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Geoprocessamento Prof.ª Erika Rocha SENSORIAMENTO REMOTO 2 O sensoriamento remoto (SR) teve início com a invenção da câmara fotográfica que foi o primeiro instrumento utilizado e que, até os dias atuais, são ainda utilizadas para tomada de fotos aéreas. Relata-se que uma das primeiras aplicações do SR foi para uso militar. SENSORIAMENTO REMOTO 3 Iniciou com o uso de pombos correio, passou para balões, e aviões até chegar aos satélites. Existem várias séries de satélites de SR em operação, entre eles podemos citar: LANDSAT, SPOT, CBERS, IKONOS, QUICKBIRD e NOAA. SENSORIAMENTO REMOTO 4 Pode ser definido como sendo a técnica que permite a aquisição de informações sobre a natureza de objetos sem contato físico com os mesmos. No entanto, como essa definição é muito ampla, adota-se que o sensoriamento remoto é restrito aos métodos que utilizam energia eletromagnética na detecção e medida dos elementos que compõem a superfície terrestre e a atmosfera. SENSORIAMENTO REMOTO 5 Sensoriamento remoto é um termo utilizado na área das ciências aplicadas que se refere à obtenção de imagens à distância, sobre a superfície terrestre. Estas imagens são adquiridas através de aparelhos denominados sensores remotos. Por sua vez estes sensores ou câmaras são colocadas a bordo de aeronaves ou de satélites de sensoriamento remoto - também chamados de satélites observação da Terra. Um sensor a bordo do satélite gera um produto de sensoriamento remoto denominado de imagem ao passo que uma câmara aerofotográfica, a bordo de uma aeronave, gera um produto de sensoriamento remoto denominado de fotografia aérea. SR – Segmentos tecnológicos 6 Sensores – são os instrumentos que compõem o sistema de captação de dados e imagens, cuja evolução tem contribuído para a coleta de imagens de melhor qualidade e de maior poder de definição. Sistema de telemetria – consiste no sistema de transmissão de dados e imagens dos satélites para estações terrestres, e tem evoluído no sentido de aumentar a capacidade de transmissão dos grandes volumes de dados, que constituem as imagens. SR – Segmentos tecnológicos 7 Sistemas de processamento – consistem dos equipamentos computacionais e softwares destinados ao armazenamento e processamento dos dados do SR. A evolução deste segmento tem incrementado a capacidade de manutenção de acervos e as potencialidades do tratamento digital das imagens. Lançadores – consistem das bases de lançamento e foguetes que transportam e colocam em órbita, os satélites. A evolução deste segmento tem permitido colocar, em órbitas terrestres, satélites mais pesados, com maior quantidade de instrumentos, e consequentemente, com mais recursos tecnológicos. Sensoriamento Remoto 8 Características Espectral - Uma imagem de sensoriamento remoto colorida é resultante da combinação das três cores básicas (azul, verde e vermelho), associadas através de filtros às imagens individuais obtidas em diferentes comprimentos de onda ou faixas espectrais Espacial – determina o nível de detalhe com que podemos observar os objetos da superfície terrestre. Temporal - a freqüência com que a superfície terrestre é observada ou imageada é uma terceira característica importante das imagens de sensoriamento remoto. Sensoriamento Remoto 9 Os dados de sensoriamento remoto podem ser coletados em diferentes níveis: terrestre; aéreo; orbital. Sensoriamento Remoto 10 Pode-se considerar o SR como um sistema de aquisição de informações que pode ser subdividido em cinco componentes: Fonte de energia eletromagnética Meio de transmissão Alvo na superfície da Terra Sensor e plataforma Sistema de processamento Sensoriamento Remoto (Usos) Acompanhamento do uso agrícola das terras; Apoio ao monitoramento de áreas de preservação; Atividades energético-mineradoras; Cartografia e atualização de mapas; Desmatamentos; Detecção de invasões em áreas indígenas; Dinâmica de urbanização; Estimativas de fitomassa; Monitoramento da cobertura vegetal; Queimadas Secas e inundações ; Sedimentos em suspensão nos rios e estuários. Processo de imageamento 12 A radiação solar incidente na superfície terrestre interage de modo diferente com cada tipo de alvo. Esta diferença é determinada principalmente pelas diferentes composições físico-químicas dos objetos ou feições terrestres. Estes fatores fazem com que cada alvo terrestre tenha sua própria assinatura espectral. Processo de imageamento 13 Geometria orbital Os satélites acompanham a Terra no movimento de translação, mas não no movimento de rotação. A Terra desliza sob o satélite no movimento de rotação. O movimento do satélite de polo a polo, combinado com o movimento de rotação terrestre em torno de seu eixo, faz com que os satélites de SR cubram praticamente todas as regiões do Globo. Processo de imageamento 14 Estações de recepção Elas têm por finalidade receber e armazenar as imagens transmitidas a partir dos satélites. São estrategicamente instaladas em locais adequados à região que se pretende obter imagens. Estas estações são constituídas, basicamente, de um bom computador, com software específico, uma antena parabólica direcionável, cabos de conexão da antena ao computador e mesa de controle e operação. O sistema da estação dispõe, de forma antecipada, das informações de horário e posição de órbita. Sensores 15 Os sensores são as máquinas fotográficas dos satélites. Têm por finalidade captar a REM proveniente da superfície terrestre, e transformar a energia conduzida pela onda, em pulso eletrônico ou valor digital proporcional à intensidade desta energia. Segundo a fonte da onda eletromagnética os sensores são: Passivos Ativos Sensores Passivos 16 Utilizam apenas a REM natural refletida ou emitida a partir da superfície terrestre. A luz solar é a principal fonte de REM dos sensores passivos. Sensores Ativos 17 Estes sistemas utilizam REM artificial, produzida por radares instalados nos próprios satélites. Uma vantagem dos sensores ativos é que as ondas produzidas pelos radares atravessam as nuvens, podendo ser operados sob qualquer condição atmosférica. Uma desvantagem é que o processo de interação com os alvos não capta, tão detalhadamente quanto os sensores passivos, informações sobre as características físicas e químicas das feições terrestres. Imagem digital 18 Armazenamento Toda imagem captada pelo sensor, em formato digital, é armazenada em arquivos de computador como qualquer outro arquivo de dados. Existem dois arquivos para cada imagem de SR, um deles, normalmente de pequena dimensão, destina-se às informações de cabeçalho da imagem e outro que contém os valores numéricos correspondentes aos pixels da imagem. A este último damos a denominação de imagem digital. Imagem digital 19 Resolução espacial Cada sistema sensor tem uma capacidade de definição do tamanho do pixel, que corresponde a menor parcela imageada. O pixel é indivisível. A dimensão do pixel é denominada de resolução espacial. Quanto menor a dimensão do pixel, maior é a resolução espacial da imagem. Imagens de maior resolução espacial têm melhor poder de definição dos alvos terrestres. Imagem digital 20 Resolução espectral Quantomais estreitas forem estas faixas espectrais, e/ou quanto maior for o número de bandas espectrais captadas pelo sensor, maior é a resolução espectral da imagem. Imagem digital 21 Resolução espectral Quanto mais estreitas forem estas faixas espectrais, e/ou quanto maior for o número de bandas espectrais captadas pelo sensor, maior é a resolução espectral da imagem. Imagem digital 22 Resolução radiométrica Está relacionada a faixa de valores numéricos associados aos pixels. Este valor numérico representa a intensidade da radiância proveniente da área do terreno correspondente ao pixel e é chamado de nível de cinza. Resolução temporal Está relacionada ao período de tempo em que o satélite volta a revisitar uma mesma área. Imagem digital 23 Aquisição de imagens O primeiro passo consiste em identificar as instituições que comercializam ou distribuem imagens. (INPE) O passo seguinte é definir a área de interesse. A identificação das imagens pode ser obtida no mapa denominado Sistema de Referência Universal, fornecido pelo INPE. Processamento digital de imagens 24 O grande volume de dados, intrínseco às imagens de satélite, associado à relativa complexidade de cálculos, requer expressivos recursos computacionais para o armazenamento e tratamento das informações do SR. Dentre os sistemas de processamento digital de imagens disponíveis podemos citar: SPRING, ENVI, IDRISI, PCI, ER-MAPER, ERDAS, entre outros. Processamento digital de imagens 25 Pré-processamento É a etapa preliminar do tratamento digital de imagens e tem por finalidade corrigir as imperfeições da imagem. 1. Correção Radiométrica Este tratamento destina-se, a pelo menos reduzir as degradações radiométricas decorrentes dos desajustes na calibração dos detectores e erros esporádicos na transmissão dos dados. Processamento digital de imagens 26 2. Correção atmosférica A interferência atmosférica é um dos principais fatores de degradação nas imagens, muitas vezes comprometendo a análise e interpretação das mesmas. A correção da imagem pode ser feita por meio de modelos matemáticos baseados em parâmetros atmosféricos que normalmente são desconhecidos, dificultando a aplicação dos modelos. Estes parâmetros devem ser obtidos na hora e data de passagem do satélite, por meio de estações meteorológicas e isto é um procedimento difícil. Para isso, utiliza-se técnicas mais simples e eficazes. Processamento digital de imagens 27 3. Correção Geométrica Outro tipo de distorção das imagens brutas são as chamadas distorções geométricas, que diminuem a precisão espacial das informações. Várias aplicações como a cartografia, a confecção de mosaicos, sistemas de informações geográficas, a detecção e acompanhamento de mudanças espaciais em feições terrestres, necessitam de dados com boa precisão espacial, exigindo a correção de tais distorções. Processamento digital de imagens 28 Classificação das imagens Ao se classificar uma imagem, assume-se que objetos/alvos diferentes apresentam propriedades espectrais diferentes e que cada ponto pertence a uma única classe. Além disso, os pontos representativos de uma certa classe devem possuir padrões próximos de tonalidade, de cor e de textura. Sensoriamento Remoto (Principais Sensores Orbitais) A apresentação a seguir contém alguns dados sobre os principais sensores orbitais de sensoriamento remoto (coleta de dados sobre a dados de superfície da Terra). Ela está organizada de uma forma cronológica para termos noção da evolução desta tecnologia, e também apresenta algumas imagens obtidas por estes sensores. 30 Landsat O primeiro satélite da série começou a operar em 1972 e a última atualização ocorreu em 1999 com o lançamento do LANDSAT-7. Atualmente o único satélite em operação é o LANDSAT-5, que leva a bordo o sensor TM e contribui para o mapeamento temático da superfície terrestre. Resolução espacial de 15 m. Os satélites desta série deslocam a uma altitude de 705 km e cruzam um mesmo paralelo terrestre sempre no mesmo horário. SISTEMA SPOT (Satellite Pour l’Observation de La Terre) Estabelecido pelo governo francês em 1978, com participação da Bélgica e Suécia. Gerenciado pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES). Resolução espacial de 10 m. PAN As características básicas do sistema SPOT são: Altitude 832 km; velocidade 13,3 km / s; área coberta por cena 60km x 60 km. SPOT-3 se perdeu no espaço pouco tempo após seu lançamento SPOT-1 foi desativado em 2003 SISTEMA SPOT (Satellite Pour l’Observation de La Terre) SPOT 4 SPOT 2 SPOT 5 SPOT-2 está ativo NADI R OFF-NADIR SATÉLITE IKONOS • Primeiro satélite comercial do mundo a produzir imagens compatíveis com as fotos aéreas. • Sistema IKONOS revolucionou o mercado de imagens de satélite principalmente pela alta resolução espacial de seus produtos. – Resolução espacial de 1 m na banda PAN e 4 m nas bandas MS. • Foram lançados 2 satélites: – O primeiro satélite IKONOS foi lançado em 27 de abril de 1999, mas se perdeu logo após o lançamento. – O segundo satélite IKONOS foi lançado pela GeoEye (Antiga SPACE IMAGING) em 24 de setembro de 1999, da base aérea de Vandenberg, Califórnia, USA ENCONTRA-SE ATIVO GeoEye - detém os direitos de comercialização das imagens. IMAGEM PANCROMÁTICA – 1m Pirâmides do Egito. IMAGEM MULTIESPECTRAL – 4m Sidney - Austrália SATÉLITE IKONOS Pirâmides do Egito. PAN – 1m Denver, Colorado QUICKBIRD-2 • QuickBird-2 foi lançado pelo veículo espacial Delta-7320- 10C (Delta II), no dia 18 de abril de 2001, na Base da Força Aérea de Vanderberg, Califórnia, Estados Unidos. • O Sistema QuickBird produz imagens com resolução espacial de 61 cm no modo PAN e 2,44 m no MS. • O projeto e a construção do satélite foi realizado através da cooperação entre as empresas, – DigitalGlobe, – Ball Aerospace & Technologies, – Kodak e Fokker Space. Modelo 3D de Phoenix, USA Torre Eiffel Paris, France KALUTARA BEACH – SRI LANKA CBERS - SATÉLITE SINO-BRASILEIRO DE OBSERVAÇÃO DA TERRA Satélite CBERS 1 CBERS 2 Lançamento 14/10/1999 21/10/2003 Situação Atual Inativo (Julho de 2003) Ativo Órbita Circular, polar e heliosíncrona Circular, polar e heliosíncrona Altitude 778 km 778 km Horário de Passagem 10:30 am 10:30 am Período de revisita 26 dias (CCD, IRMSS) 5 dias (WFI) 26 dias (CCD, IRMSS) 5 dias (WFI) Instrumentos Sensores Câmaras CCD, IRMSS, WFI Câmaras CCD, IRMSS, WFI Sensor: WFI/CBERS-2 Órbita_Ponto: 164_140 Composição: R2G2B1 Data: 21/01/2005 Legenda: Região de Buenos Aires e do Rio da Prata. As águas dos rios Paraná e Uruguai se dispersam ao largo de Buenos Aires, formando a grande pluma azul mais claro que avança para o Oceano Atlântico. Imagem WFI Sensor: IRM/CBERS-2 Órbita_Ponto: 148_106 Composição: R3G4B2 Data: 14/08/2004 Legenda: Imagem do Baixo Vale do Rio Açu, no litoral do Rio Grande do Norte. Em verde escuro aparece a vegetação de mangue, enquanto que em verde claro aparecem as salinas. As dunas são brancas enquanto que, lateralmente à calha do Rio se dispõem áreas irrigadas com intensa agricultura. Fonte: Galeria de imagens do INPE Imagem IRMSS Sensor: CCD/CBERS-1 Legenda: ImagemCCD tomada sobre a cidade de Beijing, capital da República Popular da China. Na parte central da cena aparece um pequeno quadrado formado pelas grandes avenidas que contornam a Praça da Paz Celestial. Logo acima da Praça aparece na cor vermelha, a Cidade Proibida, residência dos imperadores chineses até o ano de 1948. Aplicações 52 Trabalho Descrever 3 aplicações para o SR.
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