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Aula 3 HTP (3)

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INTERPRETAÇÃO
H.T.P.
casa – árvore - pessoa
Buck
Cunha
Profa. Aline Arruda
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HTP - Buck
Técnica projetiva de desenho;
Gráfica;
Mais de 50 anos;
Objetivo: obter informação de como a pessoa experiência sua individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar.
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HTP - Buck
Como todas as técnicas projetivas, o HTP estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva. 
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HTP - Buck
No mínimo duas fases;
1ª fase:
Não verbal;
Criativa;
Pouco estruturada.
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HTP - Buck
Desenho a mão livre;
Acromático;
Casa – árvore – pessoa;
Desenho adicional – pessoas do sexo oposto a pessoa já desenhada;
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HTP - Buck
2ª. Fase:
Inquérito (lista de conceitos);
Perguntas estruturadas para avaliar aspectos de cada desenho;
3ª fase:
Desenho da casa – árvore – pessoa;
Cromático (giz de cera);
4ª fase:
Perguntas adicionais. 
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HTP - Buck
População: pessoas acima de 8 anos de idade;
Instrumento muito utilizado com crianças;
Estudos sobre diferenças dos desenhos: adultos e crianças.
Uso do teste: treinamento e supervisão;
Aplicadores inexperientes trabalhar sempre com supervisor.
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HTP - Buck
Aplicação: face a face;
Avaliação inicial;
Intervenção terapêutica em andamento;
Em processo de avaliação o HTP pode ser utilizado como uma tarefa de aquecimento inicial. 
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ADMINISTRAÇÃO DO INSTRUMENTO
Preparação do sujeito:
Sentar-se em frente a uma mesa;
Em uma posição confortável;
Sala: silenciosa e sem distrações
Tempo: de 30 a 90 min. (no. De desenhos solicitados);
Desenho adicional aumenta de 10 a 15 min. na tarefa; 
Não há limite de tempo;
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A tarefa só pode ser executada com a solicitação de no mínimo 3 desenhos;
O desenho da 2ª. Pessoa (sx oposto) é opcional, vai da necessidade do psicólogo;
O tempo da análise e interpretação varia de acordo com a experiência do sujeito.
MATERIAL DO TESTE
Protocolo para desenho HTP (Brasil – folha A4 ou sulfite branco);
Protocolo de interpretação para cada conjunto (cromático e acromático) e para 
cada desenho;
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Vários lápis preto No. 2 (ou mais macios) – usar sempre o mesmo padrão; 
Borrachas;
Conjunto de crayons (giz de cera – pelo menos 8 cores – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta, marrom e preto), caso os desenhos coloridos sejam pedidos;
Relógio ou cronômetro (latencia e tempo total). 
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Desenhos acromáticos
Preencher as informações do protocolo de desenho;
A folha A4 para desenho da casa é entregue na horizontal, escrito casa no alto e centralizado;
Árvore e Pessoa são entregues na vertical com respectivos nomes (árvore e pessoa);
Ao final dos 3 primeiros desenhos solicitar o desenho adicional: pessoa do sexo oposto a já desenhada. 
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Posição do Examinador:
Face a face;
Deve ter uma clara visão da página em que o sujeito desenha;
Anotação da ordem dos detalhes desenhados;
Observar e anotar eventos incomuns na seqüência dos desenhos. 
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Instrução
Solicite ao examinando (com um lápis em mãos);
“Eu quero que você desenhe uma casa. Você pode desenhar o tipo de casa que você quiser. Faça o melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas faça o melhor possível”.
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Não permitir uso de réguas e similares explicar que se trata de desenhos a mão livre;
Começar a marcar o tempo logo que terminar as instruções;
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Anotar:
Latência inicial;
Ordem do detalhes dos desenhos;
Duração das pausas e o detalhe específico aonde a pausa ocorreu;
 qualquer expressão espontânea ou emoção (anotar detalhe que estava sendo desenvolvido neste momento);
Tempo total para execução do desenho.
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Inquérito Posterior ao Desenho 
Momento em que o sujeito define, descreve e interpreta cada desenho; 
Expressa sentimentos, idéias, sentimentos ou memórias associados a eles;
Protocolo de inquérito. 
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Inquérito
Objetivo: compreender o sujeito de forma dinâmica;
Extraindo o maior número possível de informações, conteúdos e contextos de cada desenho;
O examinador pode seguir qquer linha de investigação desde que seja coerente com o rapport e com o tempo disponível; 
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Anotar:
Todas as posições, detalhes ou relações incomuns entre os detalhes devem ser anotados e investigados; 
Qualquer detalhe implícito, como componentes básicos escondidos atrás da figura;
Desenhos que se estendem além da margem da página, devem ser investigados;
Aspectos pouco claros, confusos ou obscuros devem ser investigados. 
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Detalhes acrescidos durante o inquérito também devem ser identificados.
Observem: ao final da seqüência de perguntas do inquérito é solicitado o desenho de um sol e uma linha de solo quando não desenhada.
Importante:
Para usar o H.T.P. você deve contar com sua experiência e com princípios básicos de entrevistas clínicas para determinar o quanto e quando a investigação de uma determinada característica do desenho é adequada (questionário estendido). 
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Exemplos de investigação (extra protocolo):
Casa
Pergunta: “você gostaria que a casa fosse sua?” - solicite ao examinando que descreva a diferença entre a casa desenhada e a casa em que ele mora, e questione qual a probabilidade dele um dia ter uma casa semelhante a casa desenhada.
Qual o quarto você escolheria para você? Compare como este se compara com a localização do quarto ocupado por ele em sua casa atual. 
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Árvore:
Pergunta: “onde esta árvore está realmente localizada?”
Se a resposta for: “na selva” ou na “floresta”
Investigue a representação de selva e floresta com o examinando.
Pergunta: “esta árvore está saudável?”
Pergunta: “Esta árvore é forte”? Se o indivíduo não conseguir responder peça para ele desenhar a estrutura da raiz da árvore, caso ele ainda não tenha desenhado e faça uma anotação do pedido. 
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Pessoa: 
Pergunta: “o que ele(a) está fazendo?” ”Onde ele(a) está fazendo isso?” 
Se a resposta for “está apenas ali”; investigue onde é “ali” e o que possivelmente a pessoa estava fazendo ou irá fazer “ali”; Se a resposta for “andando” ou outro movimento pergunte aonde a pessoa está indo ou o que ela vai fazer ao chegar lá;
Se a resposta for “não sei” ou “isso é só um desenho”, ajude o sujeito a envolver-se na projeção sugerindo-lhe que conte uma história sobre a pessoa do desenho ou pergunte o que a pessoa do desenho parece estar fazendo.
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Pessoa:
Pergunta: “como ele (a) se sente?” pergunte sempre “Por que?”, a menos que haja razões para crer que essa pergunta compromete-se seriamente o rapport;
Pergunta 58: “o que nele (a) lhe dá essa impressão?”(de que está feliz, triste, com raiva); Se a resposta for uma simples descrição facial [ele (a) está sorrindo], pergunte do que esta pessoa está rindo; por qual motivo ela está sorrindo; ou com que freqüência esta pessoa desenhada sente-se dessa maneira.
Pergunta 67: “que tipo de roupa esta pessoa está vestindo?” 
Se a pessoa desenhada estiver nua, pergunte porque ela está nua e se sente à vontade.
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Lista de Conceitos Interpretativos
Após aos desenhos e o preenchimento da folha de inquérito pegue a lista de conceitos;
Lista de Conceitos: traz uma listas de características para cada desenho;
Inicialmente veja as características “normais” da lista e marque “S” (sim) para aquelas que se aplicam a cada desenho.
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Lista de Conceitos Interpretativos
A seguir marque todas as pautas incomuns, comentários ou outros comportamentos diferentes anotados enquanto os desenhos estavam sendo feitos;
Anotar na área: sessão de Observações Gerais na primeira página do Protocolo.
Depois: marque os aspectos de proporção, perspectivas, detalhes e cor (para os desenhos coloridos) que estejam
presentes nos desenhos e que possam indicar presença de patologia. 
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Utilize a régua fornecida na parte de trás do protocolo de desenho para ajudá-lo avaliar as variações na proporção, perspectiva e tamanho dos detalhes;
Também é fornecido marcações para ajudar a avaliar a localização do desenho na página;
Algumas hipóteses clínicas comuns relacionadas para cada características dos desenhos são apresentadas nas Listas dos Conceitos Interpretativos; 
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Importante: a Lista de Conceitos Interpretativos é apenas um guia para estabelecimento de hipóteses clínicas;
As confirmações das hipóteses clínicas virão com as informações adicionais como: história clínica do examinado; resultado de procedimentos de avaliação adicionais.
 
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Desenhos Coloridos
São realizados após os desenhos acromáticos;
Inquérito exige um nível mais profundo de experiência e habilidade do que dos acromáticos;
Peça para o indivíduo nomear os crayons disponíveis (anote qquer nível de daltonismo);
Caso o daltonismo se confirme faça um encaminhamento para um teste mais formal;
Faça a marcação no lugar indicativo de “Cores” na 1ª. Página do protocolo de Interpretação. 
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Desenhos Coloridos
Solicites os desenhos: casa; árvore e pessoa com as mesmas instruções da 1ª. Fase – acromática;
Proceda da mesma forma: tempo, observações e anotações;
Inquérito: faça apenas as perguntas do Protocolo de Interpretação com asteriscos (*);
Inquira sobre as diferenças significativas entre os desenhos acromáticos e cromáticos;
Inquira sobre o significado dos detalhes incomuns ou bizarros ou de suas omissões. 
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Desenhos Coloridos
A Lista de Conceitos Interpretativos é a mesma já utilizada na primeira seqüência de desenhos;
Para avaliação dos desenhos coloridos é utilizado uma lista dos usos convencionais das cores disponível em uma sessão adicional da lista denominada “Uso Geral de Cores”;
Esta deve ser usada para observar as características de cores específicas do desenho que podem indicar psicopatologias.
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Observações gerais: 
Atitude: avalia de forma geral como esse sujeito aceita tarefas novas e impostas por um outro.
- Atitude comum é de aceitação, mesmo que haja alguma resistência.
- A atitude frente a cada desenho está geralmente ligada ao conteúdo mobilizado por cada um dos desenhos.
- Quando há rejeição, o desenho mais rejeitado é o da figura humana. As razões discutidas são: (1) dificuldade nas relações interpessoais; (2) mobiliza conteúdos mais conscientes e pré- conscientes do que o da casa e árvore; (3) o acesso consciente ao espectro corporal. 
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Tempo:
- a avaliação do tempo gasto para completar um desenho pode fornecer informações de como o sujeito foi mobilizado, tomado emocionalmente, impactado pela produção de tal objeto.
- Para essa avaliação é preciso levar em consideração o número de detalhe do desenho.
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- a realização dos 3 desenhos levam em média de 20 a 30 minutos.
- rapidez: livrar-se da tarefa desagradável;
- demora: relutância em produzir algo ou mobilização de conteúdos com a gravura produzida ou ambos;
- Caso o sujeito leve mais de 30 seg. para iniciar o desenho, é um forte indício de presença de psicopatologia. É indício de forte conflito e ao longo da análise este conflito precisa ser localizado.
- Caso o sujeito faça uma pausa de 5 seg em um detalhe que está sendo desenhado, este detalhe deve trazer indícios do conflito vivenciado. Esta área deve ser investigada cuidadosamente durante o inquérito. 
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- pensando em um quadro maníaco podem levar muito tempo para desenhar em razão do excesso e riqueza de detalhes irrelevantes.
- pensando em um quadro obsessivo-complulsivo também levam muito tempo em razão do tempo que levam para construir meticulosamente os detalhes todos os detalhes relevantes.
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Capacidade crítica e rasuras
(em qual detalhe, são poucas ou muitas)
- a capacidade de criticar sua produção, ou seja, a capacidade de identificar detalhes fora de ordem, detalhes desproporcionais são afetadas facilmente em situações ansiogênicas como as de avaliação. 
Pacientes mais organizados psiquicamente conseguem retomar esta capacidade rapidamente, contudo pacientes mais desorganizados e com quadros orgânicos apresentam dificuldade ou incapacidade de crítica; 
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- clinicamente isso reflete a capacidade de fazer e sofrer críticas em relação aos seus feitos, e o quanto a pessoa é capaz de aprender com os próprios erros e prosseguir.
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Comentários
(1) Comentários escritos durante a fase do desenho como: nomes de pessoas, de ruas, de árvores, números ou outros elementos podem significar: necessidade compulsiva para tentar estruturar uma situação; insegurança; tentativa de compensar uma idéia ou sentimento obsessivo que emergiu por alguma coisa no desenho.
(2) traços de insegurança são comentários supérfluos como: “Eu vou colocar esta gravata nele” – a verbalização ajuda o sujeito se organizar internamente. 
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(3) a preocupação comparece no teste por meio de excessivos comentários irrelevantes ou bizarros: “Você disse que era seu primeiro dia aqui hoje?” ou “Eu não sei se os alicerces são firmes, para eu começar as janelas ... Agora, aonde está minha porta? Eu coloquei as janelas no lugar errado. Eu vou por minha porta aqui, como devo fazer isso doutor?”
Importante: verbalizações durante os desenhos, geralmente falam de conteúdos que foram excluídos das entrevistas.
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Características Gerais dos Desenhos
  
Localização do desenho
Tamanho do desenho
Lista de Conceitos
Proporção, perspectiva, lógica e seqüência de detalhes – evidencia a expressão do funcionamento esperado.
A forma apropriada de desenhar os detalhes é a primeira característica a se estabilizar no em um desenvolvimento patológico. Este aspecto evidencia clinicamente: a capacidade de reconhecer as demandas simples da vida diária e correspondê-las; bem como a capacidade de crítica da realidade, ou seja, o que é certo ou errado. 
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Proporção
capacidade de proporção realista (quando adequada fala da capacidade de adaptação); indica a capacidade de julgamento frente às demandas. Ou seja, capacidade de assimilar e resolver problemas, lidar com improviso, resolver situações que exigem ações imediatas e concretas. 
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Perspectiva
A terceira é a capacidade de reconhecer e representar a necessidade de perspectiva (posição espacial do desenho). Fala da capacidade do indivíduo agir de com visão crítica, elaborada nos relacionamentos. Capacidade de abstração, elaboração. Capacidade de agir com sucesso nos aspectos mais exigentes da vida.
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PROPORÇÃO: 
Fala de sentimentos, valores, idéias atribuídas aos objetos externos (objetos, situações e pessoas);
Capacidade de julgamento preservada ou não;
Capacidade de flexibilizar seu olhar para o outro (situações e pessoas).
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PERSPECTIVAS: 
Fala da capacidade do sujeito agir com sucesso a aspectos mais complexos, mais abstratos e mais exigentes da vida.
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