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POLITICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL: O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
A partir da década de 80, movimentos do mundo inteiro passaram a reivindicar políticas públicas de inclusão. Em resposta a esse clamor, no Brasil, a Carta Magna de 1988 proclamou no seu Art. 208: “O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. 
Na mesma direção, o capítulo V da LDB 9394/96 trata especificamente da atenção a esses alunos e declara que “as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns, que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades”.
 
Fonte: I Encontro Estadual da UNCME-Rio Grande do Sul - Política Nacional para Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: <https://goo.gl/vWyj7G>.
 
 
Fonte: O impasse da Inclusão. Disponível em: <http://www.revistaeducacao.com.br/o-impasse-da-inclusao/>.
 
As discussões sobre as mudanças necessárias para oferecer ensino de qualidade para todos e o aumento do número de pessoas com deficiência frequentando as escolas comuns, fez com que em 2008 fosse aprovada a Política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, (PEEI). A PEEI propõe criar condições e disponibilizar recursos para que as escolas estaduais e municipais garantam o acesso de todas as crianças ao ensino regular. Os principais instrumentos para a efetivação dessa política de inclusão são:
a) O Atendimento Educacional Especializado, AEE, que se realiza através das salas de recursos multifuncionais;
b) A formação inicial e continuada dos professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para uma visão de escola inclusiva;
c) A participação da família e da comunidade na construção e no acompanhamento do projeto político-pedagógico da escola;
d) A utilização dos recursos de acessibilidade na arquitetura dos prédios, nos meios de transporte e locomoção, no mobiliário, na comunicação, na informação e na aprendizagem.
Segundo a PEEI, cabe à modalidade Educação Especial tornar o AEE realidade, utilizando serviços e recursos destinados a esse tipo de atendimento. (BRASIL, 2008)
Os objetivos do atendimento educacional especializado, AEE, são:
- Identificar as necessidades e possibilidades do aluno com deficiência;
- Elaborar planos de atendimento, visando o acesso e a participação no processo de escolarização em escolas comuns;
- Atender o aluno com deficiências no turno oposto àquele em que ele frequenta a sala comum;
- Produzir e/ou indicar materiais e recursos didáticos que garantam a acessibilidade do aluno com deficiência aos conteúdos curriculares;
- Acompanhar o uso desses recursos em sala de aula, verificando sua funcionalidade, sua aplicabilidade e a necessidade de eventuais ajustes e
- Orientar as famílias e professores quanto aos recursos utilizados pelo aluno.
As atividades do atendimento educacional especializado diferenciam-se das realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. (...) Ao longo de todo o processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum. (BRASIL, 2008, p. 16)
O AEE é uma política pública na implementação e organização dos serviços em educação especial. De oferta obrigatória dos sistemas de ensino, deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou em centro especializado que realize esse serviço educacional.
A inclusão escolar começa desde a educação infantil, fase em que são estruturadas as bases para a construção do conhecimento e o desenvolvimento global da criança, e deve se prolongar por todas as etapas e modalidades da educação básica.
O lócus do atendimento educacional especializado, AEE, é a sala de recursos multifuncionais, espaço da escola comum provido de materiais didáticos, pedagógicos e de tecnologia assistiva, onde trabalham profissionais com formação específica para o atendimento dos alunos com dificuldades educacionais especiais em razão de algum tipo de deficiência (auditiva, visual, motora, cognitiva, verbal), de transtornos globais de desenvolvimento ou de altas habilidades/superdotação. Leia mais: <http://www.assistiva.com.br/aee.html>.
Assim, podemos concluir que a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, enquanto política pública, tem sustentado novos e melhores delineamentos no atendimento da educação especial, particularmente no que se refere à organização e implementação de serviços, à qualificação dos alunos que compõe esse universo e à formação de profissionais para atuarem na área.
  
Resumo: 
A partir da educação especial foi criada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), colocando a inclusão como novo paradigma da atualidade. O documento define a educação especial como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis da educação básica e destaca a importância do atendimento educacional especializado e sua atuação transversal, complementando e/ou suplementado o ensino da escola regular.
 
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Educação Especial. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17009>.
_______. Ministério da Educação. Revista de Inclusão. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>.
_______. Política de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Disponível em: <http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf>.
CARVALHO, Rosita Edler. A nova LDB e a Educação Especial. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. WVA, 2000.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensinando a Turma Toda: as diferenças na escola. Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/~elizabet/turma.htm>.
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Traduzido por Windyz Brazão Ferreira. Porto Alegre: Artmed, 2003.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos. 3. ed. Rio de Janeiro: WVA Editora, 1997.
*********************************
POLÍTICAS PÚBLICAS DE AVALIAÇÃO UM ESTUDO SOBRE O SAEB
A pesquisa educacional brasileira, seguindo as tendências mundiais, a partir da década de 90, passou a priorizar o tema Avaliação Educacional, focando de um lado os processos de descentralização da escola e de outro os processos de controle e regulação das políticas educacionais de avaliação.
A LDBN 9394/96, em seu artigo 9, define que cabe à União: Assegurar o processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino.
O Ministério da Educação em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, INEP, foram os encarregados de gerir e formular as políticas públicas de avaliação, dentre elas o Sistema de Avaliação da Educação Básica – o SAEB.   
O SAEB, desde a sua implantação em 1990, estruturou-se com o objetivo principal de oferecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas nas esferas municipal, estadual e federal, tendo em vista contribuir para a melhoria da qualidade, equidade e eficiência do ensino. Além disso, visa também oferecer dados e indicadores sobre fatores de influência no desempenho dos alunos nas áreas e anos avaliados.
Em 2005, o SAEB foi reestruturado e passou a ser composto por duas avaliações: ANEB que manteve as características, os objetivos e os procedimentos da avaliação efetuada até aquele momento pelo SAEB e, ANRESC, também conhecida como Prova Brasil, criada com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino ministrado nas escolasdas redes públicas.
Em 2013, a Avaliação Nacional da Alfabetização, ANA, foi incorporada ao SAEB, com o objetivo de melhor aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática.
Dessa forma, o SAEB ficou estruturado conforme o organograma abaixo:
 
Figura 1 – Avaliações externas em larga escala que compõem o SAEB
    1990                                                              2005                                                                 2013
Fonte: INEP.
 
A sigla SAEB foi mantida para indicar o conjunto dessas avaliações, levando em conta a longa tradição desse nome. O objetivo dessas avaliações é avaliar as redes e/ou sistemas de ensino e não os alunos individualmente.
As diversas alterações introduzidas na sistemática da aplicação do SAEB no decorrer dos anos tornaram complexa a análise dos seus resultados, dificultando também a construção de uma série histórica dos diferentes indicadores levantados. No entanto, as principais mudanças podem ser identificadas no quadro a seguir:
 
Quadro 1 – Principais mudanças do SAEB
Fonte: Portal do INEP
 
O SAEB conta com três eixos básicos de avaliação: qualidade do ensino; valorização do magistério; e, democratização da gestão, desdobrados em indicadores. De modo geral os seus resultados têm sido obtidos mediante a aplicação de quatro instrumentos:
Quadro 2 – Instrumentos do SAEB
	1. Exame aplicado de dois em dois anos em alunos concluintes dos Anos Iniciais e dos Anos Finais do Ensino Fundamental e finalistas do Ensino Médio.
	2. Questionário socioeconômico a ser preenchido pelos estudantes;
	3. Questionário a ser preenchido por diretores e professores para coleta de dados demográficos, perfil profissional do corpo docente, condições de trabalho e mecanismos de gestão;
	4. Coleta de informações sobre infraestrutura, recursos e materiais didáticos, condições físicas das escolas.
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados do Portal MEC/INEP
 
O SAEB nasceu da necessidade de articulação e de tomada de decisões coletivas a respeito dos rumos da educação nacional. Pestana (1998, p. 67) diz:
 
(...) o sistema deve prover informações para a tomada de decisões, destinadas, no primeiro momento, aos gestores do sistema educacional (ministro da Educação, secretários estaduais e municipais de Educação). Trata-se de gerar e organizar as informações sobre a qualidade da educação; a equidade (como a qualidade está sendo alcançada no espaço brasileiro) e a eficiência (há ou não maneiras melhores de se obter qualidade na educação) da educação nacional, de forma a permitir o monitoramento das políticas educacionais brasileiras.
 
Assim, podemos concluir que o SAEB passa, constantemente, por reformulações em busca de aperfeiçoar-se cada vez mais. Atualmente, toda a educação básica integra essa cultura de avaliação organizada pelo MEC/INEP, com o propósito de conhecer os problemas do sistema educacional brasileiro, para orientar com maior precisão as políticas públicas para a melhoria da qualidade de ensino e a redução da desigualdade.
Saiba mais sobre o assunto em: Textos da base de dados do IBGE. Disponível em: <http://ces.ibge.gov.br/base-de-dados/metadados/inep/sistema-nacional-de-avaliacao-da-educacao-basica-saeb.html>.
 
Resumo:
O Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é um sistema composto por três avaliações externas: Aneb, Anresc e ANA, que são aplicadas em larga escala e que têm como principal objetivo diagnosticar a educação básica do Brasil. O resultado dessas avaliações fornece indícios sobre a qualidade de ensino oferecido nas escolas de todo o país. A partir desse indicador, as escolas e/ou sistemas podem formular (ou reformular) suas políticas, visando a melhoria da qualidade, equidade e eficiência do ensino.
 
Referências Bibliográficas:
BONAMINO, A. M. C. de. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB): Referências, Agentes e Arranjos Institucionais e Instrumentais. Tese de Doutorado: PUC-Rio, 2000.
____________. Tempos de avaliação educacional: o SAEB, seus agentes, referências e tendências. Rio de Janeiro: In: Quartet & FRANCO, C., (1999). Avaliação e política educacional, 2002.
Brasil. IBGE. Base de Dados INEP. Sistema nacional de avaliação da educação básica. Disponível em: <http://ces.ibge.gov.br/base-de-dados/metadados/inep/sistema-nacional-de-avaliacao-da-educacao-basica-saeb.html>.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. DOU, 23/12/96. 1996.
BRASIL. MEC/INEP. SAEB: sistema nacional de avaliação da educação básica. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb>.
BRASIL. MEC/INEP. Sobre a Aneb. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb/sobre-a-aneb>.
BRASIL. MEC/INEP. Sobre a Anresc. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb/sobre-a-anresc-prova-brasil-aneb>.
BRASIL. MEC/INEP. Sobre a ANA. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/saeb/sobre-a-ana>.
BRASIL.MEC/INEP. Livreto ANA. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2013/livreto_ANA_online.pdf>.
BRASIL. MEC/INEP. Cartilha Saeb. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/imprensa/2015/cartilha_saeb2015.pdf>.
BRASIL. Portal MEC. PDE/SAEB. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/saeb_matriz2.pdf>.
PESTANA, M.I. O sistema de avaliação brasileiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 79, n. 191, pp. 66-73, jan./abr. 1998.
SILVA, ISABELLE FIORELLI O sistema nacional de avaliação: características, dispositivos legais e resultados. In: Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 21, n. 47, pp. 427-448, set./dez. 2010. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/web/guest/educacao-basica/saeb/sobre-a-ana>.
SOUZA, S. M. Z. L. Possíveis impactos da avaliação externa no currículo escolar. In: ROSA, D. E. G. & SOUZA. V. C. de, (2002). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. XI ENDIPE. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

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