Buscar

Apostila de Organização & Métodos I.pdf

Prévia do material em texto

1 
 
 
UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
DISCIPLINA: O&M I 
PROFESSOR: FABIO SIQUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização & Métodos I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1. A ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 
Segundo Maximiano (1992) "uma organização é uma combinação de esforços individuais 
que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se 
possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma 
grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um 
hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações." Uma organização é formada 
pela soma de pessoas, máquinas, recursos, financeiros e outros. 
 
OUTRAS DEFINIÇÕES 
A organização da empresa também pode ser definida como a ordenação e agrupamento de 
atividades e recursos, visando o alcance dos objetivos e resultados estabelecidos. 
 
A estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, 
comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. 
 
O termo ORGANIZAÇÃO freqüentemente tem sido empregado como sinônimo e arrumação, 
ordenação, eficiência. O dicionário prático da Língua Portuguesa define organização “Ato ou 
efeito de organizar”. 
 
A ORGANIZAÇÃO deve ser entendida como o quadro estrutural de cargos definidos por 
(respectivos títulos, responsabilidades, relações formais, nível de autoridades, atribuições 
básicas e aspectos culturais). A função básica de organização, é o estudo da estrutura 
organizacional da empresa, para que esta seja bem definida e possa atender as 
necessidades e os objetivos estabelecidos de forma integrada com a organização informal e 
as estratégias estabelecidas na empresa. 
 
A Estrutura Formal: É definida na empresa com todas as formalidades e padrões vigentes. 
Ela é feita por: manuais de procedimentos ou organização, comunicados, instruções, forma 
gráfica (organograma), forma descritiva (descrição dos cargos). 
 
A Estrutura informal: Organizações são conjuntos de pessoas e recursos que trabalham 
juntos para se alcançar um objetivo comum. Chinelato (2004, p.3) afirma que elas não são 
estáticas, uma vez que são formadas por pessoas. Elas também possuem duas realidades: 
a interna e a externa. Para sobreviver, as organizações precisam se readaptar 
continuamente. Trabalhar em grupo pode ajudar a multiplicar idéias e para alcançarmos 
resultados, precisamos da autuação simultânea de forças – sinergia – e para que ocorra o 
sucesso é preciso dos seguintes pontos (Chinelato, 2004, p.4): 
 
O objetivo do trabalho em equipe; 
A associação, reunião de pessoas que partilhem os mesmos interesses; 
A auto-imagem (motivações pessoais); 
3 
 
 
A circunstância e o clima psicológico (ambiente propícios para realização do trabalho). 
 
Para que este trabalho dê certo é preciso disseminar a idéia de que: 
 
 Sozinhos somos incompetentes; 
 Quando questionados, enriquecemo-nos; 
 Quanto mais sabemos, mais amplo é nosso horizonte do não-saber; 
 As vezes é necessário retroagir para avaliar e corrigir rumos; 
 
Os funcionários pertencem à vida informal das empresas, deste relacionamento do 
cotidiano, surgem: 
 
 entendimentos extra-estruturais, 
 desentendimentos, 
 lideranças naturais, 
 amizades e ações prejudiciais ou benéficas à empresa. 
 
RESUMINDO 
 
A estrutura informal é a rede de relações sociais que não é estabelecida ou requerida pela 
estrutura formal. Surge da interação social das pessoas. Surge da interação social de 
pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se 
reúnem entre si. Portanto, apresenta relações que usualmente não aparecem no 
organograma. 
 
CONCEITOS DA FUNÇÃO DE O&M 
O conceito de organização dentro do campo administrativo é de gerir capital, recursos 
humanos, equipamentos e processos com o objetivo de se atingir um determinado 
resultado. 
 
A Organização no sentido sistêmico ou no sentido puro da atividade de OSM é vista como o 
desenvolvimento ou adequação dos sistemas funcionais da Empresa, de forma a capacitá-la 
ao desenvolvimento de suas atividades dentro dos conceitos de produtividade. 
 
Quanto ao Método, de forma mais prática, seria traduzido como a forma de executar os 
referidos sistemas com o menor dispêndio de energia e maior eficácia do executante. 
 
EVOLUÇÃO DA FUNÇÃO: história, relacionamento sistêmico. 
Dentro dos princípios da Escola Clássica de Administração, o pioneirismo ditava o 
desenvolvimento dos métodos de trabalho a serem cumpridos rigidamente por seus 
4 
 
 
executores, dando ênfase, exclusivamente, à forma de se fazer o trabalho e à forma final do 
produto. 
 
A função da área de OSM era voltada para o desenvolvimento de um sistema "entre quatro 
paredes" para as várias unidades organizacionais da Empresa, às quais cabia a 
implantação. 
 
A prática mostrou inviável esta forma de atuação uma vez que: 
 
 não havia comprometimento das unidades com o sistema implantado; 
 o sistema era imposto "de cima para baixo" e, não raras vezes, deixado de lado 
depois de algum tempo; 
 os empregados não se sentiam parte integrante da Empresa, uma vez que não eram 
ouvidos no desenvolvimento de sistemas que afetavam diretamente suas atividades; 
 depois de implantado, verificava-se que o sistema não atendia ao usuário, cuja visão 
e conhecimento específico não eram levados em consideração; 
 choque de poder entre as unidades, com a área de OSM sendo vista como impostora. 
 
Na atualidade, analisa-se o homem como peça fundamental do processo, estuda-se o 
comportamento das funções e o comportamento do indivíduo. 
 
Assim, as normas ou métodos de trabalho deixam de ser trilhos rígidos e passam a ser 
trilhas orientadoras. Abre-se espaço para a criatividade e para as metas desafiadoras, 
jogando-se com estes mecanismos motivacionais para o atingimento dos propósitos da 
Organização, aliado ao desenvolvimento pessoal e profissional dos empregados. 
 
Atualmente é considerado o ideal que os sistemas sejam desenvolvidos "pelas" várias 
unidades organizacionais usuárias, sob a atuação efetiva do princípio sistêmico da área de 
Sistemas, Organização e Métodos. 
 
Esta filosofia de atuação propicia, entre outros aspectos: 
 
 melhor entrosamento entre as unidades organizacionais usuárias de um sistema; 
 maior qualidade do sistema, pois os próprios usuários estarão atuando; 
 maior facilidade de implementação; 
 menor nível de resistência à aceitação do sistema, pois os usuários o conhecem 
desde o início do desenvolvimento; 
 maior nível de conhecimento e treinamento automático dos usuários do sistema; 
 menor custo no desenvolvimento e implementação do sistema. 
 
5 
 
 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistema, Organização e 
Métodos – Uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 1998. Capítulo 3 – Estrutura 
Organizacional. 
 
RESUMO: São apresentados os aspectos básicos de delineamento, implementação e 
avaliação da estrutura organizacional nas empresas, considerando seus componentes, 
condicionantes, níveis de influencia e níveis de abrangência. O analista de sistemas, 
organização e métodos deve ter consciência de que a estrutura organizacional é básica para 
o desenvolvimento de todos os seus outros trabalhos. 
 
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
A estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivose estratégias 
estabelecidos, ou seja, a estrutura organizacional é uma ferramenta básica para alcançar as 
situações almejadas pela empresa. 
Antes de se definir estrutura organizacional é necessário conceituar a função 
organização, pois a estrutura organizacional é o instrumento básico para concretização do 
processo organizacional. 
 
Organização da empresa é a ordenação e agrupamento de atividades e recursos, 
visando ao alcance dos objetivos e resultados estabelecidos. 
 
Para a adequada organização de uma empresa, pode-se considerar o desenvolvimento 
de alguns aspectos, principalmente os seguintes: 
• a estrutura organizacional, representando a organização (letra "O" da atividade de O&M); e 
• as rotinas e procedimentos administrativos, representando os métodos (letra "M" da 
atividade de O&M). 
Salienta-se que, além de organização da empresa, o Gestor tem três outras funções 
básicas: 
• o planejamento da empresa, que representa o estabelecimento de objetivos e resultados 
esperados e dos meios mais adequados para se alcançar este estado futuro desejado; 
• a direção da empresa, que representa a orientação e/ou coordenação e/ou motivação 
e/ou liderança das atividades e recursos visando a alcançar os objetivos e resultados 
esperados; e 
• o controle da empresa, que representa o acompanhamento, o controle e a avaliação dos 
resultados apresentados em relação aos objetivos e resultados esperados. 
As funções de administração são apresentadas, de forma interligada, na Figura 1. 
 
6 
 
 
 
Figura 1: As funções de administração. 
 
Na realidade, podem-se considerar as mudanças planejadas na estrutura 
organizacional como um dos meios mais eficazes para melhorar o desempenho do sistema 
empresarial. Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela 
propicia para a empresa alguns aspectos: 
• identificação das tarefas necessárias; 
• a organização das funções e responsabilidades; 
• informações, recursos e feedback aos empregados; 
• medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; e 
• condições motivadoras. 
 
ESTRUTURA FORMAL E ESTRUTURA INFORMAL 
Qualquer empresa possui dois tipos de estrutura: a formal e a informal. 
Estrutura formal, objeto de grande parte de estudo das organizações empresariais, é 
aquela deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns de seus 
aspectos, pelo organograma. 
A estrutura informal não é planejada e surge naturalmente da interação social dos 
membros de uma empresa. 
A seguir são apresentados os aspectos principais da estrutura informal e da estrutura 
formal. 
 
Estrutura Informal 
Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não e estabelecida ou 
requerida pela estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que 
se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem entre si. Portanto, 
apresenta relações que usualmente não aparecem no organograma. 
A abordagem na estrutura informal está nas pessoas e em suas relações, enquanto a 
estrutura formal dá ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades. 
7 
 
 
Os executivos gostariam de ter um controle maior sobre a estrutura informal, pois isto 
tornaria seu trabalho mais simples e envolveria menos preocupação. Do ponto de vista 
deles, a estrutura informal é um empecilho que regularmente oferece resistência às ordens 
formais, ou as altera, ou ainda as cumpre por um procedimento diferente do desejado. 
Independentemente de quão útil ou prejudicial ela é, o executivo logo percebe que a 
primeira característica da estrutura informal é não poder ser extinta. Enquanto houver 
pessoas nas empresas, haverá grupos informais. 
Autoridade informal vem daqueles que são objeto do seu controle, enquanto a 
autoridade formal vem dos de fora, que são 05 superiores, antes do que das pessoas que 
são controladas por ela. Em contraste com o fluxo descendente da autoridade formal, a 
autoridade informal flui, no mais das vezes, ascendente ou horizontalmente. É mais um 
privilégio do que um direito. E geralmente mais instável do que a autoridade formal, pois 
está sujeita aos sentimentos pessoais. Devido à sua natureza subjetiva, a estrutura informal 
não está sujeita ao controle da direção, como o está a estrutura formal. 
Como resultado das diferenças entre as duas formas de autoridade, a estrutura formal 
pode crescer a um tamanho imenso, mas as estruturas informais, pelo menos as mais 
consolidadas, tendem a ficar menores a fim de permanecer dentro dos limites das relações 
pessoais. Há, entretanto, muitas estruturas informais dentro de uma grande empresa. Elas 
existem em todos os níveis. Algumas estão inteiramente dentro da empresa; outras são 
parcialmente externas à empresa. 
Os líderes de grupos informais surgem por várias causas. Algumas dessas causas são: 
idade, antiguidade, competência técnica, localização no trabalho, liberdade de se mover na 
área de trabalho e uma agradável e comunicativa personalidade. Na realidade, as causas 
são tão numerosas quanto às situações, porque cada líder surge sob circunstâncias 
basicamente diferentes. Embora cada pessoa em um grupo de trabalho possa ser líder de 
alguma pequena estrutura informal, há geralmente um líder primário que está acima dos 
outros. Sua influência é predominante. Cada executivo deve saber quem é o líder informal 
de seus subordinados e trabalhar com essa pessoa a fim de assegurar que essa liderança 
esteja acompanhando os objetivos da empresa em vez de antagonizá-los. 
A estrutura informal é um bom lugar para líderes formais se desenvolverem, mas deve-
se lembrar que nem sempre um líder informal se constitui no melhor dirigente formal. 
Alguns líderes informais falham como líderes formais porque temem a responsabilidade 
formal, algo que eles não têm como líderes informais. 
Os grupos informais surgem e persistem porque eles satisfazem os desejos de seus 
membros. Estes desejos são determinados pelos próprios membros do grupo. Um desejo 
que parece ser sentido por todos os grupos é a necessidade de perpetuar sua cultura e isto 
é uma importante função de toda estrutura informal. Uma segunda função do grupo 
informal é a comunicação. A fim de satisfazer seus desejos e conservar os seus membros 
informados do que está havendo que possa afetar a satisfação dos desejos, o grupo 
desenvolve sistemas e canais de comunicação. 
8 
 
 
Uma terceira função é o controle social pelo qual o comportamento dos outros é 
influenciado e regulado. O controle social é interno e externo. O controle interno é dirigido no 
sentido de fazer os membros do grupo surgirem de conformidade com sua cultura, enquanto 
o controle externo é dirigido para os que estão fora do grupo, tais como o governo, o 
sindicato ou alguns grupos informais. O executivo deve saber que a pressão do controle 
externo pode ser bastante forte, tal como quando uma greve ocorre. 
Algumas vezes, a estrutura informal é considerada como uma força negativa do grupo 
de trabalho, mas isto não necessariamente ocorre. Se seus interesses e objetivos estão 
integrados com os da empresa, então trabalhará pelos objetivos da referida empresa, em 
vez de contra eles. A grande responsabilidade do executivo é fazer todo o possível para 
efetuar esta integração, pois assim os dois grupos se harmonizarão em vez de se 
antagonizarem. Isto é gestão efetiva e seu resultado global corresponde a uma situação em 
que a estrutura informal ajuda a completar o trabalho. O ideal é haver perfeita interação 
entre as estruturas formal e informal. 
O executivo, a fim de manter controle, deve ser cauteloso no sentido de conservar a 
estrutura informal secundária à estruturaformal. Tem havido argumentos de que, quando a 
estrutura formal é incompetente, uma dominante estrutura informal é necessária e 
desejável a fim de manter o grupo trabalhando efetivamente. A afirmação "nesta empresa 
trabalhamos bem, a despeito do chefe" ou "em vez de, por causa dele", é descritiva de 
situações reais. Mas o executivo não deve considerar isto normalmente válido, porque a 
liderança informal não conservará para sempre o grupo num curso em direção aos objetivos 
formais da empresa. 
Analisando as principais vantagens da estrutura informal, podem-se relacionar as 
seguintes: 
• proporciona maior rapidez no processo; 
• reduz distorções existentes na estrutura formal; 
• complementa a estrutura formal; 
• reduz a carga de comunicação dos chefes; e 
• motiva e integra as pessoas da empresa. 
As principais desvantagens da estrutura informal são: 
• desconhecimento das chefias; 
• dificuldade de controle; e 
• possibilidade de atritos entre as pessoas. 
De maneira resumida, podem-se considerar alguns fatores que condicionam 
aparecimento dos chamados grupos informais: 
• os interesses comuns que se desenvolvem em certo número de pessoas e que, através 
deles, passa a sintonizar-se mais intimamente; 
• a interação provocada pela própria estrutura formal; 
• os defeitos na estrutura formal; 
• a flutuação do pessoal dentro da empresa, a qual provoca, normalmente, a alteração dos 
grupos sociais informais; 
9 
 
 
• os períodos de lazer; e 
• a disputa do poder. 
O conhecimento desses fatores facilitadores do surgimento de grupos informais 
possibilita ao executivo maior controle sobre a situação. 
Por outro lado, a estrutura informal será bastante desenvolvida e bem utilizada, 
quando: 
• os objetivos da empresa forem idênticos aos objetivos dos indivíduos; e 
• existir habilidade das pessoas em lidar com a estrutura informal. 
Pode-se afirmar que o executivo inteligente e esperto é o que sabe utilizar a estrutura 
informal da empresa. 
 
Estrutura Formal 
A estrutura formal é representada pelo organograma da empresa e seus aspectos 
básicos são os apresentados no item 2.2.2 do presente capítulo, quando da análise dos 
componentes, condicionantes, e níveis de influência da estrutura organizacional. 
Neste ponto cabe uma pergunta sobre o que é ideal: a estrutura deve adaptar-se ao 
indivíduo ou o indivíduo à estrutura? Acredita-se que o ideal é não estar em nenhum 
extremo, pois somente dessa forma a estrutura organizacional estará ajudando o executivo 
no processo administrativo. 
 
ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
A partir deste momento consideram-se os aspectos inerentes ao desenvolvimento e 
implantação de uma estrutura organizacional. 
Estrutura Organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, 
comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. 
Delineamento da estrutura é a atividade que tem por objetivo criar uma estrutura para 
uma empresa ou então aprimorar a existente. 
Naturalmente, a estrutura organizacional não é estática, o que poderia ser deduzido a 
partir de um estudo simples de sua representação gráfica: o organograma. A estrutura 
organizacional é bastante dinâmica, principalmente quando são considerados os seus 
aspectos informais provenientes da caracterização das pessoas que fazem parte de seu 
esquema. 
A estrutura organizacional deve ser delineada, considerando as funções de 
administração como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos. 
Os planejadores que adotam a filosofia da satisfação tentam deixar de lado o problema 
da estrutura organizacional, porque as propostas de mudança estrutural geralmente 
encontram oposição. Os planejadores otimizantes tendem a evitar considerações sobre 
estrutura organizacional, exceto quando ela dificulta a otimização das operações. O 
planejador que adota a filosofia da adaptação, entretanto, vê as mudanças na estrutura 
organizacional como um dos seus meios mais eficazes de melhorar o desempenho do 
sistema. 
10 
 
 
O planejamento organizacional deveria estar voltado para os seguintes objetivos: 
a) identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser desempenhadas; 
b) agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desempenhadas e atribuir sua 
responsabilidade a pessoas ou grupos, isto é, organizar funções e responsabilidades; e 
c) proporcionar aos empregados de todos os níveis: 
• informação e outros recursos necessários para trabalhar de maneira tão eficaz quanto 
possível, incluindo feedback sobre o seu desempenho real; 
• medidas de desempenho que sejam compatíveis com os objetivos e metas empresariais; 
e 
• motivação para desempenhar tão bem quanto possível. 
 
Tipos de Estrutura Organizacional 
Na consideração dos tipos de estrutura organizacional deve-se lembrar que estes são 
os resultados da departamentalização (funcional, clientes, produtos, territorial, por projetos, 
matricial etc.). 
 
Metodologia de Desenvolvimento, Implantação e Avaliação da Estrutura Organizacional 
No desenvolvimento de uma estrutura organizacional devem-se considerar os seus 
componentes, condicionantes e níveis de influência. 
Quando de sua implantação (e respectivos ajustes), é muito importante o processo 
participativo de todos os funcionários da empresa, visando a uma maior integração e 
motivação. 
E, finalmente, é necessário avaliar a estrutura organizacional implantada, 
principalmente quanto ao alcance dos objetivos estabelecidos, bem como as influências dos 
aspectos formais e informais na empresa. 
Entre os fatores internos que influenciam a natureza da estrutura organizacional da 
empresa contam-se: 
• a natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa e seus membros; 
• as atividades operantes exigidas para realizar esses objetivos; 
• a seqüência de passos necessária para proporcionar os bens ou serviços que os membros 
e clientes desejam ou necessitam; 
• as funções administrativas a desempenhar; 
• as limitações da habilidade de cada pessoa na empresa, além das limitações 
tecnológicas: 
• as necessidades sociais dos membros da empresa; e 
• o tamanho da empresa. 
Os elementos e as mudanças no ambiente externo que são também forças poderosas 
que dão forma à natureza das relações externas. 
Mas para o estabelecimento de uma estrutura organizacional, considera-se como mais 
adequada a análise de seus componentes, condicionantes e níveis de influência, conforme 
apresentado a seguir. 
11 
 
 
Com vistas no delineamento da estrutura organizacional, os seus componentes, 
condicionantes e níveis de influência que podem ser assim resumidos: 
 
A - Componentes da estrutura organizacional 
São três os componentes da estrutura organizacional: 
 
• Sistema de responsabilidade (resultado da alocação de atividades), constituído por: 
- departamentalização; 
- linha e assessoria; e 
- especialização do trabalho. 
 
• Sistema de autoridade (resultado da distribuição do poder), constituído por: 
- amplitude administrativa e níveis hierárquicos; 
- delegação; e 
- descentralização/centralização. 
 
• Sistema de comunicações (resultado da interação entre as unidades organizacionais), 
constituído por: 
- o que, como, quando, de quem e para quem comunicar. 
 
Pode-se considerar mais um sistema componente da estrutura organizacional: o 
sistema de decisão (o resultado da ação sobre as informações). 
Este aspecto está relacionado a três análises para se determinar a estrutura 
organizacional necessária: 
• análise das atividades; 
• análise das decisões; e 
• análise das relações. 
 
B - Condicionantes da estrutura organizacional• objetivos e estratégias; 
• ambiente; 
• tecnologia; e 
• recursos humanos. 
 
C - Níveis de influência da estrutura organizacional 
São três, a saber: 
• nível estratégico; 
• nível tático; e 
• nível operacional. 
 
 
12 
 
 
D - Níveis de abrangência da estrutura organizacional 
Podem ser considerados três níveis de abrangência quando do desenvolvimento e 
implementação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: 
• nível da empresa; 
• nível da UEN - unidade estratégica de negócio; e 
• nível da corporação. 
Esta situação dos componentes, condicionantes, níveis de influência e níveis de 
abrangência da estrutura organizacional pode ser visualizada na Figura 3.2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE COMPONENTES, CONDICIONANTES, NÍVEIS DE 
INFLUÊNCIA E NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
A seguir são apresentados os aspectos básicos sobre os componentes, os 
condicionantes, os níveis de influência e os níveis de abrangência da estrutura 
organizacional nas empresas. 
13 
 
 
 
COMPONENTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
A seguir são apresentados alguns aspectos básicos de cada um dos componentes da 
estrutura organizacional. 
 
Sistema de Responsabilidade 
Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa 
para outrem . 
O sistema de responsabilidade refere-se à alocação das atividades inerentes a esta 
obrigação . 
Portanto, quando um subordinado assume determinada obrigação, deve prestar 
contas à pessoa que lhe atribuiu a responsabilidade. 
A quantidade de responsabilidade pela qual o subordinado terá de prestar contas 
determina a quantidade de autoridade delegada. Outro aspecto é que permanece na 
responsabilidade a obrigação do indivíduo a quem ela foi atribuída, ou seja, a 
responsabilidade não se delega. 
Os aspectos básicos do sistema de responsabilidade são: 
a) Departamentalização: 
b) Linha e assessoria: 
c) Atribuições das unidades organizacionais: 
 
Sistema de Autoridade 
Autoridade é o direito para fazer alguma coisa. Ela pôde ser o direito de tomar 
decisões, de dar ordens e requerer obediência, ou simplesmente o direito de desempenhar 
um trabalho que foi designado. A autoridade pode ser formal ou informal. 
O aspecto dos limites de autoridade pode ser entendido através da Figura 3.3. 
 
Observa-se que, ao se descer do nível hierárquico mais alto para o nível hierárquico 
mais baixo, a amplitude de autoridade vai diminuindo até chegar ao limite mínimo. 
A autoridade formal representa a delegada pelo superior hierárquico imediato. 
A autoridade informal é uma espécie de "autoridade adquirida" que é desenvolvida por 
meio de relações informais entre as pessoas da empresa, que o fazem voluntariamente e 
14 
 
 
por deferência à sua posição ou status. Na realidade, a autoridade informal serve para 
modificar a autoridade formal na determinação do quanto ela terá de aceitação por parte 
dos vários subordinados nos diferentes níveis hierárquicos. 
Alguns autores concluem que o chefe que é leal aos seus subordinados tem maiores 
possibilidades de estabelecer uma autoridade informal eficaz e, conseqüentemente, maior 
possibilidade de influenciar seus subordinados. 
Fayol distingue a autoridade estatutária da autoridade pessoal. Para o referido autor, 
autoridade estatutária é o direito de comandar e o poder de se fazer obedecer, sendo que a 
autoridade pessoal "se impõe pela inteligência, pelo saber, pelo valor moral, pelo dom de 
comando, pela experiência". Assim, para termos um bom chefe é preciso que ele alie à 
autoridade estatutária a autoridade pessoal. 
Existem dois tipos de exercício de autoridade: 
• o exercício singular de autoridade é aquele em que o poder de se fazer obedecer e o 
direito de comandar são exercidos por um só indivíduo; e 
• o exercício múltiplo de autoridade ocorre quando o poder de se fazer obedecer e o direito 
de comandar são exercidos por um grupo. Nesta hipótese, o poder pertence ao grupo, mas a 
função é dividida entre os membros do grupo. 
Neste último caso, podem-se enquadrar os órgãos de deliberação coletiva, tais como 
os comitês ou comissões. E devem-se enumerar, também, as teorias básicas sobre a origem 
da autoridade: 
• Teoria formal da autoridade: a origem da autoridade na empresa deve obedecer a uma 
hierarquia, assim como a empresa se baseia nas instituições (sociais, políticas, econômicas, 
religiosas) para estabelecer suas normas internas. Essas instituições são mudadas à 
medida que os costumes, tradições e leis do povo mudam. 
• Teoria da aceitação da autoridade: a origem da autoridade é a aceitação das ordens, 
desde que sejam compreendidas e estejam dentro das funções do subordinado. É uma 
teoria discutível, porque na prática o subordinado, pressionado pelo grupo, acabará 
obedecendo à ordem. 
• Teoria da competência: a autoridade pode provir de qualidades pessoais de competência 
técnica. Dentro do grupo de subordinados pode existir um que se sobressaia e acaba 
transformando os outros em subordinados, apesar de não possuir autoridade devida. 
E, finalmente, devem-se considerar os tipos de autoridade, a saber: 
• hierárquica; e 
• funcional. 
A autoridade hierárquica segue as linhas de comando estabelecidas pela estrutura 
hierárquica da empresa. 
Na Figura 3.4, "A" tem autoridade hierárquica sobre "B"e "C". Por outro lado, "B" tem 
autoridade hierárquica sobre "D" e "E". 
15 
 
 
 
A autoridade funcional corresponde à autoridade estabelecida pela função exercida 
pelas unidades organizacionais. 
Na Figura 3.5, a Diretoria de Marketing tem autoridade funcional - na função 
marketing/vendas - sobre o setor de vendas da regional norte. E a Diretoria Financeira tem 
autoridade funcional - na função finanças/caixa - sobre o setor de caixa da referida regional. 
 
 
 
Fica evidente que a autoridade funcional deve ser muito bem estabelecida pela 
empresa, para evitar possíveis problemas de duplicidade de comando. O ideal é a 
autoridade funcional estar correlacionada apenas ao estabelecimento de políticas 
administrativas. 
Os aspectos básicos do sistema de autoridade são: 
a) Delegação: 
b) Descentralização e centralização: 
c) Níveis hierárquicos: 
d) Amplitude de controle: 
 
 
 
16 
 
 
Sistema de Comunicações 
Deve-se verificar até que ponto a forma estrutural atende às necessidades de 
comunicação da empresa. 
Comunicação é o processo mediante o qual uma mensagem é enviada por um 
emissor, através de determinado canal, e entendida por um receptor. 
O sistema de comunicação é a rede por meio da qual fluem as informações que 
permitem o funcionamento da estrutura de forma integrada e eficaz. 
 
No sistema de comunicações deve ser considerado: 
• o que deve ser comunicado? 
• como deve ser comunicado? 
• quando deve ser comunicado? 
• de quem deve vir a informação? 
• para quem deve ir a informação? 
• por que deve ser comunicado? 
• quanto deve ser comunicado? 
A capacidade para exercer influência em uma empresa depende, em parte, da eficácia 
de seus processos de comunicação. Por conseguinte, não é surpreendente a constatação de 
que a influência tem uma relação com o desempenho, comparável à da comunicação. 
Como numa empresa se lida com pessoas, devem-se levar em consideração os 
aspectos de dramaturgia que levam à situação em que as discrepâncias entre aquilo que se 
deve esperar das funções e as necessidades técnicas relacionadas com a conquista dos 
objetivos e metas são geralmenteescondidas ou, pelo menos, dissimuladas com 
estratagemas, artifícios e conduta fingida, que são tão comuns em todas as nossas 
organizações burocráticas. 
E isto leva a uma situação em que a realidade é escondida por meio de conversa fiada 
que pode provocar a transmissão de informações entre pessoas que não estão à altura das 
suas funções. Num caso desse o ruído nas comunicações pode atingir uma situação 
bastante desagradável. Na transmissão de informação, deve-se considerar a interferência 
denominada ruído, que compreende qualquer coisa que se mova no canal que não sejam os 
sinais ou mensagens reais desejados pelo emissor. 
Portanto, neste momento deve-se verificar até que ponto a forma da estrutura 
organizacional atende às necessidades de comunicações na empresa. Para tanto, são 
apresentados alguns aspectos básicos do sistema de comunicações nas empresas. 
 
A - Esquemas de comunicação 
De maneira genérica existem dois tipos diferentes de formação de esquemas de 
comunicação numa empresa. São eles: 
• o formal: é conscientemente planejado, facilitado e controlado. Ele segue a corrente de 
comando numa escala hierárquica; e 
17 
 
 
• o informal: surge espontaneamente na empresa, em reação às necessidades de seus 
membros. 
As relações informais não devem ser combatidas. Mas isto não implica que o formal 
deva ceder ao informal. Dois pontos devem ser salientados: 
• a oposição ao informal não destruirá a informalidade; isto servirá apenas para forçar o 
informalismo a uma posição mais afastada do formalismo; e 
• através do estudo do informal, em que a informalidade existente é eficaz, as lições podem 
ser aplicadas para fortalecer o formal e julgar mais eficientemente o que é e o que não é 
formal. 
Na realidade, a comunicação informal pode ser ruim para a empresa, quando, por 
exemplo, propaga muitos boatos, ou ser boa, quando facilita a ajuda entre os seus 
membros. 
Uma boa estratégia para amortizar os efeitos negativos da comunicação informal é 
cada chefe fazer parte de seu fluxo. E deve-se considerar que a Alta Administração da 
empresa pode aumentar ou diminuir a comunicação informal, com o uso de determinados 
artifícios, entre os quais são citados: 
• alteração de arranjo físico 
• utilização de pequenas salas de reunião ou de café; 
• alteração da estrutura organizacional; e 
• prática de competições esportivas. 
 
B - Fluxos da comunicação 
As comunicações na empresa podem ser realizadas através dos seguintes fluxos: 
• horizontal, realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível 
hierárquico; 
• diagonal ou transversal, realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes; e 
• vertical, realizado entre níveis diferentes, mas de mesma área. 
As principais vantagens da comunicação horizontal e diagonal são; 
• propicia maior rapidez no processo de comunicações; 
• apresenta menor distorção no processo de comunicação entre as pessoas; 
• aproxima pessoas através da comunicação direta; 
• proporciona visão mais integrada da empresa, pois cada indivíduo passa a conhecer de 
maneira mais adequada as várias atividades desenvolvidas e quais são os responsáveis; e 
• evita sobrecarga nas chefias, pois determinados problemas são resolvidos diretamente 
pelas pessoas envolvidas. 
As principais desvantagens da comunicação horizontal e diagonal são: 
• apresenta informação menos confiável; 
• pode reduzir a autoridade da chefia; 
• pode prejudicar o planejamento, a coordenação e o controle porque o chefe tem menos 
informações; e 
• pode provocar conflitos e antagonismos. 
18 
 
 
Em muitas empresas, a comunicação horizontal e diagonal é uma necessidade e não 
deve ser eliminada. Não deve ser estimulada, mas o importante é que seja administrada. 
 
C - Custo da comunicação 
No estudo das comunicações entre pessoas ou unidades organizacionais, deve-se 
levar em consideração o aspecto custo para a empresa, pois a análise da transmissão das 
informações mostra que ela é muito mais custosa do que se poderia pensar, não tanto 
devido às despesas de apoio necessárias, mas principalmente em função do tempo que ela 
absorve e das demoras que acarreta 
Numa empresa há comunicações sobre elementos codificados e não codificados. As 
primeiras referem-se a gráficos, estatísticas, tabelas, ordens de fabricação etc. As segundas 
referem-se à formulação de políticas, planejamento, organização. Uma estrutura eficaz deve 
minimizaras comunicações não codificáveis trocadas entre grupos separados. 
Outro aspecto a ser analisado é referente à "lei" de N.C. Parkinson: todo o trabalho se 
dilata de maneira a ocupar todo o tempo disponível. 
E finalmente, deve-se lembrar o fato de alguns empresários terem a idolatria da 
dimensão. 
Apresentando de maneira resumida o que Parkinson considerou como causas do 
aumento de custos na estrutura organizacional, temos 
• demasiado número de níveis hierárquicos envolvidos na supervisão de atividades 
correntes a curto prazo; 
• demasiado número de estágios na elaboração das decisões; 
• existência de grandes serviços funcionais ou de assessoria; 
• complexidade da estrutura, responsabilidades diluídas, comissões de coordenação etc.; 
• unidades organizacionais sem objetivos mensuráveis, função vaga e qualitativa, chefia 
sem agressividade; 
• unidades organizacionais sem meios completos e autônomos para atingirem seus 
objetivos; e 
• unidades organizacionais que trabalham abaixo da dimensão necessária. 
Um aspecto importante é que normalmente se considera somente as comunicações 
que levam a ações. Neste ponto deve-se verificar que tipo de ação a comunicação está 
provocando. Portanto, é fundamental a administração de comunicação. 
 
D - Subsistema de procedimentos 
Dentro do sistema de comunicações, deve-se considerar também o subsistema de 
procedimentos, que é o resultado da definição das formas pelas quais as atividades são 
desenvolvidas (métodos utilizados) e suas inter-relações (seqüências, dependências e 
tramitações). 
De forma irônica, apresenta-se no Quadro 1 um comunicado interno que pode 
evidenciar a importância de adequado sistema de comunicações. 
 
19 
 
 
Quadro 1: Comunicados Internos sobre o Cometa de Halley. 
 
DE: GERENTE GERAL 
PARA: GERENTE DE DIVISÃO 
 
Na sexta-feira, às 17 horas aproximadamente, o cometa de Halley estará visível nesta 
área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, por favor, reúna os 
funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacetes de segurança, e explicarei a eles o 
fenômeno. Se estiver chovendo, não poderemos ver nada. Neste caso, reúna os funcionários 
no refeitório e mostrarei a eles um filme sobre o cometa. 
 
DE: GERENTE DE DIVISÃO 
PARA: GERENTE DA FÁBRICA 
 
Por ordem do Gerente Geral, na sexta-feira, às 17 horas, o cometa de Halley vai 
aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos usando 
capacetes de segurança, e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o 
que acontece a cada 76 anos. 
 
DE: GERENTE DE FABRICA 
PARA: CHEFE DE PESSOAL 
 
Por ordem do Gerente Geral, às 17 horas de sexta-feira, o fenomenal cometa de Halley 
vai aparecer no refeitório, usando capacete de segurança. Se chover, o Gerente Geral dará 
outra ordem, o que ocorre uma vez a cada 76 anos. 
 
DE: CHEFE DE PESSOAL 
PARA: SUPERVISOR 
 
Na sexta-feira, às 17 horas, o Gerente Geral vai aparecer no refeitório com o cometa de 
Halley, o que acontece a cada 76 anos. Se chover, o Gerente Geral levará o cometa para o 
pátio da fábrica, usando capacete de segurança. 
 
DE: SUPERVISOR 
PARA: FUNCIONÁRIOSNa sexta-feira, às 17 horas, quando chover, o fenomenal Bill Halley, usando capacete 
de segurança e acompanhado pelo Gerente Geral, vai passar pela fabrica com seus 
cometas. 
 
20 
 
 
 Sistema de Decisões 
Deve ser efetuada uma análise das decisões para se estabelecer qual a estrutura 
organizacional ideal, e para tanto devem-se considerar os seguintes aspectos: 
• que decisões são necessárias para ser o desempenho indispensável à realização dos 
objetivos; 
• de que espécie são essas decisões; 
• em que nível da empresa devem ser tomadas; 
• que atividades elas acarretam; 
• que executivos devem participar dessas decisões, pelo menos até aqueles que devem ser 
consultados previamente; e 
• que executivos devem ser informados, depois de tomadas as decisões. 
O aspecto dos pontos mais baixos em que "deve" e "pode" ser tomada a decisão. De 
maneira resumida, apresenta duas regras relacionadas ao aspecto mencionado: 
• a decisão deve ser tomada sempre no nível mais baixo possível e o mais perto possível da 
cena de ação; e 
• a decisão deve ocorrer sempre em nível que assegure a consideração plena de todos os 
objetivos e atividades afetadas. 
 
CONDICIONANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
A seguir são analisados os vários fatores que condicionam o estabelecimento de uma 
estrutura organizacional. 
 
Fator Humano 
Todo executivo deve trabalhar com e através de pessoas. E estas pessoas realizam os 
trabalhos que permitem que os objetivos estabelecidos sejam alcançados. 
A eficiência de uma estrutura depende de sua qualidade intrínseca e do valor e da 
integração dos homens que ela organiza. 
Portanto, no desenvolvimento de uma estrutura organizacional eficiente deve-se levar 
em consideração o comportamento e os conhecimentos das pessoas que terão de 
desempenhar as funções que lhes serão atribuídas. 
O coeficiente humano que pondera a qualidade da estrutura é produto dos seguintes 
fatores: 
• o valor dos homens; 
• o conhecimento que eles possuem da estrutura; e 
• sua motivação para fazê-lo funcionar da melhor forma possível. 
São necessárias determinadas qualidades humanas cuja importância aumenta à 
medida que a pessoa sobe na hierarquia. Ele considera as seguintes capacidades: técnica, 
de comando, administrativa, de cooperação e de integração. 
 
 
 
21 
 
 
Fator Ambiente Externo 
Quando se considera este fator, deve-se analisar o processo de relacionamento entre a 
empresa e o seu ambiente externo. 
Naturalmente, este aspecto não está relacionado apenas a uma estratégia inicial à 
época do nascimento da empresa, mas também à avaliação contínua das constantes 
mudanças no ambiente relevante da empresa e o efeito dessas na sua estrutura 
organizacional. 
Outro aspecto a considerar que enfoca o fator ambiente externo e a estrutura 
organizacional é o da análise do fluxo de decisões, na qual são identificadas as decisões 
administrativas necessárias para se dirigir uma empresa e as relações entre elas. 
Apresenta-se o seguinte roteiro para análise: 
• determinar de quais pessoas, fora da empresa, são as necessidades e os desejos que a 
empresa tenta atender; 
• determinar como essas necessidades ou desejos são comunicados à empresa; e 
• determinar como a informação necessária é registrada e transmitida a outras pessoas na 
empresa. 
 
Fator Sistema de Objetivos e Estratégias 
O fator sistema de objetivos e estratégias tem influência na estrutura organizacional à 
medida que, quando os objetivos e estratégias estão bem definidos e claros, é mais fácil 
organizar, pois se sabe o que esperar de cada membro do grupo que compõe a empresa. 
Objetivo é o alvo ou situação que se pretende atingir 
Estratégia é a definição do caminho mais adequado para alcançar o objetivo; 
 
Fator Tecnologia 
O fator tecnológico como o conjunto de conhecimentos que são utilizados para 
operacionalizar as atividades na empresa para que seus objetivos possam ser alcançados. 
 
NÍVEIS DE INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
No desenvolvimento de uma estrutura organizacional têm-se três níveis de influência: 
• nível estratégico; 
• nível tático; e 
• nível operacional. 
Estes níveis de influência estão relacionados aos tipos de planejamento, que podem 
ser visualizados numa "pirâmide empresarial", conforme mostrado na Figura 6. 
22 
 
 
 
Nível Estratégico de Influencia 
O planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerencial que 
possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter 
um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. 
Portanto, o nível estratégico de influência considera a estrutura organizacional de toda 
a empresa e a melhor interação desta com o ambiente. 
Um exemplo de influência do nível estratégico pode ser a necessidade de criação de 
uma nova divisão da empresa para melhor adequação de um produto ao seu mercado. 
 
Nível Tático de Influencia 
O planejamento tático tem por finalidade otimizar determinada área de resultado e não 
a empresa como um todo. 
Portanto, o nível tático de influência considera determinado conjunto de aspectos 
homogêneos da estrutura organizacional da empresa. 
Um exemplo de influência do nível tático pode ser a divisão de uma área industrial em 
duas áreas (produção e técnica) para ter melhor administração dos recursos da empresa. 
 
Nível Operacional de Influência 
O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, 
principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e 
implementação estabelecidas. O planejamento operacional cria condições para a adequada 
realização dos trabalhos diários da empresa. 
Portanto, o nível operacional considera uma parte bem específica da estrutura 
organizacional da empresa. 
Um exemplo de influência do nível operacional pode ser a alteração da estrutura 
organizacional da área de sistemas com a criação de uma unidade organizacional 
responsável pelas atividades de organização e métodos. 
 
 
 
23 
 
 
NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
Podem ser considerados três níveis de abrangência ou de amplitude quando do 
desenvolvimento e implementação da estrutura organizacional: 
• nível da empresa; 
• nível da UEN - unidade estratégica de negócio; e 
• nível da corporação. 
Estes níveis de abrangência estão respeitando uma premissa para o adequado 
desenvolvimento e implementação da estrutura organizacional, que é considerar o sistema 
como um todo, para não se perder a visão global da abordagem da estrutura organizacional. 
Embora possa-se considerar apenas uma parte da estrutura organizacional nos 
estudos e propostas feitas pelos analistas de organização, esta não deve ser considerada 
como a situação ideal. 
 
Nível de Abrangência da Empresa 
Neste caso, o estudo e análise da estrutura organizacional estão considerando a 
empresa como um todo, quer ela tenha um ou mais negócios no seu contexto de atuação no 
mercado. 
Qualquer um dos aspectos apresentados ao longo deste livro pode ser abordado em 
nível de empresa. 
 
Nível de Abrangência da UEN - Unidade Estratégica De Negócio 
Neste caso, a amplitude de análise da estrutura organizacional é realizada em nível de 
unidade estratégica de negócio, pois esta pode ser considerada como um sistema, assim 
como foi o caso anterior de uma empresa. 
 
Nível de Abrangência da Corporação 
Neste caso, está-se considerando a administração corporativa, a qual congrega mais 
de uma unidade estratégica de negócio. 
 
PLANO DE IMPLANTAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
Pode-se afirmar que um problema deestrutura acarreta sempre um problema humano: 
o de preenchimento dos cargos, o qual deve ser resolvido primeiramente sob seu aspecto 
teórico; abstraindo-se das características pessoais, procura-se enquadraras qualidades e 
aptidões das pessoas às responsabilidades e autoridades de cada cargo. 
Cada elemento da empresa tem a responsabilidade de zelar pela sua unidade 
organizacional, procurando atualizá-la, a fim de que corresponda, em qualquer ocasião, aos 
objetivos fixados. 
O Manual de Organização procura eliminar duplicidade de esforços, funções 
desnecessárias e atritos; possibilita melhor coordenação entre as diferentes atividades, 
atende à especialização, contribuindo para diminuir os erros e colocando os atos de decisão 
mais próximos dos problemas. 
24 
 
 
Com referência ao plano de implantação, deve-se considerar três aspectos básicos: 
• a mudança da estrutura organizacional; 
• o processo de implantação; e 
• as resistências que podem ocorrer. 
 
A - Mudança na estrutura organizacional 
Alguns dos aspectos que devem ser considerados no processo de mudança da 
estrutura organizacional são: 
• ter ciência de que a estrutura organizacional mais adequada depende da atual; 
• atentar para a necessidade de antecipar forças restritivas e propulsoras que podem ter 
influência no processo; 
• a importância do fator humano; 
• a qualidade técnica da nova estrutura organizacional é insuficiente para o sucesso da 
mudança; 
• a importância do planejamento da mudança, para evitar ou minimizar possíveis 
problemas maiores na sua efetivação; 
• antes de mudar a estrutura organizacional, verificar se não há uma situação alternativa 
mais adequada; 
• ter sempre em mente a importância da participação. Mas a importância da participação é 
relativa, pois durante uma reunião participativa para discutir uma mudança as forças podem 
estar contra as suas idéias básicas; e 
• antes de efetivar a mudança, identificar e analisar o problema, bem como o que será 
mudado e quais as variáveis a serem consideradas. 
 
B - Processo de implantação 
Apesar da possível existência de integração entre os funcionários envolvidos no 
processo e os técnicos responsáveis pelos trabalhos, sugere-se reforçar os aspectos 
inerentes aos modernos princípios de "participação" e desenvolver a implantação efetiva da 
seguinte forma: 
• análise e aprovação pela diretoria da empresa (aspectos conceituais); 
• análise e aprovação pelos responsáveis das várias unidades organizacionais (aspectos 
conceituais e principalmente descritivos); 
• implantação efetiva; e 
• acompanhamento e avaliação do processo. 
Os possíveis acertos seriam realizados nas fases intermediárias. 
 
C - Resistências que podem ocorrer 
Antes de analisar com mais detalhes os vários aspectos inerentes à resistência, deve-
se lembrar que o rendimento de uma estrutura depende de quatro fatores: 
• a qualidade intrínseca da estrutura; 
• o conhecimento que os executantes possuem sobre ela; 
25 
 
 
• a aptidão dos executantes; e 
• a motivação dos executantes. 
 
Para reforçar os dois últimos aspectos deve-se: 
i - elaborar a estrutura organizacional em cooperação com seus principais responsáveis; 
ii - antes da "promulgação" da nova estrutura organizacional, submeter o texto à apreciação 
dos grupos de responsáveis de mesmo nível hierárquico. 
 
AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
É um procedimento através do qual se verifica o que a estrutura organizacional tem de 
bom e de ruim. 
Para tanto deve-se fazer: 
• levantamento da estrutura atual; e 
• delineamento da estrutura ideal. 
O analista de sistemas, organização e métodos deve comparar estes dois aspectos e 
obter a avaliação da estrutura organizacional. Pode reforçar a avaliação determinando o 
desempenho da empresa em termos de: 
• resultados apresentados; 
• problemas evidenciados; e 
• nível de satisfação dos funcionários da empresa. 
Como resultado dessa avaliação, a empresa pode estar: 
• BEM, devido a: 
- problemas de estrutura organizacional; e 
- outros aspectos. 
• RUIM, devido a: 
- problemas de estrutura organizacional; e 
- outros aspectos. 
Com base na separação dos problemas de estrutura organizacional dos outros 
aspectos, a avaliação pode ficar simplificada. 
 
6.1 ETAPAS DA AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
Para a completa avaliação da estrutura organizacional, podem-se desenvolver as 
seguintes etapas: 
 
A - Levantamento 
Nesta fase, os aspectos básicos são: 
• identificação dos problemas evidenciados pelos usuários; e 
• entrevista com os elementos-chaves da empresa (com ou sem uso de questionário). Pode-
se considerar como ideal a utilização de um roteiro estruturado de entrevistas. 
 
 
26 
 
 
B - Análise 
Nesta fase, o analista de sistemas, organização e métodos deve efetuar: 
• análise dos dados levantados anteriormente; 
• interligação dos dados levantados, verificando sua veracidade e considerando os vários 
subsistemas da empresa; 
• estabelecimento dos padrões e critérios de avaliação; e 
• identificação do efeito de cada um dos dados levantados na situação atual da estrutura 
organizacional da empresa. 
 
C - Avaliação 
Nesta fase, os aspectos básicos são: 
• estabelecimento da situação dos quatro componentes da estrutura organizacional na 
empresa; 
• verificação do envolvimento de cada um dos quatro condicionantes sobre a estrutura 
organizacional; 
• verificação do nível de influência de cada nível da empresa – estratégico, tático e 
operacional - para com o delineamento da estrutura organizacional; e 
• verificação do nível de abrangência da abordagem da estrutura organizacional, quer seja 
em nível de empresa, em nível de unidade estratégica de negócio ou em nível de 
corporação. 
 
ESTRUTURAÇÃO DOS RELATÓRIOS GERENCIAIS 
BASE PARA A FORMULAÇÃO DE DECISÕES 
 Toda a atuação do administrador deve basear-se em fatos e dados. As decisões serão 
sempre pautadas em informações históricas, mensuráveis, qualitativas e/ou comparativas. 
Para a análise de situações e planejamento de atuação o executivo deverá contar com 
relatórios gerenciais, que deverão ser estruturados considerando-se alguns aspectos 
básicos: 
 Números - Os números devem apresentar a situação atual, o período anterior, o 
mesmo período no exercício anterior, a situação desejada. 
 Gráficos - Devem indicar os níveis da tomada de decisão, através da apresentação da 
situação máxima, média ou mínima. 
 Comentários - Espaço reservado ao gerente para apreciação de dados e fatos, 
evitando-se diferentes interpretações dos relatórios gerenciais. 
 Decisões/Ações - Explicitar as decisões/ações tomadas em relação a determinado 
assunto e os recursos para a implementação. 
Resultados - Explicitar os resultados que se deseja alcançar, decisões e ações executadas. 
 
 
 
 
27 
 
 
Modelo de Relatório Gerencial: 
PLANOS RELATÓRIO 
GERENCIAL 
(MODELO GERAL) 
DATA 
____/____/_______ 
N. 
ÁREA: 
ASSUNTO: 
 
NÚMEROS 
 
 
GRÁFICOS 
 
 
COMENTÁRIOS 
 
 
DECISÕES/AÇÕES RESULTADOS 
 
 
 
 
3. DEPARTAMENTALIZAÇAO 
CONCEITOS 
 
É uma divisão do trabalho por especialização dentro da estrutura organizacional da 
empresa. 
 
Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de 
homogeneidade, das atividades e correspondente recursos (humanos, financeiros, materiais 
e equipamentos) em unidades organizacionais. 
 
Existem diversas maneiras básicas pelas quais as organizações decidem sobre a 
configuração organizacional que será usada para agruparas várias atividades. O processo 
organizacional de determinar como as atividades devem ser agrupadas chama-se 
Departamentalização. 
 
FORMAS DE DEPARTAMENTALIZAR 
1- Função 
2- Produto ou serviço 
3- Território 
4- Cliente 
28 
 
 
5- Processo 
6- Projeto 
7- Matricial 
8- Mista 
 
Deve-se notar, no entanto, que a maioria das organizações usam uma abordagem da 
contingência à Departamentalização: isto é, a maioria usará mais de uma destas 
abordagens usadas em algumas das maiores organizações. A maioria usa a abordagem 
funcional na cúpula e outras nos níveis mais baixos. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÕES 
A Departamentalização funcional agrupa funções comuns ou atividades semelhantes para 
formar uma unidade organizacional. Assim todos os indivíduos que executam funções 
semelhantes ficam reunidos, todo o pessoal de vendas, todo o pessoal de contabilidade, 
todo o pessoal de secretaria, todas as enfermeiras, e assim por diante. A 
Departamentalização funcional pode ocorrer em qualquer nível e é normalmente encontrada 
muito próximo à cúpula. 
 
Vantagens 
As vantagens principais da abordagem funcional são: 
 
 Mantém o poder e o prestígio das funções principais. 
 Cria eficiência através dos princípios da especialização. 
 Centraliza a perícia da organização. 
 Permite maior rigor no controle das funções pela alta administração. 
 Segurança na execução de tarefas e relacionamento de colegas. 
 Aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos. 
 
Desvantagens 
Existem também muitas desvantagens na abordagem funcional. Entre elas podemos dizer: 
 
 A responsabilidade pelo desempenho total está somente na cúpula. 
 Cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita 
 O treinamento de gerentes para assumir a posição no topo é limitado. 
 A coordenação entre as funções se torna complexa e mais difícil quanto à 
organização em tamanho e amplitude. 
 Muita especialização do trabalho. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE PRODUTO: É feito de acordo com as atividades inerentes a 
cada um dos produtos ou serviços da empresa. 
29 
 
 
 
A fim de capitalizar sobre o mercado de processamento de informação na década de 1980, 
a IBM reorganizou sua estrutura de administração. Mudou de uma orientação funcional em 
que produção, marketing e desenvolvimento de produtos centralizados serviam a todos os 
produtos, para uma orientação de produto, de tal forma colocando funções em grupos de 
produtos. 
 
Exemplos de Departamentalização de produto: 
 
1- Lojas de departamentos 
2- A Ford Motor Company tem as suas divisões Ford, Mercury e Lincoln Continental. 
3- Um hospital pode estar agrupado por serviços prestados, como cirurgia, obstetrícia, 
assistência coronariana. 
 
Vantagens: Algumas das vantagens da Departamentalização de produtos são: 
 Pode-se dirigir atenção para linhas especificas de produtos ou serviços. 
 A coordenação de funções ao nível da divisão de produto torna-se melhor. 
 Pode-se atribuir melhor a responsabilidade quanto ao lucro. 
 Facilita a coordenação de resultados. 
 Propicia a alocação de capital especializado para cada grupo de produto. 
 Propicia condições favoráveis para a inovação e criatividade. 
 
Desvantagens: 
 Exige mais pessoal e recursos de material, podendo daí resultar duplicação 
desnecessária de recursos e equipamento. 
 Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividade nos vários 
grupos de produtos. 
 Pode criar uma situação em que os gerentes de produtos se tornam muito 
poderosos, o que pode desestabilizar a estrutura da empresa. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL: Algumas vezes mencionadas como regional, de área 
ou geográfica. É o agrupamento de atividades de acordo com os lugares onde estão 
localizadas as operações. Uma empresa de grande porte pode agrupar suas atividades de 
vendas em áreas do Brasil como a região Nordeste, região Sudeste, e região Sul. Muitas 
vezes as filiais de bancos são estabelecidas desta maneira. 
 
A American Telephone & Telegraph Company (AT&T) estabeleceu suas divisões principais 
desta maneira – South Central Bell, New England Bell, Pacific Bell, Mountain Bell, e assim 
por diante. 
 
30 
 
 
As vantagens e desvantagens da Departamentalização territorial são semelhantes às dadas 
para a Departamentalização de produto. Tal grupamento permite a uma divisão focalizar as 
necessidades singulares de sua área, mas exige coordenação e controle da administração 
de cúpula em cada região. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE: 
A Departamentalização de cliente consiste em agrupar as atividades de tal modo que elas 
focalizem um determinado uso do produto ou serviço. A Departamentalização de cliente é 
usada principalmente no grupamento de atividade de vendas ou serviços. 
 
As lojas de departamentos, por exemplo, podem ter uma seção para o grupo dos catorze 
aos vinte anos, uma seção para gestantes ou uma seção de roupas masculinas sociais, sem 
mencionar os departamentos para bebês e crianças. Em cada caso, o esforço de vendas 
pode concentrar-se nos atributos e necessidades especificas do cliente. 
 
A principal vantagem da Departamentalização de cliente é a adaptabilidade uma 
determinada clientela. 
 
As desvantagens são: 
 
 Dificuldade de coordenação. 
 Subutilização de recursos e concorrência entre os gerentes para concessões 
especiais em benefício de seus próprios clientes. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO OU EQUIPAMENTO: É o agrupamento de atividades 
que se centralizam nos processos de produção ou equipamento. É encontrada com mais 
freqüência em produção. As atividades de uma fábrica podem ser grupadas em perfuração, 
esmerilamento, soldagem, montagem e acabamento, cada qual em seu departamento. Você 
perceberá uma modificação deste agrupamento organizacional quando comprar um 
hamburguer em um restaurante de serviço rápido. Note que algumas pessoas estão 
assando a carne, outras estão fritando as batatas, e outras preparando a bebida. 
Usualmente há um anotador de pedidos que também recebe o pagamento e compõe o 
pedido. 
 
Vantagens 
 
 Maior especialização de recursos alocados. 
 Possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas. 
 
 
 
31 
 
 
Desvantagens: 
 
 Possibilidade de perda da visão global do andamento do processo. 
 Flexibilidade restrita para ajustes no processo. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETO 
Aqui as pessoas recebem atribuições temporárias, uma vez que o projeto tem data de inicio 
e término. Terminado o projeto as pessoas são deslocadas para outras atividades. 
 
Por exemplo: uma firma contábil poderia designar um sócio (como administrador de projeto), 
um contador sênior, e três contadores juniores para uma auditoria que está sendo feita para 
um cliente. 
 
Uma empresa manufatureira, um especialista em produção, um engenheiro mecânico e um 
químico poderiam ser indicados para, sob a chefia de um administrador de projeto, 
completar o projeto de controle de poluição. 
Em cada um destes casos, o administrador de projeto seria designado para chefiar a equipe, 
com plena autoridade sobre seus membros para a atividade específica do projeto. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE MATRIZ 
A Departamentalização de matriz é semelhante à de projeto, com uma exceção principal. No 
caso da Departamentalização de matriz, o administrador de projeto não tem autoridade de 
linha sobre os membros da equipe. Em lugar disso, a organização do administrador de 
projeto é sobreposta aos vários departamentos funcionais, dando a impressão de umamatriz. A organização de matriz proporciona uma hierarquia que responde rapidamente às 
mudanças em tecnologia. Por isso, é tipicamente encontrada em organização de orientação 
técnica, como a Boeing, General Dynamics, NASA e GE onde os cientistas, engenheiros, ou 
especialistas técnicos trabalham em projetos ou programas sofisticados. Também é usada 
por empresas com projetos de construção complexos . 
 
Vantagens 
Permitem comunicação aberta e coordenação de atividades entre os especialistas 
funcionais relevantes. Capacita a organização a responder rapidamente à mudança. são 
abordagens orientadas para a tecnologia. 
 
Desvantagens 
Pode haver choques resultantes das prioridades. 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA 
É o tipo mais freqüente, cada parte da empresa deve ter a estrutura que mais se adapte à 
sua realidade organizacional. 
32 
 
 
A MELHOR FORMA DE DEPARTAMENTALIZAR 
Para evitar problemas na hora de decidir como departamentalizar, pode-se seguir certos 
princípios: 
 
 Princípio do maior uso – o departamento que faz maior uso de uma atividade, deve 
tê-la sob sua jurisdição. 
 Principio do maior interesse – o departamento que tem maior interesse pela 
atividade deve supervisiona-la. 
 Principio da separação e do controle – As atividades do controle devem estar 
separadas das atividades controladas. 
 Principio da supressão da concorrência – Eliminar a concorrência entre 
departamentos, agrupando atividades correlatas no mesmo departamento. 
 
Outro critério básico para departamentalização está baseado na diferenciação e na 
integração, os princípios são: 
 
 Diferenciação, cujo princípio estabelece que as atividades diferentes devem ficar em 
departamentos separados. 
 
A diferenciação ocorre quando: 
 O fator humano é diferente, 
 A tecnologia e a natureza das atividades são diferentes, 
 Os ambientes externos são diferentes, 
 Os objetivos e as estratégias são diferentes. 
 
A integração – Quanto mais atividades trabalham integradas, maior razão para ficarem no 
mesmo departamento. 
 
Fatores de integração são: 
 Necessidade de coordenação. 
 
LINHA E ASSESSORIA 
 
A estrutura Linha-Staff segue as características básicas da estrutura linear, distinguindo-se 
pela existência de órgãos de staff (assessoria) 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
DIFERENCIAÇÕES DAS ATIVIDADES DE LINHA E ASSESSORIA 
Linha Assessoria 
Tem ação de comando Não tem ação de comando 
Ligadas as atividades fim da empresa Ligadas as atividades meio da empresa 
Ligadas à operacionalização da empresa Ligadas ao aconselhamento 
 
Linha Assessoria 
 
Na estrutura deve-se considerar: 
 
 As unidades organizacionais inerentes à atividade-fim devem ser as primeiras a ser 
estruturadas, de maneira integrada com os fatores ambientais da empresa 
(mercado, fornecedores, concorrentes, legislação, etc). 
 As unidades organizacionais inerentes à atividade-meio devem ser estruturadas 
posteriormente, para atender as necessidades das unidades ligadas à atividade-fim. 
 
Este procedimento não é observado pelas empresa, acarretando uma série de problemas 
estruturais. 
 
ATUAÇÃO DA ASSESSORIA 
1. É uma extensão do executivo em termos de tempo e de aspectos técnicos. 
2. Facilita o controle e coordenação organizacional. 
3. Agente de adaptação organizacional. 
4. Desenvolvimento de conselhos e serviços. 
 
TIPOS DE ASSESSORIA QUE UMA EMPRESA PODE TER 
1. Assistente, que corresponde a um auxiliar pessoal do chefe. 
2. Assessoria geral, composta por elementos que fazem com que o trabalho do 
executivo seja realizado de modo adequado. 
3. Assessoria especializada, composta por elementos que têm treinamento ou 
qualificação especializada, detêm conhecimentos específicos. 
4. Serviços de operação, que são os sistemas de trabalho de importância secundária e 
que apenas existem para apoiar ou prestar serviços ao principal sistema de trabalho. 
 
DESVANTAGENS 
 
1. Quando usada como válvula de escape para os erros do superior - unidade de linha. 
2. Quando a assessoria dificultar a delegação de tarefas ao pessoal de linha de linha. 
3. Quando a assessoria assumir funções de linha, dificultando o processo administrativo. 
4. Quando o executivo tender a ignorar seus subordinados de linhas em benefício dos 
subordinados de assessoria. 
34 
 
 
5. Quando ocorrer diferenças pessoais entre o pessoal de linha e assessoria. 
6. Quando os custos operacionais da unidade organizacional de assessoria forem muito 
elevados. 
 
REQUISITOS PARA O ÊXITO DO ASSESSOR 
 
 Facilitar ao assessor o acesso às informações necessárias. 
 Consultar o assessor nas tomadas de decisões. 
 Insistir em que o assessor venda suas idéias para unidades organizacionais de linha. 
 
CUIDADOS A SEREM EVITADOS 
 
 Sobrecarregar o pessoal alocado nas unidades de linha. 
 Enfraquecer a influencia do superior de linha. 
 Provocar uma administração autocrática e inflexível. 
 Criar atritos com o pessoal de linha da empresa. 
 
FUNÇÕES DA UNIDADE ORGANIZACIONAL DA ASSESSORIA. 
 Consultoria, 
 Assessoramento, 
 Aconselhamento, 
 Recomendação, 
 Orientação, 
 Prestação e execução de serviços técnicos e especializados. 
 
ASPECTOS CONFLITANTES ENTRE LINHA E ASSESSORIA 
 
Linha (Argumentos contra a assessoria) Assessoria (Argumentos contra o pessoal 
de linha) 
Ameaça da autoridade Ressente-se por não ser unidade 
organizacional fim. 
 
Longe da realidade (da prática) Não tem autoridade. 
 
Não assume a responsabilidade pela 
operação. 
 
Seu trabalho não é utilizado como deveria 
ser. 
 
Consultar o assessor leva tempo. 
 
Pessoal de linha está envolvido com a rotina 
e não tem tempo para pensar, criticar e 
melhorar o trabalho elaborado pela 
35 
 
 
assessoria. 
 
Assessor não agrega valor ao produto ou 
ao serviço oferecido pela empresa. 
 
Linha não tem visão do conjunto. 
 
 Linha não quer mudar. 
 
 
ASSESSORIA INTERNA E EXTERNA 
As principais vantagens para a empresa da assessoria interna e a externa (consultoria), 
apresentando suas principais vantagens e desvantagens para a empresa: 
 
Vantagens do assessor interno: 
 
Maior conhecimento da empresa, possibilidade de maior sigilo, possibilidade de vivenciar os 
resultados do trabalho executado. 
 
Vantagens do assessor externo: 
Maior imparcialidade, traz conhecimentos e experiências de trabalhos de outras empresas. 
 
4. ORGANOGRAMA 
 
 
 
36 
 
 
 
Introdução 
 Gráfico que representa a estrutura formal da organização num determinado 
momento 
 Deve ser usado como instrumento de trabalho 
 
Requisitos 
 
Fácil leitura 
Permitir boa interpretação dos componentes da organização 
Fazer parte de um processo organizacional de representação estrutural 
Ser flexível 
 
Há um grande número de técnicas de representação 
 
 Estrutural, circular ou radial, funcional, estrutural-funcional, matricial 
 
OBJETIVOS 
 
 Demonstrar a divisão do trabalho 
 Dividindo a organização em frações organizacionais (partes menores) 
Destacar a relação superior-subordinado e a delegação de autoridade e responsabilidade 
 Evidenciar o trabalho desenvolvido em cada unidade, detalhando: 
 
O tipo de trabalho desenvolvido 
Os cargos existentes 
Os nomes dos titulares 
Quantidade de pessoas por unidade 
A relação funcional além da relação hierárquica 
Facilitar a análise organizacional 
 
BENEFÍCIOS E LIMITAÇÕES 
 
Permite detectar: 
Funções importantes negligenciadas e funções secundáriascom demasiada importância 
Funções duplicadas ou mal distribuídas 
 
 Facilita o SIG e o fluxo de comunicação 
 Auxilia a graduar trabalhos e tarefas e uniformizar cargos 
 Auxilia a visualizar o todo organizacional, as necessidades de mudanças e o crescimento 
da empresa. 
37 
 
 
 
Limitações 
Exibe apenas uma dimensão dos relacionamentos existentes entre indivíduos e as frações 
organizacionais 
Mostra as relações que devem existir e não a realidade existente 
 
REGRAS GERAIS 
 Deve conter nome da organização, autor, data e número. 
 Deve ser mostrada a referência de outros gráficos. 
 Para análise, deve apresentar a estrutura existente. 
 Cada função pode ser representada por um retângulo: 
 
Os retângulos devem conter os títulos dos cargos 
Se há necessidade do nome do ocupante, este deve aparecer fora do retângulo (ou dentro 
com letra de tipo diferente) 
 
 Se o gráfico mostrar apenas parte da organização, deve haver linhas abertas para 
demonstrar continuidade. 
 
Significado dos componentes 
 
 
 
 
 
 
Divisão horizontal do trabalho 
A
u
to
rid
a
d
e
 e
 h
ie
ra
rq
u
ia
 
(c
a
d
e
ia
 d
e
 c
o
m
a
n
d
o
) 
Unidades de trabalho (cargos e departamentos) 
Linhas de 
comunicação 
38 
 
 
Organograma Estrutural 
 
 
 
 
 
Organograma Estrutural – Características 
 
Técnica utilizada para representar a maioria das organizações 
No alto da folha, deve constar o nome da organização 
 
Linhas: 
A linha cheia é de autoridade (vertical) e de coordenação (horizontal) 
A linha tracejada ou pontilhada deve ter seu significado na legenda 
 
Deve ser feito por grupamento de unidades 
 
Das unidades maior hierarquia (direção) às de menor hierarquia (operacionais) 
Unidades de mesmo nível devem estar na mesma linha horizontal 
Em unidades do mesmo grupo, deve ser obedecida a ordem alfabética 
Autoridade funcional é a autoridade sobre uma função 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assessoria de 
Comunicação 
Presidência 
Assessoria Jurídica 
Diretoria de 
Produção 
Diretoria de 
Qualidade 
Diretoria de 
Recursos Humanos 
Divisão de 
Montagem 
Divisão de 
Recrutamento 
Divisão de 
Seleção 
39 
 
 
Organograma Circular ou Radial 
 
 
 
Organograma Circular – Características 
 
 Pouco utilizado 
 Suaviza a apresentação da estrutura 
 Economiza espaço 
 A autoridade é representada do centro para a periferia 
 As linhas de autoridade ficam difíceis de serem identificadas 
 Reduz conflitos entre superiores e subordinados 
 Exemplos de organizações: hospitais, universidades (área acadêmica) 
 Representação de estruturas mais complexas torna-se difícil 
 Representação de muitos níveis hierárquicos torna-se difícil 
 Pode utilizar letras e números para simplificar 
 Necessita de legendas 
Presid
ência 
Assessoria de 
Comunicação 
Assessoria Jurídica 
Diretoria de Recursos 
Humanos 
Di
re
to
ri
a 
de 
Q
ua
lid
ad
e 
Di
re
to
ri
a 
de 
Pr
o
d
uç
ão 
Di
vi
sã
o 
de 
M
on
ta
ge
m 
Divisão de 
Recrutamento Divisão de 
Seleção 
40 
 
 
 
Organograma Funcional (tipo 1) 
 
 
 
 
Organograma Funcional (tipo 2) 
 
 
 
Organograma Funcional – Características 
 
Tipo 1: 
O funcionário não tem um chefe hierárquico imediato 
Assim que o funcionário conclui a tarefa, sua subordinação muda para o supervisor 
adequado à nova tarefa executada 
Presidência 
Manutenção Produção Tempos e 
Movimentos 
 
Presidência 
Administração 
Almoxarifado Compras Contabilidade Pessoal 
41 
 
 
As ligações indicam uma subordinação temporária 
A subordinação à Presidência é hierárquica, é possível porém uma diretoria com dirigentes 
responsáveis por cada função na organização 
 
Tipo 2: 
Aplicado em organizações de pequeno porte 
Pouco verticalizada 
Poucos chefes para várias atividades 
 
Organograma Estrutural-Funcional 
 
 
 
Em alguns casos, substitui os manuais da organização 
Só pode ser elaborado por partes (ocupa muito espaço!) 
Retirando-se o prolongamento dos retângulos (as funções), converte-se no Organograma 
Estrutural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidência 
1. Presidir as reuniões da diretoria 
2. Aprovar compras de equipamentos 
3. ... 
Assessoria de Comunicação 
1. Analisar as estruturas de comunicação 
2. Detectar problemas de comunicação 
3. ... 
42 
 
 
 
Organograma Matricial 
 
 
 
Organograma Matricial – Características 
 
 Resulta da estrutura tradicional mais a estrutura por projetos 
 Contempla dois tipos de autoridade: funcional e hierárquica 
 A autoridade maior é dividida entre a Presidência (cunho político) e o titular da área 
de projetos (cunho técnico) 
 A sensação de “duas chefias” é permanente 
 Permite maior mobilidade e flexibilidade que as outras, mas é mais difícil de 
implementar 
 Difícil conciliar as duas estruturas 
 Podem ocorrer atritos por questões de jurisdição 
 
Recomendações finais 
 
 Além dos retângulos, podem ser usados círculos, retângulos com os cantos curvos e 
várias outras simbologias 
 Esteticamente, deve-se buscar a simetria no diagrama 
 Devem ser evitadas siglas e abreviações 
 A linha de coordenação não deve ligar unidades diretamente 
 O uso de nomes dos ocupantes dos cargos exigem constante atualização 
 Durante a elaboração do organograma, podem surgir discrepâncias, provavelmente é 
a estrutura informal 
Presidência 
Diretoria de 
Projetos 
Diretoria de 
Produção 
Diretoria de 
Qualidade 
Diretoria de 
Recursos Humanos 
Projeto 
A 
 
Projeto 
B 
 
43 
 
 
5. FLUXOGRAMAS 
 
CONCEITO 
O termo fluxograma vem do inglês flow-chart (flow=fluxo+chart=gráfico). 
Fluxograma é uma técnica de representação gráfica que se utiliza símbolos previamente 
convencionados, permitindo a descrição clara e precisa do fluxo, ou seqüência, de um 
processo, bem como sua análise e redesenho. 
 
ASPECTOS 
 
Por intermédio do fluxograma, podemos demonstrar os seguintes aspectos de um fluxo de 
processo: 
 Quais operações são realizadas; 
 Onde são realizadas as operações; 
 Quem as executa; 
 Quais as entradas e saídas; 
 Qual o fluxo das informações; 
 Quais os recursos empregados no processo; 
 Quais os custos parciais e totais; 
 Qual o volume de trabalho; e 
 Qual o tempo de execução, tanto parcial quanto total. 
 
VANTAGENS 
Podemos destacar as seguintes vantagens principais: 
 Descreve qualquer tipo de processo, mesmo os mais complexos; 
 Permite visão ampla de todo o processo que está sendo estudado; 
 Descreve o funcionamento de todos os componentes do processo; 
 Possibilita a verificação, de maneira clara e precisa, das falhas de funcionamento, 
dos gargalos, da duplicidade de procedimentos e de outros problemas oriundos do 
processo em estudo; 
 Não permite a dupla interpretação, graças à padronização dos símbolos que são 
utilizados; 
 Possibilita a análise e a proposição de modificações, visando à melhoria do processo; 
 Permite fácil atualização. 
 
TIPOS DE FLUXOGRAMAS 
Existem, basicamente, dois tipos: o fluxograma vertical e o horizontal com suas variações. 
44 
 
 
 
Fluxograma vertical 
Trata-se do fluxograma mais utilizado no estudo de processos produtivos, do tipo linha de 
produção, no qual se pode dividir um grande processo em vários outros, mais simples, com 
poucas áreas envolvidas e com número

Outros materiais