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* Processo do Trabalho
- Evolução Histórica:
- No Brasil, em 1907, surgem os Conselhos Permanentes de Conciliação e Arbitragem, embora nunca tenham sido implementados – a intenção era diminuir os conflitos entre empregados e empregadores
- 1922: são criados os Tribunais Rurais em São Paulo – não podiam executar as decisões, essas, quando muito, eram executadas pela justiça comum.
- 1932: são criadas as Comissões Mistas de Conciliação e as Juntas de Conciliação e Julgamento – Comissões Mistas eram aquelas que cuidavam de dissídios coletivos (acordos entre sindicatos), a fim de diminuir problemas entre sindicato patronal e sindicato dos empregados. As Juntas de Conciliação foram criadas para dirimir conflitos entre dissídios individuais, entre empregado e empregador. – Ambos sempre eram formados em órgãos colegiados e não eram órgãos do judiciário, eram órgãos administrativos. Não eram decisões executadas pelas próprias juntas ou comissões, deveriam ser executadas pelas juntas da justiça comum. Tratavam de assuntos relacionados entre empregados e empregadores, mas os empregados deveriam ser, necessariamente, sindicalizados.
Nesta época fora criado também o Ministério da Industria e Comercio, que servia como juízo arbitral, inclusive. 
- 1934: criação da Justiça do Trabalho, porém não estava incluída entre os órgãos do Poder Judiciário – a fim de dirimir os problemas entre empregados e empregadores independentemente de serem sindicalizados. Também era um órgão meramente administrativo e não conseguia executar suas decisões, buscando também a justiça comum.
- Lei 5452/43 (Consolidação das Leis do Trabalho) e o Decreto-Lei 9797/46 integram a Justiça do Trabalho aos órgãos do Poder Judiciário 
- A Justiça do Trabalho foi organizada em Juntas de Conciliação e Julgamento (1ª instância – órgão colegiado formado por 3 pessoas, dois classistas e um juiz togado (presidente) - tratava tão somente de dissídios individuais), Tribunal Regional do Trabalho (tinha como competência julgar os recursos vindos da JCJ), Tribunal Superior do Trabalho (a fim de dirimir assuntos provenientes dos TRTs).
- Emenda 24/99 extingue a representação classista e dá nova denominação às JCJ, passando a ser Varas do Trabalho – passou a ter apenas um juiz, o juiz togado, magistrado, concursado e a decisão passou a ser monocrática.
- Emenda Constitucional 45/04 amplia a competência da Justiça do Trabalho -antes da EC/45 a competência da Justiça do Trabalho era tão somente no que tange à relação de emprego, ou seja, tratava única e exclusivamente de contrato de trabalho (nesses casos, assédio moral no trabalho, por exemplo, era tratado na justiça comum), aí então a justiça do trabalho passou a tratar de relações do trabalho, no sentido amplo.
* Princípios:
- Princípio da Proteção: é o princípio basilar do direito processual do trabalho. Este princípio é um complemento do princípio da igualdade, pois visa colocar os litigantes num mesmo patamar de igualdade, uma vez que, no processo do trabalho, o demandante normalmente é o empregado, pessoa hipossuficiente da relação de emprego, e o demandado, regra geral, é o patrão, aquele que, por via de regra, detém o poder econômico. Ao aplicarmos este princípio no processo do trabalho, amenizamos esta diferença econômica entre os litigantes. Ex.: gratuidade da justiça, comparecimento à audiência é tratado de forma diferente entre as partes, o empregado não precisa pagar o preparo recursal, etc. - Esse princípio, segundo Sergio Pinto Martins, seria o único do processo do trabalho, porque o processo protege o empregado, que é a parte hipossuficiente da relação. Visa facilitar o acesso do empregado à Justiça (ex.: gratuidade da justiça), o empregado é superprotegido pela justiça do trabalho. 
- Princípio da Finalidade Social: o artigo 5º da Lei de Introdução às Normais do Direito Brasileiro dispõe: “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige, e às exigências do bem comum”. A justiça do trabalho é, primordialmente, uma justiça social. Neste caso, o princípio permite que o juiz tenha uma atuação mais ativa, na medida em que auxilia o trabalhador, em busca de uma solução justa, até chegar o momento de proferir a sentença. - O juiz possui autonomia para resolver quando e como ele deve condenar a empresa, por exemplo. 
- Princípio da Busca da Verdade Real: este princípio é próprio do processo do trabalho, uma vez que o juiz trabalhista possui uma maior liberdade na direção do processo, podendo diligenciar livremente em busca da verdade real, ao contrário do juiz cível, que está adstrito às provas constantes nos autos. - O juiz busca, da maneira que achar conveniente, a verdade. Exemplo: manda fazer uma perícia médica que dá positivo em favor do empregado; no dia da audiência, começa a fazer perguntas para o empregado e, sente que ele está mentindo, desconsiderando o laudo pericial e aplicando o que de fato conseguiu enxergar. 
- Princípio da Conciliação: este princípio está previsto no artigo 764, caput, da CLT, que prevê: “os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da justiça do trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. Obs.: em todos os ritos da justiça do trabalho haverá a necessidade de conciliação; essa conciliação, quando realizada e homologada pelo juiz é irrecorrível. 
(Possui, comumente, princípio da igualdade, princípio da isonomia, princípio do contraditório, princípio da ampla defesa, princípio da imparcialidade do juiz, princípio do duplo grau de jurisdição, princípio da instrumentalidade (dependendo de uma situação não precisa de uma forma pré-definida, a menos que a lei a defina) etc.)

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