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Do que um ser vivo é feito? Vídeo: <http://www.youtube.com/watch?v=YvGof9HpqUQ>. Acesso em: 24 jul. de 2015. Sabemos que as células possuem composição química característica. Na matéria que constitui os seres vivos, predominam certos elementos químicos: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). Alguns professores utilizaram o acrônimo “CHONPS” para facilitar a memorização desses seis elementos predominantes na matéria viva e que constituem cerca de 98% da massa corporal da maioria das espécies biológicas. Diversos outros elementos químicos também são necessários ao funcionamento dos organismos vivos, mas em proporções bem menores. O carbono é o constituinte essencial de todas as moléculas orgânicas. É a versatilidade dos átomos de carbono, que podem ligar-se entre si e com átomos de diversos elementos químicos, que torna possível a grande variedade de moléculas orgânicas. Os seres vivos possuem ácidos nucleicos, proteínas, carboidratos e lipídios. Essas são as chamadas substâncias orgânicas, que se caracterizam basicamente pela associação de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. Além delas, os seres vivos apresentam também substâncias inorgânicas em suas células (e no espaço intercelular, no caso de organismos multicelulares), como água e sais minerais. Veja no gráfico abaixo as quantidades relativas aproximadas de substâncias encontradas em uma célula animal (é importante lembrar que os valores variam de acordo com o tipo de célula). Figura 1: Gráfico mostrando as porcentagens (%) aproximadas dos constituintes químicos de uma célula animal Fonte: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/52603/>. Acesso em: 24 jul. 2015. Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=oUgIjf8QQBY>. Acesso em: 24 jul. 2015. A química das células Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=HdeOC_m1y2w>. Acesso em: 24 jul. 2015. Substâncias Inorgânicas Água A água é sempre a substância mais abundante no corpo dos seres vivos. Uma pessoa adulta, por exemplo, apresenta cerca de 60% de sua massa total de água. O restante distribui-se entre proteínas, lipídios, glicídios e ácidos nucleicos, além de sais minerais e de outras substâncias. A água atua como um “solvente universal”. Muitos compostos químicos que estão dentro da célula encontram-se dissolvidos em água, e todas as reações celulares ocorrem em meio aquoso. De acordo com a sua capacidade de dissolução na água, as substâncias são classificadas como: Hidrofílicas: substâncias polares que se dissolvem na água. Hidrofóbicas: substâncias apolares que não se dissolvem na água. Figura 2: Esquema da dissolução da água Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013. A molécula de água é constituída por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, representada pela fórmula química H2O. Na figura abaixo está representado o arranjo espacial da molécula, que possui uma região eletricamente negativa (na extremidade onde está o oxigênio) e outra eletricamente positiva, onde estão os átomos de hidrogênio. Por essa característica, a água é classificada como uma molécula polar. Moléculas que não possuem polaridade são chamadas apolares e não se dissolvem em água. Figura 3: Molécula de água Fonte: Disponível em: <http://sorasoraia.blogspot.com.br/2012/03/agua-no- mundo_20.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. Os átomos de hidrogênio de uma molécula de água são atraídos pelos átomos de oxigênio das moléculas vizinhas e vice-versa. Com isso, se estabelece entre moléculas de água vizinhas um tipo de ligação química denominado ponte de hidrogênio, ou ligação de hidrogênio. Na água em estado líquido, as pontes de hidrogênio estão continuamente se rompendo e se refazendo, o que explica a grande fluidez dessa substância. No gelo, devido à baixa temperatura, as moléculas de água movem-se menos e as pontes de hidrogênio são mais estáveis, formando uma estrutura cristalina. Figura 4: Ligações de hidrogênio Fonte: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/quimica/ligacoes- hidrogenio.htm>. Acesso em: 24 jul. 2015. Importância da água para a vida Atividades essenciais à vida, como o transporte de substâncias e reações químicas enzimáticas, necessitam que as moléculas participantes estejam dissolvidas em um meio líquido. Nesse aspecto, a água desempenha papel fundamental, por ser um excelente solvente. Ela é capaz de dissolver grande variedade de substâncias químicas, como sais, gases, açúcares, aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos; por isso, costuma-se atribuir à água o título de “solvente universal”. A água ainda atua como moderador de temperatura. Sabemos que a maioria dos seres vivos só pode viver em uma estreita faixa de temperatura, fora da qual ocorre a morte ou o metabolismo cessa. Nesse aspecto, a água é importante para ajudar a evitar variações bruscas na temperatura dos organismos, pois pode absorver ou ceder grandes quantidades de calor com pequena alteração de temperatura, ou seja, possui calor específico. Outras duas propriedades da água – a coesão e adesão – são extremamente importantes para a vida. A coesão é o fenômeno de as moléculas de água manterem- se unidas umas às outras por meio de pontes de hidrogênio. Adesão é o fenômeno de as moléculas de água, por serem polarizadas, aderirem a superfícies constituídas por substâncias polares. Sais minerais Os sais minerais geralmente encontram-se dissolvidos na água, formando íons. Os íons possuem carga elétrica negativa ou positiva. Diversos íons participam de funções da célula e, embora sejam necessários em pequenas quantidades, são essenciais para o metabolismo. A falta de certos minerais pode afetar seriamente o metabolismo e até causar a morte. Podemos citar alguns exemplos de sais minerais importantes para o organismo humano, como o cálcio, o fósforo, o potássio e o sódio, entre outros. O cálcio está envolvido na regulação de diversas funções celulares, além de fazer parte da constituição dos ossos e participar dos processos de coagulação sanguínea e contração muscular. O fósforo faz parte das moléculas de ácidos nucleicos, entre outros compostos importantes para a célula. O sódio e o potássio estão envolvidos na transmissão de impulsos nervosos pelos neurônios e em outros processos celulares. Os animais obtêm sais minerais pela alimentação e a deficiência ou excesso no seu consumo pode causar distúrbios no metabolismo. Frutas e verduras, leite e carnes são boas fontes de sais minerais para o ser humano. Os seres humanos e os outros animais não são os únicos organismos que necessitam de sais minerais. Todo o tipo de célula tem suas atividades reguladas pela concentração de íons. As plantas, por exemplo, obtêm os sais minerais de que necessitam retirando-os do substrato. A deficiência na obtenção de algum elemento pode provocar alterações características nas plantas. Quadro 1: Sais minerais Fonte: Disponível em: <http://biologia-no- vestibular.blogspot.com.br/2012/10/aula-bioquimica.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. Substâncias Orgânicas Carboidratos Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=LKvmsj5wp74>. Acesso em 24 jul. 2015. Também chamados de glicídios ou hidratos de carbono, os carboidratos são compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio. O nome hidratos de carbono se refere ao fato dessasmoléculas serem formadas a partir de carbono (C) e água (H2O), ou seja, CH2O. Os carboidratos constituem a principal fonte de energia para os seres vivos e estão presentes em diversos tipos de alimentos. Figura 5: Alimentos ricos em carboidratos Fonte: Disponível em: <http://vidadetriatleta.com.br/carboidratos-voce-sabia/>. Acesso em: 24 jul. 2015. Além de constituir a mais importante fonte de energia para os seres vivos, os glicídios também desempenham papel relevante na estrutura corporal desses organismos. Classificação dos carboidratos Os carboidratos podem ser classificados em três grupos, de acordo com o tamanho e organização de sua molécula: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos, cujas moléculas possuem 3 a 7 átomos de carbono. São exemplos os açúcares: Glicose e frutose: chamados de hexoses por apresentarem 6 átomos de carbono em sua molécula; Ribose e desoxirribose: presentes nos ácidos nucleicos e chamados de pentoses por apresentarem 5 átomos de carbono na molécula. Figura 6: Fórmula da glicose Fonte: Disponível em: <http://www.cgomes.uac.pt/TE/Estagio/03- 04/WQs/WQS/wq/outros/Carboi>. Acesso em: 24 jul. 2015. Os dissacarídeos são formados a partir da união de dois monossacarídeos. São exemplos de dissacarídeos: Lactose: glicose + galactose Maltose: glicose + glicose Sacarose: glicose + frutose Os açúcares simples, como a glicose e a frutose, são solúveis em água, o que possibilita identificá-los pelo sabor doce que apresentam. Frutos doces possuem esse sabor doce devido à presença de monossacarídeos. O açúcar comum de cana, que é um dissacarídeo, também é solúvel em água e, assim, você pode sentir o seu sabor doce quando chupa um pedaço de cana, toma um caldo de cana ou usa a sacarose, já beneficiada, no seu café, chá ou suco. Figura 7: Formação de um dissacarídeo Fonte: Disponível em: <http://www.netxplica.com/2015/disciplinas/biologiageologia1011/bio10_02b.htm l>. Acesso em: 24 jul. 2015. Os polissacarídeos são moléculas grandes (macromoléculas) formadas por vários monossacarídeos ligados entre si. Essas macromoléculas formadas por cadeias longas de unidades que se repetem são chamadas polímeros e as unidades formadoras são chamadas monômeros. Figura 8: Exemplo de um polissacarídeo Fonte: Disponível em: <http://homepage.ufp.pt/pedros/bq/glicogenio.htm>. Acesso em: 24 jul. 2015. Alguns polissacarídeos participam da estrutura de sustentação da célula, como a celulose na parede celular das plantas, enquanto outros constituem reserva de energia da célula, caso do amido, presente nas plantas, e do glicogênio, presente nos animais e fungos. Os polissacarídeos não são solúveis em água e, assim, não podemos identificar nenhum deles pelo sabor. Figura 9: Três tipos de polissacarídeos: amido, glicogênio e celulose Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013. Lipídios O termo lipídio designa alguns tipos de substância orgânica cuja principal característica é a insolubilidade em água e a solubilidade em certos solventes orgânicos. São moléculas constituídas principalmente de carbono, oxigênio e hidrogênio, e sua natureza é hidrofóbica. Quando colocamos lipídios em água, forma-se uma mistura heterogênea. Figura 10: Alimentos ricos em lipídios Fonte: Disponível em: <http://biobio- nutesportiva.blogspot.com.br/2013/02/lipidios.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. Existem vários tipos de lipídios: óleos e gorduras, fosfolipídios, ceras e esteroides. Óleos e gorduras são importantes substâncias de reserva de energia em diversos organismos. Os fosfolipídios são lipídios associados a um grupo fosfato, daí o nome desse grupo. Eles são os tipos de lipídios presentes na membrana plasmática de todas as células. As ceras são comuns, por exemplo, em certas plantas e ficam depositadas sobre a superfície de folhas atuando como um revestimento que impede a perda de água do corpo. O esteroide mais conhecido é o colesterol, presente na membrana plasmática de células animais, conferindo-lhe estabilidade, e é utilizado pelo organismo humano na produção dos hormônios estrógeno e testosterona. Também pode estar associado ao infarto do coração e a outras doenças do sistema cardiovascular. O colesterol é produzido em nosso próprio organismo, principalmente no fígado, ou obtido em alimentos de origem animal. Depois de absorvido no intestino, ele é transportado aos diversos tecidos por proteínas especiais presentes no sangue. Proteínas São polímeros constituídos de monômeros chamados aminoácidos. Os aminoácidos são substâncias orgânicas que contêm sempre um grupo amina e um radical ácido. Se compararmos as fórmulas dos 20 aminoácidos que entram na composição das proteínas, notaremos que todas elas apresentam um átomo de carbono denominado carbono-alfa, ao qual se ligam um grupo amina (-NH2), um grupo carboxila (-COOH), um átomo de hidrogênio (-H) e um quarto grupo genericamente denominado –R (de radical), que varia nos diferentes aminoácidos, caracterizando-os. Figura 11: Estrutura do aminoácido. Fonte: Disponível em: <https://biomedicinapadrao.wordpress.com/2011/07/09/aminoacidos-aa/>. Acesso em: 24 jul. 2015. A união entre os aminoácidos – chamada ligação peptídica – é sempre feita entre a carboxila (COOH) de uma unidade e o grupo amina (NH2) da unidade vizinha. Moléculas resultantes da condensação de aminoácidos são genericamente chamadas peptídeos. Dois aminoácidos formam um dipeptídeo, três formam um tripeptídeo, quatro um tetrapeptídeo e assim por diante. Os termos oligopeptídeo e polipeptídeo são também usados para denominar as moléculas formadas, respectivamente, por poucos e por muitos aminoácidos. Figura 12: Ligação peptídica. Fonte: Disponível em: <https://biomedicinapadrao.wordpress.com/2011/07/09/aminoacidos-aa/> Acesso em: 24 jul. 2015. Figura 13: Ligações Fonte: Disponível em: <http://biologiaplicadaemsala.blogspot.com.br/2013/04/para-completar.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. As proteínas podem diferir umas das outras nos seguintes aspectos: a) pela quantidade de aminoácidos da cadeia polipeptídica; b) pelos tipos de aminoácidos presentes na cadeia; c) pela sequência em que os aminoácidos estão unidos na cadeia. As proteínas compõem-se basicamente de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. E além de fazerem parte da estrutura das células, também participam de praticamente todas as reações químicas que acontecem dentro delas. Existem 20 tipos diferentes de aminoácidos. No entanto, existem milhares de tipos de proteínas em cada organismo. Como isso é possível? Cada proteína possui um número e uma sequência específica de aminoácidos. Compare o número de aminoácidos com as letras do alfabeto – com apenas 20 letras, podemos formar milhares de palavras diferentes! A síntese de proteínas já foi estudada no capítulo anterior. As proteínas podem ter diferentes formas, que estão relacionadas a diferentes funções. Podemos agrupar as proteínas de acordo com sua função. Algumas dessas funções são apresentadas a seguir: Proteínas estruturais: queratina (pelos e unhas), colágeno (tendões e ligamentos). Proteínas de defesa: anticorpos. Proteínas transportadoras: hemoglobina do sangue (transporte de oxigênio e gás carbônico). Hormônios: insulina e glucagon, hormônios relacionados com a manutenção de taxa adequada de glicose no sangue. Enzimas: proteínas que aceleram reações químicas das células e do organismo. Arquitetura das proteínas A sequência linear de aminoácidos de uma cadeia polipeptídica é denominada estrutura primária e tem fundamental importância para a função que a proteína irá desempenhar. A estrutura primária de um polipeptídeo determina os tipos de enrolamentos e dobramentos que ocorrerão na cadeia. A maioria dos polipeptídeos apresenta um primeiro nível de enrolamento helicoidal, comparável ao de um fio de telefone. Esse nível de enrolamento, chamado de estrutura secundária, é causado pela atração entre certos grupos de aminoácidos próximos. A cadeia polipeptídica, já enrolada helicoidalmente em estrutura secundária, costuma dobrar-se sobre si mesma formando a estrutura terciária. O dobramento resulta da atração entre diferentes partes da molécula e também da atração e repulsão que os radicais dos aminoácidos exercem sobre as moléculas de água circundante. Certas proteínas são constituídas por uma única cadeia polipeptídica, mas há outras compostas de duas ou mais cadeias polipeptídicas quimicamente unidas. Assim, além da estrutura terciária apresentada pelas cadeias polipeptídicas isoladas, surge mais um nível de organização espacial, denominado estrutura quaternária. Figura 14: Estrutura das proteínas Fonte: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/333573/>. Acesso em: 24 jul. 2015. Desnaturação das proteínas Temperatura, grau de acidez, concentração de sais e a polaridade do meio podem afetar a estrutura espacial das proteínas, fazendo com que suas moléculas se desenrolem e modificando sua conformação original. A alteração da estrutura espacial de uma proteína é chamada desnaturação. Figura 15: Proteínas Fonte: LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013. O calor excessivo desnatura as proteínas porque o aumento da agitação molecular causada pela alta temperatura rompe ligações fracas, responsáveis pela manutenção da forma das moléculas. Por exemplo, em um ovo fresco cada molécula de albumina encontra-se na forma de um pequeno glóbulo em solução aquosa, o que determina a consistência semilíquida da clara. Com o calor do cozimento, as moléculas de albumina se desnaturam, desenrolando-se e emaranhando-se umas às outras; isso leva à formação da massa compacta e sólida da clara do ovo cozido ou frito. Enzimas Enzimas, que também são chamadas de catalisadores biológicos, são proteínas que participam de processos biológicos, aumentando sua velocidade, porém sem se alterar durante o processo. Uma enzima é uma molécula polipeptídica geralmente de grande tamanho, enrolada sobre si mesma formando um glóbulo. Na superfície da enzima há saliências e reentrâncias, que permitem o encaixe das moléculas sobre as quais a enzima atuará, genericamente chamados de substratos enzimáticos. Locais da enzima que propiciam o encaixe ao substrato são denominados centros ativos. As enzimas têm atuações específicas, isto é, uma enzima atua somente em uma ou em poucas reações biológicas. A especificidade de uma enzima é explicada pelo fato de seus centros ativos se encaixarem corretamente apenas a seus substratos específicos, como uma chave se encaixa apenas à sua fechadura. Esse modelo de funcionamento enzimático é chamado de modelo chave-fechadura. Figura 16: Encaixe chave-fechadura de enzima e substrato Fonte: Disponível em: <http://www.jornallivre.com.br/188210/bioquimica- complexo-chave-e-fechadura.html> Acesso em: 24 jul. 2015. O encaixe com a enzima facilita a modificação dos substratos, originando os produtos da reação. Estes se libertam da enzima, que pode atuar novamente. Assim, as enzimas participam das reações químicas sem ser consumidas e sem sofrer alterações moleculares, cumprindo seu papel de catalisadores biológicos. Muitas enzimas são proteínas simples, isto é, constituídas apenas por cadeias polipeptídicas. Outras, entretanto, são proteínas conjugadas, constituídas por uma parte proteica (uma ou mais cadeias polipeptídicas), chamada de apoenzima, combinada a uma parte não proteica denominada cofator. Para algumas enzimas, os cofatores são íons metálicos, como cobre e zinco, por exemplo. O cofator pode ser uma substância orgânica, nesse caso denominada coenzima. Como as enzimas são proteínas, devemos lembrar que fatores como temperatura e grau de acidez do meio, por exemplo, afetam a atividade enzimática. Figura 17: Exemplo de diferentes pH para atividade enzimática. Fonte: Disponível em: <http://taniaeducativa.blogspot.com.br/2014/12/exercicios- sobre-substancias-organicas.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. Ácidos nucleicos Os ácidos nucleicos já foram estudados no capítulo 2. Mas apenas para lembrar, essas macromoléculas estão relacionadas à transmissão de características hereditárias, além de comandar e controlar todas as atividades das células. Eles estão presentes em todos os seres vivos e são substâncias complexas, formadas pela repetição de um grupo de moléculas menores, os nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído por um grupo fosfato (ácido fosfórico), uma molécula de açúcar e uma de base nitrogenada. O fosfato possui fósforo na sua composição, lembrando que o P é o símbolo desse composto. Os açúcares são pentoses, ou seja, são formados por cinco carbonos. As bases nitrogenadas são substâncias que, além de oxigênio e hidrogênio (característica geral das bases), possuem também o nitrogênio. Existem cinco tipos de bases nitrogenadas, classificadas como púricas ou pirimídicas, de acordo com sua estrutura. Bases púricas: adenina (A) e guanina (G); Bases pirimídicas: citosina (C), timina (T) e uracila (U). São dois os tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA). Como já vimos, DNA e RNA diferem em sua composição química, pelas bases nitrogenadas, na sua estrutura e na função. Figura 18: Diferenças básicas entre DNA e RNA. Fonte: Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/biologia/acidos- nucleicos.html>. Acesso em: 24 jul. 2015. Vitaminas Vitamina não é uma classe particular de substâncias, e sim a designação de qualquer substância orgânica que o organismo não consegue produzir e é necessária em pequena quantidade para seu bom funcionamento. As fontes naturais de vitaminas são os alimentos, essenciais para o funcionamento normal do metabolismo celular. Muitas vitaminas atuam como cofatores em reações enzimáticas. Nesse caso, a deficiência de uma dada vitamina diminui a quantidade de enzima ativa (holoenzima) formada, alterando negativamente o metabolismo celular. Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes, sendo que o nosso corpo só consegue produzir vitamina D – metabolizada pelo organismo quando exposto ao Sol. Sua falta pode acarretar diversas doenças, como as apresentadas a seguir: Quadro 2: Algumas vitaminas importantes e as consequências de suas deficiências Fonte: Disponível em: <https://felipesenra.files.wordpress.com/2012/02/tabela-de- vitaminas.jpg> Acesso em: 23 jul. 2015. As vitaminas costumam ser classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis. A importância dessa classificação está relacionada aomodo como as vitaminas devem ser ingeridas e a seu armazenamento no organismo. Vitaminas hidrossolúveis, assim chamadas por serem substâncias polares e dissolverem-se em água, são armazenadas em quantidades pequenas no corpo e devem ser ingeridas diariamente. Fazem parte desse grupo a vitamina C e as vitaminas do complexo B (vitaminas B1, B2, B6, B12, niacina, ácido fólico, biotina e ácido pantotênico). Vitaminas lipossolúveis, assim chamadas por serem substâncias apolares e dissolverem-se em lipídios e em outros solventes orgânicos, são representadas pelas vitaminas A, D, E e K, são encontradas em alimentos como carne e associadas a gorduras do leite, por exemplo, e são armazenadas no tecido adiposo e não precisam ser ingeridas diariamente. Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=c5eoBr-yed0>. Acesso em: 24 jul. 2015. Saiba mais em: <https://www.youtube.com/watch?v=oUCSYUwZ8j8>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=DGUXYgB67Fo>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=YvGof9HpqUQ>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=L3u93s9bMXM>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=NdxMBZHF5dM>. Acesso em: 24 jul. 2015. <http://www.dailymotion.com/video/x10zok1_biologia-aula-1-substancia- inorganica-glicidios-e-lipidios-parte-2-youtube_school>. Acesso em: 24 jul. 2015. <http://descomplica.com.br/biologia/bioquimica-lipidios/bioquimica-lipidios>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=9t8jit888uM>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=Jy-YPqgK7D4>. Acesso em: 24 jul. 2015. <https://www.youtube.com/watch?v=xfDUzZDxUq0>. Acesso em: 24 jul. 2015. Referências AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia. Biologia das Células. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. v. 1. LAURENCE, J. Biologia: ensino médio. V. único, 1. ed. São Paulo: Nova Geração, 2005. LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – 1. 2. ed. São Paulo: Ática, 2013. MENDONÇA. V. L. Biologia: Ecologia, Origem da Vida e Biologia Celular, e Embriologia e Histologia. 2. ed. São Paulo: AJS, 2013. Volume 1: Ensino Médio. VITAMINAS. Disponível em: <https://felipesenra.files.wordpress.com/2012/02/tabela-de-vitaminas.jpg>. Acesso em: 15 jul. 2015.
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