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Resumo Homicídios, Suicídio, Infanticídio, Feminicídio

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RESUMO DIREITO PENAL 
Objeto jurídico (bem jurídico) 
• Bem ou interesse protegido pela norma penal.
• Sem objeto, sem crime.
Sujeitos do Crime
• Sujeito ativo: aquele que pratica o crime. Seja como autor, coautor ou participe (colabora
com a prática do crime).
• Sujeito passivo: é o titular do bem jurídico lesado..
• Há três formas de praticar o crime como participe:
induzimento: o agente cria a ideia.
instigação: o agente reforça uma ideia já existente.
auxílio: o agente fornece apoio material. Ex: dar a arma
• O crime possui 3 classificações:
crime comum: praticado por qualquer pessoa.
crime próprio: a lei exige uma qualidade especial do agente. Essa qualidade pode ser
uma posição jurídica (funcionário, cônjuge, etc) ou posição de fato (homem, gestante,
etc). Admite coautoria e participação. Ex: peculato, abuso de autoridade.
crime de mão própria: também exige uma qualidade especial do agente, mas não cabe
coautoria ou participação. Ex: falso testemunho.
Conduta
• É representada por um verbo.
• Positiva: consiste em um fazer, agir.
• Negativa/omissiva: deixar de faze, agir.
própria: o agente podia fazer algo, mas não fez. Ex: omissão de socorro
*Obs: o poder fazer algo significa agir sem risco pessoal. 
imprópria: o agente podia e devia ter feito algo para evitar. Esse dever de agir vem
pela: lei, contrato (não precisa ser solene), e garantido (quando uma pessoa colocou a
outra em risco).
Elemento Subjetivo:
• Dolo: vontade de produzir o resultado (dolo direto) ou aceitação do risco de produzi-lo (dolo
eventual).
• Culpa: inobservância de um dever legal de cuidado (negligência, imprudência e imperícia).
• Preterdolo: a conduta é dolosa e ocasiona um resultado mais grave do que o desejado
(culposo). Ex: socar uma pessoa e ela bater a cabeça e morrer.
Tipos de Crime
• Material: possui previsão de conduta e resultado. Esse crime é consumado com a produção
do resultado. Ex roubo, homicídio.
• Formal: só há previsão de conduta na norma/tipo penal. Não há previsão de resultado,
embora esse possa vir a acontecer. Ex: extorsão mediante sequestro.
*Obs: Exaurimento é a ocorrência de resultado no crime formal. Agravante de pena.
Larissa Rocha
• Mera Conduta: só existe a previsão da conduta. Não é possível produzir resultado. Ex:
violação de domicílio.
CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio
• Consuma-se com a morte da vítima.
• Bem jurídico atingido: a vida.
• A prova do homicídio é fornecida com o exame de corpo de delito.
*Obs: Quando não for possível um exame direto, permite-se a constituição de um corpo de
delito indireto, ou seja, através de testemunhas. A confissão do acusado não supre o exame
de corpo de delito (art 158 e 167 do CPP).
• O homicídio admite tentativa quando, após o início do ataque ao bem jurídico vida, a morte
não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Eutanásia x Ortotanásia x Distanásia
• Eutanásia: exige uma postura ativa. Ex: desligar os aparelhos do irmão que sofre de uma
doença sem cura.
• Ortotanásia: interrupção de tratamento que prolongue a vida, a pessoa morre naturalmente
(necessária aprovação do paciente), é permitido.
• Distanásia: aplicar esforços para manter alguém vivo, mesmo que isso fira a sua dignidade.
Essa prorrogação de vida pode vir a gerar uma lesão corporal. Ex: manter o anencéfalo vivo.
Homicídio Privilegiado
• Art. 121, §1º do CP.
 Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço. 
• Redução de pena de 1/6 até 1/3.
• Diminuição de pena em virtude de circunstâncias especiais que se ajuntam ao fato típico
fundamental.
• Relevante valor social: motivos que dizem respeito aos interesses ou fins da vida coletiva.
Ex: eliminação de um perigoso bandido para assegurar a tranquilidade da comunidade.
• Relevante valor moral: diz respeito aos interesses pessoais do agente. Ex: prática de
homicídio para livrar um familiar doente do sofrimento.
• Violenta emoção em seguida a injusta provocação da vítima: tem três requisitos – emoção
absorvente, provocação injusta por parte da vítima, reação imediata.
Homicídio Qualificado
• Art. 121, §2º do CP.
•
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Larissa Rocha
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
• Pena de reclusão: 12 a 30 anos
• São casos em que os motivos determinantes, meios ou recursos empregados, demonstram
maior periculosidade do agente e menores possibilidades de defesa da vítima. 
• São insuscetíveis de indulto, graça, anistia e fiança.
• Inciso I: mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.
“mediante paga ou promessa de recompensa”: chamado de homicídio mercenário. O
agente recebe um pagamento para praticar o crime ou comete porque teve a promessa de
ser recompensado. O mandante (aquele que paga ou promete a recompensa) também
responde pelo crime.
“motivo torpe”: motivo repugnante, desprezível, profundamente imoral. Ex: homicídio
praticado para receber uma herança, por rivalidade profissional, etc.
• Inciso II: por motivo fútil.
“motivo fútil”: motivo sem importância, apresenta desproporção entre o motivo e a
reação homicida. Ex: homicídio praticado por término de namoro, desentendimento no
trânsito, etc.
• Inciso III: com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.
* Crimes praticados através desses meios, demonstram extrema periculosidade,
dificultam a defesa da vítima e ainda colocam em risco a segurança pública.
• Inciso IV: à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte
ou torne impossível a defesa do ofendido.
“emboscada”: o agente aguarda a passagem ou chegada da vítima descuidada, para feri-
la de improvido. 
“dissimulação”: emprego de recurso que distraia a atenção da vítima. 
*Essas circunstâncias geram maior segurança ao agente, que aproveita-se da boa-fé da
vítima, revelando sua covardia.
• Inciso V: para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.
• Coexistência de homicídio privilegiado e qualificado por circunstância de natura subjetiva é
impossível. Ex: relevante valor social e motivo torpe. Mas a coexistência de circunstâncias
de natureza objetiva é plausível. Ex: praticado por relevante valor moral por veneno.
Homicídio Culposo
• Art. 121, §3
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
• Pena de reclusão: 1 a 3 anos.
Larissa Rocha
• Culpa: conduta voluntária (ação ou omissão) que produz um resultado antijurídico não
querido, mas previsível ou excepcionalmente previsto, de tal modo que podia, com a devida
atenção, ser evitado. 
• Ex: aplicação de injeção em pessoa alérgica que vem a falecer, agentr que efetuou um
disparo e atingiu um amigo durante a caçada, etc.
• Causas de aumento de pena no homicídio culposo (art 121, §4°):
§ 4ºNo homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço)se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos.
crime que resulta de inobservância de regra técnica da profissão, arte ou ofício: o
agente deve conhecer a regra técnica que não observou, norma que consta no
regulamento da profissão. Ex: médico que não esterilizou os instrumentos de cirrugia, o
que causa uma infecção que leva o paciente a morte.
deixar de prestar socorro à vítima: obrigação legal de todos. Ex: não levar o amigo
que você baleou sem querer para o hospital. 
fuga para evitar prisão em flagrante: preocupação em evitar o desaparecimento do
culpado. Não se reconhece a agravante nos casos em que o agente abandonou o local
para não sofrer represálias das pessoas em volta, ou então quando foi buscar socorro,
pois também se lesionou (o mesmo vale para a questão de prestar socorro a vítima).
• § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária. (caso do pai que esquece o filho no carro)
• Homicídio culposo no trânsito: para caracterizar o homicídio culposo previsto no art. 302
do CTB, o agente deverá realizar a conduta estando na direção do veículo automotor. Caso
contrário, é aplicado o homicídio culposo previsto no CP. Então, um carro que foi
estacionado, com o freio de mão não puxado suficientemente, e que se desloca e mata uma
vítima, figura-se o homicídio culposo previsto no CP, dado que falta um elemento do tipo:
agente na direção do veículo automotor.
Homicídio praticado por milícia privada ou grupo de extermínio
• Art 121; §6°.
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio 
• Homicídio praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança: por milícia privada são referidas as associações ou organizações não oficiais,
constituídas a margem da legalidade, integrada por civis ou militares, comumente armadas,
que se estruturam e atuam em moldes semelhantes aos das organizações militares,
utilizando-se de meios coativos e da prática de infrações penais para obtenção de proveitos
próprios indevidos. 
• Grupos de extermínio: associação de no mínimo três membros , com a finalidade de matar 
Larissa Rocha
um número indeterminado de pessoas, que possuem certos atributos, qualidades ou
condições pessoais e sociais.
• Nos casos acima, há aumento de 1/3 a metade da pena. por
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio
• Bem jurídico atingido: a vida.
• Sujeito ativo: qualquer pessoa.
• Sujeito passivo: qualquer um que tenha capacidade de resistência à conduta do sujeito ativo.
*Obs: Quando o agente suicida é inimputável ou menor sem compreensão, sua
capacidade de resistência é nula. Portanto, ocorre um homicídio típico.
• Tipo subjetivo: dolo.
• Art. 122.
Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
• Induzimento: inciativa do agente, cria na mente da vítima o desejo de suicídio.
• Instigação: reforçar, estimular a ideia preexistente. 
• Auxiliar: participação material.
• Casos de aumento de pena: 
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I- se o crime é praticado por motivo egoístico;
II- se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
motivo egoístico: revela profundo desprezo do agente pela vida alheia. Ex: aquele que
induz, instiga ou auxilia para receber herança ou para eliminar um concorrente de
negócios.
vítima menor: segundo alguns doutrinadores, maioridade sugeridade é a de 14 a 18
anos, por se tratar da faixa etária referida em outros dispositivos penais. 
capacidade de resistência reduzida: pessoas gravemente doentes, portadores de
desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26, parágrafo único), pessoas
embriagadas por completo.
• O resultado é indispensável ao crime. Se não houver morte ou lesão corporal grave, mesmo
com induzimento, instigação ou auxílio, o sujeito ativo não será punido.
Infanticídio
• Bem jurídico atingido: a vida humana. Tanto a do recém nascido, como daquele que está
nascendo (transição entre a vida endo-uterina e extrauterina).
• Infanticídio é um crime próprio (admite coautoria e participe).
• Sujeito ativo: mãe da vítima.
• Sujeito passivo: filho nascente ou recém nascido.
• Tipo subjetivo: dolo.
• Art. 123
Larissa Rocha
 Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena: - detenção, de dois a seis anos.
• Mãe deve estar sob a influência de estado puerperal (segundo doutrinadores, período que vai
da nidação até à volta do organismo às condições anteriores à gravidez) e matar o próprio
filho durante ou logo após o parto. 
* por parto entende-se: contração do útero e o descolamento do feto e termina com a
expulsão da placenta.
** A lei não fixa limite de prazo após o parto para que ocorra infanticídio e não homicídio.
Segundo doutrinadores, o logo após deve se referir a quantidade de tempo que durar o 
estado puerperal (professor citou na sala um tempo aproximado de 3 meses). 
Feminicídio
• Sujeito ativo: qualquer um.
• Sujeito passivo: pessoa do sexo feminino.
• Tipo subjetivo: dolo
• Art 121, VII, §2º
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
I - violência doméstica e familiar
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
• Pena: 12 a 30 anos.
• Ocorre quando o homicídio se dá por razão do sexo feminino: violência doméstica ou
familiar, menosprezo ou discriminação à condição da mulher. Ex: marido que mata a esposa
porque acredita que ela não tem “direito” de se divorciar dele, homem que mata sua
concorrente mulher, porque ela conseguiu a promoção disputada pot ambos, e ele acredita
que ela não tem capacidade para tal.
• Causas de aumento de pena: 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 
praticado:
I- durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II- contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com 
deficiência
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.
Aborto
• Art. 124
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena: detenção, de um a três anos.
• Pena: 1 a 3 anos.
• Sujeito ativo: gestante.
• Sujeito passivo: feto.
• Tipo subjetivo: dolo.
Larissa Rocha
• Interrupção da gravidez com a destruição do produto da concepção.
• Aborto é crime de mão própria: no caso do art. 124. ou a gestante comete o aborto em si
mesma, ou consente que alguém o faça. Em ambos os casos, apenas a gestante pode
consentir.
 Larissa Rocha

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