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resumo filo 4(1)

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Resumo de filosofia referente aos capítulos 7, 8 e 9. Al. 1204 Lanzellotti
Cap. 7 os vários sentidos da palavra razão
Razões e razão
A palavra razão pode ter vários significados, depende do contexto em que elas se encontram.
Pascal disse: “o coração tem razões que a razão desconhece”. Nessa frase e em tantas outras que usamos diariamente razão e razões tem significados diferentes.
Razões: motivos do coração, razão: consciência moral e intelectual. A frase traduzida seria essa:
“O coração tem motivos que a nossa mente desconhece” 
“se alguém perde a razão é porque está sendo arrastado pelas razões do coração. Se alguém recupera a razão é porque o conhecimento intelectual e a consciência moral se tornaram mais fortes do que as paixões.)
Consciência moral
Nós consideramos a razão como a consciência moral que observa as paixões, orienta a vontade e oferece finalidades éticas para a ação. A razão designa a ordenação necessária das próprias coisas.
razão objetiva: a realidade é racional em si mesma, é a afirmação de que o objeto do conhecimento ou a realidade é racional
razão subjetiva: é uma capacidade intelectual e moral dos seres humanos , é a afirmação de que o sujeito do conhecimento e da ação é racional. 
Para muitos filósofos a filosofia é o encontro desses tipos de razões.
Origem da palavra razão
A razão é uma maneira de organizar a realidade pela qual esta se torna compreensível, é também a confiança de que podemos ordenar e organizar as coisas porque são organizáveis, compreensíveis, organizadas, são racionais e estão conectadas e interligadas.
A razão foi considerada oposta a 4 outras atividades mentais:
ao conhecimento ilusório: mera aparência das coisas./ às emoções, sentimentos e paixões./á crença religiosa: pois é baseada pela fé./ ao êxtase místico(santos e profetas) : o espírito acredita entrar em relação direta com o ser divino havendo um rompimento da consciência temporária.
Os princípios racionais 
O conhecimento racional obedece a certas regras ou leis fundamentais que respeitamos, nós respeitamos porque somos seres racionais e porque garantem que a realidade é racional.
..Princípio da identidade: A é A, O que é, é!.. é a condição do pensamento, sem ela não podemos pensar. Ele determina o que são as coisas e podemos conhecê-las com base em sua definição(ex: se dou a definição do triangulo como uma figura de três lados com três ângulos cujo a soma desses ângulos é igual a 180º, nenhuma outra figura poderá ser chamada de triangulo)
..Princípio da não contradição:Também chamado de princípio da contradição, nada pode ser ao mesmo tempo uma coisa e outra. Afirma impossível que o triângulo seja e não seja ao mesmo tempo um triângulo, o vermelho seja ou não seja ao mesmo tempo vermelho. Obs.: existem coisas que ao longo do tempo podem se modificar e se tornar até mesmo o oposto do que era antes,a contradição existe para a afirmação e negação simultânea, mas não para uma afirmação que poderá ser negada num outro tempo.(o vermelho pode ter vários tons de vermelho e o triângulo pode ser alterado , a palavra criança pode ter significados diferentes ...explico na aula.)
..Princípio do terceiro excluído: Ou A é x ou A é y, não há uma terceira possibilidade. As duas opções são possíveis e a solução exige que apenas uma delas seja verdadeira.(ou faremos guerra ou paz ou isto ou aquilo, ou certo ou errado).
..Princípio da razão suficiente: Afirma que tudo o que existe tem uma razão(motivo) pela qual existe, pela qual acontece e que tal motivo pode ser conhecido pela nossa razão. Princípio da causalidade: para tudo que existe há uma causa.(isso não significa que a razão não admita o acaso ou acidentes, mas sim que mesmos nos acasos e acidentes ela procura uma causa.)
Cap. 8 a atividade racional e suas modalidades:
A filosofia distingue duas grandes modalidades da atividade racional, realizadas pela razão subjetiva ou pelo sujeito do conhecimento: a intuição( razão intuitiva) e o raciocínio( razão discursiva)
a atividade racional discursiva passa por etapas sucessivas de aproximação para chegar ao conceito ou à definição do objeto. Já a razão intuitiva consiste num único ato do espírito que de uma só vez capta por inteiro e completamente o objeto, é uma visão direta e imediata do objeto do conhecimento, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber se o conhece.
A Intuição
É o momento em que temos uma compreensão total, direta e imediate de alguma coisa, ou o momento em que percebemos, num só lance um caminho para a solução de um problema por exemplo a intuição pode depender de conhecimentos anteriores e que ela ocorre no momento em que esses conhecimentos são percebidos de uma só vez, numa síntese em que aparecem articulados e organizados num todo. A intuição pode ser o momento final de um processo de conhecimento, mas também pode ser o começo de um novo percurso de conhecimento onde no final haverá outra intuição.
A intuição racional pode ser de dois tipos: intuição sensível(empírica) = É o conhecimento direto e imediato das qualidades do objeto externo chamadas de qualidades sensíveis: cor, sabor, odor, paladar, som, textura, formas,dimensões, lembranças, desejos, sentimentos e imagens. É psicológica, isto é, refere-se aos estados do sujeito do conhecimento. Varia de pessoa para pessoa ou numa mesma pessoa em decorrência de variações em seu corpo, sua mente, ou nas circunstâncias em que o conhecimento ocorre. É o conhecimento que temos a todo momento de nossa vida, com um só olhar ou em um só ato de visão percebemos uma casa, uma flor.. ou intuição intelectual= é o conhecimento direto e imediato dos princípios da razão(identidade, contradição, terceiro excluído, razão suficiente). Afirmo as coisas sem necessidades de provas ou demonstrações. Difere da intelectual pela universalidade e necessidade(darei exemplos durante a aula para melhor compreensão.. mito da caverna/�gpenso, logo existo�h)
obs.: fenomenologia = intuição emotiva ou valorativa(atribui valor para as coisas, boa, má, bela, feia..)
A razão discursiva: dedução, indução e abdução
A intuição pode ser um final em um processo de conhecimento ou um início para um novo ponto de partida de um processo cognitivo. O processo de conhecimento constitui a razão discursiva ou o raciocínio. O raciocínio é o conhecimento que exige provas e demonstrações. (exemplo do caçador, e do detetive, explicarei na aula.) 
dedução=parte de uma verdade conhecida e que funciona como princípio geral ao qual se subordinam todos os casos que serão demonstrados a partir dela.
indução=partimos de casos particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a teria geral que explica e subordina todos esses casos.
abdução=é a busca de uma conclusão pela interpretação racional de sinais, de indícios, de signos.
importante!!! dedução/indução/abdução = explico melhor na aula!!!! 
Realismo ou idealismo 
Realismo = posição filosófica que afirma a existência da razão objetiva. É a realidade externa, si mesma, sem interpretação. Idealismo = afirma apenas a existência na razão subjetiva. É o que pensamos sobre a realidade, nossa avaliação sobre ela. Embora a realidade externa exista em si e por si mesma, só podemos conhecê-la tal como nossas ideias a formulam e a organizam, e não como ela seria em si mesma.
cap. 9 razão inata ou adquirida
inatismo ou empirismo?
O inatismo afirma que ao nascermos trazemos em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. O empirismo ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, é adquirida por nós pela experiência. 
Inatismo platônico
Platão afirma que o estudo e aprendizagem da filosofia nos faria lembrar de nossas ideias inatas. Platão disse; "Conhecer é recordar a verdade que já existe em nós". Por isso, Sócrates fazia perguntas, pois, através delas, as pessoas poderiam lembrar-se da verdade e do uso da razão. Já nasciam comas pessoas. (ex: Mito de Er, Mênon – Platão desenvolveu a teoria da reminiscência: nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, e a filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas ideias!!!¨**¨ ).
Inatismo cartesiano.
Descartes mostra que nosso espírito possui três tipos de ideias que se diferenciam segundo sua origem e qualidade: ideias adventícias- (vindas de fora) se originam de nossas percepções, lembranças, sensações, ideias das qualidades sensoriais,(cor, sabor, etc).(exemplo do sol explico na aula)/ ideias fictícias- são as que criamos em nossas fantasias e imaginação, nunca são verdadeiras, são criadas por nossa mente com base de ideias que estão armazenadas em nossa memória, (ex: fadas, duendes, etc.)/ e ideias inatas- não podem vir de nossa experiência sensorial nem poderiam vir de fantasias, exemplo: ideia do infinito(inata), pois não temos nenhuma experiência sensorial da infinitude. Ideias inatas são racionais e já nascemos com elas.
O empirismo
Contrário ao inatismo, o empirismo afirma que a razão a verdade e as ideias racionais são adquiridas por nós pela experiência. Antes da experiência nossa razão é como uma folha em branco, sem registros. Nossos conhecimentos são adquiridos pela seguinte ordem: começam pela experiência dos sentidos(sensações) → percepção → ideias → pensamentos. (concluindo o processo de adquirir conhecimentos na razão). (O processo detalhadamente explico na aula!)
A solução Kantiana no século XVIII
Kant descorda dos inatistas e empiristas, para Kant eles estavam errados pois os filósofos buscavam um centro que não é verdadeiro(revolução copernicana), o engano deles era considerar que o conhecimento se inicia tendo como ponto de partida a realidade. Qual o engano dos inatistas? Supor que os conteúdos do conhecimento são inatos, quando o que é inato é a estrutura da razão. Qual o engano dos empiristas? Supor que a estrutura da razão é adquirida por experiência, enquanto que a experiência não é a causa das ideias, mas a ocasião para que a razão, recebendo o conteúdo, formule as ideias. Porém sua tese se basei na junção de partes dos dois. Kant disse que a razão é inata porém os conhecimentos são empíricos, ou seja, são adquiridos ao longo do tempo. Crítica da razão pura: Kant diz que devemos “admitir que os objetos devem regular-se pelo nosso conhecimento”. Para Kant, os objetos é que se adaptam ao conhecimento, e não o conhecimento aos objetos. Ou seja, comecemos colocando no centro a própria razão .
. A priori: anterior à experiência ( no caso, a razão ).
. A posteriori: posterior à experiência( no caso, os conhecimentos adquiridos )
Obs.: Kant ainda admitia a existência de uma realidade exterior à razão e inalcançável pela razão.
Estrutura vazia
A razão é uma estrutura vazia , uma forma pura sem conteúdos, onde colocamos nossos conhecimentos adquiridos. A razão é inata, essa estrutura vazia é inata, é a priori, ou seja, não é adquirida pela experiência, ela já existe. A razão é constituída por três razões a priori: 1) estrutura da sensibilidade, ou seja, percepção sensível e sensorial. 2) A estrutura do entendimento, do intelecto ou da inteligência. 3)A estrutura da razão propriamente dita, quando não está relacionada com com a sensibilidade e nem os conteúdos da inteligência, mas apenas consigo mesma. 
A resposta de Hegel
 Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o Kantismo. Hegel afirma que todos eles não se preocuparam com o que realmente importa, e com o que é fundamental: “ a razão é histórica”. O que Hegel está dizendo é que a mudança, a transformação da razão e de seus conteúdos é obra racional da própria razão. Assim, a razão é criadora da realidade, isto é, o real é a obra histórica da razão. A razão é o conhecido da harmonia entre as coisas e as ideias. Assim, a razão é criadora da realidade, isto é, o real é a obra histórica da razão.

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