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CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Na nossa aula de hoje, estudaremos “Recursos no Processo do Trabalho”, tema de suma importância para os concursos, uma vez que é certo cair em prova questões sobre este tema. Nesta aula, abordarei a teoria geral dos recursos e os recursos em espécie, ou seja, os tipos de recursos que podem ser interpostos na Justiça do Trabalho. Relembraremos a questão discursiva do TRT da 20ª Região (FCC), que abordou os efeitos dos recursos. Vamos ao estudo de hoje! Aula 09: Dos recursos no processo do trabalho. 9.1. Recursos: Conceito e admissibilidade A palavra recurso deriva do latim “recursus” que significa andar para trás, retorno, reapreciação. Para Amauri Mascaro Nascimento os recursos constituem um instrumento assegurado aos interessados para que, sempre que vencidos possam pedir aos órgãos jurisdicionais um novo pronunciamento sobre a questão decidida. O jurista Nelson Nery Júnior afirma que recurso é o remédio processual que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público ou de um terceiro, a fim de que a decisão judicial possa ser submetida a novo julgamento por órgão de jurisdição hierarquicamente superior, em regra àquele que a proferiu. Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que recurso, como espécie de remédio processual é um direito assegurado por lei para que as partes, o terceiro prejudicado ou o Ministério Público possam provocar o reexame da decisão proferida na mesma relação jurídica processual, retardando, assim, a formação da coisa julgada. Segundo o jurista o recurso constitui o corolário, prolongamento do exercício do direito de ação. Vamos visualizar o a interposição de recursos! CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 Varas de Trabalho (Juízes do Trabalho) (1º grau) Uma sentença proferida por um Juiz do Trabalho, em uma Vara de Trabalho (1º grau) é passível de recurso para o TRT (2º grau) e um acórdão proferido no TRT é passível de recurso para o TST. Quando um recurso é interposto ele será submetido, em regra, à análise de dois juízos de admissibilidade: � 1º Juízo de admissibilidade: “juízo a quo”. (prolator da decisão impugnada) � 2º Juízo de admissibilidade: “juízo ad quem”. (competente para julgar o recurso). Estes juízos têm por objetivo verificar a presença dos pressupostos recursais (objetivos e subjetivos), e caso algum deles esteja ausente o recurso não será conhecido. ⇒ O despacho do “juízo a quo” não vincula o “juízo ad quem”. O juízo ad quem poderá conhecer de um recurso que não foi conhecido pelo juízo a quo e o juízo a quo poderá conhecer de um recurso que não foi conhecido pelo juízo ad quem. ⇒ Exceção/ art. 897-A da CLT. Os embargos de declaração possuem apenas um juízo de admissibilidade, pois este recurso é julgado pelo próprio órgão que proferiu a decisão recorrida. TST (3º grau) TRTS 2º grau CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 O art. 514 do CPC traz como requisitos para a interposição de recurso: a indicação dos nomes e a qualificação das partes, a apresentação da fundamentação dos fatos e do direito e a exigência de pedido de nova decisão, ou seja, de novo julgamento. A Súmula 422 do TST traz determinação no sentido do não conhecimento do recurso quando o recorrente não impugnar os fundamentos da decisão recorrida. Súmula 422 do TST Não se conhece de recurso para o TST, pela ausência do requisito de admissibilidade inscrito no art. 514, II, do CPC, quando as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que fora proposta. 9.2. Princípios recursais no processo do trabalho: Os princípios recursais são as diretrizes básicas e os preceitos fundamentais dos recursos trabalhistas. Os recursos trabalhistas seguem as mesmas diretrizes dos princípios recursais do Código de Processo Civil e da Constituição Federal. Atenção: A CLT e a legislação processual trabalhista extravagante elencam, de forma taxativa os recursos no Processo do Trabalho. Desta forma não será possível aplicar ao Processo do Trabalho um recurso previsto no CPC sob o argumento de que a CLT é omissa. A taxatividade restringe-se somente ao arrolamento dos recursos admissíveis e não a toda a regulamentação da matéria. Portanto, incidem no processo trabalhista as demais normas do CPC referentes aos recursos, para suprir omissões da CLT (art. 769 da CLT). Vejamos os princípios: a) Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: O princípio do duplo grau de jurisdição assenta-se na possibilidade de controle dos atos jurisdicionais dos órgãos inferiores pelos órgãos jurisdicionais superiores. BIZU DE PROVA CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 Segundo Mauro Schiavi prevalece o entendimento de que o duplo grau de jurisdição não é um princípio constitucional, pois a Constituição não o prevê expressamente. Para o jurista não se pode dizer que o princípio do duplo grau de jurisdição decorre do devido processo legal, do contraditório e da inafastabilidade da jurisdição. Súmula 303 do TST: FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo: a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos; b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso anterior. III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. b) Princípio da Taxatividade: Já falei um pouco deste princípio. Reflete que somente os recursos previstos na lei processual trabalhista extravagente ou na CLT serão cabíveis no Processo do Trabalho. No Processo do Trabalho são cabíveis os seguintes recursos segundo a sistemática da CLT (segundo Mauro Schiavi): a) Recurso ordinário (art. 895 da CLT); b) Recurso de revista (art. 896 da CLT); c) Embargos para o TST (art. 894 da CLT); d) Agravo de instrumento (art. 897 da CLT); e) Agravo de petição (art. 897 da CLT); f) Embargos de declaração (art. 897-A da CLT); g) Agravo regimental (art. 709, parágrafo 1º da CLT); h) Pedido de revisão ao valor atribuído à causa (art. 2º, parágrafo 1º da Lei 5.584/70). Há, também, no Processo do Trabalho a possibilidade de interposição de Recurso Extraordinário, que não é um recurso trabalhista stricto sensu, mas por ser um recurso constitucionalé aplicável ao processo do trabalho (art. 102 da CF/88). CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 É importante falar da remessa ex officio, também chamada de recurso de ofício, prevista no art. 475 do CPC e Decreto-lei 779/69, embora não tenha a mesma natureza jurídica dos recursos é aplicável ao processo do trabalho. Quando houver condenação em face da Fazenda Pública, nos termos do Decreto-lei 779/69 e art. 475 do CPC, o processo estará sujeito ao duplo grau de jurisdição obrigatório ou à remessa de oficio, também denominada recurso de ofício. A remessa necessária não tem natureza recursal, uma vez que não se busca aclarar, reformar ou anular a decisão. Trata-se de condição de eficácia da sentença que somente produzirá efeitos depois de confirmada pelo Tribunal. c) Princípio da Singularidade ou Unirrecorribilidade: Consiste no fato de ser cabível somente um recurso para cada decisão. d) Princípio da Fungibilidade: Consiste no fato de o recorrente poder interpor um recurso ao invés de outro, quando presentes alguns requisitos. São pressupostos para aplicação do princípio da fungibilidade: a) Dúvida objetiva sobre o recurso cabível: Há dúvida objetiva quando há fundada discussão tanto na doutrina quanto na jurisprudência sobre qual o recurso cabível para a decisão. b) Inexistência de erro grosseiro ou má-fé: Há erro grosseiro quando a lei expressamente disciplina um recurso e a parte interpõe outro recurso. c) Interposição no prazo do recurso correto: Havendo dúvida sobre qual o recurso correto, deve a parte interpor o recurso no prazo do recurso correto. Assim, se há dois prazos distintos, deverá a parte interpor o recurso no prazo do recurso menor. A jurisprudência do TST acolhe o princípio da fungibilidade recursal conforme podemos observar na súmula 421 do TST e na OJ 69 da SDI-1 do TST: Súmula 421 do TST - Embargos Declaratórios - Justiça do Trabalho - Decisão Monocrática – Cabimento. I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC, conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão-somente suprir omissão e não, modificação do julgado. II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declaratórios deverão ser submetidos ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 OJ 69 da SDI- II do TST Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental. e) Princípio da reformatio in pejus: O princípio da proibição da reformatio in pejus decorre do princípio do dispositivo e também do princípio do tantum devolutum quantum appellatum, segundo o qual não se pode agravar a situação do recorrente. Constitui exceção a este princípio de vedação da reformatio in pejus as matérias que o Tribunal pode conhecer de ofício, como as mencionadas no art. 301 do CPC (matérias de ordem pública). f) Princípio da Variabilidade: Alguns autores sustentam a existência deste princípio, que consiste na possibilidade de o recorrente, dentro do prazo recursal, variar o recurso interposto, ou seja, alterar a medida recursal já interposta, com a finalidade de interpor o recurso correto para a decisão. Mauro Schiavi não perfilha deste entendimento. Observem: “Pensamos que, atualmente, diante da sistemática processual vigente, tanto da CLT que não contém regra a respeito, como do CPC de 73 que não repetiu o disposto no art. 809 do CPC de 39, não existe o princípio da variabilidade no ordenamento processual vigente, tampouco no Processo do Trabalho”. Assim, uma vez interposto o recurso o recorrente consuma o ato não podendo alterar a medida recursal, pois estará consumada a preclusão consumativa. 9.3. Teoria Geral: a) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: A regra geral é que as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato na Justiça do trabalho, sendo recorríveis apenas no recurso da decisão definitiva que, em regra, é o recurso ordinário. Art. 893 da CLT § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. É importante assinalar que as decisões interlocutórias poderão ensejar recurso nas hipóteses elencadas na Súmula 214 do TST. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Decisão interlocutória é um ato do juiz que no curso do processo resolverá uma questão incidental a ele, mas que não terá relação com o mérito/pedido da ação. A Súmula apresenta então, três exceções ao princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. A primeira, quando a decisão contrariar Súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST o fundamento da admissibilidade imediata do recurso contra a decisão é a celeridade e economia processual, uma vez que a decisão será reformada no TST. Já quando a decisão for suscetível de impugnação de recurso para um mesmo Tribunal podemos citar o cabimento de recurso de decisão do juiz relator quando negar seguimento a um recurso, como é o caso do agravo regimental. Já a terceira hipótese é o caso, por exemplo, de um juiz do trabalho que acolhe a exceção de incompetência territorial e remeterá os autos do processo para um tribunal distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, neste caso o TST admite o recurso desta decisão. Observem o que a FCC abordou! (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 15ª Região- 2009) Contra decisão de Tribunal Regional do Trabalho que reconhece ter havido nulidade ou a existência de irregularidade sanável e determina a baixa dos autos ao juízo de primeiro grau, para novo pronunciamento deste, (A) caberá agravo regimental. (B) caberá embargos no prazo de oito dias. (C) caberá recurso de revista no prazo de oito dias. (D) não caberá recurso. (E) caberá recurso de revista no prazo de cinco dias. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 Comentários: Letra D. Trata-se de uma decisão interlocutória, por isso não caberá recurso de imediato conforme estabelece o art. 893, parágrafo 1º da CLT. No Processo do Trabalho, as decisões interlocutórias não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece oart. 893 § 1º da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I - embargos; II - recurso ordinário; III- recurso de revista; IV- agravo. § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir decisão interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte poderá recorrer desta decisão. Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for acolhida exceção de incompetência territorial relativa (estudaremos na aula sobre exceção, contestação e reconvenção) com remessa do processo para outro TRT a parte poderá recorrer da decisão interlocutória. Neste sentido a Súmula 214 do TST! Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 b) Efeito Devolutivo dos recursos: No processo do trabalho os recursos serão dotados, em regra de efeito devolutivo, permitindo-se a extração de carta de sentença para a execução provisória até a penhora. Art. 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. Há outras classificações que foram objeto da prova discursiva do TRT 20ª região em 2011, conforme já estudamos aqui. Observem: (TRT 20ª Região – Analista Judiciário – FCC – 2011) Em que consistem os efeitos translativo, regressivo, substitutivo, devolutivo e suspensivo dos recursos: Sugestão de resposta: A banca pede que vocês falem de todos os efeitos dos recursos, ela quer o conceito de cada um deles. Observem o resumo teórico dos efeitos dos recursos: Efeitos dos recursos: a) Efeito Devolutivo: no processo do trabalho os recursos são dotados, ordinariamente, de efeito devolutivo, permitindo ao credor a execução provisória da sentença. Por efeito devolutivo deve-se entender a devolução da matéria submetida a apreciação e julgamento pelo órgão judicial destinatário do recurso. b) Efeito Suspensivo: Este efeito não permite a execução provisória da sentença, pois ele adia os efeitos da decisão impugnada. c) Efeito Translativo: Permite ao órgão recursal conhecer de uma matéria ainda que não tenha sido objeto de impugnação. São as matérias de ordem pública que devem ser conhecidas de ofício. d) Efeito Substitutivo: A decisão do órgão recursal substitui a decisão do órgão recorrido no que tiver sido objeto do recurso. Há duas situações em que o recurso interposto não terá efeito substitutivo, são elas: 1)quando o órgão recursal não conhece o recurso; 2) quando o órgão recursal decreta a nulidade da sentença. e) Efeito Extensivo: O efeito extensivo tem aplicabilidade na hipótese de litisconsórcio unitário, sendo aquele que ocorre quando a decisão judicial tem que ser uniforme para todos os componentes. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 f) Efeito Regressivo: È aquele que tem cabimento na hipótese de possibilidade de retratação ou reconsideração pelo mesmo juízo prolator da decisão, como ocorre com o Agravo de Instrumento e com o Agravo Regimental. (FCC - Analista Judiciário - Execução de mandados TRT 20ª Região- 2011) São pressupostos recursais intrínsecos (A) o depósito recursal e o interesse recursal. (B) o cabimento e o pagamento de custas. (C) o interesse recursal e a legitimidade. (D) a tempestividade e a legitimidade. (E) o depósito recursal e a tempestividade. Comentários: Letra C. c) Uniformidade de prazo para recurso: Será de 08 dias o prazo para interpor e contra-razoar qualquer recurso trabalhista. Entretanto, alguns recursos possuem prazos diferenciados, como o de 05 dias para embargos de declaração e o de 15 dias para recurso extraordinário. d) Instrução Normativa 27: A Instrução normativa 27 do TST assim dispõe: a ampliação da competência da justiça do trabalho pela Emenda Constitucional 45/04 não alterou o sistema recursal trabalhista. A sistemática recursal a ser observada será a prevista na CLT. e) Efeitos dos recursos Efeito Devolutivo: No processo do trabalho os recursos são dotados, ordinariamente, de efeito devolutivo, permitindo ao credor a execução provisória da sentença. Por efeito devolutivo deve-se entender a devolução da matéria submetida à apreciação e julgamento pelo órgão judicial destinatário do recurso. Efeito Suspensivo: Este efeito não permite a execução provisória da sentença, pois ele adia os efeitos da decisão impugnada. f) Pressupostos Recursais objetivos e subjetivos � Pressupostos recursais objetivos ou extrínsecos: São pressupostos processuais objetivos ou extrínsecos: a) a recorribilidade do ato: O ato será recorrível quando não houver vedação legal para a interposição de recurso como, por exemplo, os despachos de mero expediente que não são passíveis de recursos; CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 Atenção: Questão Subjetiva CESPE - comentada: Qual é o recurso cabível contra decisão do juiz do trabalho na qual seja homologado acordo pactuado entre as partes? Justifique sua resposta. Comentários: No procedimento ordinário o juiz é obrigado a fazer duas propostas de conciliação: a primeira quando abrir a audiência antes de receber a contestação e a segunda após razões finais antes de proferir a sentença. E, também a qualquer tempo o juiz poderá propor a conciliação entre as partes, independentemente das duas propostas conciliatórias obrigatórias por lei. Quando as partes conciliarem-se, ou seja,celebrarem acordo, o juiz deverá lavrar um termo de conciliação que será assinado pelas partes e por ele.Este termo de conciliação é considerado uma sentença homologatória de transação entre as partes, sendo, título executivo judicial que pode ser executado na Justiça do Trabalho. As partes não poderão interpor recurso contra o termo de conciliação, exceto quanto às parcelas devidas para a previdência social, uma vez que o parágrafo único do art. 831 da CLT estabelece que o mesmo valerá como decisão irrecorrível. Em face do que excepciona o parágrafo único do art. 831 da CLT a União poderá interpor recurso ordinário relativamente às contribuições previdenciárias decorrentes dos acordos homologados. Art. 831 da CLT - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. Parágrafo único - No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisãoirrecorrível salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. A desconstituição do termo de conciliação somente será possível através de ação rescisória de acordo com a Súmula 259 do TST. Súmula 259 do TST TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. b) a adequação: O recurso interposto tem que ser o previsto para impugnar a decisão, isto é o mesmo que dizer que ele é adequado; c) a tempestividade: Por tempestividade deve-se entender o fato do recurso ser interposto dentro do prazo próprio para cada recurso, estabelecido por lei. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 BIZU DE PROVA (NOVA SÚMULA): Observem a situação hipotética, relativamente ao prazo para a interposição de recurso: Em ação trabalhista já em grau de recurso, a advogada de Joana tomou conhecimento da decisão proferida em recurso ordinário mediante publicação da ata de julgamento. Antes de ter sido publicado o referido acórdão, a advogada interpôs o recurso de revista para impugnar a decisão. O recurso deverá ser considerado tempestivo ou intempestivo, de acordo com orientação jurisprudencial do TST? SÚMULA 434 (EX-OJ 357) RECURSO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO IMPUGNADO. EXTEMPORANEIDADE. I) É extemporâneo recurso interposto antes de publicado o acórdão impugnado. II) A interrupção do prazo recursal em razão da interposição de embargos de declaração pela parte adversa não acarreta qualquer prejuízo àquele que apresentou seu recurso tempestivamente. O recurso de revista apresentado pela advogada de Joana foi intempestivo, uma vez que a antiga Orientação Jurisprudencial 357 da SDI-1 do TST, agora convertida na Súmula 434 do TST, estabelecia que o recurso interposto antes da publicação do acórdão impugnado é extemporâneo, ou seja, intempestivo. O termo a quo para contagem do prazo recursal ocorrerá com a publicação da decisão recorrida, assim o recurso que for interposto antes da publicação da decisão a ser impugnada será intempestivo, uma vez que o prazo recursal começara a correr a partir da publicação da decisão. Há julgados que apresentam como fundamentação para a decisão que considera intempestivo, o recurso interposto antes da publicação do acórdão, o artigo 184, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil (aplicação subsidiária ao processo do trabalho), segundo o qual o termo inicial do prazo recursal começa a correr a partir da intimação das partes. É importante mencionar que a contagem do prazo para interposição de recurso é regulamentada, pelos seguintes dispositivos legais e jurisprudenciais: Art. 851 da CLT - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação, serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 Art. 852 da CLT - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841. Súmula 30 do TST Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença. Súmula 197 do TST O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação. d) a representação: OJ 120 da SDI-1 do TST O recurso sem assinatura será tido por inexistente. Será considerado válido o apelo assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões recursais. e) o preparo: Por preparo deve-se entender o pagamento das custas e do depósito recursal, quando não for feito o preparo diz-se que ocorreu a deserção e o recurso não será conhecido. A massa falida não terá o ônus de ter o seu recurso considerado deserto, por não ter pago as custas processuais e não ter efetuado o depósito recursal. Massa falida é o nome que se dá a uma empresa que está passando por um processo de falência. Deserção ocorrerá quando o recurso não for conhecido por não ter sido realizado o preparo que é um pressuposto processual objetivo, indispensável para o conhecimento do recurso. Atenção: Em Junho de 2010, art. 899 da CLT foi acrescido do parágrafo sétimo que assim dispõe: § 7o No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. O quadro abaixo elenca as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST referentes ao depósito recursal: Súmula 86 do TST Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 Súmula 128 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente, efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia a sua exclusão da lide. Súmula 387 do TST IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800/1999,somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. (inserido em 2011) Súmula 426 do TST Nos dissídios individuais o depósito recursal será efetivado mediante a utilização da guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP, nos termos dos §§ 4o e 5o do art. 899 da CLT, admitido o depósito judicial, realizado na sede do juízo e à disposição deste, na hipótese de relação de trabalho não submetida ao regime do FGTS. (2011) OJ 264 da SDI- 1 do TST Não é essencial para a validade da comprovação do depósito recursal a indicação do número do PIS/PASEP na guia respectiva. � Pressupostos recursais subjetivos ou intrínsecos: São pressupostos processuais subjetivos: a) A legitimidade das partes: Partes legítimas são aquelas que poderão interpor o recurso contra determinada decisão. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 A doutrina considera como legitimados as seguintes pessoas: as partes, o terceiro interessado e o Ministério Público, o sucessor ou herdeiro, a empresa condenada solidariamente ou subsidiariamente, o subempreiteiro, o empreiteiro principal ou o dono da obra, os litisconsortese assistentes, o substituto processual, o Ministério Público do Trabalho, tanto nos processos em que é parte quanto naqueles em que oficia como custos legis,o presidente do TRT e o Ministério Público do trabalho das decisões proferidas em dissídios coletivos, que afetem as empresas de serviços públicos, ou, em qualquer caso, das proferidas em revisão nos casos de dissídio coletivo. b) A capacidade: Refere-se à plena capacidade civil estabelecida nos artigos 3º, 4º e 5º do Código Civil, ou seja, no ato de interposição do recurso o recorrente não poderá estar, por exemplo, sofrendo das faculdades mentais. c) O interesse processual: O interesse para a interposição de recurso decorre da utilidade e necessidade em recorrer, ou seja, utilidade da providência jurisdicional que se pede e necessidade da via recursal para obtê- la. OJ 338 SDI- I do TST Há interesse do Ministério Público do trabalho para recorrer contra a decisão que declara a existência de vínculo empregatício com Sociedade de economia Mista, após a CF/88, sem a prévia aprovação em concurso público. 9.4. Espécies: Antes de falar sobre as espécies de recursos, é importante lembrar da remessa necessária. O Decreto-lei 779/69 estabelece que nas causas em que figurarem a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, bem como as autarquias e fundações públicas, que não explorem atividade econômica, haverá recurso ordinário ex officio das decisões que lhes sejam total ou parcialmente contrárias. O recurso ex officio ou remessa necessária não comportará contrarazões e nem recurso adesivo, uma vez que apesar do nome “recurso” esta remessa não tem natureza de recurso, sendo privilégio processual da Fazenda Pública. Em relação a este tema, as provas de Processo do Trabalho abordam a Súmula 303 do TST! Súmula 303 do TST I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo: a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos; b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 Supremo Tribunal Federal ou com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso anterior. III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado, pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. Vamos estudar, agora, as espécies de recursos no Processo do Trabalho! 1. Recurso Ordinário: (Art. 895 da CLT, Súmulas 158, 201, 414 do TST). Varas de Trabalho (Juízes do Trabalho) 1º grau Caberá recurso ordinário para a instância superior: a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas de Trabalho e juízos para os TRTS; b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. � O prazo para a interposição do recurso ordinário será de oito dias. TST (3º grau) TRTS 2º grau CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 É importante lembrar que no procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário terá características próprias com o objetivo de maior celeridade processual. Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: a) será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; b) terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; c) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. Atenção: Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. É importante citar as Súmulas que tratam de Mandado de Segurança e Ação Rescisória e que se referem ao Recurso Ordinário: Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. LEI Nº 11.925, DE 17 DE ABRIL DE 2009. “Art. 895 I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 Súmula 414 do TST I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III - A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão da tutela antecipada (ou liminar). 2. Embargos no Tribunal Superior do Trabalho: Os embargos constituem espécie recursal cabível exclusivamente no âmbito do TST para pacificar a jurisprudência deste Tribunal. Atualmente, os embargos no TST vêm disciplinados pela Lei 7.701/88, arts. 2º, II, c e 3º, III, b e no art. 894 da CLT, com redação dada pela Lei 11.496/07. Antes do advento da Lei 11.496/07, a Lei 7.701/88 previa três espécies de embargos, quais sejam embargos de divergência, de nulidade e infringentes. Com a nova Lei, são previstos, apenas, dois tipos de embargos: embargos de divergência e embargos infringentes. � O art. 894 da CLT trata dos embargos que poderão ser interpostos para o TST em 8 dias das decisões não-unânimes de julgamento que conciliar, julgar ou homologar conciliação em Dissídios coletivos que excedam a competência regional dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do TST. � Caberá embargos para o TST, de acordo com o art. 894 da CLT, das decisões das Turmas que divergirementre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com Súmula ou OJ do TST ou do STF. � Prazo oito dias. � O art. 2º, II da Lei 7.701/88 trata dos embargos infringentes que caberão das decisões não-unânimes proferidas pelo TST em Dissídios Coletivos de sua competência originária. � Prazo oito dias. � O art. 3º, I II, b da Lei 7.701/88 trata dos embargos de divergência que caberão quando houver divergência de decisão entre: a) turmas do TST; b) Turmas do TST e Seção Especializada em Dissídios Individuais; c) Turmas do TST e Súmulas do Próprio TST. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: I – de decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e II – das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal. OBS: a Seção de Dissídios Individuais julga em última instância os embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais. SÚMULA 433 do TST (publicada em 2012) EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE. PROCESSO EM FASE DE EXECUÇÃO. ACÓRDÃO DE TURMA PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE 26.06.2007. DIVERGÊNCIA DE INTERPRETAÇÃO DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. A admissibilidade do recurso de embargos contra acórdão de Turma em recurso de revista em fase de execução, publicado na vigência da Lei nº 11.496, de 26.06.2007, condiciona-se à demonstração de divergência jurisprudencial entre Turmas ou destas e a Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em relação à interpretação de dispositivo constitucional. Observem a recente decisão do Tribunal Pleno do TST! Tribunal Pleno decide incorporar OJ 293 da SDI-1 na Súmula 353 Em sessão realizada ontem (16/11), o Tribunal Pleno do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, por unanimidade, cancelar a Orientação Jurisprudencial nº 293 da SDI-1 e convertê-la no item “f” da Súmula nº 353 do TST. A alteração atendeu proposta da Comissão de Jurisprudência do TST. Houve, ainda, alteração da referência legal: em vez do $ 1º de art. 557 doCPC (que trata de denegação do seguimento de recurso), passou para § 1º - A do mesmo artigo (que trata do provimento do recurso por despacho). A OJ cancelada tem a seguinte redação: “EMBARGOS À SDI CONTRA DECISÃO DE TURMA DO TST EM AGRAVO DO ART. 557, § 1º, DO CPC. CABIMENTO. São cabíveis Embargos para a SDI contra decisão de Turma proferida em Agravo interposto de decisão monocrática do relator, baseada no art. 557, § 1º, do CPC”. Com a alteração ela ficou da seguinte forma: CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 “EMBARGOS À SDI CONTRA DECISÃO DE TURMA DO TST EM AGRAVO DO ART. 557, § 1º-A, DO CPC. CABIMENTO São cabíveis Embargos para a SDI contra decisão de Turma proferida em Agravo interposto de decisão monocrática do relator, baseada no art. 557, § 1º-A, do CPC”.Já a Súmula 353, que terá o texto da OJ 293 incorporado como letra “f”, tem atualmente o seguinte teor: “EMBARGOS. AGRAVO. CABIMENTO Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de Turma proferida em agravo, salvo: a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela ausência de pressupostos extrínsecos; b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de agravo de instrumento; c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela Turma no julgamento do agravo; d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento; e) para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, parágrafo único, do CPC, ou no art. 557, § 2º, do CPC”. Essa decisão terá validade após sua publicação no Diário Eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho (Augusto Fontenele) Fonte: www.tst.jus.br Súmula 353 do TST Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de Turma proferida em agravo, salvo: a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela ausência de pressupostos extrínsecos; b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de agravo de instrumento; c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela Turma no julgamento do agravo; d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento; e) para impugnar a imposição de multas previstas no art. 538, parágrafo único, do CPC, ou no art. 557, § 2º, do CPC. f) contra decisão de Turma proferida em Agravo interposto de decisão monocrática do relator, baseada no art. 557, § 1º-A, do CPC. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 3. Agravo de petição: Art. 897, a, da CLT � É o recurso cabível para impugnar decisões judiciais proferidas no curso do processo de execução. � Caberá no prazo de 8 (oito) dias. � O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, sendo permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 4. Agravo de instrumento: Art. 897, b, da CLT e S. 285 do TST. � É utilizado para impugnar despachos que negam seguimento ao recurso. � Prazo para agravo e contra-razões é de 8 dias. � Será interposto perante o juízo que não conheceu do recurso. � Admite-se o juízo de retratação, podendo o juízo reconsiderar a decisão. � No âmbito do TST das decisões que denegam seguimento aos recursos cabe Agravo Regimental e não Agravo de instrumento. Súmula 285 do TST O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento. BIZU DE PROVA: O art. 897 da CLT foi recentemente alterado, passando a exigir o recolhimento de custas e o depósito recursal. Art. 897 § 5º, I da CLT - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; 5. Recurso de Revista: (Art. 897 da CLT) � Caberá Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federalinterpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. � O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. � O prazo para a interposição do Recurso de Revista será de oito dias. � Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. � Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. � A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. � Estando a decisão recorrida em consonância com enunciado da Súmula da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, poderá o Ministro Relator, indicando-o, negar seguimento ao Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo. � Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República. � O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 352 DA SBDI-1 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000. (Redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 6.2.2012) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. 6. Recurso Extraordinário: Art. 102, III da CRFB/88 e art. 893, parágrafo 2º da CLT. � Prazo 15 dias. � Não se admite a interposição de recurso extraordinário para o simples reexame de provas. � O recurso extraordinário submete-se a dois juízos de admissibilidade: o primeiro no TST e o segundo no STF. 7. Agravo Regimental: O agravo regimental tem natureza de recurso e está previsto nos regimentos internos dos Tribunais. A CLT em seu art. 709, §1º faz menção a ele. � Do despacho do relator que negar seguimento a um recurso no TST caberá agravo regimental. � Caberá agravo regimental, de uma maneira geral para impugnar decisões monocráticas. � Não há sustentação oral nos agravos regimentais. � Caberá pedido de reconsideração ou retratação no agravo regimental. Art. 709. Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do Tribunal Superior do Trabalho: I – exercer funções de inspeção e correição permanente com relação aos Tribunais Regionais e seus Presidentes; II – decidir reclamações contra os atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos Tribunais Regionais e seus Presidentes, quando inexistir recurso específico; § 1º Das decisões proferidas pelo Corregedor, nos casos do artigo, caberá o agravo regimental, para o Tribunal Pleno. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 Art. 9º da Lei 5.584/70 - No Tribunal Superior do Trabalho, quando o pedido do recorrente contrariar súmula de jurisprudência uniforme deste Tribunal já compendiada, poderá o Relator negar prosseguimento ao recurso, indicando a correspondente súmula. Parágrafo único. A parte prejudicada poderá interpor agravo desde que à espécie não se aplique o prejulgado ou a súmula citada pelo Relator. Lei 7.701/88 - Art. 3º Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar: III – em última instância:c) os agravos regimentais de despachos denegatórios dos Presidentes das Turmas, em matéria de embargos, na forma estabelecida no Regimento Interno; O agravo regimental, portanto, será utilizado, em regra, para provocar o reexame de decisões monocráticas proferidas pelo Tribunal, como as que concedem ou negam medidas liminares, ou de decisões proferidas pelo presidente do Tribunal em matérias administrativas. Também será cabível, para impugnar decisão monocrática proferida pelo juiz relator que negue seguimento a recurso. O agravo regimental também é cabível para impugnar decisão monocrática do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, que negar seguimento ao recurso de embargos no Tribunal Superior do Trabalho. � Não haverá custas ou depósito recursal � Recebido apenas no efeito devolutivo. � O prazo para interposição do recurso é contado em dobro quando a parte for pessoa jurídica de direito público ou o Ministério Público do Trabalho. � O agravo regimental será interposto perante o órgão judicial que prolatou a decisão a ser impugnada, sendo possível o juízo de retratação. � Não sendo cabível a apresentação de contra razões ou de sustentação oral. � OJ 69. Fungibilidade recursal. Indeferimento liminar de ação rescisória ou mandado de segurança. Recurso para o TST. Recebimento como agravo regimental e devolução dos autos ao TRT. Orientação Jurisprudencial da SBDI-2 E-19. Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 � OJ100. Recurso ordinário para o TST. Decisão de TRT proferida em agravo regimental contra liminar em ação cautelar ou em mandado de segurança. Incabível. Não cabe recurso ordináriopara o TST de decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho em agravo regimental interposto contra despacho que concede ou não liminar em ação cautelar ou em mandado de segurança, uma vez que o processo ainda pende de decisão definitiva do Tribunal "a quo". OJ 412. (Divulgada no DeJT 14/02/2012). É incabível agravo inominado (art. 557, §1º, do CPC) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses expressamente previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro. 8. Recurso Adesivo: É um recurso que não tem previsão na CLT e por isso, aplica-se subsidiariamente o art. 500 do CPC. Sendo o recurso adesivo compatível com o processo do trabalho conforme estabelece a Súmula 283 do TST. � Prazo 8 dias. � Na interposição do recurso Extraordinário caberá no prazo de 15 dias. � Caberá na hipótese de interposição de: a) Recurso Ordinário; b) Agravo de petição; c) Recurso de Revista; d) Embargos. � A matéria nele veiculada não precisará estar relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. � O Recurso Adesivo é dependente do recurso principal e por isso, ele não será conhecido se o recurso principal não for conhecido. � Para a interposição do recurso adesivo será preciso ter havido a sucumbência recíproca, ou seja, reclamante e reclamado deverão ter sido vencedores e vencidos parcialmente. � Não caberá a interposição de recurso adesivo no caso de reexame necessário em caso de decisão proferida contra ente público. Súmula 283 do TST O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 Em resumo: Recursos em espécie: Embargos de Declaração Agravo de petição Agravo de instrumento Art. 897-A da CLT Art. 897, a, da CLT Art. 897, b, da CLT Prazo 5 dias Prazo de 8 dias Prazo de 8 dias. Não estão sujeitos a dois juízos de admissibilidade Estão sujeitos a dois juízos de admissibilidade Admite-se o juízo de retratação, podendo o juízo reconsiderar a decisão. OJ 142 SDI-I/TST, Súmulas 184 e 278 do TST. É o recurso cabível para impugnar decisões judiciais proferidas no curso do processo de execução. Súmula 285 do TST. Súmula 184 do TST Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. Súmula 278 do TST A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. Recurso de Revista Recurso Ordinário Recurso Adesivo Art. 897 da CLT Art. 895 da CLT Art. 500 do CPC. Prazo 8 dias Prazo 8 dias. Prazo 8 dias. Cabimento para Turma do TST Cabimento para o TRT e para o TST Para a interposição do recurso adesivo será preciso ter havido a sucumbência recíproca. Dois Juízos de admissibilidade Dois Juízos de admissibilidade Não caberá a interposição de recurso adesivo no caso de reexame necessário em caso de decisão proferida contra ente público. Há diversas Súmulas do TST S. 158, 201, 414 do TST. Súmula 283 do TST CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 Súmula 285 do TST O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento. Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. Súmula 201 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 9.5. Embargos de Declaração: (art. 897-A da CLT) Vide os artigos 535, 536 e 537 do CPC. � Prazo 05 dias para a sua interposição. � Os embargos de declaração não estão sujeitos a dois juízos de admissibilidade recursal, somente a um, pois são julgados pela própria autoridade que proferiu a decisão embargada. � Os embargos de declaração objetivam corrigir obscuridade ou contradição na sentença ou no acórdão, mas os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício, não sendo necessária a interposição de embargos de declaração para que o juiz ou a Turma possam corrigi-los. � O art. 535 do CPC estabelece a possibilidade de interposição de embargos de declaração quando haja obscuridade, contradição ou omissão na decisão. Este artigo é aplicado ao processo do trabalho. Art. 897-A da CLT Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. Parágrafo único - Os erros materiais poderão ser corrigidos CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. Súmula 184 do TST Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. Súmula 278 do TST A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. Efeito modificativo no julgado ocorrerá quando a decisão a ser esclarecida, via embargos declaratórias, modificar o que foi deferido na sentença ou no acórdão. Em relação à natureza jurídica dos embargos de declaração há divergências doutrinárias. Alguns o consideram recurso, outros entendem que a natureza jurídica dos embargos declaratórios não é recursal. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 142 DA SBDI-1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO. VISTA À PARTE CONTRÁRIA. (Inserido o item II à redação). I - É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária. II - Em decorrência do efeito devolutivo amplo conferido ao recurso ordinário, o item I não se aplica às hipóteses em que não se concede vista à parte contrária para se manifestar sobre os embargos de declaração opostos contra sentença. Novas súmulas e OJs do TST: Atenção: Com certeza cairão na prova: SÚMULA 433 EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE. PROCESSO EM FASE DE EXECUÇÃO. ACÓRDÃO DE TURMA PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE 26.06.2007. DIVERGÊNCIA DE INTERPRETAÇÃO DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. A admissibilidade do recurso de embargos contra acórdão de Turma em recurso de revista em fase de execução, publicado na vigência da Lei nº 11.496, de 26.06.2007, condiciona-se à demonstração de divergência jurisprudencial entre Turmasou destas e a Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho em relação à interpretação de dispositivo constitucional. SÚMULA Nº 434 (Ex-OJ 357) RECURSO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO IMPUGNADO. EXTEMPORANEIDADE. (Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 357 da SBDI-1 e inserção do item II à CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 redação) I) É extemporâneo recurso interposto antes de publicado o acórdão impugnado. (ex-OJ nº 357 da SBDI-1 – inserida em 14.03.2008). II) A interrupção do prazo recursal em razão da interposição de embargos de declaração pela parte adversa não acarreta qualquer prejuízo àquele que apresentou seu recurso tempestivamente. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 142 DA SBDI-1 I - É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária. II - Em decorrência do efeito devolutivo amplo conferido ao recurso ordinário, o item I não se aplica às hipóteses em que não se concede vista à parte contrária para se manifestar sobre os embargos de declaração opostos contra sentença. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 336 DA SBDI-1 EMBARGOS INTERPOSTOS ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI N.º 11.496/2007. RECURSO NÃO CONHECIDO COM BASE EM ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. DESNECESSÁRIO O EXAME DAS VIOLAÇÕES DE LEI E DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ALEGADAS NO RECURSO DE REVISTA. (Redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 6.2.2012) Estando a decisão recorrida em conformidade com orientação jurisprudencial, desnecessário o exame das divergências e das violações de lei e da Constituição alegadas em embargos interpostos antes da vigência da Lei n.º 11.496/2007, salvo nas hipóteses em que a orientação jurisprudencial não fizer qualquer citação do dispositivo constitucional. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 352 DA SBDI-1 (Redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 6.2.2012)Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. OJ 412. Agravo inominado ou agravo regimental. Interposição em face de decisão colegiada. Não cabimento. Erro grosseiro. Inaplicabilidade do princípio da fungibilidade recursal. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) É incabível agravo inominado (art. 557, §1º, do CPC) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses expressamente previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 Anexo I: Últimas alterações jurisprudenciais referentes aos recursos Súmula 221 do TST RECURSO DE REVISTA. VIOLAÇÃO DE LEI. INDICAÇÃO DE PRECEITO. INTERPRETAÇÃO RAZOÁVEL. I - A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista com base na alínea "c" do art. 896, da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito. OJ-SDI1-115 RECURSO DE REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade por negativa de prestação jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 458 do CPC ou do art. 93, IX, da CF/1988. OJ-SDI1-257 RECURSO DE REVISTA. FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO DE LEI. VOCÁBULO VIOLAÇÃO. DESNECESSIDADE. A invocação expressa no recurso de revista dos preceitos legais ou constitucionais tidos como violados não significa exigir da parte a utilização das expressões "contrariar", "ferir", "violar", etc. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 142 DA SBDI-1 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO. VISTA À PARTE CONTRÁRIA. (Inserido o item II à redação)I - É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária.II - Em decorrência do efeito devolutivo amplo conferido ao recurso ordinário, o item I não se aplica às hipóteses em que não se concede vista à parte contrária para se manifestar sobre os embargos de declaração opostos contra sentença. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 336 DA SBDI-1 EMBARGOS INTERPOSTOS ANTERIORMENTE À VIGÊNCIA DA LEI N.º 11.496/2007. RECURSO NÃO CONHECIDO COM BASE EM ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. DESNECESSÁRIO O EXAME DAS VIOLAÇÕES DE LEI E DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ALEGADAS NO RECURSO DE REVISTA. (Redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 6.2.2012)Estando a decisão recorrida em conformidade com orientação jurisprudencial, desnecessário o exame das divergências e das violações de lei e da Constituição alegadas em embargos interpostos antes da vigência da Lei n.º 11.496/2007, salvo nas hipóteses em que a orientação jurisprudencial não fizer qualquer citação do dispositivo constitucional. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 352 DA SBDI-1 PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000. (Redação alterada pelo Tribunal Pleno na sessão realizada em 6.2.2012)Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. Alteradas: OJ-SDI1-115 O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade por negativa de prestação jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 458 do CPC ou do art. 93, IX, da CF/1988. OJ-SDI1-257 RECURSO DE REVISTA. FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO DE LEI. VOCÁBULO VIOLAÇÃO. DESNECESSIDADE. A invocação expressa no recurso de revista dos preceitos legais ou constitucionais tidos como violados não significa exigir da parte a utilização das expressões "contrariar", "ferir", "violar", etc. SUM-221 RECURSO DE REVISTA. VIOLAÇÃO DE LEI. INDICAÇÃO DE PRECEITO. INTERPRETAÇÃO RAZOÁVEL. I - A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista com base na alínea "c" do art. 896, da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito. “337. COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS. (redação alterada pelo Tribunal Pleno em sessão realizadaem 16.11.2010) I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. (ex- Súmula nº 337 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003); II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o dispositivo e a ementa dos acórdãos; IV – É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, sendo necessário que o recorrente transcreva o trecho divergente e aponte o sítio de onde foi extraído com a devida indicação do endereço do respectivo conteúdo na rede (URL – Universal Resource Locator)." A Súmula 393 do TST passa a vigorar com a seguinte redação: “393. RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 515, §1º, DO CPC. O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3º do art. 515 do CPC. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 Questões FCC comentadas: 1. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 24ª Região – 2011) Das decisões finais (terminativas ou definitivas) prolatadas em ações rescisórias (A) caberá recurso ordinário ao Tribunal Superior do Trabalho. (B) caberá recurso ordinário ao Tribunal Regional do Trabalho competente. (C) não caberá recurso. (D) caberá agravo de instrumento ao Tribunal Regional do Trabalho competente. (E) caberá mandado de segurança ao Tribunal Superior do Trabalho. Comentários: Letra A. Caberá recurso ordinário para a instância superior: a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas de Trabalho e juízos para os TRTS; b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. Súmula 158 do TST Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. 2. (FCC- Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Contra a decisão do M.M. juiz que declara a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho e determina a remessa dos autos para a Justiça Comum estadual (A) caberá Recurso de Revista. (B) caberá Agravo de Instrumento. (C) caberá Agravo de Petição. (D) não caberá recurso, por expressa disposição legal. (E) caberá Recurso Ordinário. Comentários: Letra E. Trata-se de uma decisão terminativa em que se extingue o processo sem julgar o mérito da ação. O art. 895, I da CLT estabelece que caberá recurso ordinário das decisões terminativas ou definitivas das Varas de Trabalho. As decisões interlocutórias de caráter terminativo, que acolhe a exceção de incompetência em razão da matéria (art. 799, parágrafo 2º da CLT), serão impugnadas mediante recurso ordinário. CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 3. (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 15ª Região- 2009) Contra decisão de Tribunal Regional do Trabalho que reconhece ter havido nulidade ou a existência de irregularidade sanável e determina a baixa dos autos ao juízo de primeiro grau, para novo pronunciamento deste, (A) caberá agravo regimental. (B) caberá embargos no prazo de oito dias. (C) caberá recurso de revista no prazo de oito dias. (D) não caberá recurso. (E) caberá recurso de revista no prazo de cinco dias. Comentários: Letra D. Trata-se de uma decisão interlocutória, por isso não caberá recurso de imediato conforme estabelece o art. 893, parágrafo 1º da CLT. No Processo do Trabalho, as decisões interlocutórias não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. Decisão Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do processo resolve questão incidente. Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I - embargos; II - recurso ordinário; III- recurso de revista; IV- agravo. § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir decisão interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte poderá recorrer desta decisão. Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for acolhida exceção de incompetência territorial relativa (estudaremos na aula CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST TEORIA E QUESTÕES FCC PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 sobre exceção, contestação e reconvenção) com remessa do processo para outro TRT a parte poderá recorrer da decisão interlocutória. Neste sentido a Súmula 214 do TST! Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 4. (FCC - Analista Judiciário TRT 18ª Região – 2008) Com relação ao recurso de revista, é certo que (A) é incabível esse recurso para reexame de fatos, mas será cabível a revista para reexame de provas. (B) caberá, em regra, esse recurso contra acórdão regional prolatado em agravo de instrumento. (C) a admissibilidade desse recurso contra acórdão proferido em processo incidente na execução independe de demonstração inequívoca de violação direta à Constituição Federal. (D) só caberá esse recurso por violação literal de dispositivo de lei federal nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. (E)
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