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Aula 08 - Alavancagem-Operacional, Financeira e Combinada

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Aula 8. Alavancagem: Operacional, Financeira e Combinada
Professora Waleska Monteiro
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Resolução dos Exercícios – Aula 07
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Resolução dos Exercícios – Aula 07
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Flutuações nas receitas de vendas, associadas à existência de custos fixos, provocam mudanças significativas nos resultados das empresas. Uma queda de 10% no faturamento poderá causar um decréscimo muito maior no lucro . Inversamente, a elevação das vendas em proporção superior ao crescimento dos custos fixos beneficiará significativamente os resultados.
Esses efeitos mais do que proporcionais assemelham-se àquilo que se obtém com o emprego de uma alavanca no deslocamento de um objeto: conforme a posição do ponto de apoio, consegue -se uma força de deslocamento muito superior àquela aplicada na outra extremidade da alavanca.
Alavancagem
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O retorno do capital próprio também está sujeito a efeitos de alavancagem em função da diferença entre a taxa de retorno sobre o ativo (antes de computar as despesas financeiras) e a taxa de custo global dos empréstimos e financiamentos.
Dessa forma, mostraremos como os resultados são afetados pelas alavancagens operacional e financeira e pelo efeito combinado de ambas.
Alavancagem
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Alavancagem sobre os Resultados
A análise dos efeitos de alavancagem sobre os resultados baseia-se nas mesmas relações entre os custos, o volume e o lucro vistas no capítulo anterior. Desse modo, as limitações da análise do ponto de equilíbrio afetam igualmente esses efeitos de alavancagem.
Sabe-se que os custos fixos permanecem constantes dentro de intervalos de variação do volume de operações. Mantidos os preços de venda dos produtos, constatamos que, para cada intervalo, a um acréscimo de volume corresponderão idênticas taxas de aumento nas receitas de vendas, nos custos variáveis totais e na margem de contribuição.
Entretanto, a maior absorção dos custos fixos fará com que o lucro cresça mais do que proporcionalmente. Por outro lado, uma queda nas vendas acarretaria decréscimos muito maiores nos lucros.
A ação de uma alavanca também provoca respostas mais do que proporcionais à força empregada. Assim , os efeitos de alavancagem sobre os resultados da empresa decorrem da existência de custos fixos que figurativamente corresponderiam ao fulcro ou ponto de apoio da alavanca . 
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Alavancagem sobre os Resultados
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Alavancagem sobre os Resultados
Teríamos então a:
Alavancagem operacional, em que a força empregada corresponderia ao acréscimo nas receitas totais de vendas (Δ RTV), a posição do fulcro seriam os custos operacionais fixos (Fo) e a resultante determinaria o acréscimo no lucro operacional (Δ LAJI);
Alavancagem financeira, com o (Δ LAJI) representando a força, as despesas financeiras (Ff) sendo a posição do fulcro, e o acréscimo no lucro líquido (Δ LL) correspondendo à resuItante;
Alavancagem total ou combinada, decorrente das duas alavancagens anteriores, onde teríamos: força = (Δ RTV), posição do fulcro = custos fixos totais (Ft = Fo + Ff) e resultante = (Δ LL) 
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Alavancagem sobre os Resultados
DRE – Demonstração de Resultados e Exercícios
A medida da alavancagem operacional revela como uma alteração no volume de atividade influi sobre o resultado operacional da empresa. Em outras palavras, se as vendas sofrerem uma variação, por exemplo, de 10% em certo período, qual impacto desse comportamento sobre o lucro operacional?
A quantificação desse impacto é feita pela medida do grau de alavancagem operacional (GAO) cuja expressão é dada a seguir:
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Alavancagem Operacional
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Alavancagem Operacional
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Exemplo
Considere ilustrativamente duas empresas A e B, iguais em todos os aspectos, exceto em sua estrutura de custos e despesas. A empresa A, por ser mais automatizada, tem uma relação custo e despesa fixo/custo e despesa total mais alta que a empresa B. A seguir, são fornecidos os seus resultados do último período.
Alavancagem Operacional
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Alavancagem Operacional
Suponha um aumento de 20% no volume de vendas, calcule o GAO para as duas empresas e interprete os resultados.
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Ocorrendo um aumento de 20% no volume de vendas, o lucro operacional da empresa A se eleva 7 vezes (140%), e o da empresa B somente 3 vezes (60%). 
Em outras palavras, para cada 1% de aumento nas vendas, a empresa A oferece uma elevação de 7% em seus resultados operacionais, e a empresa B somente 3%. 
Por não sofrerem variações em seus valores, os custos e despesas fixos são diluídos pela elevação do volume de atividade, alavancando maiores variações nos lucros operacionais
Alavancagem Operacional
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Agora considere o mesmo exemplo, porém agora assumindo uma redução de 20% no volume de vendas.
Alavancagem Operacional
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Note que, ao se admitir uma redução de 20% no volume de vendas, a empresa A revela-se incapaz de cobrir os seus custos e despesas fixos mais elevados, apurando um prejuízo operacional. 
A empresa B, por apresentar uma participação bem mais reduzida de custos e despesas fixos, ainda consegue manter-se em situação de lucro, conforme foi demonstrado no quadro de apuração dos resultados acima. 
Observe ainda que o GAO é o mesmo: GAO = 7 para a empresa A e GAO = 3 para a empresa B.
Alavancagem Operacional
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Os resultados indicam uma redução, em valores percentuais, 7 vezes maior no resultado operacional da empresa A para cada unidade de variação em seu volume de vendas e de somente 3 vezes para o caso da empresa B.
Os lucros começam a aparecer quando unidades adicionais são vendidas, aumentando proporcionalmente de forma mais rápida à medida que as vendas vão aumentando. Todavia, o efeito é o mesmo quando as vendas diminuem, o que acarreta para a empresa um nível de risco operacional maior.
Alavancagem Operacional
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A alavancagem operacional, por incorporar o resultado dos ativos da empresa, é um dos componentes relevantes de seu risco econômico. Diversas incertezas se verificam na análise do GAO, como variações nos custos e despesas operacionais, como será visto a seguir.
Considere o exemplo anterior, porem com os seguintes dados:
a) um acréscimo de 20% nos custos e despesas fixos.
b) um decréscimo de 20% nos custos e despesas fixos.
c) um acréscimo de 20% nos custos e despesas variáveis.
Riscos operacionais das variações nos custos e despesas
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Solução a)
Considerando um acréscimo de 20% nos custos e despesas fixos, ou seja, para a empresa A, os custos e despesas fixos, que eram originalmente de $ 60, passarão a $ 72 (20% de aumento), e para a empresa B, de $ 20 passarão a $ 24.
Riscos operacionais das variações nos custos e despesas
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Observe que se o aumento dos custos e despesas fixos for relativamente o mesmo para as duas empresas, a empresa A corre o risco de incorrer em prejuízo mais rapidamente do que a empresa B, em razão do seu maior nível de custos e despesas fixos.
Solução b)
O contrário ocorre quando custos e despesas fixos diminuem. Se esses custos recuarem os mesmos 20%, ou seja, para a empresa A, de $ 60 passarem para 48% (20% a menos), e para a empresa B, de $ 20 passarem para $ 16.
Riscos operacionais das variações nos custos e despesas
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O novo resultado será:
A redução nos custos e despesas fixos promove maiores lucros na empresa mais alavancada (empresa A). Tem-se então que, quanto maiores forem os custos e despesas fixos, maiores se apresentam as chances de grandes lucros e maiores os riscos de grandes prejuízos.
Riscos operacionais das variações nos custos e despesas
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Solução c)
Por outro lado, ocorrendo variações nos custos e despesa variáveis, e mantendo-se os demais valores constantes, as empresas com menor margem de contribuição unitária serão afetadas mais fortemente do que aquelas com maior margem, ou com menores custos e despesas variáveis.
Considere o aumento de 20% nos custos e despesas variáveis na empresa A, que passará de $ 30 para $ 36 e, para a empresa B, de $ 70 para $ 84
Riscos operacionais das variações
nos custos e despesas
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Os novos resultados serão:
Assim, quanto maiores forem os custos e despesas variáveis, maiores também os riscos em caso de elevação dos custos. A empresa B, com menor margem de contribuição, terá de arcar com prejuízo, apresentando maior dificuldade em retomar os lucros.
 
Riscos operacionais das variações nos custos e despesas
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A alavancagem financeira pode ser definida como a capacidade de a empresa usar encargos financeiros fixos para maximizar os efeitos dos acréscimos do LAJI (Lucro ou Resultado Operacional) sobre o lucro líquido. Se o LAJI aumentar, o lucro líquido apresentará expansão bastante significativa; um decréscimo no LAJI poderá converter o resultado final em prejuízo.
O grau de alavancagem financeira (GAF) mede os efeitos provocados sobre o lucro líquido pelas variações ocorridas no LAJI. 
Alavancagem Financeira
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Alavancagem Financeira
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Alavancagem Financeira
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Nesta situação, os acionistas decidem utilizar somente R$ 25,0 milhões (50% do total do investi mento) de recursos próprios, e financiar a outra metade dos ativos através de um financiamento tomado à taxa de 12% a.a. Com isso, o lucro R$ 8,0 milhões é reduzido pelo custo de tomar os R$ 25,0 milhões emprestados. A empresa fica com a seguinte estrutura patrimonial:
Alavancagem Financeira
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Alavancagem Financeira
Imagine ainda que os acionistas decidam promover algumas simulações de como financiar seu negócio. Considere a hipótese de financiar 70% do capital investido através de recursos de terceiros. A estrutura patrimonial fica:
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Alavancagem Financeira
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Alavancagem Financeira
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Alavancagem Financeira
Em outras palavras, conclui-se que o retorno dos acionistas foi alavancado (incrementado) em 58,3% pela participação de dívidas no financiamento dos ativos. 
Para cada $ 1,00 de recursos de terceiros, os acionistas ganharam $ 1,583 pela diferença de taxa (aplicação: 16% - captação: 12%).
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Alavancagem Combinada
Todas as empresas têm custos operacionais fixos e estão sujeitas aos efeitos da alavancagem operacional. 
Por outro lado, é difícil encontrar uma empresa que não apresente despesas financeiras e esteja imune à alavancagem financeira. Desse modo, praticamente todas as empresas apresentam efeitos conjuntos dessas alavancagens, conhecidos por alavancagem total ou combinada.
O grau de alavancagem combinada (GAC) mede os efeitos dos custos fixos totais sobre o lucro líquido, em face das variações ocorridas nas vendas.
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Alavancagem Combinada
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Alavancagem Combinada
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Alavancagem Combinada
Este resultado significa que qualquer variação positiva ou negativa no volume de vendas provocaria acréscimo ou decréscimo duas vezes maior no lucro líquido.
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Exercícios - 3
Cap. 11 do Livro Assaf Neto.
Fazer os exercícios propostos 2 e 5.
Cap. 12 do Livro Assaf Neto.
Fazer os Testes de Verificação 2, 3 e 6;
Fazer os exercícios propostos 3, 4 e 5 (a e b).
Entregar na Próxima Aula – 09/05
Formar 3 grupos de no máximo 6 pessoas.
Cada grupo deverá entrar no site: http://www.institutoassaf.com.br/2012/ e seguir a seguinte especificação: IND. COMÉRCIO E SERVIÇO => SETORES DA ECONOMIA => CONSTRUÇÃO CIVIL
Nesta página aparecerá uma série de empresas com as planilhas de resultados.
Os grupos deverão acessar os resultados do ano de 2012.
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Trabalho - 1,00 ponto
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Cada grupo deverá escolher uma das seguintes empresas: Brookfild, Gafisa ou MRV.
Com os resultados dos BP apresentados, devem calcular:
Análise Vertical (ano base 2012)
Análise Horizontal (ano base 2012)
Análise Horizontal com inflação (usar IPCA disponível no site)
Os indicadores de Liquidez (corrente, imediato e geral)
 Os indicadores de endividamento:
Relação de capital de Terceiros / cap. Próprio
Relação de Cap. Terceiros / Ativo total
Imobilização de Recursos Permanente.
Trabalho - 1,00 ponto
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Com os resultados dos BP apresentados, devem calcular:
Indicadores de rentabilidade (ROA, ROE e ROI)
Grau de Alavancagem (GAO, GAF, GAC)
Data da entrega: 16/05
Trabalho - 1,00 ponto

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