Buscar

Apostila B MILITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 111 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 111 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 111 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
2010 										 VOLUME - B
	PROF. DR. JOSÉ ANTONIO DE MILITO
	PREFÁCIO
É grande a importância do planejamento em todas as fases de um empreendimento.
Esta apostila mostra os conceitos que poderão ser aplicados, para minimizar os imprevistos e garantir uma obra planejada e sem riscos. Ela define, em primeiro lugar, a descrição do empreendimento, depois como orçar e finalmente, através de controles gráficos, planejar.
O planejamento é bem sucedido, quando se conhece todos os materiais, os métodos executivos e se mantém um controle constante durante toda a duração da obra. Não se concebe planejar no papel e deixar guardado na gaveta.
Espero que esta apostila possa fornecer aos alunos, os subsídios necessários ao correto planejamento e controle de obras.
JOSÉ ANTONIO DE MILITO
SUMÁRIO
	1 - Memorial Descritivo
	04
	 Memorial Descritivo – Modelo 01
	08
	 Memorial Descritivo – Modelo 02
	23
	 Memorial Descritivo – Modelo 03
	29
	
	
	2 - Caderno de Encargos
	31
	
	
	3 - Orçamento
	37
	 3.1 – Tipos de Orçamento
	37
	 3.1.1 - Orçamento por estimativa
	37
	 3.1.2 - Orçamento Preço Composto (sintético)
	38
	 3.1.3 -Orçamento Detalhado (analítico)
	38
	
	
	 3.2 - Considerações sobre Orçamento
	40
	 3.2.1 - Custo Direto
	40
	 3.2.2 - Custos Indiretos
	43
	 3.2.3 - Despesas Indiretas
	43
	 3.2.4 - Cálculo do BDI
	46
	
	
	 3.3 - Planilha Orçamentária e quantificação dos serviços
	50
	 3.3.1 - Preenchimento da Planilha do Orçamento
	50
	 3.3.2 - Cálculo da quantidades
	54
	
	
	4 - Controle Gráfico das Construções
	64
	 4.1 - Diagrama de Gantt
	64
	
	
	 4.2 - Gráfico de Andamento
	67
	
	
	 4.3 - Técnicas de Caminho Crítico
	69
	 4.3.2 - Diferenças entre PERT e CPM
	70
	
	
	 4.4 - PERT
	70
	 4.4.1 – Definição
	70
	 4.4.2 – Etapas no preparo do PERT
	71
	 4.4.3 – Primeira Etapa – Planejamento
	71
	 4.4.4 – Segunda Etapa – Programação
	77
	 4.4.5 – Conclusão
	94
	
	
	5 - Anexos
	99
	
	
	6 - Bibliografia
	106
	
	
	
	
MEMORIAL DESCRITIVO, ORÇAMENTO E CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO.
1 - MEMORIAL DESCRITIVO
	Para elaborar um orçamento é imprescindível que tenhamos em mãos dados da construção, que nos oriente nos momentos de quantificar, qualificar os materiais, os sistemas construtivos, etc.; bem como de coletar os custos.
	O projetista, ao elaborar um trabalho, deve ao seu final, executar uma descrição do mesmo, de maneira que o executor (construtor) tenha em mãos de que maneira o projeto deve ser executado, bem como os materiais a serem utilizados para que o mesmo saia a cópia fiel do projeto elaborado, com isso, todos os trabalhos desenvolvidos devem ser acompanhados dos chamados "Memorial Descritivo", ou ainda "Caderno de Encargos", "Caderno Técnico", etc.
	O Memorial Descritivo nada mais é do que a "descrição" completa de todos os materiais, formas de execução, tipos de serviços de um determinado projeto. Quanto mais detalhado for, melhor será a execução bem como seu orçamento, pois nos fornece grandes subsídios.
	O Memorial Descritivo é composto por um cabeçalho contendo os dados da obra, os itens a serem descritos e finalizar com a assinatura do responsável técnico e do proprietário.
	Segue uma orientação com alguns tópicos mínimos a serem abordados na descrição dos itens.
MEMORIAL DESCRITIVO
CONSTRUÇÃO:	____(tipo de construção, residencial, comercial...)_______
LOCAL:		_______________________________________________
PROPRIETÁRO:	_______________________________________________
		1 - Condições Locais:
		 - Topografia do Terreno: % de inclinação aproximada;
		 - Benfeitorias Públicas: água, luz, esgoto, asfalto, etc;
		 - Terrenos Vizinhos: se estão edificados ou não.
		2 - Serviços Preliminares:
		 - Sondagens: nº de furos, posição, etc;
		 - Limpeza do Terreno; (descrever)
		 - Marcação da Obra; (qual o sistema utilizado)
		 - Canteiro de Obras. (tipo de construção, materiais utilizados)
		3 - Fundação:
		 - Tipo de Fundação; (sapata, estaca...)
		 - Profundidades Mínimas;
		 - Traço do Concreto utilizado;
		 - Abertura das Valas: dimensões, preparo, etc; 
		 - Alvenaria de embasamento; (material)
		 - Impermeabilização. (tipo, locais da aplicação)
		4 - Alvenaria:
		 - Elemento utilizado;
		 - Assentamento: argamassa, tipo de assentamento, etc;
		 - Reforços: vergas, cinta de amarração, etc;
		 
		5 - Estrutura:
		 - Concreto: traço, fck, lançamento;
		 - Aço; tipo, estocagem do aço
		 - Fôrmas: tipo de madeira, travamentos, etc.	
		 
		6 - Forros:
		 - tipo: laje pré, madeira, PVC, etc;
		 - concreto: agregados, traço;
		 - revestimento interno.
		7 - Cobertura:
		 - madeira utilizada;
		 - telha: tipo, caimento;
		 - beiral; (forma de beiral)
		 - calhas, rufos e pingadeiras; (tipo e espessura de chapa, corte)
		 - condutores.
	 8 - Revestimento Interno:
		 - chapisco: traço, locais; (formas de aplicação)
		 - emboço: traço, espessura, tipo de areia:
		 - reboco: traço ou tipo de massa pronta:
		 - azulejo: tipo, assentamento, rejuntamento 
		 *locais de aplicação dos revestimentos.
		
		9 - Revestimento Externo:
		 - chapisco: traço, locais;
		 - emboço: traço, espessura, tipo de areia:
		 - reboco: traço ou tipo de massa pronta:
		 *locais de aplicação dos revestimentos
	 10 - Preparação para pisos:
		 - nivelamento: (do solo)
		 - apiloamento: (do solo)
		 - concreto: traço, espessura, impermeabilização;
		 - argamassa de regularização.	
	 11 - Pisos:
		 - material, espessura, traço, assentamento, rejuntamento;
		 - tipos de junta de dilatação
		 * locais de aplicação.
	 12 - Rodapés, Soleiras e Peitoris:
		 - tipo de material;
		 - dimensões; (altura dos rodapés largura das soleiras e peitoris)
		 * locais de aplicação.
	 13 - Esquadrias de Madeira:
		 - dimensões;
		 - tipo de madeira;
		 - acabamentos;
		 * locais de colocação.
 
 14 - Esquadrias Metálicas:
		 - tipos;
		 - materiais;
		 * locais de colocação.
	 15 - Ferragens:
		 - tipos;
		 - materiais.
	 16 - Instalação Hidráulica:
		 - água fria: reservatórios, tipo de tubulação, pontos d'água;
		 - água quente: tipo de tubulação, pontos d'água, tipo de aquecedor;
		 - esgoto: tipo de tubulação, local de captação e despejo, ventilação,
			 caixa de gordura, caixa de inspeção:
		 - águas pluviais: tipo de tubulação, acessórios, local de descarga.
	 17 - Aparelhos Sanitários:
		 - tipo de peças;
		 - válvula de descarga; (ou caixa acoplada)
		 - cor;
		 - tanque, pia, etc.
	 18 - Instalação Elétrica:
		 - caixa de entrada;
		 - materiais de condutores;
		 - conduites
		 - poste;
		 - caixa de distribuição.
	 19 - Pisos Externos e Muros:
		 - contrapiso;
		 - tipo de piso;
		 - material para o muro;
		 - altura do muro;
		 - acabamento.
	 20 - Pintura:
		 - tipo de tinta;
		 - tratamento da base;
		 * locais de aplicação.
	 21 - Vidros:
		 - tipos;
		 - espessuras;
		 - cor;
		 * locais de aplicação.
	 22 – Calçada:
		 - preparo da base;
		 - tipo de piso; (cerâmica,pedra, cimentado...)
	 23 – Piscina:
		 - tipo construtivo;
		 - profundidade, impermeabilização, revestimento;
		 - acabamento da borda e piso externo.
	 24 - Limpeza:
		 - citar o tipo de limpeza que será efetuada.
__________________________			__________________________
Autor e responsável pela obra			Proprietário
OBS.: Além dos itens expostos acima, podemos acrescentar outros tais como:
		- Marcenaria			- Piscina
		- Serralheria			- Sauna
		- Escadas			- Paisagismo
		- Ar Condicionado, Etc.
	Caso seja necessário, podemos acrescentar ou suprimir itens de acordo com cada tipo de projeto; esses itens devem se possíveis, ser seguidos no Orçamento e nos Controles Gráficos das Construções.
	Compilamos a seguir, três modelos de Memoriais Descritivos, um mais completo e outro mais simplificado, que servirão somente como base para futuros memoriais, pois cada projeto deve ter seu próprio Memorial Descritivo.
*MEMORIAL DESCRITIVO (Modelo: 1)
Obra: ______________________________________________________________
Local:______________________________________________________________
Propr.:_____________________________________________________________
01.00-CONDIÇÕES LOCAIS:
Terreno:
O terreno apresenta um leve aclive para o fundo de aproximadamente 5%, estando o mesmo coberto por vegetação rasteira.
O terreno é servido por todas as benfeitorias públicas tais como: asfalto, água, esgoto, telefone e rede de energia elétrica.
Todos os terrenos vizinhos são edificados, sendo as edificações laterais térreas e a de fundo assobradada.
Todas as edificações vizinhas estão a mais de 1,5m da divisa.
02.00-SERVIÇOS PRELIMINARES:
Sondagens do subsolo:
Deverão ser executados 03 furos de sondagens locados desalinhados, próximo as divisas.
A sondagem deverá ser do tipo à percussão com determinação do SPT (Standart Penetration Test) de metro em metro e executada com equipamentos e metodologias padronizadas pela ABNT.
A profundidade dos furos deverá ser até atingir a camada impenetrável conforme normas.
Limpeza do terreno e Movimento de terra:
A limpeza do terreno deverá ser executada de maneira a retirar toda a camada superficial de terra vegetal, utilizando equipamento mecânico de porte apropriado. As áreas deverão ficar completamente limpas e desprovidas de tocos, raízes etc. O entulho removido deverá ser transportado para local aprovado pela Prefeitura Municipal.
Será efetuada uma escavação aproveitando a inclinação do terreno, conforme indicado no projeto.
02.03	Locação da obra:
Será procedida a locação, planimétrica e altimétrica, com os devidos instrumentos de acordo com a planta de locação.
O lançamento das medidas será sobre gabarito, nivelado e executado com pontaletes e sarrafos firmemente travados e pregados.
Serão aferidas as dimensões, alinhamentos, ângulos e quaisquer outras indicações constantes no projeto com as reais condições encontradas no local. Havendo discrepância, a ocorrência deverá ser comunicada ao projetista para as devidas providências.
Será mantido, em perfeitas condições, todas e quaisquer referências de nível (RN) e de alinhamento, o que permitirá reconstituir ou aferir a locação em qualquer tempo e oportunidade.
03.00-FUNDAÇÕES:
Perfuração das estacas:
A perfuração das estacas moldadas “In Loco” deverá obedecer à locação e diâmetros especificados no projeto.
A perfuração deverá ser feita preferencialmente por equipamento mecânico, somente admitindo-se perfuração manual quando previamente consultado o calculista estrutural e aprovado pelo engenheiro responsável.
A profundidade deverá obedecer ao mínimo estipulado em projeto e ser executada até a ocorrência de camada de solo resistente, previamente detectada, através de sondagem.
As perfurações deverão ser executadas perfeitamente a prumo.
Concretagem das estacas:
As estacas, onde indicadas serão armadas de acordo com o projeto de fundações.
O fck do concreto deverá ser o estipulado em projeto e suas características quanto ao preparo transporte e lançamento deverá obedecer ao item específico (concreto para infra-estrutura).
No caso de ocorrência de águas ou solos agressivos, serão adotadas medidas especiais de proteção ao concreto das estacas.
Sobre as estacas blocos de coroamento ligados entre si por vigas baldrames de concreto armado, de conformidade com indicações em projeto.
Quanto da concretagem deverá se feito o acompanhamento do consumo real de concreto pelo volume teórico, visando detectar possíveis estrangulamentos, desbarrancamentos e vazios.
Abertura de valas:
O movimento de terra a ser executado obedecerá rigorosamente às cotas e perfis previstos no projeto.
Após a conclusão das escavações, o fundo das valas, blocos e vigas baldrames deverão ser devidamente apiloados manualmente com soquetes ou mecanicamente com compactador.
O fundo das valas deverá ser perfeitamente nivelado, a fim de se obter um plano de apoio adequado para a colocação do concreto.
Os trabalhos de aterro e reaterro de cavas de fundação serão executados com materiais escolhidos, isentos de materiais orgânicos e entulhos, em camadas sucessivas de 20 (vinte)cm, molhados e energicamente apiloados, de modo a serem evitadas posteriores fendas, trincas e desníveis por recalque das camadas aterradas.
Formas das vigas baldrames:
As formas serão executadas com tábuas, sarrafos de pinho ou cedrilho.
As formas deverão adaptar-se exatamente as dimensões indicadas no projeto e devem ser construída de modo a não se danificarem pela ação da carga, especialmente a do concreto fresco.
As passagens de tubulações devem ser executadas preferencialmente na alvenaria de embasamento, caso haja necessidade de passar pelas vigas deverão obedecer rigorosamente às determinações do projeto.
Armação:
As execuções das armações deverão obedecer rigorosamente ao projeto estrutural no que se referem à posição, bitolas, dobramento e recobrimento.
Para execução das armações, os ferros deverão ser limpos e endireitados sobre pranchões de madeira.
Recomenda-se que o corte e o dobramento das barras de aço sejam feitas a frio e não se admitirá o aquecimento em hipótese alguma.
Não serão admitidas emendas de barras não previstas em projeto, e na colocação das armaduras, as formas deverão estar limpas.
Concreto:
Todos os blocos de fundação e outras peças em contato direto com o solo, terão lastro de concreto não estrutural ( 1:3:6 ou 1:4:8) com espessura mínima de 05(cinco)cm sobre solo previamente compactado e isento de impurezas.
O concreto deverá ter um consumo mínimo e 200 kg/m3 de concreto.
O traço de concreto a ser utilizado, poderá ser apresentado pelo engenheiro. responsável em função dos agregados disponíveis, das resistências e dos locais de aplicação, conforme definição do projeto.
Alvenaria de Embasamento:
As alvenarias de embasamento serão executadas com tijolos maciços, conforme especificado e obedecerão as dimensões e os alinhamentos determinados no projeto.
Os tijolos serão umedecidos e assentados com uma argamassa mista de cimento cal e areia grossa no traço 1:2:3 em volume.
As fiadas serão perfeitamente em nível, alinhadas e aprumadas. As juntas terão a espessura máxima de 1,5cm.
Os tijolos comuns de barro serão de argila, textura homogênea, bem cozidos, duros, isentos de fragmentos calcários ou outros corpos, arestas vivas e faces planas sem fendas, porosidade máxima admissível de 20% e taxa de carga de ruptura a compressão de 4,0 Mpa.
Deverá ser observada a impermeabilização de acordo com item especifico (13:00).
04.00 – ALVENARIA DE VEDAÇÃO:
As alvenarias de vedação serão de blocos cerâmicos executados conforme adiante especificado e obedecerão as dimensões e os alinhamentos determinados no projeto.
Se as dimensões dos tijolos a empregar obrigarem a pequena alteração dessas espessuras, o mesmo só poderá ser aplicado com prévia aprovação.
Os blocos deverão ser molhados antes da suacolocação, e para o seu assentamento será utilizado argamassa mista de cimento, cal e areia grossa comum no traço 1:2:8 em volume. Como opção, poderá ser utilizado argamassa pré-fabricada.
As fiadas serão perfeitamente em nível, alinhadas e aprumadas. As juntas terão a espessura máxima de 1,5 cm, e o excesso da argamassa de assentamento retirado para que o emboço adira fortemente.
O encontro das alvenarias com superfícies de concreto será chapiscada com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, sendo que nos pilares deverão ser deixados ferros de amarração de 5,0mm a cada no máximo 60cm.
Todo parapeito, platibanda, guarda corpo, parede baixa ou alta não encunhada na parte superior deverá ser reforçada com cintas de concreto armado e pilaretes embutidos.
Os vãos das portas e janelas levarão vergas de concreto armado na parte superior e contra vergas na parte inferior das janelas, devendo passar no mínimo para cada lado 30 cm.
05.00 – SUPERESTRUTURA:
Formas:
	A – Formas comuns:
As formas serão executadas com tábuas e sarrafos de pinho ou cedrinho, pontalete de eucalipto chapa de madeira resinada ou madeira aparelhada.
Deverão adaptar-se exatamente as dimensões indicadas no projeto e devem ser construída de modo a não se danificarem pela ação de cargas, especialmente a do concreto fresco.
As formas e escoramentos deverão ser construídos de modo tal que as tensões neles provocados, quer pelo seu peso próprio, pelo peso do concreto, ou pelas cargas acidentais que possam atuar durante a execução da concretagem, não ultrapassem os limites de segurança para os materiais que são feitos.
Os pontaletes de eucalipto devem ter diâmetro no mínimo de 10 cm devendo ser devidamente contraventados e as tábuas deverão ter espessura mínima de 2,5cm.
Evitar as emendas nos pontaletes, caso seja necessário nunca poderá ter mais do que uma emenda (preferencialmente no primeiro terço do pontalete) travada por talas e os topos dos pontaletes devem ser planos e normais ao eixo das peças.
As passagens de tubulações através das vigas ou outros elementos das formas deverão obedecer rigorosamente às determinações do projeto, não sendo permitidas mudanças da posição das mesmas.
Nos painéis de laje deverá haver cuidado de se prever contraflexas nas formas.
B – Forma para concreto aparente:
As formas deverão obedecer às especificações e detalhes contidos no projeto.
As formas e escoramentos apresentarão resistências suficientes para não se deformarem sensivelmente sob a ação das cargas e das variações de temperatura e umidade.
As formas serão de madeira compensada plastificada e suas laminas deverão ser coladas com cola fenólica e não cola branca.
É vedado o emprego de óleo queimado como agente protetor, bem como, o uso de outros produtos que, posteriormente venham a prejudicar a uniformidade de coloração do concreto aparente.
A aplicação do agente protetor de formas será efetuada antes da colocação das armaduras e precederá de quatro horas, no mínimo, ao lançamento do concreto.
Para garantir a estanqueidade das juntas, poderá ser empregado mata junta de madeira e fita adesiva nos painéis verticais.
A ligação das formas internas e externas será efetuada por meio de tubos separadores, preferencialmente de plástico, e tensores atravessando a estrutura de concreto.
Armação:
A execução das armações deverá obedecer rigorosamente ao projeto estrutural no que se referem à posição, bitolas, dobramento e recobrimento.
Para a execução das armaduras, os ferros deverão ser limpos e endireitados sobre pranchões de madeira.
O corte e o dobramento das barras de aço serão feitos a frio e não se admitirá o aquecimento em hipótese alguma.
Não serão admitidas emendas de barras não previstas em projeto. Na colocação de armaduras, as formas deverão estar limpas, isentas de qualquer impureza capaz de comprometer a boa qualidade dos serviços. A armação será separada da forma por meio de espaçadores (pastilhas).
Concreto:
O concreto usinado deverá obedecer ao indicado no projeto estrutural, e a sua execução será de responsabilidade integral da Contratada.
O concreto não poderá ser usado após 2:30min. Quando o período exceder a este tempo, deverá ser previsto com antecedência a colocação de aditivos.
O lançamento deverá ser de forma a reduzir o choque produzido sobre o molde e no lugar exato de seu emprego. A concretagem deverá obedecer a um plano de lançamento, com especiais cuidados na localização dos trechos de interrupção diária.
Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser devidamente vibrado, por meio de vibradores de imersão. A agulha do vibrador deverá ficar no meio da peça, não sendo permitido o apoio da mesma entre a forma e as armaduras.
Todo concreto deverá receber cura cuidadosa. As superfícies deverão ser mantidas úmidas, por meio de irrigação periódica, recobrimento da superfície com sacos de aniagem, mantas ou lâmina d’agua.
A desmoldagem deverá ser efetuada respeitando os prazos a forma e seqüência fixada pelo calculista.
A retomada de concretagem em peças que não foram previstas juntas de dilatação só poderá ocorrer após 72 horas. A superfície deverá ser limpa isenta de partículas soltas e poderá ser utilizado adesivo estrutural recomendado pelo calculista.
Todos os serviços de concretagem deverão ser acompanhados por equipe especializada em controle tecnológico, devendo promover todos os ensaios necessários.
06.00 – FORROS:
A laje utilizada será a treliçada e suas dimensões deverão obedecer ao projeto estrutural.
06.01 - Escoramento: - Todos os vãos deverão ser escorados com tábuas colocadas em espelho (guias), exceto nos escoramentos destinados às nervuras de travamento, onde deverão ser colocados “horizontalmente”, e pontaletadas. O escoramento deverá ser contraventado em duas direções, os pontaletes sobre calços com cunhas e as guias sobre chapuz.
06.02 - Colocação da laje treliçada: - Para o perfeito espaçamento entre as vigas treliçadas, deverão ser colocados as lajotas nas duas extremidades, as lajotas restantes deverão ser colocadas de modo a que não fiquem folgas e que não saiam do esquadro.
A primeira carreira de blocos deve ser apoiada de um lado sobre a parede e do outro sobre a primeira viga treliçada.
06.03 - Armadura de distribuição e negativa: - As armaduras deverão ser distribuídas de acordo com as indicações de bitola e quantidade anotadas no projeto estrutural. Para a armadura de distribuição serão usadas telas soldadas e remontadas uma malha nas emendas.
O ferro negativo deverá estar posicionado no meio da espessura da capa de concreto conforme projeto estrutural.
06.04 - Concretagem: - A resistência do concreto deverá obedecer rigorosamente à indicação do fck contida no projeto estrutural. A laje deverá ser bem umedecida antes do início da concretagem.
O lançamento deverá ser de forma a reduzir o choque produzido sobre a laje e sempre no lugar exato de seu emprego. O concreto deverá ser lançado logo após o amassamento não sendo permitido entre o início e o fim do lançamento intervalo superior à uma hora.
A cura deverá ser efetuada durante no mínimo três dias, por meio de irrigação periódica, recobrimento da superfície com sacos de aniagem, mantas umedecidas ou lâminas d’água.
06.05 - Desforma e cuidados especiais: - Para caminhar sobre a laje treliçada durante o lançamento deverão ser utilizadas tábuas apoiadas nas vigas treliçadas. Não é aconselhável o trânsito de pessoas sobre a laje recém concretada.
A desforma do escoramento somente poderá ser executada passados os 21 dias do lançamento do concreto, salvo recomendação do calculista. O escoramento deverá ser retirado do centro para as extremidades.
07.00: COBERTURA: 
07.01 - Telhas - As telhas utilizadas serão de cimento amianto ondulada de 6,0mm de espessura.
07.02 - Estrutura de madeira: - A estrutura de madeira será executada em peroba rosa com peças de bitolas comercias, as emendas das peças de madeira deverão ser efetuadas com chanfros a45º posicionadas próximas aos apoios, tomando-se o cuidado de fazê-las à compressão. Caso sejam tracionadas as emendas deverão ser reforçadas com chapas metálicas.
07.03 - Telhamento: A montagem e fixação deverão obedecer as indicações do fabricante. Como acessórios deverão constar parafusos e ganchos especiais, arruelas, mastigue, etc.; e como peças complementares, peças de arremates e concordância de cimento amianto, tais como, pingadeiras, cumeeiras, rufos, etc.
As ferragens de fixação serão de ferro galvanizado dimensionadas e fornecidas conforme instrução do fabricante.
O transporte, carga, descarga, armazenamento e montagem deverá observar as instruções do fabricante. O recobrimento lateral será de ¼ de onda e as cumeeiras do tipo articulada.
08.00 – ESQUADRIAS DE MADEIRA:
08.01 – Estrutura de madeira: As esquadrias de madeira deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização, execução e dimensão. As indicações do projeto arquitetônico e respectivos desenhos e detalhes construtivos.
Todas as esquadrias e guarnições deverão receber acabamento com verniz fosco internamente e externamente em pintura conforme especificado no projeto de arquitetura (ver especificação de pintura) e somente serão consideradas entregues após meticulosa vistoria.
Toda madeira a ser empregada deverá ser seca e isenta de defeitos que comprometam a sua finalidade. Serão sumariamente recusadas todas as peças que apresentem sinais de empenamento, deslocamento, rachaduras, lascas, desigualdade de madeira ou outros defeitos.
Os batentes serão assentados com espuma expansiva no prumo e em nível e deverão ser protegidos contra choques ou abrasão.
As guarnições deverão ser da mesma madeira dos batentes ou folha, molduras aparelhadas, pregadas aos batentes com pregos 12 x 12 sem cabeça.
08.02 – Ferragens: As ferragens que serão usadas nas esquadrias deverão obedecer aos modelos e marcas estipuladas no projeto de arquitetura, e sua montagem somente deverá ser feita após a conclusão dos serviços de pintura e protegidas até a entrega da obra.
Todas as dobradiças deverão ser adequadas às folhas, batentes e outros detalhes, deverão ser de 3”x 31/2”, com duas juntas articuladas ou rolamentos de esfera.
09.00 – ESQUADRIAS METÁLICAS:
09.01 - As esquadrias metálicas deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização, dimensão e execução, as indicações do projeto arquitetônico e detalhes construtivos.
Todas as esquadrias serão fornecidas montadas completas, incluindo dobradiças, fechos, baguetes, arremates, contra-marcos, vedação etc.
As esquadrias deverão ser limpas de toda a ferrugem e escamas de laminação através de processo químico ou mecânico, e posteriormente protegidos com pintura anti-ferruginosa ( ver especificações de pintura).
As esquadrias terão dispositivos que permita a drenagem de água que por ventura possa penetrar no interior dos perfis. A justaposição da folha com as guarnições será estanque a água de chuva, não tendo frestas que permitam a passagem de corrente de ar.
Os vidros serão assentados em graxetas de neoprene embutidos nos montantes, a fim de os vidros não venham a ser afetados por pressões ou vibrações dos montantes.
As esquadrias para serem assentadas em alvenarias, serão fixadas nos vãos por meio de chumbadores previamente soldados. Para vãos de concreto aparente a fixação deverá ser com parafusos em buchas.
09.02 – Ferragens: As ferragens que serão usadas nas esquadrias, deverão obedecer aos modelos e marcas estipuladas no projeto de arquitetura, e sua montagem somente deverá ser feita após a conclusão dos serviços de pintura e protegidas até a entrega da obra.
Todas as dobradiças deverão ser adequadas as folhas, batentes e outros detalhes, deverão ser de 3” x 31/2” , com duas juntas articuladas ou rolamentos de esfera.
10.00 – REVESTIMENTOS:
10.01 - Chapisco: - Todas as superfícies destinadas a receber chapisco deverão ser limpas retirando as partes soltas e umedecidas antes de receber a aplicação do mesmo. 
O chapisco deverá ser de cimento e areia grossa no traço 1:3 em volume e sua cura deverá ser de 3 dias no mínimo.
10.02 - Emboço: - O emboço deverá ser aplicado após completa pega do chapisco, das argamassas de assentamento das alvenarias, depois de colocados os batentes, embutidas as canalizações e concluída as coberturas.
O emboço deverá ser fortemente comprimido contra as superfícies e deverá apresentar acabamento rústico para aderência dos demais revestimentos. Para a perfeita uniformização dos painéis deverá ser executado taliscas e mestras possibilitando uma espessura média entre 1,5 a 2,0cm.
O emboço deverá ser de argamassa mista de cimento cal e areia média no traço 1:2:8. E nos locais em contato com o solo uma argamassa de cimento e areia média no traço 1:4 e acabamento alisado, sua cura se dará no mínimo em 7 dias.
10.03 - Reboco: - O reboco somente deverá ser iniciado após completa cura do emboço, cuja superfície deverá ser limpa isenta de partículas soltas e umedecida.
O reboco deverá ser de argamassa pré fabricada de marca previamente aprovada e sua aplicação deverá ser feita com desempendeira, após a argamassa estar descansada por no mínimo 3 dias, e uniformizada com desempenadeira de espuma. A cura do reboco é de no mínimo 30 dias.
10.04 - Azulejo: - Os azulejos deverão ser de primeira qualidade, classificação extra, de acordo com o tipo indicado no projeto quanto a cor e dimensões e assentados com cimentcola nos WCs, cozinha e lavanderia.
O assentamento dos azulejos será feito de forma que se obtenham juntas superficiais a prumo iguais de 2,0mm e nos painéis que excederem a 24m2 e 32m2, externamente e internamente respectivamente, deverão ser previstos juntas de movimentação de no mínimo 8,0mm.
As arestas salientes levarão cantoneiras de alumínio conforme detalhe construtivo.
Os azulejos serão batidos até a perfeita acomodação, de forma a não ficarem ocos ou desnivelados com os demais azulejos do painel.
O rejuntamento será após 5dias, com rejunte de cor branca, bordas limpas e secas, retirando-se o excesso de pasta.
Antes da entrega deverá ser feita uma inspeção do serviço ( a percussão) para verificação da existência de vazio sob os azulejos, a superfície acabada deve ficar completamente plana e a prumo.
11.00 – PISOS:
11.01 – Nivelamento e apiloamento do terreno: - Todo o terreno destinado a receber piso deverá estar obrigatoriamente livre de impurezas, nivelado e deverá ser apiloado mecanicamente ou manualmente.
Para o nivelamento deverá ser seguido os níveis propostos no projeto descontando para tal a espessura do contrapiso, argamassa de regularização ou assentamento, e a espessura do piso. Os aterros deverão ser executados em camadas de no máximo 20 cm com material de boa qualidade e apiloados. Na execução do apiloamento, o solo deverá estar nem com excesso, nem com umidade abaixo do normal.
11.02 – Contra piso: - Todos os contra pisos deverão ser executados com concreto não estrutural, com consumo mínimo de 200kg/m3, sobre o terreno previamente nivelado e apiloado e após a execução de todas as instalações que passarem sob os mesmos e devidamente testadas.
A espessura do contrapiso deverá ser de no mínimo 5,0cm para as áreas internas e de 8,0cm para as rampas e garagens, e para a sua execução deverá ser utilizado taliscas e guias previamente niveladas.
O contra piso deverá ser concretado em panos de no máximo 3,0 x 3,0 m, ficando a dilatação como juntas secas.
11.03 – Pisos internos: - Os pisos só deverão ser executados após concluídos os revestimentos das paredes e tetos e vedadas as aberturas externas.
Os pisos deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização, tipo, dimensão e execução, as indicações do projeto arquitetônico e detalhes construtivos.
Cerâmica: Assentada com cimento cola sobre base regularizada com argamassa de cimento e areia no traço 1:4 e acabamento desempenado.
Deverá ser efetuadas juntas de dilatação superficial de no mínimo 3,0mm e juntasde movimentação quando os painéis excederem a 24m2. As juntas de movimentação deverão coincidir com as juntas do contra piso.
Após no mínimo cinco dias da colocação dos pisos as juntas superficiais serão rejuntadas com rejunte industralizado e as juntas de movimentação com mastique elástico.
Madeira: Tacão de ipê para assentamento com cola sobre base regularizada com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 aplicado seca “farofa” alisada sem queimar.
Tábua corrida de ipê aparafusada sobre barrote fixado no contrapiso com argamassa de cimento e areia no traço 1:3. Deverão ser colocados dois parafusos por seção e a cada 50cm.
Após no mínimo cinco dias os pisos serão raspados e calafetados para receber o acabamento final.
	11.04 – Piso externo:
Pedras: - O assentamento das pedras deverá ser executada por equipe especializada, que fornecerá os colocadores e suas ferramentas.
Na circulação externa será assentado pedra miracema com uma argamassa mista de cimento cal e areia no traço 1:0,5:4 e rejuntamento feito com pó de mármore e cimento no traço 1:3, o excesso deverá ser retirado imediatamente para garantir a não aderência do rejuntamento sobre as pedras.
	11.05 – Calçada:
Mosaico Português: - As pedras empregadas será o basalto preto e o calcáreo branco, quebradas na obra manualmente no formato de cubos em torno de 4,0 cm, serão assentados sobre colchão de cimento e areia no traço 1:6 seco na espessura de 3,0cm, deverão ser molhados e apiloados.
12.00 – RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS:
12.01 – Rodapé de madeira: - Será aplicado nos ambientes definidos no projeto ou tabelas de acabamento, serão de ipê com dimensões de 7,5cm.
A madeira usada para a confecção do rodapé deverá estar seca e isenta de defeitos que possam prejudicar o acabamento do mesmo.
A fixação será por parafusos com bucha de 0,50 em 0,50m e seus encontros colados. Um cordão de raio igual a 1,5cm deverá ser colado e pregado no encontro com o piso.
12.02 – Peitoril de granito: - Os peitoris deverão ser da cor cinza andorinha e ser assentados de modo a deixar uma pingadeira de 2,0cm para a face externa da parede, com uma argamassa mista de cimento cal e areia no traço 1:0,5:4.
Para a proteção de infiltração na junta com os caixilhos e alvenarias, deverão ser preenchidos os espaços com silicone ou equivalente e o peitoril deverá Ter uma inclinação mínima de 1% para a fase externa.
12.03 – Soleiras de granito: - As soleiras de granito deverão ser da cor cinza andorinha e ter a mesma largura dos batentes das portas em casos internos. Em casos de aberturas com desnível as soleiras deverão contar com pingadeiras de 2,0cm para a face externa da alvenaria, e serão assentadas com argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:0,5:4.
Antes da entrega deverá ser feita uma inspeção do serviço (a percussão) para verificação da existência de vazios sob as soleira e peitoris.
13.00 – IMPERMEABILIZAÇÃO:
13.01 – Impermeabilização da alvenaria de embasamento: - Será realizado no respaldo do alicerce com uma argamassa de cimento e areia no traço 1:3 com espessura média de 1,5cm alisada sem pó de cimento dobrando lateralmente 15cm. Sobre esta argamassa umedecida aplicar 2 demãos de cimento cristalizante semi-flexível, após a cura, aplicar duas demãos de tinta betuminosa.
13.02 – Impermeabilização da alvenaria externa: - O revestimento impermeável, nas superfícies externas das paredes perimetrais, deverá ser executado até a altura de 60 cm acima do piso externo. Após ter sido a alvenaria umedecida aplicar duas demãos de cimento cristalizante semi flexível.
14.00 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:
A posição das tubulações, peças e acessórios deverão obedecer ao projeto elétrico e seus memoriais.
	Todos os materiais utilizados deverão estar de conformidade com o especificado no 
	Projeto bem como as recomendações das normas da ABNT.
A aplicação das tubulações de PVC e acessórios, bem como das caixas de passagem deverão obedecer as exigências e indicações do fabricante.
As ligações com a rede pública deverá ser de acordo com as exigências da concessionária local.
15.00 – INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS:
A posição das tubulações, peças e acessórios deverão obedecer ao projeto hidráulico e seus memoriais.
As instalações hidráulicas só serão aceitas quando entregues em perfeitas condições de funcionamento e ligadas com a rede pública.
O fundo das valas para tubulações enterradas deverão ser bem apiloadas antes do assentamento. O reaterro da vala será feito usando-se material de boa qualidade, em camadas de 20 cm sucessivas e cuidadosamente apiloadas.
O assentamento de tubos de ponta e bolsa será feito de jusante para montante, com as bolsas voltadas para o ponto mais alto.
As tubulações passarão a distância convenientes de quaisquer baldrames ou fundações. A junta na ligação de tubulação, deverá ser executada de maneira a garantir perfeita estanqueidade.
Na ligação de tubulação de PVC rígido com metais em geral, deverão ser utilizadas conexões com bucha de latão rosqueada e fundida diretamente na peça.
Antes do início de qualquer tipo de revestimento as instalações hidráulicas que vierem ficar embutidas nas alvenarias ou concretos deverão ser testadas.
15.01 - Água fria: - As canalizações de água fria não poderão ser assentadas em valas de canalização de esgoto.
Evitar fazer curvas em tubos de PVC bem como bolsas, utilizar conexões adequadas.
	
15.02 - Esgoto: - A declividade será uniforme entre as sucessivas caixas de inspeção, evitando depressões que possam formar depósitos no interior das canalizações.
Todos os aparelhos deverão ser instalados de modo a permitir fácil limpeza e remoção, bem como evitar a possibilidade de contaminação de água potável.
Os tubos de queda deverão ser verticais com uma única prumada, se houver necessidade de mudança de prumada, deverá ser feito com conexões de raio longo.
As caixas de gordura deverão ter paredes lisas, a tampa removível e o fundo uma declividade mínima de 10%.
15.03 – Ventilação: - A canalização de ventilação deverá ser instalada de forma que não tenha acesso a ela qualquer despejo de esgoto, e sua extremidade no mínimo 40cm sobre os telhados e encimada por te.
15:04 - Água quente: - Deverão ser utilizados tubo de cobre sem costura, e o seu acoplamento realizado com conexões de cobre ou bronze, através de soldagem.
	
16.00 – INSTALAÇÕES E APARELHOS
16.01 Aparelhos sanitários: - A louça para os diferentes tipos de aparelhos sanitários e acessórios será de grês banco ( grês porcelânico )
O material cerâmico ou louça deverá satisfazer as Normas EB-44 e ao MB111/ABNT.
As peças serão bem cozidas, sem deformações e fendas, duras, sonoras, resistentes e impermeáveis. O esmalte será homogêneo, sem manchas, depressões, granulações ou fendilhamentos
16.02 – Metais e acessórios: - Os artigos de metal para equipamento sanitário serão de pereita fabricação, esmerada usinagem e cuidadoso acabamento; as peças não poderão apresentar quaisquer defeitos de fundição ou usinagem; as peças móveis serão perfeitamente adaptáveis às suas bases, não sendo tolerado qualquer empeno, vazamento, defeito de polimento, acabamento ou marca de ferramentas.
O acabamento dos metais será perfeito, não se admitindo qualquer defeito na película de recobrimento, especialmente falta de aderência com a superfície de base.
17.00 – MUROS E GRADIS:
	17.01 – Muros:
Os muros de divisa serão executados com bloco cerâmico de 11,5 x 14,0 x 24,0 assentados com argamassa mista no traço 1:2:8 sobre vigas baldrames apoiadas em brocas de 20cm de diâmetro e profundidade mínima de 2,0m a cada 2,5m. No respaldo do alicerce deverá ser feito uma argamassa impermeável pintada com material betuminoso. Pilares a cada 2,5m e todo o muro revestido com chapisco emboço e reboco internamente e chapisco de peneira externamente. Tudo conforme projeto e detalhamentos.
17.02 – Gradis:
A divisa de frente da construção deverá receber uma grade metálica com altura de 2,0m e portão da garagem de correr.A grade será construída de perfis tubular do tipo metalon com as extremidades tampadas.
Grades de ferro maciço nas janelas e vitrôs. Tudo conforme projetos construtivos e decorativos.
18.00 – PINTURA:
18.01 – Paredes e tetos internas: - Todas as paredes e tetos internas indicadas no projeto deverão ser pintadas com no mínimo duas demãos de latéx PVA, sobre massa corrida previamente lixada e limpa e com uma demão de selador.
A superfície na qual será aplicada a pintura deverá ser limpa e isenta de poeira ou partículas soltas. Eventuais manchas de óleo, graxa ou mofo, deverão ser removidas.
18.02 – Esquadrias de madeira: - As esquadrias de madeira serão envernizadas internamente com verniz poliuretano e as externas com verniz filtro solar brilhante.
As superfícies serão lixadas e aplicado uma demão de selador para madeira e lixadas novamente. A cada nova demão de verniz deverá ser lixada para retirar o brilho.
18.03 – Esquadrias metálicas: - As esquadrias metálicas serão pintadas com tinta esmalte sobre fundo antiferruginoso. A cada demão de tinta deverá ser lixada para retirar o brilho.
OBS: 
Não pintar o reboco antes que o mesmo esteja seco e curado.
Não aplicar massa corrida PVA em superfícies externas.
Não utilizar massa corrida diluída com água como se fosse uma tinta de fundo.
18.04 – Paredes externas: - As pares externas serão pintadas com no mínimo duas demãos de tinta latéx acrílica sobre base preparada com textura acrílica na cor branca.
A superfície na qual será aplicada a pintura deverá ser limpa e isenta de poeira ou partículas soltas. Eventuais manchas de óleo, graxa ou mofo, deverão ser removidas.
19.00 – VIDROS:
19.01 – Vidro liso transparente: - Os vidros deverão ser planos, transparentes, incolores, isentos de bolhas, lentes, ondulações e ranhuras.
Os vidros deverão ser assentados em rebaixo aberto ou fechado com largura e altura mínima de 16 mm, com folga de bordo e laterais de no mínimo 5 mm.
Os vidros deverão ser fixados com graxeta de neoprene, quando o rebaixo for fechado, e baguetes e massa de vidraceiro, quando o rebaixo for aberto.
Os vidros lisos serão assentados nos dormitórios, estar, jantar, escritório.
19.02 – Vidro canelado: - Os vidros canelados deverão Ter espessura igual a 4 mm.
Os vidros deverão ser assentados em rebaixo aberto ou fechado com largura e altura mínima de 16 mm, com folga de bordo e laterais de no mínimo 5mm.
Os vidros deverão ser fixados com graxeta de neoprene, quando o rebaixo for fechado, e baguetes e massa de vidraceiro, quando o rebaixo for aberto. Serão assentados nos WCs e área de serviço.
20.00 – LIMPEZA:
	
Todas as superfícies aparentes ( pavimentações, revestimentos, cimentados, azulejos, cerâmicas, vidros, aparelhos sanitários, etc...), deverão ser limpos abundantemente e cuidadosamente lavados de modo a não serem danificadas outras partes da obra por estes serviços de limpeza.
A lavagem do piso deverá ser feita com sabão neutro perfeitamente isento de álcalis e ácidos.
Deverá haver particular cuidado em remover quaisquer detritos ou salpicos de argamassa endurecida das superfícies, sobretudo com concretos aparentes.
Todas as manchas de salpicos de tinta deverão ser cuidadosamente removidas dando-se especial atenção a perfeita execução dessa limpeza nos vidros e ferragens das esquadrias, que também deverão ser lubrificadas nas partes móveis.
Deverão ser procedidas cuidadosas verificações para verificar as perfeitas condições de funcionamento e segurança de todas as instalações de água, esgotamento, águas pluviais, elétrica, aparelhos sanitários etc.
Todo o entulho da obra deverá ser retirado.
MEMORIAL DESCRITIVO	( Modelo - 02)
Obra:........................................
Local:.......................................
Proprietário:..............................
				
I) Condições Locais: -
a) Terreno com declive para os fundos de cerca de 8%;
b) Na rua existe rede de água;
c) Na rua não existe rede de esgoto;
d) Existe posteamento com rede elétrica;
e) Não existe iluminação na rua;
f) Todas as ruas possuem asfalto;
g) Os terrenos limítrofes ainda não se acham edificados, havendo necessidade de fechamento do terreno com muros nas partes confrontadas;
h) Não haverá necessidade de tapume.
II) Serviços Preliminares: -
a) O terreno será limpo de vegetação e convenientemente preparado para receber a construção e dar escoamento às águas superficiais, sendo nivelado de acordo com o projeto.
b) Será feita uma escavação (corte no terreno) aproveitando o caimento, conforme indica o projeto, para situar no subsolo (garagem e recreação);
c) A marcação do prédio será feita pelo sistema de tábuas corridas perfeitamente niveladas:
d) Será construído no canteiro de obra um barracão fechado, oferecendo segurança para depósito de materiais e ferramentas.
III) Alicerces: -
Os alicerces serão executados da seguinte forma:
a) Fundações com brocas de concreto 1:3:6 de 8" de diâmetro, executadas com máquinas ou trado manual com profundidade média aproximada de 4,00m; as posições dessas brocas assim como a quantidade serão dados pelo cálculo estrutural;
b) Sobre as brocas serão moldadas vigas baldrames que servirão de base para todas as paredes, tanto externas como internas; essas vigas serão concretadas aproximadamente no nível do solo de permitir o assente de 5 a 6 fiadas de tijolos sobre eles, até o respaldo do alicerce, que desta forma ficará 40 cm acima do nível do solo;
c) Abertura de valas com largura e profundidade variáveis para paredes, muros e muretas;
d) Todos os alicerces serão impermeabilizados com impermeabilizantes gordurosos, revestindo o respaldo dos alicerces na parte superior e dobrando lateralmente com 10 cm, para cada lado. Depois será aplicado duas demãos cruzadas de tinta betuminosa sobre esta camada. As duas fiadas de tijolos das paredes serão assentadas com essa argamassa.
 IV) Alvenaria:
As paredes externas serão em alvenaria de tijolos aparentes sendo, portanto necessário o emprego de tijolos comuns de primeira qualidade e escolhidos. Os tijolos serão assentados com argamassa de cal e areia, observando a mesma espessura de 1cm, nas juntas. As paredes internas serão levantadas com tijolos comuns sem ter, no entanto, rigor na espessura da argamassa de assentamento, tendo em vista que serão as mesmas revestidas com massa grossa e fina. A execução será rigorosamente seguida pela planta respeitando alinhamento, espessura e vãos; e receberão os seguintes reforços;
	a) verga sobre	 os vãos;
	b) verga sob os vãos;
	c) cinta de amarração no respaldo do telhado;
	d) no respaldo da laje de piso, não haverá cinta de amarração porque a laje e vigas de concreto armado representam tal função.
Algumas paredes terão tijolos à vista exigindo para tanto tijolos de primeira qualidade. 
Os muros de fechamento serão levantados de tijolos comuns assentados com cal e areia, com colunas e vigas cintas em concreto para amarração.
V) Estrutura: - 
Todas as peças de concreto armado, baldrames, vigas, pilares, escadas, etc.; serão armadas e dimensionadas de acordo com os cálculos estruturais, podendo se antecipar a necessidade de laje de concreto maciço para o piso do pavimento superior e laje pré-fabricada para o forro deste pavimento. Em algumas partes do pavimento superior, as lajes do forro serão em concreto maciço para o aproveitamento do espaço oferecido pelo tipo de cobertura (grande altura de cumeeira) para um possível sótão.
O concreto será de traço 1:3:4, as armaduras serão de ferro CA-50 e CA-60 e as formas serão de tábuas de terceira, travadas com sarrafos de pinho e escoradas com pontaletes de pinho ou de eucalipto.
VI) Forros: - 
O forro do pavimento térreo será a própria laje de piso revestida. O forro do pavimento superior será a própria laje pré-fabricada de forro revestida.
As lajes de tijolos furados e vigas pré-moldadas serão concretadas com pedras nº 1, areia e cimento,constituindo uma camada protetora com 4 cm de espessura.
Todos os forros serão revestidos com duas demãos de argamassa (emboço e reboco).
VII) Telhados: -
a) madeiramento em peróba, utilizando bitolas comerciais:
 vigotas de 6x16 ou 6x12;
 caibros de 5x6;
 ripas de 5x1.
Constituindo as tesouras e a trama que levarão as ferragens necessárias (estribos, braçadeira, chapas de emenda, etc...);
b) trabalho de carpinteiro contratado por metro quadrado de projeção horizontal; na dependência do contrato com o empreiteiro de mão de obra de pedreiro, poderá ser incluído nesta sub-empreitada;
c) cobertura com telhas de barro, tipo Paulista (canal e capa) de boa qualidade, sendo observado na sua colocação o perfeito alinhamento e nivelamento; 
VIII) Revestimento: -
a) chapisco com argamassa de cimento e areia 1:3 em tetos e em peças de concreto;
b) massa grossa e fina (emboço e reboco) com argamassa de cal e areia; massa grossa com areia média e cal 1:4; massa fina com areia peneirada e cal 1:2. Este tipo de revestimento será aplicado em todas as paredes internas e forros, com exceção daquelas superficiais onde forem indicados revestimentos especiais, especificados no sub-item "c". Nas partes internas os revestimentos de parede terão suas argamassas além de desempenadas, alisadas com feltro, lixadas, para a aplicação de massa corrida que por sua vez será também lixada para receber a pintura.
c) Azulejos: - 
- Na lavanderia serão colocados azulejos brancos até o teto em todas as paredes;
- No W.C. da empregada, azulejos brancos até o teto.
- Na cozinha serão colocados azulejos lisos coloridos até o teto, inclusive no interior dos armários .
- No lavabo, lisos de cor, até o teto.
- Nos banheiros (social e privativo), lisos de cor até o teto.
OBS.: Os azulejos serão de boa qualidade assentados com cimento colante, pelo sistema de juntas e prumo, com rejuntamento de pasta de cimento branco e alvaiade; serão aplicados com arame delgados para obter juntas estreitas. Todos os azulejos serão submetidos a uma triagem por bitolas, assegurando com isso uma perfeita colocação.
IX) Preparação para pisos: -
a) Internamente nos pavimentos inferior e térreo todas as superfícies do solo terão preparação para receberem os pisos definitivos. Sendo:
 - nivelamento;
 - apiolamento para uniformização;
 - camada de concreto magro 1:3:5 com 5cm. de espessura;
b) Internamente nos pavimentos superiores (inclusive sala) onde não haverá necessidade de preparação, servindo a própria laje; onde esta tiver rebaixo para encanamento de banheiro o enchimento será com tijolos furados, recobertos com camada de concreto 1:3:5, com 4cm. de espessura.
c) Externamente, as superfícies serão aplainadas com caimento necessário para o escoamento das águas pluviais e de lavagem.
X) Pisos: -
Serão os seguintes:
a) De tacos de Ipê, em desenho simples, assentados com cola. Serão de tamanho grande no hall de entrada, na sala de visitas, no hall da escada e na sala íntima; e de tamanho pequeno (7x21) no pavimento superior compreendendo todos os quartos e circulação e no quarto de empregada;
b) De ladrilhos de cerâmica na copa, cozinha, W.C., lavabo e banheiros (social e privativo);
OBS.: Todos os pisos de banheiro, lavabo e W.C. sofrerão um rebaixo aproximadamente de 2cm;
c) De cimento liso em todas as calçadas externas, passagem de autos, etc.
XI) Rodapés: -
 
a) Em todos os pisos revestidos com tacos serão colocados rodapés envernizados com 10cm. de altura com mata-juntas abauladas no encontro do rodapé com o piso, para dar melhor acabamento; 
b) Nas partes que têm pisos revestidos com cerâmica serão do próprio material.
XII) Soleiras e Peitoris: - 
a) Soleiras de portas externas serão de mármore; as soleiras das partes internas serão do mesmo material que reveste os pisos correspondentes;
b) Peitoris - os peitoris de todas as janelas serão de mármore.
XIII) Escadas: - 
a) Internas, em madeira, incluindo estrutura e acabamento;			
b) Externa, em concreto, revestidas de granilite.
 XIV) Esquadrias de Madeira: - 
Serão colocadas as seguintes:
a) Portas - constituídas de batentes de peroba, guarnições de cedro e folhas de cedro; para portas externas e de embuía para as portas internas. Cada folha levará 3 dobradiças de 3 x 3 1/2", cromadas, e fechaduras de boa qualidade, de tambor para portas externas e comum para internas.
Na passagem da sala de visitas para o hall da escada será colocada porta de correr.
b) Portões - serão colocados 2 portões de peróba escurecidos com verniz, nos muros da frente e de trás da casa;
c) Janelas - serão colocadas em todos os quartos do pavimento superior. serão em peroba escurecida e terão duas folhas de venezianas e duas folhas com vidros em caixilhos de abrir. As suas dobradiças serão em tamanho grande para permitir a abertura total das suas folhas;
d) Armários Embutidos - Constituídos de batentes de peróba, guarnições em cedro e folhas lisas de embúia com 3cm. de espessura . As folhas serão dotadas de dobradiças cromadas de 3", puxadores, trincos e fechaduras.
OBS.: As dimensões e posições dessas esquadrias estão indicadas em planta.
XV) -Esquadrias Metálicas: 
Serão colocadas as seguintes:
a) Vitrôs de correr, em vãos grandes, na sala de visitas, na copa, na sala íntima, na cozinha e no quarto de empregada;
b) Vitrôs basculantes, com vãos grandes, no lavabo e nos banheiros (social e privativo);
c) Vitrôs fixos, na circulação do pavimento superior e na sala íntima ao lado da lareira.
XVI) Vidros: -
		
Serão colocados vidros nacionais com espessura conforme o vão dos caixilhos como segue:
a) Lisos transparentes em todos os caixilhos das janelas de madeira dos quartos do pavimento superior, na copa, na sala de visitas e na cozinha;
b) Fantasia canelado, nos banheiros (social e privativo), no quarto da empregada, na sala íntima e no lavabo; 
c)Fantasia caleidoscópio, nos caixilhos fixos da sala íntima, na circulação do pavimento superior e na parte que separa a sala de visitas do hall da escada.
XVII) Instalações Hidráulicas: - 
a) -água: a água será recebida da canalização da Concessionária local e passando pelo hidrômetro fixado no cavalete de entrada do terreno, irá alimentar duas caixas de 1.000 litros cada uma, instaladas no forro do pavimento superior, ligadas por sistema de vasos comunicantes; providas de bóias e ladrões.A tubulação de entrada alimentará 6 torneiras situadas em vários pontos do quintal e jardim.
XVIII) Aparelhos Sanitários: - 
a) Nos banheiros (social, privativo e lavabo), serão instalados conjuntos completos de louça sanitária em cor, marca Celite; serão instaladas válvulas Hidra de 1 1/2" em acabamento cromado liso. serão colocados jogos de metais cromados de marca Deca, nos bidés, lavatórios e banheira. Os lavatórios dos banheiros social e privativo serão do tipo gabinete, espelhos de cristal fixados sobre a parede. No lavabo haverá bacia, lavatório e será colocado um espelho de cristal em cima do lavatório, além de saboneteira, 3 cabides e porta- toalha. No W.C. da empregada haverão essas mesmas peças, em louça branca e um espelho comum;
b) Na cozinha será instalada uma mesa de granito natural de 3cm. de espessura, com bacia de aço inoxidável, com sifões niquelados ou cromados e jogos de metal cromados. Haverá um ponto de água para filtro e um suporte de granito para a talha.
c) Na lavanderia, será instalado um tanque de lavar roupa de tamanho grande em aço inoxidável. Será deixada instalação para máquina de lavar roupa. O tanque será tipo duplo de aço inoxidável.
XIX) Instalação Elétrica: - 
Será executada de acordo com as exigências da companhia concessionária local. A entrada de luz será aérea, através dos postes de cimento e a caixa de chapa galvanizada paraa colocação dos medidores e chaves, será colocada embutida na mureta lateral. A instalação será feita com barras de conduíte de plástico colocados embutidos nas paredes juntamente com as caixinhas de luz: os conduítes terão bitolas adequadas para a passagem folgada dos fios plásticos. serão feitos vários circuitos independentes para a melhor distribuição de energia. serão deixados os pontos de luz e tomadas que forem necessários. Será feito instalação para telefone e televisão (antena), campainha, e deverá seguir a NB-3.
XX) Pintura: - 
a) Silicone em paredes de tijolos a vista;
b) Látex em paredes revestidas com massa fina interna e externamente, em tetos e nos muros pela face interna;
c) Esmalte fosco em esquadrias metálicas;
d) Verniz em esquadrias de madeira, em beirais do telhado e em rodapés de madeira.
XXI) Limpeza Geral: - 
Todo o entulho será retirado da obra. Os pisos taqueados serão raspados, calafetados e sintecados. serão lavados todos os demais vidros, aparelhos sanitários e pisos.
___________________________		__________________________
Proprietário						Engenheiro
							CREA:
MEMORIAL DESCRITIVO ( modelo - 03)
Para: Construção Residencial
Local:_____________________________________________________________
Proprietário:________________________________________________________
Alicerces:
Serão com vigas baldrames de acordo com o projeto, apoiadas em brocas de 25 cm de diâmetro à profundidades variáveis, sobre as vigas baldrames serão assentados tijolos maciços com argamassa mista e impermeabilizante, finalizando com uma cinta de amarração no respaldo do alicerce, e uma capa de material impermeabilizante isolando as paredes do alicerce.
Paredes:
De alvenaria de tijolos maciços com espessura de acordo com a planta, assentes com argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:2:8
Revestimento Interno:
Chapisco, emboço e reboco nos dormitórios, circulação e azulejos até o teto na cozinha, copa, W.C., lavanderia.
Revestimento Externo:
Chapisco, emboço e reboco em toda a residência e muros.
Estrutura:
Toda estrutura necessária será de concreto armado.
Telhado:
Telhas tipo plan, cimento de 25% apoiadas em estrutura de peróba e beiral aparente em toda residência.
Forros:
serão de laje pré moldada e revestidos em todos os cómodos até o reboco.
Janelas:
Porta balcon nos dormitórios, suíte e sala de estar, vitrôs do tipo maximoar nos: - dormitórios de empregada, W.C. da empregada, despensa e escritório.
Portas:
Serão de madeira, e suas dimensões estão descritas em legendas na planta da prefeitura, exceto a porta da sala de jantar que será de vidro.
Pisos:
Lajota: garagem, escritório, deposito, estar, jantar, varanda sala de TV;
Cerâmica: W.C., cozinha, A.S., despensa;
Tacos: dormitórios, closet e circulação.
Instalação Elétrica:
Deverá seguir o projeto elétrico, conforme a NB - 3. 
Instalação Hidráulica:
Será de PVC para água fria, tendo 2 reservatórios de 1000 litros cada, a instalação será provida de torneiras para jardim, filtro, pia, lavadora de roupa, lavatórios, bacias sanitárias e chuveiros.
A tubulação de água será de cobre e fornecerá água para os banheiros e cozinha. O aquecimento será central de tipo solar. O esgoto será ligado a rede pública e será provido de ventilação e caixas de inspeção.
As águas pluviais serão coletadas até a via publica, tudo conforme o projeto hidráulico.
Pintura:
Será dada uma demão de massa corrida em toda a alvenaria que será pintada com látex.
As esquadrias de madeira serão escurecidas e envernizadas.
As esquadrias metálicas terão um tratamento a base de zarcão e depois pintadas com tinta esmalte.
Vidros:
Serão utilizados vidros lisos e transparentes nas portas balcão, vidros temperado na sala de TV, escada, lavabo e nos demais compartimentos, vidros lisos.
Limpeza:
No termino da obra, será efetuada a limpeza e os entulhos serão retirados.
Muros e Gradis:
A residência será murada até a altura de 2,5m.
	
 __________________________		______________________________
Proprietário						Engenheiro:
							CREA:
	Como podemos observar o Memorial Descritivo orienta de forma sucinta todas as etapas de uma construção.
	Se tivermos a necessidade de descrever com muito mais detalhes podemos então realizar o chamado Caderno Técnico ou Caderno de Encargos.
2 - CADERNO DE ENCARGOS:
	O Caderno de Encargos reúne as obrigações do construtor, no que se refere ás especificações e as normas da ABNT, bem como o regime de construção, recebimento das obras, etc.
Inúmeras são as finalidades do caderno de encargos como: 
		- complementação dos desenhos;
		- fornecer subsídios para um orçamento correto;
		- orientar na escolha, aquisição, utilização ou ampliação de materiais, 
 		 equipamentos, instalações, etc. 
			
O caderno de encargos esclarece e define determinados assuntos ligados a construção, que muitas vezes ficam com seu conceito indefinido pelos engenheiros e arquitetos.
Exemplos de descrição de alguns itens do caderno de encargos:
01 - Pisos
1.1 Piso de Madeira tipo Parquete:
- Material: serão secos em estufas, com teor de umidade entre 8 a 12% , compatível com as condições climáticas do local, fabricadas em placas, compostas por damas agrupadas sobre papel.
O parquete deverá ser da Indusparket, em placas de 50cm x 50 cm, compostas por 16 damas 12,5cm x 12,5cm com 8mm de espessura em Amarelo Cetim, Angelim-Pedra, Ipê-Tabaco Mesclado, Pequiá, Sucupira e Tatajuba.
- Execução: As placas são fixadas com adesivo especial (cola de madeira) da marca Cascola, sobre base constituída por cimentado simples com as seguintes características:
Os cimentados, sempre que possível, serão obtidos pelo simples sarrafeamento, desempeno e moderado alisamento. A superfície de aplicação do cimentado será perfeitamente limpa e abundantemente lavada, no momento do lançamento da argamassa, será polvilhado cimento para auxiliar na aderência, deverá ser divididas em painéis, salvos exceções, por sulcos profundos até a base de concreto.
Os cimentados terão espessura de cerca de 2,0cm o qual não poderá ser, em nenhum ponto, inferior a 1,0cm. A superfície do cimento deverá se apresentar perfeitamente desempenada, alisado a colher (sem emprego de pó de cimento).
A argamassa deverá ser do tipo "farofa" para não exudar água e enfraquecer a superfície.
As chapas de paquetes só poderão ser coladas 20 dias após concluído o cimentado.
O paquete poderá ser lixado cinco dias após sua colocação, sendo vedado nessa operação, o emprego de água ou óleo, para amolecer a madeira. (GUEDES, 1982)
2 - Vidros:
2.1 - Temperados Incolores:
Material: vidros planos, lisos, transparentes, incolores, superfícies perfeitamente polidas, apresentando alta resistência conferida por processo térmico de têmpera.
Espessuras nominais de 6,8 a 10mm.
deverão ser utilizados vidros da Cia. Vidraria Santa Marina, sob as marcas Temperite ou Santa Lúcia Cristais Blindex Ltda, sob marca Blindex.
- Execução: tendo em vista a impossibilidade de conter a perfuração das chapas no canteiro, deverão ser minuciosamente executados e detalhadas os dispositivos de assentamento.
Quando assentes em caixilhos, para evitar quebras, adotar graxetas ou baguetes de fixação com altura pequena.
Toda serralheria será inoxidável ou cuidadosamente protegida da oxidação, a fim de evitar pontos de ferrugem que provocariam a quebra do vidro. As placas não deverão repousar sobre toda extensão de sua borda, mas somente sobre dois calços, devendo ficar a cerca de 1/3 das extremidades.
Assegurar folgas da ordem de 3 a 5 mm entre o vidro e a esquadria. (GUEDES, 1982)
	Se houver necessidade podemos acrescentar desenhos, croquis para melhor entendimento do item como o Catálogo Técnico do FDE (Fundação para o desenvolvimento da Educação), que detalha de forma precisa vários serviços da construção civil como, por exemplo:3 – PM – Porta de madeira sarrafeada com pintura/batente de madeira L=0,82 cm.
4 – FD-14 – Fechamento de divisa/bloco de concreto/sem revestimento h=1,85m com broca.
	Como podemos observar, o caderno de encargos difere e muito dos memoriais descritivos, pois cada item será descrito com profundidade, incluindo desenhos detalhados se forem necessários, especificações de materiais, metodologia de aplicação, como deverá ser efetuada as medições, etc, facilitando o acompanhamento dos serviços, garantindo com isso elevado padrão de obra.
3 - ORÇAMENTO:
	É a determinação do custo de uma obra antes de sua realização, elaborado com base em vários documentos como, memoriais descritivos, cadernos de encargos, projetos arquitetônicos, projetos complementares; considerando-se todos os custos diretos e indiretos, leis sociais e tudo o que pode influenciar no custo total.
	Podemos efetuar vários tipos de orçamento dependendo do grau de detalhamento dos custos que necessitamos de uma obra. Assim sendo, dependendo do caso, elaboramos um orçamento por estimativas, sintético ou analítico.
3.1 – Tipos de orçamento
3.1.1 - Orçamento por Estimativas: 
Ocorre muitas vezes, que para se ter um estudo de viabilidade de um projeto, só se tem em mãos o projeto arquitetônico ou somente uma idéia do que se pretende fazer, as especificações técnicas por serem definidas e ainda os projetos complementares por serem elaborados. Nestes casos fica difícil se executar um bom orçamento, nem se tem tempo para tal. Executam-se o que chamamos de orçamento por estimativas, que podemos fazer de algumas maneiras:
1ª utilizando o custo do m2 da construção pronta, que é obtido de revistas técnicas, sindicatos da construção civil, etc.; e multiplicando-se pela área proposta para o projeto assim obtemos o custo estimado.
Exemplo:	Área a ser construída de aproximadamente 200 m2
		Valor do metro quadrado de construção R$ 1000,00 (mil reais por metro quadrado) temos:
Valor estimado de: = R$200.000,00 (duzentos mil reais)
2ª utilizando o custo unitário para os principais itens e serviços de construção. Exemplo:
Movimento de Terra: pode ser estimado com base numa estimativa em volume de escavação mecânica multiplicado pelo preço unitário do m3 de escavação.
Fundação: custo unitário do concreto armado multiplicado pelo volume estimado de concreto para a fundação.
Alvenaria: custo unitário da alvenaria multiplicando pela área total de alvenaria.
Somando todos os itens e serviços orçados têm o valor total estimado.
3.1.2 - Orçamento Preço Composto (Sintético):
Nestes casos temos o projeto arquitetônico, o memorial descritivo e muitas vezes já os projetos completamente elaborados, mas necessitamos de um custo rápido e sem muitos detalhes. Para tanto, utilizamos os custos unitários compostos (material + mão-de-obra + leis sociais já existentes no mercado para os principais itens, subitens e serviços da construção (podemos ter como base os itens dos memoriais) e multiplicá-los pelos seus quantitativos (tirado do projeto).
O ideal é montar uma planilha (Planilha Orçamentária) conforme exemplificada no item 3.7 desta apostila, que deverá ser preenchida com a quantidade e custo unitário
Os custos unitários compostos (material + mão-de-obra + Leis Sociais) são obtidos de revistas técnicas ou de listas de preço composto. Exemplo:
Tabela 3.1 - Planilha Orçamentária Sintética
	Serviços
	Quant.
	Unid.
	R$ unit.
	R$ Total
	Alvenaria de bloco de concreto (14x19x39)
	150,00
	m2
	
	
	
	
	
	
	
				Preço unitário composto obtido de revistas
Quantificado do projeto
O valor deste serviço somado com os demais itens (fundação, estrutura, cobertura, revestimento etc.) vai fornecer o custo total da obra.
Portanto para realizarmos um orçamento sintético temos que:
Realizar uma lista de serviços a ser orçada;
Quantificar os serviços; (projeto)
Obter o preço unitário composto (revistas técnicas, listas etc.)
OBS.: O custo unitário composto já está incluído todos os materiais, a mão-de-obra e as leis sociais necessárias para a execução do item.
3.1.3- Orçamento Preço Composto (Analítico):
É sem dúvida, a mais importante ferramenta para o acompanhamento dos custos da construção bem como o seu planejamento, nestes casos, devemos ter:
Projeto arquitetônico completo;
Projetos complementares (Estrutura, Hidráulica, Elétrica);
Memoriais descritivos, e:
Realizar uma lista de serviços a ser orçada;
Quantificar os serviços; (projeto)
Obter o preço unitário composto (você tem que compor utilizando uma Tabela de Composição de Preço para orçamento como, por exemplo, o TCPO da Editora PINI)
Tomando o mesmo exemplo do item anterior Alvenaria de bloco de concreto (14x19x39):
- quantidade: 150,00m2
Vamos procurar no TCPO a composição do custo unitário por metro quadrado para alvenaria de bloco de concreto 14x19x39 (Tabela 3.2),
Tabela 3.2 - Planilha Orçamentária Analítica - Alvenaria de bloco de concreto 14x19x39
	Componentes
	Consumos
	R$Unit.
	R$Mat.
	R$ M.O.
	R$Total
	cimento
	1,95kg
	
	
	
	
	cal
	0,49kg
	
	
	
	
	areia
	0,013m3
	
	
	
	
	bloco
	13,13un.
	
	
	
	
	pedreiro
	0,70h
	
	
	
	
	servente
	0,81h
	
	
	
	
	leis sociais
	
	
	
	
	
	TOTAL
	
	(a)
		 TCPO
				Pesquisa de mercado
e cotar com os fornecedores o custo de todos os insumos deste serviço completar a Tabela 3.2 e calcular:
		Cimento:	R$_____________o saco
		Cal:		R$_____________o saco
		Areia		R$_____________o metro cúbico
		Bloco		R$_____________o milheiro
		Pedreiro	R$_____________a hora
		Servente	R$_____________a hora
		Leis Sociais
Custo total do serviço=150,00m2 x (a)_____________=R$____________________
O valor deste serviço somado com os demais itens (fundação, estrutura, cobertura, revestimento etc.) vai fornecer o custo total da obra.
Neste tipo de orçamento, além dos custos unitários mais precisos, pois reflete os custos reais da região onde se está elaborando o projeto, ainda temos a possibilidade de obtermos o consumo total de cada material a ser empregado na obra e o nº de funcionários necessários para a execução da mesma etc....
Portanto, o orçamento é uma peça importante na verificação prévia do custo de um empreendimento, e os seus custos distribuídos segundo um cronograma físico - financeiro (que veremos a nesta apostila) permitem uma programação de suprimento de materiais e de recursos.
3.2 – Considerações sobre orçamento:
	Os orçamentos são compostos pelos custos dos materiais, custos de mão-de-obra incluindo as leis sociais, equipamentos e por um adicional proveniente das despesas indiretas.
	Para melhor entendimento esclareceremos a seguir o que vem a ser custo, despesa e preço em um orçamento.
Custo é todo o gasto envolvido na produção de uma obra (são os insumos como: matérias, mão-de-obra, equipamentos bem como canteiro de obra, administração local, mobilização e desmobilização, etc.);
Despesa é todo o gasto necessário para comercialização do produto (gastos com a administração central, financeiro etc.);
Preço é o valor monetário do custo acrescido do BDI (também conhecido como preço de venda).
Resumindo o orçamento é composto:
Custo Direto;
Custo Indireto;
Despesas Indiretas e Lucro: BDI - Benefício e Despesas Indiretas (é uma taxa que se adiciona ao Custo Direto para determinar o valor do Orçamento) 
3.2.1 – Custo Direto
	É o resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários para a construção da edificação. Os gastos que compõe o custo direto são os custos com os materiais, a mão-de-obra, as Leis Sociais e os equipamentos.
A - Custos dos Materiais: são obtidos através da cotação de preços e devemos considerar os ônus ou encargos que sobre eles incidem. As perdas de materiais são encargos importantes que devem ser considerados, e seu valor geralmente é expresso em % da quantidade obtida do projeto e sua magnitude é determinada pelaprática, de acordo com o tipo de material e de seu manuseio, como por exemplo:
	areia, pedra britada, cimento, tintas ----------------------- 5 a 10 %
	condutores elétricos, aço, tábuas, etc---------------------- 5 %
	tijolos, azulejos, telhas, etc--------------------------------- 5 a 10 %
	materiais do tipo: ferragens, aparelhos, interruptores, esquadrias --- 0 %
Além das perdas, os materiais sofrem outros encargos como: transporte, manuseio (carga e descarga), armazenamento, impostos e taxas.
OBS: Em muitos casos, estes encargos já estão incluídos nos preços dos materiais, portanto devemos verificar.
B - Custos de mão-de-obra: é constituído pelos produtos de tempos (h), pelos salários respectivos. Os valores obtidos são onerados por vários encargos legais "leis sociais e riscos de trabalho". 
C - Encargos Sociais sobre a mão-de-obra: São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultados de acordos sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores e dividem-se em três níveis:
Encargos Básicos e Obrigatórios;
Encargos Incidentes e Reincidentes;
Encargos Complementares.
Tabela 3.3 - Taxas de Leis Sociais e riscos de trabalho. (%)
	DESCRIÇÃO
	Horista
	Mensal
	A1- Previdência Social
A2 – Fundo de Garantia por tempo de Serviço
A3 – Salário Educação
A4 – Serviço Social da Indústria (Sesi)
A5 – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)
A6 – Serviço de Apoio a Pequena e Média Empresa (Sebrae)
A7 – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
A8 – Seguro contra acidentes de trabalho (INSS)
A9 – Seconci ( aplicável as empresas constantes do III grupo da CLT
A – Total dos Encargos Sociais Básicos
	20,00
8,00
2,50
1,50
1,00
0,60
0,20
3,00
1,00
37,80
	20,00
8,00
2,50
1,50
1,00
0,60
0,20
3,00
1,00
37,80
	B1 – Repouso semanal e feriado
B2 – Auxilio enfermidade
B3 – Licença paternidade
B4 – 13º salário
B5 – Dias de chuva, faltas justificadas, acidentes de trabalho, greves, outras dificuldades
B – Total dos Encargos que recebem as incidências de A
	22,90
(*) 0,79
(*) 0,34
10,57
(*) 4,57
39,17
	
8,22
8,22
	C1 – Depósito por despedida injusta 50% sobre [A2+(A2 + B)]
C2 – Férias (indenizadas)
C3 – Aviso-prévio (indenizado)
C – Total dos Encargos Sociais que não recebem as incidências globais de A
	5,57
14,06
(*)13,12
32,74
	4,33
10,93
(*)10,20
25,46
	D1 – Reincidência de A sobre B
D2 – Reincidência de A2 sobre C3
D – Total das Taxas das reincidências
	14,81
1,05
15,86
	3,11
0,82
3,93
	
	
	
	Subtotal Total
	125,58
	75,40
Deve ser acrescentado sobre os encargos básicos e obrigatórios, e encargos incidentes e reincidentes os chamados encargos complementares, compostos de custos com o transporte, fornecimento de EPI, alimentação e outras regalias aprovadas nos dissídios coletivos da categoria ficando, portanto:
Tabela 3.4 – Encargos Complementares. (%)
	Total de Leis Sociais
	125,58
	75,40
	Os Encargos Complementares são:
	E1 – Vale transporte1 – aplicar a fórmula
	10,34
	10,34
	E2 – Refeição Mínima2 – aplicar a fórmula
	8,42
	8,42
	E3 – Refeição – Almoço3 – aplicar a fórmula
	31,75
	31,75
	E4 – Refeição – Jantar – aplicar a fórmula
	--------
	------
	E5 – EPI (Equipamento de Proteção Individual) aplicar a fórmula
	5,0
	5,0
	E6 – Ferramentas manuais – aplicar a fórmula
	2,0
	2,0
	E – Total de taxas complementares
	57,51
	57,51
	
	
	
	Total dos encargos
	183,09
	132,91
OBS: o cálculo das taxas de E1 a E6 foi baseado em custos vigentes em São Paulo.
Fórmulas básicas para o cálculo dos encargos complementares:
Vale transporte – VT=x 100 =
Vale café da manhã – VC=x 100 =
Vale almoço ou jantar – VR=x 100 =
Sendo:
C1 = tarifa de transporte urbano;	C2 = custo do café da manhã;
C3 = vale refeição	N = número de dias trabalhados no mês;
S = salário médio mensal dos trabalhadores.
Equipamentos de Proteção Individual – EPI=x 100 = 
Ferramentas Manuais – FM=x 100 = 
Sendo:
N = número de trabalhadores na obra;		S = salário médio mensal;
P1, P2 Pn = custo de cada EPI ou ferramentas manuais;
F1, F2.......Fn = fator de utilização do EPI ou ferramentas manuais, dado pela fórmula:
F= sendo t = tempo de permanência do EPI ou da ferramenta em meses na obra e VU = Vida útil do EPI ou ferramenta manual em meses.
OBS:.	-As taxas se alteram em função das mudanças nos percentuais, portanto, devemos sempre que possível atualizá-las.
3.2.2 Custos Indiretos
	Os Custos Indiretos (não confundir com Despesas indiretas que irão compor o BDI) são os custos da Administração Local (obra), do canteiro de obra e da mobilização e desmobilização da obra. Portanto Custo Indireto são todos os custos necessários para a produção da edificação que não estão incorporados na mesma.
A - Administração Local: são despesas de apoio técnico, administrativo e de supervisão no próprio local da obra. Tais como:
vigilâncias diversas;
segurança e primeiros socorros;
aluguéis e despesas diversas ( água, luz, comunicação, placas, ferramentas manuais etc.);
pessoal ligado diretamente à execução da obra e não considerado no cálculo dos custos diretos ( engenheiros, mestres, encarregados, agrimessores, apontadores, almoxarife e pessoal administrativo)
controle tecnológico, licenças, seguros etc.
Comentários: As despesas de Administração Local, ao contrário das relativas á Administração Central, já podem, com certas reservas, ser adotadas genericamente com base em experiência anterior. Isto quer dizer que há uma taxa de Administração Local mais ou menos igual para todas as empresas. Ainda assim, devemos considerar que o tipo de obra a ser executada é uma variável controlada e que impede a prefixação dessa taxa.
B – Canteiro de Obra: São despesas para a instalação do canteiro de obra como:
preparação do terreno;
cerca ou muro de proteção;
construção do escritório;
construção dos vestiários, sanitários, cozinha e refeitórios;
alojamento;
oficina...etc.
C – Mobilização e desmobilização: Consiste nas despesas para preparação da infra-estrutura operacional da obra e a sua retirada no final do contrato e corresponde:
Transporte, carga e descarga de materiais para montagem do Canteiro de obra. Montagem e desmontagem de equipamentos fixos de obra;
Transporte, hospedagem e alimentação do pessoal que prepara a infra-estrutura;
Aluguel de equipamentos para carga e descarga....etc.
3.2.3 - Despesas Indiretas: 
Após o cálculo dos custos diretos e dos custos indiretos advindos da própria execução e produção dos serviços, há necessidade de uma previsão de custos indiretos envolvidos na administração do negócio da empresa executante. Tal previsão geralmente é feita com base na aplicação de uma taxa sobre o total dos custos diretos (mão-de-obra, leis sociais inclusive, materiais e equipamentos).
A taxa aplicada é chamada BDI - Benefício e Despesa Indireta, e poderá ou não incluir o lucro.
A aplicação genérica desta taxa de BDI acarreta, no entanto, algumas distorções. Na definição do preço total a ser cobrado por determinada empresa, pode-se, inclusive, partir-se da situação em que algumas despesas já estejam cobertas. É evidente que o grau de concorrência do mercado deverá influir no resultado desse processo.
Dessa forma, cada empresa, em função de seu desempenho técnico, econômico e administrativo deve definir um BDI próprio, que é a relação entre as despesas operacionais e faturamento alcançado.
	Podemos de modo geral, classificar as despesas indiretas de uma construtora como segue:
A - Administração Central: são despesas com o apoio técnico, supervisão e administração, incluindo o relacionamento com contratantes, fornecedores, bancos, governo e sociedade geral, e compreendem os itens de:
rateio das despesas com escolha e suprimento de materiais e equipamentos;
pessoal técnico e administrativo ligado diretamente à obra;
comunicação

Outros materiais