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�PAGE �14� �PAGE �93� � SUMÁRIO 4PARTE I 1-NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 4 1.1 Conceito de Contabilidade 4 1.2 Objetivo da Contabilidade 4 1.3 Finalidades da Contabilidade 4 1.4 Técnicas Contábeis 5 1.5 Campo de atuação da Contabilidade 6 1.6 Interessados nas Informações Contábeis 6 2. PATRIMÔNIO 8 2.1 Conceito 8 2.2 Componentes 8 2.3 Aspectos Patrimoniais 9 2.3.1 Aspecto Jurídico 9 2.3.2 Aspecto Econômico 9 2.3.3 Aspecto Financeiro 10 2.3.4 Aspecto Específico 10 2.3.5 Aspecto Contábil 10 2.4 Ativo, Passivo e Situação Líquida 12 2.5.Atos e Fatos Contábeis 14 2.5.1-Fatos Permutativos ou compensativos 14 2.5.2-Fatos Modificativos 15 2.5.3-Fatos Mistos ou Compostos 15 3. CAPITAL 20 3.1 Conceito 20 3.1.1 Capital Nominal ou Legalizado 20 3.1.2 Capital Próprio ou Líquido 20 3.1.3 Capital de Terceiros 20 3.1.4 Capital a Disposição da Empresa 20 3.1.4.1 Capital Autorizado 21 3.1.4.2 Capital Subscrito 21 3.1.4.3 Capital a Integralizar 21 3.1.4.4 Capital Realizado 21 4. CONTAS 22 4.1 Conceito de conta 22 4.2 Teoria das Contas 22 4.2.1 Teoria Personalística 22 4.2.2 Teoria Materialística 23 4.2.3 Teoria Patrimonial 24 4.3 Débito, Crédito e Saldo 24 4.3.1 Débito 25 4.3.2 Créditos 26 4.3.3 Saldo 27 4.4 Plano de Contas 28 5. ESCRITURAÇÃO 33 5.1 Métodos de escrituração 33 5.2 Processo de escrituração 34 5.3 Lançamento ou Partida Contábil 34 5.4 Funções do Lançamento Contábil 34 5.5 Elementos essenciais do lançamento 35 5.6 Fórmulas de lançamento 35 5.7 Livros Contábeis 41 5.7.1 Livros de Escrituração 41 5.7.1.1 Livro Obrigatório 42 5.7.1.2 Livros Facultativos 42 5.7.2 Formalidades dos livros de escrituração 42 5.7.3 Livros Fiscais 43 5.7.4 Livros Trabalhistas 43 5.7.5 Livros Societários 43 5.8 Erros de escrituração e sua correção 44 6. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS 48 6.1 Principios contábeis 48 6.2 Convenções Contábeis 49 7. CUSTOS / DESPESAS 50 8. RECEITAS 52 8.1 Deduções 52 8.2 Regimes de Contabilização 53 8.2.1 Regime de Caixa 53 8.2.2 Regime de Competência 53 8.3 Despesas não-pagas e receitas não recebidas 54 9. PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 55 9.1 Apropriações 55 9.2 Provisões 55 9.3 Depreciação, Amortização e Exaustão 55 9.4 Despesas Pagas Antecipadamente 57 9.5 Ajuste dos Saldos das Contas 58 9.5.1 Conferência do Saldo de Caixa 58 9.5.2 Conferência de Bancos conta Movimento 59 9.5.3 Conferência de Duplicatas a Receber e Provisão para Devedores Duvidosos 59 9.5.4 Conferência de Contas do Ativo Não Circulante 60 9.5.5 Conferência de Cntas de Origações 60 9.5.6 Fechamento das Contas de Resultado 61 10. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 62 10.1- Finalidades das demonstrações contábeis: 62 10.2- Caracteristicas das Informações Contábeis: 63 10.3-Apresentação das demonstrações: 63 11 -Balancete de Verificação 64 12 - BALANÇO PATRIMONIAL 64 12.1 - Conceito 64 12.2- Importância 65 12.3-Procedimentos Básicos para se Fazer um Balanço Patrimonial: 65 13 OUTRAS DEMONSTRAÇÕES 72 13.1.Demonstração do Resultado do Exercício 72 13.2.Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados 73 13.3.Demonstração do Fluxo de Caixa 73 13.4.Notas Explicativas às demonstrações 73 14 Exemplificação 74 14.1.ESCRITURAÇÃO 74 14.2.Exercício social 75 14.3.Ciclo Operacional 75 15-PADRONIZAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DE ACORDO COM AS LEIS 11638/2007 e 11.941/2009 75 15.1.Abordagem introdutória: 75 15.2.Interpretação do Balanço Patrimonial 76 15.3.Grupos de contas do Balanço Patrimonial e Adaptações instituídas pela Lei 11.941/09 76 15.4.Conceitos e grupos de contas do Ativo e Adaptações instituídas pela Lei 11.941/09 77 15.5.Conceitos e grupos de contas do Passivo e Adaptações instituídas pela Lei 11.941/09 80 16.INTERPRETAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 82 17.DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 83 Esta demonstração não existia no texto da Lei 6404/76. 83 18 – CONHEÇA O Comitê de Pronunciamento Contábil – CPC. 86 (fonte www.cpc.org.br/o que.htm). 86 19– EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE: 87 PARTE II 88 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 88 1 - NOÇÕES PRELIMINARES 88 1.1 - ECONÕMICO: 88 1.2 - FINANCEIRO: 88 2. Aspectos da análise: 89 3. ETAPAS DA ANÁLISE 89 4. OBJETIVOS DA ANÁLISE 90 5. FONTES 90 5. ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL 90 5.1. Análise Vertical: 90 5.2. Analise Horizontal: 90 5.3. Objetivos básicos das análises Vertical/Horizontal 91 6 – INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAIS 91 6.1.Objetivos: 91 6.2.Considerações importantes que devem ser analisadas: 91 6.3.Capital circulante próprio 91 6.4.Capital circulante líquido 91 6.5. Indicadores por quocientes: 92 7- ÍNDICES DE LIQUIDEZ 93 7.1. Ciclo operacional/formação da liquidez 94 8. ÍNDICES DE RENTABILIDADE 95 9. ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS 97 10.ÍNDICES DE ROTAÇÃO 98 11 PARECER TÉCNICO 98 12. ÍNDICES DE BOLSA 99 13. Principais Índices: 99 14. RISCO DOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 100 15. ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA BANCÁRIA: 101 REFERÊNCIAS 102 � � � PARTE I 1-NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE Conceito de Contabilidade A contabilidade pelo seu conjunto de princípios, normas e procedimentos próprios, é uma ciência com o objetivo de conhecer a situação patrimonial das pessoas e as suas mutações. Diversos são os conceitos apresentados, onde a seguir se destacam alguns deles:: “É a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial." “É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativo aos atos e fatos da administração econômica". A contabilidade é um sistema organizado, para registrar as operações de uma entidade, que podem ser expressas monetariamente e informar os reflexos dessas transações na situação econômico-financeira dessa entidade, numa determinada data. Objetivo da Contabilidade A contabilidade tem por objeto o patrimônio administrável e em constante alteração. Finalidades da Contabilidade O objetivo da contabilidade é produzir informações para atender os objetivos de seus usuários. Estudar e controlar o patrimônio, fornecendo informações a quem dela necessitar. Modernamente as finalidades da contabilidade são reunidas em duas: finalidade de planejamento e finalidade de controle. O planejamento consiste em adotar um modelo de ações dentre diversos outros possíveis. Pode abranger toda a entidade, com a mudança do comportamento até hoje adotado ou apenas parcialmente, dependendo do objetivo maior da organização. A informação contábil pode ser um forte suporte para o planejamento e, mais ainda, quando estabelecendo padrões, torna claro situações futuras. O controle está ligado à análise da obediência das definições adotadas pela organização. A informaçáo contábil apresenta-se como o indicador da situação patrimonial tornando possível a verificação do desempenho da organização em atingir as metas traçadas. Como consequência, e pelo possível retorno no caso de êxito no atingimento das metas e políticas delineadas, a informação contábil além de meio de comunicação é uma forma de promover a motivação de todo o corpo organizacional. Técnicas Contábeis Para atingir os seus objetivos a contabilidade se utiliza de técnicas próprias, quais sejam: (Escrituração; ( Demonstrações Contábeis; ( Análise De Balanços; ( Auditoria. Entende-se por Escrituração a técnica pela qual as ocorrências com efeitos no patrimônio são registradas. Algumas regras devem ser seguidas para que as informações possam ser aproveitadas e compreendidas por todos aqueles interessados. A escrituração é um meio utilizado para possibilitar, pela agregação dos diversos fatos ocorridos, a elaboração de demonstrativos capazes de formar a posição da riqueza patrimonial. As Demonstrações Contábeis podem ser apresentadas sob diversos ângulos informativos. Algumas são consolidações dos fatos registrados ou escriturados. O Balanço Patrimonial, por exemplo, mostra a situação do patrimônio, em determinado momento, resultante da escrituração de diversos fatos. A Demonstracão do Resultado do Exercício também é resultante de diversos fatos, positivos e negativos, escriturados durante um ano,.demonstrando como a empresa se saiu naquele ano. O Inventário é outra demonstração e preocupa-se em mostrar a composição de alguns itens patrimoniais, analiticamente, alguns sem a utilização dos registros contábeis como, por exemplo, os estoques que são fisicamente verificados e outros com base nos registros contábeis como valores a receber e a pagar, valores que a empresa mantém nas instituições financeiras e outros. A Análise De Balanços é a técnica pela qual se determina a capacidade de pagamento da empresa, o grau de solvência, a evolução da empresa, a estrutura patrimonial e outras. Pela análise de balanços á possível comparar a situação da empresa dentro do setor de que faz parte. Apresenta quocientes úteis para os interessados na riqueza patrimonial, efetivos e potenciais, auxiliando-os, pela relação entre elementos naquele período e pela evolução durante os anos, a interpretar os demonstrativos apresentados. A Auditoria é a técnica pela qual é verificada a qualidade da informação prestada confirmando, ou não, se os demonstrativos apresentados representam com fidelidade a situação patrimonial. Na auditoria examina-se os documentos geradores da transformação patrimonial e a estrutura dos demonstrativos contábeis, elaborando-se PARECER conclusivo sobre a correta utilização dos procedimentos e princípios contábeis, inclusive a fidedignidade da informação. Campo de atuação da Contabilidade A contabilidade tem um vasto campo de atuação, podendo atuar nas pessoas físicas e nas pessoas jurídicas, com finalidade lucrativa ou não, inclusive as de Direito Público como a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e demais. Por seu objeto, o patrimônio, e as suas finalidades, é fácil concluir a importância da contabilidade e, como conseqüência, a amplitude do seu campo de atuação. Interessados nas Informações Contábeis Junto a cada organização existe um grupo de pessoas com interesse direto nas informações fornecidas pela contabilidade. Essas pessoas são direta ou potencialmente vinculadas à entidade, indo os seus interesses, desde o sentimentalismo, até o de retorno de investimentos. Resumidamente apresentamos os principais interessados na informação contábil: 1.6.1. Empregado da empresa ( tem interesse por ser, a empresa, a sua fonte individual de recursos traduzidos pelo salário, gratificações e participações nos lucros. É normalmente, o responsável pela manutenção da sua família devendo haver, portanto, o esforço pessoal para os bons resultados da sua fonte de renda. 1.6.2. Sócios, Proprietários, acionistas, Donos ( podem ser encarados sob vários aspectos. Os sócios e acionistas podem ter como principal interesse o retorno do investimento feito nas empresas e a segurança da aplicação. Se, além da participação na sociedade, são responsáveis pelas decisões na empresa, a quantidade e qualidade das informações são maiores pela responsabilidade de dirigir o destino da organização, traçando planos e metas. Nas organizações mais fechadas ainda existe a ligação sentimental, havendo o respeito e amor pela obra realizada. 1.6.3. Administradores e outros responsáveis pelas decisões ( necessitam de informações similares ao sócio-administrador acima referido. 1.6.4. Fornecedores e emprestadores de dinheiro ( tem como principal objetivo o retorno dos recursos investidos, seja pela entrega de mercadorias, de dinheiro ou outra forma de propiciar o funcionamento da organização. As informações que necessitam são, pois, ligadas à rentabilidade e garantia de retorno dos capitais investidos. 1.6.5. Governo ( tem dois grandes interesses que podem tornar como suporte as informações contábeis. O financiamento da atividade governamental, para o bem-estar de toda a população, necessita de recursos que, em grande parte, vem da atividade empresarial sob a forma de tributos. Outra informação que pode ser extraída da contabilidade é sobre o desenvolvimento em áreas geográficas, setores de atividade e outras que, convenientemente compiladas, podem orientar a politica de desenvolvimento da nação. 1.6.6. Pessoas em geral ( somos todos interessados nas informações fornecidas pela contabilidade, em sentido amplo, quando potencialmente investidores de recursos ou, mesmo de uma forma restrita, a do nosso dia-a-dia, conciliando renda com gastos. Não necessariamente precisamos montar um sistema de contabilidade pessoal, embora possível, mas lembremos que o objeto da contabilidade é o patrimônio e, o individual, deve ser administrado caracterizando contabilidade. � PATRIMÔNIO Conceito Pela maioria dos autores, patrimônio é definido como o "conjunto de bens, direitos e obrigacões, susceptíveis de avaliação em dinheiro e vinculados e uma pessoa (física ou jurídica)". Componentes ( Bens ( Os bens são as coisas transformadas pelo homem para a satisfação de suas necessidades e avaliáveis em dinheiro. Podem ser classificados em corpóreos e incorpóreos, também denominados materiais ou imateriais, ou ainda em nomenclatura mais recente, tangíveis e intangíveis. Como corpóreos temos mercadorias, veículos e outros. Como incorpóreos, por exemplo, fundo de comércio, patentes de invenção etc. Os bens são também chamados de direitos reais, pois recaem sobre coisas avaliáveis em dinheiro. ( Direitos ( Os direitos são decorrentes de operações de crédito onde o favorecido é o patrimônio em análise. São também denominados direitos pessoais. ( Obrigações ( As obrigações são também decorrentes de operações de crédito tendo como favorecido um terceiro ao patrimônio em análise, contra este. Exemplos: Bens: ( Mercadorias; ( Dinheiro; ( Veículos; ( Imóveis; ( Máquinas; ( Equipamentos; ( Patentes. Direitos: ( Duplicatas a receber; ( Títulos a receber; ( Outros valores a receber. Obrigações: ( Títulos a pagar; ( Duplicatas a pagar; ( Impostos a recolher; ( Salários a pagar. Os bens e direitos são os elementos positivos na estrutura patrimonial e as obrigações, os elementos negativos. O patrimônio é representado pela igualdade entre elementos positivos e negativos havendo, pois, a necessidade de um “equilibrador” da equação patrimonial, no caso a situação líquida: Bens + Direitos – Obrigações = Situação Líquida Aspectos Patrimoniais O patrimônio, como visto, é um conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliáveis em dinheiro e pertencentes a uma pessoa física ou jurídica com fins lucrativos ou ideais. Pela relação com terceiros, movimentação e avaliação de recursos, o patrimônio é estudado sob diversos aspectos como os abaixo: Aspecto Jurídico O patrimônio é definido como um "conjunto de direitos e obrigações de uma pessoa, apreciáveis em dinheiro" ou como o "complexo de relações jurídicas de uma pessoa tendo valor pecuniário". O direcionamento dado é o estudo da propriedade, das relações jurídicas, pecuniárias, com terceiros. O patrimônio, sob este aspecto, compreende os direitos reais (bens), direitos pessoais e as obrigações. Patrimônio sob o Aspecto Jurídico ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS Direitos: – Reais (Bens): • Mercadorias • Veículos Pessoais: • Títulos a receber • Bancos com movimento • Duplicatas a receber Obrigações: • Salários a pagar • Impostos a receber • Duplicatas a pagar Direito do proprietário sobre o patrimônio Aspecto Econômico A Economia estuda o patrimônio como o conjunto de bens materiais formadores da riqueza social. Os créditos, por exemplo, são excluídos por significar bens em poder de terceiros, concorrendo para formação daquela riqueza. Os créditos e débitos são compensados entre todos os entes, resultando, apenas, ao final, os bens materiais — riqueza social. Aspecto Financeiro Sob o aspecto financeiro, estudam-se as disponibilidades e ingressos financeiros para fazer face às obrigações ou saídas de recursos. Pondera-se a solvabilidade do patrimônio pela medida do fluxo de recursos. Patrimônio sob o Aspecto Financeiro – Disponibilidades no início do período – Entradas de recursos no período – Saídas de recursos no período – Disponibilidades no final do período Aspecto Específico Diz respeito à nomenclatura dos diversos elementos, positivos e negativos, e de seus agrupamentos de acordo com as funções exercidas e classificadas tecnicamente. Temos, por exemplo, entre os elementos disponíveis, as contas caixa (dinheiro em poder da empresa), bancos conta movimento (dinheiro da empresa nas instituições financeiras) e aplicações de liquidez imediata (valores aplicados no mercado financeiro rapidamente "retornáveis"). Aspecto Contábil O patrimônio, sob o aspecto contábil, é um todo coordenado, composto de elementos materiais e imateriais e direcionado ao objetivo-fim da organização. Temos a análise dos elementos patrimoniais voltada para dois aspectos: qualitativo e quantitativo. No aspecto qualitativo os elementos são separados pela sua natureza e representados por contas que são títulos agrupadores dos componentes de mesma natureza. A qualidade do patrimônio é atribuída sob o prisma julgado relevante ao analista vinculado, claro, à melhor composição necessária ao atingimento dos seus fins. Sob o aspecto quantitativo o patrimônio é visto como um fundo de valores; de um lado, valores positivos (o Ativo, formado pelo conjunto de bens e direitos) e, do outro, valores negativos (o Passivo, formado pelas obrigações assumidas). A medida de valor para que se tenha um todo mensurável deve ser uniforme, utilizando-se a moeda como medidor comum. No confronto entre valores positivos e negativos, três situações podem ocorrer, quais sejam: 1a situação: Ativo ( Passivo Nesse caso, os bens e direitos, valores positivos, são maiores que as obrigações, valores negativos, resultando uma SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLa) também denominada POSITIVA, SUPERAVITÁRIA ou FAVORÁVEL. Graficamente: ATIVO PASSIVO Bens Obrigações e Direitos 2a situação: Ativo = Passivo Os bens e direitos são suficientes apenas para honrar as obrigações. A SITUAÇÃO LÍQUIDA é NULA ou COMPENSADA. ATIVO PASSIVO Bens e Obrigações Direitos 3a situação: Ativo ( Passivo Teríamos insuficiência de bens e direitos para o pagamento das obrigações. A diferença entre o passivo e o ativo é denominada SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA (SLp) também denominada NEGATIVA, DEFICITÁRIA ou DESFAVORÁVEL. O excesso de elementos negativos quando relacionados com os positivos, demonstra um PASSIVO A DESCOBERTO. Ativo + Situação Líquida Passiva = Passivo Ou graficamente: ATIVO PASSIVO Bens e Direitos Obrigações – Estruturação da contabilidade: - Coleta de dados; - Registro; - Sintese; - Análise. - Ativo, Passivo e Situação Líquida O pronunciamento do CPC – Estrutura Conceitual Básica – ítem 49 diz que: ATIVO é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. O Ativo, é formado pelos elementos positivos ao patrimônio são eles: os bens e os direitos. Analisando-se minuciosamente os elementos componentes do ativo, pode-se observar que são destinações de recursos da sociedade, ou seja, supondo=se uma empresa do ramo comercial existe a necessidade de comprar mercadorias para revenda. Os recursos são aplicados na aquisição das mercadorias. Assim como este, todos os demais elementos podem ser considerados destinação de recursos ou APLICAÇÕES DE RECURSOS. O pronunciamento Conceitual Básico do CPC, ítem 49 diz que o PASSIVO é uma obrigação presenter da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios. O Passivo, de forma contrária ao ativo, é onde se reúnem as obrigações da empresa com terceiros, pode-se dizer o capital externo, elementos negativos, que representam, digamos, os valores que terceiros ao patrimônio entregam a este para o seu funcionamento. Tem-se como exemplo um empréstimo feito numa instituição financeira, é bem representativo de que no passivo encontramos as ORIGENS DE RECURSOS DE TERCEIROS ou os CAPITAIS DE TERCEIROS à disposição do patrimônio daquela empresa. Sobre a SITUAÇAO LÍOUIDA ou o PATRIOMÕNIO LÍQUIDO é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. De agora em diante, teceremos alguns comentário LÍQ s adicionais: até agora, foi visto que a situação líquida ou o PATRIMÕNIO UIDO funciona como um equilibrador. Os registros na contabilidade são feitos envolvendo, no mínimo, dois elementos: um fornecendo o recurso para ser aplicado no outro, o que na verdade acontece em qualquer situação. Vejamos um exemplo bem simples: fazer compras. No ato do pagamento das referidas compras, você está movimentando dois elementos do seu patrimônio: o primeiro é o dinheiro que você tem à dispor e o segundo, o estoque de mercadorias compradas. O seu dinheiro, que vai diminuir, é a ORIGEM DOS RECURSOS que foram APLICADOS nas mercadorias compradas. Da mesma forma acontece se você pagar com cheque (ORIGEM NA CONTA BANCÁRIA) ou, mesmo, se você comprar à prazo, gerando uma obrigação (ORIGEM DA CONTA A PAGAR). Deve-se ter nítida a separação na análise das origens e aplicações de recursos. Quando definido que os elementos ativos são aplicações recursos e os passivos são origens de recursos, estabelecemos uma definição sob o ponto de vista ESTÁTICO, ou seja, do patrimônio apresentado, “fotografado". O "retrato”, entretanto, é formado após uma série de operações e em cada uma delas existem a ORIGEM e a APLICAÇÃO DOS RECURSOS independentes de ser elemento ativo ou passivo, como foi o caso acima, pois, na operação, houve a ORIGEM DE RECURSOS em elemento ativo (dinheiro ou conta corrente bancária). É uma definição sob o ponto de vista DINÂMICO, a própria alteração patrimonial. Por sempre estar envolvendo no mínimo dois elementos, um funcionando como fornecedor e outro como recebedor do recurso, existe a garantia da igualdade no patrimônio e como consequência o equilíbrio. Agora procuramos estudar as origens de recursos próprias, que é a situação líquida ou os CAPITAIS PRÓPRIOS. A Constituição das empresas segue um ritual próprio, formal, existindo o comprometimento dos sócios para a formação do CAPITAL SOCIAL, integralizado, em boa parte das vezes, em dinheiro. É a primeira origem de recursos próprios aplicado, no caso, em dinheiro ( um disponível da empresa. São também componentes da situação líquida os resultados obtidos, lucros ou prejuízos, na atividade operacional. Os lucros fortalecem os capitais próprios pelo aumento na situação líquida, tornando cada vez melhor a situação da empresa. Prejuízos seguidos podem levar à situação líquida nula, quando consumido todo o Capital Social e à situação de passivo a descoberto, quando ultrapassam o valor do Capital Social. Temos, portanto: P A T R I M Ô N I O ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS Ativo Passivo E Situação Líquida Aplicação de Recursos Origem de Recursos ou fontes ( Bens: ( Obrigações de Terceiros: ( Dinheiro ( Emp. Bancários ( Mercadorias ( Dup. a pagar ( Imóveis ( Emp. de clientes ( Direitos: ( Situação Líquida: (Capital próprios) ( Contas bancárias ( Capital Social ( Duplicatas a receber ( Reservas ( Adiantamentos a empregados 2.5.Atos e Fatos Contábeis Os atos são medidas administrativas, têm a característica de não alterar a situação patrimonial embora, potencialmente, possam trazer efeitos à estrutura patrimonial. Pode-se destacar dentre a infinidade de atos, a assinatura de contratos de um modo geral, a remessa de duplicatas para cobrança bancária, dentre outros. Por si só, são atividades que não provocam alterações patrimoniais, mas que podem trazê-las. Os fatos contábeis, por outro lado, são as atividades exercidas que modificam a estrutura patrimonial, em seus elementos e valores. Os fatos contábeis são classïficados em: ( Fatos contábeis permutativos ou compensativos; ( Fatos contábeis modificativos; ( Fatos contábeis mistos ou compostos. 2.5.1-Fatos Permutativos ou compensativos São os fatos que modificam o valor dos bens, direitos e obrigações sem, entretanto, alterar a situação líquida do patrimônio. Subdividem-se em: ( Fatos Permutativos entre elementos ativos, representados pela mutação (+ A – A). É o caso de compra de mercadorias a vista, pois diminui um elemento ativo (dinheiro) aumentando, em seu lugar, um outro elemento ativo (mercadorias). ( Fatos Permutativos entre elementos passivos, representados pela mutação (+ P – P). É o caso da troca de uma obrigação por outra, de diferente espécie. ( Fatos Permutativos entre elementos ativos e passivos, pelas mutações (+ A + P) e (– A – P). Podem aumentar os totais do ativo e passivo, chamamos aditivos, como é o caso da compra de mercadorias a prazo, pois aumenta um elemento ativo (mercadorias) e um passivo (conta a pagar) ou diminuir, chamamos subtrativos ou redutivos, onde temos, por exemplo, o pagamento de uma dívida pois diminui um elemento ativo (dinheiro) e um passivo (conta a pagar). 2.5.2-Fatos Modificativos Os fatos modificativos têm a característica de, a partir de uma alteração em um elemento ativo ou passivo, modificar a situação líquida do patromônio. Subdividem-se em: ( Fatos modificativos aumentativos; ( Fatos modificativos diminutivos. Os fatos modificativos aumentativos podem ser representados pelas mutações (+ A + SL) e (( P + SL). Na primeira hipótese, temos, por exemplo, o recebimento de uma receita de juros ou de serviços prestados. Um elemento ativo, dinheiro disponível, é aumentado sem qualquer correspondência com outro elemento ativo ou passivo, aumentanda, conseqüentemente, a situação líquida. O segundo tipo corresponde a diminuição de uma obrigação sem correspondência de outro elemento ativo ou passivo, que é o caso do perdão de uma dívida ou diminuição de uma conta a pagar por abatimento dado pelo credor do patrimônio. Os fatos modificativos diminutivos são representados pelas mutações (( A ( SL) e (+P ( SL). No primeiro caso, temos como exemplo, o pagamento dos salários dos funcionários no final do mês, diminui um elemento ativo (dinheiro) diminuindo a situação líquida. O segundo caso, também vinculado às despesas com pessoal, pode acontecer quando no final do mês a empresa não paga o salário dos funcionários, utilizando uma autorização legal de pagar apenas no início do mês seguinte, prática comum hoje. No final do mês, entretanto, a empresa reconhece que já está devendo aquele valor, pois o fato gerador da despesa já ocorreu, no caso, os serviços prestados pelos funcionários. O reconhecimento é feito pelo registro aumentando uma obrigação (salário a pagar) e diminuindo a situação líquida. 2.5.3-Fatos Mistos ou Compostos Os fatos mistos ou compostos são os que combinam a permutação de elementos patrimoniais com a alteração da situação líquida. Podem, assim como os modificativos, ser classificados em: ( Fatos mistos aumentativos; ( Fatos mistos diminutivos. São provenientes de permutação entre elementos ativos, passivos ou ativos e passivos: ( Fatos mistos aumentativos ( são, principalmente, os que apresentam as seguintes mutações: (+ A ( A + SL) É uma permutação entre elementos ativos modificando aumentativamente a situação líquida. Como exemplo, podemos citar a venda de mercadoria com lucro, pois, se uma mercadoria custou $ 10 e foi vendida por $ 12, o elemento estoque é diminuído de $ 10, o caixa é aumentado de $ 12 e a situação líquida tem um aumento de $ 2 pelo lucro. (+ P ( P + SL) É uma permutação entre elementos passivos, aumentando a situação líquida. Por exemplo: uma permuta de obrigações onde é concedido um abatimento na obrigação na obrigação inicial. (( A ( P + SL) Permutações entre elementos ativos e passivos com aumento na situação líquida. Pagamento de uma duplicata ((P) com dinheiro disponível ((A) obtendo um desconto por pontualidade (+SL). (+ A + P + SL) Permutação aditiva, acréscimos no ativo e passivo com aumento na situação líquida. Compra de um veículo (+A) a prazo (+P) com desconto (+SL). As outras permutações possíveis são bem menos frequentes, desnecessário o comentário, inclusive quando envolve vários elementos do ativo e/ou passivo. ( Fatos mistos diminutivos ( são, principalmente, os que apresentam as seguintes mutações: (+ A ( A ( SL) Permutação entre elementos ativos com diminuição da situação líquida. Pode ser citado como exemplo, o recebimento de uma dupiicata ((A) com crédito em conta corrente bancária (+A), concedendo-se um desconto ao cliente ((SL). (+ P ( P ( SL) Permutação entre elementos passivos com redução da situação líquida. A troca de uma obrigação com acréscimos de juros provoca este fato. (( A ( P ( SL) � Permutação redutiva, diminuição no ativo e passivo e redução da situação líquida. Um dos fatos possíveis é o pagamento de uma duplicata devida ((P), com dinheiro disponível ((A), inclusive juros de mora por atraso ((SL). (+ A + P ( SL) Permutação entre elementos ativos e passivos, aumentando-as, e diminuição da situação líquida. Um exemplo clássico é o da obtenção de um empréstimo bancário (+P) com crédito na conta corrente da empresa (+A) e pagamento de despesas bancárias ((SL). Estes são os principais fatos contábeis mistos diminutivos. ( Fato misto aumentativo Mutação (+ A ( A + SL) ATIVO PASSIVO Caixa 200.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00 Bancos 100.000,00 (+A) ( Dupl. a receb. 280.000,00 ((A) ( Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00 Instalações 60.000,00 130.000,00 ((+SL) TOTAL 730.000,00 TOTAL 730.000,00 � ( Fato Modificativo Diminutivo Mutação (( A ( SL) ATIVO PASSIVO ((A) ( Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00 Bancos 100.000,00 Dupl. a receb. 280.000,00 Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00 Instalações 60.000,00 120.000,00 ( ((SL) TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00 ( Fato Modificativo Diminutivo Mutação (+ P ( SL) ATIVO PASSIVO Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 200.000,00 Bancos 100.000,00 Salário a pagar 50.000,00 ( (+P) Dupl. a receb. 280.000,00 Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00 Instalações 60.000,00 Lucro 70.000,00 ( ((SL) TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00 ( Fato Misto Diminutivo Mutação (( A ( P ( SL) ATIVO PASSIVO Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 150.000,00 ( ((P) ((A) ( Bancos 45.000,00 Salário a pagar 50.000,00 Dupl. a receb. 280.000,00 Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00 Instalações 60.000,00 Lucro 65.000,00 ( ((SL) TOTAL 665.000,00 TOTAL 665.000,00 � ( Fato Misto Aumentativo Mutação (+ A ( A + SL) ATIVO PASSIVO Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 150.000,00 (+A) ( Bancos 350.000,00 Salário a pagar 50.000,00 ((A) ( Dupl. a receb. 0,00 Mercadorias 50.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Veículos 40.000,00 Capital Social 400.000,00 Instalações 60.000,00 Lucro 90.000,00 ( ((SL) TOTAL 690.000,00 TOTAL 690.000,00 ( Fato Permutativo entre elementos passivos Mutação (+ P ( P) ATIVO PASSIVO Caixa 190.000,00 Dupl. A pagar 0,00 ( ((P) Bancos 350.000,00 Promis. a pagar 150.000,00 ( (+P) Mercadorias 40.000,00 Salário a pagar 50.000,00 Veículos 40.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Instalações 60.000,00 Capital Social 400.000,00 Lucro 90.000,00 TOTAL 690.000,00 TOTAL 690.000,00 ( Fato Modificativo Aumentativo Mutação (+ A + SL) ATIVO PASSIVO (+A) ( Caixa 220.000,00 Promis. A pagar 150.000,00 Bancos 350.000,00 Salário a pagar 50.000,00 Mercadorias 50.000,00 Veículos 40.000,00 SITUAÇÃO LÍQUIDA Instalações 60.000,00 Capital Social 400.000,00 Lucro 120.000,00 ( (+SL) TOTAL 720.000,00 TOTAL 720.000,00 � CAPITAL Conceito Várias ciências apontam definições próprias de capital. A economia tem duas correntes: uma leva em conta a qualidade dos elementos componentes do patrimônio e a sua capacidade de gerar riquezas; uma outra situa o capital como uma categoria histórica, não geradora de riquezas. De uma forma geral, considera o capital como o conjunto de bens como máquinas, equipamentos, matéria-primas e outros utilizados para a obtenção de outros bens. O direito considera capital o valor registrado sob este título no contrato social registrado da empresa. Na contabilidade, diversos conceitos de capital são apresentados. Destacamos os seguintes: Capital Nominal ou Legalizado E igual ao conceito adotado no direito. Corresponde aos recursos aplicados na constituição da empresa, na forma de bens e/ou direitos e constante no Contrato Social. Novas destinações podem acontecer com injeção de recursos ou aproveitamento das reservas acumuladas na empresa. A sua alteração, mesmo contábil, só acontece pela formalização nos órgãos de registro do comércio. A diminuição de seu valor também pode acontecer, embora mais difícil. Capital Próprio ou Líquido Corresponde à situação líquida até agora estudada. É um fundo de valores pertencentes a uma pessoa, abrangendo não só os valores inicialmente aplicados na empresa, como também as reservas provenientes de sua operação, ou não. É o patrimônio líquido. Capital de Terceiros É o montante de recursos de terceiros ao patrimônio, postos a disposição deste para o desenvolvimento de sua operação. São as obrigações da empresa. Capital a Disposição da Empresa É o montante de recursos que a empresa dispõe para o atingimento de seus fins. Fundo de valores composto do capital próprio ou líquido e de terceiros apreciáveis monetariamente. Alguns outros conceitos de capital surgem decorrentes da legislação comercial dentre os quais destacamos: Capital Autorizado Não é de muita utilização embora exista a previsão. É um limite fixado nos estatutos sociais, em valor ou número de ações, até o qual pode haver a deliberação de aumentar o capital da companhia sem uma reforma no estatuto. Capital Subscrito É o montánte de recursos "prometido" pelos sócios a ser entregue, com contribuições em dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, à empresa. Capital a Integralizar Corresponde a diferença entre o capital subscrito e o montante de recursos já entregues pelo subscritor. Capital Realizado É o capital subscrito menos a parcela a integralizar. Corresponde os valores entregues pelos subscritores do capital. � CONTAS Conceito de conta "Conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um título que qualifica um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial". "Conta é a representação gráfica da relação débito-crédito de um fato administrativo". "Conta é a representação gráfica das mutações patrimoniais de uma mesma espécie e agrupadas sob um título, referentes a uma pessoa". Teoria das Contas Muitos foram os estudiosos que se dedicaram ao estudo das contas. Dezenas de teorias, durante anos apresentadas, algumas perfeitamente fundamentadas e outras sem qualquer cunho lógico. Restam, ainda hoje, três teorias ainda usuais seja pela sua facilidade no entendimento da ciência contábil, seja pela estrutura de classificação das contas apresentadas. São: ( Teoria Personalística ou Personalista das contas, que teve como maiores divulgadores: Marchi, Cerboni, Rossi e outros. ( Teoria Materialística ou da Materialidade das contas, com Fábio Besta, Morrison e, com variações, Kester, Durmarchey e outros. ( Teoria Patrimonialista, partícipe da Teoria Moderna da Contabilidade. Teoria Personalística Classifica as contas em: ( Contas de agentes consignatários; ( Contas de correspondentes; e ( Contas do proprietário. Os agentes consignatários são "pessoas" nomeadas pelo proprietário da empresa para serem os responsáveis pela guarda dos bens. Cada agente consignatário é o responsável pelo conjunto de bens de mesma natureza. Teríamos, pois, a conta veículos como um responsável pelos veículos da empresa; a conta caixa como um responsável pela guarda do dinheiro, etc. Os correspondentes são "pessoas" que mantém relação de débito e crédito com o proprietário da empresa. São as contas de direitos e obrigacões. As contas do proprietário são as contas de controle direto do proprietário da empresa, dentre elas as contas Capital, Reservas, Receitas e Despesas que compõem a situação líquida. O princípio desta teoria, que as contas são pessoas, é importante para o entendimento do "débito" e "crédito". Tanto os agentes consignatários como os correspondentes são pessoas com ligação direta com o proprietário do patrimônio mantendo, com este, uma relação de natureza obrigacional. Tomemos como exemplo o agente consignatário responsável pelo dinheiro da empresa, o Senhor Caixa. Logo, o Senhor Caixa tendo dinheiro do proprietário é um devedor deste. Na medida em que mais dinheiro lhes é entregue, mais devedor ele se torna, sendo, pois, debitado. Se por outro lado o proprietário necessita de dinheiro para fazer um pagamento qualquer, menos devedor ele se torna, sendo esta uma operação de crédito do Senhor Caixa perante o proprietário do patrimônio. O crédito e o débito são definidos, em cada operação, pela situação do agente consignatário ou do correspondente perante o proprietário do patrimônio. Uma conta de obrigação, por exemplo, será creditada quando a "pessoa obrigação" tiver mais direitos (crédito) perante o proprietário, que é o caso de uma compra a prazo feita pelo proprietário do patrimônio. As contas do proprietário devem ser encaradas pela terminologia cotidiana. O crédito são ocorrências positivas e o débito, negativas. Quando é obtida uma receita, a conta utilizada é creditada e, quando ocorre uma despesa, esta conta será debitada. Teoria Materialística A teoria materialística classifica as contas em: ( Contas integrais ou elementares; ( Contas diferenciais ou derivadas. As contas integrais é o conjunto de contas que compõe o patrimônio da entidade sejam positivas (bens e direitos) sejam negativas (obrigações). A forma variante da teoria adotou dividir contas integrais em dois grupos: as contas de ativo (bens e direitos) e as contas de passivo (obrigações). As contas diferenciais são as contas que determinam as variações na situação patrimonial, ou seja, as contas de situação líquida (Capital, Reservas, Receitas e Despesas), correspondendo às contas do proprietário da teoria personalística. Na variante desta teoria chamam-se contas do líquido ou da situação líquida. Teoria Patrimonial É a teoria mais em uso atualmente. Classifica as contas em: ( Contas patrimoniais ( Contas de resultado As contas patrimoniais são as que demonstram a estrutura patrimonial com seus elementos positivos e negativos havendo, entretanto, o destaque do Patrimônio Líquido. As contas patrimoniais evidenciam a posição estática do patrimônio em determinado momento. São contas patrimoniais as representativas dos bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido (Capital Social, Reservas e Prejuízos Acumulados). As contas de resultado são as contas que provocam as alterações do patrimônio. Evidenciam a dinâmica patrimonial, ou seja, os motivos pelos quais o patrimônio cresceu ou decresceu. São contas de resultado as representativas das receitas, custos e despesas. Observamos que as contas de resultado têm um período certo de duração sendo transferidas para a nova posição patrimonial e posteriormente reiniciadas, enquanto as patrimoniais não sofrem esta descontinuidade. Débito, Crédito e Saldo Simplificadamente as contas podem ser representadas em forma de "T", mais fácil de trabalhar e contemplando apenas alguns dos elementos acima. Seria: TÍTULO DA CONTA D C Onde o lado esquerdo recebe os valores lançados a débito, o lado direito os valores lançados a crédito e o saldo apurado ao final pela diferença entre débitos e créditos. A representação acima é comumente denominada razonete ou representacáo em T da conta. A sistemática de débito e crédito é constrangedora para o iniciante no estudo da contabilidade, normalmente correspondente ao inverso do que se pensa. Temos que ultrapassar esta barreira, não é? Já apresentamos, para facilitar a compreensão do débito e crédito, como ocorre a movimentação dos elementos patrimoniais, quem aumenta de valor e quem diminui; fluxo de recursos-origens e aplicações; apresentamos a teoria personalística das contas que dá uma excelente ideia de como se comportar para identificar o débito e créditos nas contas de agentes consignatários e de correspondentes. Agora vamos concluir a teoria devedor x credor. Débito Temos, até agora, três grupos de contas: as ativas (bens e direitos), as passivas (obrigações com terceiros) e a situação líquida (obrigações da empresa com os seus proprietários, como por exemplo o capital, as reservas, os lucros e os prejuízos). As contas do ativo são debitadas quando aumentam o seu valor em virtude do fato contábil. Equivale a dizer que a "pessoa" ficou devendo mais ao proprietário do patrimônio ou que foram aplicados recursos na aquisição de bens ou direitos. As contas do passivo são debitadas quando diminuem de valor em virtude da ocorrência. Equivale a dizer que o correspondente ficou com um crédito menor junto ao proprietário do patrimônio ou que foram aplicados recursos no pagamento das obrigações. As contas de situação líquida tem o mesmo comportamento que as contas do passivo. Devemos ressaltar que as contas de despesas e receitas têm o comportamento "normal", ou seja, as despesas, quando aumentam de valor são debitadas, pois foi uma aplicação de recursos naquele elemento além de ter havido uma diminuição da situação líquida. Não falaremos por ora em débito nas contas de receitas. Temos: � Créditos Os créditos são, em cada fato específico, o originador dos recursos que são aplicados na conta que é debitada. Tem, pois funcionamento inverso do débito. As contas do ativo são creditadas quando tem o seu valor diminuído. Equivale a dizer que a "pessoa" ficou devendo menos ao proprietário do patrimônio. Dessa "pessoa" originam-se os recursos para a aquisição de outros bens/direitos ou para pagamento de obrigações. As contas do passivo quando tem o seu valor aumentado são creditadas. O correspondente forneceu o recurso e ficou com um crédito maior com o proprietário do patrimônio. As contas de situacão líquida também têm o mesmo comportamento das contas do passivo. Desta feita destacamos as contas de receitas que, quando tem o seu valor aumentado são creditadas, são origens de recursos e, além disso, fazem crescer a situação líquida. � Saldo O saldo de uma conta é determinado pela diferença entre débitos e créditos sendo devedor, se os débitos forem maiores que os créditos, ou credor, se os créditos forem maiores que os débitos. Como consequência temos que contas do ativo têm natureza devedora; as contas do passivo e do patrimônio líquido (Capital e Reservas) tem natureza credora; as contas de despesa (menos situação líquida) devedora e as contas de receitas (mais situação líquida) credoras. A conta caixa, por exemplo, sempre terá saldo devedor ou, no máximo, zero. A conta duplicatas a pagar sempre será credora ou zero, pois, ou existem duplicatas a pagar (saldo credor) ou não (saldo zero). Deve ser observado, também, para a determinação do saldo da conta, se existia algum saldo anterior a ser transferido de um período para outro, pois deve ser levado em consideração. Para exemplificar, consideremos os seguintes fatos envolvendo a conta Bancos c/ movimento: 1) Saldo anterior .................................................R$ 200.000,00; 2) Pagamento de uma duplicata com cheque......R$ 50.000,00; 3) Depósito bancário............................................R$ 30.000,00; 4) Desconto de um cheque para suprir o caixa... R$ 100.000,00. O razonete seria: BANCOS C/MOVIMENTO (1) 200.000,00 50.000,00 (2) (3) 30.000,00 100.000,00 (4) 230.000,00 150.000,00 80.000,00 (1), (2), (3) e (4) ( saldo anterior e fatos contábeis. Observe os fatos e justifique os registros a débito e a crédito. Estamos estudando, no caso, só a conta Bancos c/ movimento. Em resumo, podemos a apresentar o quadro abaixo: GRUPOS DÉBITOS CRÉDITOS NATUREZA DO SALDO Ativo Aumenta Diminui Devedor Passivo Diminui Aumenta Credor Situação Líquida Diminui Aumenta Patr. Líquido ( credor Receitas ( credor Despesas ( devedor Plano de Contas As contas utilizadas pelas empresas devem ser ordenadas de forma a permitir a uniformidade na escrituração de fatos semelhantes, facilitar o conhecimento da riqueza patrimonial e atender às normas legais e princípios contábeis. A relação ordenada das contas utilizadas pela empresa com as suas funções e funcionamento é o Plano de Contas, assim definido: "Conjunto harmonioso de contas a ser utilizado pela empresa, baseado nos seus objetivos atuais, nas informações necessárias à administração e nas exigências legais em vigor". Na elaboração do plano de contas deve ser levado em conta a complexidade das operações desenvolvidas pela empresa de forma a torná-la não excessivo e de difícil consulta. Deve ser flexível, ou seja, adaptar-se com facilidade às alterações internas e externas devido a novos tipos de fatos provocados pela administração ou pela própria estrutura do País, suprimindo ou adicionando novas contas. O plano de contas, para satisfazer seus objetivos, deve ser simples tanto no que se refere à consulta, como na interpretação da função e funcionamento das contas, visto ser, no processo de escrituração, muito consultado pelos responsáveis. Entende-se por funcão da conta aquilo a que ela deve representar. Se tivermos exemplo a conta duplicatas a pagar, a sua função é: registrar as obrigações da empresa em virtude de compras efetuadas a prazo e representadas por duplicatas. O funcionamento da conta diz respeito a quando ela deve ser debitada e quando creditada, ficando bem clara a sua interveniência a débito e a crédito. Na conta acima teríamos, simplificadamente, que seria debitada pelo pagamento da duplicata e creditada pelas compras à prazo, representada por duplicatas. Alguns planos de contas destacam, ainda o relacionamento da conta em estudo com as demais contas utilizadas pela empresa. O elenco de contas difere do plano de contas por ser, apenas, uma relação das contas utilizadas pela empresa não contendo as suas respectivas funções e funcionamento. É uma parte do plano de contas. Apresentamos abaixo um elenco de contas para uma maior visualização da estrutura normalmente adotada pelas empresas comerciais. Recomendamos uma leitura minuciosa. ELENCO DE CONTAS 1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONIBILIDADES Caixa Bancos conta movimento Aplicações de liquidez imediata 1.1.2 REALIZÁVEL A CURTO PRAZO Duplicatas a receber (-) Duplicatas descontadas (-) Provisão para devedores duvidosos Empréstimos a receber Adiantamentos a empregados Impostos a recuperar Estoques: Produtos acabados Mercadorias para revenda Materiais de consumo Matérias primas Adiantamento a fornecedores Prêmios de seguros a apropriar Assinaturas e anuidades a apropriar 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Clientes Títulos a receber Empréstimos a sócios Empréstimos a coligadas Empréstimos compulsórios 1.2.2 INVESTIMENTOS Participações em outras empresas Obras de arte Imóveis não de uso (para renda) IMOBILIZADO Terrenos Imóveis Instalações Maquinas e equipamentos Moveis e utensílios Veículos (-) Depreciação acumulada 1.2.4 INTANGÍVEL Concessões Desenvolvimento de produtos Direitos autorais Franquias Fundo de comércio Marcas e patentes Software ou Programa de computador (-) Amortização acumulada 2. PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1 EXIGÍVEL A CURTO PRAZO Financiamentos bancários Títulos a pagar Fornecedores nacionais Fornecedores estrangeiros ICMS a recolher IPI a recolher FGTS a recolher INSS a recolher IRF a recolher Outros impostos e taxas Salários e ordenados a pagar Adiantamentos de clientes Encargos sociais a pagar Dividendos propostos Férias 13º salário PASSIVO NÃO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Empréstimos Financiamentos - outros 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1 CAPITAL SOCIAL Capital subscrito (-) Capital a integralizar 2.3.2 RESERVAS De capital De lucros Estatutária Para contingências 2.3.3 PREJUÍZOS ACUMULADOS Prejuízos acumulados 2.3.4 ( - ) LUCROS DISTRIBUÍDOS Lucros distribuídos 3. CONTAS DE RESULTADO 3.1 RECEITA BRUTA 3.1.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Venda de produtos Venda de mercadorias Prestação de serviços DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 3.2.1 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Vendas canceladas Abatimentos Impostos incidentes sobre vendas 3.3 CUSTOS 3.3.1 CUSTOS Custo das mercadorias vendidas Custo dos produtos vendidos Custo dos serviços prestados 3.4 DESPESAS OPERACIONAIS 3.4.1 DE VENDAS Despesas com pessoal Comissões sobre vendas Propaganda e publicidade 3.4.2 ADMINISTRATIVAS Despesas com pessoal Pró-labore Depreciação e amortização Energia elétrica Aluguel Água e luz Seguros Fretes Despesas gerais 3.4.3 RESULTADO FINANCEIRO Despesas financeiras Juros pagos Descontos concedidos Despesas bancárias Variações monetárias passivas Receitas financeiras Juros recebidos Descontos obtidos Variações monetárias ativas RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES � ESCRITURAÇÃO É uma das técnicas que a contabilidade utiliza para atingir os seus objetivos. Cuida do registro dos fatos contábeis mediante normas e princípios próprios da contabilidade possibilitando o entendimento e a extração das informações sobre a situação patrimonial. A contabilidade demonstra toda a história de uma empresa sendo implacável no registro das ocorrências. A escrituração fornece estes elementos, sendo um "idioma" conhecido dos estudiosos da ciência contábil. Métodos de escrituração A título meramente ilustrativo, podemos classificar os métodos de escrituração em: ( Método das partidas simples ( Método das partidas dobradas O método das partidas simples está totalmente em desuso para a aplicação na contabilidade por serem específicos para alguns elementos patrimoniais, enquanto, a contabilidade deve trabalhar como um todo interrelacionado. Pelo método das partidas simples são escrituradas apenas as contas de correspondentes para controle dos direitos e obrigações. Não considera em seus registros os bens e os elementos formadores da situação líquida que são apurados da seguinte forma: os bens, por inventário; a situacão líquida, por diferença entre ativo e passivo e, o resultado, pela evolução da situação líquida de um ano para outro. O método das partidas dobradas é o método universalmente adotado para a escrituração. Movimenta toda a estrutura patrimonial e de resultados preconizando a igualdade dos elementos positivos e negativos do patrimônio. O método, exposto pelo frade franciscano Lucca Paccioli, em 1494, revolucionou todo o estudo da contabilidade permitindo ser hoje uma ciência. O método das partidas dobradas tem um princípio fundamental: "Não há devedor sem credor e vice-versa" Equivale a dizer: para cada registro ou soma de registros a débito, haverá um registro ou soma de registros a crédito, de igual valor. Decorrentes do princípio fundamental temos alguns corolários: ( a soma dos débitos é sempre igual dos créditos; ( a soma de todos os saldos devedores é sempre igual a soma dos saldos credores; ( A soma do ativo, constituído de contas de natureza devedora e representativas das aplicações de recursos é sempre igual a soma do passivo, constituído de contas de natureza credora e representativas da origem de recursos, próprios e de terceiros. Processo de escrituração A escrituração, durante os anos e devido ao desenvolvimento tecnológico, tem passado por diversas formas de fazer, ainda hoje existentes: ( Escrituracão manual ( todo o processo de escriturar os fatos contábeis, nos diversos livros existentes, é feito a mão. ( Escrituração maquinizada ( utiliza máquinas de datilografar normais. Adota-se, às vezes, formulários próprios ( slips ou vouchers ( que, após datilografados com os lançamentos dos fatos contábeis são transferidos por meio de gelatina para os livros próprios. ( Escrituracão mecanizada ( utiliza máquinas desenvolvidas para a escrituração contábil. Permite a escrituração simultânea do Diário e Razão, em folhas ou fichas, podendo ser transferido por decalque ou colecionado em folhas soltas, sob determinadas condições legais. ( Escrituração informatizada ( é prática comum do sistema de informatização para a escrituração contábil. Apresenta diversas vantagens como: higiene, rapidez, capacidade de processar grandes volumes de informações, etc. Uma de suas desvantagens é a necessidade de utilização de códigos e padrões tendo o responsável um período para adaptação, hoje todas as empresas utilizam-se da contabilidade informatizada. Lançamento ou Partida Contábil O lancamento contábil é o registro de um fato contábil. Utiliza-se para os lançamentos o método das partidas dobradas, além de elementos essenciais e fórmulas, de modo a tornar possível a interpretação do fato ocorrido com influência no patrimônio. Funções do Lançamento Contábil Duas funções são destacadas: ( Função histórica ( relaciona-se com a ordem cronológica obrigatória a ser seguida nos assentamentos contábeis e, mais especificamente, nos registros contábeis. ( Função monetária ( por estarem os fatos contábeis envolvidos com valores que alteram elementos do patrimônio e/ou resultado, o lançamento tem como uma de suas funções, registrar esse valor e o seu agrupamento segundo a natureza. Elementos essenciais do lançamento Os elementos essenciais do lançamento são cinco: ( Local e data; ( Conta(s) debitada(s); (Conta(s) creditada(s); ( Histórico; ( Valor. O local e data e o histórico exercem a funcão histórica do lançamento e os demais elementos, conta debitada conta creditada e valor, a funcão monetária. O histórico nada mais é que uma descrição clara e simplificada do fato contábil. Fórmulas de lançamento Segundo a quantidade de contas debitadas e creditadas utilizadas para o registro do fato, existem quatro fórmulas de lançamento no Livro Diário: Lançamentos de 1a Fórmula: um débito x um crédito Os modelos do lançamento contábil de 1a fórmula: ou ou Os modelos apresentados são bastante usuais, todos, e objetivamos, com a sua apresentação, familiarizar as representações do lançamento. Devemos observar que a partícula "a" é um identificador da(s) conta(s) que é (são) creditada(s). No terceiro modelo as colunas representam os livros de escrituração que trazem à esquerda a coluna de débitos e à direita, a de créditos. O posicionamento das contas também é convencionado. Incontáveis são os fatos, tomemos como exemplo, um depósito bancário no Banco do Brasil: Belo Horizonte, 06 de janeiro de 20xxx BANCOS C/ MOVIMENTO Banco do Brasil S/A a CAIXA Valor n/depósito conf. recibo nº 123.456 ........................................................10.000,00 ou uma compra de mesas e cadeiras, para uso, a prazo, mediante aceite de duplicatas: Belo Horizonte - MG, 15 de fevereiro de 20xxx. D - MÓVEIS E UTENSÍLIOS C - DUPLICATAS A PAGAR Fornecedor "X" Valor s/ Nota Fiscal nº 1515 ref. aquisição de mesas e cadeiras marca "Jet Ski".....................................................200.000,00 � Lançamentos de 2a Fórmula: um débito x mais de um crédito Crédito Débito Débito Modelo do lançamento contábil de 2a fórmula: ou Existem, como visto acima, variantes no modelo de 2a fórmula. No primeiro caso, o valor à direita seria o totalizador da conta única (debitada); no segundo caso, obedece ao posicionamento das colunas do Diário. Temos a destacar a utilização da palavra "Diversos" quando, na ocorrência, mais de uma conta é creditada e/ou, veremos adiante, debitada. Para exemplificar consideremos o seguinte fato: Recebimento de uma duplicata com juros. Belo Horizonte - MG, 15 de janeiro de 20xxx CAIXA a DIVERSOS a DUPLICATAS A RECEBER Pedro Filó Recebido dupl. nº 415 vencida dia 10 p.passado............................................40.000,00 a JUROS DE MORA ATIVOS Recebido juros por mora dupl. nº 415 venc 10/01/99 .......................................................... 2.000,00 42.000,00 Modelo do lançamento contábil de 3a fórmula Crédito Débito Débito Modelo do lançamento contábil de 3a fórmula: � Exemplo: aquisição de um imóvel com pagamento à vista, em cheque: Belo Horizonte - MG, 31 de janeiro de 20xxx. DIVERSOS a BANCOS C/ MOVIMENTO Banco Real S/A TERRENOS Vr. Terreno à Rua Y com área de 200 m2 adquirido do Sr. Fulano conforme escritura no cartório tal....................... 15.000.000,00 EDIFICAÇÕES Vr. Edificação encravada no terreno acima, com área de 150 m2.............................20.000.000,00 35.000.000,00 Lançamento de 4a Fórmula: Mais de um devedor x Mais de um credor: Débito Crédito Débito Crédito Modelo do lançamento contábil de 4a Fórmula: Os lançamentos de 4a fórmula são muito pouco utilizados. Podemos apresentar o seguinte exemplo: Resgate de aplicação no Fundo de Aplicação Financeira, com crédito em conta corrente bancária e incidência de IOF. Belo Horizonte - MG, 31 de janeiro de 20xxx. DIVERSOS a DIVERSOS BANCOS C/ MOVIMENTOS Caixa Econômica Federal Vr. líquido do resgate de FAF..................... 109.000,00 DESPESAS TRIBUTÁRIAS Impostos s/Operações Financeiras Vr. IOF s/resgate FAF.................................. 1.000,00 110.000,00 a APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ IMEDIATA Fundos de Aplicação Financeira Vr. resgate FAF............................................ 100.000,00 a RECEITAS FINANCEIRAS Renda de Aplicações Financeiras Vr. rendimentos FAF no período 03/2/98 a 06/12/98....................................... 10.000,00 110.000,00 Os modelos apresentados, repetimos, têm simplesmente o objetivo de familiarização. Maior atenção deve ser dada à identificação do fato, contas alteradas e se estas alterações provocaram um crédito ou um débito. Doravante utilizaremos nos lançamentos contábeis formas simplificadas sem datas e históricos. Formalidades Intrínsecas: são fomalidades a serem observadas na escrituração dos livros. Os livros deverão: ( ser escriturados em rigorosa ordem cronológica; ( obedecer um método de escrituração uniforme, em língua e moeda nacionais, de forma mercantil, com individualização e clareza; ( não ter rasuras, emendas, entrelinhas, raspaduras ou borrões, espaços em branco, observações ou escritas à margem. � Livros Contábeis Como já vimos, a escrituração contábil é feita, basicamente, em dois livros: o diário e o razão. Existem ainda os livros de controle interno e os diários auxiliares, utilizados por muitas empresas como recursos que ajudam a Contabilidade no controle de seus trabalhos. Os livros de controle interno tanto podem estar conjugados com a Contabilidade, conforme o plano de contas, quanto mantidos nas respectivas seções, sem que estejam ligados aos lançamentos de diário. Quando extracontábeis servem para conferência diária ou mensal dos saldos das contas apresentadas no Balancete extraído do razão. Exemplos: livro caixa (ou, simplesmente, caixa) livro de contas a pagar, de contas a receber, de contas correntes, de controle de estoques etc. Cada página do livro utilizada para controle de um cliente ou fornecedor, de um Banco ou de um tipo de mercadoria ou material. O funcionamento se dá em três colunas: débitos, créditos e saldos, ou entradas, saídas e saldos. Os diários auxiliares diferenciam-se dos livros de controle por se revestirem das formalidades intrínsecas e extrínsecas exigidas por lei. Sua adoção fica a critério da entidade ( geralmente se dá em função do porte da empresa, pois acarreta uma racionalização de seus serviços. Vamos citar alguns: diário auxiliar de caixa, diário de recebimentos e pagamentos, diário de Bancos, de contas a receber, de contas a pagar, de compras, de vendas. Um livro contábil muito utilizado é o diário auxiliar de caixa. Sua função é controlar a entrada e a saída de dinheiro (em moeda ou cheque). Nele, todos os recebimentos são registrados como débito de caixa, e todos os pagamentos como crédito de caixa. Por esse motivo, a entidade que o utiliza dispensa o diário de recebimentos e pagamentos. Em substituição a esse livro, muitas empresas utilizam o boletim de caixa, o qual contém duas vias: a primeira, destacável, que acompanha os documentos enviados à seção de Contabilidade, e a outra, fixa, que forma o bloco, de arquivo sequencial e cronológico, e fica em poder do departamento que realiza o controle. Livros de Escrituração Do ponto de vista contábil, a escrituração é feita, basicamente em dois livros: (o Diário, e o Razão). Livro Obrigatório ( o Livro Diário Livros Facultativos ( Livros de controle internos utilizados para auxiliar na contabilidade. O mais importante desses livros é o Razão. O Livro Diário é um livro obrigatório, cronológico e principal que tem por função abrigar toda a movimentação da empresa, dia-a-dia, representada pelos lançamentos contábeis. É o livro que "conta a vida da empresa". O livro Diário, que deve ter numeração tipográfica seqüencial, pode ser substituído por fichas soltas ou avulsas, também numeradas. É admitida a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam o período de um mês das contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para o registro individualizado. O livro Razão é, com a nova determinação legal citada, obrigatório pela legislação fiscal, sistemático e principal. Registra todas as operações ocorridas na empresa e anteriormente registradas no Diário só que a sua forma de ordenação toma por preponderante a conta, daí ser sistemático. O livro Razão, por sua forma de escriturar, permite que a cada momento seja conhecido o saldo de todas as contas devendo, pelo método das partidas dobradas, a soma de todos os saldos devedores ser igual a soma de todos os saldos credores. É de enorme utilidade nas conciliações de contas, levantamento de balancetes de verificação e demais demonstrativos. Podemos até generalizar dizendo que o livro Diário guarda a importância histórica pelo registro cronológico dos fatos mas, operacionalmente, o livro Razão é o mais importante. Formalidades dos livros de escrituração Os livros de escrituração obrigatórios devem obedecer algumas formalidades exigidas pela legislação comercial. São elas: Formalidades extrínsecas: são as formalidades ligadas à apresentação dos livros obrigatórios. Estes deverão: ( ser encadernados; ( ter suas folhas numeradas tipograficamente; ( ter termo de abertura e de encerramento onde conste, resumidamente, os dados da empresa, do livro (número de folhas, qual o livro, número de ordem do livro) e a assinatura dos responsáveis. Alguns livros obrigatórios deverão também, ter autenticações (Junta Comercial, coletorias, etc) que consideramos uma outra formalidade a ser observada. Nem todas as informações contidas no diário auxiliar de caixa precisam ser remetidas ao diário geral. Basta apenas reproduzi-las resumidamente. Assim, o diário geral conterá registros "sintéticos" dos movimentos, e o diário auxiliar de caixa, registros "analíticos". Livros Fiscais Os livros fiscais registram documentos e eventos de natureza fiscal, com o fim especial de apurar e controlar os impostos devidos aos governos federal, estadual ou municipal. Para cada área governamental, a legislação exige livros próprios, além do livro diário geral da Contabilidade da empresa. Livros Trabalhistas Ainda na esfera federal, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) impõe às empresas a adoção de dois livros: ( registro de empregados; ( inspeção do trabalho. No primeiro, são feitos os registros referentes a cada funcionário, retratando as mesmas anotações constantes da Cateira de Trabalho e Previdência Social de cada um. Esse livro normalmente é substituído por fichas, o que facilita o manuseio e possibilita a classificação em ordem alfabética. O segundo livro destina-se a receber “termos” relativos às visitas fiscais dos agentes ou inspetores do Trabalho, da Previdência Social (IAPAS), do FGTS, PIS, sindicatos etc. Livros Societários As sociedades anônimas são obrigadas a manter livros para escriturar o movimento de suas ações, as deliberações em reuniões da Diretoria, da Assembléia Geral dos Acionistas ou do Conselho Fiscal. O artigo 100 da Lei nº 6404 estabelece que "a companhia deve ter, além dos livros obrigatórios para qualquer comerciante, os seguintes, revestidos das mesmas formalidades legais". ( registro de ações nominativas; ( registro de ações endossáveis; ( transferência de ações nominativas; ( registro de partes beneficiárias nominativas; ( transferência de partes beneficiárias nominativas; ( registro de partes beneficiárias endossáveis; ( registro de debêntures endossáveis; ( registro de bônus de subscrição endossâveis; ( atas das assembléias gerais; ( presença de acionistas; ( atas de reuniões do Conselho de Administração; ( atas de reuniões da Diretoria; ( atas e pareceres do Conselho Fiscal. Erros de escrituração e sua correção Decorrente de diversos fatores da própria condição humana, erros podem acontecer na escrituração dos livros. As formalidades intrínsecas são rígidas na manutenção da fidelidade dos livros não permitindo a utilização da famosa "borracha". Os principais erros notados na escrituração dos livros são: ( Erro na identificação da conta debitada ou creditada; ( Inversão das contas; ( Lançamento em duplicidade; ( Omissão de lançamento; ( Erro no valor (lançado a mais ou a menos); ( Erro na narração do fato contábil. Esses erros podem ser identificados imediatamente ou posteriormente, na conciliação das contas. Os erros de escrituração podem ser corrigidos pelos seguintes métodos: ( Estorno do lançamento; ( Lançamento retificativo; ( Lançamento complementar; ( Ressalva por profissional qualificado. O estorno do lancamento consiste, resumidamente, em anular o efeito do lançamento errado com um outro lançamento, debitando-se quem anteriormente tinha sido creditado e creditando-se quem tinha sido debitado, mantendo constante o valor. É aplicado em todas as circunstâncias sendo o método estabelecido na legislação comercial. EXEMPLO: Pagamento do INSS incidente sobre a folha de pagamento de novembro/20xxx, em 10/12/20xxx, no valor de R$ 53.000,00, mediante emissão de cheque sacado contra o Banco do Brasil S/A. Lançamento efetuado: Belo Horizonte – MG 10/12/xxx INSS A RECOLHER a CAIXA Pago INSS do mês de nov/20xx conforme guia..............53.000,00 Estorno do lançamento: Belo Horioznte – MG 10/12/xx CAIXA a INSS A RECOLHER Estorno do lançamento acima....................................... 53.000,00 Lançamento correto: Belo Horioznte – MG 10/12/xx INSS A RECOLHER a BANCOS C/MOVIMENTO Banco do Brasil S/A INSS s/folha de pagamento de nov/xx, che- que 015818.......................................................................53.000,00 Com o lançamento retificativo é possível corrigir erros na intitulação de contas e também erros no registro de valor, feitos a maior. EXEMPLO: Aquisição de veículo para o uso da empresa no valor de R$ 50.000,00 mediante emissão de Nota Promissória. � Lançamento efetuado: (1) D - MÓVEIS E UTENSÍLIOS C - TÍTULOS A PAGAR Baby Doll....................................................50.000,00 Lançamento retificativo: (2) D - VEÍCULOS C - MÓVEIS E UTENSÍLIOS.................................50.000,00 Vejamos nos razonetes abaixo o efeito provocado pelo lançamento retificativo: D MÓVEIS E UTENSÍLIOS C D TÍTULOS A PAGAR C SALDO ANTERIOR (1) 50.000,00 50.000,00 (2) SALDO ANTERIOR 50.000,00 (1) D VEÍCULOS C SALDO ANTERIOR (2) 50.000,00 A conta móveis e utensílios teria, ao final, o saldo que tinha anteriormente tendo sido anulado o efeito do lançamento errado. A conta veículos recebeu o valor a débito tendo ficado correto o seu saldo. O lançamento complementar tem como função, complementar valor registrado a menor. EXEMPLO: Pagamento, em dinheiro, de combustível para o veículo da empresa no valor de R$ 55,00. � Lançamento efetuado: D – DESPESAS C/ VEÍCULOS C – CAIXA................................................................ 5,00 Lançamento complementar: D – DESPESAS C/ VEÍCULOS C – CAIXA............................................................... 50,00 A ressalva por profissional habilitado é efetuada quando surgem borrões, rasuras, folhas ou linhas em branco, devendo citar o fato e assinar. Os erros na narração do fato, se possível, devem ser corrigidos na própria narração utilizando-se termos como "digo", "em tempo" e outros. Se o lançamento já tiver sido concluído deve ser estornado e refeito com o histórico correto. Os lançamentos omitidos quando detectados devem ser feitos com a indicação no histórico da data da ocorrência do fato contábil e a sua condição de regularizador. Quando feito lançamento em duplicidade um estorno de lançamento corrige o erro. A inversão de contas pode ser corrigida com lançamento retificativo com o valor em dobro. EXEMPLO: Pagamento de duplicata no valor de R$10.000,00 em dinheiro. Lançamento efetuado: (1) D – CAIXA C – DUPLICATAS A PAGAR........................................... 10.000,00 Lançamento retificativo: (2) D – DUPLICATAS A PAGAR C – CAIXA.........................................................................20.000,00 Em razonetes: D CAIXA C D DUPLICATAS A PAGAR C SALDO ANTERIOR (1) 10.000,00 20.000,00 (2) (2) 20.000,00 SALDO ANTERIOR 10.000,00 (1) Sendo, pois, similar ao lançamento correto: D – DUPLICATAS A PAGAR C – CAIXA................................................................ 10.000,00 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS Os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, PCGA como são tratados pelos profissionais, estão divididos em duas partes distintas. De um lado, os princípios, que são regras básicas, e, de outro, as convenções, que são complementos ou restriçóes aos princípios. Principios contábeis Entidade ( mantém-se a Contabilidade para a empresa, para controlar o seu patrimônio; isto é, não se deve confundir o patrimônio de cada sócio ou mesmo do titular da firma individual com o da entidade. Continuidade ( supõe-se que a empresa continuará a operar indefinidamente, ao se avaliar seus componentes patrimoniais. Se as atividades são paralisadas, ocorre a descontinuidade, fato que pode justificar a atribuição de valores de mercado para os elementos patrimoniais. Competência ( o espaço de tempo entre um Balanço e outro chama-se período contábil. As despesas e as receitas que provocam alterações no patrimônio devem ser consideradas dentro do período de sua ocorrência, ou seja, no período de competência. Realização da Receita ( Determina que a Receita seja reconhecida, ou seja, registrada / contabilizada, no momento de sua realização. A realização da Receita se dá com a transferência efetiva do bem. Para se considerar uma receita, não bastam a produção de um bem, à definição de seu valor ou uma proposta de compra ou de venda. É necessária a ocorrência de transmissão de sua propriedade em troca de outro bem (dinheiro) ou título representativo (venda a prazo). Confrontação das Despesas ( Define que toda Despesa seja confrontada com a Receita ou Período Contábil a que se refere. Isto quer dizer, se for possível a identificação da Despesa com a Receita a que se referir, como exemplo do custo, a apuração do resultado deve ser desta Despesa com esta Receita. Se não for possível a identificação, como o caso das Despesas Administrativas, esta despesa deve ser deduzida das Receitas relativas ao período em que a Despesa ocorreu. Denominado Comum Monetário ( a Contabilidade é um sistema de medição da situação patrimonial. Usa a unidade de medida moeda, como um denominador comum, que possibilita juntar todos os componentes do patrimônio num só corpo. Custo como base de valor ( o valor da compra de um bem, pago em sua aquisição, ou o custo de sua fabricação devem ser o valor preferido na avaliação dos elementos do Ativo, pela sua objetividade e definição. Prevalência da Essência Sobre a Forma: ( “Sempre que possível, a Contabilidade, ao contemplar o registro de uma transação, deverá observar sua forma legal e essência econômica. Entretanto, se a forma, de alguma maneira dissimular ou não representar claramente a essência econômica da transação, esta última deverá ser a base de registro para a Contabilidade”. (MARION, 2009.) Oportunidade ( O Princípio da Oportunidade consiste em não ignorar na Contabilidade o registro de atos e fatos administrativos incertos ou aleatórios, que normalmente não são considerados patrimoniais, mas que, no futuro, poderão afetar o patrimônio. Exemplo: Contratos antes dos pagamentos ou recebimentos; processos judiciais incertos de ganhos ou perdas, etc. (MARION, 2009.) Convenções Contábeis Objetividade ( diante de alternativas igualmente válidas para a avaliação de uma operação, deve-se escolher a mais objetiva, evitando-se valores subjetivos. Consistência ( aconselha-se a uniformidade na adoção de critérios de avaliação, para que a comparabilidade dos demonstrativos contábeis não seja prejudicada. Uma vez adotado um critério, deve-se usar o mesmo tratamento para os fatos contábeis posteriores. Materialidade ( os fatos de importância irrelevante podem ser desconsiderados, mesmo que prejudiquem a exatidão dos resultados. O consumo de materiais de pequena monta (materiais de limpeza, por exemplo) pode ser considerado no ato da compra, pois o controle de estoque seria um desperdício de tempo é dinheiro e não implicaria resultados muito diferentes. Conservadorismo ( aconselha-se adotar uma atitude de precaução na apuração de lucros, ou seja: não considerar receitas por antecipação; considerar despesas ou perdas mesmo que seu montante não possa ser determinado. Resume-se na adoçáo dos maiores valores possíveis para o Passivo e dos menores para o Ativo. CUSTOS / DESPESAS Antes de mais nada, retomaremos os conceitos custo e despesas, principalmente para esclarecer uma confusão bastante frequente que se faz entre eles. Embora na linguagem comum esses dois termos possam parecer até sinônimos, na Contabilidade têm conotações distintas. Custos refere-se ao valor pelo qual se obtém um serviço ou um bem. Numa empresa de serviços, aparece o custo dos serviços prestados; numa empresa comercial, o custo das mercadorias vendidas; numa industrial, o custo de produção e o custo dos produtos vendidos. Custo dos serviços prestados ( montante de insumos e mão-de-obra utilizados para a conclusão dos serviços prestados a clientes. Inclui materiais, mão-de-obra própria ou de terceiros, encargos ligados a essa mão-de-obra, fretes, depreciações dos equipamentos utilizados e sua manutenção etc. Custo das mercadorias vendidas (CMV) ( valor de aquisição dos bens comprados e já vendidos. Este montante corresponde ao valor das mercadorias existentes no início do período mais as compras feitas, e menos o valor das mercadorias existentes no último dia do período. Resumindo e usando termos técnicos, temos: CMV = Estoque inicial + compras ( estoque final Custo de produção ( é a soma dos três componentes do produto (matéria-prima, mão-de-obra e outros custos), necessários à transformação da matéria-prima ou à montagem de componentes para a fabricação de um novo produto. Custo dos produtos vendidos (CPV) ( tem semelhança com CMV, compondose do valor do estoque no início do exercício, mais o custo dos produtos acabados, menos o valor dos produtos existentes ao final do período. Na gestão dos negócios e na condução da política interna da empresa, ocorrem dispêndios com pessoal da administração e de vendas, com aluguéis, impostos, seguros, propaganda, correio, luz, telefone etc., que constituem o que se chama despesas. Despesa refere-se aos gastos não ligados diretamente à prestação dos serviços, à compra e venda de mercadorias ou à produção de bens, mas voltados para a administração. Embora custos e despesas sejam igualmente gastos que a empresa realiza para exercer as suas atividades, são diferenciados dentro da Contabilidade com o propósito de se obter um controle mais detalhado do
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