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Aula 03 - A função financeira nas empresas

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Aula 03 - A Função Financeira nas Empresas
A função financeira da empresa
Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se para a obtenção de lucros.
Os recursos supridos pelos proprietários e pelos credores das empresas encontram-se aplicados em ativos utilizados na produção e comercialização de bens ou na prestação de serviços.
As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir todos os custos e despesas incorridos e ainda gerar lucros.
A função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por todas as áreas da empresa. 
Essa função é responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação de uma estratégia voltada para a otimização do uso desses fundos.
Fluxo de Fundos
A compreensão dos elementos envolvidos na administração financeira será bastante facilitada através da descrição dos principais fluxos de fundos de uma empresa industrial.
Uma indústria requer investimentos em bens que constituem os meios de produção, através dos quais são gerados os produtos a serem colocados no mercado. Esses investimentos referem-se a imóveis, instalações, equipamentos etc.
Outros recursos são necessários para financiar o giro das operações. A transformação de matérias-primas em produtos acabados provoca dispêndios com mão-de-obra e outros custos de fabricação.
As demais atividades envolvem pagamentos de salários e outras despesas;
A estocagem de materiais e de produtos assim como as contas a receber provenientes das vendas a prazo e de outras transações representam aplicações de recursos;
Moeda mantida em caixa e nas contas bancárias para atender aos pagamentos diários;
O financiamento de todas essas operações é realizado com recursos investidos pelos proprietários ou acionistas da empresa (capital próprio ou patrimônio líquido) e com recursos respondentes às dívidas e compromissos a pagar (capital de terceiros).
O suprimento inicial de fundos ocorre com a integralização do capital social.
Junto às instituições financeiras são obtidos empréstimos a curto prazo destinados ao atendimento das necessidades momentâneas de caixa e financiamentos a médio e longo prazos para a compra de ativos fixos e para a expansão do capital de giro, constituído por estoques, contas a receber etc.
Outros recursos de terceiros podem ser obtidos no mercado de capitais através do lançamento de títulos de dívida a longo prazo (debêntures);
Os contratos de arrendamento mercantil (leasing) propiciam a posse e o 'uso de ativos fixos, constituindo uma alternativa à compra desses bens de produção.
As receitas de vendas são a principal fonte operacional de recursos financeiros e de lucros, permitindo que a empresa liquide seus compromissos
A parcela de lucros não distribuída aos proprietários constitui uma fonte adicional de recursos próprios.
Percebe-se que os recursos financeiros movimentados pelas empresas compreendem tanto o numerário em espécie, quanto créditos obtidos e concedidos (o crédito representa moeda diferida).
Um exemplo de fluxo de fundos ajuda a entender melhor essa movimentação:
Entendendo o fluxo de fundos:
Integralizações de capital;
Juros e amortizações;
As formas geométricas da figura representam reservatórios interligados por canalizações por onde fluem os recursos financeiros na direção indicada pelas setas.
Os retângulos correspondem às contas de ativo, passivo e patrimônio líquido e os círculos representam os elementos formadores do resultado econômico das operações.
As linhas tracejadas indicam a ligação de algumas contas de resultado com outras contas patrimoniais.
Os registros hidráulicos existentes nos condutos devem ser continuamente regulados para aumentar ou reduzir a intensidade.de cada fluxo. A manipulação desses registros decorre de decisões tomadas nas diversas áreas da empresa (Suprimentos, Produção, Marketing, Vendas, Recursos Humanos, Finanças etc.).
O reservatório das Disponibilidades engloba o numerário existente em caixa, os saldos bancários de livre movimentações dos recursos aplicados no mercado financeiro. 
Todas as entradas e saídas desse reservatório implicam a movimentação de numerário.
A figura apresenta outros fluxos que não estão diretamente relacionados com as disponibilidades e que representam:
Créditos obtidos e concedidos que implicam movimentação futura de numerário;
Apuração dos custos dos produtos fabricados;
Apropriação ao resultado do período de receitas e despesas, de acordo com o regime de competência;
Tributação do imposto de renda, distribuição de dividendos e retenção do lucro remanescente.
Levantamento e Alocação de Recursos
À função financeira cabem duas tarefas básicas:
Obtenção dos recursos nas condições mais favoráveis possíveis; 
Alocação eficiente desses recursos na empresa.
Levantamento de recursos:
A primeira tarefa constitui uma responsabilidade exclusiva da função financeira e envolve o suprimento dos fundos demandados pelas operações normais da empresa e a captação de vultosas somas para investimentos em projetos com longos períodos de maturação.
As fontes de recursos à disposição de uma empresa podem ser classificadas de várias formas:
Recursos próprios (capital integralizado, reservas e lucros retidos) e recursos de terceiros (compromissos assumidos e dívidas contraídas);
Recursos permanentes (recursos próprios e dívidas a longo prazo) e recursos temporários (compromissos e dívidas a curto prazo);
Recursos onerosos (provocam despesas financeiras) e recursos não onerosos.
Deve haver adequação entre as fontes e usos de recursos em termos de prazos e custos.
Alocação de recursos:
A segunda tarefa básica da função financeira diz respeito à alocação eficiente de recursos. Isto envolve a constante busca da otimização no uso dos fundos para que seja alcançada a rentabilidade desejada e preservada a capacidade da empresa pagar seus compromissos nos vencimentos.
Esta responsabilidade amplia bastante os limites da gestão financeira, impelindo os executivos da área a conhecer todas as fases de funcionamento da empresa e a analisar profundamente os novos projetos de investimento. 
Essa interação com todas as áreas da empresa faz com que a administração financeira passe a ter também um conteúdo operacional.
Alguns ativos são essenciais para o desenvolvimento das operações, enquanto outros poderão estar ou não relacionados com as atividades básicas do empreendimento. Assim, temos:
Ativos operacionais, constituídos por ativos fixos e ativos circulantes (estoques, duplicatas a receber e disponibilidades); e
Outros ativos de natureza operacional ou não, como créditos diversos a curto e longo prazos, participações societárias em outras empresas, imóveis alugados a terceiros, determinadas aplicações financeiras etc.
Os recursos aplicados nos ativos não são encontrados em abundância e envolvem custos financeiros e custos de oportunidade. Assim, é de se esperar que cada ativo contribua direta ou indiretamente para a geração de receitas e, consequentemente, de lucros.
Os recursos aplicados nos estoques e nas duplicatas a receber são escassos e onerosos. Todavia, o excesso de fundos investidos nesses ativos poderá não ser claramente percebido.
Pode-se dizer que chega até a existir um conflito de interesses entre a área financeira e outras áreas da empresa que tendem a provocar a manutenção de excesso de estoques e de contas a receber de clientes.
Vejamos alguns exemplos:
Estoques elevados de matérias-primas e de materiais auxiliares beneficiam as operações das áreas de suprimentos e de produção;
Estoques elevados de produtos em elaboração e de produtos acabados oferecem vantagens para as áreas de produção e de vendas; e
Prazos dilatados de faturamento facilitam o desempenho da área de vendas, fazendo com que os saldos das duplicatas a receber se elevem acima do que seria desejável.
A administração financeira atuará no sentido de eliminar os excessos de estoques e de duplicatas a receber, considerandoo custo dos recursos aplicados nesses ativos e os seus efeitos sobre a rentabilidade das operações.
Liquidez e Rentabilidade
Liquidez: traduz a capacidade ou facilidade de um determinado ativo de uma empresa ser transformado em meios líquidos. 
Exemplo: o dinheiro em caixa de uma empresa é um ativo perfeitamente líquido, entretanto uma máquina de uso da produção é menos líquido, pois pode demorar para transformar essa máquina em dinheiro (por meio de alienação).
As empresas não podem dispensar o crédito concedido por seus fornecedores e pelas instituições financeiras, deixando de liquidar seus compromissos financeiros nas datas convencionadas.
É importante a empresa saber administrar seus recursos para que tenham ativos líquidos em momentos importantes.
A insolvência de uma empresa pode surgir devido a excesso de imobilizações ou de estoques, à concessão aos clientes de prazos muito longos para pagamento ou, ainda, à utilização de fontes de financiamento inadequadas.
Observa-se, então, que a capacidade da empresa cumprir seus compromissos financeiros é afetada tanto pela composição das fontes de fundos, quanto pela composição dos ativos.
Os estoques de matérias-primas precisam ser transformados em estoques de produtos acabados e isto envolve certo período de tempo. Os estoques de produtos acabados necessitam ser vendidos, implicando mais esforço e tempo.
As duplicatas precisam ser cobradas para transformar-se em numerário e novamente transcorre certo tempo relacionado com o prazo de faturamento e com alguns atrasos. 
Além disso, existem salários e outros compromissos que têm de ser pagos em datas previamente determinadas.
Surgem, assim, os descompassos nos fluxos de caixa que têm de ser previstos com certa exatidão para que possam ser tomadas, em tempo hábil, as decisões pertinentes. O orçamento de caixa constitui o instrumento adequado para essa finalidade.
A manutenção da liquidez da empresa representa a preocupação mais imediata do Tesoureiro que é o executivo responsável por essa parte da administração financeira.
Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados convenientemente
Não é necessário manter numerário parado em caixa para liquidar compromissos a vencer em futuro próximo. 
Isto seria desaconselhável do ponto de vista da rentabilidade, uma vez que tais recursos não são gratuitos. 
O importante é manter os fluxos de entradas e saídas de caixa sob controle e conhecer antecipadamente as épocas em que irá faltar numerário.
Rentabilidade: o grau de êxito econômico obtido por uma empresa em relação ao capital nela investido.
Liquidez X Rentabilidade
O equilíbrio entre a liquidez adequada e a rentabilidade satisfatória constitui constante desafio enfrentado pela administração financeira.
A preservação da liquidez da empresa implica a necessidade de ser mantido certo volume de recursos sob a forma de disponibilidades que representam a manutenção de fundos ociosos ou aplicados a curtíssimo prazo (open market) a taxas bastante reduzidas.
Meta da Administração Financeira
O objetivo primordial de cada empresa é o de maximizar a riqueza de seus proprietários.
Essa riqueza é representada pelo valor de mercado da empresa, ou seja, pelo preço que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital social.
Em um mercado de capitais plenamente desenvolvido, as cotações alcançadas pelas ações nas bolsas de valores devem refletir o valor de mercado das empresas.
O fato de uma empresa não ter ações cotadas em bolsa não constitui impedimento na determinação de seu valor de mercado. Simplificadamente, pode-se dizer que o valor de mercado de uma empresa corresponde ao valor atual de seus lucros futuros.
Deste modo, o valor de mercado de uma empresa é determinado pela sua capacidade de gerar lucros mediante o uso dos ativos, pela sua tecnologia e competência gerencial e pelo seu conceito junto aos credores e clientes.
A meta da administração financeira coincide com o objetivo básico dos proprietários ou acionistas. As decisões financeiras são orientadas para o aumento do valor de mercado da empresa.
A meta da administração financeira é a maximização da riqueza dos acionistas que constitui algo mais amplo e profundo do que a maximização dos lucros.
A maximização da riqueza envolve os seguintes aspectos:
Perspectiva de longo prazo;
Valor do dinheiro no tempo;
Retorno do capital próprio;
Risco (retorno compatível com o risco assumido);
Dividendos.
Dúvidas: Capítulo 01 – Braga

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