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Aula 2 a importancia no trafico negreiro para a economia colonial brasileira

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A importância no tráfico negreiro para a economia colonial 
brasileira 
Nos anos de 1990, entretanto, dois historiadores – João Fragoso e 
Manolo Florentino – , pautados em novas fontes primárias, 
principalmente inventários, vão discutir a importância no tráfico 
negreiro para a economia colonial brasileira, o principal argumento 
desenvolvido é o de que embora a maior parte dos escravos fosse 
utilizados no produção do açucar, a importação dos mesmos não 
diminuía em períodos nos quais havia queda na exportação de açucar 
para a Europa sendo assim, na opinião desses historiadores, fica 
demonstrado que essa mão de obra era desviada para outros produtos – 
tabaco, algodão, gado, alimentos – fossem eles para atender as 
flutuações do mercado externo ou para atender as necessidades dos 
próprios habitantes da colônia. Outro desdobramento, quando se toma 
o tráfico como fator comercial por si mesmo, é o de que o escravo é 
uma mercadoria que não é comprada ou vendida para Portugal, ele 
rompe com os limites impostos pelo pacto colonial – o comércio era 
feito diretamente entre Brasil e África e uma parte dos escravos era 
revendida para colônias espanholas na América. Ainda existe um 
terceiro fator, a moeda de troca utilizada pelos traficantes para 
adquirir mão de obra na costa africana era, principalmente o 
aguardente (cachaça) o que nos leva a perceber que uma parte da 
produção açucareira, mesmo que pequena, não estava direcionada a 
Europa e o lucro advindo da transação também não vinha dali.

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