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* * * DA AÇÃO PENAL Fundamentação jurídica do direito de ação: art. 5º inciso XXXV Arts. 24 CPP e art. 100 CP e seguintes Conceito: Direito do Estado-acusação de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de Direito Penal ao caso concreto – Nucci, p 182. 6ª ed. Direito ao exercício da atividade jurisdicional – Grinover, TGP, p. 249. . * * * Ação – jurisdição – processo: relação processual – citação – art. 363 caput CPP. Mediante o exercício da ação provoca-se a jurisdição, que por sua vez se exerce através daquele complexo de atos que é o processo. O direito de ação do Estado permanece em abstrato enquanto a lei penal não é violada. Com a prática da violação, caracterizando-se o descumprimento da obrigação preestabelecida na lei por parte do transgressor, o direito de punir sai do plano abstrato e se apresenta no concreto. (Grinover,pg. TGP, 257, * * * Espécies de ação penal – Art. 100 CP Ação Penal Pública: A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido Incondicionada; Condicionada:representação/ requisição o. Ex. Art. 7º, § 3º, b, CP e crimes praticados contra a honra do Presidente da República. * * * Ação Penal Privada APP subsidiária – 100, §3º CP e 5º, LIX CF Morte do ofendido: art. 24, § 1º e 31 CPP e 100§4º CPB * * * AP no crime complexo – art. 101 CP Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. Súmula 608 STF? Ainda está em vigor? (No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada) (NÃO SE CONFUNDE COM O ART. 101 – CRIME COMPLEXO) * * * Somente se aplica aos crimes praticados antes da Lei nº 12.015, DE 7/08/2009 – Estupro passou a ser crime de ação pública condicionada, salvo as exceções do art. 225 CP (aceita-se a representação implícita, ex. BOPM). Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) * * * AP no crime complexo – art. 101 CP AÇÃO PENAL PRIVADA: art. 30 CPP Irretratabilidade da representação- art. 102 CP e 25 CPP PRAZO DECADENCIAL para oferecimento da queixa ou da representação – art. 38 CPP e art. 103 CP Termo inicial do prazo decadencial: art. 10 CPP – prazo processual com reflexos materiais – extinção da punibilidade: sem interrupção. * * * Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. * * * Condições da ação penal: condicionantes para o conhecimento e julgamento da pretensão veiculada ao preenchimento de determinadas exigências: Art. 395, II, CPP interesse de agir: necessidade, adequação e utilidade – prescrição em perspectiva ou virtual Legitimidade – ativa(inclusive tribunais superiores) art. 129 I, CF, e passiva (autor do fato delituoso) possibilidade jurídica do pedido: emendatio libelli – art. 383 CPP; * * * Possibilidade jurídica do pedido: previsão no ordenamento jurídico da providência que se quer ver atendida. Todavia, trata-se de possibilidade jurídica DO PEDIDO, ou seja, o pedido na ação penal é normalmente a condenação do acusado. Ainda que se peça a condenação à pena de morte, não há carência de ação, pois o juiz tem o dever de adequar o pedido utilizando os arts. 383 e 384 CPP. Assim, tal situação não é condição da ação pois não autoriza a extinção do processo. * * * O pedido na AP condenatória, a exigência de previsibilidade abstrata da providência requerida não constitui óbice à admissibilidade da ação e ao conhecimento da pretensão. Ainda que haja descompasso entre o que se pede e a pena abstratamente cominada. Ainda que o MP peça outra providência que não a condenação, pode o juiz adequar o fato art. 383. * * * Alguns entendem que a possibilidade jurídica do pedido refere-se à tipicidade da conduta, ou melhor, ao fato ser considerado crime, tipicidade, ilicitude e culpabilidade. Nucci, p. 761. Contudo, o juízo de atipicidade exige a absolvição do agente e não o juízo de carência de ação, portanto é questão de mérito e não de condição de ação. Art. 397, III, CPP. * * * Entende-se de modo geral que as condições de procedibilidade integram a possibilidade jurídica do pedido como condição da ação. Pacelli, p. 112. * * * Segundo Humberto Theodoro Jr, “o cotejo do pedido com o direito material só pode levar a uma solução de mérito, ou seja à sua improcedência, caso conflite com o ordenamento jurídico. A Possibilidade jurídica limita-se ao seu aspecto processual. O autor formula sempre pedido dúplice, o 1º, imediato, em face do Estado . O 2º, mediato, em face do réu. * * * A PJP encontra-se no pedido IMEDIATO, na permissão ou não, do direito positivo a que se instaure a relação processual em torno da pretensão do autor. Ex. crime tributário. * * * Condições objetivas de procedibilidade (possibilidade jurídica do pedido): representação do ofendido; requisição do MJ (art. 7º, §3º, “b” CP e 141, I c/c 145 § único CP; esgotamento instância administrativa nos crimes tributários SÚMULA VINCULANTE 24 STF Laudo de exame de corpo de delito nos crimes contra a propriedade imaterial – arts. 525 e 526 CPP Da justa causa – (HC – ART. 648, I CPP) – art. 395, III CPP: lastro probatório mínimo para a propositura da AP. * * * Pressupostos processuais Pressupostos de existência do processo: Juiz e demanda, veiculando a pretensão – 363 caput CPP Pressupostos de existência da relação processual: juiz; partes – autor e réu V. ART. 363 CPP Pressupostos de validade da relação processual: subjetivos e objetivos: * * * Pressupostos de validade: subjetivos e objetivos. Subjetivos: Juiz competente e imparcial: Partes: autor (MP , regra) e réu: capacidade processual = legitimatio ad processum = capacidade de estar em juízo polo ativo: menor de 18 anos não pode, apenas por meio de seu representante. Polo passivo, menor de 18 anos não pode figurar. Capacidade postulatória Legitimatio ad causam é condição da ação: refere-se à quem tem iniciativa para ação penal e quem seja o autor da infração penal. * * * Objetivos: citação válida, ausência de litispendência e coisa julgada, requisitos do art. 41 CPP * * * Renúncia ao direito de queixa art. 49 e 50 CPP e art. 104 CP Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. * * * Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro. * * * Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente. Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. * * * Perdão do ofendido: ART. 51/59 CPP e 105/106 CP Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. Indivisibilidade do direito de queixa –Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. * * * Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; III - se o querelado o recusa, não produz efeito.. * * * § 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação. § 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória
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