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BIOQUIMICA A QUIMICA DA VIDA

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Do que um ser vivo é feito? 
 
Vídeo: <http://www.youtube.com/watch?v=YvGof9HpqUQ>. Acesso em: 24 jul. de 
2015. 
 
Sabemos que as células possuem composição química característica. Na 
matéria que constitui os seres vivos, predominam certos elementos químicos: carbono 
(C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). Alguns 
professores utilizaram o acrônimo “CHONPS” para facilitar a memorização desses seis 
elementos predominantes na matéria viva e que constituem cerca de 98% da massa 
corporal da maioria das espécies biológicas. Diversos outros elementos químicos 
também são necessários ao funcionamento dos organismos vivos, mas em 
proporções bem menores. 
O carbono é o constituinte essencial de todas as moléculas orgânicas. É a 
versatilidade dos átomos de carbono, que podem ligar-se entre si e com átomos de 
diversos elementos químicos, que torna possível a grande variedade de moléculas 
orgânicas. 
Os seres vivos possuem ácidos nucleicos, proteínas, carboidratos e lipídios. 
Essas são as chamadas substâncias orgânicas, que se caracterizam basicamente 
pela associação de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. Além delas, os seres 
vivos apresentam também substâncias inorgânicas em suas células (e no espaço 
intercelular, no caso de organismos multicelulares), como água e sais minerais. 
Veja no gráfico abaixo as quantidades relativas aproximadas de substâncias 
encontradas em uma célula animal (é importante lembrar que os valores variam de 
acordo com o tipo de célula). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Gráfico mostrando as porcentagens (%) aproximadas dos constituintes 
químicos de uma célula animal 
 
Fonte: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/52603/>. Acesso em: 24 jul. 
2015. 
 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=oUgIjf8QQBY>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 
 A química das células 
 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=HdeOC_m1y2w>. Acesso em: 24 jul. 
2015. 
 
 Substâncias Inorgânicas 
Água 
 A água é sempre a substância mais abundante no corpo dos seres vivos. Uma 
pessoa adulta, por exemplo, apresenta cerca de 60% de sua massa total de água. O 
 
restante distribui-se entre proteínas, lipídios, glicídios e ácidos nucleicos, além de sais 
minerais e de outras substâncias. 
 A água atua como um “solvente universal”. Muitos compostos químicos que 
estão dentro da célula encontram-se dissolvidos em água, e todas as reações 
celulares ocorrem em meio aquoso. De acordo com a sua capacidade de dissolução na 
água, as substâncias são classificadas como: 
 Hidrofílicas: substâncias polares que se dissolvem na água. 
 Hidrofóbicas: substâncias apolares que não se dissolvem na água. 
 
Figura 2: Esquema da dissolução da água 
 
 
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 
2013. 
 
A molécula de água é constituída por dois átomos de hidrogênio e um de 
oxigênio, representada pela fórmula química H2O. Na figura abaixo está representado 
o arranjo espacial da molécula, que possui uma região eletricamente negativa (na 
extremidade onde está o oxigênio) e outra eletricamente positiva, onde estão os 
átomos de hidrogênio. 
 
Por essa característica, a água é classificada como uma molécula polar. 
Moléculas que não possuem polaridade são chamadas apolares e não se dissolvem 
em água. 
 
Figura 3: Molécula de água 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://sorasoraia.blogspot.com.br/2012/03/agua-no-
mundo_20.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 
Os átomos de hidrogênio de uma molécula de água são atraídos pelos átomos 
de oxigênio das moléculas vizinhas e vice-versa. Com isso, se estabelece entre 
moléculas de água vizinhas um tipo de ligação química denominado ponte de 
hidrogênio, ou ligação de hidrogênio. Na água em estado líquido, as pontes de 
hidrogênio estão continuamente se rompendo e se refazendo, o que explica a grande 
fluidez dessa substância. No gelo, devido à baixa temperatura, as moléculas de água 
movem-se menos e as pontes de hidrogênio são mais estáveis, formando uma 
estrutura cristalina. 
 
 
 
 
Figura 4: Ligações de hidrogênio 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/quimica/ligacoes-
hidrogenio.htm>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 
Importância da água para a vida 
Atividades essenciais à vida, como o transporte de substâncias e reações 
químicas enzimáticas, necessitam que as moléculas participantes estejam dissolvidas 
em um meio líquido. Nesse aspecto, a água desempenha papel fundamental, por ser 
um excelente solvente. Ela é capaz de dissolver grande variedade de substâncias 
químicas, como sais, gases, açúcares, aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos; por 
isso, costuma-se atribuir à água o título de “solvente universal”. 
A água ainda atua como moderador de temperatura. Sabemos que a maioria 
dos seres vivos só pode viver em uma estreita faixa de temperatura, fora da qual 
ocorre a morte ou o metabolismo cessa. Nesse aspecto, a água é importante para 
ajudar a evitar variações bruscas na temperatura dos organismos, pois pode absorver 
 
ou ceder grandes quantidades de calor com pequena alteração de temperatura, ou 
seja, possui calor específico. 
Outras duas propriedades da água – a coesão e adesão – são extremamente 
importantes para a vida. A coesão é o fenômeno de as moléculas de água manterem-
se unidas umas às outras por meio de pontes de hidrogênio. Adesão é o fenômeno de 
as moléculas de água, por serem polarizadas, aderirem a superfícies constituídas por 
substâncias polares. 
 
Sais minerais 
Os sais minerais geralmente encontram-se dissolvidos na água, formando 
íons. Os íons possuem carga elétrica negativa ou positiva. Diversos íons participam de 
funções da célula e, embora sejam necessários em pequenas quantidades, são 
essenciais para o metabolismo. A falta de certos minerais pode afetar seriamente o 
metabolismo e até causar a morte. 
Podemos citar alguns exemplos de sais minerais importantes para o organismo 
humano, como o cálcio, o fósforo, o potássio e o sódio, entre outros. O cálcio está 
envolvido na regulação de diversas funções celulares, além de fazer parte da 
constituição dos ossos e participar dos processos de coagulação sanguínea e 
contração muscular. O fósforo faz parte das moléculas de ácidos nucleicos, entre 
outros compostos importantes para a célula. O sódio e o potássio estão envolvidos na 
transmissão de impulsos nervosos pelos neurônios e em outros processos celulares. 
Os animais obtêm sais minerais pela alimentação e a deficiência ou excesso no 
seu consumo pode causar distúrbios no metabolismo. Frutas e verduras, leite e carnes 
são boas fontes de sais minerais para o ser humano. 
Os seres humanos e os outros animais não são os únicos organismos que 
necessitam de sais minerais. Todo o tipo de célula tem suas atividades reguladas pela 
concentração de íons. As plantas, por exemplo, obtêm os sais minerais de que 
necessitam retirando-os do substrato. A deficiência na obtenção de algum elemento 
pode provocar alterações características nas plantas. 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1: Sais minerais 
 
Fonte: Disponível em: <http://biologia-no-
vestibular.blogspot.com.br/2012/10/aula-bioquimica.html>. Acesso em: 24 jul. 
2015. 
 
 
Substâncias Orgânicas 
Carboidratos 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=LKvmsj5wp74>. Acesso em 24 jul. 2015. 
 
Também chamados de glicídios ou hidratos de carbono, os carboidratos são 
compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio. 
O nome hidratos de carbono se refere ao fato dessasmoléculas serem 
formadas a partir de carbono (C) e água (H2O), ou seja, CH2O. 
Os carboidratos constituem a principal fonte de energia para os seres vivos e 
estão presentes em diversos tipos de alimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Alimentos ricos em carboidratos 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://vidadetriatleta.com.br/carboidratos-voce-sabia/>. 
Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 
Além de constituir a mais importante fonte de energia para os seres vivos, os 
glicídios também desempenham papel relevante na estrutura corporal desses 
organismos. 
 
Classificação dos carboidratos 
Os carboidratos podem ser classificados em três grupos, de acordo com o 
tamanho e organização de sua molécula: monossacarídeos, dissacarídeos e 
polissacarídeos. 
Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos, cujas moléculas 
possuem 3 a 7 átomos de carbono. São exemplos os açúcares: 
 Glicose e frutose: chamados de hexoses por apresentarem 6 átomos de 
carbono em sua molécula; 
 Ribose e desoxirribose: presentes nos ácidos nucleicos e chamados de 
pentoses por apresentarem 5 átomos de carbono na molécula. 
 
 
 
Figura 6: Fórmula da glicose 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.cgomes.uac.pt/TE/Estagio/03-
04/WQs/WQS/wq/outros/Carboi>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
Os dissacarídeos são formados a partir da união de dois monossacarídeos. 
São exemplos de dissacarídeos: 
 Lactose: glicose + galactose 
 Maltose: glicose + glicose 
 Sacarose: glicose + frutose 
 
Os açúcares simples, como a glicose e a frutose, são solúveis em água, o que 
possibilita identificá-los pelo sabor doce que apresentam. Frutos doces possuem esse 
sabor doce devido à presença de monossacarídeos. 
O açúcar comum de cana, que é um dissacarídeo, também é solúvel em água 
e, assim, você pode sentir o seu sabor doce quando chupa um pedaço de cana, toma 
um caldo de cana ou usa a sacarose, já beneficiada, no seu café, chá ou suco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Formação de um dissacarídeo 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://www.netxplica.com/2015/disciplinas/biologiageologia1011/bio10_02b.htm
l>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
Os polissacarídeos são moléculas grandes (macromoléculas) formadas por 
vários monossacarídeos ligados entre si. Essas macromoléculas formadas por cadeias 
longas de unidades que se repetem são chamadas polímeros e as unidades 
formadoras são chamadas monômeros. 
 
Figura 8: Exemplo de um polissacarídeo 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://homepage.ufp.pt/pedros/bq/glicogenio.htm>. Acesso 
em: 24 jul. 2015. 
 
 
Alguns polissacarídeos participam da estrutura de sustentação da célula, 
como a celulose na parede celular das plantas, enquanto outros constituem reserva 
de energia da célula, caso do amido, presente nas plantas, e do glicogênio, presente 
 
nos animais e fungos. Os polissacarídeos não são solúveis em água e, assim, não 
podemos identificar nenhum deles pelo sabor. 
 
Figura 9: Três tipos de polissacarídeos: amido, glicogênio e celulose 
 
 
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 
2013. 
 
Lipídios 
O termo lipídio designa alguns tipos de substância orgânica cuja principal 
característica é a insolubilidade em água e a solubilidade em certos solventes 
orgânicos. 
São moléculas constituídas principalmente de carbono, oxigênio e hidrogênio, 
e sua natureza é hidrofóbica. Quando colocamos lipídios em água, forma-se uma 
mistura heterogênea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Alimentos ricos em lipídios 
 
Fonte: Disponível em: <http://biobio-
nutesportiva.blogspot.com.br/2013/02/lipidios.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
Existem vários tipos de lipídios: óleos e gorduras, fosfolipídios, ceras e 
esteroides. 
Óleos e gorduras são importantes substâncias de reserva de energia em 
diversos organismos. 
Os fosfolipídios são lipídios associados a um grupo fosfato, daí o nome desse 
grupo. Eles são os tipos de lipídios presentes na membrana plasmática de todas as 
células. 
As ceras são comuns, por exemplo, em certas plantas e ficam depositadas 
sobre a superfície de folhas atuando como um revestimento que impede a perda de 
água do corpo. 
O esteroide mais conhecido é o colesterol, presente na membrana plasmática 
de células animais, conferindo-lhe estabilidade, e é utilizado pelo organismo humano 
na produção dos hormônios estrógeno e testosterona. Também pode estar associado 
ao infarto do coração e a outras doenças do sistema cardiovascular. 
O colesterol é produzido em nosso próprio organismo, principalmente no 
fígado, ou obtido em alimentos de origem animal. Depois de absorvido no intestino, 
ele é transportado aos diversos tecidos por proteínas especiais presentes no sangue. 
 
 
 
 
Proteínas 
São polímeros constituídos de monômeros chamados aminoácidos. 
Os aminoácidos são substâncias orgânicas que contêm sempre um grupo amina e um 
radical ácido. Se compararmos as fórmulas dos 20 aminoácidos que entram na 
composição das proteínas, notaremos que todas elas apresentam um átomo de 
carbono denominado carbono-alfa, ao qual se ligam um grupo amina (-NH2), um 
grupo carboxila (-COOH), um átomo de hidrogênio (-H) e um quarto grupo 
genericamente denominado –R (de radical), que varia nos diferentes aminoácidos, 
caracterizando-os. 
 
Figura 11: Estrutura do aminoácido. 
 
Fonte: Disponível em: 
<https://biomedicinapadrao.wordpress.com/2011/07/09/aminoacidos-aa/>. 
Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
A união entre os aminoácidos – chamada ligação peptídica – é sempre feita 
entre a carboxila (COOH) de uma unidade e o grupo amina (NH2) da unidade vizinha. 
Moléculas resultantes da condensação de aminoácidos são genericamente chamadas 
peptídeos. Dois aminoácidos formam um dipeptídeo, três formam um tripeptídeo, 
quatro um tetrapeptídeo e assim por diante. Os termos oligopeptídeo e polipeptídeo 
 
são também usados para denominar as moléculas formadas, respectivamente, por 
poucos e por muitos aminoácidos. 
 
Figura 12: Ligação peptídica. 
 
 
Fonte: Disponível em: 
<https://biomedicinapadrao.wordpress.com/2011/07/09/aminoacidos-aa/> Acesso 
em: 24 jul. 2015. 
 
Figura 13: Ligações 
 
 
 
Fonte: Disponível em: 
<http://biologiaplicadaemsala.blogspot.com.br/2013/04/para-completar.html>. 
Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
As proteínas podem diferir umas das outras nos seguintes aspectos: a) pela 
quantidade de aminoácidos da cadeia polipeptídica; b) pelos tipos de aminoácidos 
presentes na cadeia; c) pela sequência em que os aminoácidos estão unidos na cadeia. 
As proteínas compõem-se basicamente de carbono, hidrogênio, oxigênio e 
nitrogênio. E além de fazerem parte da estrutura das células, também participam de 
praticamente todas as reações químicas que acontecem dentro delas. 
Existem 20 tipos diferentes de aminoácidos. No entanto, existem milhares de 
tipos de proteínas em cada organismo. Como isso é possível? 
Cada proteína possui um número e uma sequência específica de aminoácidos. 
Compare o número de aminoácidos com as letras do alfabeto – com apenas 20 letras, 
podemos formar milhares de palavras diferentes! A síntese de proteínas já foi 
estudada no capítulo anterior. 
As proteínas podem ter diferentes formas, que estão relacionadas a diferentes 
funções. 
Podemos agrupar as proteínas de acordo com sua função. Algumas dessas 
funções são apresentadas a seguir: 
 Proteínas estruturais: queratina (pelos e unhas), colágeno (tendões e 
ligamentos). 
 Proteínas de defesa: anticorpos. Proteínas transportadoras: hemoglobina do sangue (transporte de oxigênio e 
gás carbônico). 
 Hormônios: insulina e glucagon, hormônios relacionados com a manutenção 
de taxa adequada de glicose no sangue. 
 Enzimas: proteínas que aceleram reações químicas das células e do organismo. 
 
Arquitetura das proteínas 
 A sequência linear de aminoácidos de uma cadeia polipeptídica é denominada 
estrutura primária e tem fundamental importância para a função que a proteína irá 
desempenhar. 
 
 A estrutura primária de um polipeptídeo determina os tipos de enrolamentos e 
dobramentos que ocorrerão na cadeia. 
 A maioria dos polipeptídeos apresenta um primeiro nível de enrolamento 
helicoidal, comparável ao de um fio de telefone. Esse nível de enrolamento, chamado 
de estrutura secundária, é causado pela atração entre certos grupos de 
aminoácidos próximos. 
 A cadeia polipeptídica, já enrolada helicoidalmente em estrutura secundária, 
costuma dobrar-se sobre si mesma formando a estrutura terciária. O dobramento 
resulta da atração entre diferentes partes da molécula e também da atração e 
repulsão que os radicais dos aminoácidos exercem sobre as moléculas de água 
circundante. 
 Certas proteínas são constituídas por uma única cadeia polipeptídica, mas há 
outras compostas de duas ou mais cadeias polipeptídicas quimicamente unidas. 
Assim, além da estrutura terciária apresentada pelas cadeias polipeptídicas isoladas, 
surge mais um nível de organização espacial, denominado estrutura quaternária. 
 
Figura 14: Estrutura das proteínas 
 
Fonte: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/333573/>. Acesso em: 24 jul. 
2015. 
 
Desnaturação das proteínas 
 
 Temperatura, grau de acidez, concentração de sais e a polaridade do meio 
podem afetar a estrutura espacial das proteínas, fazendo com que suas moléculas se 
desenrolem e modificando sua conformação original. A alteração da estrutura 
espacial de uma proteína é chamada desnaturação. 
 
Figura 15: Proteínas 
 
Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 
2013. 
 
 O calor excessivo desnatura as proteínas porque o aumento da agitação 
molecular causada pela alta temperatura rompe ligações fracas, responsáveis pela 
manutenção da forma das moléculas. Por exemplo, em um ovo fresco cada molécula 
de albumina encontra-se na forma de um pequeno glóbulo em solução aquosa, o que 
determina a consistência semilíquida da clara. Com o calor do cozimento, as 
moléculas de albumina se desnaturam, desenrolando-se e emaranhando-se umas às 
outras; isso leva à formação da massa compacta e sólida da clara do ovo cozido ou 
frito. 
 
Enzimas 
 Enzimas, que também são chamadas de catalisadores biológicos, são 
proteínas que participam de processos biológicos, aumentando sua velocidade, 
porém sem se alterar durante o processo. 
 Uma enzima é uma molécula polipeptídica geralmente de grande tamanho, 
enrolada sobre si mesma formando um glóbulo. Na superfície da enzima há saliências 
e reentrâncias, que permitem o encaixe das moléculas sobre as quais a enzima atuará, 
 
genericamente chamados de substratos enzimáticos. Locais da enzima que propiciam 
o encaixe ao substrato são denominados centros ativos. 
 As enzimas têm atuações específicas, isto é, uma enzima atua somente em 
uma ou em poucas reações biológicas. A especificidade de uma enzima é explicada 
pelo fato de seus centros ativos se encaixarem corretamente apenas a seus substratos 
específicos, como uma chave se encaixa apenas à sua fechadura. Esse modelo de 
funcionamento enzimático é chamado de modelo chave-fechadura. 
 
Figura 16: Encaixe chave-fechadura de enzima e substrato 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.jornallivre.com.br/188210/bioquimica-
complexo-chave-e-fechadura.html> Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 O encaixe com a enzima facilita a modificação dos substratos, originando os 
produtos da reação. Estes se libertam da enzima, que pode atuar novamente. Assim, 
as enzimas participam das reações químicas sem ser consumidas e sem sofrer 
alterações moleculares, cumprindo seu papel de catalisadores biológicos. 
 Muitas enzimas são proteínas simples, isto é, constituídas apenas por 
cadeias polipeptídicas. Outras, entretanto, são proteínas conjugadas, constituídas 
por uma parte proteica (uma ou mais cadeias polipeptídicas), chamada de 
apoenzima, combinada a uma parte não proteica denominada cofator. Para 
algumas enzimas, os cofatores são íons metálicos, como cobre e zinco, por exemplo. 
O cofator pode ser uma substância orgânica, nesse caso denominada coenzima. 
 Como as enzimas são proteínas, devemos lembrar que fatores como 
temperatura e grau de acidez do meio, por exemplo, afetam a atividade enzimática. 
 
 
 
 
Figura 17: Exemplo de diferentes pH para atividade enzimática. 
 
Fonte: Disponível em: <http://taniaeducativa.blogspot.com.br/2014/12/exercicios-
sobre-substancias-organicas.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 
Ácidos nucleicos 
Os ácidos nucleicos já foram estudados no capítulo 2. Mas apenas para 
lembrar, essas macromoléculas estão relacionadas à transmissão de características 
hereditárias, além de comandar e controlar todas as atividades das células. Eles estão 
presentes em todos os seres vivos e são substâncias complexas, formadas pela 
repetição de um grupo de moléculas menores, os nucleotídeos. Cada nucleotídeo é 
constituído por um grupo fosfato (ácido fosfórico), uma molécula de açúcar e uma de 
base nitrogenada. 
O fosfato possui fósforo na sua composição, lembrando que o P é o símbolo 
desse composto. 
Os açúcares são pentoses, ou seja, são formados por cinco carbonos. 
As bases nitrogenadas são substâncias que, além de oxigênio e hidrogênio 
(característica geral das bases), possuem também o nitrogênio. Existem cinco tipos de 
bases nitrogenadas, classificadas como púricas ou pirimídicas, de acordo com sua 
estrutura. 
 Bases púricas: adenina (A) e guanina (G); 
 
 Bases pirimídicas: citosina (C), timina (T) e uracila (U). 
São dois os tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido 
ribonucleico (RNA). 
Como já vimos, DNA e RNA diferem em sua composição química, pelas bases 
nitrogenadas, na sua estrutura e na função. 
 
Figura 18: Diferenças básicas entre DNA e RNA. 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/biologia/acidos-
nucleicos.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
Vitaminas 
Vitamina não é uma classe particular de substâncias, e sim a designação de 
qualquer substância orgânica que o organismo não consegue produzir e é necessária 
em pequena quantidade para seu bom funcionamento. As fontes naturais 
de vitaminas são os alimentos, essenciais para o funcionamento normal do 
metabolismo celular. 
 Muitas vitaminas atuam como cofatores em reações enzimáticas. Nesse caso, 
a deficiência de uma dada vitamina diminui a quantidade de enzima ativa 
(holoenzima) formada, alterando negativamente o metabolismo celular. 
 
 Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 
13 vitaminas diferentes, sendo que o nosso corpo só consegue produzir vitamina D 
– metabolizada pelo organismo quando exposto ao Sol. Sua falta pode acarretar 
diversas doenças, como as apresentadas a seguir: 
 
Quadro 2: Algumas vitaminas importantes e as consequências de suas deficiências 
 
Fonte: Disponível em: <https://felipesenra.files.wordpress.com/2012/02/tabela-de-
vitaminas.jpg> Acesso em: 23 jul. 2015. 
 
 
 
As vitaminas costumam ser classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis. A 
importância dessa classificação está relacionada aomodo como as vitaminas devem 
ser ingeridas e a seu armazenamento no organismo. 
Vitaminas hidrossolúveis, assim chamadas por serem substâncias polares e 
dissolverem-se em água, são armazenadas em quantidades pequenas no corpo e 
devem ser ingeridas diariamente. Fazem parte desse grupo a vitamina C e as vitaminas 
do complexo B (vitaminas B1, B2, B6, B12, niacina, ácido fólico, biotina e ácido 
pantotênico). 
Vitaminas lipossolúveis, assim chamadas por serem substâncias apolares e 
dissolverem-se em lipídios e em outros solventes orgânicos, são representadas pelas 
vitaminas A, D, E e K, são encontradas em alimentos como carne e associadas a 
gorduras do leite, por exemplo, e são armazenadas no tecido adiposo e não precisam 
ser ingeridas diariamente. 
Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=c5eoBr-yed0>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
 
 
Saiba mais em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=oUCSYUwZ8j8>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
<https://www.youtube.com/watch?v=DGUXYgB67Fo>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
<https://www.youtube.com/watch?v=YvGof9HpqUQ>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
<https://www.youtube.com/watch?v=L3u93s9bMXM>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
<https://www.youtube.com/watch?v=NdxMBZHF5dM>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
<http://www.dailymotion.com/video/x10zok1_biologia-aula-1-substancia-
inorganica-glicidios-e-lipidios-parte-2-youtube_school>. Acesso em: 24 jul. 2015. 
<http://descomplica.com.br/biologia/bioquimica-lipidios/bioquimica-lipidios>. 
Acesso em: 24 jul. 2015. 
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Referências 
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2010. v. 1. 
 
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LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013. 
 
MENDONÇA. V. L. Biologia: Ecologia, Origem da Vida e Biologia Celular, e Embriologia 
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VITAMINAS. Disponível em: 
<https://felipesenra.files.wordpress.com/2012/02/tabela-de-vitaminas.jpg>. 
Acesso em: 15 jul. 2015.

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