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Aula 03 DPT

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CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal! 
Espero que estejam todos bem, focados e estudando bastante! 
Hoje iremos estudar, dentre outros temas, “Provas no Processo do Trabalho”. 
Quero ressaltar que a FCC abordou o tema “Exceção” no último concurso. A 
questão limitou-se a abordar a literalidade da lei como vocês poderão observar 
no decorrer da aula. 
Vamos dar início a nossa aula de hoje! 
Aula 03: Das exceções. Das audiências: de conciliação, de instrução e de 
julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da 
revelia e confissão. Das provas. 
3.1. Das Exceções: A Exceção é um meio de defesa indireta processual, onde 
o réu não ataca o mérito, mas ataca o processo. 
Em outras palavras: É uma defesa contra irregularidades, ou vícios do 
processo que impedem o seu desenvolvimento normal. 
São elas: 
Exceção de Impedimento (quando o juiz for impedido); 
Exceção de Incompetência (quando o juízo for 
incompetente/relativa); 
Exceção de Suspeição (quando o juiz for suspeito). 
Já vimos nas aulas anteriores que quando o juiz é incompetente em 
razão da matéria ele deverá declarar-se de ofício e a parte deverá alegá-la na 
preliminar da contestação. 
Já a incompetência relativa, como por exemplo, a territorial, deverá ser 
alegada através de Exceção. 
 Atenção: O art. 801 da CLT fala dos casos de suspeição do juiz, porém 
alguns autores entendem que os arts. 134 e 135 do CPC aplicam-se ao 
Processo do Trabalho de forma subsidiária. 
Não deixem de estudar os artigos acima mencionados, pois nas provas 
objetivas eles são muito abordados. 
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TEORIA E QUESTÕES FCC 
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 Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça do 
Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as 
exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, 
salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, 
podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que 
couber da decisão final. 
A expressão ”exceção de incompetência terminativa do feito” significa 
que o juiz ao acolhê-la remeterá os autos para outro órgão jurisdicional diverso 
da Justiça do trabalho, pois é uma declaração de incompetência absoluta. 
Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-
se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas 
improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência 
ou sessão que se seguir. 
Art. 801 da CLT - O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode 
ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa 
dos litigantes: 
a) inimizade pessoal; 
b) amizade íntima; 
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau 
civil; 
d) interesse particular na causa. 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual 
haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de 
suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será 
também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de 
alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de 
conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de 
propósito o motivo de que ela se originou. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou 
Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para 
instrução e julgamento da exceção. 
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(FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 6ª Região - 
2012) 
Questão 47. A empresa Margarida Confeitaria Ltda., em reclamação 
trabalhista em que é ré, apresentou na audiência em sua defesa uma exceção. 
Em relação às exceções no processo do trabalho é correto afirmar: 
a) Apresentada exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao 
exceto, por 48 (quarenta e oito) horas, que poderão ser prorrogadas por igual 
prazo pelo Juiz, em caso de complexidade da matéria, devendo a decisão ser 
proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
b) Apresentada exceção de suspeição, o juiz designará audiência dentro de 05 
(cinco) dias para instrução e julgamento da exceção.
c) Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na 
pessoa do juiz, não poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo 
novo motivo. 
d) O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por 
parentesco por consaguinidade ou afinidade até o quarto grau civil.
e) A exceção de suspeição será admitida ainda que o recusante procurou de 
propósito o motivo de que ela se originou.
Comentários: Letra C (literalidade dos artigos). 
 Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça do 
Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as 
exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, 
salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso,
podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que 
couber da decisão final. 
Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-
se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas 
improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência 
ou sessão que se seguir. 
Art. 801 da CLT - O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode 
ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa 
dos litigantes: 
a) inimizade pessoal; 
b) amizade íntima; 
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c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau 
civil; 
d) interesse particular na causa. 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual 
haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de 
suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será 
também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de 
alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de 
conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de 
propósito o motivo de que ela se originou. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou 
Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para 
instrução e julgamento da exceção. 
3.2. Das Audiências: Das Audiências: A audiência é um ato processual 
praticado sob a direção do juiz, que tem poder de polícia, devendo manter a 
ordem. 
Audiência é o momento em que os juízes ouvem as partes, ou seja, é 
marcada uma sessão e nesta as partes, envolvidas no conflito, comparecem 
perante o juiz. 
 
 Juiz Secretário de audiências 
 Testemunhas 
 Advogado do reclamado Advogado do reclamante 
 Reclamado ou preposto Reclamante 
 
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Assim que todos estiverem presentes, o juiz proporá a conciliação, e, caso 
esta ocorra, será lavrado o termo de conciliação com eficácia de título 
executivo judicial, somente podendo ser atacado por ação rescisória. 
Este termo será irrecorrível, exceto para as parcelasdevidas à previdência 
social (arts. 831 e 832 da CLT e Súmula 259 do TST). 
¾ As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho: dias úteis entre 8 
às 18 horas. 
¾ O juiz poderá, em casos especiais, designar outro local para a 
realização das audiências através da fixação de Edital na sede do 
Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 horas. 
¾ O juiz poderá convocar audiências extraordinárias, quando julgar 
necessário, desde que respeite o prazo mínimo de antecedência de 
24 horas. 
¾ O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo 
mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem. 
¾ O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de 
cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem 
como as ocorrências eventuais. Do registro das audiências 
poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem. 
¾ De acordo com o art. 814 da CLT os escrivães ou chefes de 
secretaria deverão estar presentes às audiências. 
¾ Observem o que estabelece o art. 815 da CLT! 
Art. 815 da CLT À hora marcada, o juiz ou presidente declarará 
aberta a audiência, sendo feita pelo chefe de secretaria ou escrivão a 
chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam 
comparecer. 
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora 
marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os 
presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de 
registro das audiências. 
DICA: Este prazo de 15 minutos de tolerância para atraso em audiência 
é concedido ao juiz e não às partes. 
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DICA: O parágrafo segundo do artigo 843 da CLT foi cobrado pela FCC 
na prova do TRT/Campinas. Este artigo fala da possibilidade do empregado 
poder fazer-se substituir em audiência, quando por doença ou motivo 
ponderoso não puder comparecer. Neste caso, quem deverá substituí-lo será 
outro empregado que pertença à mesma profissão ou o Sindicato. 
Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar 
presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do 
comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de 
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua 
categoria. 
§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, 
ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e 
cujas declarações obrigarão o proponente. 
§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, 
devidamente comprovado, não for possível ao empregado 
comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro 
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. 
Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, 
ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente 
empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
Atenção: A audiência de acordo com a CLT deverá ser contínua e única. 
Entretanto, por força do costume, a audiência trabalhista passou a ser dividida 
em três partes: 
1ª Audiência inaugural ou de conciliação; 
2ª Audiência de instrução; 
3ª Audiência de julgamento; 
a) Audiência de conciliação ou inaugural: Nesta fase o réu irá 
apresentar a sua defesa que poderá ser verbal em 20 minutos ou escrita e o 
juiz fará a primeira proposta de conciliação obrigatória, antes de receber a 
defesa. 
Não havendo acordo o juiz marcará a data para a audiência de instrução 
para a qual as partes ficarão desde logo intimadas. 
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O empregador poderá ser representado por preposto e o empregado 
poderá ser substituído por outro empregado da mesma profissão. 
Quando o reclamante não comparecer o processo será arquivado, e 
quando o reclamado não comparecer para apresentar a sua contestação será 
considerado revel e confesso quanto à matéria de fato. 
b) Audiência de instrução: As partes que deverão comparecer nesta 
audiência, sob pena de confissão (Súmula 74 do TST). 
Nesta fase é que as provas serão produzidas no processo. O juiz ouvirá o 
depoimento pessoal das partes, ouvirá as testemunhas e encerrados os 
depoimentos as partes poderão aduzir razões finais orais em 10 minutos para 
cada parte. 
Após as razões finais o juiz renovará a proposta de conciliação e caso não 
haja possibilidade de acordo o juiz marcará uma data para a audiência de 
julgamento. 
Súmula 74 do TST I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente 
intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em 
prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto 
com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa 
o indeferimento de provas posteriores. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a 
ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder\dever de 
conduzir o processo. 
c) Audiência de julgamento: Nesta fase o juiz proferirá a sua sentença, 
solucionando o conflito de interesses das partes que lhe foi submetido. 
 
No Procedimento Sumaríssimo a audiência deverá ser una, ou seja, única, 
não podendo ser dividida em fases. 
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Resumo esquemático sobre audiência: 
Audiência una Audiência fracionada 
Pregão Pregão 
 
1ª proposta conciliatória 1ª proposta conciliatória 
 
Leitura inicial Leitura inicial 
 
Defesa em 20 minutos Defesa em 20 minutos 
 
Adiamento 
Depoimento pessoal das partes e 
das testemunhas 
 Instrução 
 
Testemunhas e meios de 
prova 
Razões finais em 10 minutos 
para cada parte 
 
 Razões finais 
 
2ª proposta conciliatória 2ª proposta conciliatória 
 
Adiamento 
 
Sentença Sentença 
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3.3. Do Arquivamento, da Revelia e da Confissão: 
 
Em relação a este tema é importante esclarecer que quando o 
reclamante não comparece à primeira audiência o processo será arquivado. Já 
quando o reclamado não comparece à primeira audiência ele será considerado 
revel e confesso quanto à matéria de fato. 
Somente o réu será considerado revel, o autor NUNCA será considerado 
revel. 
A revelia da Reclamada/ré, somente, poderá ser elidida, ou seja, 
afastada na hipótese da Súmula 122 do TST. 
Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria 
apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado 
médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção 
do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
Vejamos o que diz o art. 844 da CLT! 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, 
motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, 
designando nova audiência. 
Na verdade, a denominação técnica para o termo “arquivamento” 
mencionado na CLT é extinção do processo sem julgamento do mérito. 
É importante ressaltar que quando a audiência for fracionada, onão 
comparecimento do reclamante ou do reclamado à segunda audiência na qual 
deveriam depor acarretará a aplicação da pena de confissão. Não há que se 
falar em revelia. 
 Súmula 74 do TST com nova redação! 
Súmula 74 do TST I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente 
intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em 
prosseguimento, na qual deveria depor. 
BIZU DE 
PROVA 
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II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto 
com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa 
o indeferimento de provas posteriores. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a 
ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder\dever de 
conduzir o processo. 
 Quando o reclamante não comparece à primeira audiência o processo 
será arquivado e quando o reclamado não comparece à primeira audiência, ele 
será considerado revel e confesso quanto à matéria de fato. 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. 
Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá 
o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. 
O autor NUNCA será considerado revel. 
Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria 
apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado 
médico, que deverá declarar, expressa-mente, a impossibilidade de locomoção 
do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
A confissão é considerada a “rainha das provas”. Ela poderá ser real ou 
ficta. 
¾ A confissão real é aquela que será obtida através do depoimento 
pessoal e tem presunção absoluta de veracidade dos fatos não 
podendo ser elidida por prova em contrário. 
¾ A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por prova 
em contrário durante a instrução do processo, pois tem presunção 
relativa de veracidade dos fatos. 
A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte à audiência 
em que deveria prestar o seu depoimento, desde que regularmente intimada. 
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3.4. Da Notificação das partes: 
Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas notificação via 
postal do mesmo por meio de remessa automática do servidor de secretaria da 
vara, em 48 horas, do recebimento da ação, notificando o reclamado a 
comparecer para a primeira audiência desimpedida em: 
• 5 dias para os reclamados em geral 
• 20 dias para União, estado, DF, municípios, autarquias e fundações 
públicas federais, estaduais, municipais que não explorem atividades 
econômicas (Decreto-Lei 779/69 que diz que o prazo do art. 841da CLT 
será quádruplo) 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua 
postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso deste prazo 
constitui ônus de prova do destinatário. 
3.5. Questões de Prova sem comentários: 
1. (FCC- analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Messias, 
metalúrgico, ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, a 
empresa X. No dia da audiência Messias teve um problema estomacal e foi 
internado em hospital. Sua irmã, preocupada com a audiência, levou toda a 
documentação para seu amigo, o metalúrgico Sidnei. Neste caso, o 
comparecimento de Sidnei na audiência com o atestado médico comprobatório 
da sua internação 
(A) não evita o arquivamento da ação, tendo em vista que Sidnei não é 
competente para representar Messias. 
(B) evita o arquivamento da reclamação. 
(C) evita o arquivamento da reclamação bastando que Sidnei apresente 
procuração de Messias. 
(D) evita o arquivamento da reclamação desde que Sidnei apresente 
procuração de Messias e compareça com advogado legalmente habilitado. 
(E) evita o arquivamento da reclamação, desde que compareça com advogado 
legalmente habilitado, bem como com duas testemunhas que conheçam o fato. 
2. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008) A ausência do reclamante, 
quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, 
(A) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá 
ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas. 
(B) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá 
ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas. 
(C) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá 
pedir o desarquivamento do processo e continuar com a reclamação. 
(D) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já 
tinha sido contestada. 
(E) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à 
matéria de fato. 
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3. (FCC - Analista Judiciário – Área Adm./TRT/AM-RR/2006). Para que 
a empresa reclamada possa preparar a sua contestação entre a data do 
recebimento da citação e a data da realização da audiência deve haver prazo 
mínimo de: 
a) 05 dias. 
b) 10 dias. 
c) 15 dias. 
d) 20 dias. 
e) 30 dias. 
4. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008) Maria ajuizou reclamação 
trabalhista em face da empresa DEDE. João, proprietário da empresa, 
cientificado da respectiva reclamação, contratou advogado na véspera da data 
designada para a realização da audiência, em que será obedecido o 
procedimento ordinário. O advogado advertiu João de que teria que apresentar 
defesa oral em razão da proximidade da contratação. Neste caso, de acordo 
com a CLT, o advogado 
(A) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário da 
respectiva reclamação trabalhista. 
(B) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir 
sua defesa. 
(C) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para aduzir 
sua defesa. 
(D) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, 
independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. 
(E) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir 
sua defesa. 
5. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) A reclamação trabalhista será 
arquivada se o: 
a) reclamado não comparecer para a audiência de tentativa de conciliação, 
instrução e julgamento. 
b) reclamado não comparecer à comissão de conciliação prévia. 
c) empregado não comparecer à audiência de instrução do processo, adiada 
por ausência de suas testemunhas, após a apresentação da defesa. 
d) empregado não aceitar a proposta de conciliação formulada pelo juiz. 
e) empregado não comparecer à audiência una. 
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6. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) Considera-se revel a 
reclamada, quando não 
a) comparece à audiência una. 
b) apresenta advogado constituído para a sua defesa. 
c) comparece à audiência de instrução, adiada por ausência de suas 
testemunhas, após a apresentação da defesa. 
d) apresenta proposta perante a comissão de conciliação prévia. 
e) constitui preposto habilitado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 
7. (FCC/Analista Judiciário- Execução de Mandados/ TRT-AM/ 2005) 
As audiências são realizadas: 
a) nos dias úteis entre 10 e 16 horas. 
b) em dias úteispreviamente fixados entre 8 e 18 horas. 
c) de segunda a quinta entre 12 e 18 horas. 
d) em qualquer dia da semana exceto aos domingos entre 8 e 18 horas. 
e) em qualquer dia da semana entre 13 e 18 horas. 
8. (FCC/TRT/17ª Analista judiciário/2004) O juiz deve propor a 
conciliação 
a) somente na abertura da audiência de instrução e julgamento 
b) depois de oferecida a defesa pelo réu e depois de encerrada a instrução 
processual 
c) na abertura da audiência de instrução e julgamento e antes de ser proferida 
a decisão 
d) antes de ser oferecida a defesa e antes de serem aduzidas as razões finais 
e) depois de oferecida a defesa e antes de ser proferida a decisão. 
-----------------------------------------------------------------------------------
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
1. 3. 5. 7. 
2. 4. 6. 8. 
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3.6. Questões de Prova: 
1. (FCC- analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Messias, 
metalúrgico, ajuizou reclamação trabalhista em face de sua ex-empregadora, a 
empresa X. No dia da audiência Messias teve um problema estomacal e foi 
internado em hospital. Sua irmã, preocupada com a audiência, levou toda a 
documentação para seu amigo, o metalúrgico Sidnei. Neste caso, o 
comparecimento de Sidnei na audiência com o atestado médico comprobatório 
da sua internação 
(A) não evita o arquivamento da ação, tendo em vista que Sidnei não é 
competente para representar Messias. 
(B) evita o arquivamento da reclamação. 
(C) evita o arquivamento da reclamação bastando que Sidnei apresente 
procuração de Messias. 
(D) evita o arquivamento da reclamação desde que Sidnei apresente 
procuração de Messias e compareça com advogado legalmente habilitado. 
(E) evita o arquivamento da reclamação, desde que compareça com advogado 
legalmente habilitado, bem como com duas testemunhas que conheçam o fato. 
Comentários: Letra B 
O art. 843, parágrafo 2º da CLT estabelece que por doença, o 
empregado poderá fazer substituir-se por outro empregado que pertença à 
mesma profissão. 
Parece que a FCC está repetindo os artigos abordados em concursos 
recentes, observem a dica que dei na 4ª aula do curso isolado de Processo do 
Trabalho. 
DICA: O parágrafo segundo do artigo 843 da CLT foi cobrado pela FCC 
na prova do TRT/Campinas. 
Este artigo fala da possibilidade do empregado poder fazer-se substituir 
em audiência, quando por doença ou motivo ponderoso não puder comparecer. 
Neste caso, quem deverá substituí-lo será outro empregado que 
pertença à mesma profissão ou o Sindicato. 
Art. 843 da CLT Na audiência de julgamento deverão estar 
presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do 
comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de 
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua 
categoria. 
§ 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, 
ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e 
cujas declarações obrigarão o proponente. 
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§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, 
devidamente comprovado, não for possível ao empregado 
comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro 
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. 
2. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008) A ausência do reclamante, 
quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, 
(A) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá 
ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente postuladas. 
(B) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá 
ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente postuladas. 
(C) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante poderá 
pedir o desarquivamento do processo e continuar com a reclamação. 
(D) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação já 
tinha sido contestada. 
(E) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à 
matéria de fato. 
Comentários: Letra D. 
O processo não será arquivado uma vez que a ação já foi contestada. 
Somente quando o reclamante for ausente à primeira audiência, na qual a 
reclamada deveria apresentar a contestação é que o processo será arquivado. 
O art. 844 da CLT refere-se à 1ª audiência. Assim, a ausência do 
reclamante ou do reclamado à 2ª audiência em que deveriam depor importará 
a aplicação da pena de confissão. 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. 
Será aplicada a pena de confissão e não será arquivada a reclamação 
trabalhista (Súmula 74 do TST). 
3. (FCC - Analista Judiciário – Área Adm./TRT/AM-RR/2006). Para que 
a empresa reclamada possa preparar a sua contestação entre a data do 
recebimento da citação e a data da realização da audiência deve haver prazo 
mínimo de: 
a) 05 dias. 
b) 10 dias. 
c) 15 dias. 
d) 20 dias. 
e) 30 dias. 
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Comentários: Na reclamação trabalhista não há citação do reclamado, mas 
notificação via postal do mesmo por meio de remessa automática do servidor 
de secretaria da vara , em 48 horas, do recebimento da ação, notificando o 
reclamado a comparecer para a primeira audiência desimpedida em 5 dias 
para os reclamados em geral ou em 20 dias para União, estado, DF, 
municípios, autarquias e fundações públicas federais, estaduais, municipais 
que não explorem atividades econômicas. 
 
 Art. 841 da CLT – Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão 
ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá 
a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao 
mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a 
primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
4. (FCC /TRT-AL Técnico Judiciário – 2008) Maria ajuizou reclamação 
trabalhista em face da empresa DEDE. João, proprietário da empresa, 
cientificado da respectiva reclamação, contratou advogado na véspera da data 
designada para a realização da audiência, em que será obedecido o 
procedimento ordinário. O advogado advertiu João de que teria que apresentar 
defesa oral em razão da proximidade da contratação. Neste caso, de acordo 
com a CLT, o advogado 
(A) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário da 
respectiva reclamação trabalhista. 
(B) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para aduzir 
sua defesa. 
(C) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para aduzir 
sua defesa. 
(D) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, 
independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. 
(E) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para aduzir 
sua defesa. 
Comentários: A contestação poderá ser apresentada escrita na audiência de 
conciliação e julgamento ou verbal em 20 minutos. 
Art. 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá 
vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, 
quando esta não for dispensada por ambas as partes. 
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5. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) A reclamação trabalhistaserá 
arquivada se o: 
a) reclamado não comparecer para a audiência de tentativa de conciliação, 
instrução e julgamento. 
b) reclamado não comparecer à comissão de conciliação prévia. 
c) empregado não comparecer à audiência de instrução do processo, adiada 
por ausência de suas testemunhas, após a apresentação da defesa. 
d) empregado não aceitar a proposta de conciliação formulada pelo juiz. 
e) empregado não comparecer à audiência una. 
Comentários: A audiência possui três fases: conciliação, instrução e 
julgamento. Diz-se que a audiência é una quando estas três fases ocorrem no 
mesmo dia. 
A praxe trabalhista fraciona a audiência subdividindo as três fases em 
dias distintos, fato não permitido no procedimento sumaríssimo que deverá ter 
audiência una. 
Assim, o Reclamante que não comparecer à primeira audiência 
(conciliação) quando fracionada ou à audiência una terá o processo arquivado. 
6. (FCC/Técnico Judiciário/TRT-PB/2005) Considera-se revel a 
reclamada, quando não 
a) comparece à audiência una. 
b) apresenta advogado constituído para a sua defesa. 
c) comparece à audiência de instrução, adiada por ausência de suas 
testemunhas, após a apresentação da defesa. 
d) apresenta proposta perante a comissão de conciliação prévia. 
e) constitui preposto habilitado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 
Comentários: Conforme artigo 844 da CLT, o não-comparecimento do 
reclamado acarretará a revelia e a confissão quanto à matéria de fato. 
Art. 844 da CLT O não-comparecimento do reclamante à audiência 
importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do 
reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
Parágrafo único – Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o 
presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. 
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7. (FCC/Analista Judiciário- Execução de Mandados/ TRT-AM/ 2005) 
As audiências são realizadas: 
a) nos dias úteis entre 10 e 16 horas. 
b) em dias úteis previamente fixados entre 8 e 18 horas. 
c) de segunda a quinta entre 12 e 18 horas. 
d) em qualquer dia da semana exceto aos domingos entre 8 e 18 horas. 
e) em qualquer dia da semana entre 13 e 18 horas. 
Comentários: 
Art. 813 da CLT As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão 
públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis 
previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não 
podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver 
matéria urgente. 
8. (FCC/TRT/17ª Analista judiciário/2004) O juiz deve propor a 
conciliação 
a) somente na abertura da audiência de instrução e julgamento 
b) depois de oferecida a defesa pelo réu e depois de encerrada a instrução 
processual 
c) na abertura da audiência de instrução e julgamento e antes de ser proferida 
a decisão 
d) antes de ser oferecida a defesa e antes de serem aduzidas as razões finais 
e) depois de oferecida a defesa e antes de ser proferida a decisão. 
Comentários: Correta a letra “c”. As duas propostas conciliatórias estão 
previstas nos artigos 846 e 850 da CLT. 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a 
conciliação. 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões 
finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada 
uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de 
conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
Gabarito: 
1. B 3. A 5. E 7. B 
2. D 4. B 6. A 8. C 
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3.7. Provas no Processo do Trabalho: 
É importante não esquecer que a OJ 215 da SDI-1 do TST foi cancelada e que 
a Súmula 74 do TST foi alterada! 
Antes de falar de provas irei relembrar as modalidades de defesa que podem 
ser apresentadas no processo do trabalho. 
O reclamado (réu) quando notificado para comparecer à 1ª audiência 
desimpedida em cinco dias, teor do art. 841 da CLT deverá apresentar a sua 
defesa que poderá ser de três tipos: contestação, exceção ou reconvenção. 
Art.841 da CLT Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão 
ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via da 
petição ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, 
para comparecer à audiência de Julgamento, que será a primeira 
desimpedida, depois de cinco dias. 
É importante ressaltar que por força do art. 1º, II do Decreto-Lei 779/69, 
este prazo fixado no art. 841 da CLT será contado em quádruplo quando a 
parte for a União, o Estado, o Município, o Distrito Federal, bem como 
autarquias e fundações de direito público federais, ou municipais que não 
explorem atividade econômica. 
A ação e a resposta do réu são dirigidas contra o Estado-Juiz. O autor 
formula o seu pedido na ação endereçando ao órgão jurisdicional e o réu 
formula um pedido, também endereçado ao órgão jurisdicional, rejeitando os 
pedidos do autor. 
 
Assim, os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa 
possuem natureza dúplice, uma vez que se destinam tanto ao autor quanto ao 
réu. 
Modalidades de 
Defesa 
Contestação Exceção Reconvenção 
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O art. 297 do CPC estabelece como modalidades de resposta do réu: a 
contestação, a exceção e a reconvenção. A CLT somente prevê de forma 
expressa a defesa e duas modalidades de exceção (a de foro e a de 
suspeição). 
Assim, a reconvenção aplica-se ao processo do trabalho de forma 
subsidiária, conforme o art. 769 da CLT estabelece. 
 Vejamos: 
Contestação: A contestação é uma modalidade de defesa na qual o réu 
deverá impugnar os pedidos do autor alegando as matérias de fato e de 
direito, e indicando as provas que pretende produzir. 
Na Justiça do Trabalho a ausência do réu ou a falta de apresentação de 
contestação acarreta a aplicação da pena de revelia e confissão quanto às 
matérias de fato. 
A contestação evitará a revelia processual (ausência de contestação). 
A contestação poderá ser apresentada de forma escrita ou verbal na 
audiência de conciliação. 
Não havendo acordo terá o reclamado/réu 20 minutos para aduzir a sua 
defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por 
ambas as partes (art.847 CLT). O prazo de 20 minutos para a defesa inclui a 
apresentação de contestação e de exceções. 
Art. 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte 
minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando 
esta não for dispensada por ambas as partes 
O réu antes de discutir o mérito, ou seja, antes de impugnar os pedidos 
que o autor faz na petição inicial, deverá alegar as seguintes matérias na sua 
contestação (preliminares da contestação): 
a) inexistência ou nulidade de citação; 
b) incompetência absoluta; 
c) inépcia da petição inicial; 
d) perempção; 
e) litispendência; 
f) coisa julgada; 
g) conexão; 
h) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de 
autorização; 
i) carência de ação; 
j) falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar. 
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Atenção: Compensação é a forma de extinção das obrigações, sendo 
necessária a existência de reciprocidade de dívidas, que as dívidas sejam 
líquidas e certas e vencidas e homogêneas. 
No processo do trabalho só é permitida a compensação de dívida de 
natureza trabalhista. Podemos citar como exemplode compensação: o aviso 
prévio não dado pelo empregado reclamante que pede demissão, o prejuízo 
causado por dolo pelo empregado no curso do contrato de trabalho, dentre 
outros. 
A retenção consiste no direito que o reclamado tem de reter alguma 
coisa do reclamante até que este quite sua dívida em relação àquele. 
Como exemplo de retenção temos o imposto de renda! 
A compensação e a retenção deverão ser argüidas como matéria de 
defesa (defesa indireta de mérito, pois são fatos modificativos do direito do 
autor), ou seja, na contestação. 
Este é o teor do art. 767 da CLT e da Súmula 48 do TST, que são muito 
cobrados em provas de concurso. 
• Art. 767 da CLT- A compensação, ou retenção, só poderá ser
argüida como matéria de defesa. 
Súmula 18 do TST A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a 
dívidas de natureza trabalhista. 
Súmula 48 do TST A compensação só poderá ser argüida com a contestação. 
Reconvenção: A CLT é omissa em relação à reconvenção. Assim, aplica-se o 
CPC. Trata-se da ação proposta pelo réu contra o autor no mesmo processo 
em que está sendo demandado. 
A natureza jurídica da reconvenção é de incidente processual no curso da 
ação principal, sendo tecnicamente considerada uma ação e não defesa. 
Para Carlos Henrique Bezerra Leite há cumulação objetiva de ações 
principal e reconvencional em um mesmo processo. 
Há autores que sustentam que ela não caberá no processo do trabalho. 
Contudo, como o nosso foco é a banca FCC, deveremos adotar a posição de 
Carlos Henrique Bezerra Leite de que a reconvenção é compatível com o 
processo do trabalho e aplicar o art. 315 do CPC. 
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É oportuno falar que em processo de execução deveremos entender o 
não cabimento de reconvenção porque em processo de execução não há 
sentença e sim constrição judicial. 
Na mesma sentença deverão ser julgadas a ação e a reconvenção, 
conforme o art. 318 do CPC. 
Vamos relembrar as exceções, que já foram estudadas no início desta 
auala. 
Exceções, preliminares e prejudiciais de mérito: 
A Exceção é um meio de defesa indireta processual, onde o réu não 
ataca o mérito, mas ataca o processo. É uma defesa contra irregularidades, ou 
vícios do processo que impedem o seu desenvolvimento normal. 
São elas: 
Exceção de Impedimento (quando o juiz for impedido); 
Exceção de Incompetência (quando o juízo for 
incompetente/relativa); 
Exceção de Suspeição (quando o juiz for suspeito). 
Quando o juiz é incompetente em razão da matéria ele deverá declarar-
se de ofício e a parte deverá alegá-la na preliminar da contestação. 
Ao passo que a incompetência relativa, como por exemplo, a territorial, 
deverá ser alegada através de Exceção.´
 Art. 799 da CLT - Nas causas da jurisdição da Justiça do 
Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as 
exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, 
salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso,
podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que 
couber da decisão final. 
As exceções de suspeição e de incompetência relativa deverão ser 
apresentadas juntamente com a contestação, cujo momento de apresentação 
será na 1ª audiência, para qual o reclamado foi notificado a comparecer. 
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Art. 800 da CLT - Apresentada a exceção de incompetência, abrir-
se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas 
improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência 
ou sessão que se seguir. 
Atenção: O art. 801 da CLT fala dos casos de suspeição do juiz. 
Art. 801 da CLT - O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode 
ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa 
dos litigantes: 
a) inimizade pessoal; 
b) amizade íntima; 
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau 
civil; 
d) interesse particular na causa. 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual 
haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de 
suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será 
também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de 
alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de 
conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de 
propósito o motivo de que ela se originou. 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou 
Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para 
instrução e julgamento da exceção. 
O procedimento da exceção de incompetência está regulado no art. 800 
da CLT. O procedimento da exceção de suspeição está regulado no art. 802 da 
CLT. 
Carlos Henrique Bezerra Leite afirma “O réu poderá oferecer mais de 
uma exceção ao mesmo tempo”. 
Por razões lógicas, a exceção de suspeição (ou impedimento) precede à 
de incompetência, pois o juiz suspeito (ou impedido) sequer poderá declarar-
se incompetente. 
Dica: Alguns autores entendem que os artigos 134 e 135 do CPC, aplicam-se 
ao Processo do Trabalho de forma subsidiária. Estes artigos elencam as causas 
de impedimento e de suspeição do juiz. 
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Agora vou falar das preliminares em contestação! 
Preliminar trata-se de matérias prejudiciais de conhecimento de mérito 
da ação. Neste momento, o réu irá discutir o que vem antes do objeto da ação. 
São matérias de ordem processual que irão impedir o exame de mérito 
da questão, desde que haja a possibilidade de conhecimento de ofício pelo juiz. 
O art. 301 do CPC que será aplicado elenca as preliminares, que poderão 
ser oferecidas. 
Da instrução e dos meios de prova: 
As partes no processo de conhecimento deverão provar os fatos 
controvertidos, para que o juiz possa proferir a sentença. Esta fase, onde as 
provas são produzidas, denomina-se instrução processual. 
Na fase de instrução do processo, ocorrerá a colheita de provas que são 
dirigidas ao juiz, com o objetivo de esclarecê-lo, para que ele possa proferir a 
decisão/sentença, solucionando o conflito de interesses entre as partes, que 
lhe foi submetido. 
Nos artigos 818/830 da CLT estão regulamentadas as provas no Processo 
do Trabalho. 
 
 Atenção: Apesar da CLT possuir normas que tratam das Provas no 
Processo do Trabalho, o Código de Processo Civil possui alguns artigos que 
serão utilizados como fonte subsidiária, em caso de omissão da CLT e desde 
que haja compatibilidade de tais dispositivos com os princípios do Processo do 
Trabalho. 
O art. 769 da CLT permite, expressamente, tal aplicação subsidiária do 
Processo Civil ao Processo do Trabalho. Observem abaixo: 
Art. 769 da CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum 
será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo 
em que for incompatível com as normas deste Título. 
BIZU DE 
PROVA 
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DICA: Somente os fatos controvertidos, relevantes e pertinentes, narrados 
pelo reclamante e pelo reclamado, serão objeto de prova. 
9 O Direito, em regra, não precisará ser provado, pois vigora o 
brocardo jurídico “iura novit curia”, presumindo-se queo juiz 
conhece o direito, bastando que as partes narrem os fatos e 
os prove, sendo desnecessária a prova do direito. 
9 Como quase toda regra tem exceção, o art. 337 do CPC 
estabelece que o direito deverá ser provado em relação ao 
teor e vigência, quando se tratar de normas de direito 
estadual, municipal, distrital, consuetudinário ou estrangeiro, 
se assim o determinar o juiz. 
BIZU DE PROVA: No Processo do trabalho, o juiz poderá determinar que a 
parte faça prova de teor e vigência de normas coletivas, de regulamento de 
empresa, de sentença normativa, caso a parte as invoque. 
9 O direito federal o juiz deverá conhecer. 
 O art. 334 do CPC, aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho, 
estabelece que não serão objeto de prova os fatos notórios, os fatos 
incontroversos, os fatos alegados por uma das partes e confessados por outra 
e os que militam presunção legal de veracidade. 
¾ Fato Notório é aquele cujo conhecimento faz parte da cultura normal de 
determinado segmento social no momento do julgamento da causa. É 
aquele fato conhecido por um grande número de pessoas e que, por isso, 
é considerado verdadeiro e indiscutível. 
Exemplificando: O aumento de vendas em determinadas épocas do 
ano, como o dia dos pais, Natal, dia das mães, etc. 
Súmula 217 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. CREDENCIAMENTO BANCÁRIO. 
PROVA DISPENSÁVEL O credenciamento dos bancos para o fim de recebimento 
do depósito recursal é fato notório, independendo da prova. 
¾ Fatos incontroversos são aqueles afirmados por uma parte, e admitidos 
ou não contestados pela outra parte. 
Exemplificando: O art. 467 da CLT estabelece que as parcelas 
incontroversas, deverão ser quitadas pelo empregador, na audiência, sob 
pena de ser condenado a pagá-las acrescidas de 50%. 
BIZU DE 
PROVA 
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¾ Fatos confessados são aqueles afirmados por uma parte e confirmados 
por outra. 
¾ Fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de 
veracidade. Ressalta-se que a parte que alegar em seu favor a 
presunção legal, deverá demonstrar que está na situação de poder 
invocá-la. 
Atenção: A Súmula 12 do TST refere-se à presunção relativa (juris 
tantum) de veracidade, que tem as anotações feitas pelo empregador na 
CTPS do empregado. Assim, estas anotações poderão ser elididas por 
outras provas. 
Súmula 12 do TST - CARTEIRA PROFISSIONAL - As anotações apostas pelo 
empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris 
et de jure", mas apenas "juris tantum". 
 Súmula 225 do STF – Não é absoluto o valor probatório das anotações na 
carteira profissional. 
Dos Meios de Prova: 
Os meios de prova são todos aqueles admitidos em direito, bem como os 
moralmente legítimos, os hábeis a provar a verdade dos fatos em que se funda 
a ação ou a defesa, ainda que não especificados no CPC ou na CLT. 
Somente os meios lícitos são possíveis, pois as provas obtidas por meios 
ilícitos são inadmitidas no processo. Entre os meios de prova não há 
hierarquia, assim o juiz decidirá de acordo com o seu livre convencimento 
motivado, ao analisar todas as provas apresentadas no processo. 
Ocorrerá a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao Processo 
do Trabalho no que se refere aos meios de prova, pois a CLT refere-se apenas 
ao interrogatório das partes, à confissão, à prova documental, testemunhal e 
pericial. 
O CPC especifica como meios de prova o depoimento pessoal, a 
confissão, a exibição de documento ou coisa, a prova documental, a prova 
testemunhal, a prova pericial e a inspeção judicial. 
Dica: Em muitas provas de concurso público, as bancas tentam, e por 
vezes conseguem confundir os candidatos, no que se refere à produção 
antecipada de prova que é uma medida cautelar, e não é meio de prova. 
Vamos, então, estudar os meios de prova! 
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Depoimento Pessoal: É o depoimento prestado por uma das partes em juízo. 
O objetivo de colher o depoimento pessoal das partes é conseguir provocar a 
confissão sem coerção, e esclarecer os fatos controvertidos. 
 O art. 848 da CLT estabelece que o juiz poderá de ofício interrogar as 
partes, sendo uma faculdade do juiz a oitiva do depoimento pessoal das 
partes, mesmo que não requerido pela outra parte, segundo a CLT. 
Vejamos os artigos do CPC e da CLT sobre o tema! 
 Art. 342 do CPC O juiz pode de ofício, em qualquer estado do 
processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de 
interrogá-las sobre os fatos da causa. 
 Art. 820 da CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou 
presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento 
das partes, seus representantes ou advogados. 
¾ A Confissão é a admissão pela parte interrogada de que o fato 
atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro. 
A confissão é considerada a “rainha das provas”. 
Ela poderá ser real ou ficta. 
¾ A confissão real é aquela que será obtida através do depoimento 
pessoal e tem presunção absoluta de veracidade dos fatos não 
podendo ser elidida por prova em contrário. 
¾ A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por prova 
em contrário durante a instrução do processo, pois tem presunção 
relativa de veracidade dos fatos. 
A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte à audiência, 
em que deveria prestar o seu depoimento, desde que regularmente intimada. 
Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a confissão à parte que, 
expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência 
em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto 
com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa 
o indeferimento de provas posteriores. 
III. A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a 
ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de 
conduzir o processo. 
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• Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência 
importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do 
reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
OJ Nº 152 SDI-I Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia 
prevista no artigo 844 da CLT. 
 A confissão poderá ainda ser: 
a) judicial: aquela que ocorre no curso do processo; 
b) extrajudicial: aquela que ocorre fora do processo. 
Atenção: No processo do trabalho, vige o Princípio da Indisponibilidade 
dos direitos trabalhistas. Assim, a confissão extrajudicial, estabelecida no art. 
353 do CPC, não poderá ser aceita. 
Prova Documental: Documento é todo meio idôneo e moralmente 
legítimo, capaz de comprovar materialmente a existência de um fato. 
 No processo do trabalho, as provas cuja exigência é documental são: 
a) a comprovação do pagamento de salário (art. 464); 
b) o acordo de prorrogação de jornada (art. 59); 
c) a concessão ou o pagamento das férias (arts. 135 e 145); 
d) a concessão do descanso da gestante (art. 390). 
 A CLT regula, expressamente, a prova documental nos artigos 777, 780, 
787 e 830. 
Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos apresentados, 
os atos e termos processuais, as petições ou razões de recursos e 
quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos 
processos, os quais ficarão sob a responsabilidadedos escrivães ou 
chefes de secretaria. 
Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser 
desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado. 
Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada em 
2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se 
fundar. 
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Atenção: O art. 830 da CLT foi alterado, recentemente, pela Lei 11.925/09, 
com o objetivo de trazer maior celeridade à prestação jurisdicional. 
• 
• Vejam os principais pontos comentados abaixo: 
¾ Com a alteração do artigo 830 da CLT pela Lei 11.925 de Abril de 2009, 
os documentos apresentados pela partes no Processo do Trabalho não 
precisarão ser apresentados em originais ou cópias autenticadas. 
¾ A garantia da autenticidade poderá ser dada pelos próprios advogados, 
sob sua responsabilidade pessoal. 
¾ A Súmula 330 TST diz que a quitação passada pelo empregado com a 
assistência de sua entidade sindical ao empregador tem eficácia 
liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo. 
Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com assistência de 
entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos 
requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória 
em relação às parcelas expressa-mente consignadas no recibo, salvo se oposta 
ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas 
impugnadas. 
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, 
conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem 
desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a 
vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período 
expressamente consignado no recibo de quitação. 
OJ SDI- I Nº 77 Nula é a punição de empregado se não precedida de 
inquérito ou sindicância internos, a que se obrigou a empresa por norma 
regulamentar. 
Súmula 254 do TST- O termo inicial do direito ao salário-família coincide com 
a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento do 
pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a 
receber a respectiva certidão. 
• Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser 
declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal. Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte 
que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente 
autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente 
proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses 
documentos. 
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Prova Pericial: O perito é considerado um auxiliar da justiça e será 
designado pelo juiz, quando a prova do fato depender de conhecimentos 
técnicos ou científicos. 
Os peritos serão escolhidos dentre profissionais de nível universitário e 
deverão estar obrigatoriamente inscritos nos Órgãos de classe. 
O perito poderá recusar o encargo, dentro de cinco dias, contados da 
intimação ou de impedimento superveniente. 
DICA: O assistente técnico não é perito e nem auxiliar da justiça, ele é 
auxiliar da parte. 
Caso o perito preste informações inverídicas, por dolo ou culpa, ele ficará 
inabilitado, por dois anos, para funcionar em outras perícias. 
¾ O juiz não ficará adstrito ao laudo pericial, podendo inclusive determinar 
a realização de nova perícia. A segunda perícia não substitui primeira, 
podendo o juiz basear-se na que quiser. 
¾ A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliações. 
Atenção: O art. 3º da Lei 5.584/70 revogou, tacitamente, o art. 826 da 
CLT ao determinar que os exames periciais serão realizados por um perito 
único designado pelo juiz. 
 Art. 826 da CLT - É facultado a cada uma das partes apresentar 
um perito ou técnico. 
 Art. 827 da CLT- O juiz ou presidente poderá argüir os peritos 
compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao 
processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado. 
Súmula 341 do TST - HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A indicação 
do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos 
respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. 
Prova Testemunhal: Prova testemunhal é aquela que se obtém através 
do relato, em juízo por pessoas que conhecem o fato controvertido que está 
sendo objeto de prova. 
O depoimento da testemunha deverá ser colhido na audiência de 
instrução e julgamento perante o juiz da causa. 
 No que tange à prova testemunhal, prevalece a qualidade do depoimento 
das testemunhas e não a quantidade. Logo, caso exista, apenas, uma 
testemunha, o seu depoimento não poderá ser desprezado caso seja firme e 
seguro. 
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¾ No Procedimento Ordinário cada uma das partes não poderá indicar mais 
de 3 testemunhas. 
¾ No Procedimento Sumaríssimo cada parte poderá indicar até duas 
testemunhas. 
¾ No Inquérito para apurar falta grave cada parte poderá indicar até seis 
testemunhas. 
O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma 
testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no 
processo. 
Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, 
as impedidas e as suspeitas. Estes poderão ser ouvidos apenas como 
informante do juízo e as partes poderão contraditar os seus depoimentos 
argüindo uma das causas de impedimento, suspeição ou de incapacidade. 
 O art. 406 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, assim, a testemunha 
não será obrigada a depor em juízo sobre fatos que lhe acarretem grave dano, 
bem como ao seu cônjuge ou aos seus parentes consanguíneos ou afins, em 
linha reta ou na colateral em segundo grau e nem sobre fatos a cujo respeito 
por estado ou profissão, deva guardar sigilo. 
¾ Testemunha referida é aquela que é referida no depoimento das outras 
testemunhas ou das partes e assim o juiz poderá determinar de ofício ou 
a requerimento da parte a sua inquirição (art. 418 do CPC). 
¾ Contradita é a denúncia pela parte interessada dos motivos que 
impedem ou tornam suspeito o depoimento das testemunhas. 
 Art. 405 do CPC estabelece quem são as testemunhas incapazes, impedidas 
e suspeitas: 
a) são incapazes; o interdito por demência; o que acometido por enfermidade 
ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os fatos não podia discerni-
los ou ao tempo em que deva depor não está habilitado a transmitir as 
percepções; o menor de 16 anos; o cego e o urdo quando a ciência do fato 
depender dos sentidos que lhes faltam. 
b) são impedidos: o cônjuge, o ascendente e o descendente em qualquer grau, 
ou colateral até o terceiro grau de alguma das partes por consanguinidade ou 
afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou tratando-se de causa relativa 
ao estado da pessoa não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz 
repute necessária ao julgamento do mérito; o que é parte na causa; o que 
intervém em nome de uma parte como o tutor na causa do menor, o 
representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que 
assistam ou tenham assistido as partes. 
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c) são suspeitos: o condenado por crime de falso testemunho havendo 
transitado em julgado a sentença;o que por seus costumes não for digno de 
fé; o inimigo capital da parte ou o seu amigo íntimo; o que tiver interesse no 
litígio. 
Súmula 357 do TST Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar 
litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
 Art. 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não 
souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete 
nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se 
tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. 
 § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas 
correrão por conta da parte a que interessar o depoimento. 
¾ As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao 
serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando 
devidamente arroladas ou convocadas. 
¾ Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em 
hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer 
à audiência marcada. 
¾ No processo do trabalho não há depósito de rol de testemunhas, que 
deverão comparecer à audiência independente de intimação. 
 Art. 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à audiência 
independentemente de notificação ou intimação. 
 Parágrafo único - As que não comparecerem será intimadas, ex officio 
ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, 
além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não 
atendam à intimação. 
¾ No Procedimento Sumaríssimo somente será deferida a intimação de 
testemunhas que comprovadamente convidada deixar de comparecer. 
Portanto, a parte deverá demonstrar que a testemunha foi convidada, o 
que não é necessário no Procedimento Ordinário (art. 825, parágrafo 
único da CLT). 
 Art. 828 da CLT- Toda testemunha, antes de prestar o 
compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, 
profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço 
prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis 
penais. 
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Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão 
resumidos, por ocasião da audiência, pelo chefe de secretaria da Junta 
ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada 
pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes. 
 Art. 829 da CLT - A testemunha que for parente até o terceiro 
grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não 
prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples 
informação. 
O art. 411 do CPC trata da deferência de lei estabelecendo que 
determinadas pessoas, caso sejam testemunhas de algum processo, serão 
inquiridas em sua residência ou onde exercem as suas funções. 
 São elas: a) o Presidente e o Vice-Presidente da República; b) o presidente 
do senado e da Câmara dos deputados; c) os Ministros de estado; d) o 
Procurador-Geral da República; e) Os Senadores e Deputados Federais; f) os 
Governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal; g) os 
Deputados Estaduais; h) Os Ministros do Supremo tribunal federal, do Superior 
Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral; do Tribunal Superior do 
Trabalho e do tribunal de Contas da União; i) Os Desembargadores dos 
Tribunais de Justiça, os juízes dos tribunais regionais Eleitorais e os 
Conselheiros dos tribunais de contas dos Estados e do Distrito Federal; j) o 
embaixador de país que por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao 
agente diplomático do Brasil. 
 
Dica: Não se aplica a vereador e a prefeito esta deferência da lei. 
Dica: Os membros do Ministério Público da União também gozam desta 
prerrogativa de acordo com o art. 18, II, g da Lei complementar 75/93. 
Ônus da Prova: 
O ônus da prova é o dever que a parte tem de provar em juízo as suas 
alegações para o convencimento do juiz. 
A análise do ônus da prova poderá ser dividida em duas partes: a 
primeira trata-se do ônus subjetivo da prova e a segunda refere-se ao ônus 
objetivo. 
BIZU DE 
PROVA 
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O ônus subjetivo da prova está ligado ao dever das partes em 
provar tal fato controvertido, assim pelo ônus subjetivo o 
magistrado deverá analisar quem tem o dever, ou seja, o 
encargo de prová-lo. 
O ônus objetivo está ligado à prova do fato. 
No Processo do Trabalho o art. 818 da CLT combinado com o art. 333 do 
CPC tratam do ônus subjetivo da prova. 
Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. 
Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: 
I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor. 
¾ Fato constitutivo é aquele que deu origem à relação jurídica que está 
sendo discutida em juízo. 
Exemplificando: empregado requer o reconhecimento do vínculo 
empregatício e a reclamada nega a prestação de serviços, ele deverá provar 
o fato constitutivo de seu direito 
¾ Fato extintivo é aquele que põe fim à relação jurídica deduzida no 
processo. 
Exemplificando: empregado postula o pagamento de salários e o 
empregador prova que pagou através de recibos assinados pelo empregado. 
¾ Fato impeditivo é aquele que, segundo Alexandre Freitas Câmara, tem 
conteúdo negativo, ou seja, a ausência de alguns dos requisitos 
genéricos de validade do ato jurídico (agente capaz, forma, objeto lícito). 
Exemplificando: O reclamado demonstrar que o reclamante era de fato 
associado de uma cooperativa o que exclui o pedido de declaração de 
vínculo empregatício, conforme o art. 442, parágrafo único da CLT. 
¾ Fato modificativo é aquele que não irá extinguir, mas alterará a relação 
jurídica entre as partes. 
Exemplificando: a prova de pagamento parcial das verbas postuladas 
pelo reclamante. 
 
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 A distribuição do ônus da prova e a prova da existência ou não da relação 
de emprego processar-se-á da seguinte forma: 
a) Se o reclamante requerer em juízo o reconhecimento do vínculo de emprego 
e a reclamada alegar que não houve a prestação de tais serviços,será do 
empregado o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito. 
b) Se o reclamante requerer o reconhecimento do vínculo de emprego e a 
reclamada na defesa admitir a prestação dos serviços do empregado, mas 
alegar, por exemplo que ele era trabalhador eventual, aí será do empregador o 
ônus de provar que a relação havida não era de emprego. 
Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o 
término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o 
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação 
de emprego constitui presunção favorável ao empregado. 
 A Súmula 338 do TST admite a inversão do ônus da prova no processo do 
trabalho, no que se refere aos pedidos de horas extras, quando a empresa 
contar com mais de 10 empregados e negar-se a apresentar os controles de 
freqüência, injustificadamente. 
Súmula 338 do TST- JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa 
de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em 
contrário. II - A presunçãode veracidade da jornada de trabalho, ainda que 
prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III 
- Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes 
são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às 
horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da 
inicial se dele não se desincumbir. 
Há algumas súmulas e orientações jurisprudenciais do TST que 
estabelecem o ônus da prova em determinados casos, o que prevalece sobre a 
regra geral do art. 818 da CLT e 333 do CPC. 
Observem abaixo: 
Súmula 6 do TST EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT. VIII - É do 
empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da 
equiparação salarial. 
Súmula 16 do TST- NOTIFICAÇÃO Presume-se recebida a notificação 48 
(quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a 
entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
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Súmula 385 do TST Cabe à parte comprovar, quando da interposição do 
recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja expediente 
forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal. 
OJ 301 SDI-I TST Definido pelo reclamante o período no qual não houve 
depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela reclamada a 
inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, atrai para si o ônus da 
prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias respectivas, a fim de 
demonstrar o fato extintivo do direito do autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, 
II, do CPC). 
Esta OJ foi cancelada em Maio de 2011. 
OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do empregado 
o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do 
vale-transporte. 
Incidente de falsidade: O art. 390 da CLT é aplicado subsidiariamente ao 
processo do trabalho, uma vez que a CLT não regulamenta o incidente de 
falsidade documental. 
Diz o art. 390 da CLT que o incidente de falsidade será aplicado, em 
qualquer tempo e grau de jurisdição, incumbindo à parte, contra quem foi 
produzido o documento suscitá-lo na contestação ou no prazo de 10 dias, 
contados da intimação da sua juntada aos autos. 
A regra do art. 390 do CPC deverá ser adaptada ao processo do trabalho, 
porque neste a parte toma ciência do documento em audiência. Assim, o prazo 
de 10 dias deverá ser aberto para a argüição do incidente de falsidade. 
Inspeção judicial: (Artigos 440/443 do CPC) 
“É a atividade instrutória do juiz, destinada a examinar uma coisa ou 
lugar, a fim de tomar conhecimento de suas características (Liebman)”. 
A CLT é omissa em relação à inspeção judicial, por isso, aplica-se o 
Código de Processo Civil, subsidiariamente. 
A inspeção judicial terá lugar toda vez que houver necessidade de o juiz 
deslocar-se ao local, em que estiver a pessoa ou coisa, conforme estabelece o 
art. 440 do CPC. 
BIZU DE 
PROVA 
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 Art. 440 CPC O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, 
em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisa, a fim de 
esclarecer sobre fato, que interesse á decisão da causa. 
Encerramento da instrução e razões finais: 
Terminada a instrução processual, as partes poderão aduzir razões finais, 
no prazo de dez minutos para cada parte (art. 850 da CLT). Portanto, as 
razões finais não são obrigatórias. 
Razões finais ou alegações finais são as faculdades conferidas às partes 
de manifestarem-se nos autos do processo, antes que a sentença seja 
proferida. 
No Processo do Trabalho, as razões finais são oferecidas oralmente. 
Na prática, quando a sentença não for proferida na própria audiência, 
alguns juízes permitem que as partes ofereçam razões finais por escrito, em 
forma de “memoriais”. Tal praxe é extraída da aplicação analógica do art. 454, 
parágrafo 3º, do CPC. 
3.8. Questões sem comentários: 
1. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados -TRT 4ª Região – 
2011) A empresa X possui 3 empregados; a empresa Y possui 7 empregados 
e a empresa Z possui 10 empregados. Em reclamação trabalhista relativa ao 
pagamento de horas extras laboradas, não terá o ônus de provar as horas 
trabalhadas com a apresentação do controle de frequência 
a) a empresa Z, somente. 
b) a empresa X, somente. 
c) as empresas X e Y, somente. 
d) as empresas Y e Z, somente. 
e) as empresas X, Y e Z. 
2. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados -TRT 24ª Região 
– 2011) Camila, advogada de Ana, pretende ajuizar reclamação trabalhista 
cujo valor da causa é de R$ 17.000,00. Neste caso, em regra, 
(A) Camila deverá arrolar previamente até duas testemunhas na petição inicial, 
sob pena de preclusão. 
(B) na data da audiência, Ana deverá trazer até três testemunhas, 
independentemente de intimação. 
(C) o pedido deverá ser certo e determinado, indicando o valor de R$ 
17.000,00. 
(D) Camila poderá requerer a citação por edital se a empresa ré, 
comprovadamente, possuir endereço incerto. 
(E) Camila deverá arrolar previamente até três testemunhas na petição inicial, 
sob pena de preclusão. 
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3. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados -TRT 24ª Região 
– 2011) Em determinada reclamação trabalhista Janaina, advogada da 
reclamante, anexou à petição inicial cópia simples, extraída da internet, de 
Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Este documento, de acordo com 
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, 
(A) não possui valor probante, uma vez que as Convenções Coletivas de 
Trabalho devem ser anexadas aos autos obrigatoriamente por meio de cópias 
com carimbo do órgão representativo da categoria em questão. 
(B) não possui valor probante, pois os instrumentos normativos que 
acompanham a reclamação ou a contestação devem ser obrigatoriamente 
cópias autenticadas em razão da relevância jurídica. 
(C) possui valor probante incontestável, tratando-se de documento comum a 
ambas as partes e de fácil acesso. 
(D) não possui valor probante, uma vez que foi extraído da internet e não de 
órgãos oficiais. 
(E) possui valor probante, desde que não haja impugnação do seu conteúdo, 
eis que se trata de documento comum a ambas as partes. 
4. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região- 2010) As partes serão inquiridas 
pelo Juiz e, por seu intermédio, pelos seus representantes e advogados. 
5. (Juiz do Trabalho – TRT 23ª Região- 2010) A respeito do ônus da 
prova, observando-se os posicionamentos jurisprudenciais majoritários, 
assinale a alternativa correta: 
I) Com relação às empresas que possuem mais de dez empregados, a não 
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa 
de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em 
contrário. 
II) O ônus de provar a data do término do contrato laboral pertence ao 
empregado, se negado o despedimento, considerando-se a regra de que o “a 
prova das alegações incumbe à parte que as fizer”. 
III) É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo da equiparação salarial. 
IV) As anotações na carteira profissional do empregado, quando apostas pelo 
empregador geram presunção “juris et de jure”. 
V) Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniforme 
são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às 
horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada

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