devido a falta de vaga, a casa do albergado foi substituida por prisão domiciliar, 
à noite e nos dias de folga. No demais dias ele trabalha e estuda. 
O MP diz, o seguinte, não tem vaga na casa do albergado, ele deve ficar no semi-aberto. Está certo a 
posição do MP? 
 
Qual deve ser a fundamentação? O problema é do estado, ele cumpriu sua pena de acordo com o que 
estabelece o Estado. O estado é que não tem o sistema. Não tem como lhe conferir a possibilidade de 
cumprimento do siteme no regime aberto. Dessa forma, deve ser analisado o princípio da dignidade 
humana, humanidade da penas, individualização das penas etc. 
 
STJ – Corroborando a manutenção da prisão domiciliar: 
“Se por culpa do Estado o condenado não vem cumprindo pena em estabelecimento prisional 
adequado ao regime fixado da decisão judicial, que no caso é, regime aberto, resta caracterizar 
constrangimento ilegal – nesse caso se o tribunal de justiça estadual mantivesse de fato o regime semi 
aberto – isto configuraria constrangimento ilegal. A superlotação e a precariedade do 
estabelecimento penal, é dizer: a ausência necessária ao cumprimento da pena em regime aberto 
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permite ao condenado a possibilidade de ser colocado em prisão domiciliar, até que o estado se 
estruture para resolver a pendência. Não pode o condenado ser sancionado por uma falha do Estado. 
Em homenagem aos princípios da dignidade da pessoa humana, da dignidade da pena e 
individuzalização da pena. Destarte, este tribunal consolidou entendimento que a ausência de vagas 
em estabelecimento adequado para o cumprimento da pena em regime aberto não justifica a 
permanência do condenado em condições prisionais mais severas. Afinal, a carência de vagas no 
sistema prisional é falha do sistema carcerário estatal. 
 
CASO CONCRETO 2 
Com relação a penas, assinale a opção correta.( CESPE - 2013 - TJ-PB - Juiz Leigo) 
 
a) São três as modalidades de penas privativas de liberdade: prisão simples, detenção e reclusão; as 
de reclusão devem ser cumpridas em regime fechado ou semiaberto, e as de detenção, em regime 
aberto.(E) Comentário: Com o advento da reforma do código a prisão simples só subsiste na lei de 
contravenções penais. Para o código penal, a prisão simples não tem incidência. As contravenções 
são infrações penais de menor potencial ofensivo – então são aplicadas medidas alternativas. Para o 
código penal em vigor – art. 33, as espécies de penas privativas de liberdade são: reclusão e 
detenção. Reclusão prevê inicialmente em regime fechado para o cumprimento da pena e a detenção o 
regime é o semi-aberto. 
 
b) De acordo com o CP, considera-se como regime fechado a execução da pena em estabelecimento 
de segurança máxima ou média; regime semiaberto, em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado; e regime aberto, a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou similar. (E) 
Comentário: Casa de albergado é para o regime aberto. Na questão está invertido a casa de 
albergado e regime aberto com a colônia agrícola, industrial ou similar. 
 
c) A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime constitui motivação idônea para a 
imposição de regime mais severo que o permitido conforme a pena aplicada. (E) 
Comentário: No caso, é justamente o inverso. Não é a fundamentação idônea. Exemplo: No roubo 
simples tentado que pode chegar a uma pena de 3 amos e meio a ser cumprindo inicialmente em 
regime aberto e não pode o magistrado fixar um regime mais gravoso como único fundamento pelo 
fato de ser um crime de roubo. 
 
d) Consideram-se absolutas as teorias que concebem a pena como um fim em si mesma, ou seja, como 
uma retribuição pela prática de um crime; consideram-se relativas as teorias utilitaristas, que 
concebem e justificam a pena enquanto meio para a realização do fim utilitário da prevenção de 
futuros delitos. (C) 
Comentário: Só para lembrar – Qual a teoria adotada pelo CP no art. 59. – A teoria mista ou 
unitária. Ou seja, tanto prevê prevenção quanto retribuição. No caso está falando das absolutas – o 
mau pelo mau e das utilitaristas. 
 
e) Segundo a teoria da prevenção geral negativa, a pena constitui um instrumento de infusão, na 
consciência geral, da necessidade de respeito a determinados valores, como forma de exercício da 
fidelidade ao direito e promoção da integração social. 
Comentário: é o inverso. (E) 
 
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Questão 03: 
Sobre as espécies de regimes prisionais, é correto afirmar que o condenado: 
 
a) reincidente ou não, condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão deverá, obrigatoriamente, 
iniciar o seu cumprimento de pena em regime fechado. 
b) não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o 
princípio, cumpri-la em regime semi-aberto. (X) 
c) reincidente condenado à pena de reclusão de 4 (quatro) anos jamais poderá iniciar o seu 
cumprimento de pena em regime semi-aberto. 
d) nos casos de aplicação de medida de segurança, a reclusão pode acarretar a adoção de 
tratamento ambulatorial, já a detenção, a internação.(Comentário: está invertido). 
 
DIREITO PENAL II - CCJ0032 – Título - SEMANA 7 
 
Questão n. 1) 
(ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. OAB. XI EXAME DE ORDEM. PROVA PRÁTICO-
PROFISSIONAL APLICADA EM 6/10/2013 ÁREA: DIREITO PENAL. MODIFICADA). 
 
O Juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca “Y” converteu a medida restritiva de direitos 
(que fora imposta em substituição à pena privativa de liberdade) em cumprimento de pena privativa 
de liberdade imposta no regime inicial aberto, sem fixar quaisquer outras condições. 
O Ministério Público, inconformado, interpôs recurso alegando, em síntese, que a decisão do referido 
Juiz da Vara de Execuções Penais acarretava o abrandamento da pena, estimulando o 
descumprimento das penas alternativas ao cárcere. O recurso, devidamente contra-arrazoado, foi 
submetido a julgamento pela Corte Estadual, a qual, de forma unânime, resolveu lhe dar provimento. 
A referida Corte fixou como condição especial ao cumprimento de pena no regime aberto, com base 
no Art. 115 da LEP, a prestação de serviços à comunidade, o que deveria perdurar por todo o tempo 
da pena a ser cumprida no regime menos gravoso. Atento ao caso narrado e considerando apenas os 
dados contidos no enunciado, responda: 
Está correta a decisão da Corte Estadual, levando-se em conta entendimento jurisprudencial 
sumulado? 
Responda de forma objetiva e fundamentada com base nos estudos realizados sobre as penas 
substitutivas à pena privativa de liberdade. 
[...] Não, pois de acordo com o verbete 493 da Súmula do STJ, é inadmissível a fixação de pena 
substitutiva (Art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto. 
 
Ademais, embora ao Juiz seja lícito estabelecer condições especiais para a concessão do regime 
aberto, em complementação daquelas previstas na LEP (Art. 115 da LEP), não poderá dotar a esse 
título nenhum efeito já classificado como pena substitutiva (Art. 44 do CPB), porque aí ocorreria o 
indesejável bis in idem, importando na aplicação de dúplice sanção. 
 
Questão n. 2) 
No tocante às penas restritivas de direitos, (FCC - 2014 - TJ-CE –Juiz) 
a) há conversão em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da 
restrição imposta, sem dedução do tempo cumprido da sanção substitutiva. 
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b) é possível a imposição de interdição temporária de direitos consistente em proibição de inscrever-
se em concurso, avaliação ou exame públicos. X 
c) é admissível a fixação de pena substitutiva como condição especial ao regime aberto, conforme 
entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. 
d) é obrigatória a conversão, se sobrevier condenação à pena privativa de liberdade. 
e) a perda de bens e valores pertencentes ao condenado dar-se-á, preferencialmente, em favor da 
vítima ou de seus sucessores. 
 
Questão n.3) 
Com relação às medidas alternativas e substitutivas à pena privativa de liberdade, analise as 
afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: 
I. As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são autônomas e sua aplicação atende aos 
requisitos previstos no art.44, do Código Penal. 
II. As medidas alternativas à pena privativa de liberdade são autônomas e sua aplicação atende aos 
requisitos previstos no art.44, do Código Penal. 
III. Caso a pena substitutiva à pena privativa de liberdade imposta seja injustificadamente 
descumprida ocorrerá sua conversão em pena privativa de liberdade 
IV. As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são aferidas através da pena abstrata, sendo 
irrelevante para a sua aplicação o quantum de fixação da pena concreta, já individualizada. 
 
a) somente as afirmativas I e II estão corretas. 
b) somente as afirmativas I e III estão corretas X 
c) somente as afirmativas II e III estão corretas. 
d) somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
 
DIREITO PENAL II - CCJ0032 – Título - SEMANA 8 - Revisão 
 
1) Sobre o concurso material de crimes, assinale a assertiva correta: (Exame de Ordem – 1ª Fase. 
OAB/RS.2007) 
a) Trata-se da hipótese em que o agente, por meio de um único golpe, atinge a integridade física de 
várias pessoas, querendo os resultados diversos. 
b) Trata-se da hipótese em que o agente coloca uma bomba em um avião para matar apenas um 
passageiro e, quando a aeronave está ar, detona-a, matando todos os que estavam a bordo. 
c) Trata-se da hipótese em que o agente dispara dois tiros, que atingem pessoas diferentes, querendo 
ambos os resultados. (X) 
d) Trata-se da hipótese em que o agente pratica diversas ações (e, por conseguinte, vários tipos) nas 
mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes, perfazendo, pelo seu 
conjunto, um único crime.Comentários: 
a) Único golpe = única conduta 
b) O agente praticou uma só conduta. Concurso formal imperfeito, mas ele pretendia matar uma 
pessoa. Mas ele sabia que se colocasse uma bomba no avia, não ia matar apenas uma pessoa. 
Desígnios autônomos. 
c) Temos duas condutas com dois resultados. No caso temos vítimas diferentes. Pluralidade de 
conduta com pluralidade de resultados. As penas serão somadas. 
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d) Continuidade delitiva. 
 
2) Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. 
No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. 
Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, 
deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime 
de: (Promotor de Justiça/ PE) 
a) furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material. (X) 
b) roubo impróprio. 
c) roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves. 
d) furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação. 
e) roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material. 
Cometário: 
a) Furto – 155. Duas condutas, dois crimes. Furto consumado foi em um dia e a lesão corporal no 
outro. 
b) Roubo impróprio. O agente inicialmente está praticando roubo (a coisa alheia móvel) e para 
segurar a posse após ter retirado o bem do titular ele emprega a violência ou a grave ameaça 
para segurá-lo. Pode ser analisado como um furto que deu errado. 
 
3) Segundo o Código Penal (CP) brasileiro, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de 
execução, o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, ele deve 
responder como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a 
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase). 
a) concurso material. 
b) concurso formal. (X) 
c) crime continuado. 
d) crime habitual. 
Comentário: Ver art. 73 do CP. A agente praticou uma conduta com dois resultados. – Concurso 
formal de crimes. 
 
4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância do local. Invadiu 
cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de chaves falsas. De cada uma das lojas, 
subtraiu inúmeras peças de roupas. Após a ação, deixou o local e foi preso passada meia hora, 
abordado por policiais militares que estranharam o volume de pacotes que carregava. João foi 
denunciado e condenado por cinco furtos qualificados. Na fixação da pena, o Juiz deve considerar 
as condutas como praticadas: 
a) em concurso formal. 
b) como crime continuado. (X) 
c) como crime único. 
d) em concurso material. 
 
Comentário: 5 condutas. Na fixação das penas, o cúmulo vai somar as penas. No caso não temos 
concurso formal. O juiz vai cumular se concurso material? Ou o juiz vai considerar se ocorreu crime 
continuado? No caso tivemos varias condutas e vários crimes da mesma espécie etc, então se trata de 
continuidade delitiva. No caso não teve violência e nem grave ameaça. Genérico. 
 
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5)Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF: (136° Exame OAB/SP, 
1ª Fase). 
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, 
resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. 
b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis ao 
acusado. 
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles 
executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido. 
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como 
as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis. 
 
6) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar a pena de multa que 
lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá:(Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008): 
a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade. 
b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a consequente execução fiscal. 
c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos. 
d) Ter o valor da pena de multa aumentado 
 
7) Sobre a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, assinale a alternativa 
INCORRETA: (132° Exame OAB/SP– 1ª Fase). 
a) Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. 
b) Deve ser aplicada nas condenações acima de 01 (um) mês e até 02 (dois) anos de privação de 
liberdade. 
c) Dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos 
congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
d) Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva 
em menor tempo, nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
 
8) Sobre a aplicação da pena (CP, art. 59 a 76), assinale a alternativa INCORRETA: (Juiz de 
Direito/PR) 
a) no concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na Parte Especial do Código Penal, 
o juiz deve levar em consideração todos os aumentos e/ou diminuições, não podendo limitar-se à 
causa que mais aumente ou diminua a pena. (X) 
b) segundo o entendimento majoritário, inclusive sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, a 
incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 
c)verifica-se a circunstância agravante da reincidência quando o agente comete novo crime, mesmo 
que a condenação anterior já transitada em julgado seja no estrangeiro. 
d)o rol das circunstâncias atenuantes não é taxativo, eis que o Código Penal expressamente admite 
outras hipóteses, mesmo que não previstas em lei. 
 
Comentários:. 
a) Deveria ser: o juiz deve levar em consideração somente as causas que mais aumenta ou diminui... 
b) Sumula 231 STJ 
c) Reincidência agravante se aplica na 2ª fase. Art. 63 
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d) Taxativo é o rol de agravantes. As atenuantes podem não estar prevista no CP, ou seja, 
circunstâncias inominadas, circunstâncias não previstas em lei, mas que podem vir a serem utilizadas 
pela Juiz. 
 
9) Com relação à aplicação da Pena é CORRETO afirmar que: (Juiz de Direito/ MG) 
a) se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena deve ser fixada no mínimo legal. 
b) as circunstâncias atenuantes e agravantes devem ser levadas em consideração na fixação da pena-
base. 
c) a circunstância atenuante pode reduzir a pena aquém do mínimo legal, assim como a agravante 
pode aumentá-la além do máximo cominado. 
d) é possível considerar as circunstâncias que qualificam o homicídio com as que o tornam 
privilegiado, desde que sejam aquelas de natureza objetiva. (X) 
 
Comentários 
a) não necessariamente. Deve ser analisado todas as circunstâncias. A afirmativa está incompleta. 
b) na 2ª fase. 
c) ver sumula 231 STJ. O juiz está adstrito aos limites legais. 
d) Em concurso de pessoas as circunstâncias podem ser de natureza subjetiva se elas forem afeta ao 
motivo ao motivo determinante do crime ou circunstâncias pessoais do agente. E elas serão objetivas 
se elas disserem respeito aos meios de execução. Ex; O sujeito que mata o estuprador da filha. O 
motivo determinante para a prática do crime é um motivo de relevante valor moral. Então o motivo 
determinante desse crime, o torna um crime privilegiado, art. 121. Como se vê, o motivo determinanteé uma circunstância subjetiva. No entanto ele comete o crime mediante asfixia. Asfixia conforme CP 
está no rol de meio cruel. É uma circunstância que está relacionada aos meios de execução, então é 
uma circunstância objetiva. 
 
Então eu posso ter a qualificadora, circunstância que o tipificam como privilegiado e como 
qualificado? Pode. Porque uma circunstância é um privilégio subjetivo – sempre. E a qualificadora 
deste caso deve ser a objetiva. 
Agora pode haver um homicídio privilegiado e também qualificado se ele também for torpe? Ou seja, 
ele pode ser ao mesmo tempo por relevante valor moral e por motivo torpe? Não. Esse tipo de 
homicídio nós chamamos de qualificado privilegiado (penal III) 
 
10) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena 
privativa de liberdade quando: 
a) A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime 
for culposo. 
b) O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja 
socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo 
crime. 
c) A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa de liberdade por 
prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos. 
d) A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma 
pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos. 
 
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11) Assinale a alternativa correta: (UFPR - 2013 - TJ-PR - Juiz) 
a) É admissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime 
aberto. 
b) É vedada a utilização de inquéritos policiais para agravar a penabase, sendo permitida, entretanto, 
a utilização das ações penais em curso. 
c) É admissível a chamada progressão por salto de regime prisional. 
d) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 
11.464/2007, sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a 
progressão de regime prisional. 
 
12) Fulgêncio, com animus necandi, coloca na xícara de chá servida a Arnaldo certa dose de veneno. 
Batista, igualmente interessado na morte de Arnaldo, desconhecendo a ação de Fulgêncio, também 
coloca uma dose de veneno na mesma xícara. Arnaldo vem a falecer pelo efeito combinado das duas 
doses de veneno ingeridas, pois cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a 
morte, segundo a conclusão da perícia. Fulgêncio e Batista agiram individualmente, cada um 
desconhecendo o plano do outro. 
Pergunta-se:( Juiz de Direito – MG). 
a) Fulgêncio e Batista respondem por tentativa de homicídio doloso qualificado. (X) 
b) Fulgêncio e Batista respondem, cada um, por homicídio culposo. 
c) Fulgêncio e Batista respondem por lesão corporal seguida de morte. 
d) Fulgêncio e Batista respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. 
 
Requisitos para o concurso de pessoas: Pluralidade de agentes. Liame subjetivo: um tem que saber da 
vontade do outro. Relevância causal ou nexo entre as condutas. Unidade de infrações – Os agentes 
querem praticar o mesmo delito. 
Nem toda autoria colateral pode ser incerta. A necropsia poderia no caso identificar. Agora, toda 
coautoria incerta (quando não é possível identificar o autor) é colateral. 
No caso temo coautorial colateral incerta. 
 
13) Cleomar e Ricardo acordaram previamente a prática de um roubo contra um taxista, tendo 
simulado o interesse em fazer uma corrida, e já no veículo o primeiro anunciou o assalto empunhando 
um estilete, quando a vítima entregou a carteira com dinheiro e documentos pessoais a Ricardo. Este 
saiu correndo e Cleomar permaneceu no veículo por mais alguns instantes, momento em que com 
estocadas feriu gravemente a vítima a qual veio a falecer. Os dois foram denunciados pelo crime de 
latrocínio. De acordo com a legislação penal vigente, é correto afirmar que: (Defensor Público – 
RN). 
 
a) Ricardo será punido pelo crime de latrocínio, pois a morte do taxista era resultado previsível da 
ação; 
b) comprovado que Ricardo quis participar do roubo na sua forma simples, o juiz poderá reduzir a 
pena do latrocínio até a metade; 
c) Ricardo, comprovado que desejou participar apenas do crime de roubo, mas sendo previsível o 
resultado, será condenado na pena do roubo na forma simples, a qual poderá ser aumentada até a 
metade. (X) Art. 29 
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d) Ricardo deverá ser punido pelo crime de latrocínio, tendo em vista que, considerando a relação 
natural entre o acordo para o roubo e a morte da vítima, independe se houve ou não prévio acordo 
sobre este último resultado. 
 
Comentário: Se ele tinham combinado previamente, não importa qual dos dois está segurando o 
estilete. Quem ficou e matou tinha acordado com quem saiu correndo. Art 29 CP. Ricardo não quis 
concorrer com o latrocínio, no entanto era previsível que o mesmo poderia ocorrer. Então ele vai ser 
responsabilizado pelo roubo com sua pena aumentada de até metade, por força da morte praticada 
por Cleomar. 
 
Se fosse um furto, no qual os meliantes conseguissem subtrair alguns bens que estivesse no taxi e Se 
Ricardo não tivesse conhecimento da faca com a qual Cleomar matou a vítima, ele seria 
responsabilizado somente pelo furto, com nenhuma causa de aumento, pois não existia acordo para o 
assassinado da vítima. 
 
14) Assinale a opção correta acerca da ação penal.(136° Exame OAB/SP – Cespe/UnB) 
a) Se, em qualquer fase do processo, o juiz reconhecer extinta a punibilidade, deverá aguardar o 
requerimento do MP, do querelante ou do réu, apontando a causa de extinção da punibilidade, para 
poder declará-la. 
b) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, não se estende 
aos demais agentes. 
c) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela 
sua indivisibilidade. 
d) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, inclusive ao querelado que o 
recusar. 
 
15) No crime de corrupção ativa, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público Juiz de 
Direito – AL – 2007) 
a) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular. 
b) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular. 
c) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconheça a condição 
daquele. 
d) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele. 
e) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente particular. 
 
Caso concreto 09 Descrição 
 
Questão n.1) (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. PROVA PRÁTICOPROFISSIONAL 
– DIREITO PENAL. QUESTÃO N.2. MODIFICADA). 
Joaquina, ao chegar à casa de sua filha, Esmeralda, deparou-se com seu genro, Adaílton, 
mantendo relações sexuais com sua neta, a menor F.M., de 12 anos de idade, fato ocorrido no dia 2 de 
janeiro de 2011. Transtornada com a situação, Joaquina foi à delegacia de polícia, onde registrou 
ocorrência do fato criminoso. Ao término do Inquérito Policial instaurado para apurar os fatos 
narrados, descobriu-se que Adaílton vinha mantendo relações sexuais com a referida menor desde 
novembro de 2010. Apurou-se, ainda, que Esmeralda, mãe de F.M., sabia de toda a situação e, apesar 
de ficar enojada, não comunicava o fato à polícia com receio de perder o marido que muito amava. 
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A partir da premissa de que Adaílton praticou o delito deestupro de vulnerável majorado pelo 
fato dele ser padrasto de F.M (art.217-A c.c. art. 226, II, ambos do Código Penal), responda de forma 
objetiva e fundamentada, com base nos estudados realizados, às questões propostas: 
 
a) Esmeralda praticou crime? Em caso afirmativo, qual? 
Resposta: Sim, pois Esmeralda era agente garantidora do menor, portanto tinha obrigação de impedir 
o resultado. Cometeu o crime comissivo por omissão. 
 
b) Considerando que o Inquérito Policial já foi finalizado, deve a avó da menor oferecer queixa-
crime? 
Resposta: Não, pois se trata de ação pública incondicional, portanto cabe ao ministério público 
oferecer a denúncia. 
 
Questão n.2) 
Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o Ministério Público, após 
ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. 
O professor estava explicando ao aluno o princípio da: (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 
01 – BRANCA) 
a) indivisibilidade. 
b) obrigatoriedade. 
c) indisponibilidade. X 
d) intranscedência. 
 
Questão n.3) 
Fernanda, durante uma discussão com seu marido Renato, levou vários socos e chutes. 
Inconformada com a agressão, dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima e narrou todo o 
ocorrido. Após a realização do exame de corpo de delito, foi constatada a prática de lesão corporal 
leve por parte de Renato. O Delegado de Polícia registrou a ocorrência e requereu as medidas 
cautelares constantes no Artigo 23 da Lei nº 11.340/2006. Após alguns dias e com objetivo de 
reconciliação com o marido, Fernanda foi novamente à Delegacia de Polícia requerendo a cessação 
das investigações para que não fosse ajuizada a ação penal respectiva. 
Diante do caso narrado, de acordo com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal, 
assinale a afirmativa correta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA) 
 
a) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é condicionada 
à representação. Desta forma, é possível a sua retratação, pois não houve o oferecimento da 
denúncia. 
 
b) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública 
incondicionada, sendo impossível interromper as investigações e obstar o prosseguimento da ação 
penal.X 
 
c) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública 
incondicionada, mas é possível a retratação da representação antes do oferecimento da denúncia. 
 
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d) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública 
condicionada à representação, mas como os fatos já foram levados ao conhecimento da autoridade 
policial será impossível impedir o prosseguimento das investigações e o ajuizamento da ação pena. 
 
Caso concreto 10 Descrição 
 
Questão n.1) 
Cleyton Neves foi condenado à pena de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses de reclusão a ser 
cumprida em regime inicialmente fechado pelo tráfico de 73 g de maconha, 23 g de cocaína e 7 g de 
crack, tendo sua conduta prevista no art.33, caput, da lei n.11343/2006, crime equiparado a hediondo. 
Inconformado com a decisão interpôs recurso de apelação com vistas à substituição da privativa de 
liberdade por restritiva de direitos e a fixação de regime menos gravoso, o que foi negado pelo 
Tribunal de Justiça Estadual. 
Cleyton Neves, então, interpôs habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça com vistas à 
substituição da privativa de liberdade por restritiva de direitos e sucessivamente, a concessão da 
suspensão condicional da execução da pena imposta. 
A Corte superior negou a ordem em relação à substituição de penas, pois entendeu que o 
paciente não atendia aos requisitos subjetivos estabelecidos pelo art.44, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e 
fundamentada sobre a possibilidade da concessão do sursis pela Corte. 
 
Respostas: 
Não cabe PRD ou SURSIS (pena de 12 anos) conforme Art 77 do CPB. 
** São os seguintes os requisitos para a substituição de PPL em PRD (segundo o art. 44 do Código 
Penal): 
a) pena privativa de liberdade aplicada não superior a 4 anos (no caso de crime doloso) e o crime 
cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; 
 
b) não há limite de pena se o crime é culposo; 
 
c) não reincidência em crime doloso, salvo o disposto no § 3º (caso o condenado seja reincidente, 
poderá haver substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente 
recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime); 
 
d) culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do condenado, motivos e 
circunstâncias indicarem que a substituição é suficiente. 
 
** SURSIS é o mesmo que suspensão condicional da execução da pena é o instituto que permite ao 
juiz, em vez de ordenar ao condenado o cumprimento de pena de pequena duração, suspendê-la por 
período, chamado período de prova. 
 
Aplica-se à execução da pena privativa de liberdade, não superior a dois anos, podendo ser suspensa, 
por dois a quatro anos, desde que: o condenado não seja reincidente em crime doloso; a 
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as 
circunstâncias autorizem a concessão do benefício; não seja indicada ou cabível a substituição por 
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penas restritivas de direitos. Veja Arts. 77 a 82 do Código Penal e Arts. 156 a 163 da Lei de Execução 
Penal. 
 
Questão n.2) 
A respeito do benefício da suspensão condicional da execução da pena, assinale a afirmativa 
incorreta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 –BRANCA) 
 
a) Não exige que o crime praticado tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. 
b) Não pode ser concedido ao reincidente em crime doloso, exceto se a condenação anterior foi a 
pena de multa. 
c) Somente pode ser concedido se não for indicada ou se for incabível a substituição da pena privativa 
de liberdade por pena restritiva de direitos. 
d) Sobrevindo, durante o período de prova, condenação irrecorrível por crime doloso, o benefício 
será revogado, mas tal período será computado para efeitos de detração. X 
 
Questão n.3) 
Com relação aos institutos da suspensão condicional da execução da pena (sursis) e livramento 
condicional, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão da suspensão condicional da pena. 
b) É admissível a suspensão condicional da pena, mesmo em se tratando de condenado reincidente em 
crime culposo. 
c) É vedado ao juiz especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão da pena, além 
daquelas previstas no Código Penal. 
d) Uma das diferenças entre a suspensão condicional da pena e o livramento condicional refere-se ao 
período de prova, que para a primeira dura de dois a quatro ou de quatro a seis anos, enquanto que 
para o segundo corresponde ao restante da pena a ser cumprida. 
 
Caso concreto 11 Descrição 
 
Questão n.1) 
Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no art. 217-A c.c art. 225, 
parágrafo único, ambos do Código Penal, foi absolvido impropriamente, tendo sido imposta 
consectária medida de segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de 
Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso de apelação e, nas suas 
razões, alegou que a medida de internação aplicada não obedecia à necessária individualização da 
pena, bem como ressaltou que o réu ficaria afastado de sua família, o que prejudicaria sua 
recuperação, razãopela qual postulou a aplicação de tratamento ambulatorial ao acusado e fixação 
de tempo mínimo para a aplicação da medida de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos 
realizados sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser provido. 
 
Resposta: 
Não, porque conforme art. 97 do CP em crime punido com Pena de Redução como é o caso de estupro 
de vulnerável, a medida de Segurança apropriada é de internação. 
Questão n. 
 
Questão n.2) 
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Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser 
cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas sanções do art.121§2º incisos II e III, do 
Código ? homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de 
dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de 
liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é 
correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente 
averiguada: 
 
a) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença 
penal. 
b) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença 
penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal 
reclusiva. 
c) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e 
terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena privativa de liberdade, 
ou seja, o período residual desta. X 
d) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, 
independentemente do período residual desta. 
 
Questão n.3) 
(DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar: 
a) nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro deve fixar o quantum da pena 
privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só 
pode ser de tratamento ambulatorial. 
b) nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz 
determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 
c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, 
sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança, 
que deverá ser cumprida no próprio presídio. 
d) o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena 
privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, 
após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de 
segurança. 
 
Caso concreto 12 Descrição 
 
Questão n. 1) 
Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após ter sido demitida, e, nervosa, 
agrida, injustificada e intencionalmente, seu filho de dois anos de idade, causando - lhe lesões 
corporais de natureza leve. Nessa situação hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida 
agressão após o devido processo legal, a decretação de sua incapacidade para o exercício do poder 
familiar, nos termos do Código Penal, poderá incidir como efeito da condenação? CESPE - 2013 - 
Polícia Federal - Delegado de Polícia. MODIFICADA.). 
 
Resposta: 
O crime em tese praticado pela mãe seria de violência doméstica, nos termos do art. 129 do CP. 
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§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com 
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
Percebe-se que o crime é punido com pena de detenção. 
Para que seja possível a manifestação do perdimento do pátrio poder, como efeito ou causa extra 
penal da sentença condenatória, seria necessário que fosse praticado crime doloso punido com pena 
de reclusão, conforme estabelece o art. 92, II do CP. 
Art. 92 - São também efeitos da condenação: 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à 
pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; 
 
Questão n. 2) 
No que diz respeito à reabilitação, é correto afirmar que: (FCC – 2010 - TRE-AM - Analista 
Judiciário - Área Judiciária) 
a) se o condenado for reincidente, somente poderá ser requerida decorridos 5 (cinco) anos do dia em 
que for extinta a pena ou encerrar a sua execução. 
b) é admissível no caso de ter sido decretada a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão 
punitiva. 
c) será revogada caso o reabilitado seja condenado, por sentença definitiva, a pena que não seja 
restritiva de direitos. 
d) faz com que fiquem suspensos condicionalmente alguns efeitos penais da condenação e, se 
revogada, ficam eles restabelecidos. X 
e) um dos requisitos para a sua concessão é não ter o condenado, nos últimos dois anos, mudado de 
domicílio sem comunicar o Juízo. 
 
Questão n. 3) 
Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação. (CESPE – 2007 - TJ-TO - Juiz). 
a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que tenha sido 
reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal. Considere, ainda, que, após 
a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez, de estupro. Nessa situação, o juiz, ao 
proferir sentença condenatória contra Marcelo pela prática do crime de estupro, não poderá 
considerá-lo reincidente por causa do furto qualificado anteriormente praticado. 
b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a análise de 
ressarcimento do dano causado pelo crime. 
c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação. 
d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a reabilitação não será revogada. 
 
Caso concreto 13 Descrição 
 
Questão n.1) 
Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de Minas Gerais, há alguns 
anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada noite, enquanto retornava de sua clínica veterinária, 
o casal foi abordado por uma jovem desconhecida, aparentando não mais que vinte anos e que, aos 
prantos colocou um bebê recém-nascido no colo de Maria Victória e saiu correndo. Carlos Alberto 
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ainda tentou alcançá-la, bem como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la. Passado 
um mês com o bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e Carlos Alberto decidiram por 
“adotá-lo” e, para tanto, o registraram como seu filho – Carlos Alberto V. Júnior. 
Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex Sandro, caminhoneiro, que se 
apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta Alex Sandro ter conhecido Lynildes, mãe biológica de 
Júnior, em uma cidade próxima durante uma festa na qual se apaixonaram, mas que, infelizmente, 
Lynildes desaparecera e nada contara sobre a gravidez, descoberta por ele há pouco mais de dois 
meses e que, portanto, lutaria pelo reconhecimento de Júnior como seu filho e não de Maria Victória e 
Carlos Alberto. 
A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta prática dos delitos de parto 
suposto e registro de filho alheio como próprio, previstos no art. 242, caput, do Código Penal, com 
base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o casal sustentar em tese defensiva a 
ocorrência de alguma causa extintiva de punibilidade? 
Responda de forma objetiva e fundamentada.

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