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DIREITO ADMINISTRATIVO HISTÓRIA FONTES INTERPRETAÇÃO

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
FORMAÇÃO E HISTÓRICO 
 
Nasceu no fim do século 18 e início do 19 
Onde quer que exista o Estado existe o Direito Administrativo. 
Idade Media - sem ambiente propício para o desenvolvimento do direito administrativo 
Afirma-se de que o direito administrativo nasceu das Revoluções 
Na realidade, o conteúdo do direito administrativo varia no tempo e no espaço, conforme o 
tipo de Estado adotado. 
Quando cresce a máquina estatal e o campo de incidência da burocracia administrativa, o 
direito administrativo amplia o seu conteúdo. 
 
NASCIMENTO DO DIREITO ADMINISTRATIVO NO 
DIREITO FRANCÊS 
Praticamente deu origem ao direito administrativo 
Se estruturou quase inteiramente a partir da interpretação de textos legais, levada a efeito 
pelos Tribunais Administrativos. 
Termo inicial do nascimento do direito administrativo = Lei de 28 pluvioso do ano 1800 
Organizou juridicamente a administração publica na França. 
Caso Blanco - ocorrido em 1873 - Agnès Blanco = menina que, ao atravessar uma rua de 
Bordeaux, foi colhida por uma vagonete da Companhia Nacional de Manufatura de Fumo, 
que transportava matéria-prima de um para outro edifício. - Saída do instituto da 
responsabilidade do campo do direito civil, como então era tratado, para mergulhar no 
campo do direito administrativo 
Em 1945, o Conselho de Estado francês invocou, pela primeira vez de modo expresso. O 
QUE? 
 A função do juiz administrativo não era só a de interpretar o direito positivo, como fazia o 
juiz comum, mas também preencher, por suas decisões, as lacunas da lei. 
Também foi o direito francês o primeiro o colocar o Direito Administrativo como matéria 
de ensino universitário. Em 1819 na Faculdade de Direito de Paris. 
Influenciado pelo direito francês, deu o primeiro passo no sentido da elaboração científica 
do direito administrativo. 
 
DIREITO ALEMÃO 
Na Alemanha não houve a mesma ruptura, pois resultou de longa evolução, não processada 
pela mesma forma nos diferentes Estados. 
Concentrou em mãos dos príncipes poderes de interferir na vida privada dos cidadãos, sob 
o pretexto de alcançar a segurança e o bem-estar coletivo 
Para combater esse poder absoluto do príncipe, elaborou-se a teoria do fisco. Com a qual o 
patrimônio público não pertence ao príncipe nem ao Estado, mas ao fisco. O fisco teria 
personalidade de direito privado, diversa da personalidade do Estado, associação política, 
pessoa jurídica de direito público, com poderes de mando, de império 
No Direito Alemão, a influência do direito civil foi muito maior na elaboração do Direito 
Administrativo do que ocorreu no Direito Francês. 
 
DIREITO ITALIANO 
Até a Primeira Guerra Mundial, importantes alterações na legislação (Lei de unificação do 
Reino) adaptando-a aos princípios liberais defendidos na Europa do século XIX. 
A partir da queda do fascismo voltam os princípios democráticos, reinstaurando-se o 
sistema de governo parlamentar, reconstituindo os órgãos eletivos, limitando os poderes do 
prefeito e criando a autonomia regional. 
O direito administrativo na primeira fase, sofreu influência do doutrina francesa 
Na segunda fase foi assumindo caráter científico, com sistematização própria, embora com 
influencia do Direito Alemão. 
 
DIREITO ANGLO-AMERICANO 
O Direito Francês, Italiano, Alemão e o Brasileiro, são filiados ao sistema de base 
romanística. 
O Direito vigente nos EUA e na Inglaterra integra o chamado sistema do common law, 
expressão que designa o direito não escrito de um país, baseado em costume, no uso das 
decisões das Cortes de Justiça. 
Uma das diferenças básicas entre os dois sistemas está em que: o primeiro tem como fonte 
principal o direito legislado e o segundo o precedente judiciário, ou o direito comum criado 
por decisões judiciárias 
Outra fonte do direito anglo-saxão é a equidade, que serve de fundamentos as decisões 
judiciais nos casos em que não se encontra no common law a tutela eficaz aos direitos 
privados. 
Uma vez proferida a decisão, com base na equidade, ela também se transforma em 
precedente e passa a integras a common law. 
 
DIREITO BRASILEIRO 
Não nasceu no Brasil, como ramo autônomo, enquanto esteve sob o regime da monarquia 
absoluta. 
Com o Império, há uma divisão de funções entre: o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o 
Poder Executivo e o Poder do Moderador 
A partir da Constituição de 1934, Direito Administrativo experimentou grande evolução. 
O direito administrativo brasileiro sofreu grande influencia do direito administrativo 
francês e italiano. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONCEITO 
Existe divergência doutrinaria quanto ao conceito de Direito Administrativo, cada autor 
leva em consideração certos elementos. 
 
Bandeira de Mello – enfatiza a ideia de função administrativa. “[...] é o ramo do direito 
público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a 
exercem.” 
Hely – destaca o elemento finalístico na conceituação.“[...] sintetiza-se no conjunto 
harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas 
tendentes a realizar os fins desejados pelo Estado.” 
Maria Sylvia – põe em evidencia o objeto. “[...] o ramo do direito público que tem por 
objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração 
Pública, a atividade pública não contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza para a 
consecução de seus fins, de natureza pública.” 
Carvalho Filho – gira em torno das relações jurídico-administrativas. “[...] conjunto de 
normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas 
entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devam servir.” 
Alexandre Mazza – entende que para concurso o mais adequado seria a compilação dos 
três elementos: natureza de direito público, complexo de princípios e normas e a função 
administrativa. “[...] é o ramo do direito público que estuda princípios e normas regulares 
do exercício da função administrativa.” 
 
NATUREZA JURÍDICA 
O Direito Administrativo é ramo do direito público na medida em que seus princípios e 
normas regulam o exercício de atividades estatais, especialmente a função administrativa. 
 
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 
O Direito Administrativo possui quatro características técnicas fundamentais: 1) é um 
ramo recente, 2) não esta codificado, pois sua base normativa decorre de legislação, 3) 
adota modelo inglês da jurisdição una como forma de controle da administração, 4) é 
influenciado apenas parcialmente pela jurisprudência, uma vez que as manifestações dos 
tribunais exercem apenas influencia indicativa. 
 
OBJETO 
Tem predominado a adoção do critério funcional, o Direito Administrativo é o ramo 
jurídico que estuda a disciplina normativa da função administrativa, independente de quem 
esteja encarregado de exercê-la. 
 
PRESSUPOSTOS 
Dois pressupostos: A) a subordinação do Estado às regras jurídicas, característica surgida 
com o advento do estado de Direito, B) a existência de divisão de tarefas entre os órgãos 
estatais. 
 
AUTONOMIA 
Essa autonomia não é mais contestada, pois tem status de ramo autônomo, uma vez que 
tem objeto próprio(regras de direito disciplinadoras do exercício da função administrativa) 
e a existência de princípios específicos (legalidade, impessoalidade, moralidade, etc.) 
 
CONCEITO RELACIONADOS 
Estado – é um povo situado em determinado território e sujeito a um governo. 
Governo – é a cúpula diretiva do Estado 
Poder Executivo – complexo de órgãos estatais verticalmente estruturado sob direção 
superior do “Chefe do Executivo” 
Administração Pública – (com iniciais maiúsculas) conjunto de órgãos e agentes estatais no 
exercício da função administrativa. 
administração pública – (iniciais minúsculas) ou poder executivo(com inicial minúscula)são expressões que designam atividade consistente na defesa concreta do interesse público. 
Exp. Concessionárias exercem administração pública mas não fazem parte da Adm. Púb. 
 
TAREFAS PRECÍPUAS 
1) O exercício do Poder de Polícia, 2) serviço público 3) fomento 
 
INTERPRETAÇÃO 
Segundo Hely, deve atender a algumas regras próprias, que se referem diretamente aos 
pressupostos próprios desse ramo do Direito: 
1o Pressuposto: a desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados. Regra: o 
interesse público prevalece sobre o interesse individual, respeitadas as garantias 
constitucionais. 
2o Pressuposto: a presunção de legitimidade dos atos da Administração Pública. Regra: os 
atos administrativos presumem-se legítimos, salvo prova em contrário.(inversão do ônus da 
prova) 
3o Pressuposto: a necessidade de poderes discricionários para a Administração Pública 
atender ao interesse público. Regra: a Administração Pública pode agir com certa 
discricionariedade, desde que observada a legalidade. 
 
O Direito Administrativo admite a utilização dos critérios interpretativos do Direito Civil 
(LIND, arts. 1o a 6o). 
 
RELAÇÃO COM OS OUTROS RAMOS DO DIREITO 
Direito constitucional – mantêm estrita afinidade e intimas relações, pois cuidam da 
mesma entidade o Estado. 
Direito tributário e financeiro – relação as atividades vinculadas à imposição e arrecadação 
de tributos a realização da receita e efetivação das despesas públicas, são eminentemente 
administrativas 
Direito penal – crimes contra administração pública, subordina a definição do delito à 
conceituação de atos e fatos administrativos. 
Direito processual – as justiça comum não dispensa algumas normas administrativas na 
movimentação dos feitos 
Direito do trabalho – especialmente com as instituições de previdência e assistência ao 
assalariado 
Direito eleitoral – na votação e apuração de pleitos, no funcionamento dos partidos 
políticos etc. 
Direito civil e comercial - as relações são intensas, principalmente no que se refere aos 
contratos e obrigações do Poder Público com o particular. 
Ciências sociais – atuam no mesmo campo do Direito – a sociedade 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CODIFICAÇÃO 
Tem colocado os doutrinadores em três posições: 1ª - negam as suas vantagens, 2ª - 
admitem a sua codificação parcial, 3ª - propõem uma codificação total 
 
FONTES 
Quais as principais fontes mediante as quais o direito administrativo se revela e adquire 
força impositiva no ordenamento jurídico. 
O Direito Administrativo, para a sua formação, se fundamenta em quatro fontes principais: 
A lei, A doutrina, A jurisprudência e Os costumes 
A Lei é a fonte primária do Direito Administrativo. Lei = a Constituição até os 
regulamentos executivos. 
Doutrina - dá o real sentido das categorias jurídicas empregadas na legislação e 
Constituição. 
Jurisprudência - decisões reiteradas em determinado tema advindas do Poder Judiciário e 
dos Conselhos Administrativos. Tem um caráter mais prático. 
Costumes- exerce influência principalmente em vista a atividade burocrática, que por vezes 
passa a suprir a omissão da lei.(Prática burocrática do rotineira) 
 
SISTEMA DE JURISDIÇÃO 
A) Sistema de jurisdição uma - Todas as causas, mesmos aquelas que envolvem a Adm 
Pública, são julgadas pelo Poder Judiciário. CF art. 5 XXXV. Utilizado pelo Brasil 
B) Sistema do contencioso administrativo - Ou modelo Francês, adotado na França e na 
Grécia. Caracteriza-se pela repartição da função jurisdicional entre o Poder Judiciário e os 
Tribunais administrativos. 
 
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR 
 A competência para criar leis sobre Direito Administrativo em regra é CONCORRENTE. 
Art. 24 CF 
Interesse local. Art. 30,I, CF 
Exceção: sobre desapropriação . Art. 22, II, CF – União *ver demais incisos do 22 
 
LEI COMPLEMENTAR 
O Dir. Adm. disciplinado por leis ordinárias. 
Pode ser MP em âmbito Federal.Observar vedações art. 62 §1 CF. 
Alguns temas são submetidos as LC. Ex. Areas de atuação das fundações governamentais. 
Art. 37 XIX CF. 
 
INICIATIVA PROJETO DE LEI 
regra geral a competência é comum entre o Legislativo e o Executivo. 
Exceções art. 61 §1 CF – reserva ao Presidente

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