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Aula 26.03

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Noções gerais de Filosofia do Direito
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Ciências jurídicas como ciências humanas
Período do positivismo – acreditou-se que era possível aproximar o método das ciências naturais das ciências humanas (inclusive do Direito)
Ideia – o Direito possui o mesmo grau de certeza das ciências naturais (estruturação de causa e efeito)
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Direito – não era visto como ciência valorativa – ignorância da possibilidade de revisão de suas conclusões – ignorância da sua dependência da moral e dos costumes da sociedade
Ciências humanas – compromisso com a diversidade dos fenômenos socioculturais
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Cultura – “lente pela qual o homem vê o mundo” (Ruth Benedict) – onde há cultura há valor
Ciências humanas – há a consciência e a adoção do valor
Métodos – têm que contemplar as tendências e as ideologias – a neutralidade é utópica
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Filosofia do Direito – reflete criticamente sobre as construções jurídicas, os discursos jurídicos, as práticas jurídicas, os fatos jurídicos e as normas jurídicas
Proposta mais aberta – livre das amarras do Direito vigente, dos pré-conceitos contidos na legislação
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A Filosofia do Direito consiste numa parte da Filosofia?
Inicialmente – a Filosofia do Direito era um desdobramento dos saberes filosóficos – dos sofistas a Kant, os filósofos se debruçavam sobre diversos problemas, inclusive os jurídicos
Posteriormente – Filosofia do Direito tornou-se autônoma – a partir de Hegel, movimento de investigação exclusivamente jurídica – para pensar o Direito, era preciso compreendê-lo especificamente – corrente de especialistas que não são filósofos de formação
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Como pensar filosoficamente o Direito – é preciso conhecer o Direito, mas também estar preparado para pensar filosoficamente os problemas
Devido à especialização, a Filosofia do Direito distanciou-se da Filosofia, mas isso não significa que ela não seja parte da Filosofia
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O surgimento histórico da Filosofia do Direito
Processo de autonomização da Filosofia do Direito – confunde-se com os estudos da escola jusnaturalista
Há confusão também na denominação – Direito Natural, Direito racional, Teoria do Direito Natural, Filosofia do Direito
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Marco – obra de Hegel, na passagem do jusnaturalismo ao juspositivismo – fins do século XVIII e início do século XIX
Século XIX – resistência à expressão Filosofia do Direito e substituição por Teoria geral do Direito – foco nas normas 
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Século XX – após um excesso de credibilidade no positivismo, reconhecimento da Filosofia do Direito – resultado também das atrocidades cometidas após a 2ª Guerra Mundial
Filosofia do Direito – tida como conhecimento indispensável – necessidade de estudo de aspectos dogmáticos e propedêuticos – ex: presença nos currículos acadêmicos
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Tarefas da Filosofia do Direito
Criticar as práticas dos operadores do Direito
Questionar as atividades do legislador
Investigar as causas de desestruturação de um sistema jurídico
Investigar a eficácia dos institutos jurídicos
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Estudar a dimensão aplicativa dos direitos humanos
Discutir as bases valorativas, econômicas e estruturais das práticas jurídicas
Desmascarar os pré-conceitos que orientam as atitudes dos operadores do Direito

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