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NTD 08 Critérios de Projetos de Redes de Distribuição Aéreas Urbanas Classes 15 e 36,2 KV

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NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO
CRITÉRIOS DE PROJETOS DE REDES DE 
DISTRIBUIÇÃO AÉREAS URBANAS 
 
- CLASSES 15 e 36,2 kV - 
NTD-08 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 1 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
Í N D I C E 
 
SEÇÃO TÍTULO PÁGINA 
1. INTRODUÇÃO 05
2. OBJETIVO 06
3. CAMPO DE APLICAÇÃO 07
4. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 08
5. CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO 10
5.1. Regulamentação 10
5.2 Tensão de Atendimento 10
5.3. Limites de Fornecimento 10
6. REQUISITOS MÍNIMOS PARA REQUERIMENTO E ACEITAÇÃO DO 
PROJETO 11
6.1. Consulta Prévia 11
7. TIPOS DE OBRA 11
7.1. Projeto de Rede Nova 11
7.2 Projeto de Reforma de Rede 11
7.3 Projeto de Extensão de Rede 11
8. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 12
8.1. Obtenção de Dados Preliminares 12
8.1.1. Características do Projeto 12
8.1.2. Planejamento Básico 12
8.1.3. Planos e Projetos Existentes 12
8.1.4. Mapas e Plantas 12
8.1.4.1. Plantas Básicas 12
8.2. Obtenção dos Dados de Carga 14
8.2.1. Levantamento de Carga 14
8.2.1.1. Projeto de Reforma de Rede 14
8.2.1.2. Projeto de Extensão de Rede 15
8.2.1.3. Projeto de Rede Nova 17
8.2.2. Determinação de Demanda 17
8.2.2.1. Projeto de Reforma de Rede 17
8.2.2.2. Projeto de Extensão de Rede 21
8.2.2.3. Projeto de Rede Nova 24
8.3. Locação dos Postes 24
8.3.1. Marcação 24
8.3.2. Generalidades 24
8.3.3. Postes Básicos 27
8.3.4. Afastamento da Rede 27
8.4. Dimensionamento Elétrico 27
8.4.1. Rede Primária 27
8.4.1.1. Número de Condutores de AT 27
8.4.1.2. Níveis de Tensão Primária 28
8.4.1.3. Condutores de AT 28
8.4.1.4. Perfil de Tensão 28
8.4.1.5. Configuração Básica da Rede Primária 28
8.4.1.6. Traçado da Rede 30
8.4.1.7. Dimensionamento de Condutores de AT 30
8.4.2. Rede Secundária 32
8.4.2.1. Transformadores de Distribuição 32
8.4.2.2. Níveis de Tensão Secundária 32
8.4.2.3. Configuração da Rede Secundária 33
8.4.2.4. Dimensionamento de Condutores de BT 34
8.4.3. Proteção e Seccionamento 38
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 2 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
SEÇÃO TÍTULO PÁGINA 
8.4.3.1. Proteção Contra Sobrecorrente 38
8.4.4. Proteção Contra Sobretensão 40
8.4.4.1. Localização do Pára-Raios 41
8.4.4.2. Critérios para Seleção do Pára-Raios 41
8.4.5. Aterramento 41
8.4.6. Seccionamento e Manobra 41
8.4.6.1. Localização dos Equipamentos de Seccionamento 42
8.4.6.2. Critérios para Seleção dos Equipamentos de Seccionamento 42
8.5. Dimensionamento Mecânico 42
8.5.1. Parâmetros Básicos 42
8.5.1.1. Condutores 42
8.5.1.2. Afastamentos Mínimos 42
8.5.1.3. Estruturas 43
8.5.1.4. Postes 43
8.5.2. Cálculo Mecânico 43
8.5.2.1. Utilização dos Postes 44
8.5.2.2. Escolha do Tipo de Estrutura 45
8.5.2.3. Engastamento 45
8.5.2.4. Estaiamento 45
8.6. Iluminação Pública 48
8.6.1. Campo de Aplicação 48
8.6.2. Posteação 48
8.6.3. Comando 49
9. RECURSOS ESPECIAIS DO PROJETO 50
9.1. Correção de Níveis de Tensão 50
9.1.1. Regulação de Tensão 50
9.1.1.1. Regulação de Tensão na Subestação 50
9.1.1.2. Regulação de Rede Primária 50
9.1.2. Mudança de Tap em Transformador 51
9.2. Compensação de Reativos 51
9.2.1. Diminuição das Perdas 52
9.2.2. Liberação da Capacidade em kVA do Sistema 52
9.2.3. Elevação do Nível de Tensão 53
9.2.4. Regulação de Tensão 53
9.2.5. Tipos de Ligação de Bancos de Capacitores 53
9.2.6. Critérios para Localização de Bancos de Capacitores 53
9.2.6.1. Bancos de Capacitores com Neutro Aterrado 53
9.2.6.2 Bancos de Capacitores com Neutro Desaterrado 54
9.2.7. Comando dos Bancos de Capacitores 55
10. APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE RDU 56
10.1. Memorial Descritivo 56
10.2. Cálculo de Queda de Tensão 56
10.3. Plantas e Desenhos do Projeto 56
10.3.1. Planta da Rede Primária 57
10.3.2. Desenho da Rede Primária e Secundária 57
10.3.3. Desenho de Detalhes Complementares do Projeto 57
10.4. Relação de Materiais 57
10.5. Demais Elementos que Deverão Fazer Parte do Projeto 58
10.6. Identificação dos Tipos de Estruturas 59
10.7. Escolha do Tipo de Estrutura 59
10.8. Estruturas Utilizadas 59
10.9. Simbologia 59
10.10. Travessias 59
11. DESENHOS 
 Desenho - 1 - Otimização do Dimensionamento de Transformadores 60
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 3 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
SEÇÃO TÍTULO PÁGINA 
 
 Desenho - 2 - Fluxograma - Determinação da Demanda 61
 Desenho - 3 - Cálculo de Queda de Tensão 62
12. TABELAS 
 Tabela - 1 - Carga Mínima e Fatores de Demanda para Instalações de Iluminação 
e Tomadas de Uso Geral 63
 Tabela - 2 - Fatores de Demanda para Aparelhos Resistivos 64
 Tabela - 3 - Fatores de Demanda para Aparelhos de Ar Condicionado - Tipo 
Janela 64
 Tabela - 4 - Demanda Individual - Motores Monofásicos 65
 Tabela - 5 - Demanda Individual - Motores Trifásicos 66
 Tabela - 6 - Fatores de Carga e Demanda 67
 Tabela - 7 - Número de Alimentador 68
 Tabela - 8 - Cruzeta - Distância Equivalente entre Fases 69
 Tabela - 9 - Características de Condutores - CA 70
 Tabela - 10 - Coeficientes de Queda de Tensão Primária ( Sistema Monofásico ) 71
 Tabela - 11 - Coeficientes de Queda de Tensão Primária ( Sistema Trifásico ) 72
 Tabela - 12 - Coeficientes de Queda de Tensão Secundária ( 380/220 V ) 73
 Tabela - 13 - Coeficientes de Queda de Tensão Secundária ( 220/440 V ) 74
 Tabela - 14 - Cabos Tipo CA 75
 Tabela - 15 - Escolha de Elos Fusíveis p/ Transformador ( Trifásico ) 76
 Tabela - 16 - Escolha de Elos Fusíveis p/ Transformador ( Monofásico ) 76
 Tabela - 17 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Baixa Tensão - Poste Concreto Du- 
plo "T" - 9 m 77
 Tabela - 18 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Baixa Tensão - Poste Concreto Cir- 
cular - 9 m 77
 Tabela - 19 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Alta Tensão - Poste Concreto Du- 
plo "T" - 10 m 78
 Tabela - 20 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Alta Tensão - Poste Concreto Du- 
plo "T" - 11 m 78
 Tabela - 21 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Alta Tensão - Poste Concreto Du- 
plo "T" - 12 m 79
 Tabela - 22 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Alta Tensão - Poste Concreto Cir- 
cular - 10 m 79
 Tabela - 23 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Alta Tensão .- Poste Concreto Cir- 
cular - 11 m 80
 Tabela - 24 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Alta Tensão - Poste Concreto Cir- 
cular - 12 m 80
 Tabela - 25 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Du- 
plo "T" - 10 m 81
 Tabela - 26 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Du- 
plo "T" - 11 m 83
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 4 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
EÇÃO TÍTULO PÁGINA 
 
 Tabela - 27 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Circu- 
lar 10 m 85
 Tabela - 28 - Esforço Resultante da Pressão do Vento sobre Postes e Condutores, 
e da Tração dos Condutores - Rede Mista - Poste Concreto Circu- 
lar 11 m 87
 Tabela - 29 - Trações de Projeto - Condutores de Alumínio CA 89
 Tabela - 30 - Escolha de Estrutura - Ângulo de Deflexão 90
 Tabela - 31 - Características dos Postes de Concreto Armado Seção Circular Pa-dronizados 91
 Tabela - 32 - Características dos Postes de Concreto Armado Seção Duplo "T" 
Padronizados 92
 Tabela - 33 - Tabela de Flechas de Montagem para Redes de Distribuição Aéreas 
Urbanas, Condutores CA 4 AWG a 336,4 MCM 93
 Tabela - 34 - Tabela de Trações de Projeto e Montagem para Redes de Distribui- 
ção Aéreas Urbanas - Condutor CA 4 AWG 94
 Tabela - 35 - Tabela de Trações de Projeto e Montagem para Redes de Distribui- 
ção Aéreas Urbanas - Condutor CA 2 AWG 95
 Tabela - 36 - Tabela de Trações de Projeto e Montagem para Redes de Distribui- 
ção Aéreas Urbanas - Condutor CA 1/0 AWG 96
 Tabela - 37 - Tabela de Trações de Projeto e Montagem para Redes de Distribui- 
ção Aéreas Urbanas - Condutor CA 2/0 AWG 97
 Tabela - 38 - Tabela de Trações de Projeto e Montagem para Redes de Distribui- 
ção Aéreas Urbanas - Condutor CA 4/0 AWG 98
 Tabela - 39 - Tabela de Trações de Projeto e Montagem para Redes de Distribui- 
ção Aéreas Urbanas - Condutor CA 336,4 MCM 99
 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 5 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
As instruções contidas nesta norma foram elaboradas observando as normas da 
ABNT e as recomendações do Comitê de Distribuição - CODI. 
 
As prescrições desta norma destinam-se a prestar orientação para os critérios de 
projetos de redes de distribuição aéreas urbanas. 
 
A aceitação da ligação não implica em qualquer responsabilidade da CELG com 
relação às condições técnicas das instalações consumidoras. 
 
Esta norma aplica-se às condições normais de fornecimento, através de redes de 
distribuição aéreas urbanas ( RDU's ) novas, a reformar e/ou extensões. 
 
Os casos omissos e outros de características excepcionais também deverão ser 
previamente submetidos a apreciação da CELG. 
 
Esta norma poderá ser parcialmente ou totalmente alterada, por razões de ordem 
técnica, sem prévia comunicação, motivo pelo qual os interessados deverão 
periodicamente consultar a CELG quanto às eventuais modificações. 
 
Esta norma substitui a ETD-06 Projetos de Redes Aéreas de Distribuição. 
 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 6 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. OBJETIVO 
 
 
A presente norma estabelece os critérios básicos e as exigências técnicas mínimas que 
devem ser obedecidas quando da elaboração de projetos de redes de distribuição 
aéreas urbanas de energia elétrica, nas tensões primárias de 13,8 kV e 34,5 kV, para 
execução nas áreas de concessão da CELG. 
 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 7 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
3. CAMPO DE APLICAÇÃO 
 
 
Esta norma aplica-se aos critérios de projetos de redes de distribuição aéreas urbanas 
novas, reformas, melhorias, extensões, travessias sobre rios navegáveis, estradas de 
ferro, rodagens e cruzamentos com linhas de transmissão. 
 
Na aplicação desta norma, deverão ser observadas: 
 
01) - NTD-01 - Poste de Concreto Armado para Redes de Distribuição; 
 
02) - NTD-02 - Ferragens para Redes Aéreas de Distribuição; 
 
03) - NTD-04 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distri-
buição; 
 
04) - NTD-05 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distri-
buição; 
 
05) - NTD-06 - Estruturas para Redes de Distribuição Rural; 
 
06) - NTD-07 - Critérios de Projetos de Redes de Distribuição Rural; 
 
07) - NTD-09 - Estruturas para Redes de Distribuição Aéreas Urbanas; 
 
08) - NTD-10 - Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição - Especificação 
e Padronização; 
 
09) - NTD-11 - Especificação para Levantamento Topográfico de Redes de Dis-
tribuição; 
 
10) - NTD-12 - Padronização e Especificação de Chaves Fusíveis de Distribuição; 
 
11) - NTD-13 - Pára-Raios de Distribuição Sem Centelhadores – Especificação e 
Padronização; 
 
12) - NTD-14 - Pára-Raios de Distribuição Com Centelhadores - Especificação e 
Padronização; 
 
13) - ABNT - NBR-5434 - Redes de Distribuição Aérea Urbana de Energia Elétrica - 
Padronização. 
 
Esta norma foi baseada no relatório do CODI - 3.2.21.02.0 - Critérios para Projetos 
de Redes Aéreas de Distribuição Urbanas. 
 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 8 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
4. TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES 
 
- Sistema de Distribuição 
 
Parte de um sistema de potência destinado ao transporte de energia elétrica a partir 
do barramento secundário de uma subestação (onde termina a transmissão ou 
subtransmissão) até os pontos de consumo. 
 
- Rede de Distribuição Aérea Urbana - RDU 
 
Parte integrante do sistema de distribuição implantado dentro do perímetro urbano 
de cidade, distritos, vilas e povoados. 
 
- Rede Primária 
 
Parte de uma rede de distribuição que alimenta transformadores de distribuição e/ou 
pontos de entrega sob a mesma tensão primária nominal. 
 
- Rede Secundária 
 
Componente da rede de distribuição energizada pelos secundários de 
transformadores de distribuição. 
 
- Ramal de Ligação 
 
Conjunto de condutores e acessórios que liga uma rede de distribuição a um 
consumidor ou grupo de consumidores. 
 
- Alimentador de Distribuição 
 
Parte de uma rede primária numa determinada área de uma localidade que alimenta 
diretamente ou por intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição e/ou 
consumidores. 
 
- Tronco de Alimentador 
 
Parte de um alimentador de distribuição que transporta a parcela principal da carga 
total. 
 
- Ramal de Alimentador 
 
Parte de um alimentador de distribuição que deriva diretamente de um tronco de 
alimentador. 
 
- Derivação de Distribuição 
 
Ligação feita em qualquer ponto de um sistema de distribuição, para alimentador, 
ramal de alimentador, transformador de distribuição ou ponto de entrega. 
 
- Carga Instalada 
 
Somatório das potências nominais das cargas ligadas ao sistema considerado. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 9 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
- Demanda 
 
Requisito de potência da carga durante um período especificado de tempo. 
 
- Demanda Diversificada 
 
Demanda resultante da carga tomada em conjunto, de um grupo de consumidores. 
 
- Demanda Máxima 
 
Maior de todas as demandas ocorridas durante um período especificado de tempo. 
 
- Fator de Carga 
 
Relação entre a demanda média da potência e demanda máxima ocorrida em um 
determinado período de tempo. 
 
 
Ex.: Período de um ano: FC C
8.760 D
= 
 
onde: 
 
C = consumo anual em kWh; 
D = demanda máxima anual em kW; 
8.760 = número de horas do ano. 
 
- Fator de Demanda 
 
Relação entre a demanda máxima de uma instalação, verificada em um período 
especificado e a correspondente carga instalada. 
 
- Fator de Diversidade 
 
Relação entre a soma das demandas máximas individuais e a demanda simultânea 
máxima do conjunto. 
 
- Fator de Potência 
 
Relação entre a potência ativa e a potência aparente. 
 
- Fator de Utilização 
 
Relação entre a máxima demanda verificada e a capacidade nominal de um sistema. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 10 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
5. CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO 
 
 
5.1. Regulamentação 
 
a) A ligação pela CELG das obras executadas por terceiros ficará condicionada ao 
cumprimento das disposições desta norma e das normas complementares 
aplicáveis, da ABNT e da CELG. 
 
b) A aprovação do projeto pela CELG para execução, bem como o atendimento ao 
pedido de ligação e as vistorias efetuadas na rede, não transferem a 
responsabilidade técnica à CELG quanto ao projeto e a sua execução. 
 
 
5.2. Tensão de Atendimento 
 
As tensões nominais de atendimento são: 
 
- 13,8kV e 34,5 kV para sistema trifásico; 
- 13,8 / 3 kV e 34,5 / 3 kV para sistema monofásico. 
 
Tensões secundárias para transformador particular: 
 
- 440 / 220 V para transformador monofásico; 
- 380 / 220 V para transformador trifásico; 
- 220 / 127 V para transformador trifásico. 
 
Observação 
Não será permitida a instalação de transformador com tensão secundária 
220/127 V na via pública. 
 
 
5.3. Limites de Fornecimento 
 
O fornecimento deverá ser efetuado em tensão primária de distribuição se a demanda 
contratada ou estimada pela CELG for inferior a 2.500 kW. 
Os fornecimentos monofásicos ficam limitados a uma potência de transformação 
máxima de 37,5 kVA. 
Potências superiores a esses limites poderão ser atendidas, em tensão primária de 
distribuição, em caráter excepcional, a critério da CELG desde que seja definida a 
viabilidade deste atendimento com base em estudo técnico-econômico. 
Entretanto a adoção de limites diferentes dependerá de autorização específica do 
DNAEE. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 11 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
6. REQUISITOS MÍNIMOS PARA REQUERIMENTO E ACEITAÇÃO DO 
PROJETO 
 
6.1. Consulta Prévia 
 
Antes de qualquer providência o consumidor deverá apresentar à CELG, por escrito, 
para análises e orientações que se fizerem necessárias, os seguintes dados: 
 
- planta de situação e locação (croquí); 
- previsão de carga a ser instalada; 
- demanda provável; 
- nome do pretendente à ligação; 
- endereço para contato; 
- pedido para liberação de carga; 
- indicação se a rede é CELG ou Cooperativa. 
 
Observação 
As plantas de situação e locação deverão conter no mínimo os 
seguintes elementos: 
 
- Orientação NORTE-SUL, rede da CELG mais próxima indicando a 
quantidade e a bitola dos condutores, indicação de um ou mais pontos 
de referência existentes na rede (numeração de chaves e/ou postos de 
transformação). 
 
 
 
7. TIPOS DE OBRA 
 
 
7.1. Projeto de Rede Nova 
 
São aqueles que visam a implantação de rede de distribuição aérea urbana necessária 
ao fornecimento de energia elétrica a uma determinada área (ver item 8.2.1.3 - pág. 17 
). 
 
 
7.2. Projeto de Reforma de Rede 
 
São aqueles que visam promover alterações em uma rede existente, seja para adequá-
la a novas situações de carga, seja por motivo de segurança, obsoletismo, melhoria 
nas condições de fornecimento ou adequação das instalações ao meio ambiente (ver 
item 8.2.1.1 - pág. 14 ). 
 
 
7.3. Projeto de Extensão de Rede 
 
São aqueles destinados a atender novos consumidores que implicam no 
prolongamento da rede de distribuição existente (ver item 8.2.1.2 - pág. 15). 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 12 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
8. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 
 
 
8.1. Obtenção de Dados Preliminares 
 
 
8.1.1 Características do Projeto 
 
Consiste na determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido a partir das causas de 
origem e/ou da finalidade de sua aplicação, da área a ser abrangida pelo projeto e do 
estado atual da rede. 
 
 
8.1.2. Planejamento Básico 
 
Os projetos devem atender um planejamento básico, que permita um desenvolvimento 
progressivo, compatível com a área em estudo. Em áreas a ser implantado totalmente 
o sistema elétrico (redes novas) deverá ser efetuado o planeja-mento básico através da 
análise das condições locais, observando-se o grau de urbanização das ruas, 
dimensões dos lotes, tendências regionais e áreas com características semelhantes que 
possuam dados de cargas e taxas de crescimento conhecidas. 
Nas áreas que já possuem o serviço de energia elétrica deverá ser feita uma análise do 
sistema elétrico disponível elaborando-se o projeto em consonância com o 
planejamento existente. 
 
 
8.1.3. Planos e Projetos Existentes 
 
Devem ser verificados os projetos anteriormente elaborados e ainda não executados, 
abrangidos pela área em estudo, que servirão de subsídios ao projeto atual. 
Conforme o tipo e a magnitude do projeto deverão também ser levados em 
consideração os planos diretores governamentais para a área. 
 
 
8.1.4. Mapas e Plantas 
 
8.1.4.1. Plantas Básicas 
 
Antes de se iniciar o projeto, a primeira providência trata-se da obtenção do mapa 
geral da localidade, seja por meio de levantamento topográfico ou de cópias obtidas 
na prefeitura correspondente. Após isto feito deve-se proceder o levantamento da 
localidade, o qual visa a complementação do mapa geral para a confecção das plantas 
básicas. 
Com a finalidade de facilitar o levantamento e, como será visto posteriormente, a 
confecção da própria planta semi-cadastral, a escala do mapa geral deverá, 
preferencialmente, ser de 1:1.000. 
Para o levantamento consultar as partes desta norma intituladas Levantamento de 
Cargas e Determinação de Demandas, itens 8.2.1 e 8.2.2 - págs. 14 e 17 
respectivamente. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 13 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
As plantas básicas e suas particularidades estão indicadas a seguir: 
 
1) Mapa-Chave da Localidade 
 
Confeccionado em papel vegetal, de boa qualidade e desenhado a nanquim na 
escala 1:5.000 ou seus múltiplos, de modo a ser apresentado no formato A1. 
O traçado do mapa-chave tem entre outras finalidades, duas principais: 
 
- proporcionar uma visão geral do traçado da localidade; 
- servir de planta para o traçado do diagrama primário da RD. 
 
Devem constar os seguintes dados: 
 
a) direção do norte magnético; 
b) nome de avenidas, ruas, praças e os números das quadras; 
c) localização de prédios, igrejas, hospitais, ginásios, córregos, indústrias, 
subestações, rodovias, ferrovias e outros detalhes que se fizerem necessários. 
 
2) Planta Semi-Cadastral 
 
Confeccionada em papel vegetal de boa qualidade e desenhada a nanquim em 
formato A1, na escala 1:1.000. 
Esta é uma planta mais detalhada que o mapa-chave. 
Além dos acidentes principais enumerados para o mapa-chave, esta planta deve 
conter: 
 
a) a frente de todas as casas; 
b) as ruas planejadas e não abertas, deverão ser indicadas em linhas tracejadas, esse 
critério, entretanto, não se aplica a loteamentos, que só deverão constar da 
planta quando estiverem fisicamente demarcados no local, com ruas abertas e 
no greide definitivo; 
c) situação física da rua, com definição de calçamento existente, meios-fios e 
outras benfeitorias; 
d) acidentes topográficos e obstáculos que poderão influenciar na escolha do 
melhor traçado; 
e) detalhes da rede de distribuição existente, tais como posteação (tipo, altura, 
resistência e posição de montagem), transformadores (n0 de fases e potência), 
iluminação pública (tipo e potência de lâmpadas), ramais de ligação, inclusive 
com indicação de fases, etc; 
f) indicação das linhas de transmissão e redes particulares com as respectivas 
tensões nominais; 
g) redes telefônicas e outras porventura existentes; 
h) região rural adjacente à cidade quando não justificar planta na escala 1:1.000, 
poderá ser desenhada na escala 1:5.000 ou seus múltiplos, também no formato 
A1. 
 
Na planta semi-cadastral é onde se faz realmente o projeto da RD primária, 
secundária e iluminação pública. 
Em grandes projetos para permitir uma visão conjunta para efeito de planeja-
mento, projeto e construção, deverão ser obtidas, também, plantas na escala 
1:5.000, para lançamento da rede e localização de transformadores. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 14 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
As plantas na escala 1:5.000 deverão também estar perfeitamente atualizadas e 
conter os seguintes dados: 
 
- arruamento, porém sem as fachadas dos edifícios, a não ser aquelas 
correspondentes a consumidores especiais; 
 
- diagrama unifilar da rede primária, incluindo condutores,dispositivos de pro 
teção, etc., com respectivos ajustes. 
 
No caso de novas áreas ( loteamentos ou localidades) devem ser obtidos mapas 
precisos (escala 1:1.000 ) convenientemente amarrados entre si e com o arrua-
mento existente. 
 
Obs. 
- Para confecção do mapa-chave deve-se ter uma disposição tal que permita 
o menor número de folhas de plantas semi-cadastrais. 
 
 - Deverá ser apresentado em cada folha da planta semi-cadastral, próximo ao 
carimbo e dentro da faixa de observações, um desenho de quadros 
semelhante ao da situação geral das plantas no mapa-geral, no qual cada 
quadro terá o seu número indicativo da planta e um, e somente um 
hachurado para indicar a situação da mesma em relação às demais usadas 
no projeto. 
 
8.2. Obtenção dos Dados de Carga 
 
8.2.1. Levantamento de Carga 
 
Consiste na coleta no campo, dos dados de carga dos consumidores abrangidos pela 
área em estudo ou através de informações de banco de dados. 
Os procedimentos para esta etapa serão feitos diferentemente, conforme seja o tipo de 
projeto e ordenados conforme apresentado a seguir: 
 
8.2.1.1. Projeto de Reforma de Rede 
 
I) Consumidores Ligados em AT 
 
Localizar em planta todos os consumidores ligados em AT exemplo: hospitais, 
indústrias, escolas, etc. Deverão ser anotados os seguintes dados: 
 
a) natureza da atividade; 
b) horário de funcionamento, indicando período de carga máxima e sazonalidade, 
caso haja; 
c) carga total, caso não haja medição de demanda, e capacidade instalada; 
d) verificar, na área do projeto, as possibilidades de novas ligações em AT e 
acréscimo de carga. 
 
II) Consumidores Ligados em BT 
 
Localizar os consumidores residenciais, anotando-se em planta o tipo de liga- 
ção (monofásica, bifásica ou trifásica). 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 15 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
Localizar em planta todos os consumidores não residenciais, indicando-se a carga 
total instalada e seu horário de funcionamento ( Ex.: oficinas, panificadoras, etc.). 
Os consumidores não residenciais de pequena carga (Ex.: pequenos bares, lojas, 
etc.) deverão ser tratados como residenciais. 
 
III) Consumidores Especiais 
 
Para consumidores especiais, anotar horário de funcionamento e a carga total 
instalada, observando-se a existência de aparelhos que possam ocasionar 
oscilação de tensão na rede (raio X, máquina de solda, forno a arco, etc.). Indicar 
os dados em formulário próprio. 
 
IV) Iluminação Pública 
 
Indicar na planta o tipo de iluminação existente (VM, incandescente, etc.), 
anotando a potência das lâmpadas instaladas. 
 
Nota 
 - No caso de prédios de uso coletivo, verificar e anotar o número de 
unidades e o tipo de ligação das mesmas (monofásica, bifásica ou 
trifásica) e levantar a carga das instalações de serviço. 
 
8.2.1.2. Projeto de Extensão de Rede 
 
I) Assinalar em Planta os Consumidores a Serem Ligados na Rede, Anotando-se os 
Seguintes Dados: 
 
a) descrição da carga e capacidade a ser instalada; 
b) o ramo de atividade; 
c) o horário de funcionamento; 
d) a sazonalidade prevista. 
 
II) Consumidores Ligados em BT 
 
Assinalar em planta os consumidores a serem ligados em BT indicando o tipo de 
ligação (monofásica, bifásica ou trifásica) em função de sua carga instalada. 
Para os não residenciais, observar o disposto no item 8.2.1.1-III acima. 
 
III) Consumidores Especiais 
 
Para os consumidores cujas cargas ocasionem flutuação de tensão na rede 
necessitando, portanto, de análise específica para o dimensionamento elétrico da 
rede deverão ser levantados os seguintes dados em função do tipo de aparelho: 
 
a) Aparelhos de Raio X 
 
- Tipo. 
- Capacidade nominal em kW. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 16 -
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- Número de fases. 
- Corrente (mA) e tensões máximas de pico (kV) do tubo e tempo de 
exposição. 
- Fator de potência. 
- Frequência aproximada de operação. 
 
b) Máquinas de Solda 
 
- Tipo. 
- Capacidade nominal em kW. 
- Número de fases. 
- Fator de potência. 
 
c) Fornos Elétricos a Arco 
 
- Tipo de ligação. 
- Capacidade nominal em kW. 
- Corrente máxima de curto-circuito e tensão de funcionamento. 
- Reatores para limitação de corrente máxima de curto-circuito. 
- Características de operação (ciclo completo de fusão em minutos, número de 
fornadas por dia, materiais a serem fundidos, etc). 
 
d) Fornos Elétricos de Indução com Compensação por Capacitores 
 
- Capacidade nominal em kW. 
- Detalhar o banco de capacitores de compensação e o reator. 
- Características de operação (ciclo completo de fusão em minutos, número de 
fornadas por dia, forma de acionamento da compensação reativa, etc). 
 
e) Motores Grandes Síncronos e Assíncronos 
 
- Tipo. 
- Capacidade em cv. 
- Finalidade. 
- Corrente de partida. 
- Dispositivo para partida. 
- Características de operação. 
- Fator de potência. 
- Rendimento. 
 
f) Retificadores e Equipamentos de Eletrólise 
 
- Tipos e finalidade de utilização. 
- Capacidade nominal e máxima de curta duração em kW. 
- Correntes harmônicas e filtros empregados. 
- Características de operação. 
 
IV) Iluminação Pública 
 
Assinalar em planta o tipo e a potência das lâmpadas a serem utilizadas no 
projeto, que dependerão do tipo das vias a serem iluminadas. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 17 -
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8.2.1.3. Projeto de Rede Nova 
 
Em projeto de redes para atendimento a novas localidades ou novos loteamentos 
deverão ser pesquisados o grau de urbanização, áreas dos lotes, tipo provável de 
ocupação e perspectivas de crescimento para posterior comparação com redes já 
implantadas que possuam dados de carga conhecidos. 
 
 
8.2.2. Determinação de Demanda 
 
O procedimento para determinação dos valores de demanda estão descritos em função 
de várias situações possíveis de projetos, sendo analisados os casos em que existem 
ou não condições de se efetuar medições, conforme mostra o fluxograma Desenho 2 - 
pág. 61 . 
 
 
8.2.2.1. Projeto de Reforma de Rede 
 
I) Processo por Medição 
 
a) Rede Primária 
 
Pelo processo por medição, indicado abaixo, deverá ser obtido o perfil da carga 
do alimentador diretamente das medições simultâneas de seu tronco e ramais, 
observando-se sempre coincidência com as demandas das ligações existentes 
em AT. Confrontando-se esses resultados das medições com as respectivas 
cargas instaladas poderão ser obtidos fatores de demanda típicos que podem ser 
utilizados como recurso na determinação de demandas, por estimativa. 
 
- Tronco de Alimentadores 
 
A determinação da demanda máxima de alimentadores, basicamente, é feita 
através de relatórios de acompanhamento da subestação de distribuição. 
 
Na impossibilidade de obter a demanda máxima de relatórios de 
acompanhamento, deverá ser feita medição na saída do alimentador em 
estudo, na subestação. 
 
- Ramais de Alimentadores 
 
Para determinação da demanda máxima dos ramais de alimentadores, deverão 
ser instalados amperímetros indicadores de corrente máxima no início do 
ramal. 
 
- Consumidores Ligados em AT 
 
Deverá ser feita verificação da demanda do consumidor através da leitura da 
indicação do medidor de kW/kWh ou REP. Deve ser considerado, ainda, 
previsão de aumento de carga, se houver. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 18 -
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- Edificações de Uso Coletivo 
 
No caso de prédio de uso coletivo deverão ser instalados amperímetros 
indicadores de corrente máxima ou registrador no ramal de entrada do mesmo, 
durante 24 horas, no mínimo. 
 
Nota - Para os transformadores e ramais, as medições devem ser efetuadas 
com a rede operando em sua configuração normal, em dia decarga 
típica, por um período mínimo de 24 horas. 
 
b) Rede Secundária 
 
A determinação das demandas para efeito de dimensionamento da rede 
secundária, será baseada em medições de uma amostragem de transforma- dores 
(em geral 30 a 50% ) da área em estudo, que em função do número de 
consumidores, determinarão o kVA médio, salvo em áreas de características 
muito heterogêneas. 
 
- Transformadores 
 
Deverão ser efetuadas simultaneamente as seguintes medições na saída do 
transformador, indicando os resultados em formulário próprio: 
 
* medição gráfica de tensão (uma fase x neutro); 
* medição gráfica de corrente; 
* medição do valor de máxima corrente. 
 
O valor máximo de demanda de cada transformador será calculado, 
multiplicando-se a média dos valores máximos de corrente de cada fase pelo 
valor da tensão na hora de demanda máxima. 
 
Em áreas sujeitas a grandes variações de demanda, devido à sazonalidade, 
como por exemplo as áreas de veraneios, as medições de transformadores 
deverão ser efetuadas no período suposto de máxima demanda. 
 
Na impossibilidade de se efetuar medições nesse período, deverá ser adotado 
um fator de majoração que dependerá de informações disponíveis na região a 
respeito do comportamento da demanda na área do projeto. 
 
Caso seja necessário, aos valores das demandas encontradas, deverão ser 
aplicados fatores de correção devido à melhoria de tensão. 
 
Obs. - Para circuitos de carga homogênea poderão ser feitas medições com 
aparelhos instantâneos indicadores de máxima corrente em horário 
provável de demanda máxima. 
 
- Consumidores 
 
Adotar a rotina a seguir: 
 
* subtrair da demanda máxima do transformador a demanda (coincidente 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 19 -
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com a ponta de carga do transformador) dos consumidores não 
residenciais e iluminação pública; 
 
* dividir o resultado da subtração acima pelo número de consumidores 
residenciais, obtendo-se assim a demanda individual diversificada 
(kVA/consumidor) dos consumidores residenciais. 
Quando o transformador de distribuição alimentar áreas de características 
heterogêneas (Ex: favelas e prédios de apartamentos), deverão ser 
efetuadas medições distintas que caracterizem as respectivas cargas. 
Para a determinação da demanda total do circuito a ser projetado deve ser 
observada a tendência de ocupação dos lotes vagos; 
 
* deverão ser tratados à parte consumidores não residenciais que apresentem 
demandas significativas (Ex.: oficinas, serrarias, supermercados, etc.). 
A demanda máxima desses consumidores deverá ser determinada através 
de medição, procurando-se determinar a simultaneidade de funcionamento 
dos equipamentos. Indicar no formulário próprio os resultados 
encontrados na medição desses consumidores reportando-os ao 
transformador correspondente: 
 
* os demais consumidores não residenciais (Ex.: pequenos bares e lojas, 
etc.), deverão ser tratados como consumidores residenciais; 
 
* as cargas devidas à iluminação pública ligadas no circuito já estão 
computadas automaticamente; 
 
* para áreas predominantemente comerciais, as demandas deverão ser 
determinadas preferencialmente, a partir de medições de ramais de 
ligação. 
 
 
II) Processo Estimativo 
 
a) Rede Primária 
 
- Tronco de Alimentadores 
 
No caso de reforma de rede, o processo estimativo não se aplica ao tronco de 
alimentadores. 
 
A determinação da demanda é sempre feita através de relatórios de 
acompanhamento ou medição. 
 
- Ramais de Alimentador 
 
A estimativa da demanda máxima de ramais de rede primária poderá ser feita 
através da demanda máxima do alimentador, obtida na subestação em 
confronto com a capacidade das cargas dos transformadores instalados ao 
longo do mesmo. Deverá ser analisada sempre a simultaneidade de 
funcionamento das cargas dos consumidores ligados em AT. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 20 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
- Consumidores de AT 
 
A demanda de consumidores ligados em AT deverá ser estimada aplicando à 
carga levantada um fator de demanda típico, dependendo da natureza da 
atividade ( Tabela 6 - pág. 67 ). 
Na inexistência de dados suficientes poderão ser levantadas curvas típicas 
de demanda por tipo de atividade em função da carga instalada, devendo as 
mesmas também serem aprovadas pela CELG. 
 
b) Rede Secundária 
 
- Consumidores Residenciais 
 
Para estimativa de demanda dos consumidores residenciais, deverão ser 
adotados valores individuais de demanda diversificada em kVA, 
correlacionando o número e a classe de consumidores no circuito, separando-
as por tipos de consumidores, quanto à possibilidade de utilização de apare-
lhos elétricos. 
 
- Consumidores não Residenciais 
 
10 Processo 
 
A estimativa dos valores de demanda para consumidores não residenciais 
em função da carga total instalada, ramo de atividade e simultaneidade de 
utilização dessas cargas, será calculada através da fórmula: 
 
 
D = CL x FD
FP
 
onde: 
 
D = demanda máxima em kVA; 
CL = carga ligada em kW; 
FD = fator de demanda máximo; 
FP = fator de potência. 
 
 
20 Processo 
 
A estimativa da demanda através do consumo extraído de dados de 
faturamento. 
 
 
D = C
730 x FC x FP
 
onde: 
 
D = demanda máxima (kVA ); 
C = maior consumo mensal nos últimos 12 meses em kWh; 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 21 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
FC = fator de carga (obtido através de consumidores similares); 
FP = fator de potência. 
 
 
30 Processo 
 
A demanda será estimada através da corrente nominal da proteção do 
consumidor. 
 
 
D = x V x I x 10 x FD-33 
 
 
Estes processos determinam a demanda máxima. Seu horário de ocorrência 
bem como o valor coincidente com a demanda máxima do transformador 
deverão ser obtidos na pesquisa do levantamento de carga. 
Processo computacional ( Banco de Dados). 
 
 
8.2.2.2. Projeto de Extensão de Rede 
 
I) Rede Secundária 
 
a) Consumidores 
 
- Consumidores residenciais em edifícios de uso coletivo e condomínios 
horizontais. 
 
A estimativa de demanda neste caso será em função da carga a ser instalada, 
aplicando-se os valores de diversificação ou também baseada em 
consumidores já ligados, com as mesmas características. 
 
A demanda deverá ser determinada pela expressão: 
 
 D = a + ( b1 + b2 + b3 + b4 + b5 + b6 + b7 ) + c + d + e 
 
onde: 
 
D = demanda total em kVA; 
 a = demanda de iluminação e tomadas, calculada conf. Tabela 1 - pág. 63; 
b1 = demanda de chuveiros elétricos, calculada conf. Tabela 2 - pág. 64; 
b2 = demanda de torneiras elétricas, calculada conf. Tabela 2 - pág. 64; 
b3 = demanda de máquinas de lavar louça, calculada conforme Tabela 2 - pág. 
64; 
b4 = demanda de aquecedores de acumulação, calculada conforme Tabela 2 
pág. 64; 
b5 = demanda de aparelhos de aquecimento central de água (individual) 
calculada conforme Tabela 2 - pág. 64; 
b6 = demanda de fogões elétricos, calculada conforme Tabela 2 - pág. 64; 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 22 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
b7 = demanda de máquinas de secar roupa, calculada conforme Tabela 2 
página. 64; 
 c = demanda de aparelhos de ar condicionado tipo janela, calculada conforme 
Tabela 3 - pág. 64; 
 d = demanda de força (motores, bombas e máquinas de solda tipo motor 
gerador) calculada conforme Tabelas 4 e 5 - págs. 65 e 66; 
 e = demanda individual das máquinas de solda a transformador conforme 
indicado a seguir: 
 
- 100% da potência do maior aparelho mais; 
- 70% da potência do 20 maior aparelho, mais; 
- 40% da potência do 30 maior aparelho, mais; 
- 30% da potência dos demaisaparelhos. 
 
Poderá também ser usado o 10, 20 e 30 processo da alínea b do item II 
(Processo estimativo, rede secundária, pág. 20) anteriormente descrito, obtidos 
de consumidores de mesma região e mesmas características. 
 
 
b) Iluminação Pública 
 
- A demanda a ser estimada para as instalações de iluminação pública será 
definida em função do número de luminárias e da potência das lâmpadas em 
kVA, considerando as perdas do reator, quando for o caso. 
 
Preferencialmente utilizar lâmpadas de maior eficiência luminosa com reatores 
de baixa perdas e alto fator de potência. 
 
 
 
II) Rede Primária 
 
a) Consumidores de AT 
 
- Nos casos das ligações em alta tensão, considerar a demanda contratada entre 
o consumidor e a CELG. 
A demanda poderá também ser obtida em função da carga a ser instalada, 
aplicando-se fatores de demanda conhecidos para consumidores similares 
(Tabela 6 - pág. 67). 
 
b) Tronco e Ramais de Alimentadores 
 
- A estimativa da demanda será feita em função da demanda dos 
transformadores de distribuição, observando-se a homogeneidade das áreas 
atendidas e levando-se em consideração a influência das demandas 
individuais dos consumidores de AT. 
 
- Processo simplificado para determinação das demandas diversificadas. 
Na impossibilidade de se determinar a demanda diversificada através dos 
critérios estabelecidos acima, deverá ser adotado o seguinte procedimento. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 23 -
CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS S/A 
 
* Determinar a demanda diversificada de cada consumidor residencial 
levando-se em conta as diversas classes, conforme a seguir: 
 
Classe “A" 
 
Consumidores com poucas possibilidades de utilização de aparelhos 
eletrodomésticos; 
 
Classe “B" 
 
Consumidores com média possibilidade de utilização de aparelhos 
eletrodomésticos; 
 
Classe “C" 
 
Consumidores com possibilidade de utilização de aparelhos 
eletrodomésticos com carga significativa (classe média/alta). 
 
* Para a determinação da potência do transformador de distribuição deverão 
ser adotados os seguintes valores de demanda diversificada para o 
consumidor residencial de acordo com a classe, acrescendo ainda a 
demanda da iluminação pública, levando-se também em conta as 
demandas dos outros tipos de consumidores (comerciais, industriais, etc.) 
calculados conforme descrito anteriormente. 
 
C L A S S E 
D E M A N D A D I V E R S I F I C A D A 
k V A / C O N S U M I D O R 
A 0,7 
B 1,0 
C 1,5 a 4,0 
 
* Casos especiais de loteamento de chácaras, indústrias, condomínios 
horizontais, etc, os valores de demanda serão definidos pela CELG, para 
cada caso, com base nas informações dos proprietários. 
 
* Quando não for definido o tipo da iluminação pública deverá ser previsto 
0,16 kVA / luminária. 
 
Obs. 
1) O processo simplificado não poderá ser utilizado para o cálculo de 
demanda em edifícios residenciais de uso coletivo e condomínios 
horizontais. 
 
2) Lotes vagos deverão ser considerados como consumidores em 
potencial e computados como carga, conforme Tabela acima. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 24 -
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8.2.2.3. Projeto de Rede Nova 
 
Os processos estimativos para determinação da demanda, na elaboração de projetos 
de redes novas, serão semelhantes ao disposto no item 8.2.2.2 - pág. 21. 
 
 
8.3. Locação dos Postes 
 
8.3.1. Marcação 
 
A marcação da posição física dos postes deve seguir os seguintes critérios: 
 
- os postes deverão ser sempre locados por intermédio de piquetes de madeira; 
 
- havendo passeio ou meio fio o alinhamento será dado pelo próprio meio fio; 
 
- não havendo passeio ou meio fio há a necessidade de uma definição do alinha- 
mento deste, por parte da Prefeitura; 
 
- quando da implantação do poste o centro da cava é o piquete. 
 
 
8.3.2. Generalidades 
 
Para que não surjam problemas de construção, a posição dos postes sempre que 
possível deverá ser de acordo com as observações que precederão a locação dos 
mesmos, levantadas em campo e assinaladas em planta, observando-se os critérios a 
seguir: 
 
- não locar postes em frente a entradas de garagens, guias rebaixadas em postos de 
gasolina, evitando-se também locação dos mesmos em frente à anúncios luminosos, 
marquises e sacadas; 
 
- evitar implantação de redes no lado da rua com arborização, jardins ou praças 
públicas; 
 
- evitar interferências com alinhamento de galerias pluviais, esgotos e redes aéreas ou 
subterrâneas de outras concessionárias; 
 
- projetar vãos de 30 a 40 m; 
 
- nos casos onde existir somente rede primária, poderão ser utilizados inicialmente 
vãos de 60 a 80 m, prevendo-se futuras intercalações de postes; 
 
- procurar locar a posteação sempre que possível na divisa ou no meio dos lotes; 
 
- a fim de transpor marquises, sacadas e anúncios luminosos, é recomendado o uso de 
afastadores para redes secundárias; 
 
- ao projetar o espaçamento entre postes deve-se levar em consideração o 
comprimento máximo permissível do ramal de ligação que é de 30 m; 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 25 -
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- verificar a possibilidade de arrancamento em função do perfil da via; 
 
- verificar junto aos orgãos municipais, planos futuros de urbanização incluindo a 
possibilidade de plantio de árvores; 
 
- evitar desmate de árvores e demais formas de vegetações classificadas por lei como 
de preservação permanente; 
 
- evitar paralelismo com redes telegráficas e telefônicas com fio nu; 
 
- em ruas com até 20 m de largura, incluindo-se passeio, os postes poderão ser 
projetados sempre de um mesmo lado (unilateral) observando-se a sequência da rede 
existente. 
 
Quando não houver posteação, escolher-se-á o lado mais favorável para a 
implantação da rede, considerando o que tenha maior número de edificações, o que 
acarretará em menor execução de travessias de ramais de ligação. Ver figura a 
seguir: 
 
 POSTEAÇÃO UNILATERAL 
 
 
 vão básico 
 
 
 
 
 L 
 
 
 
 L = MÁXIMO 20 m 
 
 
 
- Ruas com larguras compreendidas entre 20 a 30 m, poderão ter posteação bilateral 
alternada e esta será projetada com os postes contrapostos, aproximadamente, na 
metade do lance da posteação contrária. Ver figura a seguir: 
 
 
 POSTEAÇÃO BILATERAL ALTERNADA 
 
 vão básico 
 
 
 
 
 L 
 
 
 
 
 L = MÍNIMO 20 m e MÁXIMO 30 m 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 26 -
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- Ruas com largura superior a 25 m ou 30 m, poderão ter posteação bilateral frontal. 
Ver figura a seguir: 
 
 POSTEAÇÃO BILATERAL FRONTAL 
 
 vão básico 
 
 
 
 
 L 
 
 
 
 
L = 25 ou 30 m 
 
- a adoção de um dos critérios anteriormente citados dependerá além da largura da 
rua, se com ou sem canteiro central, do tipo de iluminação pública adotada, dos 
níveis de iluminamento e da possibilidade de extensão dos ramais de ligação; 
 
- pode-se, entretanto, projetar a posteação dupla em ruas de largura inferior a 20m, em 
casos especiais, tais como necessidade de instalação de 2 alimentadores, melhor 
iluminação pública; 
 
- evitar o uso de postes em esquinas de ruas estreitas e sujeitas a trânsito intenso e em 
esquinas que não permitam manter o alinhamento dos postes. 
Para isso poderão ser previstas conexões no vão (FLY-TAP). 
Nesse caso as distâncias A e B da figura abaixo deverão ser preferencialmente iguais 
e nunca superiores a 15 metros. 
 
 
 
 
 
 CONEXÃO NO VÃO 
 (FLY-TAP) 
 
 
 
 
 
 
 
 B 
 A 
 
 
 
 
 
 
 
- Os cruzamentose derivações em esquinas, para redes congestionadas, ou para 
atender ao uso mútuo de postes com outras concessionárias, poderão ser feitos com 
a implantação de dois ou três postes e de modo conveniente para que sejam 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 27 -
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 mantidos os afastamentos mínimos dos condutores e que não haja cruzamento em 
terrenos particulares. Ver figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.3.3. Postes Básicos 
 
Os postes básicos são de 9, 10, 11, 12 e 13 metros. 
 
- Postes de 9 metros: somente poderão ser projetados em ruas sem probabilidade de 
instalação de rede primária. 
 
- Postes de 10 metros: deverão ser projetados sempre que existam ou haja 
probabilidade de existirem redes secundária e primária. 
 
- Postes de 11 metros: deverão ser projetados sempre que existam ou haja 
probabilidade de existirem rede e derivações primárias, 
transformadores, chaves, etc. 
 
- Postes de 12 e 13 metros: somente projetados em casos especiais. 
 
8.3.4. Afastamento da Rede 
 
A fim de transpor marquises, sacadas, anúncios luminosos, linhas telegráficas e 
telefônicas, etc, deve-se projetar afastadores na rede secundária ou postes de altura 
mais elevada. Essa particularidade deverá ser explicitamente indicada no projeto. 
 
 
8.4. Dimensionamento Elétrico 
 
8.4.1 Rede Primária 
 
8.4.1.1. Número de Condutores de AT 
 
A rede primária será trifásica a 4 fios ou monofásica a 2 fios, sendo o neutro 
multiaterrado. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 28 -
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8.4.1.2. Níveis de Tensão Primária 
 
As tensões nominais padronizadas são 13,8 e 34,5 kV, podendo ser fixada a tensão de 
fornecimento primário no ponto de entrega de energia a determinado consumidor, 
entre + 5% e - 5%, com relação à tensão nominal do sistema. 
 
Os limites de variação da tensão primária de fornecimento no ponto de entrega de 
energia, durante os ciclos de carga diários ou durante as variações anuais de carga, são 
os seguintes: + 5% e - 7,5%. 
 
 
8.4.1.3. Condutores de AT 
 
Tipo e Bitola 
 
Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede primária são cabos de alumínio 
CA, nas seguintes bitolas: 2 AWG, 1/0 AWG, 2/0 AWG, 4/0 AWG e 336,4 MCM. 
 
As características elétricas e mecânicas básicas destes condutores estão indicadas nas 
Tabelas 9 e 14 - págs. 70 e 75. 
 
 
8.4.1.4. Perfil de Tensão 
 
Para o estabelecimento dos critérios para dimensionamento da rede primária, deve-se 
determinar e adotar um perfil de tensão mais adequado às condições da rede e 
subestações de distribuição. 
 
Os fatores que influem na determinação desse perfil são os seguintes: 
 
- distância entre subestações ou comprimento dos alimentadores; 
 
- regime de variação da tensão na barra da subestação; 
 
- queda de tensão admissível na rede secundária, no transformador de distribuição e 
na derivação do consumidor, até o ponto de entrega. 
 
 
8.4.1.5. Configuração Básica da Rede Primária 
 
A configuração da rede primária será definida em função do grau de confiabilidade a 
ser adotado em um projeto de rede de distribuição urbana, compatibilizando-o com a 
importância da carga ou da localidade a ser atendida. 
 
Poderão ser utilizadas as seguintes configurações para o sistema aéreo primário 
 
a) Radial Simples 
 
Os sistemas radiais simples deverão ser utilizados em áreas de baixa densidade de 
carga, nas quais os circuitos tomam direções distintas face às próprias 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 29 -
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 características de distribuição da carga, tornando antieconômico o estabelecimento 
de pontos de interligação. 
 
 
 
 
 
 
 R 
 
 
 
 
 
 
CONFIGURAÇÃO RADIAL SIMPLES 
 
 
 
b) Radial com Recurso 
 
- Os sistemas radiais com recursos deverão ser utilizados em áreas que deman-dem 
maiores densidades de carga ou requeiram maior grau de confiabilidade devido às 
suas particularidades ( hospitais, centro de computação, etc.). 
 
 
 
 
 R 
 
 NA NA 
 
 R 
 
 
 
 
 
CONFIGURAÇÃO RADIAL C/ RECURSO 
 
Este sistema caracteriza-se pelos seguintes aspectos: 
 
- existência interligações normalmente abertas, entre alimentadores adjacentes, da 
mesma ou de subestações diferentes; 
 
- ser projetado de forma que exista certa reserva de capacidade em cada circuito, 
para absorção de carga de outro circuito na eventualidade de defeito; 
 
- limita o número de consumidores interrompidos por defeitos e diminui o tempo 
de interrupção em relação ao sistema radial simples. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 30 -
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8.4.1.6. Traçado da Rede 
 
a) Tronco de Alimentadores 
 
O traçado deve obedecer as seguintes diretrizes básicas: 
 
- procurar sempre utilizar arruamentos já definidos, se possível com guias 
colocadas e evitar ângulos e curvas desnecessárias; 
- acompanhar a distribuição das cargas (com suas previsões); 
- procurar equilibrar as demandas entre os alimentadores; 
- procurar atribuir a cada alimentador áreas de dimensões semelhantes e evitar 
trechos paralelos na mesma rua ou circuitos duplos; 
- os ramais derivados do tronco do alimentador devem ser projetados de modo que 
sejam o menos carregado e extenso possível; 
- devem ser evitados, sempre que possível, em ruas de tráfego intenso; 
- deve ser previsto interligação entre alimentadores diferentes, para contingências 
operativas do sistema; 
- em caso de interligação entre alimentadores deve ser observada a sequência de 
fases dos mesmos, a qual deve ser sempre indicada no projeto; 
- os ramais monofásicos devem ser planejados de modo a conseguir-se o melhor 
equilíbrio possível entre as três fases, indicando-se no projeto a fase que se deve 
derivar; 
- o reconhecimento do faseamento, nas saídas dos alimentadores existentes, deve 
ser feito observando-se as placas indicativas instaladas nos pórticos da 
subestação, sendo: 
 
Placa Azul ⇒ Fase A 
Placa Branca ⇒ Fase B 
Placa Vermelha ⇒ Fase C 
 
b) Ramais de Alimentadores 
 
No traçado deve-se observar os seguintes critérios: 
 
- os ramais devem ser, sempre que possível, dirigidos em sentido paralelo uns aos 
outros, orientados de maneira a favorecer a expansão prevista para os bairros por 
eles servidos; 
- deve ser levada em consideração a posição da fonte de energia no sentido de se 
seguir o caminho mais curto; 
- devem ser planejados, evitando-se voltas desnecessárias. 
 
 
8.4.1.7. Dimensionamento de Condutores de AT 
 
a) Critérios Gerais 
 
As características dos condutores a serem utilizados nos projetos de redes estão 
apresentadas nas Tabelas 9 e 14 - págs. 70 e 75. 
No dimensionamento da rede primária, nos casos de reforma ou construção de 
redes novas, deve ser projetada de acordo com sua configuração para atendimento 
à carga prevista para o quinto ano subsequente. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 31 -
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b) Número de Alimentadores 
 
O número de alimentadores para atendimento a uma localidade deve ser em função 
de sua demanda, área, distribuição de carga e localização da subestação. 
 
A título de orientação a Tabela 7 - pág. 68 fornece o número de alimentadores para 
atendimento a localidades com demanda até 15 MVA, e o respectivo condutor 
tronco. 
 
O dimensionamento deve ser feito observando-se a queda de tensão máxima 
permitida, perdas e capacidade de condução. 
 
Entende-se como queda de tensão máxima na rede primária a queda compreendida 
entre o barramento da subestação e o ponto mais desfavorável onde se situa o 
último transformador de distribuição ou o último consumidor primário.O processo de cálculo elétrico e o coeficiente de queda de tensão em % por MVA / 
km, estão indicados ilustrativamente nas Tabelas 10 e 11 - págs. 71 e 72, devendo 
para tanto ser utilizado o modelo do Desenho 3 - pág. 62. 
 
Com base no traçado da rede primária e bitola do condutor calcula-se a queda de 
tensão considerando a carga estimada no fim do horizonte de projeto. 
 
Se este valor estiver dentro do limite do perfil de tensão adotado, o traçado é 
aceitável. 
 
Em áreas de densidade de carga média e baixa, o dimensionamento estabelecido 
por queda de tensão redunda em nível de perdas consideradas aceitáveis para o 
sistema. 
 
Quanto às áreas de alta densidade, caracterizadas por alimentadores de pequena 
extensão, o fator limitante para o dimensionamento dos condutores será o nível de 
perdas. 
 
O nível de perdas esperado para o sistema pode ser avaliado periodicamente como 
subsídio para o planejamento através de cálculos em alimentadores típicos. 
 
O cálculo da queda de tensão e de perdas de potência usualmente é feito pelo 
“Método de Impedância”. 
 
 
c) Carregamento 
 
O carregamento de alimentadores será função da configuração do sistema (radial 
ou radial com recurso), que implicará ou não numa disponibilidade de reserva para 
absorção de carga por ocasião das manobras e situações de emergência. 
Para os alimentadores interligáveis o carregamento máximo deve situar-se entre 50 
e 60% da capacidade térmica dos condutores. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 32 -
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8.4.2. Rede Secundária 
 
A rede secundária pode ser alimentada por transformadores trifásicos ou monofásicos 
obedecendo os critérios básicos estabelecidos abaixo: 
 
- no primeiro caso, o secundário será a 4 fios com neutro multiaterrado e comum ao 
primário. Nos fins de circuitos podem ser utilizados, dependendo da carga instalada, 
vãos com duas fases e neutro e com uma fase e neutro; 
 
- no segundo caso, o secundário será a 3 fios com neutro multiaterrado e comum ao 
primário. 
 
 
8.4.2.1. Transformadores de Distribuição 
 
As potências nominais em kVA, padronizadas para transformadores de distribuição 
(13,8 e 34,5 kV ) para instalação em postes são as seguintes: 
 
- transformadores monofásicos: 10; 15; 25 e 37,5; 
- transformadores trifásicos: 30; 45; 75, 112,5 e 150. 
 
Os transformadores de 112,5 e 150 kVA somente deverão ser utilizados em casos 
especiais, para grandes densidades de carga, mediante aprovação da CELG. 
 
Os transformadores deverão ser dimensionados de tal forma a minimizar os custos 
anuais de investimento inicial, substituição e perdas, dentro do horizonte do projeto. 
 
Na falta de maiores informações sobre o crescimento de carga da área, os 
transformadores serão dimensionados para atender a evolução da carga prevista até o 
ano 5, conforme Desenho 1 - pág. 60. 
 
O carregamento máximo dos transformadores deve ser fixado em função da 
impedância interna, perfil de tensão adotado levando-se também em conta os limites 
de aquecimento sem prejuízo da sua vida útil. 
 
As instalações de transformadores devem atender os seguintes requisitos básicos: 
 
- localizar tanto quanto possível no centro da carga; 
 
- localizar próximo às cargas concentradas principalmente as que ocasionam flutuação 
de tensão; 
 
- localizar-se de forma que as futuras relocações sejam minimizadas. 
 
 
8.4.2.2. Níveis de Tensão Secundária 
 
A tensão nominal da rede secundária alimentada por transformadores trifásicos, será 
de 380/220 V e de 440/220 V quando alimentada por transformadores monofásicos 
(povoados). 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 33 -
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A máxima queda de tensão permissível na rede secundária será de 5% em condições 
normais de operação. 
 
Este valor máximo é fixado para verificação da possibilidade de ligação de novos 
consumidores a 4 fios na rede existente, sem necessidade de modificação da mesma. 
 
Para o cálculo de queda de tensão deve ser usado o formulário próprio, conforme 
Desenho 3 - pág. 62. No cálculo de anéis fechados não é necessário que as quedas no 
ponto escolhido para abertura sejam iguais, bastando que ambas sejam inferiores aos 
valores máximos permitidos. 
 
O cálculo de queda de tensão deve ser feito adotando os coeficientes constantes das 
Tabelas 12 e 13 - págs. 73 e 74. 
 
 
8.4.2.3. Configuração da Rede Secundária 
 
Sempre que possível serão adotados circuitos típicos de acordo com a figura a seguir. 
Essas configurações permitem o atendimento em 380/220 V de toda gama de 
densidade de carga características da rede de distribuição aérea, ou seja, abrangendo 
desde áreas cuja carga é constituída exclusivamente de iluminação pública até áreas 
compostas de cargas altamente concentradas. 
 
 q q q /2 q q /2 
 
 
 
 
 q 
 
 q /2 
 
 
 q /2 
 q q /2 
 
 q 
 
 
 
 
 
 q q /2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
q = 100 METROS - FRENTE DA QUADRA (COM FACHADA DO LADO DA RUA) 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 34 -
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A adoção de um determinado circuito típico será função da densidade de carga inicial, 
taxa de crescimento e da configuração do arruamento. Em cada projeto 
individualmente considerado, torna-se, na maioria dos casos, difícil a aplicação dos 
circuitos típicos caracterizados. Entretanto, estas configurações devem ser 
gradativamente atendidas à medida que a integração destes projetos individuais o 
permitam, e isto poderá ser alcançado através de um planejamento orientado para as 
pequenas extensões. 
Todos os circuitos de BT deverão ser fechados em anel. 
 
8.4.2.4. Dimensionamento de Condutores de BT 
 
- Tipo e Bitola 
 
Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede secundária de distribuição são 
cabos de alumínio CA, nas bitolas 2 AWG, 1/0 AWG e 2/0 AWG, cujas 
características básicas são indicadas na Tabela 14 - pág. 75. 
 
A ligação do secundário do transformador ao barramento deverá ser feita com cabo 
isolado em XLPE, seção 50 mm2 , para potências até 112,5 kVA. 
 
a) Critérios Gerais 
 
A rede secundária deverá ser dimensionada de tal forma a minimizar os custos 
anuais de investimento inicial, ampliações, modificações e perdas dentro do 
horizonte do projeto. 
 
Na falta de maiores informações sobre o crescimento de carga da área, a rede 
secundária deverá ser dimensionada para atendimento à evolução da carga 
prevista até o 10 0 ano subsequente, prevendo-se possível subdivisão do circuito 
no 5 0 ano. 
 
No dimensionamento elétrico deve-se considerar que o atendimento ao 
crescimento da carga será feito procurando-se esgotar a capacidade da rede, 
observando-se os limites de capacidade térmica dos condutores e máxima queda 
de tensão fixada pelo perfil adotado. 
 
O processo de cálculo elétrico utilizado para fins de projeto de redes secundárias 
é o dos coeficientes de queda de tensão em % por kVA x 100 m sendo a carga 
sempre considerada equilibrada ou igualmente distribuída pelos circuitos 
monofásicos existentes. 
 
Apesar de se procurar equilibrar as cargas entre as fases, os resultados desse 
dimensionamento devem ser periodicamente aferidos através de medições 
posteriores dos circuitos, a fim de determinar possíveis fatores de correção a 
serem adotados em projetos futuros. 
 
b) Previsão da Taxa de Crescimento 
 
Especial atenção deve ser dispensada na determinação da taxa de crescimento 
pois este índice, para as cargas na rede secundária, nem sempre coincide com o 
crescimento médio global da zona típica na qual está inserida. Isto porque o 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 35 -
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 índice de crescimento da zonatípica leva em consideração além da evolução da 
carga nas áreas já atendidas, a ligação das cargas das áreas ainda não atendidas, 
aliando a isto as cargas alimentadas nas tensões primárias. 
 
Fundamentalmente deverão ser distinguidos 03 casos: 
 
- áreas com edificações compatíveis com a localização e totalmente construí- das: 
 
neste caso a taxa de crescimento a ser adotada deve corresponder ao 
crescimento médio de consumo por consumidor, sendo invariavelmente um 
valor pequeno; 
 
- áreas com edificações compatíveis com sua localização e não totalmente 
construídas: 
 
neste caso, além do índice de crescimento devido aos consumidores já 
existentes, devem ser previstos os novos consumidores, baseado no ritmo de 
construção observado na área em estudo; 
 
- áreas com edificações não compatíveis com suas localizações: 
 
neste caso normalmente corresponde a uma taxa de crescimento mais elevada, 
tendo-se em vista a tendência de ocupação da área, por edificações de outro 
tipo. Como exemplo, pode-se citar o caso de residências monofamiliares em 
áreas com tendências para construção de prédios de aparta-mentos. Neste caso, 
a demanda futura deve ser estimada com base na carga de ocupação futura, 
levando-se em conta o ritmo de construção observado no local. 
 
 
c) Tipos de Projetos 
 
A rotina a ser seguida no dimensionamento da rede secundária deverá ser feita 
conforme as características e finalidades do projeto, quais sejam: 
 
- Projeto de Reforma de Rede 
 
* Preparar os esquemas de redes secundárias típicas de acordo com a 
configuração dos quarteirões existentes na área do projeto. 
 
* Os esquemas deverão atender o perfil da tensão adotado para a área com 
valores extrapolados para o 10 0 ano, podendo-se prever a subdivisão do 
circuito no 5 0 ano. 
 
* Lançar as redes típicas, observando as configurações típicas técnico e 
economicamente recomendadas em função da densidade de carga inicial do 
circuito com a respectiva taxa de crescimento. 
 
* Conferir os resultados obtidos levando-se em conta os consumidores trifásicos 
de carga elevada e os de cargas especiais. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 36 -
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- Projeto de Extensão de Rede 
 
* Multiplicar o valor da demanda diversificada média por consumidor, definida 
no item 8.2.2.2 - pág. 21 pelo número total de consumidores a serem 
atendidos pelo circuito, inclusive lotes vagos, obtendo-se o total da carga 
(kVA) residencial. 
 
* Adicionar à carga residencial as demandas dos consumidores não 
residenciais. 
 
* Se a demanda máxima prevista ocorrer no período noturno, deverá ser 
acrescentada a carga de iluminação pública. 
 
* Preparar o esquema da rede secundária típica de acordo com a configuração 
dos quarteirões existentes na área do projeto. 
 
* Calcular a queda de tensão do circuito, cujo valor para o 50 ano deverá 
atender ao perfil da tensão, uma vez que seja previsto a subdivisão do 
circuito para este ano, ou quando o caso assim o requerer. 
 
 
- Projeto de Rede Nova 
 
O dimensionamento da implantação de redes secundárias em projetos de redes 
novas será semelhante ao disposto na subalínea “Projeto de Reforma de Rede” 
deste item - pág. 35. 
 
- Dimensionamento e Localização dos Transformadores 
 
Deverão ser utilizados transformadores trifásicos ou monofásicos conforme o 
critério estipulado no item 8.4.2.1 - pág. 32, observando-se as potências e tensões 
padronizadas, bem como as demais características, de acordo com a NTD-10. 
 
Os transformadores devem ser dimensionados levando-se também em 
consideração o Desenho 1 - pág. 60. 
 
- Os transformadores devem ser instalados o mais próximo possível do centro de 
carga do respectivo circuito secundário e também próximo às cargas 
concentradas, principalmente aquelas causadoras de “flicker” na rede (raio X, 
máquinas de solda, motor de grande capacidade, forno a arco, etc.). 
 
- Podem existir situações que o transformador deve ser exclusivo para atendimento 
de uma carga flutuante, assim sendo, deve ser dada atenção especial às seguintes 
cargas: 
 
* motor monofásico com potência superior a 5 cv alimentado em tensão fase-
neutro; 
 
* motor de indução trifásico com rotor em curto-circuito com potência superior a 
30 cv; 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 37 -
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* máquina de solda a transformador com potência superior a 15 kVA, ligação 
V-v invertida; 
 
* máquina de solda a transformador, 3 fases com potência superior a 30 kVA. 
 
- Os transformadores não devem ser instalados nos postes localizados em es- 
quinas e em pontos sob grande esforço mecânico. 
 
- O transformador deverá ser instalado em poste de concreto circular obedecendo 
aos esforços mecânicos que a estrutura estará sujeita. 
 
- Equilíbrio de Carga 
 
Em qualquer ponto de um circuito secundário o desequilíbrio permissível é de 
20%, admitindo-se em operação de emergência uma tolerância de 10%, 
totalizando-se no máximo, 30%. 
 
Para efeito desta norma o desequilíbrio pode ser calculado pela expressão abaixo: 
 
 
 d% 3
2
 x ( 2.Ia - Ib - Ic ) 3 ( Ic - Ib )
Ia Ib Ic
 x 100
2 2
=
+
+ +
 
 
onde: 
 
Ia, Ib e Ic são os módulos das correntes nas fases, em ampères. 
 
 
- Critérios de Projetos 
 
* Nos projetos de modificação, melhoramento e reforma, quando o desequilíbrio 
verificado for maior que o valor máximo estipulado, deve-se prever o 
correspondente equilíbrio, discriminando-se as fases de cada ramal de ligação. 
 
* Para os projetos de redes novas e extensões de redes esta providência é 
dispensada. O faseamento dos novos consumidores deve ser indicado aos 
eletricistas de ligação pelo pessoal responsável pelo acompanhamento do 
referido sistema. 
 
 
- Correção dos Níveis de Tensão 
 
Nos casos de projetos de melhoramento e reforma de rede, constatados níveis de 
tensão inadequados na rede secundária, a primeira providência a ser tomada é 
verificar as condições de equilíbrio da rede. 
 
Se o equilíbrio de carga não resolver o problema, devem ser analisadas técnico-
economicamente as outras medidas, procurando a solução mais viável. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 38 -
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8.4.3. Proteção e Seccionamento 
 
Para complementar os requisitos necessários para se atingir a confiabilidade desejada, 
diversos equipamentos deverão ser convenientemente alocados e especificados 
conforme critérios descritos a seguir: 
 
 
8.4.3.1. Proteção Contra Sobrecorrente 
 
A aplicação de equipamentos de proteção e sua coordenação é um dos fatores 
decisivos para a operação do sistema de distribuição dentro dos limites estabelecidos. 
 
 
I) Localização dos Equipamentos 
 
A aplicação de equipamentos de proteção contra sobrecorrente deverá ser 
condicionada a uma análise técnico-econômica de alternativas dos esquemas de 
proteção de cada circuito. Em princípio esses equipamentos devem ser instalados 
nos seguintes pontos: 
 
 
a) Em Troncos de Alimentadores 
 
- Próximo à saída de cada circuito da subestação. No caso de dois circuitos 
protegidos por um mesmo disjuntor, pode-se utilizar religador ou 
seccionalizador, levando-se em conta a coordenação dos mesmos com o 
disjuntor. 
 
- Após cargas cujas características especiais exijam uma continuidade de 
serviço acentuada, usar religador ou seccionalizador. 
 
- Onde o valor da corrente de curto-circuito mínimo não é suficiente para 
sensibilizar dispositivos de proteção de retaguarda, deve-se utilizar religador 
ou chave fusível. 
 
 
b) Em Ramais de Alimentadores 
 
- No início de ramais que suprem áreas sujeitas a falhas, cuja probabilidade 
elevada de interrupções tenha sido constatadaatravés de dados estatísticos, 
deve-se utilizar religador ou seccionalizador. 
 
Nos demais casos não abrangidos pelo item acima, usar chave fusível. 
 
 
c) Em Transformadores 
 
- Todos os transformadores deverão ser protegidos através de chaves fusíveis, 
com elos fusíveis de amperagem adequada à potência do transformador. 
 
 
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d) Em Ramais de Consumidores em AT 
 
- Deverão ser protegidos através de chaves fusíveis de capacidade adequada. 
 
 
II) Critérios para Seleção de Equipamentos de Proteção 
 
Os equipamentos a serem instalados nas RDU's, devem ter a tensão nominal e o 
nível básico de isolamento compatíveis com a classe de tensão do sistema e 
também atender as demais condições necessárias em função do seu ponto de 
instalação. 
 
a) Chaves e Elos Fusíveis 
 
- Para Proteção de Redes Primárias: 
 
* a capacidade de interrupção, associada ao valor de X/R do circuito, no 
ponto de instalação, deve ser, no mínimo, igual à máxima corrente de 
defeito nesse ponto; 
 
* para possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de prejudicar o 
fornecimento a outros consumidores deverão ser utilizadas chaves fusíveis 
equipadas com dispositivo para permitir abertura em carga, mediante a 
utilização de ferramenta apropriada. 
 
- Para Proteção de Transformadores de Distribuição: 
 
Idealmente, um elo fusível de proteção de transformador de distribuição deve 
cumprir os seguintes requisitos: 
 
* o elo fusível deve operar para curto-circuito no transformador ou rede 
secundária, fazendo com que estes defeitos não tenham repercussão na rede 
primária; 
 
* o elo fusível deve suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o 
transformador é capaz de suportar sem prejuízo de sua vida útil; 
 
* os elos fusíveis para a proteção dos transformadores deverão ser de 
capacidade adequada, conforme Tabelas 15 e 16 - pág. 76. 
 
 
b) Religadores 
 
- A corrente nominal da bobina série deve ser igual ou maior à máxima corrente 
de carga no ponto, incluindo manobras usuais, e com previsão de crescimento 
de carga, para um período de no mínimo 3 anos, observando os requisitos de 
coordenação da proteção. 
 
- A capacidade de interrupção do religador, associado ao valor de X/R do 
circuito deve ser no mínimo igual a máxima corrente simétrica de defeito no 
ponto considerado. 
 
 
DD-DVED / NTD-08 - 40 -
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- O religador deve ser sensível às menores correntes de curto-circuito no trecho 
por ele protegido, incluindo, sempre que possível, os trechos a serem 
acrescidos, quando da realização de manobras consideradas usuais. 
 
- A corrente de disparo da bobina série deve ser menor que a mínima cor-rente 
de curto-circuito dupla fase, no caso do mesmo possuir disparo para terra, ou 
menor que a mínima corrente de curto-circuito no trecho protegido, quando o 
mesmo não o possuir. 
 
- A corrente de disparo para terra deve ser menor que a mínima corrente de 
curto-circuito fase-terra e maior que a máxima corrente de desequilíbrio 
provável. 
 
- Caso esse critério de inclusão de trechos sob manobras acarrete a escolha de 
bobinas cujas sensibilidades sejam reduzidas, a ponto de prejudicar a 
coordenação (a montante e jusante) excluir a condição de manobra no 
dimensionamento dessas bobinas. 
 
c) Seccionalizadores 
 
A instalação de seccionalizadores requer que as seguintes condições sejam 
satisfeitas: 
 
- os mesmos só podem ser usados em série, tendo um dispositivo de religa-
mento automático na retaguarda; 
 
- o dispositivo de sua retaguarda deve ser capaz de sentir as correntes míni-mas 
de defeito na zona de proteção do seccionalizador; 
 
- as correntes mínimas de defeitos na zona de proteção devem ser superiores às 
correntes mínimas de atuação dos seccionalizadores; 
 
- o seccionalizador equipado com dispositivo de disparo de terra exige um 
religador também com dispositivo de disparo de terra (ou relé de neutro), 
assim como seccionalizador trifásico exige religador trifásico, com abertura 
simultânea de todas as fases; 
 
- o tempo de memória do seccionalizador deve ser, no mínimo, igual à soma dos 
tempos de operações mais o tempo de religamento do equipamento de 
retaguarda; 
 
- os seccionalizadores não interrompem correntes de defeitos e não precisam ter 
capacidade de interrupção; 
 
- as demais características são semelhantes às dos religadores. 
 
8.4.4. Proteção Contra Sobretensão 
 
A proteção contra sobretensão, será feita por pára-raios adequadamente 
dimensionados e localizados de modo a se obter o máximo aproveitamento do equipa-
mento protetor. 
 
 
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8.4.4.1. Localização do Pára-Raios 
 
Deverão ser projetados pára-raios nos seguintes pontos: 
 
a) em transformadores de distribuição; 
b) em estruturas que contenham religadores, seccionalizadores, reguladores de 
tensão, capacitores e chave a óleo, utilizar dos dois lados; 
c) em estruturas de entradas de consumidores primários; 
d) em pontos de transição de rede aérea para subterrânea e vice-versa; 
e) nos fins de rede primária. 
 
 
8.4.4.2. Critérios para Seleção do Pára-Raios 
 
a) Os pára-raios a serem utilizados deverão ser do tipo distribuição, equipados com 
desligador automático. 
b) A tensão nominal do pára-raios deverá ser em função da tensão nominal do sistema 
e do tipo de aterramento. 
c) A corrente nominal de descarga do pára-raios deverá ser no mínimo de 5 kA. 
d) O nível de proteção para impulsos dos pára-raios deverá coordenar com os níveis 
básicos de isolamentos para impulsos dos equipamentos por eles protegidos. 
 
 
8.4.5. Aterramento 
 
a) Deverão ser aterrados todos os pára-raios e carcaças de transformadores, 
religadores, seccionalizadores, reguladores, capacitores e chaves a óleo. 
b) Havendo condutor neutro a ligação à terra deverá ser comum aos pára-raios, ao 
neutro e à carcaça dos equipamentos a serem protegidos. 
c) Em rede de distribuição aérea o condutor neutro deverá ser aterrado em inter-valos 
de aproximadamente 300 em 300 metros e não ser interrompido. 
d) Não deverá haver ponto de circuito secundário afastado mais de 200 metros de um 
terra. 
e) Além desses aterramentos, quando necessário para se obter uma maior proteção, é 
aconselhável projetar alguns poços de aterramento em lugares convenientes. A 
quantidade de poços necessária dependerá de uma análise técnico-econômica em 
função da resistividade de solo. 
f) Todo fim de rede terá seu neutro aterrado. 
g) Em redes que possuem neutro contínuo é aconselhável, como medida de segurança, 
o aterramento do estai através do neutro, quando for o caso. 
 
 
8.4.6. Seccionamento e Manobra 
 
São os seguintes os tipos de equipamentos de seccionamento a serem utilizados nas 
redes aéreas de distribuição: 
 
a) chave faca unipolar com dispositivo para abertura em carga; 
b) chave tripolar para abertura com ou sem carga; 
c) chave a óleo. 
 
 
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8.4.6.1. Localização dos Equipamentos de Seccionamento 
 
Chaves faca unipolares com dispositivo para abertura em carga e tripolar para 
abertura em carga deverão ser utilizadas em pontos de manobras, visando a 
eliminação da necessidade de desligamento nas subestações para abertura das mesmas 
e a minimização do tempo necessário à realização de uma determinada manobra e do 
número de consumidores atingidos por ela. 
 
Deverão ser instaladas em pontos de fácil acesso para maior facilidade de operação. 
 
Como casos gerais de locais onde devem ser instaladas essas chaves, temos: 
 
- pontos de interligação de alimentadores; 
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