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Princípios do Processo do Trabalho

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CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
 
 
Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho e 
dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. Dos serviços 
auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos 
distribuidores. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo 
trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). Dos recursos no processo do 
trabalho. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Princípios Peculiares ao Processo do Trabalho: 
 
� Princípio do Dispositivo: Informa que nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer nos casos 
e formas legais. É também conhecido como Princípio da Inércia da 
Jurisdição, que está consagrado no art. 2º do CPC. 
 
 Art. 2º CPC Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e formas legais. 
 
� Princípio do Inquisitivo ou Inquisitório: O juiz tem a função de 
prestar a tutela jurisdicional, solucionando o conflito de interesses das 
partes que lhe é apresentado, tendo assim a função de impulsionar o 
processo na busca da solução do litígio. Vide art. 262 do CPC e 765 da 
CLT e 856 da CLT. 
 
� Princípio da Identidade física do juiz: Determina que o juiz que 
colheu as provas, ou seja, instrui o processo, deverá proferir a sentença. 
Tal princípio aplica-se ao processo Civil, porém ao Processo do trabalho 
este princípio não será aplicado, em face do que dispõe as Súmulas 136 
do TST e 222 do STF. 
 
Súmula 136 do TST Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da 
identidade física do juiz. 
 
� Princípio da Oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos processuais 
verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral, principalmente nas audiências, 
seja pelo Juiz ou pelas partes. 
 
Revisional TST – Dicas e Perfil FCC 
Processo do Trabalho – Professora Déborah Paiva 
 
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 Todos os exemplos dados no quadro acima serão estudados de forma 
aprofundada no momento próprio, por ora quero que vocês apenas guardem 
que eles são exemplos de atos praticados com através da manifestação verbal. 
 
� Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões 
Interlocutórias: No Processo do Trabalho as decisões interlocutórias 
não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º 
da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da 
decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. Decisão 
Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do processo resolve 
questão incidente. 
 
Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
I - embargos; 
II - recurso ordinário; 
III- recurso de revista; 
IV- agravo. 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou 
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões 
interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. 
 A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da 
irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir decisão 
interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte poderá recorrer 
desta decisão. 
 
 Neste sentido a Súmula 214 do TST! 
 
 Exemplos de manifestação deste Princípio: 
a) a leitura da reclamação trabalhista: (art. 847 da CLT); 
b) a defesa oral/20 minutos; 
c) as duas propostas de conciliação consubstanciadas nos artigos 
850 e 846 da CLT, que será a primeira proposta oferecida antes de 
receber a contestação e após a abertura da audiência e a segunda 
proposta oferecida após as razões finais de 10 minutos para cada 
parte. 
d) oitiva de testemunhas (art. 848§2º CLT) 
e) razões finais em 10 minutos (art. 850 CLT) 
f) protesto em audiência (art. 795 CLT) 
 
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Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da 
CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas 
hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula 
ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível 
de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal 
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
� Princípio do “Jus Postulandi” das partes: Empregados e 
empregadores poderão reclamar pessoalmente na Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
 DICA: A recente Súmula 425 do TST é tema certo de cair em prova, 
observem as explicações abaixo: 
 
SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não 
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
� Princípio da conciliação: O art. 764 da CLT dispõe que todos os 
dissídios sejam coletivos ou individuais deverão estar submetidos à 
conciliação na Justiça do Trabalho. 
 
� Princípio da Concentração dos Atos Processuais: Este Princípio 
objetiva a que a tutela jurisdicional seja prestada, no menor tempo 
possível, concentrando-se os atos processuais em uma única audiência. 
A audiência será contínua, porém o art. 849 da CLT preceitua que caso 
não seja possível concluí-la no mesmo dia o juiz poderá designar nova 
data para prosseguimento. 
 
� Princípio da Imediatidade ou Imediação: Este princípio permite um 
contato direto do juiz com as partes, testemunhas, peritos e terceiros e 
com a própria lide objetivando formar o seu livre convencimento 
motivado determinado pelo Princípio da Persuasão Racional no que tange 
às provas. 
 
� Princípio da Extrapetição: Em casos expressamente previstos em lei, 
o juiz poderá condenar o réu por pedidos não postulados expressamente 
pelo autor na petição inicial. 
 
Exemplificando: Como exemplo de aplicação deste princípio no âmbito 
laboral pode citar: a aplicação de juros e correção monetária (Súmula 211 do 
TST), a fixação de gozo de férias por sentença fixando pena diária de 5% do 
salário-mínimo (art.136 §2º da CLT), dentre outros. 
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Súmula 211 do TST Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na 
liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. 
Vejamos uma questão sobre princípios que tratou de um princípio ligado à 
contestação: 
Questão: (CESPE - Defensoria Pública - DPEMA – 2011) Com relação aos 
princípios afetos ao processo do trabalho, assinale a opção correta. 
A) Em atendimento ao princípio da identidade física do juiz, a lei determina 
que a competência para proferir a sentença é do juiz que colheu a prova. 
B) Conforme estabelece o princípio do jus postulandi, os empregados e os 
empregadores deverão reclamar por meio de advogado perante a justiça do 
trabalho e acompanhar suas reclamações. 
C) De acordo com o princípio da impugnação especificada, o reclamado deve 
manifestar-se, precisa e especificadamente, sobre os fatos narrados na petição 
inicial, não se admitindo a defesa por negação geral.D) Em atenção ao princípio da extrapetição, a lei permite sempre que o juiz 
condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial. 
E) Consoante o princípio do dispositivo, o magistrado está impedido de 
instaurar de ofício, o processo trabalhista. 
Comentários: O princípio da identidade física do juiz consiste na vinculação ao 
órgão julgador àquele que concluiu a audiência (art. 132 do CPC). 
A letra E está correta. Revendo a "C" também considero correta, salvo se 
a CESPE considerar a exceção do art. 302, parágrafo único do CPC que admite 
a contestação por negação geral em alguns casos. 
O princípio da impugnação especificada corolário do princípio do 
contraditório está previsto no art. 302 do CPC, segundo o qual “cabe também 
ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial”. 
Os fatos que o réu não impugnar serão presumidos como verdadeiros. 
Este ônus atribuído ao réu somente não será aplicado: 
a) se não for admissível a seu respeito a confissão; 
b) se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público 
que a lei considerar da substância do ato; 
c) se estiverem em contradição com a defesa considerada em seu 
conjunto. 
 
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Organização e funcionamento da Justiça do Trabalho: 
 De acordo com o art. 111 da CRF/88 são órgãos da Justiça do Trabalho o 
TST, os TRTS e os Juízes do Trabalho. 
 
Art. 111 da CRFB/88 Os Órgãos da Justiça do trabalho são: 
I -Tribunal Superior do Trabalho; 
II - Tribunal regional do Trabalho; 
III - Juízes do Trabalho. 
 
Das Varas do Trabalho: 
 
⇒ É o primeiro grau de jurisdição. 
⇒ A Jurisdição das Varas de Trabalho será exercida por um juiz singular. 
⇒ Nas comarcas não abrangidas por jurisdição trabalhista, ou seja, nas 
quais não haja Vara de Trabalho, aos juízes de direito será atribuída à 
jurisdição trabalhista, com recurso para o respectivo TRT. 
 
⇒ Compete às Varas de Trabalho: 
a) conciliar e julgar: 
I- os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de 
empregado; 
II- os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenização por 
motivo de rescisão do contrato individual do trabalho; 
III- os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o 
empreiteiro seja operário ou artífice; 
 
IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho. 
V- as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou 
o órgão gestor de mão-de-obra OGMO decorrentes das relações de 
trabalho. 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 
c) julgar os embargos opostos ás suas próprias decisões; 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência. 
 
Dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT): 
 
⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de, no mínimo, 07 juízes (art.115, CRFB/88). 
⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com 
mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista 
sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao 
Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da 
República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
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⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais 
de dez anos de efetivo exercício. 
⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por 
antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
Do Tribunal Superior do Trabalho (TST): 
 
⇒ É Órgão de terceiro grau de jurisdição. 
⇒ Compõem-se de 27 Ministros, brasileiros com mais de 35 anos e menos 
de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do 
Senado Federal por maioria absoluta. 
⇒ 1/5 serão escolhidos dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com 
mais de 10 anos de efetivo exercício. 
⇒ Os advogados devem ter notório saber jurídico e reputação ilibada. 
⇒ A indicação será feita por lista sêxtupla elaborada pelos órgãos de 
representação das respectivas classes, que a enviam para o tribunal que 
formará uma lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que terá o 
prazo de 20 dias para escolher um dos indicados para nomeação. 
⇒ Os demais serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do 
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira indicados pelo próprio 
TST. 
 
Competência e Jurisdição: 
Jurisdição é o poder-dever que o juiz, que representa o Estado, tem de 
aplicar o direito objetivo a um caso concreto, substituindo os titulares dos 
interesses em conflito para, imparcialmente buscar, por meio da pacificação do 
conflito que os envolve, a realização da justiça e o estabelecimento da paz 
social. 
 
 Art. 1º CPC “A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida 
pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que 
este código estabelece”. 
 
OJ 416 do TST. Imunidade de jurisdição. Organização ou organismo 
internacional. (Divulgada no DeJT 14/02/2012) As organizações ou organismos 
internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados 
por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se 
lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos 
praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese 
de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
 
 
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 Art. 2º CPC “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão 
quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e formas legais”. 
A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da 
esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. 
 
⇒ A competência é a medida da jurisdição. 
⇒ Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem 
competência para julgar determinadas ações. 
 
Exemplificando: Se Adalgisa tivesse interposto a ação na Justiça 
estadual em umas das Varas de família, o juiz titular de tal Vara não seria 
competente para julgas ação que trate de direito do trabalho. A justiça do 
Trabalho é que será competente para julgar o conflito entre empregada 
doméstica e sua empregadora. 
 
Espécies de competência: Absoluta e Relativa 
 
A Competência absoluta é a competência em razão da matéria, em razão 
da pessoa e em razão da função. 
 
DICA: MPF (ABSOLUTA) VT (Relativa) 
 
 
 
 
 
 A competência relativa é a competência em razão do valor e do território. 
 A competência relativa prorroga-se se o réu não argüir a exceção (art. 
114 CPC). 
 
DICA: A prorrogação de competência é um fenômeno segundo o qual um juiz 
inicialmente incompetente torna-se competente. 
Competência 
Absoluta 
Matéria Pessoa Função 
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 Este fenômeno somente ocorrerá com a incompetência relativa, nunca 
com a incompetência absoluta. 
 
 
 
Competência Absoluta em razão da matéria (Art.114 CRFB/88): 
Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administraçãopública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando 
o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 
195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que 
proferir. 
 
 
Súmula Vinculante 23 do TST: A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE 
PARA PROCESSAR E JULGAR AÇÃO POSSESSÓRIA AJUIZADA EM 
DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE PELOS 
TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA. 
 
Competência 
Relativa 
Valor VT Território 
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Atenção: Competência Territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 da CLT). 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
 A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como 
foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de 
serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. 
 
 Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha 
trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, será 
competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar 
da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da 
empresa no qual tenha prestado serviços. 
 
 Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou 
em Belém, em Recife e depois foi dispensado em Fortaleza. Neste caso a ação 
deverá ser proposta em Fortaleza/CE. 
 
 § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio 
ou a localidade mais próxima. 
 
Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que 
presta serviços em mais de uma localidade), a regra da competência é dúplice, 
porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa 
tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência 
de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no 
local mais próximo de seu domicílio. 
 
 § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste 
artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja 
convenção internacional dispondo em contrário. 
 
O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços 
em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois ser 
transferido para outro. 
 
A Súmula 207 do TST estabelecia: ”a relação jurídica trabalhista será 
regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas 
do local da contratação”. 
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Em Julho de 2009 foi alterado o caput da lei 7.064 de 1962 que só era 
aplicada aos empregados de empresas de engenharia que eram transferidos 
para o exterior. A partir daí a lei passou a ser aplicada a todos os empregados 
que contratados no Brasil e transferidos por mais de 90 dias para prestar 
serviços no exterior. Assim, passou-se a aplicar a norma mais favorável. 
Esta é a razão do cancelamento da súmula 207 do TST. Quando o 
empregado for contratado no Brasil e transferido para o exterior por mais de 
90 dias será aplicada a lei mais favorável. Trata-se da competência de lei. 
O art. 651 da CLT trata da competência para julgamento. Não podemos 
confundir a legislação material a ser aplicada, com a competência da Justiça 
brasileira para apreciar e julgar a matéria. 
 
 § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou 
no da prestação dos respectivos serviços. 
 
 É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a 
realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O parágrafo 3º 
é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá ser utilizado 
quando o empregador exercer a sua atividade em locais transitórios, eventuais 
ou incertos. 
 
Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora do 
local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de 
caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, montadoras, 
etc 
 
 A Prevenção ocorrerá quando dois juízes forem competentes e for 
necessário determinar qual juiz julgará aquela ação. Quando os 
juízes tenham a mesma competência territorial o juiz prevento será aquele que 
despachou em primeiro lugar e quando os juízes tiverem competência 
territorial distinta será considerado prevento aquele em que ocorreu a primeira 
citação válida (arts. 106 e 219 do CPC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conflito de Competência: 
 Quando ocorre o conflito de competência, ou seja, quando dois juízes 
declaram-se competentes ou incompetentes para processar e julgar 
determinadas ações, quem irá solucioná-los será: 
TRT Suscitados entre Varas de Trabalho 
TST Suscitado entre Tribunais Regionais do Trabalho. Suscitados entre 
varas e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista de regiões 
distintas. 
STF Conflitos entre STJ e qualquer outro Tribunal. Entre Tribunais 
Superiores. Entre Tribunais Superiores e qualquer outro Tribunal. 
STJ Entre quaisquer Tribunais, exceto se houver Tribunal Superior. Entre 
Tribunal e Juízes a ele não vinculados. Entre juízes vinculados a tribunais 
diversos 
DICA: Aposto com vocês que caso seja cobrado na prova o tema conflito de 
competência, a banca irá abordar a Súmula 420 do TST, que estabelece que 
entre as Varas de Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho a que estejam 
vinculadas há relação de hierarquia e, por isso, não ocorrerá conflito de 
competência. 
Súmula 420 do TST Não se configura conflito de competência entre Tribunal 
Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
 
Em resumo: 
A Competência é a determinação da esfera de atribuições dos órgãos 
encarregados da função jurisdicional, ou seja, é a delimitação da jurisdição. A 
Competência classifica-se como: a) Absoluta (em razão da 
matéria/funcão/pessoa) e b) Relativa (em razão do valor e do território). 
 
A competência mais abordada em provas é a do art. 114 da CRFB/88,ou 
seja, competência material e em razão das pessoas e a do Art. 651 da CLT que 
trata da competência em razão do território. 
 
 A) A competência absoluta: 
� É inderrogável pela vontade das partes 
�O juiz deverá conhecê-la de ofício 
� Não admite prorrogação. 
� Poderá ser argüida em qualquer tempo e grau de jurisdição 
� Deverá ser argüida em preliminar da contestação. 
 
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Art. 114 da CRFB/88 Compete à Justiça do Trabalho 
processar e julgar: 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II – as ações que envolvem o exercício do direito de greve; 
III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando 
o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art.102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 
195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que 
proferir. 
 
B) A competência relativa: 
� Prorroga-se se o réu não argüir a exceção 
� O juiz não poderá conhecê-la de ofício 
� Deverá ser argüida no momento de apresentação da contestação, 
sob pena de preclusão 
� O art. 651 da CLT trata da competência territorial que tem como 
regra geral o local onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador. 
 
 Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou 
reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da vara da localidade em que a empresa tenha 
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, 
será competente a vara da localização em que o empregado tenha 
domicílio ou a localidade mais próxima. 
§ 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, 
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, 
desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao 
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato 
ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
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Assistência Judiciária: 
 
A assistência judiciária na justiça do trabalho será prestada pelo 
Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. 
 
O art. 14 da Lei 5.584/70 estabelece que a assistência judiciária é devida 
a todo trabalhador que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo 
legal, ficando assegurado idêntico direito ao trabalhador de maior salário, 
desde que prove que a sua situação econômica não lhe permite demandar, 
sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
 
Com o advento da Lei 7.115/83 deixou de ser obrigatória a apresentação 
de atestado de pobreza para a concessão do benefício da assistência judiciária, 
bastando que o interessado de próprio punho ou através do advogado declare 
que não tem condições de arcar com as custas e despesas processuais sem 
prejuízo do próprio sustento ou de sua família. 
 
A Orientação Jurisprudencial 304 da SDI-1 do TST estabelece que basta 
a declaração do empregado ou de seu advogado na petição inicial para 
configurar a situação econômica descrita na Lei 5.584/70, necessária para a 
concessão da assistência judiciária. 
 
OJ Nº 304 da SDI-1 do TST Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 
(art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples 
afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se 
considerar configurada a sua situação econômica. 
 
 
Honorários de advogado e Ius postulandi 
 
Os honorários de advogado na Justiça do Trabalho não decorrem da 
simples sucumbência nas relações de emprego, devendo a parte estar assistida 
pelo seu Sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário 
inferior ao mínimo legal ou estar em situação econômica que não lhe permita 
demandar em juízo sem prejuízo próprio ou de sua família. 
 
No que tange às lides decorrentes da relação de trabalho os honorários 
advocatícios serão devidos pela mera sucumbência, uma vez que a Instrução 
Normativa 27/2005 do TST assim estabeleceu. 
 
A Súmula 219 do TST trata do tema, observem abaixo: 
 
 
 
 
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Súmula 219 do TST - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE DE 
CABIMENTO. I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de 
honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não 
decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida 
por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário 
inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica 
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da 
respectiva família. II - É incabível a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista, salvo se preenchidos 
os requisitos da Lei nº 5.584/70. 
 
Ius Postulandi é a capacidade processual postulatória da parte, ou seja, 
ela poderá postular em juízo pessoalmente, sem a presença de um advogado 
que a represente. 
 
Empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente na Justiça 
do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final do processo. 
 
No que tange às ações oriundas das relações de trabalho o Jus Postulandi 
não será aplicado, uma vez que o art. 791 da CLT estabelece expressamente: 
”empregados e empregadores”. 
Art. 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão 
reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as 
suas reclamações até o final. 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores 
poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, 
solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do 
Brasil. 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência 
por advogado. 
 
SÚMULA 425 do TST O Jus Postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não 
alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
 
 
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Procedimento Sumaríssimo 
 
O procedimento sumaríssimo está regulamentado pelos arts. 852-A ao 
852-I da CLT e abaixo para fácil compreensão vocês encontrarão um quadro 
esquemático com as principais peculiaridades do Procedimento Sumaríssimo. 
As principais características principais do Procedimento sumaríssimo são: 
• Cada parte poderá apresentar no máximo duas testemunhas. 
• Apreciação do pedido em 15 dias no máximo. 
• Audiência una.• Proibida a citação por edital. 
• Dispensado o relatório da sentença que será proferida em audiência. 
• Procedimento sumaríssimo não se aplica aos ente públicos. 
• Parecer oral do Ministério Público do Trabalho nos recursos ordinários. 
 
Não poderá ser aplicado o procedimento sumaríssimo nas causas em 
que figuram os órgãos da administração direta, autárquica e 
fundacional. 
 
Aplica-se o procedimento sumaríssimo às empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
 
As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo deverão ser 
apreciadas num prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento. 
 
O processo submetido ao procedimento sumaríssimo deverá ser 
instruído e julgado em audiência única, exceto se a critério do juiz for 
impossível não interromper a audiência quando a parte contrária tiver 
que manifestar-se sobre documentos juntados pela outra parte. 
 
O Procedimento sumaríssimo somente terá lugar nas ações trabalhistas 
individuais cujo valor da causa seja superior a dois salários e inferior a 
40 salários mínimos. 
A prova pericial somente será cabível quando a prova do fato a exigir 
ou for legalmente imposta como por ex. o art. 195 CLT. 
 
Aplica-se o procedimento sumaríssimo somente aos dissídios individuais 
cujo valor não exceda a 40 vezes o salário-mínimo. 
 
Nas ações enquadradas no procedimento sumaríssimo o pedido deverá 
ser certo ou determinado indicando o valor correspondente, sendo 
liquido. 
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Não se fará citação por edital nas ações submetidas ao procedimento 
sumaríssimo. 
 
O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do reclamado. 
Se não o fizer, o processo será extinto sem o julgamento do mérito e o 
autor será condenado ao pagamento das custas sobre o valor da causa. 
 
Todos os incidentes e exceções que puderem interferir no 
prosseguimento da audiências e do processo deverão ser decididos de 
plano. As demais questões serão decididas na sentença. 
Cada parte somente poderá apresentar duas testemunhas. Só haverá 
intimação de testemunhas que comprovadamente convidada pela parte 
não comparecer a audiência. 
 
O juiz é dispensado de fazer o relatório nas sentenças sujeitas ao 
procedimento sumaríssimo. 
 
Provas 
 “Prova nos domínios do direito processual é o meio lícito para 
demonstrar a veracidade ou não de determinado fato com a finalidade de 
convencer o juiz a cerca da sua existência ou inexistência”. (Carlos Henrique 
Bezerra Leite). 
O objeto da prova são os fatos controvertidos, relevantes e pertinentes 
narrados pelo reclamante e pelo reclamado. O Direito, em regra, não precisará 
ser provado, pois vigora o brocardo jurídico “iura novit curia”, presumindo-se 
que o juiz conhece o direito, bastando que as partes narrem os fatos e os 
prove, sendo desnecessária a prova do direito. 
Como quase toda regra tem exceção, o art. 337 do CPC estabelece que o 
direito deverá ser provado em relação ao teor e vigência quando, tratar-se de 
normas de direito estadual, municipal, distrital, consuetudinário ou 
estrangeiro, se assim o determinar o juiz. 
No Processo do trabalho, o juiz poderá ainda, determinar que a parte 
faça prova de teor e vigência de normas coletivas, de regulamento de 
empresa, de sentença normativa, caso a parte as invoque. 
 Somente os fatos controvertidos deverão ser provados e o juiz é livre 
para formar o seu convencimento, devendo, porém, motivá-lo. É o que 
estabelecem os artigos 131 do Código de Processo Civil e 832 da CLT. 
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 Art. 131 do CPC – O juiz apreciará livremente a prova, atendendo 
aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados 
pelas partes, mas deverá indicar na sentença os motivos que lhe 
formaram o convencimento. 
 
 Art. 832 da CLT- Da decisão deverão constar o nome das partes, 
o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os 
fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. 
O art. 334 do CPC aplicado subsidiariamente ao Processo do trabalho 
estabelece que não serão objeto de prova os fatos notórios, os fatos 
incontroversos, os fatos alegados por uma das partes e confessados por outra 
e os que militam presunção legal de veracidade. 
Súmula 217 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. CREDENCIAMENTO BANCÁRIO. 
PROVA DISPENSÁVEL O credenciamento dos bancos para o fim de recebimento 
do depósito recursal é fato notório, independendo da prova. 
A Súmula 12 do TST refere-se à presunção relativa (juris tantum) de 
veracidade que tem as anotações feitas pelo empregador na CTPS do 
empregado, portanto, poderão ser elididas por outras provas. 
Súmula 12 do TST - CARTEIRA PROFISSIONAL - As anotações apostas pelo 
empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris 
et de jure", mas apenas "juris tantum". 
Súmula 225 do STF – Não é absoluto o valor probatório das anotações na 
carteira profissional. 
No Processo do Trabalho o art. 818 da CLT combinado com o art. 333 do 
CPC tratam do ônus subjetivo da prova. 
Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que as 
fizer. 
Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: 
 I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
 II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,modificativo ou 
extintivo do direito do autor. 
Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o 
término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o 
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação 
de emprego constitui presunção favorável ao empregado. 
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 A Súmula 338 do TST admite a inversão do ônus da prova no processo do 
trabalho no que se refere aos pedidos de horas extras, quando a empresa 
contar com mais de 10 empregados e negar-se a apresentar os controles de 
freqüência injustificadamente. 
 
 Súmula 338 do TST- JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa 
de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em 
contrário.II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que 
prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III 
- Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes 
são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às 
horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da 
inicial se dele não se desincumbir. 
 
 Há algumas súmulas e orientações jurisprudenciais do TST que 
estabelecem o ônus da prova em determinados casos, o que prevalece sobre a 
regra geral do art. 818 da CLT e 333 do CPC. Observem abaixo: 
Súmula 6 do TST EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT. VIII - É do 
empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da 
equiparação salarial. 
Súmula 16 do TST Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) 
horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o 
decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
OJ 301 SDI-I TST Definido pelo reclamante o período no qual não houve 
depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela reclamada a 
inexistência de diferença nos recolhimentos deFGTS, atrai para si o ônus da 
prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias respectivas, a fim de 
demonstrar o fato extintivo do direito do autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, 
II, do CPC). 
 
 
É importante frisar que a testemunha que litigou ou estar litigando 
contra o seu empregador não poderá ser considerada suspeita, caso seja 
apresentada pelo reclamante como meio de provar as suas alegações. 
 
Súmula 357 do TST - TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. 
SUSPEI-ÇÃO Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando 
ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
 
 
 
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Da revelia e Confissão 
 
A reclamada que não comparecer à audiência inaugural, na qual deverá 
apresentar a sua defesa será considerada revel e confessa quanto às matérias 
de fato que forem controvertidos. 
 
As pessoas jurídicas de direito público não se sujeitam à revelia e pena 
de confissão previstas no art. 844 da CLT. E, também, a reclamada será 
considerada revel e confessa, ainda que o seu advogado compareça na 
audiência portando a sua defesa. 
 
Ressalta-se que o atestado médico que declare expressamente a 
impossibilidade de locomoção do empregador ou de seu preposto poderá ilidir 
a revelia. 
 Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. 
OJ 152 SDI-I Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no 
artigo 844 da CLT. 
 
Súmula 122 do TST A reclamada, ausente à audiência em que deveria 
apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado 
médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção 
do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
 
Súmula 377 do TST Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, 
ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente 
empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 
da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
 
Recursos 
 
� Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: A regra geral é que 
as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato na Justiça do 
trabalho, sendo recorríveis apenas no recurso da decisão definitiva que, 
em regra, é o recurso ordinário. Porém, a Súmula 214 do TST traz 
algumas exceções a esta regra geral, observem abaixo. 
 
Art. 893 da CLT § 1º - Os incidentes do processo são 
resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a 
apreciação do merecimento das decisões interlocutórias 
somente em recursos da decisão definitiva. 
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� Súmulas e orientações jurisprudenciais do TST referentes ao 
depósito recursal: 
 
OJ 140 SDI-1 
Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas e 
do depósito recursal, ainda que a diferença em relação ao “quantum” 
devido seja ínfima, referente a centavos. 
 
Súmula 86 do TST Não ocorre deserção de recurso da massa falida 
por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da 
condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em 
liquidação extrajudicial. 
 
Súmula 128 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. 
I - É ônus da parte recorrente, efetuar o depósito legal, integralmente, 
em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. 
Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para 
qualquer recurso. 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para 
recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da 
CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a 
complementação da garantia do juízo. 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o 
depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando 
a empresa que efetuou o depósito não pleiteia a sua exclusão da lide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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� Recursos em espécie: 
 
Embargos de 
Declaração 
 Agravo de petição Agravo de 
instrumento 
 Art. 897-A da CLT Art. 897, a, da CLT Art. 897, b, da CLT 
Prazo 5 dias Prazo de 8 dias Prazo de 8 dias. 
 
 Não estão sujeitos a 
dois juízos de 
admissibilidade 
Estão sujeitos a dois 
juízos de 
admissibilidade 
Admite-se o juízo de 
retratação, podendo o 
juízo reconsiderar a 
decisão. 
 
OJ 142 SDI-I/TST, 
Súmulas 184 e 278 do 
TST 
É o recurso cabível 
para impugnar 
decisões judiciais 
proferidas no curso do 
processo de execução. 
Súmula 285 do TST. 
 
 
 Súmula 184 do TST Ocorre preclusão se não forem opostos embargos 
declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de 
embargos. 
Súmula 278 do TST A natureza da omissão suprida pelo julgamento de 
embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. 
Recurso de Revista Recurso Ordinário Recurso Adesivo 
 Art. 897 da CLT Art. 895 da CLT Art. 500 do CPC. 
 Prazo 8 dias Prazo 8 dias. Prazo 8 dias. 
 Cabimento para 
Turma do TST 
Cabimento para o TRT 
e para o TST 
Para a interposição do 
recurso adesivo será 
preciso ter havido a 
sucumbência 
recíproca. 
 
Dois Juízos de 
admissibilidade 
Dois Juízos de 
admissibilidade 
Não caberá a 
interposição de 
recurso adesivo no 
caso de reexame 
necessário em caso de 
decisão proferida 
contra ente público. 
 Há diversas Súmulas 
do TST 
S. 158, 201, 414 do 
TST. 
Súmula 283 do TST 
 
 
 
 
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Contagem dos Prazos Processuais 
 
A contagem dos prazos é de fácil compreensão quando apresentamos um 
exemplo hipotético, assim, transcreverei uma questão de prova e abaixo 
apresentarei as Súmulas que mais são cobradas em provas sobre o tema 
prazos. 
 
(FCC – TRT/23ª Região – Analista Judiciário) Mário ingressou com a 
reclamação trabalhista em face da empresa X e teve sua reclamação julgada 
procedente. A empresa X pretende ingressar com recurso ordinário para a 
segunda instância. 
Considerando que a sentença foi publicada no diário oficial no dia 4 de Maio de 
2007 (sexta-feira), o prazo para interposição dos respectivos recursos expirou-
se em 
a) 11 de maio de 2007 (sexta-feira) 
b) 14 de Maio de 2007 (segunda-feira) 
c) 16 de maio de 2007 (quarta-feira) 
d) 18 de maio de 2007 (sexta-feira) 
e) 21 de Maio de 2007 (segunda-feira) 
 
Trata-se da aplicação da Súmula 01 do TST que estabelece que quando a 
intimação tiver lugar na sexta-feira o prazo será contado a partir de segunda-
feira. Assim, como o Recurso ordinário tem prazo de 8 dias para ser interposto 
e a sentença foi publicada em 04/05/07(sexta-feira), a contagem excluirá o dia 
4 e começará na segunda-feira (07/05/07), terminando no dia 14 de Maio de 
2007(segunda-feira). 
 
Observem abaixo, as principais Súmulas do TST sobre o tema prazos 
processuais: 
 
Súmula 01 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houverexpediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de 
sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso 
deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
Súmula 30 TST Intimação da sentença- Quando não juntada a ata ao 
processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art. 851 
§ 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte 
receber a intimação da sentença 
 
 
 
 
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Súmula 262 TST 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará 
no primeiro dia útil imediato e a contagem no subsequente. 
II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST 
suspendem os prazos recursais. 
 
 
A OJ 310 da SDI-1 do TST é no sentido de ser tal regra de prazo em 
dobro para os litisconsortes inaplicável ao processo do trabalho por ferir o 
princípio da celeridade processual. 
Ressalta-se que em relação às demandas oriundas das relações de 
trabalho, Carlos Henrique Bezerra Leite entende ser aplicável o art. 191 do 
CPC. 
 
OJ-310 “Litisconsortes. Procuradores distintos. Prazo em dobro. Art. 191 
do CPC. Inaplicável ao Processo do Trabalho. A regra contida no art. 191 do 
CPC é inaplicável ao Processo do Trabalho, em face da sua incompatibilidade 
com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. 
 
 
 
Princípios Específicos das Nulidades Processuais: 
 
Dentro da teoria das nulidades podemos destacar os seguintes 
princípios: 
 
a) Princípio da Transcendência ou do Prejuízo: Previsto no art. 794 
da CLT, determina que somente, haverá nulidade quando resultar dos atos 
inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
Art. 794 da CLT- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do 
Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados 
manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 
b) Princípio da Instrumentalidade das formas: Previsto nos artigos 
154 e 244 do CPC, determinando que se o ato for praticado de outra forma, 
mas atingir a sua finalidade ele será válido. 
 
c) Princípio da Convalidação ou da Preclusão: Previsto no art. 795 
da CLT, determinando que as nulidades não serão declaradas senão pela 
provocação das partes, às quais deverão arguí-las, na primeira vez em que 
tiverem de falar nos autos. Porém, o princípio da convalidação somente será 
aplicado ás nulidades relativas. 
BIZU DE PROVA 
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 O art. 795 §1º da CLT ao determinar que deverá ser declarada de ofício 
a nulidade fundada em incompetência de foro na verdade quis dizer que a 
incompetência absoluta deverá ser declarada de ofício pelo juiz. 
 
Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em 
que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
1º – Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
 2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na 
mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à 
autoridade competente, fundamentando sua decisão. 
 
d) Princípio da Proteção: Previsto no art. 796 da CLT, determina que 
somente será declarada a nulidade quando for impossível suprir-lhe a falta ou 
repetir-se o ato e quando não for arguida por quem lhe houver dado causa. 
 
Art. 796 da CLT – A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. 
 
e) Princípio da Utilidade: Está previsto no art. 798 da CLT determina 
que a nulidade do ato não prejudicará, senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência. 
 
Art. 798 da CLT A nulidade do ato não prejudicará senão os 
posteriores que dele dependam, ou seja, conseqüência. 
EXECUÇÃO: Para Mauro Schiavi: “a execução trabalhista consiste num 
conjunto doe atos praticados pela justiça do trabalho destinados à satisfação 
de uma obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da 
competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo 
devedor, contra a vontade deste último.” 
O credor será denominado exeqüente e o devedor será denominado 
executado na fase de execução. A execução deverá ser processada pelo modo 
menos gravoso para o devedor/executado. 
 
 
 
 
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As normas aplicáveis ao processo de execução são: 
� CLT (arts. 876/892) 
� Art. 13º da Lei 5.584/80(remição) 
� Lei 6.830/80 (art. 889 da CLT) 
� CPC 
� Lei 8009/90. 
A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais, que vocês poderão observar no quadro abaixo. 
Títulos Executivos Judiciais 
� A sentença transitada em 
julgado; 
� A sentença sujeita a recurso 
desprovido de efeito 
suspensivo; 
� Acordos judiciais não 
cumpridos. 
Títulos Executivos 
Extrajudiciais 
 
� Termos de compromisso de 
ajustamento de conduta 
firmados pelo Ministério 
Público do Trabalho; (TAC) 
� Termo de Conciliação 
firmados pela Comissão de 
Conciliação Prévia. (TCCCP) 
 
 
 
Do bem de família (Lei 8009/90): 
A impenhorabilidade será oponível em qualquer processo de execução civil, 
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
� em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das 
respectivas contribuições previdenciárias; 
� pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à 
construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e 
acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
� pelo credor de pensão alimentícia; 
� para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e 
contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
� para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia 
real pelo casal ou pela entidade familiar; 
� por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de 
sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou 
perdimento de bens. 
� por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
 
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Dos embargos à execução: Embargos à execução, ou embargos do 
executado ou, ainda embargos do devedor é uma ação na qual o executado 
será o autor e o exeqüente será o réu com o objetivo de anular ou reduzir a 
execução. Assim, o executado tem por objetivo ao embargar a execução, a 
desconstituição do título em que ela se funda, e por conseqüência a sua 
extinção, seja total ou parcialmente. 
O executado terá o prazo de 05 dias contados da data da intimação da 
penhora para opor embargos à execução, desde que garanta a execução ou os 
bens sejam penhorados. 
 
O prazo de 05 dias para o executado apresentar embargos e igual prazo 
para exeqüente, impugná-lo ou de 30 dias para a Fazenda Pública (art. 30 da 
lei 6.830/80). 
 
DICA: Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao 
processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de 
embargos à execução. 
⇒ Quando o executado for a fazenda pública o prazo para opor embargos à 
execução será de 30 dias. 
⇒ Casoo devedor não esteja no local da penhora o oficial irá proceder ao 
arresto dos bens, sendo dada ciência ao devedor depois de ele ter sido 
efetivado. 
⇒ Somente ocorrerá ordem de arrombamento se o devedor estiver 
ocultando-se para impedir que a penhora seja realizada. 
 
Dos embargos de terceiro: 
 
 Um ponto muito cobrado nas provas de concursos é a questão de quem 
será competente para processar e julgar os embargos de terceiro quando a 
ação for processada por carta precatória. Será a competente o juízo deprecado 
(juízo que não processa a execução) ou o juízo deprecante (juízo que está 
processando a execução). Esta matéria está regulada pela Súmula 419 do TST. 
 
Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de 
terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a 
competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, 
unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação 
dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste 
último. 
 
 
 
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Da Praça e Leilão: Resolvidos os embargos seguir-se-á para a praça ou 
leilão. Praça é realizada no fórum, destinada aos bens imóveis e leilão é 
realizado onde estiverem os bens móveis ou em outro lugar designado pelo 
juiz. 
Na praça, poderão ocorrer uma das três situações abaixo: Após a 
penhora, a expropriação do bem poderá ocorrer pela remição, adjudicação ou 
arrematação. 
 
Da Arrematação: Ocorrerá quando um terceiro adquire o bem. A arrematação 
ocorrerá pelo maior lance, tendo o exeqüente a preferência para a 
adjudicação. O arrematante deverá garantir com um sinal de 20% sobre o 
valor da arrematação e em 24 horas deverá completar o restante, sob pena de 
perder o sinal dado para a execução. 
Da Remição: Ocorrerá quando o devedor mantém a propriedade do bem 
pagando o valor devido, ele sempre terá preferência. A remição prefere a 
adjudicação e à arrematação. Poderá ser feita a qualquer tempo pelo 
executado, porém antes da arrematação ou da adjudicação. 
Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só será 
deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor da 
condenação.” 
 
Da Adjudicação: Ocorrerá quando o credor fica com o bem para si, pagando 
o valor do maior lance e não o do preço da avaliação. Ele deverá pagar a 
diferença caso a avaliação seja maior que o quantum devido. Somente será 
permitida a adjudicação se for feita antes da assinatura do auto de 
arrematação. 
 
 
Chegamos ao final de nosso curso! Estarei à disposição de vocês 
acompanhando o fórum do curso! 
 
Caminhem, sempre, firmes e confiantes rumo ao objetivo desejado. 
 
Desejo a tão sonhada aprovação! Muita luz! 
 
No que eu puder ajudá-los contem comigo sempre! 
 
Um forte abraço, 
 
Déborah Paiva 
deborah@pontodosconcursos.com.br 
professoradeborahpaiva@blogpot.com

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