Buscar

O Papel do Eng Civil na Sociedade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
O papel do Engenheiro Civil na Sociedade
NOME
ENG 1180 – C04
Goiânia, abril de 2013
	Reflexão sobre os trechos extraídos do discurso “O Papel da Engenharia e dos Engenheiros”, de autoria do Engº Civil José Roberto Bernasconi.
“... aprendi, no Curso de Direito, entre tantas outras coisas, que os Juízes, os Promotores Públicos e os Advogados são os ‘Operadores do Direito’. Mas e nós, engenheiros, o que somos?”
	Nós somos operadores do desenvolvimento. Visto que a Engenharia trabalha com a elaboração de projetos, construção, produção, estudos, planos, gerenciamento, operação, manutenção,... Ela é a união da ciência e da tecnologia, promovendo o desenvolvimento. Portanto, se os Juízes, Promotores e Advogados são Operadores de Direito, nós, Engenheiros e futuros Engenheiros, somos os Operadores do Desenvolvimento.
“... lamentavelmente, a Engenharia não tem sido respeitada e nem utilizada da melhor maneira no Brasil.” (dois exemplos que corroborem esta constatação em nível municipal, estadual e mundial)
	À nível municipal, temos um acidente recente em que um operário cai do 13º andar de um prédio em obras, no setor Alto da Glória 2. O homem trabalhava sem o uso de cinto de segurança, necessário na situação de trabalho, e o cabo que sustentava o balanço se rompeu, provocando a queda. Não há maiores fiscalizações quanto ao uso de equipamentos de segurança e o treinamento dos operários para tal, causando, assim, maiores chances de acidentes; Houve também o acidente do Goiânia Shopping, onde parte do teto mal planejado cedeu pelo acúmulo de água durante uma forte chuva. 
	À nível estadual, temos o caso da ponte da GO 070, que liga Itaberaí à Cidade de Goiás, que desmoronou durante forte chuva. E também o ocorrido na cidade de Goiatuba, em que uma ventania destruiu o telhado de um colégio que acabara de ser reformado. Ambos causados pelo uso de materiais de qualidade duvidável e mau planejamento.
	À nível nacional, temos o “movimento tapa buracos”, de remendo nas rodovias de todo o país. Sendo mal elaborado e utilizando materiais de qualidade duvidável; também temos o acidente de Porto Alegre, onde foi encontrado o corpo de um operário que havia sido soterrado por uma laje em que 11 homens estavam trabalhando, na obra de uma estação de bombeamento de esgoto. A obra foi embargada por irregularidades, principalmente relacionadas à segurança.
“... a sustentabilidade do desenvolvimento brasileiro [...] se apoia em cinco colunas principais: educação, saúde, segurança pública, defesa nacional, e infraestrutura”. Em quais destas colunas e de que formas a Engenharia Civil pode contribuir para a melhora e o desenvolvimento da sustentabilidade nacional?
	Os Engenheiros Civis, como foi dito mais acima, são operários do desenvolvimento. E a sustentabilidade faz parte do desenvolvimento do país. O Engenheiro é um cidadão com a característica de elaborar projetos e características futuras visando o desenvolvimento desse ambiente. Desenhar características futuras é além de planejar, transformar em realidade física e concreta essas características. Agir sustentavelmente hoje (o engenheiro principalmente na área de infraestrutura e educação), é pensar no que será amanhã o país. E agir de maneira a ter retornos com menos impactos negativos a longo prazo também à nível natural, além de econômico e social.
“Muitas vezes não são os recursos que limitam as decisões, mas as decisões e indecisões que limitam os recursos!”.
Existem obras que deixam a desejar em termos gerais pela limitação de recursos. Mas, em contrapartida, existem várias obras ricas em investimentos que continuam deixando a desejar pelo mau planejamento e má utilização dos recursos. Os responsáveis pela decisão sobre investimentos devem refletir e planejar bastante em relação ao uso dos recursos que aquela obra disponibiliza, em relação ao custo e às consequências do que fazer e do que deixar de fazer. 
Após a candidatura vitoriosa de Londres, em 2005, para sediar os jogos olímpicos de 2012, “... os ingleses decidiram que usariam os Jogos Olímpicos para renovar a região mais pobre de Londres, a mais deteriorada e contaminada: sua zona Leste.” Em relação às Olimpíadas de Londres de 2012, quais foram os resultados alcançados? As obras estão sendo utilizadas atualmente? Como?
	O Parque Olímpico de Londres foi construído com a intenção de recuperar a região mais pobre de Londres. Pelo seu caráter de visar o futuro, o Parque Olímpico seria chamado de Legacy Park (Parque do Legado). Tiveram a intenção de sediar os Jogos Olímpicos mais sustentáveis possíveis. 
	O processo foi dividido em três etapas: 2007 – 2011, onde a sustentabilidade foi incorporada ao projeto e à construção do Parque Olímpico, de outros locais permanentes e infraestrutura; 2011 – 2012, fase centrada na realização dos Jogos Olímpico e Paraolímpico; 2013 em diante, onde os jogos garantem um bom legado ambiental e social para a área do Parque Vila Olímpicos e por todo o Reino Unido. 
	O projeto tinha como principais metas: Grupo de Trabalho de Emprego de Londres para reduzir desemprego na cidade de 70 mil em 2012; Prover 20 mil locais de treinamento no Parque Olímpico nos próximos cinco anos; Programa Internacional de Educação e Inspiração para atingir 12 milhões de crianças em 20 países; Atingir metas ambiciosas de recrutamento de pessoal de grupos mais sensíveis, como mulheres e portadores de necessidades especiais; Prover um serviço de mobilidade aos espectadores em todos os locais de Jogos; Atingir em 2013 uma redução de 50% nas emissões de carbono dos edifícios permanentes no Parque Olímpico, tendo como referência o Regulamento de Edificações de 2006; Fornecer 20% da energia usada, no parque após os jogos, de fontes renováveis internas ao local; Prover frete de 50% em peso dos materiais de construção do parque por ferrovia ou hidrovia; Usar frota de veículos/ônibus de baixa emissão durante os jogos; Prover combustível de baixo (ou zero) carbono para as piras Olímpica e Paraolímpica; Fazer com que 100% dos espectadores dos Jogos Olímpicos utilizem o transporte público, a bicicleta ou a caminhada como meio de transporte para ir e voltar das atividades (por meio de ciclovias e plano de transporte); Recuperar 90%, em peso, do resíduo de demolição para reuso ou reciclagem; Usar 20%, em valor, do material de construção de fontes de reuso ou reciclagem; Evitar que 90% do resíduo de construção seja destinado em aterro; Assegurar que nenhum resíduo gerado durante os jogos sejam enviados diretamente para aterros; Tratar todo o resíduo como uma matéria prima potencial para assegurar que no mínimo 70% do resíduo gerado durante os jogos sejam reusados, reciclados ou passem por compostagem; Incluir uma seção de Biodiversidade nos requisitos de sustentabilidade em projetos para prédios temporários e coberturas; Criação de 45 hectares de habitat e área com cobertura vegetal; Zero acidente de trabalho durante a fase de construção; Definição e implementação da Visão Alimentar 2012, focada em cinco áreas: segurança e higiene alimentar; escolha e balanceamento de alimentos, critérios para a cadeia de suprimentos (por exemplo: comércio justo); gestão ambiental; e educação; Inspirar ao menos 2 milhões de pessoas na Inglaterra a tomar parte em atividades esportivas e a ter uma vida mais saudável e ativa até 2012; Oferecer 5h de esporte por semana para as pessoas na faixa de 5-16 anos e 3h de esporte por semana para a faixa de 16-19 anos até 2012; 
	Os principais resultados alcançados foram: Redução de 58% nas emissões de carbono derivadas das operações de construção do Parque Olímpico até dez/11; 10% da energia utilizada nas instalações eram provenientes de fontes locais e renováveis até dez/11. Previam-se inicialmente turbinas eólicas dentro do Parque Olímpico, para obter a meta, porém elas não foram implementadas; Realização do primeiro estudo abrangente de pegada de carbono de Jogos Olímpicose Paraolímpicos de Verão; A mistura de concreto usada na construção da Vila e Parque Olímpico atingiu mais de 40% de redução de carbono comparada com especificações padrão; Todos os prédios permanentes estão sendo rastreados para ser 15% mais eficientes do que os prédios equivalentes do Código de 2006; 4.000 carros doados pela BMW para o uso durante os jogos atendem aos padrões legais de emissão do Euro 6, com baixa emissão de poluentes; 98,5% do resíduo de demolição e 99% do resíduo de construção do Parque foram reciclados (ou reusados em alguns casos) até dez/11; Um total de oito prédios foram reusados externamente; Uso de 34%, em valor, do material de construção de conteúdo reciclado; Mais de 80% do solo foi descontaminado e reusado no Parque Olímpico; Fundações do Centro Aquático, Arena de Handebol e do Estádio Olímpico usaram concreto com mais de 30% de materiais reciclados; Criação de 25 hectares para os Jogos e 45 hectares de habitat e área com cobertura vegetal no Parque Olímpico após os jogos (um dos maiores parques urbanos criados na Europa nos últimos 150 anos); Recuperação de áreas verdes degradadas na cidade; Projeto da Vila Olímpica, Centro Aquático, Eton Manor e Centro de Imprensa incluem mais de 15 mil m² de telhados vivos; Taxas de acidentes durante a construção abaixo da média da indústria da construção; 90% das crianças estão fazendo 2h de atividades esportivas por semana; 15,5 milhões de libras investidos para o desenvolvimento do esporte na comunidade nos próximos três anos; Materiais sustentáveis – 86% dos materiais provenientes de processos com responsabilidade socioambiental (meta: 80%); 100% da madeira proveniente de fontes renováveis (meta: 100%); Onde possível, foram usados locais existentes para as competições, como Wimbledon (tênis); onde não havia necessidades pós-Olimpíadas, foram construídos locais temporários (exemplo: arena de basquetebol, hipismo), os quais serão desmontados (e alguns levados para a Olimpíada Rio 2016); Após os Jogos, moradores locais podem passar o dia no Parque Olímpico e desfrutar de um piquenique e conhecer áreas naturais reflorestadas do local, como as matas ciliares e florestas úmidas; 22 mil escolas e colégios estão participando de iniciativas envolvendo o evento; 12 milhões de crianças e jovens por todo o mundo foram estimulados a serem mais ativos devido ao programa de inspiração internacional; Recuperação de áreas degradadas na zona leste da cidade; Programas de treinamentos e empregos com investimento de 14 milhões de libras para mais de 10.000 desempregados e 2.500 residentes locais.
O Brasil está preparado para sediar a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016? 
	O próprio José Roberto discorre sobre o assunto falando que “É uma grande oportunidade para a transformação das cidades-sede, sua melhoria, renovação, da ampliação de sua infraestrutura, além da geração de equipamentos esportivos modernos, atuais.Para gerar um legado permanente para o País e para as cidades-sede é necessário planejar, decidir o que fazer, como fazer, definir a modelagem e elaborar os planos-diretores, os projetos de arquitetura e engenharia para aí, então, contratar obras e gerenciar sua implantação cuidadosamente.”
	Mas o alto número de indecisões e indefinições deixam preocupações em relação à eficácia do alcance do resultado esperado.
	Sobre a Copa de 2014: Desde que houve a definição do país sede, em 20 de outubro de 2007, iniciou-se o esforço nacional. O objetivo do Governo Federal é coordenar um programa de investimento que transformará algumas das capitais mais importantes do país, de norte a sul e de todas as regiões: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Para todos os brasileiros, qualquer que seja o resultado da Copa, ficará um relevante legado em infraestrutura, criação de emprego e renda e promoção da imagem do país em escala global.
	Estima-se que a Copa do Mundo da FIFA 2014 agregará 183 bilhões de reais ao PIB do país e mobilizará 33 bilhões de reais em investimento em infraestrutura, com destaque para a área de transporte e sistemas viários. Aproximadamente 3,7 milhões de turistas, brasileiros e estrangeiros, deverão gerar, no período do evento, R$ 9,4 bilhões. Em todas as áreas, 700 mil empregos permanentes e temporários serão criados.
	As obras dos estádios estão em sua maioria concluídas, apenas com alguns reparos pra serem resolvidos. As melhorias em mobilidade urbana são um dos maiores legados no pós 2014, mas muitas obras podem não ficar prontas até a Copa, a maioria com duas etapas finalizadas. E um dos maiores desafios do Brasil para a Copa é ampliar e melhorar as pistas e terminais de passageiros dos aeroportos internacionais. 
	Sobre as Olimpíadas de 2016: Se analisarmos  como foi a preparação de Londres 2012 para receber as Olimpíadas, o  Rio de Janeiro já está atrasado com as obras de infraestruturas e organização para receber os Jogos Olímpicos em 2016. Este resultado pode ser confirmado através dos números financeiros do governo e o cronograma de obras. 
	COI ( Comitê Olímpico Internacional) está confiante na sua organização do Brasil, só pediram maior coordenação das autoridades públicas nos Jogos. A responsabilidade de viabilizar as construções de sedes esportivas e de infraestrutura é da Prefeitura do Rio e da APO ( Autoridade Pública Olímpica).A responsabilidade pela execução é do governo do Rio, mas os recursos são da União. 
	O complexo esportivo terá oito instalações, entre elas a vila de árbitros. Quatro vão ser construídas totalmente: o Parque Radical do Rio, que terá canoagem, mountain bike e BMX; e a arena de esgrima. As demais instalações serão reaproveitadas do Pan de 2007 e readequadas para os Jogos Olímpicos.
	Uma via expressa está sendo construída para ligar Deodoro à Barra da Tijuca, onde ficará também a Vila dos Atletas. A Transolímpica terá 23 km de extensão e contará com uma linha de BRT (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês). 
“... o Brasil será um país mais generoso e, também, será mais próspero e mais justo para todos, desde que façamos um esforço coletivo e permanente para atingir o estágio de desenvolvimento de que necessitamos e que, como sociedade, merecemos.” Comente.
	O Brasil é conhecido por ser um país generoso. A pátria da liberdade. Da terra boa. Onde é dada resposta aos bons investimentos. Onde há abertura pra acolher diferentes e contrários, dando a possibilidade de uma convivência harmônica. Sendo assim, o maior desenvolvimento do país depende das nossas competências unidas. Com a união de forças, o esforço das nossas capacidades unidas, torna possível e viável a busca pelo desenvolvimento e o alcance do mesmo. Mas primeiro temos que deixar a visão individualista um pouco de lado, e começar a ver em coletivo, agir em coletivo pra alcançar. E acreditamos que, nesse processo, os engenheiros, operadores do desenvolvimento, sejam solicitados como protagonistas. 
REFERÊNCIAS
Material entregue pela professora Giana Sena, contendo partes da entrevista de José Roberto Bernasconi.
www.osetoreletrico.com.br/909-londres-2012-a-primeira-olimpiada-sustentavel.html
www.copa2014.gov.br
www.rio2016.org

Outros materiais