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AULA 06 PRATICA I

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PRÁTICA JURÍDICA I | PEÇA 06
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURADOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
BERNARDO, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº 1234567891, expedida pelo SSP/MG, inscrito no CPF/MG sob o nº 01234567891, endereço eletrônico <bernardo@live.com>, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, Bairro Centro, CEP 00000-00, na cidade de Dourados/MG; neste ato representado por sua procuradora, endereço eletrônico <advogada@terra.com.br>, com endereço profissional na Rua Marechal Floriano Peixoto nº 626, CEP 00000-00, na cidade de Porto Alegre/RS, endereço que indica para os fins do artigo 77, V, do CPC, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANO
pelo procedimento ESPECIAL, em face de SAMUEL, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº 1234567891, expedida pelo SSP/MG, inscrito no CPF/MG sob o nº 01234567891, endereço eletrônico <samuel@live.com>, residente e domiciliado na Rua Diamantes, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-00, na cidade de Campo Grande/SC, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA	
	O autor não dispõe de recursos suficientes a fim de arcar as custas processuais sem haver prejuízo ao sustento de sua família.
	Vejamos a redação do Código de Processo Civil de 2015: 
"Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento".
	No mesmo sentido:
"PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. Para a concessão da assistência judiciária gratuita basta que a parte declare não possuir condições de arcar com as despesas do processo sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, cabendo à parte contrária o ônus de elidir a presunção de veracidade daí surgida - art. 4º da Lei nº 1060/50. (TRF-4 - AC: 50070154420144047000 PR 5007015-44.2014.404.7000, Relator: (Auxílio Vânia) HERMES S DA CONCEIÇÃO JR, Data de Julgamento: 19/08/2015, SEXTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 27/08/2015)".
	Sendo assim, o requerente junta comprovante de renda e declaração de hipossuficiência a fim de comprovar a miserabilidade e requerer a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita.
II – DO JUÍZO COMPETENTE
	Vossa Excelência, visto que se trata do perecimento de um bem que estava sob contrato de comodato gratuito que seria cumprido no domicílio do autor, o foro competente se encontra no domicilio do lugar do fato, vejamos: 
“Art. 53: É competente o foro: (..)
IV – do lugar do ato ou fato para a ação: (...) 
a) de reparação de dano;”.
III - DA OPÇÃO DE REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
	
Na intenção de garantir pleno direito, a parte autora manifesta que tem interesse na realização da audiência de conciliação.
Neste sentido, dispõe o NCPC:
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. § 5° O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
Portanto, o autor requer que seja designada data para audiência de conciliação.
IV - DOS FATOS
A parte ré deveria restituir um montante de R$10.000,00 (dez mil reais) à parte autora, referente a um cavalo mangalarga chamado “Tufão”. As circunstâncias ficaram definidas através de contrato escrito no dia 02/10/2016.
Até janeiro de 2017, a parte ré ainda não havia honrado sua obrigação por pura desídia. Ocorre que uma forte chuva causou a morte de “Tufão”, o que foi inevitável devido o montante de água, bem como a sua força.
Diante do exposto, não restou outra opção senão recorrer à tutela jurisdicional do Estado para ver resguardado seu interesse.
V - DOS FUNDAMENTOS
	Claramente Samuel está agindo de má-fé a fim de prolongar ainda mais o ressarcimento da parte autora. Visto que a ação provém de um contrato, fica explícita a obrigação de Samuel para com a parte autora.
V.I - DO DANO
O dano está aparente na perda do animal, causando imensa perda ao Sr. Bernardo, que não terá efetiva reposição de seu animal visto a grande quantia que ele valia. Vejamos o que regula o Código Civil de 2002:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Logo, fica claríssima a responsabilidade do devedor de indenizar seu prejuízo, pois se houvesse devolvido o animal no prazo correto o mesmo não estaria no mesmo local onde ocorreu a chuva torrencial que causou sua morte.
V.II - DA MORA
Não obstante, o Código Civil de 2002 também é claro ao regular e responsabilidade do devedor na demora do cumprimento de sua obrigação e as consequências de seu inadimplemento:
“Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor”. 
Vejamos decisão no mesmo sentido:
“APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. COMPRA E VENDA DE ANIMAL COM DIAGNÓSTICO DE CRIPTORQUIDA. IMPOSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO. COBRANÇA VEXATÓRIA NO AMBIENTE DE TRABALHO. SOLIDARIEDADE NA CONDENAÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS VERIFICADOS. VALORES FIXADOS EM ATENÇÃO ÀS PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO E PARÂMETROS DA CORTE. PEDIDO DENOMINANDO DE PERDAS E DANOS IMPROCEDENTE. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS A CONTAR DA FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO. REDISTRIBUIÇÃO DA SUCUMBÊNCIA. APELO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO. APELO DO RÉU DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70050637289, Nona... (TJ-RS - AC: 70050637289 RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Data de Julgamento: 14/11/2012, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/11/2012)”. 
Ainda assim, o réu incorre na definição do art. 399, CC/2002: 
“O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada”.
V.III - DO LUCRO CESSANTE
O animal em questão era um notável reprodutor, o que causou transtornos e prejuízos ao autor, que contava com o mesmo para exposições e cumprimento de contratos. Logo dispõe o CC/2002:
“Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
	Dessa forma, o autor também requer a condenação para pagamento do lucro cessante.
VI - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Considerando a natureza alimentar dos honorários sucumbenciais,sendo um direito autônomo do causídico em executá-lo em nome próprio, vejamos o previsto na legislação processual, mais precisamente no tocante ao Art. 85 do Novo CPC:
“§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e 
o tempo exigido para o seu serviço”.
VII - DOS PEDIDOS
	
De acordo com o exposto, requer a este juízo:
Conceder os benefícios da gratuidade da justiça (artigos 98 a 102 do NCPC);
Com fulcro no art. 319, VII, do NCPC, designar data de audiência de conciliação, conforme fundamentado no item III;
Determinar a citação do Requerido para integrar a relação processual, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos I, II e V, do CPC;
A procedência do pedido a fim de condenar o réu a pagar indenização a título de perdas e dano à parte autora cumulado de juros e correção monetária visto a mora do devedor;
A condenação do réu ao pagamento de custa processual e honorário advocatícios, estes de acordo com o disposto no artigo 20, § 3° do Código de Processo Civil;
Ao final, sejam julgados totalmente procedentes os pedidos veiculados nesta ação.
VIII – DAS PROVAS
Permitir provar o alegado por todos os meios legais admitidos, bem como os moralmente legítimos, os previstos na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, prova pericial, prova testemunhal e o depoimento pessoal do réu ainda que não especificados em códigos.
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00, correspondente ao valor do negócio jurídico.
Nestes termos pede o deferimento.
Dourados, 02 de outubro de 2017.
LUANA ROSA DA CUNHA
OAB/RS XXX.XXX

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