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Questionario Sociolog Rural Urbana

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Prévia do material em texto

Unidade I
ergunta 1
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta no que diz respeito à domesticação de animais e plantas.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Os animais e as plantas foram adaptados às necessidades humanas e mudamos com eles.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: B
	
	
	
Pergunta 2
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta no que diz respeito à gênese das cidades e das áreas de cultivo e criação.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
O processo de urbanização deve ser compreendido, posto que confira conteúdo às formações rurais e urbanas, modelando-as.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A
	
	
	
Pergunta 3
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta sobre as relações entre cidade e campo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Há inúmeras comunicações e objetos partilhados, ligando e misturando os dois âmbitos.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
	
	
	
Pergunta 4
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que contenha a definição correta de Sociologia geral.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
Encampa as demais, verificando sua facticidade e alcance (discussão sobre a validade, a consistência e a coerência dos instrumentos de pesquisa, por exemplo).
	Feedback da resposta:
	Resposta correta A
	
	
	
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A filosofia positiva tem forte inspiração no desenvolvimento dos organismos como modelo para o entendimento da sociedade em geral e da cidade em particular. Disso decorre, necessariamente, que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
As ciências sociais modernas surgem com transformações socioambientais produzidas pela modernização capitalista assimilando o modo de ver o mundo típico das ciências da natureza.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: a alternativa mostra a relação de dependência que se estabelece entre o positivismo aplicado aos estudos da sociedade e as ciências físicas e biológicas.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que contenha a definição correta de sociologia geral.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
Encampa as demais, verificando sua facticidade e alcance (discussão sobre  validade, consistência e coerência dos instrumentos de pesquisa, por exemplo).
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a qualificação “geral” denota seu caráter continente e ordenador. 
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Auguste Comte em sua “Lei da evolução intelectual da humanidade ou lei dos três estados” estabelece as etapas 1. teológica, 2. metafísica, 3. positiva. Émile Durkheim explica o progresso social partindo da solidariedade mecânica à orgânica. Já Karl Marx constrói o conceito de Materialismo histórico. Com base nessas afirmações, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Karl Marx, em muitos pontos, até mesmo se opõe a Émile Durkheim, principalmente no que diz respeito às análises  causais (lineares) deste.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: C
Comentário: a alternativa apresenta pontos divergentes marcantes entre os dois autores.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Com ajuda do trecho transcrito, assinale a alternativa correta:
“A sociologia constitui em certa medida uma resposta intelectual às questões colocadas pela Revolução Industrial”. (p. 16). Situações que são “as consequências da rápida industrialização e urbanização levadas a cabo pelo sistema capitalista, tão visíveis quanto trágicas: aumento assustador da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do infanticídio, da criminalidade, da violência, de surtos de epidemia de tifo, de cólera, que dizimaram parte da população etc.”. (p. 13) (MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1986.)
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
O surgimento da sociologia está ligado, entre outras coisas, às transformações radicais desencadeadas pela industrialização e consequente urbanização da sociedade.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: reúne os eventos (nas dimensões econômica e política) mais importantes da modernidade.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Considerando os temas gerais da sociologia, principalmente os fragmentos abaixo, assinale a alternativa correta. 
Trecho I - “A coisa mais importante, porém, foi o fato de que o homem que par excellence vivia a vida racional, no sentido religioso, era e continuou sendo o monge. Assim, quanto mais o ascetismo estivesse agarrado ao indivíduo, servia simplesmente para afastá-lo da vida cotidiana, já que a tarefa mais santa era definitivamente ultrapassar toda moralidade mundana. Lutero, que não foi de modo algum cumpridor de qualquer lei de desenvolvimento, mas que agia baseado na sua experiência bem pessoal e que foi, pelo menos de início um tanto incerta em suas consequências práticas, tendo sido mais tarde levada para frente pela situação política, repudiou esta tendência, e o calvinismo simplesmente assumiu isto para si. Sebastian Franck tocou a característica central deste tipo de religião quando viu o significado da Reforma no fato de que, agora, todo cristão teria de ser monge por toda sua vida.
[…] Até onde se estende a influência da mentalidade puritana, sob todas as circunstâncias e isso é muito mais importante que um simples encorajamento ao acúmulo – favoreceu o desenvolvimento da vida econômica racional da burguesia; foi a mais importante e, acima de tudo, a única influência consistente para o desenvolvimento desse tipo de vida. Foi, diríamos, o berço do homem econômico moderno.
Na verdade, tais ideais puritanos tendiam a ser transigidos devido à pressão excessiva das tentações da riqueza, como os próprios puritanos sabiam muito bem.” 
(WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Cia das Letras, 2005. p. 54; 82).
Trecho II - “Historicamente, a burguesia desempenhou um papel revolucionário.
Onde quer que tenha assumido o poder, a burguesia pôs fim a todas as relações feudais, patriarcais e idílicas. Destruiu impiedosamente os vários laços feudais que ligavam o homem e seus ‘superiores naturais’, deixando como única forma de relação de homem a homem o laço do frio interesse, o insensível ‘pagamento à vista’. Afogou os êxtases sagrados do fervor religioso, do entusiasmo cavalheiresco, do sentimentalismo pequeno-burguês nas águas gélidas do cálculo egoísta. Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca e em nome das numerosas liberdades conquistadas estabeleceu a implacável liberdade de comércio. Em suma, substitui a exploração, encoberta pelas ilusões religiosas e políticas, pela exploração aberta, única, direta e brutal.
A burguesia despojou de sua auréola toda a ocupação até então considerada honrada e encarada com respeito. Converteu o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem da ciência em trabalhadores assalariados.
A burguesia rasgou o véu sentimental da família, reduzindo as relações familiares a meras relações monetárias.
A burguesia não pode existir sem revolucionar constantemente os meios de produção e, por conseguinte, as relações de produção e, com elas, todas as relações sociais. Ao contrário, a conservação do antigo modo de produção constituía a primeira condição de existência de todas as classes industriais anteriores. A revolução contínua da produção, o abalo constante de todas as condições sociais, a eterna agitação e certeza distinguem a época burguesa de todas as precedentes. Suprimem-se todas as relações fixas, cristalizadas, com seu cortejo de preconceitos e ideias antigas e veneradas; todas as novas relações se tornam antiquadas, antes mesmo de se consolidar. Tudo o que era sólido se evapora no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e por fim o homem é obrigadoa encarar com serenidade suas verdadeiras condições de vida e suas relações com a espécie.
[...] Por meio de sua exploração do mercado mundial, a burguesia deu um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero dos reacionários, retirou da indústria sua base nacional. As velhas indústrias nacionais foram destruídas ou estão se destruindo dia a dia. São suplantadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão de vida e morte para todas as nações civilizadas, por indústrias que não empregam matérias-primas autóctones, mas matérias-primas vindas das zonas mais remotas; indústrias cujos produtos se consomem não somente no próprio país, mas em todas as partes do globo. Em lugar das antigas necessidades, satisfeitas pela produção nacional, encontramos novas necessidades que requerem para sua satisfação os produtos das regiões mais longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do antigo isolamento local e da autossuficiência das nações, desenvolvem-se, em todas as direções, um intercâmbio e uma interdependência universais. E isso tanto na produção material quanto na intelectual. As criações intelectuais de uma nação tornam-se propriedade comum de todas. A estreiteza e o exclusivismo nacionais tornam-se cada vez mais impossíveis e das numerosas literaturas nacionais e locais surge a literatura universal.”
(MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. São Paulo: José Luis e Rosa Sundermann, 2003. p. 28-9).
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
Marx ocupa-se mais da dimensão econômica, enquanto Weber estuda as influências culturais do capitalismo e ambos são fundamentais para entendermos o processo de urbanização, como processo histórico (dialético) e rico em motivações às ações racionais (teoria da ação racional).
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: a alternativa relaciona corretamente as principais contribuições de Karl Marx e Max Weber aos estudos da sociedade, em geral, e da urbanização em particular.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia atentamente os trechos abaixo:
A classificação de um grupo como “população tradicional” é bastante polêmica e suas implicações ultrapassam a teorização, envolvendo uma série de questionamentos relacionados às políticas territoriais, ambientais e tecnológicas.
“Povos e Comunidades Tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição” (BRASIL, 2007).
Assim,
“[...] conhecimento tradicional é definido como o conjunto de saberes e saber-fazer a respeito do mundo natural, sobrenatural, transmitido oralmente de geração em geração. Para muitas dessas sociedades, sobretudo para as indígenas, existe uma interligação orgânica entre o mundo natural, o sobrenatural e a organização social. Nesse sentido, para estas, não existe uma classificação dualista, uma linha divisória rígida entre o ‘natural’ e o ‘social’, mas sim um continuum entre ambos.”
(DIEGUES, A. C. [Org.]. Os saberes tradicionais e a biodiversidade no Brasil. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal; Coordenadoria da Biodiversidade; Núcleo de Pesquisas sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras. São Paulo: USP, 2000b. p. 30.)
A partir da leitura, assinale a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
A ideia de população tradicional é um poderoso aliado na construção de um caminho de desenvolvimento sustentável, pois é riquíssima em ensinamentos sobre a unidade entre cultura, necessidades e natureza; grande questão da qualidade de nosso tempo.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: C
Comentário: a alternativa é a única que confirma os trechos do enunciado, valorizando os conhecimentos e as práticas tradicionais como caminho necessário de realização de uma síntese com as novas tecnologias alternativas ao modelo de desenvolvimento dominante.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O positivismo tem forte inspiração no organismo como modelo para o entendimento da sociedade. Disso decorre, necessariamente, que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
As ciências sociais modernas são como uma resposta às transformações sociais ocasionadas pelas revoluções burguesas e importam o modo de ver o mundo típico das ciências naturais já consolidadas.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: C
Comentário: essa alternativa faz a ponte correta com as ciências naturais (biológicas).
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Sérgio Paulo Rouanet faz uma leitura sociológica (de cunho filosófico) da modernidade que considera a partir dos postulados da Ilustração em seu texto “As duas vias da mundialização” (Folha de S.Paulo, 2000), referindo-se a dois vetores complementares de sua realização, um, restritivo e excludente, outro, emancipatório (globalização econômica) e pluralista (universalização ética). Isso quer dizer que tomando a urbanização sob essa perspectiva, teremos que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
Há uma popularização da cultura e de equipamentos urbanos, promovida pelos agentes da globalização, que toma as verdadeiras manifestações culturais sempre de modo superficial e funcional, enquanto descarta qualquer aprofundamento em direção ao conhecimento e ridiculariza a reflexão sobre as diversas práticas sociais, sendo estas de difícil comercialização; o que reforça a ideia de produção capitalista da cidade.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: é a única alternativa que não tem as afirmações invertidas. Apresenta as considerações sobre a perda de qualidade e de espessura das relações sociais pelo mercado, com alienação dos processos sociais e de suas motivações.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	“As próprias populações rurais vitimadas pelo desenvolvimento econômico excludente, que todos testemunhamos, têm procurado seu próprio rumo, têm se alçado acima da indignidade que as vitima, têm proclamado seus direitos e têm questionado os responsáveis por sua situação. Os movimentos sociais do campo são a forma do protesto dos pobres da terra, o clamor dos sem voz porque não foram ouvidos no devido tempo. Eles desafiam a sociologia rural a compreender o protagonismo e a criatividade das populações rurais e a compreender também as saídas possíveis das situações socialmente anômicas em que muitas vezes se encontram. O futuro da sociologia rural não depende do que ela tenha a propor quanto à qualidade de vida rural. O futuro da sociologia rural depende amplamente do que as populações rurais tenham a lhe propor para que essa qualidade de vida seja incrementada; e do que os sociólogos rurais estejam dispostos generosamente a oferecer-lhes. Esse futuro depende amplamente do deciframento e da superação dos enigmas que as perturbam, da compreensão dos processos sociais que as desagregam e as marginalizam e que, por isso, precisam compreender e vencer para que tenham a qualidade de vida a que têm direito. Para ensinar, a sociologia rural precisa aprender. Para compreender sociologicamente, o sociólogo rural precisa reconhecer-se como membro da comunidade de destino das populações que estuda.” (MARTINS, José de Souza. O futuro da Sociologia Rural e sua contribuição para a qualidade de vida rural. Estud. av.,  São Paulo ,  v. 15, n. 43, p. 31-36, dez.  2001.  
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 06 ago. 2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142001000300004.) 
A partir das afirmações contundentes de José de Souza Martins, assinale a alternativa que confirme suas ideias.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
O autor acredita que a sociologiarural deva responder às demandas a ela dirigidas pelo público estudado, porém atuando ativamente no desvelamento e na solução dos problemas propostos, vividos, não daqueles concebidos teoricamente.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: a alternativa é a única que reconhece o elemento ativo da ciência, confirmando a ideia de teoria-prática, isto é, de um encaminhamento teórico totalmente vinculado às práticas sociais, mas não necessariamente empirista.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	“No nosso clima subtropical, o agricultor tem a vantagem suplementar de poder plantar trigo, cevada, centeio ou aveia, mas também de fazer feno e silagem sobre o mesmo solo no inverno, mas poucas vezes o faz. Comparado ao que os nossos colonos faziam em solos similares, a produtividade é baixa, raramente mais do que três toneladas de grãos (total, verão e inverno) por hectare. O camponês, que trabalhava para alimentar a população local, facilmente produzia 15 toneladas de comida por hectare, diversificando com mandioca, batata-doce, batata inglesa, cana-de-açúcar e grãos, mais verduras, uvas e todos os tipos de frutas, feno e silagem para o gado, além de criar porcos e galinhas. Mas ele não produzia PIB. O PIB só reflete fluxo de dinheiro, não leva em conta autossuficiência e mercado local. A conta do PIB interessa ao banqueiro, ao governo, às grandes corporações transnacionais e nada tem a ver com o bem-estar da população.
Quando estatísticas das Nações Unidas declaram que quase a metade da população mundial vive com menos de US$ 2 por dia, isso leva a falsas conclusões. Ninguém viveria com US$ 2 por dia se tivesse que comprar sua comida, suas roupas, seus utensílios no supermercado ou shopping center.
No período áureo de nossa colônia no Rio Grande do Sul, anos 30, o colono poderia não ter um tostão no bolso, mas sempre tinha mesa farta, vivia muito bem. Não obstante esta realidade, a política agrícola oficial tem sempre apoiado os grandes às custas dos camponeses. Centenas de milhares deles tiveram que desistir e partir para as cidades, frequentemente para as favelas, ou mais para o Norte, em direção à Floresta Amazônica.”
(LUTZENBERGER, José A. O absurdo da agricultura.
Estud. av.,  São Paulo ,  v. 15, n. 43, p. 61-74, dez.  2001. 
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 05  ago.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142001000300007.)
A partir das considerações de José Lutzenberger é possível afirmar que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
Os modelos de medidas e classificações (da governança da ONU e seus órgãos para o funcionamento da economia internacional) não têm condição de enquadrar realidades tão distintas quanto as existentes pelo mundo, fora do formato jurídico internacional.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: de fato, a ONU não dá conta da imensa variedade de modos de produzir e viver espalhados pelo mundo. As demais negam o texto.
	
	
	
Unidade II
gunta 1
0 em 0 pontos
	
	
	
	(ENADE, 2005. Adaptada) As seguintes afirmações constituem tratamento transversal dado ao tema meio ambiente, exceto:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A questão ambiental diz respeito sobretudo à preservação dos ambientes naturais intocados e ao controle da poluição.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
	
	
	
Pergunta 2
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que apresenta a pesquisa como instrumento ético de aprendizagem.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
A atividade de pesquisa é crucial para unificar prática e teoria, conhecendo melhor as pessoas que se estuda e para as quais se planeja.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta : C
	
	
	
Pergunta 3
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que confirme a ideia democrática e republicana de direito à terra.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
É correto pensar que redistribuir riqueza implica mudanças nas relações sociais, na participação regional dos estados federados, entre outras.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A
	
	
	
Pergunta 4
0 em 0 pontos
	
	
	
	O saber ambiental é, segundo Enrique Leff, reaprendizagem. Assinale a alternativa verdadeira quanto ao conceito.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Racionalidade ambiental e saber ambiental são dois caminhos importantíssimos até a melhoria de qualidade de vida.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta : C
	
	
	
ergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(QUESTÃO 16 - Enade 2011. Adaptada).
Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Um dos exemplos de cidade de país desenvolvido é Frankfurt, na Alemanha, e outro exemplo de cidade em país subdesenvolvido é Cabul, no Afeganistão.
Com base no enunciado e nas figuras acima, assinale a opção que expressa características de urbanização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, respectivamente.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
 Formação de rede urbana mais densa e interligada; existência de rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: a alternativa é a que descreve corretamente as fotos, pois a conexão dos modais é a principal característica da modernização viária alinhada à globalização.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(Questão 01 - UEM 2012 verão - GABARITO 1. Adaptada).
“Com quase 80% de sua população nas cidades, a América Latina é uma das regiões mais urbanizadas do mundo, mas convive com redução do crescimento demográfico e praticamente com o fim da migração campo-cidade, responsável pelo ‘boom’ da urbanização até os anos 90” (Folha de S.Paulo, 22 de agosto de 2012, p. A15).
Considerando o enunciado e seus conhecimentos sobre demografia, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
A concentração da propriedade das terras agrícolas e a precariedade das condições de vida no campo levam grandes parcelas da população rural a migrarem para as cidades, de modo que estas, às vezes, crescem de modo insustentável. Nas paisagens urbanas de alguns países latino-americanos são comuns as submoradias, a falta de saneamento básico e outras situações que denotam más condições de vida.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(Questão 10 - UEM 2012 verão - GABARITO 1. Adaptada).
Sobre distribuição e dinâmica da população, assinale o que estiver correto.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
As atividades agrícolas, ao se modernizarem com a incorporação de avançados recursos tecnológicos, passam a empregar baixa quantidade de mão de obra e contribuem para a expulsão de trabalhadores que se deslocam para os espaços urbanos.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: a alternativa descreve o processo de modernização tecnológica alinhado à concentração de capital (propriedade, em particular), próprios ao desenvolvimento do capitalismo.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(Questão 14 - Enade 2011. Adaptada)
É possível identificar várias áreas nas quais a urbanização se deve diretamente à consecução do agronegócio globalizado. Como é notório, a modernização e expansão destas atividades promovem o processo de urbanização e de crescimento das áreas urbanas, cujos vínculos principais se devem às inter-relações cada vez maiores entre campo e cidade. (ELIAS, D. Globalização e fragmentação do espaço agrícola do Brasil. Scripta Nova. v. X, 218 [03], 1/8/2006. Disponível em: <http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-03.htm>) 
As inter-relações entre campo e cidade mencionadas no enunciado referem-se à presença de:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
 Serviços altamente especializados em algumas cidades, para atenderas demandas de atividades agrícolas globalizadas, como a agricultura científica.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: a única alternativa que apresenta a correta associação funcional entre campo e cidade, determinada pelo padrão global de produção local, voltada para a exportação.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A cidade não é uma criação do capitalismo, mas o que este faz da cidade é sem igual na história. Assinale a alternativa que contenha as características de uma metrópole, requeridas pela globalização.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
O problema da “favelização”, em geral, é, entre outros, também uma consequência da concentração de propriedade e bens no território das cidades, podendo apenas ser entendidas no contexto das redes globais.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: a alternativa é a única que alinha as redes globais como demanda do capital globalizado, apresentando até mesmo uma de suas principais consequências, a “favelização”.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta no que diz respeito à gênese das cidades e das áreas de cultivo e criação.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
 O processo de urbanização deve ser compreendido, posto que confira conteúdo às formações rurais e urbanas, modelando-as.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: de fato, o processo de urbanização atribui os conteúdos às variadas escalas dos acontecimentos sociais, pois carrega os projetos dos diversos segmentos e agentes da sociedade.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que confirme os ideários democrático e republicano de direito à terra.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
É correto pensar que redistribuir riqueza e garantir acesso aos meios de produção implica  equiparar o peso político dos grupos componentes da estrutura social, nos âmbitos local, estadual e nacional.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: o princípio democrático é o da participação popular na condução do interesse e da propriedade públicos (esse é princípio republicano, da coisa pública) e, no caso da terra, trata-se de garantir sua função social produtiva, acima da especulativa.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Considerando os trechos abaixo, assinale a alternativa que apresente o assunto comum a ambos.
Trecho 1. “A dualidade verificada nos processos socioespaciais de construção da metrópole contemporânea manifesta-se no reconhecimento de uma cidade ‘formal’ assumida pelo poder público, onde se concentram os investimentos urbanos de todo tipo, e de outra construída à sua margem, que tem no conceito cidade informal a expressão mais abrangente para designá-la, pois associa o fenômeno da expansão urbana ilegal ao da exclusão social. Nele está implícito o pressuposto de que o acesso à cidade se dá de modo diferenciado e que é sempre socialmente determinado, compreendendo o conjunto das formas assumidas pelos assentamentos ilegais: loteamentos clandestinos/irregulares; favelas; e cortiços. A ‘cidade informal’ é uma realidade de longa data nas cidades brasileiras, especialmente nas metrópoles que tiveram seu crescimento acelerado, a partir dos anos 40 e 50, associado ao processo de industrialização brasileira, como São Paulo e Rio de Janeiro. Entretanto, metrópoles com crescimento mais recente – como Belém, Brasília, Natal e Campinas – apresentam padrão semelhante. A reprodução e a permanência desse padrão de urbanização apontam para a incapacidade recorrente do Estado em controlar e fiscalizar o uso e a ocupação do solo e atuar como controlador, financiador ou provedor de moradia para as populações com menos recursos.” (GROSTEIN, Marta D. Metrópole e expansão urbana: a persistência de processos “insustentáveis”. São Paulo: São Paulo Perspectiva, v. 15, n. 1, 2001.)
Trecho 2. “A antiga dualidade centro-periferia se desfez, para dar lugar a uma nova: lugares seguros versus lugares violentos. A captura de assentamentos precários pelo comércio varejista de drogas impôs, nesses territórios, uma nova sociabilidade, violenta e implementada de forma paralela aos aparatos de segurança do Estado. Embora presente em apenas alguns dos assentamentos precários do país, a territorialização das favelas pelo tráfico de drogas contribuiu para construir no imaginário urbanístico a identificação de todas as favelas e periferias precárias do país com ‘lugares violentos’. Para citarmos novamente Wacquant, ‘a nova marginalidade mostra uma tendência a aglomerar-se em áreas irredutíveis’ e aonde ‘não se pode ir’, que são claramente identificadas – tanto por seus próprios residentes como por pessoas externas – como poças urbanas infernais, repletas de privação, imoralidade e violência, onde somente os párias da sociedade tolerariam viver.” (ROLNIK, R. A lógica da desordem. In: Le Monde Diplomatique Brasil, A.2, n.13, 8/2008, pp.10-11.)
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
A estrutura social territorializa-se sob quaisquer condições, ou seja, sempre é possível verificar o teor do urbano (modo de vida) por meio da materialidade que é a cidade (negócio).
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a alternativa apresenta relações corretas entre as proposições: a equivalência entre estrutura espacial e social, nas duas afirmações.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Sem Terra
Tenente Gama estará na barra do Brooklin atento
Zé da Navalha na boca do rio Urutu
Quatro patrulhas vão cobrindo os quatrorizonte
Nego DJ Adílio leva o rádio
 
Aurili bon bonga
A cobra vai pular
Aurili bon bonga
Permiso, êêêêêê!
Eles pitimbam, negarfam, então hão de ter
Bate o bongô, drum machine, bate o xequerê
Batecumã nego véi de guerra
Colono branco e a lua estratagema
Aurilibilim bajé pajé pai chamou
No cabo do teletrônico mensageou
Na terra dos sem-terra
A barra vai pesar
Quem ignora erra
Quem quer ignorar 
Sofrer o baque todos eles já sofreram
No Paraná, no Pará, no Espírito Santo
Bate imigrante nego véi de guerra
Quebratabaque o atraso, o quebranto
Na terra dos sem-terra
A barra já pesou
Quem ignora erra
Quem ignora errou
Fonte: Rosa; Amaral (1996).
 
Considerando a letra da música do grupo Skank, assinale a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
A letra arrola os sujeitos envolvidos na questão agrária de modo a expor algo da mobilidade geográfica e da dinâmica dos conflitos e relações de poder.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: a alternativa trata dos elementos depreendidos da letra, enquanto os demais os negam.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	 “O sistema atual de produção e distribuição de alimentos (incluindo fibras e alguns outros itens não comestíveis) começa nos campos de petróleo e continua nas minas, passa pelas refinarias, siderúrgicas, plantas de alumínio, indústrias químicas, de maquinário, de embalagens, pelo envolvente sistema de transporte (consumindo principalmente combustíveis fósseis), além de computadores, supermercados e um totalmente novo complexo de indústrias que não existia no passado: a manipulação de alimentos que mais mereceria ser chamada de indústria de desnaturação e contaminação de alimentos (com aditivos e resíduos de agrotóxicos). Se quisermos comparar o agricultor de hoje com o tradicional, então todas as horas de trabalho precisam ser adicionadas; desde indústrias, comida fast food (que bem merecem o qualificativo de junk food - comida entulho), distribuição de alimentos, até outros serviços que, direta ou indiretamente, contribuem para a produção e manipulação de alimentos.
Deveriam até mesmo ser incluídas as horas de trabalho que corresponderiam ao dinheiro que, em outras profissões, precisa ser ganho para pagar os impostos que financiam os subsídios. É significativo que a maior partedos subsídios vai, não para o agricultor, mas para o complexo industrial. O agricultor é sempre mantido à beira da falência.
Um balanço completo deste tipo certamente mostraria que, atualmente, numa economia moderna, também em torno de 40% ou mais de todas as horas de trabalho, vai para a produção, manipulação e distribuição da comida.
Os economistas convencionais de hoje, aqueles que nossos governantes ouvem - em sua visão não-holística - tratam as fábricas de tratores e colheitadeiras, a indústria de maquinário, as fábricas de fertilizantes químicos e agrotóxicos, a indústria química, e assim por diante, como se nada tivessem a ver com alimentos.”(LUTZENBERGER, José A. O absurdo da agricultura. Estud. av., São Paulo, v. 15, n. 43, p. 61-74, dez. 2001. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em  05  ago. 2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142001000300007.) 
A partir do trecho do texto, assinale a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
O autor toma a questão alimentar de modo complexo e crítico, tanto do ponto de vista nutricional, gerencial, quanto econômico.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: a alternativa está alinhada com as observações de Lutzenberger quanto à má qualidade da comida, ao processo de produção e de trabalho degradado com piora progressiva da qualidade em geral.
	
	
	
Unidade III
unta 1
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta sobre a desorganização social promovida pelas várias frentes de modernização capitalista:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Os Cavalos de Troia de que fala Milton Santos são objetos portadores de desestruturação social, com padrões técnicos impostos de fora, como armadilhas destrutivas.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
	
	
	
Pergunta 2
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta sobre os impactos socioambientais históricos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
A metodologia GeoCidades pode servir para o estudo e a intervenção nas relações sociais.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: B
	
	
	
Pergunta 3
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que confirme a ideia de integração como símbolo maior do momento em que estamos vivemos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
A “sensação de perdas” contemporânea envolve esquecimento social dos saberes tradicionais e dos porquês da ação, restando a prática vazia de significado real.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: D
	
	
	
Pergunta 4
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que não pode ser considerada como fator concorrente para a urbanização:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Os grandes salários que os trabalhadores rurais recebem nas capitais do país.
	
	
	
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(Enade 2005. Adaptada). As seguintes afirmações constituem tratamento transversal dado ao tema meio ambiente urbano, exceto:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A questão ambiental diz respeito sobretudo à preservação dos ambientes naturais intocados e ao controle da poluição.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
Comentário: É a única alternativa que não articula várias áreas do conhecimento e dos estudos urbanos, mas fica restrita aos aspectos ambientais, apresentando a exceção pedida.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(Questão 22. Enade 2011. Adaptada).
As mudanças no padrão técnico dificilmente surgem da iniciativa dos agentes locais, mas sim para que possam atender às exigências do mercado. As empresas aumentam a produtividade e melhoram a qualidade da produção, o que, muitas vezes, eleva os custos e implica conexões transescalares para a compra de insumos e a comercialização da produção. Dessa forma, a técnica a ser implantada segue em consonância com os interesses do mercado. E, ainda, a tomada de decisões, no que diz respeito às características do processo produtivo, é centralizada e verticalizada devido ao interesse das indústrias a montante.
In: SILVA, E. Comercialização e Subordinação da Agricultura Familiar no Estado do Rio de Janeiro. In: MARAFON, G. F., PESSÔA, V. L. S. Agricultura, Desenvolvimento e Transformações Socioespaciais. Uberlândia: Assis Editora, 2008, p. 88.
Os novos modelos de produção surgem de maneira simultânea às mudanças no mundo do trabalho e, associados às novas técnicas de produção e à necessidade de busca constante por competitividade, são responsáveis pela
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
mudança nas estratégias de gestão organizacional e de ordenamento territorial.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
Comentário: A alternativa é a única alinhada ao enunciado, aludindo ao modelo de agronegócio, com suas estratégias territoriais.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(UFAL, 2014. Adaptada).
A pecuária desenvolvida com o gado confinado, utilizando ração, cuidados sanitários constantes, visando à precocidade do crescimento e do abate ou ao aumento da produção de leite, é conhecida como criação
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
 intensiva.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A 
Comentário: A alternativa está correta, pois apresenta foto de regime de criação intensiva, correspondente à descrição do enunciado, basicamente no que concerne à diminuição do ciclo vital de plantas e animais.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(UFRN, 2014. Adaptada).
A charge coloca em evidência um conflito que está presente no espaço rural brasileiro. Esse conflito envolve duas lógicas: a preservação da floresta e a expansão do agronegócio.
 
No Brasil, o desenvolvimento do agronegócio:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
requer grandes extensões de terra para o cultivo de monoculturas, degradando áreas de floresta nativa.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A 
Comentário: A alternativa apresenta as características básicas do agronegócio monocultor que degrada florestas.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(UFSC, 2014. Adaptada). Sobre a agricultura e a estrutura fundiária brasileira, assinale a proposição correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Historicamente, a falta de políticas agrárias que favorecessem os pequenos produtores rurais criou uma situação de violência no campo.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: B
Comentário: A história da ocupação e apropriação fundiária no Brasil é marcada pela concentração de terras nas mãos de poucos, com a figura do latifúndio favorecendo a grande propriedade e a exportação. 
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Analise as asserções a seguir.
O atual momento, caracterizado por análises sobre territórios agrícolas cada vez mais vastos, é o momento da criação do meio técnico, que substitui o meio natural,
porque
a modernização agrícola tem sido testemunhada não só quanto aos capitais, mas também quanto à tecnologia e às formas de organização do espaço agrário.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
 As duas asserções são proposições falsas.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: E
Comentário: Ambas as proposições são falsas, pois a primeira é o contrário do afirmado: a extensão diminui, tornando-se produção intensiva; assim como não há modernização generalizada dos capitais nem da estrutura fundiária junto com a modernização tecnológica.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que não pode ser considerada como fator concorrente para a urbanização.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Os grandes salários que os trabalhadores rurais recebem nas capitais do país.
	Feedback da resposta:Resposta correta: C
Comentário C: É uma informação incorreta, pois as expectativas não se realizam, pois, no geral, os migrantes servem de “mão de obra” de baixo custo.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia o seguinte trecho:
"Apontam-se ali (Agenda 21 brasileira, bases para discussão) seis razões fundamentais que ameaçam a sustentabilidade na agricultura:
a predominância do chamado padrão "revolução verde", intensivo em capital e em insumos químicos;
a presença no agronegócio de graves passivos ambientais, representados principalmente pelo alto nível de erosão do solo, degradação de recursos hídricos e perda da diversidade biológica;
a dependência científica e tecnológica do exterior, que a "revolução verde" acentua e a falta de verdadeira inovação nacional agrava;
a predominância, no setor, do modelo exportador, pautado de fora e arcando com custos ambientais e sociais cuja prevenção/eliminação os países importadores não querem incorporar nos preços;
consequência em grande parte do item anterior, uma rentabilidade que decorre em certa medida da recusa interna de incorporar esses custos e da necessidade de utilizar mais capital natural como se financeiro fosse (gerando a insustentabilidade futura);
a estrutura fundiária fortemente concentrada e ainda tendendo para maior concentração em muitas partes.
De todos esses fatores decorrem, sem dúvida, questões complexas e que só se resolverão a partir de um processo endógeno - não pode ser imposto de fora".
In: NOVAES, Washington. Dilemas do desenvolvimento agrário. Estudos avançados. São Paulo, v. 15, n. 43, p. 51-60, dez. 2001.  
Assinale a alternativa que concorda com o pequeno trecho de texto de Washington Novaes.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
O agronegócio promove a degradação, principalmente, devido aos valores sobre os quais se constitui, perseguindo produtividade antes de preservação, controle químico de pragas ao invés de aplicação de conhecimento biológico equilibrador dos ecossistemas, entre outros aspectos que deveriam ser encarados para tornar a industrialização da agricultura inofensiva.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: B
Comentário: A alternativa está correta, pois apresenta as razões pelas quais é possível entender o comportamento do setor agroindustrial, secundando a preservação ambiental.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O saber ambiental (inteligência e cultura ambiental) é, segundo Enrique Leff, reaprendizagem cultural com olhos no futuro. Assinale a alternativa verdadeira quanto ao conceito.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Racionalidade ambiental e saber ambiental são dois caminhos importantíssimos, que levam à melhoria de qualidade de vida nos planos individual e social.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
Comentário: Trata-se de desenvolvimento sustentável, isto é, de reunir e empregar as melhores práticas (conhecimentos e procedimentos conhecidos, de modo que se mantenham os recursos que estão sendo utilizados, sem esgotá-los).
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Questão 17 (Enade 2008, adaptada).
           Com relação ao fenômeno da desertificação, analise as asserções a seguir.
Embora a desertificação seja concebida como um fenômeno climático, pode-se distinguir outro tipo deste mesmo fenômeno, o ecológico,
porque
a desertificação, do ponto de vista ecológico, pode desenvolver-se até mesmo em   ambiente úmido, podendo o elemento clima não sofrer variação tão perceptível quanto aquela do manto vegetal e do solo.
Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
 As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A
Comentário: Ambas as afirmações são verdadeiras e consequentes, pois, do ponto de vista climático é possível encontrarmos desertos frios ou quentes, porém, é do ponto de vista biológico que se pode perceber e aferir o processo de desertificação, que remete às dificuldades de manutenção da vida, sendo este o maior indicador. Desertificação implica sistema desequilibrado a um ponto que dificulte a vida nesses locais, sendo o fator de desequilíbrio a falta ou o excesso de energia (sol ou frio demais), por exemplo.
	
	
	
UNIDADE IV
Pergunta 1
0 em 0 pontos
	
	
	
	A cidade não é uma criação do capitalismo, mas o que este faz da cidade é sem igual na história. Assinale a alternativa que contenha as características de uma metrópole, requeridas pela globalização.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
O problema da “favelização” em geral é, entre outros, também uma consequência da concentração de propriedade e bens no território das cidades, podendo apenas ser entendidas no contexto das redes globais.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: E
	
	
	
Pergunta 2
0 em 0 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta sobre o tema das perdas e dos ganhos com a modernização tecnológica das várias dimensões da vida social.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
 Os ganhos de que estamos tratando são seletivos e não beneficiam a todos do mesmo modo.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: E
	
	
	
Pergunta 3
0 em 0 pontos
	
	
	
	O desenvolvimento sustentável se define de forma enigmática e nesta perspectiva, pode-se afirmar:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
Os conflitos socioambientais evidenciam as contradições da relação estabelecida entre a sociedade e a natureza no modelo de desenvolvimento capitalista.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: B
	
	
	
Pergunta 4
0 em 0 pontos
	
	
	
	O saber ambiental (inteligência e cultura ambiental) é, segundo Enrique Leff, reaprendizagem cultural com olhos no futuro. Assinale a alternativa verdadeira, quanto ao conceito.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
Racionalidade ambiental e saber ambiental são dois caminhos importantíssimos que levam à melhoria de qualidade de vida, nos planos individual e social.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C
	
	
	
Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(IFBA, 2012, adaptada)
“Mostrengo enviado para punir o povo de Tebas por ter afrontado os deuses, a Esfinge tinha cabeça e seios de mulher, corpo e patas de leoa, e asas de águia. Instalada às portas da cidade, ela exigia que seus melhores jovens a enfrentassem. Todos eram impiedosamente trucidados porque não conseguiam responder ao enigma que ela lhes propunha. Desgraça que só terminou quando apareceu um esperto rapaz, vindo de Corinto e chamado Édipo. Ele matou a charada, provocando o suicídio da fera. O resto da lenda é bem conhecido.
Pois bem, o ‘desenvolvimento sustentável’ também é um enigma à espera do seu Édipo [...].” (In: VEIGA, José Eli da. “Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI”. 3a edição. Rio de Janeiro: Garamond, 2008, p. 3.)
 O desenvolvimento sustentável se define de forma enigmática por se constituir como o desafio do século XXI. Nessa perspectiva, pode-se afirmar:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
Os conflitos socioambientais evidenciam as contradições da relação estabelecida entre a sociedade e a natureza no modelo de desenvolvimento capitalista.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: a alternativa faz menção a problemas estruturais das relações que temos com a natureza, tomando-a como objeto da vida social, simples recurso a ser explorado.
	
	
	
Pergunta 2
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(IFBA, 2013, adaptada)
A problemática decorrente da relação que a sociedade urbano-industrial estabelece com a natureza, no modelo de desenvolvimento capitalista, também se expressa espacialmente no campo. Em particular, no campo brasileiro, considerando o papel estratégico que historicamente a agricultura capitalista desempenhapara a inserção produtiva do Brasil na economia mundial. 
Assim, considerando a relação estabelecida entre a agricultura e o meio ambiente, no Brasil, é correto afirmar que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
A prática da monocultura agroexportadora em grandes extensões de terras favorece o desequilíbrio ecossistêmico pelo desenvolvimento de pragas nocivas ao solo, como ocorre no cultivo da soja, do algodão e do milho.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a alternativa confirma as informações do enunciado, quanto aos impactos nos ecossistemas e seus desdobramentos associados às monoculturas.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(IFMG, 2014, adaptada)
“Agricultura familiar pode ser modelo para produção sustentável de alimentos 
As mudanças climáticas tendenciais e o aumento da população têm imposto desafios aos atuais modelos de agricultura comercial. Nesse contexto, a agricultura familiar ganha força, por geralmente utilizar a policultura, com sementes e espécies que existem há centenas de anos e são mais resistentes a pragas e mudanças climáticas. Para uma bióloga da Universidade de Brasília, a agricultura familiar pode conciliar melhor os cultivos e as áreas de preservação, o que com a agricultura comercial é mais difícil.” (In: Portal Terra. “Políticas de agricultura familiar brasileiras são exemplo mundial”. Disponível em: < http://goo.gl/P7EwFT >. Acesso: 26/11/2013. Adaptado.) 
Tendo em vista as características da agricultura familiar e do agronegócio exportador no Brasil, considera-se que o modelo familiar é mais sustentável porque:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Aproveita melhor os recursos naturais, usando técnicas menos agressivas.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a alternativa confirma as informações do trecho anterior quanto à preservação e à menor agressão, enquanto as demais o contradizem.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(PUC-RIO, 2014, adaptada)
A ideia de “fome” vem a algum tempo sendo ressignificada, politicamente, sob a luz do conceito de “segurança alimentar”. No Fórum Mundial Social de Mumbai (Índia), em 2004, as discussões foram focadas na necessidade de emancipação dos povos dependentes das políticas internacionais que regulam a produção, a estocagem, a distribuição e a comercialização alimentar no mundo.
 
Sobre o conceito de “segurança alimentar”, pode-se afirmar que:
I – Ele representa uma mudança de concepção que poderá transformar a qualidade de vida de inúmeras sociedades historicamente dependentes dos padrões de consumo alimentar de países e regiões possuidores de Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) bastante elevados.
II – Ele é o caminho para a construção de outro conceito, ainda mais expressivo, voltado para erradicação da miséria no mundo: o da “sustentabilidade alimentar”.  Esse conceito, que incorpora programas ligados à preservação do meio ambiente e a não utilização de agrotóxicos nas monoculturas extensivas, concebe o enfrentamento da pobreza a partir de programas locais voltados para o mercado de trabalho.
III – Se as populações em estado de “pobreza absoluta” forem os principais atores de sua própria emancipação social – isto é, se o controle da “fome” apoiar-se sobre suas atividades econômicas e não fundamentalmente na ajuda alimentar dos outros – então há chances de que espaços diversos onde há “insegurança alimentar” sejam menos afetados por processos de marginalização socioespacial.
IV – A sustentabilidade das atividades agrícolas nos países mais pobres deve ser delegada às suas tecnologias e tradições produtivas, para que seja possível a erradicação da fome. O conceito relaciona a autonomia alimentar dos países com a geração de novos empregos e a menor dependência de importações e flutuações dos preços no mercado internacional. 
Estão corretas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Todas as afirmações.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a alternativa considera os atributos de uma verdadeira revolução democrática nos padrões políticos, culturais e econômicos dos povos que são “classificados” (estigmatizados) como atrasados e têm sua vida social e produção atreladas à economia dos mercados globalizantes que apenas visam a agregar valor à sua própria cadeia produtiva.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(PUC-RJ, 2014, adaptada)
“[...] Durante esses 25 anos nada foi feito para que a carência alimentar do nosso povo fosse atendida. A grande novidade do momento é a volta à agricultura. Nunca deveríamos ter saído dela. O primado da agricultura, da mineração e da pecuária, em um país de tão vastas dimensões e de natureza tão diversificada, não prejudica em nada, e antes incentiva a organização de um grande parque industrial. Campo e cidade devem sempre estar intimamente ligados. O que faz a sua separação é a antítese de classes, como é a política de recurso contínuo aos capitais estrangeiros, para promover o progresso nacional [...]”. (Trecho do prefácio da 10a edição do livro “A Geografia da Fome”, de Josué de Castro, escrito por Alceu Amoroso Lima, em 1980). 
A crítica do intelectual brasileiro sobre a manutenção dos padrões de fome por escassez, no Brasil de 1980, pode ser observada, nos dias atuais, por meio da tendência do seguinte indicador produtivo:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Recordes na exportação de grãos.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: a alternativa aponta a priorização da produção para exportação de grãos para outros mercados, sem atender à nossa própria necessidade de alimentos.
	
	
	
Pergunta 6
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(UEL, 2006, adaptada)
“O aumento crescente da demanda por produtos livres de agrotóxicos tem impulsionado a agricultura orgânica no Brasil. Esse sistema agrícola que se apoia no manejo sustentável, dispensa o uso de agrotóxicos sintéticos, privilegia a preservação ambiental, a biodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Com uma área plantada de 842 mil hectares, o setor movimentou cerca de 
US$ 1 bilhão em 2003. O país tem 19 mil propriedades e 174 processadoras espalhadas em diversas regiões.” (Disponível em: <www.agricultura.gov. br.> Acesso em: 19 jun. 2005.)
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre agricultura, considere as afirmações a seguir:
I. Na agricultura orgânica, a forma de produzir demanda uma maior utilização de mão de obra para colocar em prática o controle biológico e o manejo integrado de pragas, constituindo-se em alternativa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
II. O crescimento do mercado para os produtos orgânicos não se limita ao Brasil, o que tem permitido aos agricultores aumentar a receita, por unidade de produção, a uma razão superior à da agricultura convencional.
III. O crescimento do número de propriedades rurais em que se pratica a agricultura orgânica invalida o debate sobre os impactos do consumo de agrotóxicos no Brasil.
IV. O sistema de agricultura orgânica é impraticável nas pequenas propriedades rurais, pois a eliminação do uso de fertilizantes e pesticidas químicos proporciona um aumento dos custos de produção, o que, consequentemente, diminui a renda da unidade produtiva agrícola. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
 I e II.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a alternativa apresenta os benefícios tanto ecológicos quanto econômicos da agricultura orgânica.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(UFPA, 2011, adaptada)
A busca descontrolada do crescimento econômico pelas sociedades contemporâneas tem gerado o agravamento dos problemas socioambientais no planeta. Sobre esses impactos é correto afirmar que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
O incentivo à redução do desmatamento intensifica a preservação das espécies vegetais, em áreas de floresta,e, ao mesmo tempo, combate às péssimas condições ambientais que se vão generalizando.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: a alternativa é a única coerente ao apresentar ações de melhoria de condições de qualidade de vida.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(UFPI, 2007, adaptada)
Preservar a biodiversidade constitui uma das condições básicas para manter os ambientes sadios no nosso planeta.
Essa afirmação refere-se a uma preocupação:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
Mundial, porque as espécies levaram milhões de anos para se desenvolverem e muitas delas podem desaparecer do mundo em poucas décadas se a poluição e o desmatamento indiscriminado tiverem continuidade.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a alternativa trata da escala planetária dos eventos ambientais, que são sistêmicos, portanto, de efeitos generalizados.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A partir do fragmento do artigo “Fato, ideologia, utopia”, de Sergio Paulo:
“[...] uma verdadeira sociedade de conhecimento seria aquela em que o conhecimento, considerado em seu sentido integral, abrangendo não somente as disciplinas técnico-científicas, mas também a filosofia e as humanidades, fosse o principal determinante da organização social e em que todas as camadas sociais, em todos os países do mundo, tivessem chances simétricas, asseguradas por processos democráticos, de âmbito tanto nacional quanto global, de participar da geração, do processamento, da transmissão e da apropriação do conhecimento e das informações necessárias a esse conhecimento.” 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
O autor fala em “acesso igualitário de todos ao estoque de conhecimento universal”, permitindo inferir que todos os povos deveriam ter controle sobre seu patrimônio e ambiental, produzindo aquilo que necessitasse de fato.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: a alternativa apresenta a ideia do trecho anterior ao defender a emancipação das amarras econômicas e políticas da propriedade de conhecimento e até mesmo de patentes restritivas ao mercado.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa correta sobre o tema das perdas e dos ganhos com a modernização tecnológica das várias dimensões da vida social.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Os ganhos de que estamos tratando são seletivos e não beneficiam a todos do mesmo modo.
	Feedback da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: a alternativa trata do acesso individual diferenciado à riqueza produzida socialmente.
	
	
	
RESUMO
O positivismo, desde sua fundação por Auguste Comte, mudou muito e foi se adaptando às levas críticas que sofria. Porém, alguns aspectos são essenciais, tais como: 
Os objetos de estudo são dados inquestionáveis. 
Rejeição peremptória a qualquer ideia que não seja facilmente demonstrável em laboratório, como metafísica e teologia. 
Ancorase num cientificismo, cabendo toda explicação à ciência, orientada metodologicamente pela filosofia. 
O que a ciência não explica “não tem explicação”; deve permanecer sem resposta, afastado da pauta de pesquisas como veleidades e metafísicas.
Feito tais adendos sobre as bases da Sociologia, segue uma enumeração que se baseia em classificação do campo de estudos da Sociologia elaborada por Florestan Fernandes (1972), expandindo a de Karl Mannheim, e indica seis áreas básicas:
Sociologia sistemática: plano de ordenamento, nexos, das relações, nas frentes da “sociologia sistemática estática” (estruturas e funções, como nas ações sociais, por exemplo), e da “sociologia sistemática dinâmica” (processos de competição e de cooperação, por exemplo).
Sociologia descritiva: afeita à observação da realidade a ser recomposta sensorial e intelectualmente, portanto, dependente de trabalhos de campo que dá sua configuração presumidamente acabada (pesquisa participante em comunidades, por exemplo). 
Sociologia comparada: procura tanto o que há em comum como o que há de particular nos agrupamentos estudados, com objetivos prescritivos; além da evolução de determinados aspectos ou comportamento de indivíduos e grupos, focalizandoos como processos (comportamento e adaptação simbólica de rituais aos diferentes contextos históricos, como aqueles do judaísmo transformados pelo catolicismo, por exemplo). 
Sociologia diferencial: procura a individualidade de cada grupamento estudado; sua alma, ou psique (carnaval brasileiro, os quilombos, por exemplo). 
Sociologia aplicada: prescritiva, normativa, estabelece as melhores condições para implantar e planejar (pesquisa participante em comunidades, por exemplo).
Sociologia geral ou teórica: encampa as demais, verificando sua facticidade e alcance (discussão sobre a validade, consistência e coerência dos instrumentos de pesquisa, por exemplo).
A Sociologia da comunidade, Sociologia rural e Sociologia urbana estudam, respectivamente, a organização, os problemas sociais das comunidades e a diferenciação do espaço socioecológico; o modo de vida rural e a natureza das diferenças rurais e urbanas; as alterações socioculturais que ocorrem no contínuo ruralurbano, origem e evolução das cidades e o urbanismo como modo de vida: mudanças socioeconômicaculturais determinadas pela concentração de uma elevada população, de composição heterogênea, em limitada área geográfica
sociedade é tipo ideal weberiano com vínculos teóricos e concretos dos mais diversos graus de coesão entre os agentes sociais, e cuja existência se manifesta na trama de ações das diversas relações que despontam para os próprios agentes que as engendram.
Comunidade é “o que essa palavra evoca, é tudo aquilo de que sentimos falta e de que precisamos para viver seguros e confiantes
O Estado, para Bobbio (1987), era mais fácil ser definido negativamente (como sociedade política em oposição à sociedade civil) do que positivamente, isto é, mais fácil afirmar o que ele não é. Haveria, assim, três variantes principais:
Urbanização é o processo totalizante que molda os espaços, adequandoos à logica do sistema produtivo global (SANTOS, 1999).
As organizações rurais e agrárias englobam tanto os aspectos produtivos quanto os culturais e, evidentemente, seu arranjo territorial. Procurando “sistematizar a cadeia de relações entre objetos, atividades, elementos materiais, cristalizações e organizações espaciais específicas, que originam a global capitalista” (CORRÊA, 2000, p. 523). Ele apresenta a esquematização a seguir.
Armando Corrêa da Silva (1984) afirma que, para Ratzel, não só a sociedade e o Estado têm uma base territorial, mas com estes se relacionam. Por isso, diz Ratzel, “A sociedade é o intermediário pelo qual o Estado se une ao solo. Seguese que as relações da sociedade com o solo afetam a natureza do Estado em qualquer fase do seu desenvolvimento que se considere” (RATZEL, apud SILVA, 1984, p. 105)
Urbano e cidade são, respectivamente, conteúdo (modo de vida) e formacidade (construção, governo e negócio). A legitimidade da formação e dos vínculos de vizinhança e compartilhamento dos lugares, fortalecidos no dia a dia vem, ao longo das últimas décadas (pósanos 1970 com o acirramento da globalização capitalista), cedendo lugar à institucionalização.
Rural e agrário são, respectivamente, conteúdo (modo de vida) e forma agrária (trato com a terra, atividades agropecuárias).
Conceitos
Segundo Eufrásio (1995), o desenvolvimento da Sociologia nos Estados Unidos da América pode ser dividido em cinco fases: 
de surgimento, difusão, consolidação, funcionalista e de diversificação, como segue:
Surgimento: durante as duas últimas décadas do século XIX, introduziramse cursos de Sociologia em diversas universidades. 
Difusão: entre 1900 e 1920, a Sociologia se difundiu entre as universidades e faculdades dirigidas às humanidades e às letras e, em 1905, foi criada a American Sociological Society. 
Consolidação: entre1920 e 1935, foram criadas linhas originais de trabalho nos mais importantes centros de ensino e pesquisa de Sociologia no país, que se firmaram em tradições próprias, e paralelamente à ampliação do ensino de graduação e de pósgraduação. Multiplicaramse as revistas especializadas e os contatos internacionais, ocorreram o desenvolvimento de subdisciplinas especializadas e a formação de equipes de pesquisa. Nesse período, predominou a orientação que se desenvolveu em Chicago, caracterizada por uma ecologia humana e uma psicologia social, ambas sociológicas e, secundariamente, a orientação surgida em Colúmbia; na década de 1930. Pelo prestígio e a importância que ganhou dentro e fora dos círculos acadêmicos, a Sociologia tornouse conhecida como “a ciência americana”, difundindose e influenciando a de outros países. 
Período de maior diversificação inicial, mas no qual acabaria por vir a exercer a influência mais importante, o funcionalismo de Harvard, secundado pelo interacionismo simbólico, surgido em parte em Chicago. Na década de 1960, emergiu o movimento da chamada “Sociologia crítica”. 
Etapa de grande diversidade de orientações teóricometodológicas e na qual se consolida a proeminência internacional da Sociologia americana
Léfèbvre auxilianos com sua reflexão sobre o rural e o urbano como produtos de processos sociais mais amplos (1978; 2001).
Do rural ao urbano
Segundo Léfèbvre (2001), para apresentar e expor a problemática urbana, impõese como ponto de partida incontestável o processo de industrialização que, há um século e meio, é o motor caracteristicamente moderno das transformações na sociedade.
Cidade e campo emergem nos estudos como síntese interdisciplinar entre a Sociologia, a Antropologia, a Geografia, a Economia, a Ecologia e Biologia, Administração e Engenharias Politécnicas.
EXPERIÊNCIAS NAS ESCALAS LOCAIS DO RURAL E DO URBANO
A mais antiga forma de agricultura envolve fazer furos, muitas vezes, chamado – e, geralmente, de maneira imprópria – “cultivo de enxada”. Esta era a única maneira conhecida no Novo Mundo, na África Negra e nas ilhas do Pacífico. Em um nível avançado, levou aos jardins e horticultura de monções na Ásia e, talvez, no Mediterrâneo. Suas ferramentas modernas são a pá, o forcado e a enxada, todos derivados de formas antigas. Na América tropical, este tipo de cultura é conhecida como conuco; no México, como milharal, sendo esta última um plantio de sementes de milho, abóbora, feijão e talvez outras espécies anuais. 
O conuco é composto principalmente por raízes e videiras, em um terreno de jardim perene. Recentemente, foi proposto o renascimento da antiga palavra norueguesa swithe ou “roça” (SAUER, 1992).
Este horto começa detendo o crescimento das árvores, seguindo com a queima no final do período seco, de modo que as cinzas sirvam como um fertilizante imediato. No espaço “clareado”, plantase um conjunto diversificado de plantas úteis, cultivadas em linhas, se a fertilidade e a umidade forem adequadas. No complexo de milho – feijão – abóbora, os caules e folhas desta última estendemse pelo terreno; talos de milho crescem em altura e são enrodilhados por feijões. Assim, o solo está bem protegido por um dossel, com uma boa intercepção de chuva. 
Cada conuco pode conter uma variedade de plantas, a partir de gramíneas de arbustos como o algodão e mandioca, e as árvores cultivadas cobertas de vinhas.,
os conucos são os tipos de cultivo mais vantajosos
“colinas” na fala do camponês americano – característica do conuco e do milharal. Em vez de uma variedade de plantas, o solo é preparado para receber sementes de um único tipo
Este complexo espalhouse de seu berço no Oriente Médio, especialmente em três direções, mudando seu caráter diante das mudanças ambientais e devido ao crescimento populacional: 
• Difusão para as estepes da Eurásia, a cultura perdeu preparo e tornouse plenamente pastoral, com o nomadismo real. 
• Dispersão dos celtas, germânicos e eslavos para o oeste parece ter tomado seus assentamentos históricos principalmente como criadores de gado e cavalos. 
• A dispersão das culturas de plantio e pastagem para o oeste ao longo de ambos os lados do clima mediterrânico, não sendo necessário um ajuste significativo. O trigo e a cevada continuaram os cereais de colheita; ovinos e caprinos tiveram maior importância do que gado e cavalos [...]. (SAUER, 1992).
importaram em larga escala escravos negros, africanos, que eram aqui vendidos aos senhores de engenho. A intensificação da escravidão e o crescimento populacional decorrente da expansão dos canaviais provocaram sérios impactos e a necessidade de se produzir, na área povoada, alimentos que se adaptassem ao clima e ao solo da colônia, para esta população em crescimento.
 Daí a importação de animais e vegetais da própria Europa, assim como da África, da Ásia e da Oceania, terras por onde se estendia a influência comercial portuguesa. 
Da Europa foram trazidos, desde a primeira metade do século XVI, os animais domésticos, sobretudo bovinos, caprinos, suínos, equinos; da África, vieram vegetais como o sorgo, o inhame, o cará; da Ásia, fruteiras como a bananeira, a mangueira, a jaqueira e o arroz; e da Oceania, a frutapão e o coqueiro. 
Muitos vegetais cultivados pelos indígenas, como o algodão, a mandioca e o milho, passaram também a ser cultivados pelos colonizadores. Este fato é comprovado pelo depoimento dos cronistas coloniais, no século XVII, que testemunharam haver nos engenhos de açúcar áreas cultivadas como produtos alimentícios que garantiam a fartura das casasgrandes e a abundância de alimentos.
A canadeaçúcar só era cultivada nas terras baixas de massapê e nas encostas de “barro vermelho”, ao passo que os solos silicosos dos interflúvios eram utilizados para a plantação de tubérculos e de fruteiras. Daí o desenvolvimento do chamado “sistema do Brasil”, no qual o senhor de engenho permitia que escravos cultivassem lavouras de mantimentos em áreas marginais aos engenhos, nos dias santos, feriados e domingos, a fim de que contribuíssem para o seu próprio sustento
No início do século XVII, os canaviais de Pernambuco se limitavam aos vales fluviais, às famosas várzeas, enquanto os interflúvios arenosos eram destinados à pecuária extensiva e à produção de alimentos; no Recôncavo Baiano, porém, a cana dominou as áreas de massapê e deixou ao fumo as áreas silicosas; o fumo ganhou importância por ser usado na África como artigo de troca por escravos.
A permanência da pecuária nas áreas próximas às de agricultura trouxe problemas de convivência, [uma] vez que o gado era criado solto e destruía as plantações, fazendo com que o governo estabelecesse que os criadores de gado deviam interiorizarse, ficando as áreas de criação distantes das áreas agrícolas. Isso contribuiu para a expansão do povoamento para o interior e para a ocupação de grandes espaços, interligando as várias regiões do Brasil.
A pecuária e a produção do território 
A penetração dos criadores de gado para o interior foi determinada por uma série de fatores, como a necessidade de manter o gado afastado das áreas agrícolas litorâneas; a ocupação holandesa, que acelerou ainda mais a transferência de criadores de gado das áreas próximas à costa para o Sertão, utilizando os rios, sobretudo o São Francisco, como condutos da penetração. Com a expulsão dos holandeses, já era expressivo o povoamento do Sertão, e grupos organizados já haviam derrotado indígenas e conquistado áreas de pastagem.
Esta expansão foi muito favorecida pelas condições naturais e econômicas. Do ponto de vista natural, o clima semiárido dificultava a proliferação de verminoses e de epizootias (uma enfermidade contagiosa que ataca um número inusitado de animais ao mesmo tempo e na mesma região e que se propaga com rapidez.); além disso, havia uma pastagem natural boa para o gado, no período das chuvas, e “ilhas” úmidas nas margens dos rios e nas serras para onde ele poderia ser levado no período seco. Do ponto de vista econômico, contavam os pecuaristascom um mercado certo na área agrícola, que seria abastecido de carne, de couro e de animais de trabalho; tinham facilmente derrotado as tribos indígenas, depois de verdadeiro genocídio, e confinado os vencidos em aldeamentos administrados por missionários que procuravam sedentarizálos. Os índios sedentarizados tornavamse produtores de alimentos e formavam uma reserva de força de trabalho que podia ser recrutada pelos sesmeiros nas ocasiões em que necessitavam de braços para os trabalhos agrícolas ou de auxiliares para combater outras tribos.
As terras conquistadas aos índios eram doadas em sesmarias a pessoas influentes com o governadorgeral da Bahia ou com o capitãomor de Pernambuco, fazendo com que algumas famílias se apossassem de grandes extensões, verdadeiros latifúndios que compreendiam dezenas de léguas, obrigando os verdadeiros povoadores, homens humildes que haviam enfrentado os indígenas e implantado pequenos currais, a se tornarem seus foreiros.
Formouse, assim, no SertãoNordestesemiárido, uma sociedade pecuarista, dominada por grandes latifúndios cujos detentores quase sempre viviam em Olinda ou Salvador, delegando a administração da propriedade a empregados, e nas quais havia sítios que eram aforados a pequenos criadores que implantavam currais. Era uma economia inteiramente voltada para um mercado distante, situado no litoral, para onde a mercadoria se autotransportava, em boiadas conduzidas por vaqueiros e tangerinos, por centenas de léguas. No percurso, havia pontos de repouso e de engorda, pois a caminhada provocava uma queda de peso dos animais. Alguns núcleos urbanos hoje existentes, como Jacobina, se desenvolveram em virtude deste sistema de repouso dos animais.
A descoberta do ouro nas Gerais e a formação de um grande adensamento populacional em área distante do litoral trouxeram grandes vantagens para os criadores de gado do Sertão que passaram a abastecer os centros de mineração; a corrida do ouro, gerando grande riqueza, fez com que se concentrasse a população e se expandisse consideravelmente o mercado. Daí as grandes ligações abertas entre o médio e o alto São Francisco, fazendo com que se formassem não só caminhos de gado como que se conquistassem terras aos índios com a finalidade de criar gado para a área mineradora. A demanda de alimentos nas Minas foi bem superior à oferta, fazendo os preços se elevarem, tornando numerosos migrantes agricultores de mantimentos, como mandioca, milho, canadeaçúcar, frutas, ou criadores de médios e pequenos animais que eram facilmente comercializados. A pecuária foi acompanhando, nas áreas de caatingas e de cerrados, o trajeto dos mineradores, aproximandose sempre dos arraiais de garimpagem.
Daí a continuidade dos currais nordestinos por territórios, hoje de Minas Gerais, de Goiás e do próprio Mato Grosso. 
A civilização pecuarista envolveu grandes capitais, e nela, embora em menores proporções do que na área açucareira, foi utilizado o braço escravo negro ao lado do indígena. 
Ao mesmo tempo que a pecuária comandou a ocupação no Nordeste semiárido, ela teve o mesmo papel na Campanha gaúcha [...], com o desenvolvimento da mineração, foi grande fornecedora de animais de tração muares, sobretudo –, e de abate à zona mineradora.
Alguns caminhos para enfrentar a desigualdade na base dos problemas a serem enfrentados por qualquer projeto que se ponha como sustentável, são: 
• quanto à legitimidade da gestão empresarial do ambiente que utiliza como recurso, isto é, qual é o papel do Estado regulador nessa questão; 
• a própria ciência da gestão pretenderse gestão ambiental; 
• quanto às perdas de qualidade alimentar (com inserção química não regulada ou mal gerenciada), das condições de trabalho (com maquinário que não diminui universalmente o risco), entre outras dimensões, quando confrontadas com modelos de integridade ou sustentabilidade;
quanto às possibilidades reais de alternativas ao modo da racionalidade ambiental de Leff (2001), por exemplo, rumo a um saber ambiental que aprenda com as formas ecologicamente mais inteligentes.
A urbanização é um processo social contraditório – aprofundamento da divisão socioespacial do trabalho – que se formaliza na cidade; esta tem suas permanências asseguradas nas formas e funções (atividades, objetos e contradições). A questão, aqui, é de conteúdos e aparências
A Sociologia, Geografia, Economia urbanas abordam o espaço, com seus lugares, paisagens e conflitos sociais, que adquirem sentido no território.
A história ocupase das diferentes funções que atribuídas às formas. Tratase dos diferentes conteúdos sociais destas ao longo do tempo, a exemplo do que chamamos praça, hoje, e na Antiguidade clássica grega; ou mesmo os significados do próprio habitar, historicamente e para os diferentes povos.
O governo na cidade
O poder público significa a delegação de poder pelos cidadãos às instâncias constituídas, nas esferas municipal, estadual e federal. É fundamental a questão da arrecadação, para explicar, inclusive, as ações desse poder como empreendedor, legislador, tributador, repressor (polícia). Não há neutralidade. Ao poder público cabe o ordenamento territorial da vida na cidade. As demarcações de público e privado são difíceis e, mais até que jurídicas, são essencialmente culturais
Funções regionalizadas (moradia e trabalho)
O poder público também é responsável por algumas medidas para melhorar as condições de vida nas cidades e nas áreas sob sua influência.
Como a cidade cresce? 
As cidades apresentam diferentes dimensões e paisagens, com centros de decisões e territorialização de mercados. Podem ser consideradas de acordo com os critérios de crescimento populacional horizontal e vertical. Quanto aos estilos e escalas do traçado, podem ser classificadas como espontâneas, regulares e planejadas. Chamase segregação socioespacial a apropriação seletiva e desigual do solo
Como a vida circula na cidade?
É preciso considerar, basicamente, valores como democracia e funcionalidade, para tratar dos diversos modos de transporte. A circulação de veículos, pessoas e cargas envolve a questão de direito público e privado, legislação de trânsito de mercadorias e pessoas. Modos e usos ótimos são aqueles que atendem o máximo de pessoas, num ideal democrático de planejamento e gestão.
 É preciso morar?
 A questão da habitação na cidade é fundamental e multifacetada, apresentando um imenso déficit e grandes disparidades na qualidade das moradias existentes; todas as áreas das cidades modernas apresentam profundos problemas, de várias ordens e correspondentes aos valores concentrados nos locais. É preciso pensar em soluções amplas e de baixo preço. 
As atividades de transformação 
A indústria é responsável pela produção de bens e da própria cidade, bem como pela conurbação; apresentase como fabricação, manufatura, meio de produção, de diversos portes e nos vários setores. O que implica outra questão fundamental: a do (des)emprego e mercado de trabalho.
Os meios de consumo coletivo 
São fundamentais para a produção e reprodução sociais; são as escolas, os hospitais, os ambulatórios, o lazer, as infraestruturas urbanas (energia, esgoto, telefonia etc.), os meios de comunicação (veículos). 
De quem é a cidade? 
Os proprietários das diversas formas de capital materializam territorialmente suas ações, daí, originando os conflitos entre os “donos e os não donos da cidade”, como causa principal dos processos de marginalização e periferização de localizações. Os movimentos sociais têm nesses processos suas raízes.
A modernidade na cidade
 O tempoespaço no capitalismo globalizado, evidenciado na informatização e normatização do tecido urbano, aliados à fluidez da circulação de valores monetários.
 O território e o ambiente 
O mau uso do solo acarreta impactos no meio, exigindo uma série de medidas e emprego de recursos técnicos (saneamento, abastecimento de água e captação de esgotos etc.), em correções de processos nocivos à sociedade e ao meio. 
O futuro na cidade 
Uma questão sombria sem

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