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Exame cardiovascular

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PROPEDÊUTICA - FEPAR CARDIOVASCULAR
GESEP PÁGINA 1
O Exame Físico do Coração
Neste módulo estudaremos o exame físico do sistema cardiovascular, estabelecendo relações com 
a fisiologia, anatomia e clínica. Enfatizaremos nesta apostila a ausculta cardíaca.
Coração
Dr. Carlos Caron e Dr. Ivan Paredes
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Focos Cardíacos: As áreas mitral e tricúspide são denominadas focos apicais e as regiões 
aórtica e pulmonar focos da base.
a) Foco aórtico = 2o EID junto ao esterno
b) Foco aórtico acessório = 3º EIE junto ao esterno
c) Foco pulmonar = 2o EIE junto ao esterno
d) Foco mitral = 5o EIE em LHCE
e) Foco tricúspide = 5º EID junto ao esterno
Uso do Estetoscópio:
•
 Ausculta cardíaca apresenta acurácia diagnóstica de 70 a 97%
•
 Inventado por Laenec em 1816.
•
 Diafragma = útil para sons agudos (ex: B1, B2, sopros de regurgitação aórtica e mi-
tral, atrito pericárdico).
•
 Campânula = útil para sons graves 
(ex: B3, B4, sopro de estenose mi-
tral).
As 4 perguntas que devem ser feitas ao se 
realizar a ausculta cardíaca:
•
 Quantas são as bulhas?
•
 Como são as bulhas?
•
 Existem ruídos?
•
 Qual é a relação entre as bulhas e os 
ruídos com o ciclo cardíaco?
PROPEDÊUTICA - FEPAR PROPEDÊUTICA CARDIOVASCULAR
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 PÁGINA 2
BULHAS CARDÍACAS
a) B1 (TUM-TÁ) = Os sons são gerados pela vibração dos folhetos valvares após o seu fe-
chamento, causado pela movimentação de sangue no interior dos ventrículos. O seu primei-
ro componente é secundário ao fechamento da válvula mitral (M1) e seu segundo compo-
nente secundário ao fechamento da válvula tricúspide (T1). Coincide com o ictus cordis e o 
pulso carotídeo, sendo mais intenso em foco mitral. A duração é pouco maior do que a B2 e 
o timbre é grave (TUM). Indica o início da sístole ventricular. 
b) B2 (TUM-TÁ) = É gerada pela desaceleração da coluna líquida sobre as valvas aórtica e 
pulmonar já fechadas, provocando assim vibrações da coluna líquida e das estruturas adja-
centes, como aparelho valvar, paredes vasculares e via de saída dos ventrículos. Coincide 
com o início da diástole, sendo composto inicialmente pelo fechamento da válvula aórtica 
(A2) e depois da pulmonar (P2). É mais intenso em foco aórtico e pulmonar, sendo o timbre 
mais agudo e seco (TÁ). A duração é menor do que B1. Pode sofrer desdobramento inspira-
tório (TUM-TRÁ). 
c) B3 (TUM-TÁ--TÁ) = Som que ocorre entre a proto e mesodiástole, sendo gerado pela 
brusca desaceleração da coluna de sangue contra as paredes ventriculares no final da fase de 
enchimento rápido. Melhor audível em área mitral em decúbito lateral esquerdo. Ocorre na 
insuficiência cardíaca, sendo um indicador da sua gravidade Pode ser fisiológico em crian-
ças e adolescentes.
d) B4 (TRRUM-TÁ) = Ocorre na telediástole e é gerado pela desaceleração da coluna san-
güínea que é impulsionada pelos átrios na fase de contração atrial contra a massa sangüínea 
existente no interior do ventrículo esquerdo, no final da diástole. Representa uma contração 
Alterações de B1:
a) B1 hipofonético = BAV de 1º grau, regurgitação mitral, diminuição da contratilidade de 
VE (insuficiência cardíaca).
b) B1 hiperfonético = Taquicardia e estados de alto débito cardíaco (ex: anemia, exercício, 
hipertireoidismo), estenose mitral.
c) Desdobramento de B1 = Se muito amplo, suspeitar de bloqueio de ramo direito, acarre-
tando atraso no fachamento da válvula tricúspide (trum-tá).
Alterações de B2:
a) A2 hipofonético = Estenose aórtica calcificada e regurgitação aórtica.
b) A2 hiperfonético = HAS, dilatação aórtica e coarctação de aorta.
c) P2 hipofonético = Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax e estenose pulmonar.
d) P2 hiperfonético = Hipertensão pulmonar, dilatação da artéria pulmonar e comunicação 
interatrial.
e) Desdobramento de B2 (auscultado em foco pulmonar) = Podemos observar no sujeito 
normal um desdobramento fisiológico de B2 durante a inspiração. Em situações patoló-
gicas ocorre um amplo desdobramento de B2 (bloqueio de ramo direito, estenose pulmo-
nar, dilatação aguda ou crônica do VD). Pode ser constante e variável, acentuando-se na 
inspiração (bloqueio de ramo direito) ou constante e fixo, permanecendo inalterado du-
rante o ciclo respiratório (CIA, estenose pulmonar). O desdobramento pode ser parado-
xal, surgindo na expiração, por um retardo na formação de A2 (bloqueio de ramo esquer-
do).
PROPEDÊUTICA - FEPAR PROPEDÊUTICA CARDIOVASCULAR
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Outros Sons Cardíacos:
a) Clique de Ejeção Sistólica = Som que acompanha a abertura da válvula aórtica durante a 
sístole.
b) Clique Mesosistólico = Pode ocorrer no polapso de válvula mitral.
c) Estalido de Abertura Mitral = Som que acompanha a abertura da valva mitral, durante a 
diástole, podendo ocorrer nas estenoses desta válvula..
Ritmos de Galope: Ocorre em disfunção miocárdica por súbita desaceleração do fluxo sanguíneo ao 
penetrar nos ventrículos. Indica sofrimento miocárdico ou insuficiência cardíaca. Podemos ter os se-
guintes ritmos:
a) Ritmo de galope ventricular (TUM-TÁ--TÁ) = Sempre associado à taquicardia, formado 
por B3 patológica, sendo indicativo de ICC.
b) Ritmo de galope atrial (TRRUM-TÁ) = Formado por B4, indicando crise hipertensiva, 
cardiopatia isquêmica, estenose aórtica e miocardiopatia hipertrófica. 
c) Ritmo de galope de soma = Ritmo de galope ventricular + ritmo de galope atrial (B3 + 
B4).
SOPROS CARDÍACOS
Ao se constatar um sopro, o mesmo deve ser descrito baseando-se nos seguintes parâmetros:
1. Localização no ciclo cardíaco
2. Formato
3. localização
4. Irradiação
5. Timbre e frequência
6. Intensidade
7. Efeitos de manobras sobre o sopro
Localização no ciclo cardíaco = Caracterizar se é sistólico ou diastólico.
Formato dos Sopros = Existem sopros diastólicos (ruflar e aspirativo) e sopros sistólicos (de regurgi-
tação e ejeção), abaixo descritos.
a. Sopro sistólico de regurgitação = Ocorre na insuficiência das valvas atrioventriculares (mitral 
e tricúspide), sendo de intensidade constante, suave e associado a hipofonese de B1. 
b. Sopro sistólico de ejeção = Geralmente com formato em diamante ou crescendo e decrescen-
do, rude, causado por turbulência na via de saída (estenose de válvula aórtica ou pulmonar) ou 
nos vasos da base durante a ejeção. 
c. Sopro diastólico aspirativo = Ocorre pela regurgitação das valvas semilunares (insuficiência 
aórtica ou pulmonar) na diástole, iniciando-se logo após B2. 
d. Sopro diastólico em ruflar = É característico da estenose das válvulas atrioventriculares (mi-
tral e tricúspide), sendo granuloso e ocorrendo na protodiástole. 
e. Sopros sistodiastólicos (em maquinaria) = São contínuos, em vaivém, ocorrendo, por exem-
plo, na persistência do canal arterial. 
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Tipos de Sopros Sistólicos:
• Sopro Mesossistólico = Formado pelo fluxo sanguíneo que atravessa as válvulas semiluna-
res (aórtica e pulmonar).
• Sopro Pansistólico ou Holossistólico = Formado por fluxos regurgitantes que atravessam as 
válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide).
• Sopro Telessistólico = Ocorre no prolapso da válvula mitral e é precedido de um clique sis-
tólico.
Tipos de Sopros Diastólicos:
•
 Sopro Protodiastólico = Formado pelo fluxo regurgitante através das valvas semilunares in-competentes.
•
 Sopros Mesodiastólicos e Pressistólicos = Formado pelo fluxo turbulento que atravessa as 
valvas atrioventriculares.
Irradiação dos Sopros:
a) Estenose aórtica = vasos do pescoço
b) Estenose mitral = axila
c) Insuficiência mitral = axila
d) Insuficiência tricúspide = raio de roda de bicicleta
Posições de Ausculta:
•
 Decúbito lateral esquerdo = Melhora ausculta do sopro da estenose mitral e de B3 e B4 de 
câmaras esquerdas. Pode-se utilizar a campânula do estetoscópio.
•
 Sentado e inclinado para frente, com expiração do ar = Com o diafragma pode-se auscultar os 
sopros aórticos.
Causas de Sopro:
a) Aumento da velocidade da corrente sanguínea.
b) Diminuição da viscosidade sanguínea.
c) Passagem de sangue através de uma área estreita.
d) Passagem de sangue através de zona dilatada.
e) Passagem de sangue por uma membrana de borda livre.
 
Intensidade dos Sopros:
a) Grau 1= Muito tênue, devendo-se concentrar durante vários ciclos para ouvi-lo.
b) Grau 2 = Um leve murmúrio pode ser ouvido logo após iniciar a ausculta.
c) Grau 3 = Maior do que o grau 2, porém não pode ser palpado.
d) Grau 4 = Murmúrio alto, associado a frêmito palpável.
e) Grau 5 = Murmúrio muito alto, que requer contato parcial do estetoscópio com a pele, mas 
que não é audível além da parede torácica.
f) Grau 6 = Murmúrio alto o suficiente para ser ouvido com o estetoscópio sem tocar a parede 
torácica.
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 PÁGINA 5
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS SOPROS
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 PÁGINA 6
PULSOS
1. Pulso de amplitude aumentada (magnus celere) = Pulso amplo de fácil palpação. Ocorre em 
insuficiência aórtica ou em situações de alto débito cardíaco (sepse, anemia, tireotoxicose).
2. Pulso de amplitude diminuída (parvus et tardus) = Ocorre na estenose aórtica e na insuficiên-
cia cardíaca, por diminuição do débito cardíaco.
3. Pulso bisferens = São palpados dois picos sistólicos por sístole, ocorrendo em situações na 
qual um grande volume sistólico é ejetado na aorta, como na insuficiência aórtica grave.
4. Pulso alternante = Os batimentos são rítmicos mas a intensidade do pulso varia entre os bati-
mentos, ocorrendo devido a variações no enchimento e na contratilidade miocárdica nas disfun-
ções de ventrículo esquerdo. Ocorre quando existe grave comprometimento da função ventricu-
lar esquerda.
5. Pulso paradoxal = É um exagero na diminuição da pressão arterial sistólica durante a inspira-
ção, sendo percebido na palpação como uma diminuição do pulso à inspiração (é uma redução 
superior a 10mmHg na pressão sistólica durante a inspiração). Ocorre em situações como tam-
ponamento cardíaco, pericardite constritiva, doenças das vias aéreas ou embolia pulmonar.
6. Pulso arrítmico (delirium cordis) = Quando totalmente arrítmico e de intensidade variável 
pode significar fibrilação atrial.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Manobra de Rivero-Carvalho = Diferencia entre o sopro da insuficiência mitral e tricúspide (o sopro 
tricúspide é mais intenso na inspiração).
Sopro de Grahan-Steel = É um sopro diastólico precoce, que ocorre na insuficiência da válvula pul-
monar secundário a hipertensão pulmonar.
Sopro de Austin Flint = É um ruflar diastólico, por fechamento funcional da válvula mitral em decor-
rência de insuficiência da válvula aórtica.
Sopro de Still = É um sopro mesosistólico suave, não estando associado a doenças.
Sopro de Carey Coombs = É um sopro protomesodiastólico precedido de B3 que ocorre na insufici-
ência mitral decorrente de moléstia reumática aguda, devido ao grande fluxo de sangue pela artéria 
pulmonar ressoando no átrio esquerdo, criando assim este sopro de fluxo diastólico.
Sopros “Inocentes” = Sem frêmito; nunca são diastólicos ou holossistólicos; suaves; sem alteração de 
bulhas e com irradiação restrita.
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 PÁGINA 6
ACHADOS CLÍNICOS NA DOENÇA CARDIOVASCULAR

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