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História de D. Afonso V
Do seu reinado podemos identificar claramente 3 grandes períodos. O primeiro que vai desde a sua coroação até à batalha de Alfarrobeira, em que D. Afonso V elimina o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra; o segundo, em que o monarca se dedica às empresas militares no norte de África; e o terceiro em que o regente decide voltar a sua atenção para a questão peninsular e tenta controlar o reino de Castela.
D. Afonso, filho de D. Duarte I, viria a tornar-se rei com apenas 6 anos de idade. No entanto, por ordem paterna ( no seu testamento), o poder ficaria nas mãos de sua mãe, D. Leonor, que acabaria por entregá-lo ao seu tio, D. Pedro, Duque de Coimbra.
Em 1448, com 16 anos de idade, D. Afonso V acaba por receber o poder e assumir a governação e, num ímpeto provocado por uma série de informações que mais tarde viriam a revelar-se falsas, declara D. Pedro, seu tio, inimigo do reino. Anula todos os editais aprovados durante a sua regência e acaba por derrotá-lo na Batalha de Alfarrobeira em 1449, com a colaboração do seu outro tio D. Afonso.
Após esta primeira fase de instabilidade interna, D. Afonso V concentra-se na expansão do império. Durante anos faz várias incursões por África, atacando e conquistando uma série de importantes cidade e praças-fortes árabes. Sob a posse de Portugal ficam Alcácer Ceguer, Tanger, Arzila e Larache, feitos e conquistas que lhe valeram o cognome de O Africano e com os quais Afonso V passou a designar-se a si próprio Rei de Portugal, dos Algarves e de aquém e de além-mar em África.
Imagem de D. Afonso V (Autor: Imagem em domínio público)
Passado o afã conquistador em África, D. Afonso, aproveitando o facto do trono de Castela ter ficado vago devido à morte de Henrique IV, decide reclamar a coroa para a sua sobrinha D. Joana, a Beltraneja, com quem celebra esponsais e que, segundo ele, teria direitos sobre os Reis Católicos.
No entanto, a derrota na batalha de Toro obriga-o a mudar de estratégia e viaja até França com a expectativa de conseguir o apoio do rei Luís XI para a causa. O monarca francês, no entanto, recusa porque na altura estava ele próprio em guerra com o duque de Borgonha. Quando regressa a Portugal D. Afonso abdica do trono e planeia uma viagem a Jerusalém, mas acaba por reconsiderar e voltar atrás.
As suas pretensões de controlar Castela acabam quando o rei Luís XI assina um tratado de amizade com os Reis Católicos. Afonso V vê-se então na contingência de também ele lhe reconhecer o direito ao trono através da assinatura do tratado de Alcáçovas.
No que restou do seu reinado D. Afonso V diminuiu significativamente as suas incursões por África e o desejo de novas descobertas. O seu último marco neste aspecto foi a chegada ao Cabo de Santa Catarina.
Por outro lado, as relações com França começam a ser cada vez mais ténues e dá-se início a uma relação bastante forte com a Bretanha.
Afonso V retira-se da vida política em 1481, passando o trono ao seu filho, D. João II de Portugal.

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