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* * * DIVÓRCIO HISTÓRICO No Brasil: Introduzido pela EC n° 8/1977 – Art. 175 da CF/69 Previa a dissolubilidade do casamento após 3 anos de separação judicial Só permitiu novo casamento após sua regulamentação pela Lei 6.515/77 A modalidade básica era o divórcio-conversão (após 3 anos de sep. judicial) Previa o divórcio direito só após 5 anos de sep. de fato Pela redação original da L.D. discutia-se culpa Com a CF/88 a dissolubilidade da união conjugal foi favorecida com a redução dos prazos legais Divórcio-conversão: 1 anos pós sep. judicial/MC Divórcio Direto: 2 anos de sep. de fato * * * DIVÓRCIO DISPOSIÇÕES GERAIS O divórcio importa na extinção do vínculo matrimonial e da sociedade conjugal (deveres do casamento) Permite novo casamento aos consortes Mantém apenas os direitos/deveres dos pais em relação aos filhos (alimentos, guarda e visitas) Entre os (ex)cônjuges não existirá vinculação Obrigação alimentar fixada anteriormente Esta será extinta (por ação própria) se o credor casar/união estável/concubinato. E o devedor? O divórcio não prescinde de prévia partilha de bens Causa suspensiva para novo casamento Adoção do regime obrigatório de bens * * * DIVÓRCIO DISPOSIÇÕES GERAIS Nosso ordenamento atual adotou o chamado divórcio-remédio Não há, por isso, atribuição de culpa Inadmitida a Reconvenção Basta apenas comprovar o requisito temporal Todavia, havendo requerimento, pode haver pesquisa de culpa, que não inviabilizará a ruptura da união Finalidade: implicação em alimentos e uso do nome Discute-se se seria admitida, nesses casos, a reconvenção – STJ: desnecessidade (contestação é meio hábil) É ação personalíssima – cabe aos cônjuges Casos de incapacidade: curador, ascendentes, irmãos (ordem sucessiva) * * * DIVÓRCIO DIVÓRCIO-CONVERSÃO (1.580) Admite-se o consensual e o litigioso Requisito único: lapso temporal 1 ano após o trânsito em julgado da separação judicial (cons./litig.) Flui a partir da sentença e não da averbação Prazo peremptório: não se interrompe ou suspende (até na reconciliação de fato) Pode ser efetivado no curso da ação (razoabilidade) 1 ano após a medica cautelar da separação de corpos Só fluirá se ajuizada e decretada a sep. judicial Independe se respeitou os 30 dias * * * DIVÓRCIO DIVÓRCIO-CONVERSÃO (1.580) Competência: É competente o foro onde foi realizada a separação judicial (dependência – autos apensados) É também competente o foro de residência de um dos ex-consortes, mesmo que diverso do anterior Princípio da igualdade x foro privilegiado Vedado ajuizamento em comarca diversa das partes – incompetência absoluta São competentes as varas de família (Lei de Org. Judiciária do RN) É possível modificar cláusulas fixadas na separação O normal é que sejam mantidas Os alimentos, antes renunciados, podem ser fixados Pode ser concedido sem prévia partilha de bens (1.581) Admite-se, ainda, quando há descumprimento de deveres atribuídos na separação (alimentos, visitas) * * * DIVÓRCIO DIVÓRCIO-CONVERSÃO (1.580) Não é comum realização de prévia audiência de conciliação/ratificação Petição deve ser assinada pelo (ex)casal Exige-se intervenção do MP (ação de estado) Homologado o acordo – MP pode recorrer Não homologado – MP não tem interesse A conversão litigiosa, quando não contestada e há comprovação do lapso, deve ser julgada procedente Essa circunstância (s/ culpa) não admite referência à causa da ruptura na sentença Se julgada improcedente por falta do requisito temporal, pode ser proposta novamente? Não faz coisa julgada material (efeitos da sentença) Art. 37, §2° da L.D.) * * * DIVÓRCIO DIVÓRCIO DIRETO (1.580, §2°) Também pode ser consensual ou litigioso Único requisito: temporal (2 anos de separação de fato) A doutrina não exige prazo ininterrupto Na prática isso é averiguado e exigido Também é espécie de divórcio-remédio (não há pesquisa de culpa) O consensual segue o procedimento da separação amigável (1.120-24 CPC) Divórcio Extrajudicial (L. 11.441/07) Há necessidade de audiência de conciliação e ratificação Produção da prova testemunhal (prova o tempo) Entende-se quando está comprovado o lapso por documentos não seria realizada essa audiência Comparecimento pessoal. Em casos excepcionais dispensado Intervenção do MP (legitimidade recursal idem) * * * DIVÓRCIO DIVÓRCIO DIRETO (1.580, §2°) Ação personalíssima e se extingue com a morte antes do t.j. Sobrevivente será viúva e não divorciada O litigioso segue o rito ordinário (art. 40, §3° da L.D.) A legitimidade é de ambos, independente de quem causou a separação de fato Desnecessária audiência de conciliação/ratificação Revelia não induz procedência – prova do lapso Não há pesquisa de culpa, mas pode, a pedido, ser admitida (alimentos e nome) Não interfere na dissolução – Reconvenção Independe de prévia partilha de bens, nem mesmo se descumprida eventual obrigação alimentar Para o novo casamento, o divórcio deve ser averbado – bigamia se não transitar em julgado a sentença Divórcio Extrajudicial (Lei 11.441/07) Consensual/Advogado/Não pode haver filho menor ou incapaz/Escritura Pública * * * DIVÓRCIO PROTEÇÃO À PESSOA DOS FILHOS Cuida da guarda/visitação dos filhos menores ou incapazes após dissolvida a união Na separação/divórcio amigável a estipulação é livre Interesses do menor e dos pais Admite interferência do Juiz (não homologa ou modifica a convenção) Em sua ausência, o Juiz pode fixar os parâmetros Na litigiosa a culpa não implica em perder a guarda ou o direito de visitas Pode ser atribuída aos familiares Só em casos relevantes (drogas/morte) A vontade dos menores é levada em consideração Regras também aplicadas em separação de corpos e invalidade do casamento As decisões sobre guarda admitem constante revisão Separação de fato – filhos ficam com quem está no lar Casos excepcionais: cautelar de busca e apreensão * * * DIVÓRCIO PROTEÇÃO À PESSOA DOS FILHOS DIREITO DE VISITAS Estabelecido, via de regra, na hora de fixar a guarda É direito dos pais e dos filhos Mesmo ao culpado é garantido Pode ser restringido ou suspenso temporariamente se há motivo relevante As cláusulas de visitação admitem revisão constante e não impedem dissolução do casamento Estudo psico-social é indispensável Observa-se, nesta ordem: interesse do filho; condições dos pais; ambiente de inserção Guarda compartilhada É a guarda efetiva a ambos pais/atualidade do D.F. Impedir visitação por não pagamento de pensão – não A jurisprudência admite direito de visita aos avós e aos tios (estes, quando falecido os pais e o menor está com tutor) Homossexuais – admite, desde que não haja indícios de desvio na formação psicológica. Nesse caso, será revogada Guarda deferida aos avós: quando já tem a guarda de fato e assistem materialmente o menor
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