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04/09/2016 1 WEDLA MATOS CLIMATÉRIO CLIMATÉRIO O climatério é definido pela OMS como uma FASE BIOLÓGICA da vida e NÃO um processo PATOLÓGICO Transição Período Reprodutivo Não Reprodutivo A menopausa é um marco dessa fase (corresponde ao último ciclo menstrual) Algum tipo de sinal ou sintoma Os sintomas podem ser leves a muito intenso dependendo de vários fatores ANATOMOFISIOLOGIA Ovários Função: - Produção e liberação de óvulos - Produção de hormônios femininos e masculinos - Vida funcional: 30 a 35 anos Ciclos Menstruais É o primeiro dia da menstruação até o primeiro dia da menstruação seguinte HORMÔNIOS ESTROGÊNIO: Promove o desenvolvimento dos seios femininos e útero, controla o ciclo de ovulação e afeta muitos aspectos da saúde física e emocional da mulher PROGESTERONA: Controla a menstruação e prepara o revestimento do útero para receber o óvulo fertilizado HORMÔNIOS Hipotálamo Hipófise LH FSH Ovário 04/09/2016 2 CLIMATÉRIO Climatério: • Diminuição da atividade hormonal • Termina na senectude (senilidade) – 65a Perimenopausa Menopausa Pós-menopausa PERIMENOPAUSA Climatério Perimenopausa: • Primeiros sinais de última menstruação diagnóstico da menopausa Menopausa Pós-menopausa MENOPAUSA Climatério Perimenopausa Menopausa: • Última menstruação • 51 anos (40/55) Pós-menopausa MENOPAUSA Cessação dos ciclos menstruais Perda da função reprodutiva Não ocorre menstruação por 12 meses Isso geralmente ocorre entre as idade de 45 e 55 anos, variando de mulher para mulher Durante esse período, os ovários gradualmente produzem menos quantidades de hormônios sexuais: estrogênio e progesterona PÓS-MENOPAUSA Climatério Perimenopausa Menopausa Pós-menopausa: • Menopausa Senilidade (65a) 04/09/2016 3 SINAIS E SINTOMAS FSH LH SINAIS E SINTOMAS Sangramento irregular Sensibilidade vaginal Dispareunia Distúrbios urinários (incontinência) Pele seca e envelhecimento SINAIS E SINTOMAS Concentração reduzida - Perda de memória Incapacidade para tomar decisões Ansiedade Alterações de humor Irritabilidade SINAIS E SINTOMAS Depressão Cefaleia e tontura Suores noturnos (fogacho) Ganho de peso (>500g por ano) Dores (articulares e musculares) e Cansaço Alterações hormonais Colo menor vagina Útero Endométrio Seios Ovários Menos secreções Fórnix mais raso Queda na acidez Predisposição ao prolapso Vulvite Pêlo púbico Atrofia do epitélio da bexiga ESTROGÊNIO SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO Carregada de muitos preconceitos e tabus Fatores Psicológicos Mitos da assexualidade no período Identificação da função reprodutora com a função sexual Idéia de que a atração erótica se faz às custas somente da beleza física associada à jovialidade 04/09/2016 4 SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO Fatores Psicológicos Sexualidade feminina relacionada diretamente aos hormônios ovarianos, vinculando a diminuição da função do ovário com a diminuição da função sexual Fatores Fisiológicos Redução do desejo sexual Diminuição da sensibilidade SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO Fatores Fisiológicos Lubrificação vaginal menos intensa e mais demorada, um maior estímulo sexual Adelgaçamento dos tecidos vaginais, que pode levar à dor nas relações sexuais (dispareunia) Ingurgitamento do clitóris Diminuição da duração, intensidade, frequência do orgasmo SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO Fatores Fisiológicos Diminuição das contrações vaginais Recursos para melhora do quadro - Uso de medicações locais (Alivio aos sintomas Vulvovaginais: Dispareunia, Resssecamento, Atrofias - Ex:Vagina Atrófica) - Exercícios de kegel - Terapia de reposição hormonal (aumenta fluxo sanguíneo local, elasticidade, trofismo, lubrificação) AGRAVOS À SAÚDE MAIS FREQUENTE DURANTE O CLIMATÉRIO Indisposição Hipotireoidismo Doenças Cardiovasculares Hipertensão Obesidade Diabetes Mellitus AGRAVOS À SAÚDE MAIS FREQUENTE DURANTE O CLIMATÉRIO Transtornos psicossociais Alterações gastrointestinais Alterações urogenitais (incontinência urinária) Alterações da Saúde Bucal Efeitos do Tabagismo Câncer no Climatério Osteoporose DOENÇA CARDIOVASCULAR Principal causa de morte em mulheres no período pós- menopáusico Estrogênio desenvolve papel protetor contra a formação de placas ateromatosas Suposto efeito protetor cardiovascular da TRH (terapia de reposição hormonal) Após a realização de diversos estudos sobre os efeitos da terapia de TRH, obtendo resultados negativos, não existe indicação para a prescrição de TRH com objetivo de prevenção primária ou secundária de DCV 04/09/2016 5 DOENÇA CARDIOVASCULAR Proteção estrogênica contra DCV: Diminuição do colesterol total e do LDL e aumento do HDL Efeitos anti-ateroscleróticos diretos (“remodelamento coronariano”) Anti-agregação plaquetária e produção endotelial de substâncias vasoativas Ações inotrópicascardiovasculares Redução da resistência insulínica DOENÇA CARDIOVASCULAR Proteção estrogênica contra DCV: Propriedades anti-oxidantes Estímulo à fibrinólise Inibição do crescimento e migração do músculo liso vascular Proteção das células endoteliais DOENÇA CARDIOVASCULAR Proteção estrogênica contra DCV: Inibição da oxidação do colesterol LDL em macrófagos Redução dos níveis de renina e ECA Secreção de óxido nítrico OSTEOPOROSE Fisiopatologia: Metabolismo ósseo normal: equilíbro entre a ação de osteoclastos (reabsorção óssea) e osteoblastos (formação óssea) Deficiência estrogênica induz a liberação de fatores teciduais, como IL– e IL-6, PGE2 e TNF-alfa, que estimulam uma maior atividade osteclástica, aumentando a reabsorção óssea OSTEOPOROSE Redução da massa óssea Alteração na microestrutura óssea Fragilidade óssea (fraturas) – fêmur, punho e vértebras Avaliação da osteoporose na menopausa: - Avaliar os fatores de risco de fraturas - Determinar a densitometria óssea da coluna e do fêmur - Avaliar as causas secundárias nos casos mais graves ou imprevistos OSTEOPOROSE Fatores de Risco para fraturas osteoporóticas: - Qualquer fratura na idade adulta - Fratura familiar de primeiro grau - Raça branca - Idade avançada (>65 anos) - Mulheres - Demência IMODIFICÁVEIS - Tabagismo corrente - Baixo peso (IMC < 19) - Menopausa < 45 anos - Ooforectomia bilateral - Amenorréia > 1 ano na menacme - Baixa ingestão de cálcio na vida - Alcoolismo - Limitação visual - Quedas repetidas - Sedentarismo - Saúde afetada / enfraquecimento MODIFICÁVEIS 04/09/2016 6 OSTEOPOROSE Identificação de mulheres perimenopáusicas com risco de osteoporose: Medida da massa óssea por Densitometria Óssea por Raio X duo-energético(DO por DXA) Utilizar o valor mais baixo da: - Coluna lombar L1 a L4 AP - Fêmur proximal Critérios densitométricos: - Normal – escore T até -1 - Osteopenia – escore T entre -1 e -2,5 - Osteoporose – escore T = ou além de -2,5 OSTEOPOROSE Causas secundárias de osteoporose: (20% da mulheres pós- menopáusicas) Hipogonadismos: primário e secundário Hiperparatireoidismo Hipertireoidismo Síndrome de Cushing Prolactinomas Acromegalia OSTEOPOROSE Causas secundárias de osteoporose: (20% da mulheres pós- menopáusicas) Doenças inflamatórias intestinais (redução absorção) Tabagismo Alcoolismo Neoplasias ALTERAÇÃO DERMATOLÓGICA Envelhecimento cutâneo Aparecimento de rugas Alterações da pigmentação: - Anexos cutâneos - CabelosALTERAÇÃO DERMATOLÓGICA Envelhecimento Cutâneo Diminuição das secreções endócrinas e estreitamento das arteríolas cutâneas Nutrição tissular Metabolismo do colágeno, elástico dos vasos, do tecido adiposo e dos músculos Epiderme, derme e hipoderme Na pós menopausa, o colágeno declina cerca de 2,1% ao ano ALTERAÇÃO DERMATOLÓGICA Rugas Com o envelhecimento, a pele perde a elasticidade, os músculos enfraquecem e ficam frouxos, o coxim subcutâneo dissolve-se e a pele perde o apoio levando ao aparecimento das rugas 04/09/2016 7 ALTERAÇÃO DERMATOLÓGICA Alterações da Pigmentação Redução do número de melanócitos Formação de manchas hipocrômicas Formação de sardas Surgimento de melanoses 50% dos indivíduos acima de 45 anos Embranquecimento e queda de cabelo TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL Objetivos do tratamento: Reestabelecer a qualidade de vida e a saúde física, emocional e psíquica da paciente em climatério e em decaimento hormonal Minimizar riscos à morbidades que reduziriam a qualidade da mesma Aliviar os sintomas do climatério - Osteoporose/Fraturas - Doença Aterosclerótica Coronariana/IAM AVALIAÇÃO INICIAL Colpocitologia Mamografia US Transvaginal Colesterol Glicemia Dosagem TSH Densitometria Óssea(DEXA) INDICAÇÕES DA TH Correção da disfunção menstrual na perimenopausa Melhoria dos sintomas climatéricos Prevenção e melhoria da osteoporose Prevenção e tratamento da atrofia urogenital, implantes subcutâneos, etc CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS A TH • Câncer de mama ou lesão suspeita ainda sem diagnóstico Hiperplasia ductal atípica na mama Doença isquêmica cerebral/cardíaca recente Doença tromboembólica recente Hepatopatiagrave ou recente Sangramento vaginal de causa não estabelecida CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS A TRH Miomatose uterina Endometriose Hipertensão grave Edemas de origem renal ou cardíaco Pancreatites Epilepsias História de enxaquecas persistentes apesar de tratamento 04/09/2016 8 FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO A fisioterapia tem um papel importante tanto na prevenção quanto na reabilitação das alterações decorrentes do climatério objetivando a melhora da qualidade de vida. FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO Objetivo: Melhorar a qualidade de vida Promover socialização Prevenir doenças associadas Melhora do humor, estresse, depressão Redução da retenção hídrica Melhorar do condicionamento cardiovascular, da força, do equilíbrio e da flexibilidade Prevenção e tratamento dos DAP e melhora na atividade sexual FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO Objetivo: Exercícios de alongamento Fortalecimentomuscular (com carga) e aeróbico Treino de equilíbrio Treinamento da musculatura do assoalho pélvico para prevenção ou melhora da incontinência urinária Recuperação da função sexual Melhora da conscientização corporal e postural FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO Tratamento: Cinesioterapia (fortalecimento muscular, alongamento, exercícios de equilíbrio...) RPG Pilates Hidroterapia Exercícios Respiratórios Exercícios em grupos ou individuais Terapia Manual FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO Tratamento: Eletrotermofototerapia DLM Peeling, ionização, eletroestimulação Biofeedback Exercícios de Kegel Cones vaginais 04/09/2016 9
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