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Resumo cap. 10

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Resumo filosofia. Al. 1204 Lanzellotti
Cap. 10: A razão na filosofia contemporânea
A razão na fenomenologia de Husserl
Edmund Husserl criou a fenomenologia. A discussão do dilema entre o inatismo e o empirismo é retomada por Hurssel a partir das discussões sobre os fundamentos da lógica e da matemática e prossegue quando o filósofo procura determinar as condições a priori de possibilidade da filosofia como ciência rigorosa. Hegel dissera que a fenomenologia é a narrativa das experiências da consciência na história. Husserl diz que a fenomenologia é a descrição das experiências da consciência como atividade de conhecimento.
O que chamamos de "mundo" ou "realidade", diz Husserl, não é um conjunto de coisas e pessoas, animais, vegetais e minerais existentes em si mesmos e que nossas ideias representam ao transformá-los em objetos do conhecimento. O mundo ou realidade é um conjunto de significações ou de sentidos que são produzidos pela consciência ou pela razão. A razão é “doadora de sentido” e ela constitui a realidade não enquanto existência dos seres, mas enquanto sistema de significações que dependem da estrutura da própria consciência. As significações ou essências são o conteúdo que a própria razão oferece a si mesma para doar sentido, pois a razão transcendental é doadora de sentido, e o sentido é a única realidade existente para a razão.
Razão e sociedade
Diferente da fenomenologia, outros filósofos, como os que criaram a chamada Escola de Frankfurt ou Teoria Crítica, adotam a solução hegeliana, mas como uma modificação fundamental. Os principais filósofos da Escola de Frankfurt eram: Theodor Adorno, Hebert Marcuse, Max Horkheimer e Walter Beinjamim. Para esses filósofos o engano de Hegel está, em primeiro lugar, na suposição de que a razão seja uma força histórica autônoma( isto é, não condicionada pela situação material ou econômica, social e política de uma época), e, em segundo lugar, na suposição de que a razão é a força histórica que cria a própria sociedade,a política, a cultura. Para esses filósofos, Hegel está correto quando afirma que as mudanças históricas ocorrem pelos conflitos e contradições, mas está enganado ao supor que tais conflitos se dão entre diferentes formas da razão, pois eles se dão como conflitos e contradições sociais e políticas, modificando a própria razão. Os filósofos da Teoria Crítica consideram que existem, na verdade, duas modalidades da razão: a razão instrumental ou razão técnico-científica, que está a serviço da exploração e da dominação, da opressão e da violência, e a razão crítica ou filosófica, que reflete sobre as contradições e os conflitos sociais e políticos e se apresenta como uma força liberadora.
Razão e descontinuidade temporal 
Nos anos 60, desenvolveu-se, sobretudo na França, uma corrente científica (iniciado na linguística e na antropologia social) chamada estruturalismo. Para os estruturalistas, o mais importante não é a mudança ou a transformação de uma realidade (de uma língua, de uma sociedade indígena, de uma teoria científica), mas a estrutura ou a forma que ela tem no presente. 
O Estruturalismo científico desconsidera a posição filosófica de tipo hegeliano, tendo maior afinidade com a posição kantiana.
 Influenciados pelo estruturalismo, vários filósofos franceses, como Michel Foucault, Jacques Derrida e Giles Delleuze, estudando a história da Filosofia, das ciências, da sociedade, das artes e das técnicas, disseram que, sem dúvida, a razão é histórica - isto é, muda temporalmente - mas essa história não é cumulativa, evolutiva, progressiva e contínua. Pelo contrário, é descontínua, se realiza por saltos e cada estrutura nova da razão possui um sentido próprio, válido apenas para ela.
Dizem eles que uma teoria (filosófica ou científica) ou uma prática (ética, política, artísitca), são novas justamente quando rompem as concepções anterores e as substituem por outras completamente diferentes. assim, por exemplo, a teoria elaborada por Eistein, não é uma continuação evoluída e melhorada da física clássica, formulada por Galileu e Newton, mas é uma outra física, com conceitos, princípios e procedimentos completamente novos e diferentes. Temos duas físicas diferentes, cada qual com seu sentido e seu valor próprios. Não há como dizer que as teorias passadas são falsas, erradas ou atrasadas: elas simplesmente são diferentes das atuais porque se baseiam em princípios, interpretações e coceitos novos.
Paradigmas
Uma concepção semelhante foi desenvolvida pelo norte-americano Thomas Kuhn, para mostrar que as ciências não se desenvolvem num processo contínuo e cumulativo, e sim por saltos ou revoluções. Essas revoluções acontecem quando uma teoria científica entra em crise e acaba sendo eliminada por outra, organizada de maneira diferente. A cada época, as teorias científias instituem métodos e definições de seus objetos, constituindo matrizes de investigação e de pensamento que Kuhn denomina de paradigmas. Paradigmas: é quando se tem uma ideia, conceito que está em vigor e uma coisa nova surge quebrando um método, definição vigente no momento (linguagem informal). Para Kuhn: um paradigma é composto de hipóteses, leis, procedimentos metodológicos e técnicas de pesquisa e de aplicação dos conhecimentos, que definem as normas e regras do que deve ser pesquisado e conhecido.

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