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Da acao penal - 24.03.2014

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DA AÇÃO PENAL 
Fundamentação jurídica do direito de ação: art. 5º inciso XXXV 
Arts. 24 CPP e art. 100 CP e seguintes
Conceito: Direito do Estado-acusação de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de Direito Penal ao caso concreto – Nucci, p 182. 6ª ed.
Direito ao exercício da atividade jurisdicional – Grinover, TGP, p. 249.
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Ação – jurisdição – processo: relação processual – citação – art. 363 caput CPP. 
Mediante o exercício da ação provoca-se a jurisdição, que por sua vez se exerce através daquele complexo de atos que é o processo. 
O direito de ação do Estado permanece em abstrato enquanto a lei penal não é violada. Com a prática da violação, caracterizando-se o descumprimento da obrigação preestabelecida na lei por parte do transgressor, o direito de punir sai do plano abstrato e se apresenta no concreto. (Grinover,pg. TGP, 257, 
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Espécies de ação penal – Art. 100 CP
Ação Penal Pública: A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido 
Incondicionada;
Condicionada:representação/ requisição o. Ex. Art. 7º, § 3º, b, CP e crimes praticados contra a honra do Presidente da República.
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Ação Penal Privada
APP subsidiária – 100, §3º CP e 5º, LIX CF
Morte do ofendido: art. 24, § 1º e 31 CPP e 100§4º CPB
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AP no crime complexo – art. 101 CP 
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. 
Súmula 608 STF? Ainda está em vigor?  (No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada) 
(NÃO SE CONFUNDE COM O ART. 101 – CRIME COMPLEXO)
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Somente se aplica aos crimes praticados antes da Lei nº 12.015, DE 7/08/2009 – Estupro passou a ser crime de ação pública condicionada, salvo as exceções do art. 225 CP (aceita-se a representação implícita, ex. BOPM).
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
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AP no crime complexo – art. 101 CP 
AÇÃO PENAL PRIVADA: art. 30 CPP 
Irretratabilidade da representação- art. 102 CP e 25 CPP
PRAZO DECADENCIAL para oferecimento da queixa ou da representação – art. 38 CPP e art. 103 CP
Termo inicial do prazo decadencial: art. 10 CPP – prazo processual com reflexos materiais – extinção da punibilidade: sem interrupção.
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Art. 38.  Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
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Condições da ação penal: condicionantes para o conhecimento e julgamento da pretensão veiculada ao preenchimento de determinadas exigências: Art. 395, II, CPP
interesse de agir: necessidade, adequação e utilidade – prescrição em perspectiva ou virtual
Legitimidade – ativa(inclusive tribunais superiores) art. 129 I, CF, e passiva (autor do fato delituoso)
 possibilidade jurídica do pedido: emendatio libelli – art. 383 CPP; 
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Possibilidade jurídica do pedido: previsão no ordenamento jurídico da providência que se quer ver atendida. Todavia, trata-se de possibilidade jurídica DO PEDIDO, ou seja, o pedido na ação penal é normalmente a condenação do acusado. Ainda que se peça a condenação à pena de morte, não há carência de ação, pois o juiz tem o dever de adequar o pedido utilizando os arts. 383 e 384 CPP. Assim, tal situação não é condição da ação pois não autoriza a extinção do processo.
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O pedido na AP condenatória, a exigência de previsibilidade abstrata da providência requerida não constitui óbice à admissibilidade da ação e ao conhecimento da pretensão. Ainda que haja descompasso entre o que se pede e a pena abstratamente cominada. 
Ainda que o MP peça outra providência que não a condenação, pode o juiz adequar o fato art. 383.
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Alguns entendem que a possibilidade jurídica do pedido refere-se à tipicidade da conduta, ou melhor, ao fato ser considerado crime, tipicidade, ilicitude e culpabilidade. Nucci, p. 761.
Contudo, o juízo de atipicidade exige a absolvição do agente e não o juízo de carência de ação, portanto é questão de mérito e não de condição de ação. Art. 397, III, CPP. 
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Entende-se de modo geral que as condições de procedibilidade integram a possibilidade jurídica do pedido como condição da ação. Pacelli, p. 112.
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Segundo Humberto Theodoro Jr, “o cotejo do pedido com o direito material só pode levar a uma solução de mérito, ou seja à sua improcedência, caso conflite com o ordenamento jurídico. 
A Possibilidade jurídica limita-se ao seu aspecto processual. O autor formula sempre pedido dúplice, o 1º, imediato, em face do Estado . O 2º, mediato, em face do réu. 
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A PJP encontra-se no pedido IMEDIATO, na permissão ou não, do direito positivo a que se instaure a relação processual em torno da pretensão do autor.
Ex. crime tributário.
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Condições objetivas de procedibilidade (possibilidade jurídica do pedido): 
representação do ofendido;
 requisição do MJ (art. 7º, §3º, “b” CP e 141, I c/c 145 § único CP; 
esgotamento instância administrativa nos crimes tributários SÚMULA VINCULANTE 24 STF
Laudo de exame de corpo de delito nos crimes contra a propriedade imaterial – arts. 525 e 526 CPP 
Da justa causa – (HC – ART. 648, I CPP) – art. 395, III CPP: lastro probatório mínimo para a propositura da AP.
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Pressupostos processuais
Pressupostos de existência do processo: Juiz e demanda, veiculando a pretensão – 363 caput CPP
Pressupostos de existência da relação processual: juiz; partes – autor e réu V. ART. 363 CPP
Pressupostos de validade da relação processual: subjetivos e objetivos:
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Pressupostos de validade: subjetivos e objetivos.
Subjetivos: Juiz competente e imparcial:
Partes: autor (MP , regra) e réu: capacidade processual = legitimatio ad processum = capacidade de estar em juízo polo ativo: menor de 18 anos não pode, apenas por meio de seu representante. Polo passivo, menor de 18 anos não pode figurar.
Capacidade postulatória
Legitimatio ad causam é condição da ação: refere-se à quem tem iniciativa para ação penal e quem seja o autor da infração penal. 
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Objetivos: citação válida, ausência de litispendência e coisa julgada, requisitos do art. 41 CPP
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Renúncia ao direito de queixa art. 49 e 50 CPP e art. 104 CP
Art. 49.  A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
        Art. 50.  A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
       
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Parágrafo único.  A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro.
       
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Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa
        Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.   
        Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime.
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Perdão do ofendido: ART. 51/59 CPP e 105/106 CP 
Art. 51.  O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. 
Indivisibilidade do direito de queixa –Art. 48.  A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.      
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   Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.       
  Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito:   
      I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;      
    II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;        
  III - se o querelado o recusa, não produz efeito..
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  § 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação.      
    § 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória

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