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Crimes contra a Paz Pública

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01.09 
* Crimes contra a Paz Pública
Paz é uma situação onde não há interferências alheias à minha vontade. 
A paz pública é a resultante da segurança pública prestada de modo efetivamente em bases minimamente eficazes.
- Art. 286, CP: Incitação ao crime
A conduta é incitar. Incitar alguém é uma conduta que assemelha-se a induzir e instigar (art. 29, CP); incitar trás a ideia exatamente da participação moral, é o ato de incentivar, de estimular uma determinada prática. 
Quando se incita um grupo, por exemplo, pode ser que já haja alguém inclinado a fazer algo e seu estímulo seja essencial, como poder ser que haja pessoas que estavam determinadas a não fazer algo e a incitação foi decisiva para o convencimento contrário. 
Conduta: incitar + ambiente público + prática de crime
A forma de praticar esse crime é livre, esse ambiente público abrange também os meios eletrônicos (digitais), dependendo do conteúdo; o que importa é que você pratique um ato num ambiente hábil a atingir diversas pessoas. Ex.: “textão” de Facebook incitando o crime.
É um delito de natureza essencialmente comunicacional, depende de um ato de linguagem, de alguma forma esta pessoa está expressando sua vontade e seu pensamento, contudo, o faz a fim de incitar terceiros para praticar um crime – a liberdade de expressão é proibida, todavia, há limites.
Esta prática de crime não abrange as contravenções penais, existe uma figura análoga naquele âmbito, contudo, não se misturam. É necessário que haja previsão no tipo penal, esta deve ser a sua natureza. 
A necessidade é ideológica e não da prática do crime. Este é um crime de perigo, pois coloca em risco a efetiva prestação da segurança pública.
- Qual a responsabilidade penal daquele que incita uma determinada prática criminosa e ela acaba acontecendo? Pela regra geral do artigo 29, se você incitou um crime e ele aconteceu, você passa a ser partícipe do crime.
O elemento subjetivo é doloso, deve haver intenção. 
Só é possível tentativa quando for escrito. 
Pena: detenção de 3 a 6 meses e multa.
* Apologia ao Crime
Art. 287, CP
Conduta: fazer apologia + ambiente público + fato criminoso/autor de crime
É uma conduta no sentido de valorizar um fato criminoso ou o praticante dele, de demonstrar um valor positivo a um criminoso; manifestar-se de modo favorável, de modo a apontar aquela prática criminoso ou seu praticante como alguém ou algo que merece ser exaltado, elogiado, fazer um juízo positivo com relação à prática ou ao praticante de um crime. É como, indiretamente, indicar algo a ser seguido. Ex.: o Marcola é um cara batuta.
A apologia pode ser de fato pretérito ou de fato futuro. 
Mais uma vez tem que ser fato tido como crime, deve haver tipicidade penal formal objetiva. 
Sua natureza é de crime de perigo, o simples fato de fazer esse juízo positivo com relação a um fato criminoso ou seu autor é o suficiente para caracterizar a conduta do crime. Pode, inclusive, envolver um fato fictício: constante em uma música, em um filme, por exemplo. 
Obs.: ADPF 187 – quando se propõe a descriminalização de uma conduta penal, não quer dizer que se esteja fazendo apologia; propor publicamente a exclusão da tipicidade formal de um crime caracterizaria exercício lícito da liberdade de expressão. – o ato de defender publicamente a descriminalização do uso de drogas não caracteriza apologia, sem prejuízo da atividade penal de quem acabe usando dentro da passeata.

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