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24.08
* Competência
A competência é uma parcela da jurisdição, dada a cada juiz. É a parte da jurisdição atribuída a cada juiz, ou seja, a área geográfica e o setor de direito em que vai atuar, podendo emitir suas decisões. 
Competências da Justiça do Trabalho: art. 114, CF – trata das relações de trabalho em geral, não só das relações de emprego. Ex.: empreiteiro. 
Jurisdição é um gênero, da qual a competência é espécie. 
A competência da Justiça do Trabalho é dividida em razão das pessoas, da matéria, do lugar e funcional.
- Competência em Razão das Pessoas:
Trata-se da competência para julgar as controvérsias entre trabalhadores e empregadores, que são envolvidos diretamente, ou seja, pólo ativo e pólo passivo.
Relação prevista nos artigos 2º e 3º da CLT, com a conceituação de empregador e de empregado.
Ex.: briga/discussão entre empregado e empregador devido ao empregador não ter efetuado o pagamento do fundo de garantia do empregado.
Serão questões que envolvam empregado e empregador, empregados rurais, domésticos, trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, trabalhadores por tempo determinado, empregados de empresas públicas, sociedades de economia mista e de suas subsidiárias. 
Também os funcionários públicos que tem um regime contratual, servidores de cartórios extrajudiciais e jogadores de futebol. 
Na situação do trabalhador avulso, que é aquele que não tem vínculo empregatício como, por exemplo, o doméstico, mesmo na ausência de vínculo estes possuem direitos trabalhistas e, caso não tenham seus direitos atendidos, poderão pleiteá-los diante da Justiça do Trabalho.
O servidor público, que é gênero, do qual o funcionário público é espécie; neste caso, o funcionário público deverá ingressar com ação na Fazenda Pública, somente podendo ingressar na Justiça do Trabalho caso seja empregado público, devido ao regime celetista. 
Com o advento da CF de 88 e mais algumas leis extravagantes os tabeliães de cartório passaram a ser considerados como se sua função fosse privada, sendo também os serventuários considerados empregados, ou seja, desta forma, a Justiça do Trabalho responde às questões destes.
Jogador de futebol recebe salário e o clube ou associação deve depositar fundo de garantia, INSS, ou seja, é uma relação de emprego, fazendo com que qualquer problema entre o clube e o julgador seja julgado pela Justiça do Trabalho, devido ao fato destes possuírem um contrato de trabalho. 
- Competência em Razão da Matéria:
Tal competência vai dizer se os tipos de questões podem ser apreciados pela Justiça Trabalhista. Toda matéria envolvendo qualquer tipo de trabalhador, será da Justiça do Trabalho. 
O elemento essencial para a caracterização da relação de trabalho na Justiça do Trabalho é o trabalho do prestador de serviços ser feito por pessoa física e não por pessoa jurídica. 
Ex.: se for um dano moral ligado ao contrato de trabalho a Justiça do Trabalho será competente, como por exemplo, exigir coisas absurdas de um funcionário, chama-lo de burro, etc. 
Na Justiça do Trabalho o juiz executa suas próprias decisões; ele dará uma sentença, que transitará em julgado, assim, ele iniciará a segunda fase, que é a de execução, onde será feita a liquidação. 
Ex.: junto de todas as verbas a serem recebidas haverá o valor da previdência social, o valor relativo a essa retribuição é retido pelo próprio empregado e pago à própria previdência; caso o empregador deixe de recolher a previdência social mensal do empregado, a competência para fazer a execução deste tributo é da Justiça Federal; no caso de uma ação trabalhista, quando o juiz sentencia, já faz um cálculo dos tributos previdenciários dentro das verbas salariais devidas, e estes valores relativos à sentença serão de competência da Justiça do Trabalho, pois o juiz executa suas próprias decisões. 
Contrato de empreitada está previsto no Código Civil e no caso do pequeno empreiteiro, que tenha no máximo 13 empregados, a Justiça do Trabalho é competente, mesmo havendo tão somente relação de trabalho e não de emprego. Caso o empreiteiro tenha mais de 13 empregados já passa a ser empresário e será de competência da Justiça Comum. 
Ex.: Contrato uma empresa para construir uma casa, é um contrato fim, visando um resultado, o de querer a casa pronta, a pessoa pagará um valor X e dirá como deseja que a casa seja feita; OU pode-se contratar o pedreiro e o assistente de pedreiro a fim de realizar uma pequena reforma em minha casa. 
Ex.1: um médico cirurgião plástico é contratado por uma paciente a fim de realizar uma cirurgia, contudo, por erro médico, a paciente sofreu um dano estético; há uma relação de trabalho em razão de ser o médico prestador e a paciente a tomadora do serviço e, devido ao erro, a paciente não pagou o médico, nesta situação, segundo o STF, o médico ingressará com uma ação na Justiça Comum, em razão de ser profissional liberal.
Ex.2: advogado trabalha num escritório de advocacia como associado e o escritório não paga o valor devido pela comissão, neste caso a competência será da Justiça do Trabalho; este também é o caso do médico que trabalha em uma clínica e esta não repassa os pagamentos. 
Ex.3: Em caso de penalidade administrativa dada por um auditor fiscal do trabalho, por exemplo, a Justiça do Trabalho é competente para discutir essa multa.
Ações que envolvam uma ação de greve são, obviamente, de competência da Justiça do Trabalho também. Sempre que não forem serviços essenciais serão de competência da Justiça do Trabalho. Em se tratando de serviços fundamentais, o Ministério Público também tem autonomia para ingressar com uma ação de dissídio coletivo e discutir essa greve, como no caso da saúde, iluminação, transporte, etc. Ex.: greve do metrô.
A Justiça do Trabalho também é competente em caso de complementação de aposentadoria. 
- Competência em Razão do Lugar:
Será determinada pela jurisdição, ou seja, cada vara tem competência para examinar as questões que estão sob sua jurisdição. 
- Incompetências:
Acidente de trabalho – deve ser discutido na Justiça Comum.
Assuntos relativos à previdência social – qualquer assunto referente à previdência ou contribuições previdenciárias deverão ser discutidos na Justiça Federal; exceto no caso de sentença, que o próprio juiz executa.
Eleições sindicais – eleição dos representantes do sindicato será julgada pela Justiça Comum.

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