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Direito das sucessões – transferência da herança para o herdeiro ou legatário em razão da norte de uma pessoa. O Direito das Sucessões, em nossa legislação, encontra-se estabelecido no artigo 5°, XXX e XXXI/CF , e artigos 1784 a 2027 do Código Civil, além de estarem também na Lei n° 10.406/2002.
De acordo com a legislação, a sucessão legítima deve ser reconhecida numa ordem pré-estabelecida, considerando-se os seguintes sucessores: Os descendentes; Os ascendentes; O cônjuge sobrevivente; Os colaterais.
Para o Direito de Sucessão deve se conhecer os bens disponíveis em herança, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações que o “de cujus” deixou, devendo ela ser considerada indivisível até que o juiz estabeleça a sentença de partilha.
Entende-se que o processo possa ter continuidade desde que os herdeiros sejam conhecidos. No caso de não surgirem herdeiros, o Direito de Sucessão deve atender outros termos da legislação
Não havendo herdeiros conhecidos, a herança deve ser considerada jacente, ou seja, não se conhece os herdeiros ou, se são conhecidos, podem haver renunciado à herança, não havendo quem a possa receber.
Havendo essa condição, o juiz deve determinar a arrecadação dos bens e a apuração judicial e, depois de praticadas todas as diligências, se ainda não houver interessados, a herança passa a ser considerada vacante no prazo de um ano após a publicação do primeiro edital.
Depois de um ano e um dia, não havendo qualquer interessado, o juiz declara como herança vacante, gerando a presunção de que todos os atos necessários foram praticados para encontrar os herdeiros.
Com a declaração de vacância, deve-se contar 5 anos da abertura da sucessão para que os bens possam, em seguida, serem incorporados ao patrimônio o município ou da União.
 VOCAÇÃO DOS HERDEIROS LEGÍTIMOS - Arts 1829 – 1844 do Código Civil. O chamamento dos sucessores é feito de acordo com uma sequência denominada ordem de vocação hereditária, que é uma relação preferencial, estabelecida pela lei, das pessoas que são chamadas para suceder o de cujus na sucessão legítima.
Classes: 1ª descendentes + cônjuge; 2ª ascendentes + cônjuge; 3ª cônjuge; 4ª colaterais até 4º grau. (Art 1829)
Descendentes: mais próximos excluem mais remotos. Os de mesmo grau sucedem nos mesmos direitos, sucessão por cabeça e não por estirpe.
Ascendentes: mais próximos excluem remotos. Não há distinção entre linha materna e paterna (Art 1836, § 2º), o que interessa é o grau. Não há direito de representação para ascendentes (Art 1852).
Colaterais: mais próximos excluem mais remotos, exceção: direito de representação para filho de irmão pré-morto. Irmãos germanos ou bilaterais e irmãos unilaterais: os últimos têm metade do quinhão dos primeiros (Art 1841 e ss). Tio e sobrinho são colaterais de 3º grau, na falta de outros herdeiros, a herança deveria ser dividida entre eles, porém o direito sucessório estabelece que sobrinho exclui tio da sucessão, pois, devido ao direito de representação, o sobrinho entra no lugar do irmão pré-morto, que é um colateral de 2º grau, enquanto o tio, por ser ascendente, não possui direito de representação, se mantendo no 3º grau, como mais próximos afastam mais remotos, logo, sobrinho exclui tio (Arts 1840, 1843 caput e 1851 ss).
Observações importantes:
1. Uma classe só será chamada quando faltarem herdeiros da classe precedente. Exemplo: os ascendentes só serão chamados na sucessão se não houver descendentes.
2. Dentro de uma classe, o grau mais próximo, em princípio, exclui o mais remoto. Exemplo: o de cujus deixou um filho e este possui dois filhos (que são netos do de cujus); a herança irá somente para o filho, excluindo, neste caso, os netos.
3. Os descendentes, os ascendentes e o cônjuge sobrevivente são considerados herdeiros necessários; neste caso o testador só poderá dispor por testamento de metade da herança. Isto é, metade de seus bens irá obrigatoriamente para os herdeiros necessários (salvo alguma hipótese de deserdação). A outra metade ele poderá dispor em testamento.
4. Todos os filhos herdam em igualdade de condições (Constituição Federal, art. 227, § 6°: “Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”). Assim, um filho não pode ser chamado de adulterino ou bastardo. Tanto faz seja ele proveniente de um casamento ou de uma relação extraconjugal: é filho do mesmo jeito e terá direito à herança.
5. Se houver um testamento essa ordem pode não prevalecer exatamente desta forma, ou seja, pode haver algumas modificações.
No nosso direito a sucessão pode ser deferida a duplo título, título universal ou a título singular.
Diferença de sucessão a título singular e universal – título universal é aquela que há transferência de herança ( é o conjunto de relações patrimoniais deixado pelo falecido).
Características da herança: é considerado um bem imóvel indivisível até o momento da partilha,
É considerada uma universalidade de fato normalmente estamos diante de coisas homogêneas. Ex coletividade de livros, pinacoteca. 
Universalidade de direito – é a herança. Ex: heranças pode vir bens, direitos, ações, crédito ls, débitos, um universo de coisas, observe que este universo de coisas é tratado de forma uniforme, como se fosse uma coletividade, um bem coletivo por força, determinação legal.
Quem recebe a herança leva o título de herdeiro ou legatário. O herdeiro é aquele que recebe a herança. O que ele pode receber? R: ele pode ter uma concorrência ou não, se a pessoa for um único herdeiro na sucessão de uma outra pessoa. Ex João é o único herdeiro na sucessão de Paulo. João receberá a totalidade da herança. 
Se João tiver outros irmãos. Ex Paulo faleceu e deixou 3 filhos, João, José e Antônio. A herança será dividida entre os três. 
Doc. Formal de partilha é o documento da qual passará o bem que foi deixado para o nome do herdeiro. ( qndo se tem mais de um herdeiro)
Inventário judicial- 
Escritura pública –
Quando a herança é dividida entre duas ou mais pessoas, estabelecer-se-a entre eles um condomínio( é uma situação de copropriedade.) forçado. Direito a alienar essa cota parte, direito de ceder a outrem o direito hereditário. Ex: O pai faleceu e deixou 3 filhos A,B e C. Cada um com 1/3 da herança, o filho A resolve vender a cota parte que lhe pertence, só que ao invés de oferecer para os demais irmãos, ele vende para uma outra pessoa. ( Ele não pode fazer isso de forma livre, pq já foi estabelecido um condomínio forçado entre os irmãos, dentre as regras do condomínio devem respeitar o direito de preferência dos demais.) Por tanto se um deles, o herdeiro A resolver vender a sua cota parte, ele tem que primeiro oferecer aos demais herdeiros, respeitar o direito de preferência. Caso o herdeiro A não respeite o direito de preferência e faça a venda, os demais herdeiros podem ingressar com uma ação específica, ação essa conhecida na doutrina como adjudicatória de quinhão.
Sucessão a título singular – é aquela que há transferência de legado ( é um bem específico e determinado que foi individualizado pelo autor da herança do restante dos bens.) ex testamento. Sucessão a duplo título – a mesma pessoa pode receber na qualidade de legatário, a título singular, também pode receber a título universal comi herdeiro. (§ 1º do art 1.923)
legítima: prevalece a disposição da lei se alguém morre sem testamento, ou se o testamento for invalidado (1.829). O legislador presume que o falecido gostaria de proteger seu cônjuge e filhos, por isso eles são os primeiros da lista. Na nossa sociedade a sucessão legítima prevalece sobre a testamentária por três motivos: 1 ) a gente nunca acha que vai morrer; 2) fazer um testamento pode ser caro, complicado e inconveniente, veremos isso em breve; 3) se a gente morre sem testamento, a lei já beneficia nossos filhos, que são nossos entes mais queridos, então não há com o que se preocupar! A sucessão pode ser das duas espéciesse o testamento não abranger todos os bens do hereditando (1.788). A sucessão legítima sempre é a título universal, não havendo legado se não há testamento. Já a sucessão testamentária pode ser a título universal ou a singular.
Abertura da sucessão – O momento da abertura da sucessão é no exato instante da morte. Principal consequência dessa regra é o princípio da saisine ( princípio pela qual no exato instante da morte tanto a propriedade quanto a posse indireta são transmitidas automaticamente aos herdeiros). 
Inventário – é nele que será proposto após a morte que se tem a verificação da regularidade dessa sucessão. É no procedimento de inventário o que é a herança e o que a compreende.
Aceitação e renuncia da herança – Aceitação – o herdeiro manifesta a concordância da herança. (Ex tunc) não pode ser revogada, porém não quer dizer que a pessoa não possa anular a aceitação da herança por visto da vontade. Falar que a aceitação é irrevogável ou irretratável significa que a pessoa não pode voltar atrás na sua vontade, não tem direito de arrependimento. 
 A aceitação pode ser classificada em:
 • expressa – declaração escrita (pública ou particular).
 • tácita – atos compatíveis com a aceitação da qualidade de herdeiro.
 • presumida – quando o herdeiro permanece silente, depois que é notificado para que declare se aceita ou não a herança.
Requisitos para a renúncia:
• Capacidade jurídica do renunciante. Os incapazes não podem renunciar, senão por seu representante legal, autorizado pelo Juiz.
• Forma prescrita em lei; sempre por escrito (escritura pública ou ato judicial); não há renúncia tácita nem presumida.
• Impossibilidade de repúdio parcial da herança. Esta é indivisível até à partilha.
• Respeito a direitos de eventuais credores. Se a renúncia prejudica credores, estes podem aceitar a herança.
• Se o renunciante for casado, depende de outorga (uxória ou marital), pois o direito à sucessão é considerado bem imóvel.
-> Renúncia – pode ser de dois tipos: Renúncia impura/ transitava – é aquela que o herdeiro fala “ eu não quero a minha parte e quero que vá para um determinado herdeiro. Isso é uma falsa renúncia – quando o herdeiro fiz que não que sua parte mas designa pra outrem, para dispor de um direito ele precisa primeiro ter adquirido para que possa designar a outrem. 
Renúncia pura/ abdicativa – é aquela em que o herdeiro não indica um destinatário. 
Eficácia da renúncia – ela depende do tipo de renúncia. A falsa renúncia tem eficácia ex nunc, pq não está retroagindo ao momento em que a pessoa faleceu. 
Renúncia pura – tem eficácia ex tunc. 
HERANÇA JACENTE E VACANTE (ARTS 1819 A 1823) - Para falar em herança jacente e vacante é necessário falar em sucessão do Município, do Distrito Federal e da União. Na verdade a administração pública não é herdeira, não lhe é dado o direito de saisine, isto é, não se torna proprietária dos bens da herança no momento da morte do de cujus, como acontece com os demais herdeiros.
Quando o falecido não deixar testamento nem herdeiros conhecidos ou quando estes repudiarem a herança, os bens irão para o Município ou Distrito Federal (se localizados nas respectivas circunscrições) ou União (se situados em Território Federal). Mas não de imediato. Há um procedimento legal:
Herança Jacente Falecendo uma pessoa na situação acima, seus bens são arrecadados. Nomeia-se uma pessoa (curador) para conservá-los e administrá-los. A característica principal da herança jacente é a transitoriedade da situação dos bens. Não goza de personalidade jurídica; é uma universalidade de direito. São expedidos editais convocando eventuais sucessores. Após a realização de todas as diligências, não aparecendo herdeiro e decorrido um ano após o primeiro edital, haverá a declaração de vacância.
Herança Vacante Superada esta primeira fase, os bens passam, então, para a propriedade do Estado (em sentido amplo). Mas ainda não de forma plena, mas apenas resolúvel (propriedade resolúvel —> é a que pode se “resolver”, ou seja, se extinguir). Somente após 05 (cinco) anos da abertura da sucessão a propriedade passa para o domínio público (Município, Distrito Federal ou União). Comparecendo herdeiro, converte-se a arrecadação em inventário regular.
O Poder Público, pelo atual Código, não consta mais do rol de herdeiros apontados na ordem de vocação hereditária. É, portanto, um sucessor irregular, desde que haja sentença que declare a vacância dos bens.

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