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Psicologia aplicada

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TAYANE FREITAS TIMBO 
 MAT: 201607217708
 DIREITO-TURMA 3001 
 PROFª ANA MARQUES
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
Fortaleza
Outubro/2016
1.
 As Organização das Nações Unidas – ONU – assim definem Justiça Restaurativa:
 A Justiça Restaurativa refere-se ao processo de resolução do crime focando em uma nova interpretação do dano causado às vítimas, considerando os ofensores responsáveis por suas ações e, ademais, engajando a comunidade na resolução desse conflito. A participação das partes é uma parte essencial do processo que enfatiza a construção do relacionamento, a reconciliação e o desenvolvimento de acordos concernentes a um resultado almejado entre vítima e ofensor. (...) Através deles, a vítima, o ofensor e a comunidade recuperam controle sobre o processo.
 A definição dada pela a ONU da justiça Restaurativa retrata bem o papel que vem sendo observado da sua atuação no Brasil, por mais que seja uma prática recente e um modelo diferente de se tratar conflitos no meio da resolução penal do Estado, sua utilidade vem se aprimorando e levantando dados concretos e relevantes da sua boa atuação no Brasil.
 As primeiras experiências vieram do Canadá e da Nova Zelândia e ganharam relevância em várias partes do mundo. Aqui no Brasil ainda está em caráter experimental, mas já está em prática há dez anos de acordo com matéria publicada no Conselho Nacional de Justiça.
 A sua característica básica e a mediação de conflitos que são caracterizados como crime, dentro dos padrões de relevância para se encachar no programa, muitas das vezes cometidos por menores infratores, onde tem o objetivo principal de reparar os danos causados com reconhecimento da injustiça feita no fato em questão, onde o diálogo é fundamental para se conseguir o objetivo final que é o acordo entre as partes existindo a reparação de ambos, sem prazo para se conseguir atingir esse objetivo. Não ficando isento da pena do crime cometido, mas sim, gerando uma conscientização do fato e reparação para ambos os lados infrator e vítima.
 O sistema de resolução de conflitos, fundado no Direito Penal baseada no pensamento retributivo faz parte do sistema penal brasileiro desde o início da constituição desse país, com grandes sinais de decadência e a não transformação de infratores em cidadãos: presídios superlotados, com estabelecimentos que não oferecem o mínimo de condições para atender às necessidades dos presos em transformar e reabilitar o infrator à vida social. A Justiça Retributiva, em que a pena é vista simplesmente como uma “retribuição” (castigo) pela prática da infração delituosa.
 Dois grandes filósofos escreveram bastante sobre suas posições a respeito da forma que funciona o direito penal Retributivo, emplacando assim teorias próprias dentro do conceito retributivo de justiça, são eles: Kant, com uma fundamentação de ordem ética, e Hegel, com uma fundamentação de ordem jurídica.
 Para Kant, a pena deve ser aplicada simplesmente porque o mandamento legal foi violado, sem se preocupar se a pena trará algum benefício para o acusado ou para a sociedade, importando apenas o castigo ao indivíduo. Contudo, o pensador não deixou de falar da espécie e da medida da sanção, optando por defender o ius taliones, porém seguindo a pretensão do Estado e não do particular, no qual, afirma, “o mal não merecido que fazes a teu semelhante, o fazes a ti mesmo, se o desonras, desonras a ti  mesmo, se o maltratas ou o matas, maltrataste e matas a ti mesmo.”
 O objetivo maior da justiça retributiva é a punição do infrator pelo ato contra as normas do Estado, limitando o indivíduo ao convívio social e a liberdade, dependendo da infração algumas vezes com penas leves, multas e trabalho social para compensar o dano causado a outrem.
 Analisando as características da Justiça restaurativa x retributiva percebe-se que na justiça restaurativa existem indícios de uma compreensão maior do delito causado tornando o caminho mais fácil para o entendimento do infrator que o ato praticado não se justifica e prejudica a ele próprio, diferente do retributivo que muitas das vezes causa revolta por parte do infrator pelas condições que o Estado oferece para punir e resguardar a sociedade do infrator.
 O grande diferencial da justiça restaurativa é o pedido de desculpas junto com a reparação, restituição e prestação de serviços comunitários, onde com muita conversa e um diálogo abertos entre as partes gera a responsabilização espontânea por parte do infrator proporcionando um acordo com paz e dignidade.

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