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Aula 2 - Casamento-Noções Gerais

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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
HISTÓRICO
Direito Romano
Necessidade do casamento – força familiar para o labor – constituição de prole – perda patrimonial
Casamento pelo confarreatio (religioso – classes dominantes – ritual)
Casamento pelo coemptio (aquisição)
Casamento pelo usus (“usucapião” – convalidava eventuais vícios da coemptio)
Casamento cum manum e sine manu (Lei das XII Tábuas) – affectio maritalis – dissolução 
Casamento religioso – sacramento indissolúvel (Concílio de Trento – Renascença) – Séc. XVI.
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
HISTÓRICO
Brasil pré-republicano (Até 1861)
Casamento religioso como regra
Imigrantes com outras religiões
Lei regulamentou os casamentos católicos, mistos e acatólicos
Brasil pós-republicano (Após 1890)
Separação Igreja/Estado
Validou-se apenas o casamento civil
Casamento religioso como concepção pessoal (CC 16)
Religioso com efeitos civis (Séc. XX – Lei de 1937)
Exigida a Habilitação (LRP – 6.015/73)
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
CONCEITO
Direito Romano 
“É a conjunção do homem e da mulher, que se unem para toda a vida, a comunhão do direito divino e do direito humano.” (MODESTINO)
Influência do Cristianismo – Sacramento
Através do casamento “um homem e uma mulher selam a sua união sob as bênçãos do céu, transformando-se numa só entidade física e espiritual, e de maneira indissolúvel” (CAIO MÁRIO)
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
CONCEITO
Direito Moderno (Contratualista e Solúvel)
“É o vínculo jurídico entre o homem e a mulher que visa o auxílio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família” (MARIA HELENA DINIZ)
“União legal de um homem e de uma mulher, com o propósito de estabelecer comunhão plena de vida, assumindo mutuamente os cônjuges a qualidade de consortes e companheiros, com base na igualdade de direitos e deveres” (GEDIEL ARAÚJO)
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
NATUREZA JURÍDICA
De sacramento e de contrato natural (Direito Canônico)
De Contrato (Direito Civil)
De Instituição (social, educativo e religioso – França, Séc. XX)
Teoria Mista (Contrato/Instituição)
“Contrato sui generis de caráter pessoal e social: sendo embora um contrato, o casamento é uma instituição ético-social, que realiza a reprodução e educação da espécie humana” (Eduardo dos Santos, cit. por VENOSA)
“Contrato de Direito de Família” (SILVIO RODRIGUES)
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO
Ato solene: habilitação (capacidade e impedimentos), celebração (declaração de vontades) e registro
Inobservância – ato inexistente
Casamento por procuração pública
Normas de ordem pública: indisponível aos nubentes alterar direitos e deveres
Comunhão plena de vida e igualdade entre os cônjuges: união exclusiva (dever de fidelidade) como respeito à dignidade dos consortes
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO
União permanente: Insubsistência em nosso ordenamento atual – Divórcio (EC 1977) – Fim da sociedade conjugal – CF 88
Diversidade de sexos: Não admitida no ordenamento a união homossexual (inexistente)
Não admite termo ou condição: negócio jurídico puro e simples
Liberdade de escolha do nubente
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
FINALIDADES DO CASAMENTO
Concepção canônica: (1°) procriação e educação da prole; (2°) mútua assistência e satisfação sexual
Concepção individualista: satisfação sexual (amor físico)
União de afeto > união sexual
Estabelecer uma comunhão plena de vida (amor, afeição, igualdade e mútua assistência)
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
ESPONSAIS
Ato preparatório ao casamento
“consistem num compromisso de casamento entre duas pessoas desimpedidas, de sexo diferente, com o escopo de possibilitar que se conheçam melhor, que aquilatem suas afinidades e gostos” (MARIA HELENA DINIZ) 
Direito Romano: 
natureza contratual
escritura pública
Inadimplemento – perdas e danos
Desde a República não foi mais regulamentado
Indenização Moral e Material
Entendimento jurisprudencial divergente 
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CASAMENTO: 
DISPOSIÇÕES GERAIS
ESPONSAIS
“O noivado não tem sentido de obrigatoriedade. Pode ser rompido do modo unilateral até o momento da celebração do casamento, mas a ruptura imotivada gera responsabilidade civil, inclusive por dano moral, cujo valor tem efeito compensatório e repressivo, por isto deve ser em quantia capaz de representar justa indenização pelo dano sofrido” (TJPR, 2000)
“Ruptura de noivado às vésperas do casamento e após distribuição de convites. Incontrovérsia em relação ao rompimento. Danos materiais devidos. Desnecessidade de prova do dano moral, considerado notório o sofrimento de noiva jovem, protagonista de relacionamento que durou 5 anos” (TJSP, 2000)
“Sendo o noivado, pelos costumes, o período de tempo reservado exatamente à confirmação dos sentimentos entre os nubentes, o seu rompimento não pode, a não ser em casos especialíssimos, configurar ato ilícito, hábil a ensejar reparação por danos morais “ (TJDF, 2003)
“Rompimento de compromisso esponsal. Conduta ilícita não configurada. Impossibilidade de reparação em nível moral. Livre arbítrio para escolha ou manutenção de relacionamento sentimental. 2. Danos materiais parcialmente comprovados. Divisão equânime de valores mantidos em conta de poupança” (TJRS, 2000)

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