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1 Prof. Marco Valentim marco2valentim@gmail.com (24) 98112-1590 UNIDADE 1 - Conceitos básicos (Rev.R) de circuitos em corrente contínua = CCE 1028 = Eletricidade Aplicada PARTE 1/3 Pág. 2 Prof. Marco Valentim © Currículo Resumido do Prof. Marco Valentim Engenheiro Eletrônico pela Faculdade Nuno Lisboa-RJ. MBA em Estratégia Industrial e Gestão de Negócios pela UFF. Pós-graduando em Gerenciamento de Projetos - Visão PMI pela UNESA. Professor do curso de Engenharia de Produção da UERJ. Professor da Universidade Estácio de Sá - UNESA Campus Resende-RJ (desde 2001). Foi membro da equipe que preparou a Xerox do Brasil para o Prêmio Nacional da Qualidade (Ganhadora do PNQ 1993). Com capacitação no Six Sigma System Inc. (Rochester/NY-USA), foi o responsável pela implantação do Programa Seis Sigma na área de Operações Industriais da Xerox do Brasil. É qualificado pelo Lean Institute Brasil em Mapeamento Lean. Participou em vários treinamentos no Brasil, América do Norte, Europa e Ásia, onde adquiriu fortes conhecimentos em Administração de Negócios, Manufatura, Introdução de Novos Produtos e Qualidade. Gerenciou as áreas de Engenharia, Operações de Produção, Projetos & Novos Negócios, Manutenção Industrial, Qualidade, Meio Ambiente & Segurança, Transporte de Funcionários e Segurança Patrimonial na Fábrica Resende da Xerox do Brasil e Flextronics International. Trabalhou na Flopetrol Schlumberger (Oil & Gas), na Cia. Brasileira de Trens Urbanos de Belo Horizonte-MG, na RCA-Philco Semicondutores Ltda. e na área comercial de atendimento corporativo do SENAC Rio. Atualmente trabalha como consultor na F2.Desenvolvimento Empresarial (Resende-RJ) e Diretor Regional da MEDIÇÃO – Soluções Metrológicas Integradas (Resende-RJ). Pág. 3 Prof. Marco Valentim © UNIDADE 1 - Conceitos básicos de circuitos em corrente contínua 1.1 Apresentação do Plano de Ensino; Conceitos básicos de: corrente elétrica, tensão elétrica, resistência elétrica e Lei de Ohm. 1.2 Exercícios de Fixação: Lei de Ohm, Potência Elétrica, Energia e Eficiência. 1.3 Experiência de Laboratório: Multímetro. 1.4 Circuito série, Fontes de tensão em série, Lei de Kirchhoff das Tensões, Divisor de Tensão e regra do Divisor de Tensão. 1.5 Experiência de Laboratório: Lei de Ohm. 1.6 Condutância, Circuito paralelo, Fontes de tensão em paralelo, Lei de Kirchhoff das correntes, Divisor de corrente, regra do Divisor de corrente. 1.7 Experiência de Laboratório: Potência Elétrica. 1.8 Circuito Série-paralelo, Circuito Aberto e Curto-circuito. Conteúdo Programático (CCE 0013) Pág. 4 Prof. Marco Valentim © A eletricidade nos cerca por todos os lados. Para a maioria das pessoas, a vida moderna seria praticamente impossível sem ela. Veja aqui alguns exemplos: • Em todas as partes da casa, você provavelmente encontra tomadas onde pode ligar todo tipo de eletrodomésticos. Introdução 2 Pág. 5 Prof. Marco Valentim © • A maioria dos aparelhos portáteis precisa de baterias, que produzem uma quantidade variável de eletricidade, dependendo de seu tamanho. • Durante uma tempestade, gigantescos "deslocamentos" de eletricidade (raios) são disparados do céu. Introdução Pág. 6 Prof. Marco Valentim © • Em uma escala muito menor, você pode levar choques de eletricidade estática (ESD) em dias secos de inverno. • Criar eletricidade com a luz do sol usando uma célula solar. Introdução Pág. 7 Prof. Marco Valentim © • Nêutrons: não possuem cargas elétricas. • Prótons: possuem cargas positivas. • Elétrons: possuem cargas negativas. Os átomos são formados por ... A eletricidade começa com elétrons. Cada átomo contém um ou mais elétrons. Pág. 8 Prof. Marco Valentim © • Um átomo, quando em equilíbrio, tem o mesmo número de elétrons e de prótons, portanto podemos afirmar que ele está “equilibrado” eletricamente. • Se elétrons são retirados, o átomo fica predominantemente positivo (faltam cargas negativas para o equilíbrio). Já, se elétrons forem adicionados, o átomo fica predominantemente negativo (excesso de cargas negativas). • Como normalmente a natureza “tenta” sempre manter os corpos em equilíbrio, os átomos que tem falta de elétrons (positivos) têm tendência a recebê-los. Já os átomos que tem excesso de elétrons tendem a doá-los. Os átomos são formados por ... Energia Elétrica, é a energia que faz com que os átomos tentem equilibrar-se doando ou recebendo elétrons. 3 Pág. 9 Prof. Marco Valentim © • Em muitos materiais, os elétrons são fortemente ligados aos átomos: madeira, vidro, plástico, cerâmica, ar, algodão, etc. • Como os elétrons não se movem, esses materiais quase não conduzem eletricidade. São o que chamamos de isolantes elétricos. Materiais: Isolantes Átomo de Selênio (Mica) Muitos elétrons na última camada são isolantes. Pág. 10 Prof. Marco Valentim © • A maioria dos metais têm elétrons que podem se separar de seus átomos e se mover. • Estes são chamados elétrons livres. Ouro, prata, cobre, alumínio e ferro, entre outros, contêm elétrons livres. Eles ajudam a eletricidade a fluir por esses materiais, que são conhecidos como condutores elétricos. Materiais: Isolantes X Condutores Os elétrons em movimento transmitem energia elétrica de um ponto a outro. Átomo de Cobre Poucos elétrons na última camada são condutores. Pág. 11 Prof. Marco Valentim © Qualquer elemento possui resistência elétrica, em maior ou menor grau. Sendo assim os materiais são classificados entre isolantes, semicondutores ou condutores de acordo com a resistência elétrica que eles apresentam. Os ISOLANTES são assim chamados pois possuem resistência elétrica muito alta, isto é dificuldade em ceder elétrons. São utilizados como isolantes em fios e em ferramentas têm contato com eletricidade. Os semicondutores ficam entre os isolantes e os condutores com relação a resistência elétrica. Sua utilização se dá após um processo industrial que lhes conferem características mais positivas ou negativas comparadas com a substância pura. São utilizados na fabricação de transistores, circuitos integrados, etc. Os CONDUTORES possuem resistência elétrica muito baixa, ou seja facilidade para ceder elétrons. Note que neste grupo encontramos vários metais. São utilizados como fios, contatos, soldas, conectores, etc.. Resumo: Isolantes X Condutores Pág. 12 Prof. Marco Valentim © Unidades de Grandeza 4 Pág. 13 Prof. Marco Valentim © Mesmo que você nunca tenha estudado ou trabalhado com eletricidade, observe o circuito de uma lanterna. • Quantas pilhas tem esta lanterna? • O que acontece com a lâmpada (L) se o interruptor (S) estiver na posição “aberto”? • E se o interruptor (S) estiver na posição “fechado”? EXERCÍCIO Pág. 14 Prof. Marco Valentim © • Em um condutor, se aproximarmos um pólo positivo (de uma fonte de energia) de um lado e um polo negativo de outro: Corrente Elétrica • Estes elétrons passam a ter um movimento ordenado, dando origem à Corrente Elétrica (sentido Real). + + Pág. 15 Prof. Marco Valentim © • Analisando a passagem dos elétrons em um condutor, sendo o elétron a carga considerada negativa, sabemos que a corrente flui do corpo negativo (excesso de elétrons) para o corpo positivo (falta de elétrons). Esse é chamado de sentido real da corrente elétrica. • Porém, no início dos estudos da eletricidade, os cientistas adotaram para os circuitos elétricos, que o sentido da corrente seria do corpo positivo para o corpo negativo. • Esse é o sentidoconvencional da corrente elétrica e será utilizado nas nossas análises. (“sai” do positivo da Bateria, passa pelo fio condutor e “chega” ao negativo da Bateria) Sentido convencional da corrente elétrica Pág. 16 Prof. Marco Valentim © • Corrente Elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica. • A intensidade da corrente é a razão da quantidade de carga (C) que atravessa um condutor em um intervalo de tempo (t). (veja a próxima página) • Simbologia: I (intensidade de corrente elétrica) • Unidade de Medida: Ampère (A) • Aparelho de medição: Amperímetro Corrente Elétrica 5 Pág. 17 Prof. Marco Valentim © • Esses elétrons transportam uma carga elétrica total cujo valor é de um Coulomb (1C). • Coulomb é a unidade com que se mede a quantidade de carga elétrica de um corpo. Corrente Elétrica Intensidade de corrente (A) = Carga elétrica (C) / tempo (t) 1A = 1C / 1s 1 Ampère é igual a 1 Coulomb por 1 Segundo Pág. 18 Prof. Marco Valentim © • Para valores elevados, utilizamos os múltiplos e para valores muito baixos, os submúltiplos. Corrente Elétrica Pág. 19 Prof. Marco Valentim © Múltiplo e Submúltiplo Pág. 20 Prof. Marco Valentim © Exemplos 6 Pág. 21 Prof. Marco Valentim © A corrente elétrica nos condutores metálicos é constituída de: a) Movimento de cargas positivas. b) Movimento de elétrons livres c) Íons positivos e negativos fluindo na estrutura cristalizada do metal. EXERCÍCIO Pág. 22 Prof. Marco Valentim © Numa seção transversal de um fio condutor passa uma carga de 10C a cada 2 segundos. A intensidade da corrente elétrica neste fio será de: (a) 5 mA (b) 10 mA (c) 0,50 A (d) 5 A (e) 10 A Resposta: Intensidade de corrente (A) = Carga elétrica (C) / tempo (t) Carga = 10C Tempo = 2s I = 10/2 I = 5 A EXERCÍCIO Pág. 23 Prof. Marco Valentim © Numa seção reta de um condutor de eletricidade, passam 12C a cada minuto. Nesse condutor, a intensidade da corrente elétrica, em Ampères (A), é igual a: a) 0,08 b) 0,20 c) 5 d) 7,2 e) 12 Resposta: Intensidade de corrente (A) = Carga elétrica (C) / tempo (t) Carga = 12C Tempo = 1min = 60s I = 12/60 I = 0,20 A ou 200 mA EXERCÍCIO Pág. 24 Prof. Marco Valentim © • Tensão Elétrica é a diferença de potencial elétrico (d.d.p.), entre dois pontos, que gera uma força capaz de movimentar elétrons entre estes dois pontos. • É a pressão exercida sobre os elétrons livres para que estes se movimentem no interior de um condutor. • Simbologia: V • Unidade de Medida: Volts (V), em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta. • Aparelho de medição: Voltímetro Tensão Elétrica 7 Pág. 25 Prof. Marco Valentim © • Analogia com a hidrostática: • Na Fig.1 o nível do líquido é o mesmo dos dois lados do tubo (vaso comunicante). Neste caso não existe movimento do líquido para nenhum dos dois lados. • Para que ocorra movimento é necessário um desnivelamento entre os dois lados do tubo (Fig.2). Entendendo d.d.p. Pág. 26 Prof. Marco Valentim © • Neste caso o líquido tenderá a se mover até que os dois lados do tubo se nivelem novamente (Fig.3). • Para existir movimento é necessário que haja uma diferença de nível entre os dois lados do tubo (d.d.n.). • Para que o líquido fique sempre em movimento, podemos colocar uma bomba para retirar a água de um lado para o outro, fazendo com que sempre haja uma d.d.n. entre os dois tubos (Fig.4). Entendendo d.d.p. Pág. 27 Prof. Marco Valentim © • Podemos fazer uma analogia da situação descrita anteriormente com o movimento das cargas elétricas. • Para isso vamos trocar os tubos por condutores elétricos (fios), a bomba por um gerador (pilha) e passaremos a ter a seguinte situação: Entendendo d.d.p. Pág. 28 Prof. Marco Valentim © • Da mesma forma que a bomba mantém uma diferença de nível (d.d.n.) para manter o movimento do líquido, o gerador mantém a diferença de potencial elétrico (d.d.p.) para manter o movimento ordenado de elétrons. • Esquematicamente temos: Entendendo d.d.p. 8 Pág. 29 Prof. Marco Valentim © • Para valores elevados, utilizamos os múltiplos e para valores muito baixos, os submúltiplos. Tensão Elétrica Pág. 30 Prof. Marco Valentim © Múltiplo e Submúltiplo Pág. 31 Prof. Marco Valentim © Exemplos Pág. 32 Prof. Marco Valentim © • Resistência é a oposição à passagem da corrente elétrica. Quanto maior a resistência, menor a corrente que passa pelo corpo de um resistor. • Simbologia: R • Unidade de Medida: Ohms (Ω) • Aparelho de medição: Ohímetro Resistência Elétrica 1 Ohm é a resistência que permite a passagem de 1 Ampère quando submetida a tensão de 1 Volt 9 Pág. 33 Prof. Marco Valentim © Analogia com a hidrostática O que acontece se o tamanho deste calibrador aumentar? Menor resistência e maior fluxo. Pág. 34 Prof. Marco Valentim © DICA: Uma resistência se mede, com o resistor isolado, utilizando-se um OHMÍMETRO. Tipos de Resistores Pág. 35 Prof. Marco Valentim © Resistores Fixos Sua resistência elétrica não pode ser modificada. R Resistores Variáveis Sua resistência elétrica pode ser (potenciômetro) alterada dentro de uma faixa através de um eixo ou cursor. RA 1 n Tipos de Resistores Pág. 36 Prof. Marco Valentim © Tipos de Resistores 10 Pág. 37 Prof. Marco Valentim © Código de Cores Pág. 38 Prof. Marco Valentim © 1ª Faixa – Vermelho = 2 2ª Faixa – Vermelho = 2 3ª Faixa – Marrom = 101 = 10 4ª Faixa – Ouro = 5% de Tolerância Valor do Resistor = 22 x 10 = 220 Ω 5% EXEMPLO: Identificação dos Resistores (4 anéis) Pág. 39 Prof. Marco Valentim © EXEMPLO: Identificação dos Resistores (4 anéis) Qual o valor deste Resistor? Pág. 40 Prof. Marco Valentim © • Mantendo-se constante a temperatura do resistor, sua resistência elétrica permanecera constante. • Comportamento linear = Comportamento ôhmico Gráfico Tensão x Corrente de um Resistor ou 11 Pág. 41 Prof. Marco Valentim © Um professor pediu a seus alunos que ligassem uma lâmpada a uma pilha com um pedaço de fio de cobre. Considerando-se essas quatro ligações, é CORRETO afirmar que a lâmpada vai acender em: EXERCÍCIO Pág. 42 Prof. Marco Valentim © Perguntas 1. Com relação à capacidade de movimentação de cargas no seu interior, quais são os tipos de materiais existentes? 2. O que são elétrons livres? 3. Porque os metais são bons condutores de eletricidade? 4. O que é corrente elétrica? 5. Qual é o sentido real da corrente elétrica? 6. Qual é o sentido convencional da corrente elétrica?
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