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2 INTRODUÇÃO A gordura localizada, lipodistrofia ginóide (celulite), estrias e flacidez representam importante problema social. A exigência de silhueta corporal dentro dos padrões de beleza vigentes vem aumentando com o passar dos anos. Homens e mulheres, ao desejar um corpo livre de imperfeições, frequentemente cometem excessos, cabendo ao profissional da área da estética a correta e sensata elucidação das reais possibilidades terapêuticas e a elaboração de programas de tratamento com os diversos métodos disponíveis na atualidade. O sucesso do tratamento de qualquer patologia depende essencialmente do seu pleno conhecimento. Quando não se consegue estabelecer com clareza suas características, conceitos amplos sempre serão usados para defini-las. A pele é o manto de revestimento do organismo, isola os componentes orgânicos do meio exterior. Constitui-se em uma complexa estrutura de tecidos inter- relacionados. A pele é como um todo e faz parte do sistema neuro-sensorial, pois deriva, como este, do folheto germinativo e é portadora de extensas percepções sensoriais. A pele é composta de epiderme, derme e hipoderme, sendo que esta não faz parte da pele, mas serve de apoio e permite a mobilidade da pele em relação aos órgãos subjacentes. As principais funções da pele são a proteção, termorregulação, percepção e secreção. A fisioterapia estética, recentemente renomeada como fisioterapia dermato- funcional, está cada vez mais em evidência. O fisioterapeuta pode atuar com o fibroedema gelóide (celulite), estrias, linfedema, no pré e pós-operatório de cirurgia plástica, queimaduras, cicatrizes hipertróficas e quelóides, flacidez, obesidade e lipodistrofia localizada. Apresentam-se também os recursos que podem ser utilizados para tratamento e prevenção dessas patologias, sendo muitos deles já de uso rotineiro na fisioterapia. Sendo esse campo recente, ainda há muito a ser explorado e novas pesquisas devem ser realizadas na busca de evidências científicas para o melhor embasamento dos recursos e técnicas disponíveis ao fisioterapeuta, possibilitando assim a articulação dessa área com as demais da fisioterapia, como a ortopedia, respiratória, entre outras. 3 Recentemente a especialidade fisioterapia estética teve a denominação substituída por fisioterapia dermatofuncional, em uma tentativa de ampliar a área, conferindo-lhe a conotação de restauração de função, além da anteriormente sugerida, que era apenas de melhorar ou restaurar a aparência. No Guide to physical therapist practice, publicado pela Associação Norte-americana de Fisioterapia (APTA) em 2014, essa área é referida como responsável pela manutenção da integridade do sistema tegumentar como um todo, incluindo as alterações superficiais da pele. Para a APTA, a responsabilidade do fisioterapeuta está não somente em manter e promover a ótima função física, mas também o bem estar e a qualidade de vida. 4 1. SISTEMA TEGUMENTAR O sistema tegumentar é constituído pela pele e tela subcutânea, unidos com os anexos subcutâneos. A pele representa 12% do peso seco total corporal, com peso de aproximadamente 4,5 quilos, sendo considerado o maior sistema de órgãos expostos externamente (GUIRRO; GUIRRO, 2002). A pele exerce um componente de identificação de um indivíduo (MOFFAT; HARRIS, 2007). Anexos epidérmicos provêm funções sensoriais especiais e de proteção. Além disso, os contornos do corpo, a aparência de idade e os distúrbios actínicos são influenciados pela derme, epiderme e hipoderme (WOLFF et al., 2011). Segundo Wolff et al. (2011), a pele é considerada um órgão, de estrutura complexa, que tem por funções a proteção do corpo do ambiente em que ele vive, ao mesmo tempo em que permite a interação entre eles. É um conjunto completo e integrado de células, tecidos e elemento matriz que possuem diversas funções, que são mediadas por suas subunidades, interdependentes entre si: Epiderme, Derme e Hipoderme esta deixou de ser classificada como camada da pele. É hoje considerada um tecido adjacente à pele, também chamada de tecido celular subcutâneo ou tela subcutânea ou panículo adiposo. 5 1.1 EPIDERME A epiderme é a camada mais superficial e externa da pele, possui os chamados anexos derivados da epiderme (unidades pilocebáceas, unhas e glândulas sudoríparas). Promove a maior parte da barreira física contra ameaças externas, como bactérias. Nela encontram-se os melanócitos e as células de Langerhans, componentes microscópicos. Os melanócitos sintetizam e liberam melanina, pigmento encontrado na pele. As células de Langerhans são células imunológicas, encontradas em toda a epiderme, que entram em ação caso a pele sofra uma ruptura, atuando como instrumento de defesa contra o meio externo (MOFFAT; HARRIS, 2007, WOLFF et al., 2011). É avascular, ou seja, não possui vasos. As células mais importantes desta camada vivem em constante renovação e são chamadas queratinócitos, responsáveis inclusive pela impermeabilização da pele. Os queratinócitos estão justapostos ao longo da epiderme, com pouca substância intercelular, unidas entre si pelo cimento intercelular (ou gicocálice) que permite passagem de substâncias hidrossolúveis e pelos desmossomos (placas de proteínas). Os queratinócitos variam de forma de acordo com a sua localização na epiderme. Eles migram da porção mais profunda da epiderme (camada basal) até a superfície (camada córnea), onde serão eliminadas após sofrerem processo de queratinização (acúmulo de queratina no interior da célula e morte). Este processo permite uma constante renovação celular da epiderme. As camadas por onde as células sofrem processo de queratinização e formam a epiderme são: a. Camada basal: É a porção mais profunda da epiderme; apresenta uma única camada de células. É formada por células jovens, colunares (em formato de colunas verticais), dispostas lado a lado. São células germinativas, ou seja, células que sofrem intensa divisão celular multiplicam-se para formar todos os queratinócitos da epiderme. Estas células formadas vão se orientando no sentido da exteriorização sofrendo modificações morfológicas para formar as outras camadas da epiderme. Nesta camada encontram-se ainda, os 6 melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, que é o pigmento que dá cor à pele. b. Camada espinhosa ou de Malpighi: Localizada acima da camada basal, apresenta várias camadas de queratinócitos, que agora estão modificando seu formato e se tornando poliédricos, semelhantes a espinhos, que migram em direção ao exterior da epiderme. À medida que ficam mais superficiais, as células desta camada achatam-se e iniciam o armazenamento de queratina no seu interior. c. Camada granulosa: Localizada logo acima da camada espinhosa, esta camada possui células achatadas, contendo grande número de grânulos de queratina no seu interior. Esta camada tem importante função de barreira, impedindo a perda de água da pele e impede a entrada de substâncias exógenas. d. Camada Lúcida: Constituída de várias camadas de células achatadas, com ou sem núcleo. É encontrada apenas na região da palma das mãos e planta dos pés. Não é observada com facilidade. Quando visível, tem o aspecto de uma linha clara, brilhante e homogênea. e. Camada córnea: É a camada mais externa da epiderme, constituída de células mortas, cheias de queratina, formando verdadeiras lâminas de queratina. A sua espessura varia de acordo com a regiãodo corpo, sendo mais espessas nas plantas dos pés e palma das mãos. É hidrófila (ajuda a reter água), e exerce função protetora contra as agressões físicas, químicas e biológicas. A epiderme está separada da derme pela lâmina basal, constituída à base de colágeno. Localizadas entre os queratinócitos estão às células de Langerhans, responsáveis pela defesa da epiderme. 7 1.2 DERME A derme é uma espessa camada do tecido conjuntivo abaixo da epiderme, que possui comunicação com a hipoderme. Composta de elementos fibrosos e celulares que acomodam nervos e vasos sanguíneos e linfáticos, anexos derivados da epiderme e contêm muitos tipos de células residentes, que inclui: macrófagos, linfócitos, mastócitos e células circulantes do sistema imune. Compõe a maior parte da pele, sendo que sua espessura média é de aproximadamente de 2 mm, e caracteriza sua flexibilidade, elasticidade e força de tensão. Oferece proteção contra ferimentos mecânicos, é uma barreira para água, auxilia na termorregulação e possui receptores sensitivos. (WOLF, et al., 2011, GUIRRO; GUIRRO, 2002) Terminações nervosas sensitivas e motoras: são as terminações nervosas responsáveis pela dor, tato, temperatura e a inervação do músculo eretor do pêlo. 8 Constituída de substância fundamental, fibras elásticas, fibras colágenas, fibras reticulares, vasos e nervos. Possuem ainda no seu interior os anexos cutâneos: glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, pelos e unhas. A derme é constituída em 75 a 95% de fibras colágenas e de substância fundamental, um gel rico em mucopolissacarídeos (por ex: ácido hialurônico). A função da substância fundamental é de fornecer resistência mecânica às compressões e estiramentos da pele. As fibras elásticas existem em menor número que as colágenas, são mais finas do que elas e menos resistentes ao estiramento. Os fibroblastos são células presentes na derme, na qual a função é a produção das fibras. 1.3 HIPODERME A hipoderme, também conhecida como tecido subcutâneo sustenta as outras duas estruturas. Consiste no tecido adiposo, tecido conectivo e tecido elástico. Tem função de amortecedor e isolante para as outras estruturas do corpo, além de modelar a superfície corporal. Seu tamanho dependerá do grau de nutrição do organismo, ou seja, em pessoas obesas será maior que em pessoas delgadas. A síntese e o armazenamento de gordura vão ocorrendo ao longo da vida através do acúmulo de lipídios dentro das células de gordura, proliferação de adipócitos existentes ou recrutamento de novas células (MOFFAT; HARRIS, 2007, WOLFF et al., 2011, GUIRRO; GUIRRO, 2002). O tecido adiposo é o principal reservatório energético do organismo. Os adipócitos são células exclusivas para o armazenamento de lipídios na forma de triacilglicerol (TAG) em seu interior, sem que isto seja prejudicial para sua funcionalidade. Essas células possuem enzimas e proteínas reguladoras necessárias para sintetizar ácidos graxos (lipogênese) e estocar TAG em períodos em que a oferta de energia é abundante, e para colocá-los em ação, através da lipólise, quando há restrição calórica. Estes processos ocorrem por meio de nutrientes e sinais aferentes dos sistemas nervosos e hormonais, e depende das necessidades energéticas de cada indivíduo. Leptina é o hormônio que age na regulação do armazenamento, equilíbrio e 9 uso de energia pelo organismo (WOLFF et al., 2011, FONSECA-ALANIZ et al., 2006, NEGRAO; LICINIO, 2000). O sistema nervoso autônomo (SNA) controla diretamente o tecido adiposo através de seus componentes simpático e parassimpático. A inervação simpática participa nas ações catabólicas, tais como a lipólise. Já o sistema nervoso parassimpático tem ação na execução de efeitos anabólicos sobre os depósitos adiposos, como a absorção de glicose e de ácidos graxos incitados pela insulina (FONSECA-ALANIZ et al., 2006). 2. FISIOLOGIA DOS TECIDOS ACOMETIDOS NA FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL Morfologicamente, o tecido conjuntivo caracteriza-se por apresentar diversos tipos celulares separados por abundante material intercelular (SFA – substância fundamental amorfa). Os vários tipos de tecido conjuntivo desempenham funções como sustentação, preenchimento, defesa, nutrição e reserva energética. Classificação do tecido conjuntivo: • Tecido conjuntivo propriamente dito • Tecido adiposo • Tecido muscular • Tecido cartilaginoso • Tecido ósseo • Tecido nervoso • Tecidos especiais Neste estudo serão abordados apenas os três primeiros tecidos, já que estes são acometidos nas disfunções estéticas. 2.1 TECIDO CONJUNTIVO PRÓPRIO É constituído por vários tipos de células que se encontram imersas em uma substância intercelular, também chamada de matriz extracelular. 10 2.1.1 Matriz Extracelular A matriz extracelular é produzida pela maioria das células, sendo constituída pelos seguintes elementos: - glicosaminoglicanas (consistência em gel) - proteínas fibrilares (rede de sustentação das células e preenchimento – colágeno, elastina e reticulina) - íons - água Os elementos fibrosos do tecido conjuntivo são representados pelas fibras colágenas, fibras reticulares e fibras elásticas. 2.1.2 Células A divisão de trabalho entre as células do conjuntivo determina o aparecimento de vários tipos celulares com características morfológicas e funcionais próprias. Algumas destas células estão constantemente presentes em número padrão relativamente fixo em certos tipos de tecido conjuntivo maduro, sendo denominadas como células residentes: - fibroblastos (síntese de colágeno e elastina) - macrófagos - mastócitos - plasmócitos - célula adiposa (reserva energética) Em contraste com as células residentes, encontram-se as células migratórias que, em geral, aparecem transitoriamente nos tecidos conjuntivos como parte da reação inflamatória à lesão celular: - neutrófilos - eosinófilos - basófilos - linfócitos 11 - monócitos 2.2 TECIDO ADIPOSO Constitui a tela subcutânea ou hipoderme. O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo que se caracteriza pela presença de células especializadas em armazenar lipídios, conhecidas como adipócitos. Os lipídios funcionam como reservas energéticas e calóricas sendo utilizadas paulatinamente entre as refeições. Além desta importante função, os adipócitos auxiliam na manutenção da temperatura corpórea, na formação dos coxins adiposos, além de apresentarem distribuição diferenciadas no corpo do homem e no corpo da mulher, ligadas as características sexuais secundárias (hormônios). O tecido adiposo é uma forma especializada de tecido conjuntivo frouxo, formado por células chamadas adipócitos. Podem ser encontrados de forma isolada ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo ou ainda em grandes áreas do corpo, como no tecido subcutâneo. Porém, os adipócitos se diferem em dois tipos: tecido adiposo branco, amarelo ou unilocular e tecido adiposo pardo, marrom ou multilocular, os quais se diferenciam pela cor, quantidade, vascularização, atividade metabólica, número de organelas e distribuição no organismo. (CURI, 2002). Os adipócitos uniloculares (branco) e maduros têm em sua principal função o armazenamento e balanço energético do indivíduo (armazena a energia produzida em forma de ATP), pois esses desempenham funções em resposta imunitária, em doenças vasculares e na regulação do apetite. (CURI, 2002). O adipócito branco maduro armazena triglicerídeos em uma única e grande gota lipídica,que ocupa a porção central da célula, correspondendo 85 – 90% da massa celular, e desloca citoplasma, núcleo e demais organelas para a periferia, onde se acomodam dentro de uma fina camada de citosol. Embora tenham volume variável, os adipócitos brancos e maduros são células grandes e podem alterar acentuadamente seu tamanho conforme quantidade de triglicerídeos acumulada. 12 O tecido adiposo multilocular (marrom) tem como função especial regular a temperatura em recém-nascidos, pois este tecido é rico em mitocôndrias e dissipa a energia produzida em forma de calor. Este tecido está presente durante o desenvolvimento fetal, mas na sua quantidade diminui a partir do nascimento, permanecendo, em adultos, apenas em torno dos rins, aorta e regiões do pescoço e mediastino. O corpo humano possui capacidade limitada para armazenar carboidratos e proteínas, e a gordura contida no interior dos adipócitos representa o armazenamento de calorias nutricionais que excedem a utilização. Desta forma, o tecido adiposo representa um reservatório de energia, principalmente em períodos de jejum prolongado, proteção contra o frio ou quando o organismo está sujeito à atividade física intensa. A gordura branca é amplamente distribuída no tecido subcutâneo, mas quanto à quantidade, apresenta diferenças regionais influenciadas pelo sexo, e pela idade. As mulheres são as que mais procuram tratamentos estéticos, provavelmente porque as alterações hormonais e ponderais podem provocar aumento de peso, volu- me e alterações do contorno corporal. A hereditariedade e o biotipo tornam as mulheres propensas ao depósito de células adiposas nas regiões fêmuro-glúteas, porque os adipócitos dessas regiões respondem melhor ao estrógeno, sendo menos sensíveis aos hormônios lipolíticos, além de deterem mais receptores α-adrenérgicos, responsáveis pela inibição da lipólise. Esses fatores induzem ao aumento do tamanho das células e, como consequência aumenta a espessura da tela subcutânea, favorecendo a infiltração edematosa. Os adipócitos são as únicas células especializadas e perfeitamente adaptadas para armazenar lipídeos sem que isso comprometa a sua integridade funcional. Possuem a maquinaria enzimática necessária para sintetizar ácidos graxos (processo denominado de lipogênese) e estocar TAG em períodos de oferta abundante de energia e para mobilizá-los pela lipólise quando há déficit calórico (lipólise). O sistema nervoso central participa da regulação desses dois processos mediante ações neurais 13 diretas ou indiretas (por exemplo, emitindo comportamentos de busca e ingestão alimentar). Outros sistemas reguladores (digestório e endócrino) participam mediante os nutrientes e hormônios de acordo com as necessidades do momento. Através das suas divisões, simpático e parassimpático, o sistema nervoso autônomo atua diretamente sobre o tecido adiposo. O simpático promove ações catabólicas (lipólise), via estimulação β-adrenérgica que ativa a enzima lipase hormôniosensível (LHS). O parassimpático organiza as ações anabólicas por incrementar a secreção de insulina, aumentando a captação de glicose e de ácidos graxos. A lipogênese inicia-se antes do nascimento. A cronologia do aparecimento do tecido adiposo depende da espécie e do depósito adiposo sob consideração. Após o nascimento, ocorre rápida expansão do tecido adiposo, como resultado do aumento do tamanho e do número celular. O potencial de gerar novos adipócitos persiste mesmo na fase adulta. Fatores dietéticos influenciam este processo, pois ratos alimentados com dieta rica em carboidratos ou lipídeos exibem hiperplasia de adipócitos. 2.3 TECIDO MUSCULAR O tecido muscular tem origem mesodérmica, é geralmente dividido em três tipos: esquelético, cardíaco e liso. O músculo esquelético constitui a grande massa da musculatura somática, geralmente ele não se contrai na ausência de estimulação nervosa e, em geral, está sob o controle voluntário. O músculo cardíaco é funcionalmente sincicial e contrai-se ritmicamente, na ausência de estimulação nervosa. E o músculo liso é involuntário e o estímulo para a contração do mesmo é controlado pelo sistema nervoso vegetativo. A maioria dos músculos esqueléticos se inicia e termina em tendões e as fibras musculares estão dispostas em paralelo entre as terminações tendinosas, de modo que a força de contração das unidades é aditiva. As fibras musculares se diferenciam estruturalmente, histoquimicamente e metabolicamente, e assim podem ser classificados em duas categorias principais: as fibras tipo I (fibras de contração lenta) e as fibras tipo II (fibras de contração rápida). A maioria dos grupos musculares dispõe 14 de uma combinação igual de fibras tipo I e tipo II, embora alguns grupos predominem as fibras de contração lenta ou fibras de contração rápida. Vários fatores podem influenciar a quantidade do tipo de fibra existente, dentre eles a genética, níveis hormonais no sangue e prática de exercícios. O sistema muscular é o principal responsável pelos movimentos do corpo humano. Este é constituído por células alongadas que contêm grande quantidade de falimentos citoplasmáticos, responsáveis pela contração. As células musculares têm origem mesodérmica e sua diferenciação ocorre principalmente devido a um alongamento gradativo, com simultânea síntese de proteínas filamentosas. O corpo humano contém mais de quatrocentos músculos esqueléticos voluntários, os quais representam entre 40 a 50% do peso corporal total. O músculo esquelético tem três funções principais: produção de força para a locomoção e respiração; produção de força para a sustentação postural; e produção de calor durante a exposição ao frio. Um músculo individual possui uma região central mais espessa denominada ventre muscular e, revestindo a parte externa do músculo, responsável pela transferência de tensão muscular para o osso, existe um tecido fibroso chamado epimísio. Cada músculo pode conter de milhares de fibras musculares, organizadas em compartimentos dentro do próprio músculo. Os feixes de fibras são chamados fascículos e cada um pode conter até 200 fibras musculares. 2.3.1 Estrutura E Função Das Fibras Musculares Propriedades fundamentais dos músculos: - excitabilidade – capacidade de responder a um estímulo; - condutibilidade – capacidade de transmitir o estado de excitação; - contratilidade – capacidade de se encurtar em certa dimensão; - elasticidade – capacidade de recuperar a forma. Fibras vermelhas: são as fibras fásicas, com função postural (estática), são menores e localizam-se na região profunda do sistema esquelético. Permanecem em contração involuntária por várias horas para o controle da postura e refinamento dos movimentos. Tendem ao encurtamento e hipertonia na presença de doenças neuromusculares, envelhecimento e sedentarismo. Assim, os vícios posturais e tensões 15 musculares exacerbadas podem alterar o limiar de excitação e acrescentar ao sistema muscular as nodosidades (trigger points), encurtamentos e dor. Fibras brancas: são as fibras dinâmicas ou tônicas, de contração rápida, menos ativada na maioria dos movimentos das situações diárias, fadigam-se mais rapidamente num esforço de longa duração. Os músculos da dinâmica, com função de controle dos movimentos, tendem à hipotonia e à fraqueza (flacidez) com o envelhecimento, com o sedentarismo e quando acometidos por doenças neuromusculares. Recomenda-se o treino de força para esses músculos. O equilíbrio entre a força e a flexibilidade do sistema muscular postural e dinâmico proporciona estabilidade aos segmentoscorporais e harmonia nos movimentos. É uma das metas a ser alcançada em qualquer programa de exercício físico. 3. ELETROTERMOTERAPIA A associação de tecnologias numa mesma aplicação é um novo tratamento não invasivo, moderno e seguro para o tratamento das afecções estéticas. 3.1 ULTRASSOM De acordo com Borges (2006), o ultrassom é gerado por um transdutor, que corresponde a um dispositivo que transforma a energia elétrica em energia mecânica, devido ao cristal piezoelétrico que se encontra no transdutor. Guirro e Guirro (2002) ressaltam que as ondas ultrassônicas dependem de uma variedade de fatores para atingir a região determinada, tais como: intensidade, frequência, regime de pulso, área do transdutor, tempo de aplicação, técnica de aplicação e agente de acoplamento. De acordo com Fuirini e Longo (1996), os fatores que envolvem a física do US apresentam-se como: 16 a) Ondas: o US é uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta frequência. As ondas ultrassônicas são ondas longitudinais e provocam oscilações nas partículas do meio onde se propagam. b) Produção de ondas: na produção do US, hoje, são utilizados cristais cerâmicos sintéticos. A liga entre chumbo, zircônio e titânio são um excelente sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter corrente elétrica em vibrações mecânicas. A vibração aciona as partículas do meio, produzindo ondas por compressão e descompressão. A frequência é medida em Hertz - HZ e é determinada pelas dimensões físicas do cristal. No sistema de unidades observamos que 1Hz equivale a 1 ciclo/s; 1KHz a 1000 ciclos/s e 1MHz a 1000000 ciclos/s (FUIRINI e LONGO, 1996). O US pode ser contínuo ou pulsado, cujas características no modo contínuo apresentam ondas sônicas contínuas, não apresentam modulação, tem efeito térmico, alteração da pressão e micro massagem (diatermia). Já no modo pulsado encontramos ondas sônicas pulsadas, modulação de amplitude com frequências de 16Hz a 100Hz, os efeitos térmicos são minimizados, há alteração da pressão e efeitos não térmicos. O US pulsado é mais bem indicado quando o calor produzir dores; houver necessidade de redução de velocidade da condução em fibras nervosas, raízes nervosas ou gânglios; houver necessidade de regeneração do tecido; a aplicação for feita em processos inflamatórios e houver necessidade de efeitos não térmicos. Já o US contínuo será necessário quando ambos efeitos térmicos e não térmicos forem necessários. O grau dos efeitos térmicos é determinado pelos controles de intensidade do aparelho (FUIRINI e LONGO, 1996). 3.1.1 Efeitos do US De acordo com Young (2003), quando o US entra no corpo, pode ocorrer um efeito nas células e tecidos por dois mecanismos físicos: térmico e não-térmico. a) Efeitos térmicos: quando o US percorre o tecido, uma porcentagem dele é absorvida, e isso leva à geração de calor dentro daquele tecido. A quantidade de absorção depende da natureza do tecido, seu grau de vascularização e a frequência do 17 US. O efeito térmico do US é considerado de grande importância. O US atenua-se a medida que atravessa um meio ou diminui sua intensidade durante este trajeto. b) Efeitos não térmicos: existem muitas situações em que o US produz efeitos biológicos sem, contudo envolver mudanças significativas na temperatura. Os mecanismos físicos que parecem estar envolvidos na produção desses efeitos não térmicos são um ou mais dentre estes: cavitação, correntes acústicas e ondas estacionárias. Em virtude dos efeitos mecânicos, térmicos e químicos, o ultrassom produz uma série de efeitos terapêuticos: • Acelera processo de reparação – cavitação é a propriedade pelo qual o ultrassom forma cavidades ou bolhas no meio líquido, contendo variáveis de gás ou vapor. Pode ser visualizada nas intensidades a partir de 0,1 w/cm², no modo contínuo; • Efeito fibrolítico – diminuem a esclerose tecidual com as fricções moleculares. Produz-se uma despolimerização ou fragmentação das moléculas grandes, de modo a diminuir a viscosidade do meio; • Efeito tixotrópico – capacidade de transformar colóide gel em sol. Ultrassom capaz de “amolecer” (transformar em “estado gelatinoso”) substâncias em estado de maior consistência. Esse efeito permite o aumento da elasticidade tecidual e diminuição da consistência tecidual fibrótica, principalmente nos casos de FEG, fibrose pós-lipoaspiração, cicatrizes aderentes, dentre outros. (BORGES, 2006) • Neovascularização pelo aumento da circulação; • Rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas; • Fonoforese emprego de produtos cosméticos e não precisa ser polarizado, pois o ultrassom não precisa de corrente elétrica para permeação. 3.1.2 Indicações � pós-operatório imediato (modo pulsado); � fibroses pós-operatórias; 18 � transtornos circulatórios (edema); � tecidos em cicatrização; � celulite; � gordura localizada; � fonoforese corporal. 3.1.3 Contra indicações � Áreas com insuficiência vascular (tromboflebites / varizes); � Aplicação facial, exceto ATM; � Área cardíaca; � História de tumores; � Epífises de crescimento; � Testículos e gônadas; � Inflamação séptica; � Diabetes mellitus; � Marca-passo; � Próteses metálicas. 4 ELETROLIPÓLISE A eletrolipólise consiste na aplicação de vários pares de agulhas finas (0,25mm) e longas (15 a 65 cm), ligadas a correntes de baixa intensidade, criando um campo elétrico entre elas. Atribui-se ao tratamento uma modificação do meio intersticial, que 19 favorece trocas metabólicas, e ainda “lipólise”. A indústria de equipamentos estéticos criou a Eletrolipoforese com placas, na tentativa de aumentar o mercado de vendas. A eletrolipólise terapêutica atua sobre o tecido adiposo destruindo-o e eliminando-o. O campo elétrico que se origina entre os eletrodos ou agulhas provoca no local, uma série de modificações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise. O fluxo da corrente elétrica através do tecido conjuntivo desenvolve uma diferença de potencial de ação entre os eletrodos que são proporcionais à resistência elétrica do tecido. Esta diferença de potencial altera a permeabilidade da membrana celular, por meio da alteração da sua polarização. A passagem da corrente elétrica entre os tecidos provoca calor localizado (hiperemia), o que causa uma reação anti- inflamatória e vasodilatadora; com o incremento da circulação, são intensificadas as trocas celulares, a nutrição, a eliminação de toxinas e produtos da degradação de gordura. O estímulo elétrico da corrente de baixa frequência promove o estímulo de fibrilas do tecido conjuntivo, o que resulta na melhora da tonicidade da pele (AZEVEDO, 2008). Os principais efeitos fisiológicos são o efeito de vasodilatação, a ação hidrolipolítica caracterizada pelo estímulo elétrico das terminações do sistema neurovegetativo simpático, desencadeando a liberação de adenosina monofosfato cíclico (AMP) intra-adipocitário que estimulam a degradação dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol e a ação eletrolítica através do campo elétrico gerado pela corrente que induz a uma modificação na polaridade da membrana celular, e a célula ao tentar manter seu potencial de membrana normal, consome energia. 4.1 INDICAÇÕES • Lipodistrofia localizada; • Pós-lipoaspiração, como complemento da cirurgia; • Complicações de “placas onduladas” após a lipoaspiração; • Ptose abdominal e de nádegas. 20 4.2 CONTRAINDICAÇÕES:• Transtornos cardíacos; • Próteses metálicas; • Marca-passo; • Gestação; • Insuficiência renal; • Trombose venosa profunda; • Patologias ginecológicas; • Utilização de corticoides, anticoagulantes e progesterona; • Neoplasias; • Alterações dermatológicas na área a tratar; • Epilepsia. 5 CORRENTE GALVÂNICA / POLARIZADA É uma corrente unidirecional, ou seja, aquela em que os elétrons se movimentam sempre no mesmo sentido e permanece constante. Em fisioterapia estética essa corrente é aplicada em desincrustação, iontoforese / ionização, eletrolifting e eletrólise. A aplicação das correntes polarizadas para tratamento de diversas patologias é utilizada desde a descoberta da eletricidade. Sabe-se que a polaridade fixa nas correntes pode trazer inúmeros benefícios como hidratação, aumento do aporte circulatório no polo negativo, bem como vasoconstrição e analgesia no polo positivo. Já a iontoforese aproveita as correntes polarizadas para a penetração de cosméticos que possuem substâncias polares. As correntes galvânicas e diadinâmicas são utilizadas para realizar a iontoforese. Já existem vários estudos comprovando que a corrente polarizada pode auxiliar na penetração de produtos ionizados. Isso traz inúmeros benefícios ao paciente como aplicação localizada, diminuição da ação sistêmica do medicamento e diminuição de problemas gastrointestinais. 21 Na área da fisioterapia dermatofuncional, a iontoforese com cosméticos é usada como coadjuvante no tratamento da gordura localizada, lipodistrofia ginóide, cicatrizes hipertróficas e queloides. 5.1 INDICAÇÕES: • Hidratação profunda da pele; • Penetração de substâncias com propriedades específicas (iontos ou séruns); • Redução do tecido adiposo; • Ativação da circulação venosa e linfática; • Aumento da eliminação de líquidos. 5.2 CONTRAINDICAÇÕES: • Sobre feridas; • Próteses metálicas; • Marca-passo; • Gravidez; • Cardiopatias; • Epilepsia; • Câncer; • Infecções dermatológicas. Desincrustação – é o procedimento de emulsionar e retirar superficialmente o excesso de sebo incrustado na pele, através de corrente galvânica, transformando-o em sabão através do produto. É usada em limpeza de pele e preparação para introdução por iontoforese de substâncias ativas. Iontoforese / Ionização – é o processo pelo qual fazemos penetrar rapidamente substâncias hidrossolúveis, ativas e eletricamente carregadas, através da pele, formando um circuito que se fecha: cliente e produtos de tratamento. Eletrolifting – designa um tratamento que tem como finalidade produzir um levantamento da pele e estruturas adjacentes para prevenir rugas, flacidez e envelhecimento cutâneo. Também chamado de galvanopuntura ou microgalvânica. 22 Eletrólise – (dissociação) fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos, pelo fato de que cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente. 6 ELETROESTIMULAÇÃO/CORRENTE RUSSA A flacidez propriamente dita é provocada pela perda de elementos do tecido conjuntivo, como fibroblastos, elastina e colágeno. Esta perda faz com que a rede de elementos se torne menos densa, tirando a firmeza entre as células. O problema da flacidez muscular e dos tecidos gera pontos antissimétricos. Os tecidos se afrouxam, caem e sofrem envelhecimento precoce. Além dos exercícios físicos, outro recurso utilizado para o aumento da massa muscular é a eletroestimulação neuromuscular, através da corrente russa que vem ampliando seus estudos em relação à fisioterapia dermatofuncional, mostrando resultados favoráveis no tratamento da flacidez muscular. Existem vários relatos na literatura, que incluem resultados satisfatórios do uso da eletroestimulação para melhora da qualidade da função muscular. Os objetivos da técnica incluem: manter a qualidade e quantidade do tecido muscular, recuperar a sensação de tensão muscular, aumentar ou manter força muscular, e estimular o fluxo de sangue no músculo. O aumento da força muscular com eletroestimulação pode ser alcançado em pouco tempo e este fortalecimento se dá artificialmente (Camargo et al, 1998; Hoogland, 1988) Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001), atualmente a corrente russa pode ser definida com uma corrente alternada de média frequência, que pode ser modulada por “rajadas” (bursts) e é utilizada com fins excitomotores. Correntes alternadas com frequências entre 2000 e 4000 Hz, onde está enquadrada a corrente russa, são utilizadas por serem relativamente agradáveis, dificilmente ferem a pele, e causam uma tensão máxima no músculo quando usadas com intensidade suficiente. Segundo Sivini & Lucena (1999), a estimulação elétrica constitui um método eficaz no fortalecimento muscular tanto em pacientes saudáveis como em pacientes no pós-operatório. Produz melhores resultados do que um trabalho constituído apenas 23 por exercícios. Combinada com a contração muscular ativa, o uso da eletroestimulação provê resultados muito superiores aos exercícios isolados. 6.1 INDICAÇÕES: • Fortalecimento de músculos flácidos (hipotônicos), visando seu enrijecimento; • Relaxamento de músculos tensos (hipertônicos); • Modelagem do volume muscular; • Manutenção da normalidade da pele e músculos (trofismo e tônus); • Tratamentos para rejuvenescimento e prevenção de flacidez epicutânea; • Recuperação pós-operatória tardia. 6.2 CONTRAINDICAÇÕES • Extremos de idade; • Estados febris; • Peles com inflamação; • Peles hipersensíveis; • Problemas circulatórios; • Cardiopatias; • Hipertensão arterial; • Epilépticos; • Gestantes; • Prótese metálica; • Região glandular e precordial; • Adjacente a feridas. 7 MICROCORRENTE A microcorrente é uma corrente polarizada que utiliza baixíssima amperagem, acelerando em até 500% a produção do trifosfato de adenosina (ATP), sendo essa 24 molécula a grande responsável pela síntese protéica e regeneração tecidual devido a sua participação em todos os processos energéticos da célula. Em teoria, o tecido saudável é o resultado do fluxo direto de correntes elétricas pelo organismo. Quando o tecido é lesionado, esse fluxo é alterado no local, sendo assim a corrente elétrica pode estimular a reparação tecidual. O uso da terapia com microcorrentes, sobre lesões cutâneas, tem o objetivo de normalizar o fluxo de correntes, objetivando o reparo e minimizando a dor. A estimulação de células vivas, por correntes elétricas de baixa intensidade (Estimulação Neuromuscular por Microcorrente Elétrica, MENS da sigla inglesa) afeta diretamente os potenciais de membranas que estão associados ao gradiente de concentração de íons na membrana celular. Verificou-se ainda que a aplicação de microcorrentes possui um efeito biológico similar às mudanças no gradiente de concentração de íons que levam ao aumento da síntese de ATP num primeiro momento, seguido do aumento na síntese de proteínas (CHENG et al., 1982; SANTOS et al., 2004). Na literatura, evidências clínicas mostram que a restauração de tecidos conectivos dérmicos e subdérmicos podem ser aceleradas por intermédio da aplicação externa de uma corrente elétrica de baixa intensidade (NELSON et al., 2003). 8 RADIOFREQUÊNCIA Figuras 2 e 3: Desenho esquemático mostrando a modalidade multipolar da radiofrequência: três ou mais eletrodos trabalhando centrados entre si com alternância de polaridade entre eles, resultados num aquecimento homogêneo em diferentes camadas da pele.A radiofrequência é um tipo de corrente de alta frequência que gera calor por conversão, atingindo profundamente as camadas tissulares promovendo a oxigenação, nutrição e vasodilatação dos tecidos. A conversão se refere à passagem da radiofrequência com comprimento de onda métrica e centimétrica pelo tecido do 25 indivíduo que se converte em outra radiação, calor, cujo comprimento de onda está na ordem nanômetro. A radiofrequência é um radiação no espectro eletromagnético que gera calor compreendida entre 30 KHz e 300 MHz. Esse tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele. A radiofrequência é indicada em todos os processos degenerativos que impliquem na diminuição ou retardo do metabolismo, irrigação e nutrição, sendo em geral em patologias crônicas. Também é indicado por provocar aumento da vasodilatação e irrigação abaixo da zona tratada, além da oxigenação e nutrição dos tecidos. Os efeitos térmicos da radiofrequência provocam a desnaturação do colágeno promovendo imediata e efetiva contração de suas fibras, ativando fibroblastos ocorrendo a neocolagenização alterada em diâmetro, espessura e periodicidade, levando a reorganização das fibras colágenas e subsequente remodelamento do tecido. Segundo Low e Reed (2001) e Ronzio (2009), a passagem de uma radiofrequência pelo tecido pode produzir uma série de fenômenos que derivam do aumento de temperatura, estes são três: vibração iônica: os íons estão presentes em todos os tecidos, ao serem submetidos a uma radiofrequência vibram à frequência da mesma gerando fricção e colisão entre os tecidos adjacentes produzindo um aumento de temperatura, esta é a forma mais eficiente de transformar energia elétrica em calor rotação das moléculas dipolares. A energia penetra em nível celular em epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares. Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou resistência dos tecidos com passagem da radiofrequência, produzindo uma elevação térmica da temperatura tissular. No momento que o organismo detecta uma maior temperatura que o fisiológico, aumenta a vasodilatação com abertura dos capilares, o que melhora o trofismo tissular, a reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos e o aumento da circulação. Com isso, ocorre um ganho nutricional de 26 oxigênio, nutrientes e oligoelementos para o tecido, influenciado pela radiofrequência, com uma melhora no sistema de drenagem dos resíduos celulares (toxinas e radicais livres). Estes efeitos proporcionam a possibilidade de fortalecer a qualidade dos adipócitos, provocando lipólise homeostática e produção de fibras elásticas de melhor qualidade, atuando nos fibroblastos e em outras células. O efeito Joule é o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar o organismo efetuando a produção de calor. Do efeito térmico ocorre outro efeito que é a vasodilatação periférica local. Devido ao calor gerado, consegue-se um aumento do fluxo sanguíneo e, portanto se produz uma melhora do trofismo, da oxigenação e do metabolismo celular. É contraindicado o uso da radiofrequência em indivíduos com transtorno de sensibilidade, com o uso de metais intraorgânicos, osteossínteses, implantes elétricos, marcapasso, sobre glândulas que provoquem aumento de hormônio, grávidas, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo vasodilatadores ou anticoagulante, hemofílicos e em indivíduos com processos febris. É recomendado não aplicar simultaneamente com outros aparelhos de eletroterapia e também retirar correntes, aparelhos eletrônicos e elementos metálicos de perto do aparelho. A radiofrequência de forma não ablativa, promove o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois aumentos leves de temperatura, a partir de 5º a 6ºC da temperatura da pele, aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós-cirurgia plástica, entretanto, aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40ºC durante todo o período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a diminuição da elasticidade em tecidos ricos em colágeno. Este efeito é denominado lifting pela radiofrequência. 8.1 CLASSIFICAÇÃO A radiofrequência pode ser classificada quanto à quantidade de eletrodos e quanto à forma de radiação transmitida. 27 8.1.1 Quantidade de eletrodo a) Mono ou unipolares: somente um eletrodo se insere no circuito com o equipamento e com o paciente funcionando como terra. São menos frequentes no mercado. Unipolar Monopolar b) Bipolares: são usados 2 eletrodos, um como dispersivo (maior) e outro como ativo (menor). Estes podem estar separados ou contidos numa única manopla. * modelo com eletrodo dispersivo: a manopla bipolar é acompanhada de uma placa representando o eletrodo dispersivo. * Debaixo do eletrodo dispersivo não há aumento de temperatura, mas esse fato não implica ausência de efeitos biológicos atérmicos. c) Tri-tetra-hexa-multipolar: varia a quantidade de eletrodos no cabeçote, os quais estão dispostos coplanarmente. 28 8.1.2 Quanto A Forma De Radiação Transmitida a) Indutiva: é considerada bastante ultrapassada e não é usada nos aparelhos atuais de radiofrequência em dermato-funcional. b) Capacitiva: maioria dos equipamentos com aplicadores bipolar sendo o eletrodo ativo isolado mediante um dielétrico, formando um capacitor. O capacitor tem a função de armazenar cargas para liberá-las quando o acúmulo de voltagem superar a capacidade do isolante utilizado. c) Resistiva: o eletrodo ativo é um condutor metálico, formando assim uma resistência e não um capacitor. Consegue-se um aumento da temperatura com facilidade mesmo em tecidos com baixa hidratação por causa do condutor presente 8.2 MECANISMOS DE AÇÃO DA RF NOS TECIDOS HUMANOS O modelo de ação da radiofrequência é de um condensador: 2 placas condutoras e entre estas 2 placas existe um isolante elétrico, formando um dielétrico entre as placas pela passagem da corrente elétrica alternada de alta frequência. O corpo humano é um condutor de segunda classe, aquele em que o transporte da corrente em duplo sentido se produz pelo deslocamento físico dos íons através de um líquido intra e extracelular. E o corpo humano também funciona como um condensador, cada célula é o exemplo mais comum de condensador, pois é constituída por um isolante elétrico (membrana plasmática 29 fosfolipídica) e dois meios condutores (citoplasma e líquido extracelular), sendo os dois condutivos ricos em líquidos e íons. Então a radiofrequência funciona pela aplicação de um condensador externo (cabeçote aplicador/manopla do equipamento) que emite corrente elétrica alternada de alta frequência formando um campo eletromagnético que gera calor em contato com os condensadores internos (células e meio extracelular). A conversão da corrente em calor se dá pelo movimento de atração e repulsão entre os íons ou cargas, com a vantagem de conseguirmaior penetração nos tecidos, com efeitos mais profundos e respostas fisiológicas mais eficazes do que outras formas de calor – condução e convecção. As oscilações criadas agitam as moléculas e exercem efeitos sobre os componentes alterados do tecido – microcirculação arterial, venosa e linfática, membrana celular e colágeno específico – por que reequilibram eletricamente o meio intra e extracelular. A atividade biológica da corrente alterna elétrica de alta frequência e seu campo eletromagnético se manifesta pelo efeito energético e efeito térmico. O efeito de implemento de energia nas células facilita as reações químicas, aumenta a troca de íons e transforma ADP em ATP (energia disponível). O efeito térmico pelo choque de íons no meio dielétrico que se forma gera a hipertermia local com aumento na microcirculação arterial, aumento no aporte de oxigênio e nutrientes, aumento na reabsorção de catabólitos pela drenagem venosa e linfática e reorganização estrutural das fibras conjuntivas, principalmente o colágeno. 30 A radiofrequência aquece a derme e o tecido adiposo sem aquecer a epiderme. O efeito térmico varia em relação à superfície do eletrodo ativo, tempo de exposição à radiofrequência, concentração de eletrólitos, grau de hidratação (lembrar que a água é o melhor meio de condução), pH e impedância do tecido a ser tratado. As propriedades térmicas e elétricas do tecido podem variar de um indivíduo a outro e de uma região para outra, dependendo da espécie, da idade, pH, concentração de eletrólitos endógena e atmosférica, concentração e orientação das fibras conjuntivas e grau de hidratação. Consequentemente vai variar a temperatura máxima atingida no tecido e o tempo para alcançar esta temperatura, assim como também vai variar a quantidade de contração do tecido pela combinação dos efeitos fisiológicos, do calor local e do estresse mecânico da manopla durante a aplicação (deslizamento com pressão). A aplicação da radiofrequência, levando em conta as propriedades termoelétricas dos tecidos e o aquecimento, gera maior ou menor agitação molecular entre os dipolos, com deslocamento de partículas carregadas, oscilação em alta velocidade de moléculas, desequilíbrio elétrico das membranas plasmáticas, rotação das moléculas de água e uma onda de condutividade da energia térmica que se espalha pelos tecidos adjacentes. Neste nível de reações é produzida uma lesão térmica controlada, também chamada termólise seletiva que pode levar a uma retração do tecido pela quebra de estrutura terciária do colágeno, quebra da fibrose ou septos fibrosos e liberação de triglicérides. Seguidamente, há uma resposta inflamatória com hiperemia (aumento da microcirculação arterial), migração de fibroblastos para a área para a neocolagênese (formação de novo colágeno), reforço do colágeno pré-existente, captação de catabólitos e estímulo à drenagem linfática para reabsorção do edema reflexo à vasodilatação pelo calor. A desnaturação da fibrose e a lise de adipócitos, somadas ao estresse mecânico do deslizamento da manopla e ação de drenagem linfática, melhoram as protusões, retrações e ptoses subdermais que caracterizam a gordura localizada, a flacidez e a celulite porque descomprimem os tecidos. A área tratada recupera a sua integridade estrutural e normalização do relevo pelo depósito de um tecido conjuntivo ou novo 31 colágeno mais alinhado, elástico, denso e mais hidratado. Esta é a etapa de reparação e cicatrização seguidas à inflamação terapeuticamente induzida pelo calor. Posteriormente, advém o período de maturação do novo colágeno, provocando uma contração e alinhamento dos novos tecidos cada vez mais duradoura e eficaz. O resultado torna-se de imediato (efeito “Cinderela”) para duradouro e mais permanente (efeito lifting, rejuvenescimento). Isso justifica os efeitos na celulite, fibroses, aderências teciduais, cicatrizes e flacidez de pele. Essa nova matriz de tecido conjuntivo reforça a camada fibrosa natural entre a porção profunda da derme e o tecido subcutâneo, oferecendo sustentação e firmeza aos tecidos flácidos. Há liberação de triglicérides pelos adipócitos com diminuição volumétrica nestes, favorecendo o contorno corporal pela diminuição de medidas localizadas. A ruptura dos septos fibrosos da PEFE (“celulite”) favorece o nivelamento do relevo e melhora a textura da pele. Os adipócitos são altamente termolábeis e o superaquecimento favorece a liberação de triglicérides. 8.3 EFEITOS BIOFÍSICOS / FISIOLÓGICOS TERMICAMENTE INDUZIDOS PELA RADIOFREQUÊNCIA São 2 tipos de efeitos sobre o colágeno: a) Efeito primário: termocontração do colágeno - uma contração imediata pela modificação na conformação da estrutura terciária (tridimensional) para estrutura secundária (linear) – realinha o colágeno. 32 A capacidade de retração do colágeno com a energia térmica não é um conceito novo na área médica. As fibras de colágeno são constituídas por uma tripla hélice de proteína com pontes de hidrogênio entre as cadeias. Estudos indicam que as fibrilas de colágeno, quando aquecidas a uma temperatura correta por um determinado tempo, quebram as pontes de hidrogênio intramolecular, o que induz a uma imediata contração do tecido e seu espessamento. A temperatura profunda entre 57-61°C é frequentemente citada como a temperatura de retração do colágeno. Este conceito é extremamente atraente se puder ocorrer com mínimo ou mesmo sem nenhum dano epidérmico. A contração imediata do colágeno pode ser induzida por razões estéticas como rejuvenescimento, tratamento de flacidez de pele ou outros sinais de envelhecimento no rosto ou corpo. O sucesso do tratamento ocorre quando a temperatura na superfície da pele é uniforme e em torno de 40 a 42°C, reproduzindo por concentração de energia uma temperatura mais alta na profundidade onde está o colágeno na derme. b) Efeito secundário: síntese de colágeno e remodelagem tecidual (“termolesão” mediada e controlada e lipólise por indução térmica) - remodelação e renovação pela neocolagênese progressiva e em médio prazo – produção de novo colágena pela migração de fibroblastos e reação inflamatória induzida e controlada. 33 Uma lesão térmica controlada pode resultar numa retração tecidual seguida por uma resposta inflamatória acompanhada pela migração de macrófagos e fibroblastos para o local tratado com consequente remodelagem tecidual. O tratamento com a radiofrequência promove o disparo de uma cascata de sinalização envolvendo mediadores do processo de reparo e regeneração tecidual que envolve a produção de fatores de crescimento e outras proteínas estruturais. A ativação de fibroblastos induz a síntese natural de novas fibras de colágeno (neocolanogênese) e de fibras elásticas (neoelastogênese). Esse processo de cicatrização secundária envolve a deposição e remodelação do colágeno assim como da elastina e pode perdurar por meses. A neocolagênese é consequência da indução, pelo calor, da liberação das Heat Shock Proteins (HSP) – proteínas de choque térmico. A função das HSPs, proteínas comuns às células, é preservar ou degradar as proteínas que são desnaturadas pelo efeito de uma situação de estresse ao tecido, como o calor. As HSPs são agregadas às proteínas alteradas pelo calor para evitar a reorganização anômala dos aminoácidos que se desprenderam e desta forma dá manutenção às cadeias peptídicas para que, cessado o estresse, esses aminoácidos possam retornar à sua integridade normal e recuperar suas propriedades, reorganizando-se nas cadeias peptídicas originais e realinhadas. As HSPs também podemmarcar os aminoácidos degenerados para posterior destruição. São as HSPs que iniciam, então, o processo de reparação do tecido conjuntivo, pois a HSP-47 é uma proteína precursora para formação do colágeno. Pelo calor na aplicação da radiofrequência, é induzida a liberação da HSP-47 pelo retículo endoplasmático e desta proteína depende a formação da tripla hélice do colágeno. Ao ser liberada a HSP-47 pelo calor os fibroblastos a reconhecem como um acelerador da produção de matriz extracelular e inicia a síntese do novo colágeno. 8.4 CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DE RADIOFREQUÊNCIA Independente do modelo da manopla do equipamento, existem sempre 2 eletrodos ou 2 pólos (positivo e negativo) fechando o circuito elétrico para permitir a 34 passagem da corrente, transferindo tensões elétricas na área do corpo onde a manopla é deslizada. � Com eletrodos metálicos: acoplamento direto do metal ao corpo do cliente – radiofreqüência tipo resistiva = Hertix (KLD), Limine (HTM) � Com eletrodos metálicos isolados: o metal está isolado por camada de silicone não ocorrendo acoplamento direto do metal ao corpo do cliente – radiofrequência tipo capacitiva e/ou indutiva = Hooke (IBRAMED) O uso do TERMÔMETRO é o principal referencial se a potência selecionada é a ideal ou não, além, é claro, das informações sensoriais do paciente e da hiperemia estimulada (visível). A aferição constantemente repetida da temperatura superficial da pele é essencial para a aplicação com segurança da terapia por radiofrequência. A distância ideal de leitura varia entre 5 e 10 cm de distância da pele no modo “surface”. 8.5 INDICAÇÕES CLÍNICAS: • Rejuvenescimento e tensionamento da pele flácida • Redução da celulite • Redução de gordura localizada • Melhora na aparência das cicatrizes e aderências • Tratamento da flacidez de pele e flacidez pós-lipoaspiração • Tratamento de cicatrizes de acne 35 • Tratamento de estrias • Tratamento de fibroses pós-operatórias 8.6 CONTRA INDICAÇÕES ABSOLUTAS • Tumores malignos (neoplasias / cânceres ou metástases) • Dispositivo eletrônico implantado • Aparelhos auditivos • Gravidez * Nota: As pessoas portadoras de marcapasso, aparelhos auditivos, implantes eletrônicos em geral e gestantes, portanto, não devem permanecer nas vizinhanças do equipamento de radiofrequência quando ligado. • Tuberculose • Febre • Artrite reumatoide • Uso recente de isotretinoína (inferior a um ano) • Sobre materiais preenchedores da derme ou aplicação de toxina botulínica • Pele irritada por acne, fístula ou outra condição adversa e doenças dermatológicas / dermatites • Pacientes Imunodepressivos • Menores de 18 anos • Sobre área cardíaca • Procedimentos cirúrgicos sem completa cicatrização ou queloides 8.7 CONTRA INDICAÇÕES RELATIVAS • Metais implantados (próteses metálicas / endopróteses / inclusive dentários) • Doenças crônicas sistêmicas • Alterações de sensibilidade/ neuropatias • Remoção de lentes de contato • Tecidos isquêmicos • Distúrbios circulatórios ou doenças vasculares 36 • Sobre glândulas • Osteossíntese ( implantes metálicos) • Menstruação • Pálpebra superior • Infecções, inflamações e alterações de imunidade • Pacientes que fazem uso de vasodilatadores 37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 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