Buscar

GESTÃO OFINANCEIRA 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Uberaba - MG
2012
UNIVERSIDADE DE UBERABA
GESTÃO FINANCEIRA
Organização
Raul Sérgio Reis Rezende
Série Administração
© 2011 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Universidade de Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor: 
Marcelo Palmério
Pró-Reitora de Ensino Superior:
Inara Barbosa Pena Elias
Pró-Reitor de Logística para Educação a Distância:
Fernando César Marra e Silva
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Produção de Material Didático:
• Comissão Central de Produção
• Subcomissão de Produção
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE
AUTORES
Alexandre Alvarez
Especialista em gerenciamento de pequenas e micro empresas e em do-
cência do ensino superior pela Universidade Federal de Lavras. Bacharel 
em Ciências Contábeis e Administração de Empresas pela Faculdade de 
Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro de Uberaba. Professor da Uni-
versidade de Uberaba nos cursos de Ciências Contábeis e Administração 
e consultor empresarial.
SUMÁRIO
Apresentação
Componente Curricular: Gestão Financeira 09
Roteiro de Estudo 1
Administrando as receitas e os gastos por meio 
do fluxo de caixa 11
Roteiro de Estudo 2
Fontes de investimento e de financiamento para
decisões gerenciais 27
Roteiro de Estudo 3
Administrando o capital de giro e a alavancagem 
financeira 47
Roteiro de Estudo 4
Projeções das demonstrações financeiras a curto
e a longo prazo 61
Referencial de respostas 78
Atividades de Avaliação a Distância 89
 
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno,
Neste momento, você está recebendo um material subdividido em 
quatro roteiros que nortearão os seus estudos no Componente 
Curricular Gestão Financeira.
O componente de Gestão Financeira será mais um importante 
degrau da sua escada para a graduação em Administração, pois 
possibilitará tomar decisões gerencias/administrativas com um 
enfoque quantitativo da empresa em que estiver atuando.
Lembre-se de que é de suma importância uma leitura concisa 
e criteriosa, para que os seus conhecimentos sejam profícuos. 
Se depois de lidos os textos e resolvidos os exercícios, 
permanecerem dúvidas, entre em contato com o seu professor 
tutor e/ou professor responsável pelo componente, por meio da 
ferramenta “Central de Mensagem”, em seu Ambiente Virtual de 
Aprendizagem - AVA.
Tenha ótimos estudos, e esperamos que coloque em prática 
aquilo que tem aprendido e apreendido durante os seus estudos. 
Afinal, como escreveu Peter Drucker, “administrar é aplicar o 
conhecimento à ação.”
COMPONENTE CURRICULAR
Gestão Financeira 
11Etapa VI - Volume 1 
ROTEIRO DE ESTUDO 1
Administrando as receitas e os gastos por meio 
do fluxo de caixa
Alexandre Alvarez
Objetivos
Após o estudo deste roteiro, espera-se que você seja capaz de:
• reconhecer os conceitos introdutórios da administração 
financeira, importantes para sobrevivência das empresas;
• diferenciar resultado econômico de resultado financeiro;
• selecionar as formas, utilização e apresentação do fluxo de 
caixa, para as decisões gerenciais.
Gestão financeira: algumas considerações
Vamos, antes de entrarmos diretamente no assunto relacionado ao 
Fluxo de Caixa, conhecer e entender o que é e o que representa a 
gestão financeira para as entidades empresariais, a sua importância 
no dia-a-dia das empresas.
Segundo alguns autores, um dos objetivos da Administração 
Financeira é maximizar a riqueza dos sócios das entidades, levando 
em consideração o risco e capital investido pelos mesmos.
Partindo deste pressuposto, podemos então dizer que a 
Administração Financeira divide-se, entre outras, em três atividades: 
Operacional, Investimento e Financiamento.
I) - Atividades operacionais
Relacionam-se com o dia-a-dia das empresas, ou seja, aos 
seus afazeres normais em função do objetivo social. Estas 
atividades são refletidas na Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE). 
Podemos citar como atividades operacionais a produção, o 
armazenamento, os controles administrativos, a elaboração 
de relatórios gerenciais, entre outros.
Demonstração 
do Resultado do 
Exercício (DRE)
Relatório que 
demonstra o resultado 
econômico das 
empresas por um 
determinado período 
de tempo; inicia-se 
com as receitas e 
delas diminuem os 
gastos (custos e 
despesas) para se 
chegar ao resultado.
II) - Atividades de investimentos 
Relacionam-se com as oportunidades de aplicação, no 
mercado, das disponibilidades existentes na empresa. Estas 
atividades são refletidas no Ativo das empresas. Sabemos 
que o Ativo subdivide-se em Circulante, Realizável a 
Longo Prazo e Permanente. As atividades aparecerão em 
cada grupo de acordo com a intenção de cada empresa, em 
função da sua necessidade ou folga financeira existente no 
momento. 
Podemos citar como atividades de investimentos as aplicações 
de liquidez imediata, aplicações em carteiras de investimentos 
a prazos fixos de curto e longo prazos, aplicações em coligadas 
e controladas ou ainda em ativos fixos para aumento da planta 
fabril, entre outros.
Ativo
Bens ou direitos, 
de propriedade das 
empresas, que têm 
valores monetários e 
que venham a propiciar 
benefícios no presente 
e/ou no futuro.
Circulante
Subgrupo do ativo, em 
que são demonstradas 
as contas de curto 
prazo.
Realizável a longo 
prazo
Subgrupo do ativo, em 
que são demonstradas 
as contas de longo 
prazo.
Permanente
Subgrupo do ativo em 
que são demonstradas 
as contas que, a 
princípio, a empresa 
não tem intenção de 
vendê-las ou, caso 
tenha, não existem 
datas determinadas 
para isto.
12 Administração
III) - Atividades de financiamento 
Relacionam-se com as oportunidades de captação de recursos 
oferecidos, tanto do mercado como dos sócios. São refletidas 
no Passivo e no Patrimônio Líquido das empresas. O Passivo 
subdivide-se em Circulante e Exigível a Longo Prazo. As 
atividades aparecerão em cada grupo de acordo com a oferta 
do mercado e a necessidade de cada empresa. 
Podemos citar como atividades de financiamentos os 
empréstimos e financiamentos obtidos de terceiros, os aportes 
de capital social realizados pelos sócios, entre outros.
Passivo
Obrigações e deveres 
para com terceiros; 
também conhecido 
como Capital de 
Terceiros ou ainda 
Exigível Total.
Patrimônio Líquido
Obrigações e deveres 
para com os próprios 
donos; também 
conhecido como 
Capital Próprio ou Não 
Exigível.
Circulante
Subgrupo do 
passivo, em que 
são demonstradas 
as obrigações que 
vencem no curto prazo.
Exigível a longo 
prazo
Subgrupo do 
passivo, no qual 
são demonstradas 
as obrigações que 
vencem no longo 
prazo.
Aportes de capital 
social
Aumentos de capital 
social realizados pelos 
sócios.
Não podemos deixar de citar as funções do gestor financeiro. Estas 
estão diretamente ligadas às atividades citadas anteriormente: 
Funções de Planejamento e Controle, de Investimentos e de 
Financiamentos.
I) - Funções de Planejamento e Controle
Diz respeito ao dia-a-dia das empresas e estão ligadas às 
atividades operacionais. A elaboração da Demonstração do 
Fluxo de Caixa e o seu acompanhamento é uma função de 
planejamento e controle que o gestor financeiro deve ter 
diariamente.
II) - Funções de Investimento
Diz respeitoàs atitudes com relação às aplicações financeiras 
que a entidade possa vir a fazer e estão ligadas às atividades 
de investimento. Sabemos que uma empresa não deve obter 
resultados somente das suas atividades (objeto social) mas 
também de aplicações financeiras que o mercado oferece, de 
acordo com as suas possibilidades.
III) - Funções de Financiamento
Diz respeito às atitudes de captação financeira que a 
entidade possa vir a precisar e estão ligadas às atividades 
de financiamento. Quando a empresa estiver sem recursos 
financeiros e necessitar quitar um débito ou fazer algum gasto, 
o gestor financeiro deve procurar, no mercado, a melhor opção 
de financiamento, ou seja, aquela que custe menos para a 
entidade.
 D Mais detalhes a respeito deste assunto, veremos 
em nosso próximo roteiro!
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é uma ferramenta de 
extrema importância para as empresas, pois ela demonstra as 
entradas e saídas de numerários ocorridas em um determinado 
período de tempo. Na DFC são registradas as entradas e as 
saídas de numerários que representam a movimentação financeira 
da empresa. Nela, também são englobadas as contas do Ativo 
Circulante Disponível, mais precisamente, as contas Caixa e 
Bancos das empresas.
Numerário
Refere-se a dinheiro.
13Etapa VI - Volume 1 
O nome Demonstração do Fluxo de Caixa talvez não seja o mais 
apropriado para a sua definição uma vez que não movimenta apenas 
a conta Caixa, mas, sim, as contas que fazem parte do Disponível 
das empresas.
Importante!
Temos que tomar muito cuidado para não confundirmos e 
acharmos que a DFC movimenta somente a conta Caixa.
Visto o conceito, vamos agora entender a importância do Fluxo de 
Caixa para as empresas.
Você sabia que a grande maioria das pequenas e das médias 
empresas, no Brasil, não tem um acompanhamento das suas 
movimentações financeiras; e que, por causa disto, muitas delas 
paralisam suas atividades por falta deste controle?
É muito difícil para os empreendedores entenderem que o resultado 
financeiro é diferente do resultado econômico. Uma empresa 
pode ter lucro (econômico) e não ter saldo de caixa (financeiro), ou 
vice versa.
Resultado financeiro
Proveniente da 
comparação de 
numerários da 
empresa; diferença 
entre as receitas 
efetivamente 
recebidas e os gastos 
efetivamente pagos, 
resultado da DFC.
Resultado econômico
Resultado da DRE; 
diferença entre as 
receitas, os custos 
e as despesas 
ocorridos na empresa, 
independentemente do 
seu recebimento ou 
pagamento.
Isto ocorre porque os fatos contábeis das empresas ora interferem 
em um ora em outro; às vezes interferem nos dois ao mesmo 
tempo, mas não com a mesma intensidade.
O resultado econômico refere-se à DRE e tem como norma o 
registro dos fatos obedecendo ao princípio da competência, ou 
seja, independentemente de recebimento ou pagamento, devemos 
registrar o fato; já o resultado financeiro, refere-se à DFC, tem por 
procedimento registrar os fatos apenas quando do recebimento 
ou do pagamento (desembolso) destes. É o que chamamos de 
Regime de Caixa.
Princípio da 
competência
Receitas, custos 
e despesas são 
registrados no ato da 
sua ocorrência, sem 
levar em consideração 
os recebimentos e 
os pagamentos dos 
mesmos.
Regime de Caixa
Receitas e gastos são 
registrados somente 
quando ocorrem os 
efetivos recebimentos 
e os efetivos 
pagamentos.
Estes, entre outros fatores, são os que fazem com que os 
resultados não sejam iguais. Os dois resultados são importantes 
para as empresas. Entretanto, o resultado financeiro deve ter um 
acompanhamento à parte, uma vez que demonstra a movimentação 
financeira (numerários) da empresa, e é sabido que nenhuma 
entidade sobrevive sem ter recursos financeiros para poder quitar 
seus compromissos, ou mesmo reinvestir com o objetivo de crescer.
Como foi dito anteriormente, nem todos os fatos, no momento em 
que ocorrem (fato gerador), vão fazer parte da Demonstração do 
Fluxo de Caixa. Veja, a seguir, alguns destes fatos:
Fato gerador
Momento em que 
ocorrem os fatos 
contábeis (transações).
14 Administração
 D compras realizadas com pagamento à vista, por 
meio de numerário;
 D pagamento, por meio de numerário, de obrigações 
como fornecedores, impostos, entre outros;
 D débitos em conta corrente bancária referentes a 
taxas e iofs;
 D atos, de uma forma geral, em que exista uma 
saída de numerário (dinheiro) por meio do Caixa 
ou dos Bancos.
 D vendas realizadas com recebimento de numerário 
à vista;
 D recebimento, através de numerários, de direitos 
como clientes (duplicatas a receber); cheques 
pré-datados, entre outros;
 D créditos em conta corrente bancária referentes a 
juros recebidos por aplicações financeiras;
 D atos, de uma forma geral, em que exista uma 
entrada de numerário (dinheiro) por meio do 
Caixa ou dos Bancos.
 D lançamento referente à Baixa do Custo das 
Mercadorias ou Produtos Vendidos;
 D lançamento referente à Depreciação de 
Máquinas, Equipamentos, Veículos, Móveis, entre 
outros;
 D lançamento referente à Provisão para Devedores 
Duvidosos (PDD); 
 D transferência de numerário entre contas da 
mesma empresa, como por exemplo: do Caixa 
para o Banco ou vice-versa; neste caso teremos 
a movimentação financeira, mas para efeito da 
DFC não alterará o resultado final uma vez que 
haverá uma saída e uma entrada de numerário, 
ao mesmo tempo.
Depreciação
Perda do valor de um 
determinado bem, 
seja por deterioração 
(uso natural/normal 
do bem) ou por 
obsolescência (o bem 
se torna inadequado 
por ser antigo/não 
uso).
Provisão para 
Devedores 
Duvidosos (PDD)
Valor registrado 
contabilmente que se 
refere à inadimplência 
(atrasos de 
recebimentos) que as 
empresas têm.
Como podemos notar, dentre os fatos contábeis, existem os que vão 
modificar a DFC e a DRE ao mesmo tempo (momento); os que vão 
modificar somente a DFC e os que vão modificar somente a DRE. 
Para melhor entendimento, mais adiante iremos realizar um exercício 
apresentando todos os passos e estas interferências
Pontos importantes em relação à Demonstração do Fluxo de Caixa:
 acompanhamento e controle diário das origens das suas 
receitas bem como também da aplicação dos seus recursos;
 acompanhamento e controle de suas contas a receber e a 
pagar futuras,amparados em fatos reais e/ou previstos;
 possibilidade de antever situações de superávit ou déficit de 
saldos de caixa, para a tomada de decisão com tempo suficiente 
para encontrar a melhor solução para a empresa, seja com relação 
à atividade de investimento ou à atividade de financiamento.
Reais
Fatos já ocorridos na 
empresa.
Previstas
Fatos que ainda não 
ocorreram na empresa, 
mas que podem vir a 
acontecer.
Superávit
Sobra de numerário da 
DFC.
Déficit
Falta de numerário da 
DFC.
Outros pontos que podemos citar, com relação ainda à DFC, são 
sobre as suas formas de utilização e apresentação que as empresas 
podem usufruir.
Com relação à utilização, a DFC apresenta duas formas: a contábil 
e a gerencial.
I) - Contábil:
origina-se da própria contabilidade, e pode ser feita pelo método 
direto e indireto; tem como finalidade proporcionar à empresa 
a possibilidade de analisar as origens dos seus recursos 
15Etapa VI - Volume 1 
financeiros e as suas aplicações, bem como também de servir 
como base de dados para melhorar as projeções futuras com a 
intenção de diminuir falhas ocorridas no passado. É importante 
ressaltar que esta forma demonstrará os fatos já ocorridos, 
ou seja, que já aconteceram, portanto, não existe nenhuma 
maneira de modificá-los; se foram bons ou ruins os resultados 
já ocorreram, e, neste sentido, só tem o benefício de apontar 
os erros para que nãosejam cometidos novamente;
II) - Gerencial: 
refere-se às projeções que podem ser feitas, no sentido 
de prevermos os resultados futuros e, com antecedência, 
tomarmos as devidas providências, tanto no sentido de 
investimento (aplicar os recursos excedentes) como no sentido 
de financiamento (captar recursos financeiros). Acredito que 
esta forma seja, para o dia-a-dia das empresas, até mais 
importante do que a contábil.
Com relação à apresentação, a DFC pode ser feita sob a forma 
analítica ou sintética.
I) - Analítica:
Nesta forma, a DFC é apresentada detalhadamente, em ordem 
cronológica de data crescente, e por dia. Inicia-se com o saldo 
anterior, caso haja, e demonstra item por item, primeiramente 
os recebimentos e depois os pagamentos. Como modelo, 
podemos apresentar o seguinte:
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – Analítica
Datas Históricos Valores Saldos +/-
Saldo Inicial
No campo “datas”, deverão ser indicadas as datas dos eventos, 
em ordem crescente; no campo “históricos” deverão ser 
mencionados os tipos dos eventos e os nomes dos correntistas 
(credores ou devedores); no campo “valores” deverão ser 
indicados os valores de cada evento; no campo “saldos” 
deverão ser recalculados os novos saldos após o lançamento 
de cada evento, possibilitando assim o conhecimento deste 
após cada lançamento; no campo “+/-” deverão ser indicado 
o sinal de “+” para as casas em que o saldo for positivo 
ou o sinal “-” para os casas em que o saldo for negativo.
II) - Sintética:
Nesta forma, a DFC deverá ser apresentada condensada, ou 
seja, apresentando somente saldos e totais por um determinado 
período. Um modelo para esta forma poderia ser o seguinte:
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – Sintético
Período de: __/__/____ a __/__/____
 Saldo inicial
( + ) Recebimentos do período
( - ) Pagamentos do período
( = ) Saldo final
16 Administração
No modelo anterior, são demonstrados os valores acumulados 
por um determinado período estipulado pela própria empresa. 
Poderíamos dizer que seria um resumo do analítico, que servirá 
para uma análise menos detalhada, apenas para conhecimento 
dos valores transacionados.
Outro modelo de DFC que poderá ser utilizado é o de colunas, 
em que são apresentados os valores por período, sendo 
relacionado primeiro o saldo inicial, logo após os recebimentos, 
depois os pagamentos e, por último, o saldo final (o saldo 
final sempre será o saldo inicial do período seguinte). Veja a 
seguir: 
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa
Eventos
Períodos
01 02 03 04
 Saldo Inicial
( + ) Recebimentos:
( - ) Pagamentos:
( = ) Saldo Final
No campo “datas”, deverão ser indicadas as datas dos eventos, 
em ordem crescente; no campo “históricos” deverão ser 
mencionados os tipos dos eventos e os nomes dos correntistas 
(credores ou devedores); no campo “valores” deverão ser 
indicados os valores de cada evento; no campo “saldos” 
deverão ser recalculados os novos saldos após o lançamento 
de cada evento, possibilitando assim o conhecimento deste 
após cada lançamento; no campo “+/-” deverão ser indicado 
o sinal de “+” para as casas em que o saldo for positivo 
ou o sinal “-” para os casas em que o saldo for negativo.
II) - Sintética:
Nesta forma, a DFC deverá ser apresentada condensada, ou 
seja, apresentando somente saldos e totais por um determinado 
período. Um modelo para esta forma poderia ser o seguinte:
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – Sintético
Período de: __/__/____ a __/__/____
 Saldo inicial
( + ) Recebimentos do período
( - ) Pagamentos do período
( = ) Saldo final
No modelo anterior, são demonstrados os valores acumulados 
por um determinado período estipulado pela própria empresa. 
Poderíamos dizer que seria um resumo do analítico, que servirá 
para uma análise menos detalhada, apenas para conhecimento 
dos valores transacionados.
Outro modelo de DFC que poderá ser utilizado é o de colunas, 
em que são apresentados os valores por período, sendo 
17Etapa VI - Volume 1 
relacionado primeiro o saldo inicial, logo após os recebimentos, 
depois os pagamentos e, por último, o saldo final (o saldo 
final sempre será o saldo inicial do período seguinte). Veja a 
seguir: 
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa
Eventos
Períodos
01 02 03 04
 Saldo Inicial
( + ) Recebimentos:
( - ) Pagamentos:
( = ) Saldo Final
Os modelos apresentados poderão ser usados tanto no Contábil 
como no Gerencial, mas não representam os únicos a serem 
usados, podendo haver outros que atendam, perfeitamente, às 
necessidades das empresas. O nível de detalhamento dependerá 
da necessidade de cada empresa. 
Agora, para facilitar o entendimento de como deve ser feita 
uma DFC e uma DRE, e também possibilitar a identificação das 
diferenças entre as duas demonstrações, vamos realizar, juntos, 
um exercício. 
Exercício 1
Um grupo de empreendedores está projetando a constituição de 
uma empresa comercial, que deverá iniciar as suas atividades num 
futuro próximo e, baseado em dados levantados, deseja saber qual 
será o resultado econômico-financeiro da entidade para os dois 
primeiros meses (M1 e M2) do ano de A1.
 D A empresa estará enquadrada no Simples Federal, com 
o sistema de arrecadação de impostos pelo método 
Cumulativo;
 D O Capital Social será de R$ 5.000,00, sendo que 30% serão 
integralizados, na data de 01/M1/A1, em moeda corrente, 
por meio de depósito bancário no Banco Alfa, que propicia 
um limite de crédito pré-aprovado no valor de R$ 5.000,00, 
e o restante a integralizar na data de 01/M2/A1;
 D Os seguintes fatos estão previstos a acontecerem:
02/M1/A1 aquisição de Móveis, Utensílios e Equipamentos, com vida útil de 5 anos, no valor total 
de R$ 30.000,00, financiados em 10 parcelas mensais e iguais de R$ 3.000,00 cada, 
com a primeira para 30 dias após a transação;
08/M1/A1 aquisição de Estoque de Mercadorias para Revenda, no valor total de R$ 6.500,00, 
sendo 40% à vista e o restante em duas parcelas iguais para 30 e 60 dias;
15/M1/A1 venda de 55% do Estoque de Mercadorias para Revenda, pelo valor total de R$ 
7.000,00, sendo 30% à vista e o restante em duas parcelas iguais para 30 e 45 dias;
18 Administração
23/M1/A1 aquisição de Material de Consumo, no valor total de R$ 350,00, sendo 45% pagos à 
vista e o restante para 30 dias;
30/M1/A1 lançamento dos Salários do mês, no valor de R$ 1.500,00, para pagamento em 05/M2/A1;
30/M1/A1 lançamento da Depreciação, de acordo com o tempo de vida útil dos bens adquiridos;
30/M1/A1 lançamento da PDD – Provisão para Devedores Duvidosos referente a 2% do saldo de 
Duplicatas a receber do final do mês (M1/A1);
30/M1/A1 lançamento dos impostos sobre a venda (Simples Federal) referente a 5% sobre o 
valor da venda bruta do mês, para pagamento em 15/M2/A1;
30/M1/A1 transferência do Banco Alfa para a conta Caixa, no valor de R$ 100,00, para pagamento 
de gastos de pequeno valor.
Pede-se: elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE) para o período de M1/A1 e a Demonstração do Fluxo de 
Caixa (DFC), analítico e sintético, para os períodos de M1/A1 e 
M2/A1; fazer uma análise comparativa dos resultados achados.
Resolução: 
É um exercício criado aleatoriamente, sem o intuito de abranger 
todos os possíveis fatos que podem ocorrer em uma empresa; 
tem o cunho acadêmico para o aprimoramento e melhor 
entendimento do assunto; as siglas M1 e M2 referem-se aos 
meses e A1 ao ano.
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício – Período: M1/A1
Receita Operacional Bruta (ROB)
Vendas 7.000,00
( - ) Deduções sobre a Receita Operacional Bruta
Impostos Incidentes sobre a Venda ( 350,00 )
( = ) Receita Operacional Líquida (ROL) 6.650,00
( - ) Custos Operacionais (CO)
CMV – Custos das Mercadorias Vendidas ( 3.575,00 )
( = ) Lucro OperacionalBruto (LOB) 3.075,00
( - ) Despesas Operacionais
Material de Consumo ( 350,00 )
Salários ( 1.500,00 )
Depreciação ( 500,00 )
PDD – Provisão para Devedores Duvidosos ( 98,00 )
( = ) Lucro do período 627,00
19Etapa VI - Volume 1 
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – Analítica
Datas Históricos Valores Saldos +/-
Saldo Inicial 0,00
01/M1/A1 Recto. Capital Social 1.500,00 1.500,00 +
08/M1/A1 Pagto. Estoque Mercadorias 2.600,00 1.100,00 -
15/M1/A1 Recto. Venda Mercadorias 2.100,00 1.000,00 +
23/M1/A1 Pagto. Material Consumo 157,50 842,50 +
01/M2/A1 Recto. Capital Social 3.500,00 4.342,50 +
02/M2/A1 Pagto. Imobilizado 3.000,00 1.342,50 +
05/M2/A1 Pagto. Salários 1.500,00 157,50 -
08/M2/A1 Pagto. Estoque Mercadorias 1.950,00 2.107,50 -
15/M2/A1 Recto. Venda Mercadorias 2.450,00 342,50 +
15/M2/A1 Pagto. Impostos 350,00 7,50 -
23/M2/A1 Pagto. Material Consumo 192,50 200,00 -
30/M2/A1 Recto. Venda Mercadorias 2.450,00 2.250,00 +
Saldo Final 2.250,00 +
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – Sintético
Período de: 01/M1/A1 a 30/M1/A1
 Saldo inicial 0,00
( + ) Recebimentos do período 3.600,00 +
( - ) Pagamentos do período 2.757,50 -
( = ) Saldo final 842,50 +
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa – Sintético
Período de: 01/M2/A1 a 30/M2/A1
 Saldo inicial 842,50 +
( + ) Recebimentos do período 8.400,00 +
( - ) Pagamentos do período 6.992,50 -
( = ) Saldo final 2.250,00 +
Memória de cálculo do exercício 1:
Para a elaboração da DRE, que segue o princípio da Realização 
da Receita e da Competência, os fatos contábeis são lançados 
pelos seus totais, independentemente dos recebimentos, para 
as receitas, ou dos pagamentos para os gastos desembolsáveis; 
estes fatos poderão ser notados nos lançamentos da Venda (R$ 
7.000,00), do Imposto sobre a Venda (R$ 350,00), Material de 
Consumo (R$ 350,00) e Salários (R$ 1.500,00); podemos notar 
que o recebimento e os pagamentos não ocorrem totalmente 
dentro do período M1, mas mesmo assim são lançados pelos 
seus totais; já os lançamentos da Depreciação e da PDD 
aparecem 100% na DRE uma vez que são fatos econômicos, 
que alteram o resultado final da DRE.
Já na DFC, que segue o Regime de Caixa, os fatos contábeis 
são lançados quando dos seus recebimentos ou pagamentos ou 
seja, só aparecem na DFC os valores efetivamente recebidos ou 
pagos e nas datas das suas ocorrências; podemos notar estes 
fatos também nos lançamentos da Venda em que só aparece, 
no fato gerador (data da venda), o valor de R$ 2.100,00 que 
20 Administração
efetivamente foi recebido naquele momento, no lançamento dos 
gastos desembolsáveis como Material de Consumo, Salários, 
Impostos sobre a Venda, em que só entram na DFC os valores 
efetivamente pagos, nas datas em que efetivamente ocorrem 
os seus pagamentos; já a Depreciação e a PDD não aparecem 
na DFC uma vez que não são gastos desembolsáveis (nunca 
aparecerão na DFC).
O Resultado Econômico (DRE) de M1 foi positivo em R$ 
627,00 e se verificarmos o Resultado Financeiro (DFC) do 
mesmo período (M1) foi de R$ 842,50, diferentes entre si pelos 
motivos já explicados anteriormente.
Além dos comentários anteriores, podemos verificar também, por 
meio da DFC, a origem e a aplicação dos recursos financeiros 
dos períodos de M1 e M2 e chegamos aos seguintes pontos: das 
atividades de operação ocorridas, a empresa teve uma entrada 
de numerário, para o período de M1, no valor de R$ 2.100,00 
provenientes do recebimento de parte da venda ocorrida e teve R$ 
2.757,50 de saída de numerário proveniente do Estoque e Materiais 
de Consumo, o que podemos concluir que, pela sua operação (seu 
objeto social), financeiramente, a empresa teve um déficit neste 
período de R$ 657,50, que foi coberto com parte do capital social 
integralizado pela sociedade.
Objeto social
Negócio da empresa 
declarado no seu 
contrato social.
Outra função, também muito importante, da DFC, é que ela propicia 
à empresa a possibilidade de acompanhar e controlar as suas 
receitas e os seus gastos como no caso do exercício realizado; o 
gestor financeiro poderá conhecer, com antecedência, os fatos e os 
saldos da DFC para que, caso seja necessário, tomar as devidas 
decisões tanto no que diz respeito às atividades de investimento 
como de financiamento, procurando as melhores soluções para a 
sua empresa.
Fonte: Adaptado de Hoji, 2000.
Considere os seguintes eventos:
 D compras de Mercadorias no mês 0 (zero), com prazo de três 
meses para pagamento, no valor de R$ 1.000,00;
 D pagamento de Despesas Gerais, no mês 1, no valor de R$ 
200,00;
 D venda total do Estoque de Mercadorias, no mês 2, com prazo 
de recebimento de dois meses, no valor de R$ 1.600,00;
 D apropriação de Despesa com Comissão, no mês 2, no valor 
de R$ 80,00, para pagamento no mês seguinte.
Exercício 2Apropriação
Realização de um 
lançamento contábil 
pelo regime de 
competência.
Observações gerais:
 D Eventual insuficiência de caixa será coberta com Empréstimo 
Bancário, limitado ao valor da insuficiência;
 D Os juros serão calculados com uma taxa composta de 4% 
ao mês, sobre o valor do empréstimo e dos juros a pagar, e 
deverão ser apropriados mensalmente e pagos no final do 
ciclo operacional.
21Etapa VI - Volume 1 
Pede-se: Elaborar a DRE e a DFC, por mês e apontar as diferenças 
entre as duas demonstrações.
Resolução:
Este exercício tem a finalidade de mostrar a utilização do 
modelo de DFC de colunas, bem como também de inserir, no 
aprendizado, as técnicas da Matemática Financeira, que serão 
vistas, com mais detalhes, nos roteiros futuros.
DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa
Eventos 00 01 02 03 04
Saldo Inicial 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
( + ) Recebimentos:
 Empréstimos 200,00 1.080,00
 Vendas de Mercadorias 1.600,00
( - ) Pagamentos:
 Mercadorias (1.000,00)
 Despesas Gerais ( 200,00)
 Despesas com Comissão ( 80,00)
 Empréstimos (principal) (1.280,00)
 Empréstimos (juros) ( 68,17)
( = ) Saldo Final 0,00 0,00 0,00 0,00 251,83
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
Contas 00 01 02 03 04
 Receita Operacional Bruta
 Vendas de Mercadorias 1.600,00
( - ) Custos Operacionais
 Custo Mercadorias 
Vendidas (1.000,00)
( = ) Lucro Operacional Bruto 600,00
( - ) Despesas Operacionais
 Gerais 200,00
 Comissões ( 80,00)
 Juros ( 8,00) ( 8,32) ( 51,85)
( = ) Lucro/Prejuízo Período ( 200,00) 512,00 ( 8,32) ( 51,85)
Memória de cálculo do exercício 2:
Podemos perceber, pelo exercício, que os valores por mês da 
DFC e da DRE a partir do mês 1, não batem; isto ocorre em 
função de um registrar pelo regime de caixa e o outro pelo 
princípio da competência. Podemos perceber também que, 
neste exercício, se calcularmos o valor do Lucro Acumulado 
no mês 4, o valor achado (R$ 251,83) será igual ao saldo 
de caixa final do mesmo mês; isto só está ocorrendo porque 
neste exercício não temos nenhum lançamento dos eventos 
que nunca vão fazer parte da DFC como por exemplo, a 
Depreciação e a PDD.
22 Administração
Podemos notar também que o Ciclo Operacional desta empresa 
(do exercício) é de 4 meses e que somente no último período é 
que ocorrerá uma folga financeira (superávit); se repetíssemos 
este exercício, ou seja, se os eventos ocorridos se repetissem 
igualmente, veríamos que no segundo ciclo operacional, a 
empresa não mais precisaria fazer o primeiro empréstimo (R$ 
200,00 no mês 1), uma vez que já teria saldo suficiente para 
cobrir seu compromisso daquele mês e até sobraria um saldo 
para ajudar nos outros meses; em função disto, o empréstimo 
do mês 3 seria em um valor menor do que o realizado no 
primeiro ciclo de R$ 1.080,00, teria um valor de R$ 1.028,17, 
o que iria fazer com que os juros do segundo ciclo ficassem 
menores doque os do primeiro ciclo em R$ 27,04; podemos 
chegar à conclusão que, a partir do quinto ciclo operacional, 
esta empresa não mais precisaria fazer empréstimo nenhum 
uma vez que já teria saldo de caixa suficiente para bancar todo 
os ciclos futuros.
Com relação à parte introduzida da Matemática Financeira, os 
cálculos referentes aos juros são realizados e apropriados na 
DRE mensalmente, obedecendo ao Princípio da Competência; 
são calculados sempre sobre o saldo do principal mais os juros 
do mês anterior.
Ciclo operacional
Tempo decorrido entre 
a compra de materiais, 
matérias-primas e 
o recebimento do 
produto de venda da 
empresa.
Considerações finais
Conforme aqui apresentado, a DFC para as empresas é 
de extrema importância por diversos motivos, dentre eles: 
controle e acompanhamento das origens e aplicações dos 
recursos financeiros, análise dos fatos financeiros ocorridos 
para correção das falhas e melhor projeção dos fatos para o 
futuro, projeção dos fatos financeiros futuros com a intenção de 
verificar, antecipadamente, problemas que possam ocorrer, e 
com isto ter mais tempo para procurar a melhor solução, tanto 
de investimento como de financiamento, para a sua empresa.
Leituras Obrigatórias
Texto 1
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph A.; JAFFE Jefrey 
F. Administração financeira: Corporate Finance . 2.ed. São 
Paulo: Atlas, 2002.
Desta obra, leia os seguintes capítulos:
Capítulo 1: Introdução às finanças de empresas
Capítulo 2: Demonstrações financeiras e fluxo de caixa
23Etapa VI - Volume 1 
Texto 2
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios 
de administração financeira. 7. ed. São 
Paulo. Harbra, 1997.
(Capítulos 1 e 3; parte do capítulo 4 
Analisando o Fluxo de Caixa da empresa: 
Fluxo de Caixa da empresa; Classificando 
as origens e aplicações de Caixa; 
Elaborando a Demonstração dos Fluxos de 
Caixa e Interpretando a demonstração)
Capítulo 1: O Papel de Finanças e o Administrador Financeiro; 
Capítulo 3: Demonstrações Financeiras, Depreciação e Fluxo de 
Caixa; 
Capítulo 4: Analisando o Fluxo de Caixa da empresa 
 Itens: Fluxo de Caixa da empresa; 
 Classificando as origens e aplicações de Caixa; 
 Elaborando a Demonstração dos Fluxos de Caixa e 
Interpretando a demonstração.
A leitura dos capítulos indicados é importante para que você 
compreenda melhor o assunto aqui tratado e para a realização das 
atividades propostas, além de dar uma sustentação para o restante 
dos conteúdos a serem tratados nos próximos roteiros, bem como 
também nas próximas etapas.
HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem 
prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Capítulo 1: Introdução à administração financeira
A leitura do capítulo indicado é importante para que você 
compreenda melhor o assunto aqui tratado e para a realização das 
atividades propostas, além de dar uma sustentação para o restante 
dos conteúdos a serem tratados nos próximos roteiros, bem como 
também nas próximas etapas.
Leitura Complementar
24 Administração
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
A seguir, desenvolva as atividades propostas para aprimorar o seu 
conhecimento, que muito contribuirão para o seu desenvolvimento. 
Para tal, não deixe de estudar os capítulos enumerados nas obras 
citadas.
Suponha que a sua empresa tenha as seguintes projeções de 
receitas e gastos: 
– Receitas para abril, maio e junho de R$ 25.000,00, R$ 30.000,00 
e R$ 35.000,00, respectivamente.
– Gastos para abril, maio e junho de R$ 22.000,00, R$ 27.000,00 
e R$ 33.000,00, respectivamente.
Sabendo que a política de vendas é de 30% à vista, e o restante 
em 30 e 60 dias, e a política de compras é de 10% à vista e o 
restante em 30 e 60 dias pede-se elaborar o fluxo de caixa para os 
meses referenciados.
Classifique as atividades a seguir relacionadas em (O)peracionais, 
(I)nvestimento e (F)inanciamento:
( ) captação de empréstimo;
( ) compra de mercadorias para revenda;
( ) compra de material de consumo;
( ) venda de produto de fabricação própria;
( ) aplicação de recursos em transação financeira;
( ) integralização de capital social pelos sócios.
Dentre os itens a seguir, marque a alternativa que contém o elemento 
que não afeta a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC):
a) ( ) Pagamento de fornecedores;
b) ( ) Vendas a prazo;
c) ( ) Compras a vista;
d) ( ) Recebimento de duplicatas a receber;
Marque a alternativa que contém a resposta correta.
O aumento de Capital afeta a Demonstração do Fluxo de Caixa 
(DFC) quando é realizado em: 
a) ( ) Recursos materiais;
b) ( ) Reservas de lucros;
c) ( ) Lucros acumulados;
d) ( ) Recursos financeiros;
Atividade 4
25Etapa VI - Volume 1 
Referências
Uma empresa apresentou a seguinte situação patrimonial no mês 
0 (zero):
Estoque de Mercadorias para Revenda 5.000,00
Fornecedores a Pagar 4.000,00
Capital Social 1.000,00
Durante os meses seguintes, ela teve as seguintes 
movimentações:
• no mês 1, realizou a venda de todo o seu estoque por R$ 
6.000,00 sendo que 40% serão recebidos no mês 2 e o 
restante no mês 3;
• no mês 2, recebeu a parte referente à venda realizada no 
mês 1, pagou o saldo integral de fornecedores, e captou um 
empréstimo bancário, com uma taxa de 5% ao mês, para 
cobrir o valor do seu déficit de caixa, após o pagamento 
realizado a fornecedores;
• no mês 3, recebeu o saldo de Duplicatas a Receber e 
liquidou o empréstimo bancário, bem como os juros.
Considerando que todas as operações ocorreram nos finais dos 
respectivos meses, pede-se:
 Elabore a Demonstração do Resultado (DRE ) por mês.
 Elabore a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) para cada 
mês.
GITMAN, Lawewnce Jeffrey. Princípios de administração 
financeira. 10. ed. São Paulo. Prentice-Hall, 2004.
HOJI, Masakazu. Administração financeira. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2004. 525 p.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph A.; JAFFE Jefrey 
T. Administração financeira. São Paulo. Atlas, 2002.
Atividade 5
26 Administração
27Etapa VI - Volume 1 
ROTEIRO DE ESTUDO 2
Fontes de investimento e de fi nanciamento para 
decisões gerenciais
Alexandre Alvarez
Objetivos
• Mostrar as aplicações das técnicas da Matemática 
Financeira aplicadas nas Atividades de Investimento e de 
Financiamento.
• Passar algumas técnicas da calculadora HP-12C nos 
desenvolvimentos das técnicas da Matemática Financeira.
• Desenvolver o raciocínio lógico-dedutivo voltado para a 
prática fi nanceira nas empresas.
• Mostrar os tipos de modalidades de Atividades de 
Investimento e de Financiamento.
TEXTO INTRODUTÓRIO
Como já vimos no roteiro anterior, as Atividades de Investimentos 
estão ligadas à função do gestor fi nanceiro da tomada de decisões 
de investimentos e têm o seu refl exo no Balanço Patrimonial, 
dentro do Ativo Corrente e Não Corrente. Ativo Corrente e Não Corrente
Nomenclatura dada 
ao Ativo Circulante e 
ao Ativo Realizável 
a Longo Prazo, 
respectivamente; 
ou seja, direitos 
realizáveis até o fi nal 
do próximo exercício 
contábil ou até o fi nal 
do ciclo operacional 
(dos dois, o maior).
São as atividades em que as empresas procurarão, de acordo 
com as suas necessidades e disponibilidades, aplicar seus 
recursos fi nanceiros excedentes (superávit), com a fi nalidade de 
ganhar mais, sejam estas aplicações voltadas para o crescimento 
da própria empresa, como por exemplo: ampliação da planta 
fabril, aquisição de novos ativos fi xos, entre outros, ou em outras 
opções não relacionadas com as suas atividades, como por 
exemplo: obras de arte, participações em empresas coligadas ou 
controladas, entre outras.
As atividades de Investimento se classifi cam em temporárias ou 
permanentes.
As Permanentes são aquelas que produzirão resultado 
a longo prazo; normalmentesão atividades voltadas para 
a manutenção das atividades da empresa ou com fi ns 
estratégicos. Podemos citar como exemplo as trocas de 
equipamentos do Ativo Fixo com a intenção de reduzir gastos 
ou ampliar suas vendas, e estão diretamente relacionadas aos 
estudos de Viabilidade Econômica Financeira, com o intuito 
de proporcionar retorno em um determinado prazo, em função 
de uma taxa pré-defi nida pela empresa investidora; aquisição 
de ações de outras empresas, obras de arte, entre outras.
28 Administração
As Temporárias são aquelas em que existe a intenção de 
resgatá-las em um determinado tempo. Podemos citar como 
exemplo as Aplicações de Liquidez Imediata. Localizam-se 
no Ativo Corrente (Circulante).
Com relação às técnicas de avaliação dos Investimentos, existem 
diversos métodos, dentre eles: Valor Atual Líquido (VAL ou VPL), 
Taxa Interna de Retorno (TIR) e Prazo de Recuperação do Capital 
Investido (PayBack). Estes métodos serão vistos na disciplina de 
Projetos, em períodos mais à frente.
As Atividades de Financiamentos estão ligadas à função do gestor 
fi nanceiro na tomada de decisões de fi nanciamentos, e têm o seu 
refl exo no Balanço Patrimonial, dentro do Passivo ou Patrimônio 
Líquido. 
Estas são as atividades em que as empresas procurarão, de acordo 
com a sua necessidade e possibilidade, captar recursos para 
aplicar na empresa, com a fi nalidade de quitar seus compromissos 
ou até de fi nanciar os investimentos permanentes que porventura 
queiram realizar.
As fontes de fi nanciamento das empresas restringem-se ao Capital 
Próprio (Patrimônio Líquido) e ao Capital de Terceiros (Passivo 
Circulante e Exigível a Longo Prazo). O gestor fi nanceiro deve, na 
medida do possível, verifi car qual das duas fontes é melhor para 
a empresa, levando-se em consideração o custo benefício para a 
sua empresa.
Através do quadro, a seguir, você poderá visualizar melhor a 
estrutura de capital como fonte de fi nanciamento.
Fonte: Hoji, 2000.
29Etapa VI - Volume 1 
Uma das técnicas de análise das fontes de financiamento é a 
Alavancagem Financeira, em que são usados dois índices para 
avaliar a rentabilidade do Ativo e do Patrimônio Líquido: O Retorno 
sobre o Ativo (RAT) e o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL).
Alavancagem 
Financeira
Índice que indica 
se a Estrutura de 
Capital de Terceiros, 
das empresas, é boa 
(benéfica); ou seja, se 
o Capital de Terceiros, 
utilizado pelas 
empresas, agrega 
valor, trazendo lucro à 
mesma.
O RAT é medido com base no Lucro depois do Imposto de Renda, 
antes dos Juros (LDIRAJ), em relação ao Ativo Total (AT) e é 
representado pela seguinte fórmula:
RAT = LDIRAJ / AT
Já o RPL é medido com base no Lucro Líquido (LL) em relação ao 
Patrimônio Líquido (PL) e é representado pela seguinte fórmula:
RPL = LL / PL
Com a aplicação destas técnicas, poderemos calcular o Grau 
de Alavancagem Financeira (GAF), e verificar se o Capital de 
Terceiros está trazendo retorno favorável ou não à empresa, 
bastando, para isto, aplicarmos a seguinte fórmula:
GAF = RPL / RAT
Podemos obter três resultados da aplicação da fórmula do GAF, 
conforme:
Para melhor entendermos os conceitos estudados, vamos 
desenvolver um exercício. 
Exercício 01:
Fonte: (Hoji, 2000).
Analise, através do GAF, a Estrutura de Capital de uma 
determinada empresa, sob duas condições:
a) Ativo Total, no valor de R$ 500.000, financiado integralmente 
pelo Capital Próprio;
b) 60% do Ativo Total (R$ 300.000) financiado pelo Capital de 
Terceiros.
Considere a Demonstração do Resultado do Exercício abaixo e 
 Alavancagem financeira nula;
 Alavancagem financeira favorável; significa que 
o Capital de Terceiros está contribuindo com um 
retorno adicional sobre o Patrimônio Líquido;
 Alavancagem financeira desfavorável; significa 
que a empresa está se descapitalizando e é 
necessário que seja revista a sua estrutura de 
capital.
1. GAF = 1
2. GAF > 1
3. GAF < 1
30 Administração
uma tributação do Imposto de Renda de 25%, conforme:
Contas Condição “A” Condição “B”
 Vendas 1.000.000 1.000.000
(–) Custo dos Produtos Vendidos (300.000) (300.000)
(=) LUCRO BRUTO 700.000 700.000
(–) Despesas Administ. e de Vendas (500.000) (500.000)
(=) LAIR 200.000 200.000
(–) Imposto de Renda (50.000) (50.000)
(=) LDIRAJ 150.000 150.000
(–) Juros 0  (105.000)
(+) Economia do IR sobre Juros 0  26.250
(=) LUCRO LÍQUIDO 150.000 71.250
Resolução:
Condição “A”  Cálculo do RAT, do RPL e do GAF
RAT = 150.000 / 500.000
RAT = 0,30
RAT = 30%
RPL = 150.000 / 500.000
RPL = 0,30
RPL = 30%
GAF = 0,30 / 0,30
GAF = 1
Nesta hipótese, não existe alavancagem financeira (é nula) uma vez que 
não tem Capital e Terceiros sendo utilizados para financiar o Ativo.
Condição “B”  Cálculo do RAT, RPL e do GAF
RAT = 150.000 / 500.000
RAT = 0,30
RAT – 30%
RPL = 71.250 / 200.000 
RPL = 0,356250
RPL = 35,625000%
GAF = 0,356250 / 0,30
GAF = 1,187500
Nesta hipótese existe uma alavancagem financeira positiva 
(favorável) de 1,1875, e isto acontece em função da empresa 
estar usando Capital de Terceiros para financiar parte do Ativo. 
Nominalmente, o custo do Capital de Terceiros é de 35%
(105.000 / 300.000), mas, efetivamente, o custo é de 26,25% 
(78.750 / 300.000), isto porque tem o benefício do Imposto de Renda, 
uma vez que as despesas de juros são deduzidas da base de cálculo 
deste.
31Etapa VI - Volume 1 
Memória de Cálculo:
• R$ 105.000 – Valor criado no exercício, aleatório, somente para 
efeito didático; para uma empresa real, deveremos calcular este 
custo de acordo com os financiamentos trabalhados;
• R$ 26.250 – Valor referente à diminuição do Imposto de renda 
a ser recolhido pela empresa, em função do valor dos juros (R$ 
105.000), que é dedutível da base de cálculo deste;
• R$ 200.000 – Valor referente ao Capital Próprio, uma vez que 60% 
do Ativo Total (R$ 500.000) está sendo financiado por Capital de 
Terceiros;
• R$ 78.750 – Valor surgido da diminuição do valor dos juros (R$ 
105.000) pelo valor do benefício causado no Imposto de Renda 
(R$ 26.250), que passa a ser, efetivamente, o valor dos juros a ser 
considerado na análise financeira.
Como comprovação, podemos demonstrar a DRE subdividida entre o Capital 
Próprio e o Capital de Terceiros, para constatarmos o resultado proporcionado 
em cada estrutura, e melhor entendermos os conceitos passados, conforme:
Conclusão: podemos verificar pelo demonstrativo anterior que o resultado 
proporcionado pela parte do Capital de Terceiros foi de 11.250, ou seja, 18,75% 
em relação ao resultado proporcionado pela Capital Próprio (GAF = 1,1875), o 
que quer dizer que, mesmo com a captação de terceiros, a empresa conseguiu 
gerar lucro sobre este capital, agregando valor à empresa, sem ter que dispor 
do valor deste capital (no exemplo de R$ 300.000).
Chegamos à conclusão que este estudo é muito importante, porque demonstra 
se o Capital de Terceiros tráz resultado (lucro) à empresa, e, neste, caso torna-
se favorável
Além da atividade citada anteriormente, podemos ainda citar como 
Atividades de Financiamento os descontos de duplicatas e cheques, 
financiamentos de bens para o ativo fixo, renegociação de dívidas, 
compras a prazo, empréstimos para capital de giro, entre outras.
Neste roteiro, vamos nos ater às duas atividades que diz respeito aos fatos 
mais comuns que ocorrem nas empresas, ou seja, as pequenas e médias 
empresas, no Brasil, normalmente recorrem às entidades financeiras 
para aplicar ou captar recursos como aplicação de liquidez imediata e 
financiamentos de Ativos Fixos a médio e longo prazo.
Já os descontos de duplicatas e cheques, empréstimos de capital de giro, 
renegociação de dívidas, serão vistos no roteiro seguinte “Administrando 
o Capital deGiro”, por se tratarem de atividades mais rotineiras e de curto 
prazo, apesar de serem também Atividades de Financiamento.
Sabemos que em uma transação financeira existe, no mínimo, a 
figura de duas entidades: Investidor e o Tomador. Os exemplos, 
Contas CP (40%) CT (60%) Total (100%)
LAIR antes dos juros 80.000 120.000 200.000
(-) Imposto de Renda (20.000) (30.000) (50.000)
(=) LDIR antes dos juros 60.000 90.000 150.000
(-) Juros 0 (105.000) (105.000)
(+) Economia IR s/Juros 0 26.250 26.250
(=) Lucro Líquido 60.000 11.250 71.250
32 Administração
a seguir, poderão ser analisados tanto na posição do investidor 
como na do tomador, bastando para isto nos posicionarmos na 
figura de uma destas entidades. Com este objetivo é que vamos 
dar seqüência a este trabalho, procurando sempre explicar cada 
situação, para um melhor entendimento do aluno.
Não podemos deixar de mencionar que estas atividades acabam 
por se relacionar com a Matemática Financeira, que se torna 
indispensável para o bom desempenho do Gestor Financeiro, 
quando da aplicação de qualquer uma das atividades mencionadas 
(Investimento e Financiamento).
Para tanto, vamos então relembrar alguns pontos com relação às 
técnicas da Matemática Financeira, que estão presentes nestas 
atividades, começando pelas regras básicas, já vistas em períodos 
anteriores, conforme:
	toda taxa, quando fornecida sob a forma de porcentagem (%), 
deverá ser dividida por 100 (cem) para ser aplicada à fórmula; 
este fato só deverá ser realizado se estivermos realizando os 
cálculos por meio das fórmulas; se estivermos realizando os 
cálculos por meio da calculadora HP-12C, não será necessário 
este procedimento; o contrário também é necessário, ou 
seja, se estivermos calculando uma taxa, ao final deveremos 
multiplicar o resultado por 100 (cem), passando de numérico 
para porcentagem;
	Para os cálculos, serão considerados o ano e mês comerciais, 
ou seja, 360 e 30 dias; este procedimento deverá ser seguido, 
caso não haja nenhuma especificação contrária;
	A taxa (i) e o tempo (n) deverão estar na mesma base (unidade 
de tempo); quando se tratar de taxa nominal, o ajuste das bases 
deverá ser feito proporcionalmente; caso a taxa seja efetiva, o 
ajuste deverá ser feito pela equivalência.
As transações bastante utilizadas pelas empresas são os 
descontos, captação de recursos, renegociação de dívidas, 
aplicações de curto prazo, aquisição com um certo número de 
parcelas, entre outras.
Para tanto, faremos uma revisão dos conteúdos associados às 
atividades, referentes à Matemática Financeira, mas voltados 
para a prática do mercado no que diz respeito aos fatos citados 
no parágrafo anterior.
Um ponto a ser relembrado é com relação à equivalência de taxas 
e de capital. Muitas operações utilizando a equivalência são feitas 
pelas empresas em suas atividades de financiamento.
Uma taxa é equivalente a outra quando, em um mesmo tempo, 
com capitalizações diferentes, produzem o mesmo resultado. 
Quando isto ocorrer, podemos afirmar que as taxas envolvidas 
são equivalentes. São duas as fórmulas para se achar a taxa 
33Etapa VI - Volume 1 
equivalente:
ieq = (1 + i)1/n – 1  da maior para a menor
ieq = (1 + i)n – 1  da menor para a maior
Observações:
 − a taxa passada (conhecida), para ser utilizada na fórmula, 
deverá ser dividida por 100 (cem);
 − o resultado final deverá ser multiplicado por 100 (cem);
 − o valor do tempo(n) será o resultado achado para a seguinte 
pergunta: “quantas vezes a base da menor taxa(i) cabe 
dentro da base da maior taxa(i)”, ou ainda, “a base da maior 
taxa(i) contém quantas vezes a base da menor taxa(i)”, 
independentemente de se conhecer a maior ou a menor ou 
vice-versa.
Vamos resolver os exercícios, a seguir, para fixarmos melhor os 
conceitos estudados:
Exercício 02:
Dada a taxa(i) de 15% ao trimestre, pede-se calcular a taxa 
equivalente semestral e a bimestral.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Resolução:
Semestral: conhece-se a menor taxa(i) (trimestral) e quer calcular 
a maior taxa(i) (semestral).
ieq = (1 + i)n – 1
ieq = (1 + 0,15)2 – 1
ieq = (1,15)2 – 1
ieq = 1,322500 – 1
ieq = 0,322500
ieq = 32,250000% ao semestre
Obs.: O valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta: 
“quantos trimestres cabem dentro de um semestre” = 2.
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
15 Enter 15,000000
100 : 0,150000
1 + 1,150000
2 yx 1,322500
1 – 0,322500
100 x 32,250000
34 Administração
Resposta final: 32,250000% ao semestre.
Bimestral: 
ieq = (1 + i)1/n – 1
ieq = (1 + 0,15)1/1,5 – 1
ieq = (1,15)1/1,5 – 1
ieq = 1,097653 – 1
ieq = 0,097653
ieq = 9,765340% ao bimestre
Obs.: 
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
15 Enter 15,000000
100 : 0,150000
1 + 1,150000
1,5 1/x 0,666667
yx 1,097653
1 – 0,097653
100 x 9,765340
Resposta final: 9,765340% ao bimestre.
Com relação às Atividades de Financiamento dos Ativos Fixos, as 
transações ocorrem utilizando-se, na grande maioria, o Sistema 
Price, que propicia às empresas financiamentos com prazos 
maiores e, às vezes, com carência. Este modelo acaba por 
absorver as diversas modalidades existentes para esta finalidade, 
como por exemplo as operações de Leasing Financeiro, entre 
outras.
Sistema Price: 
ambém conhecido como 
Tabela Price, é um 
sistema de financiamento 
em que as prestações são 
constantes (iguais), os 
juros decrescentes e as 
amortizações crescentes.
Carência: 
Prazo concedido pelas 
agências financeiras 
(investidores) às 
empresas (tomadores) 
em que não se amortiza 
nada; os juros podem 
ou não ser pagos nestes 
períodos; se não foram 
pagos, serão acumulados 
ao valor principal para 
compor a base de cálculo 
das prestações futuras.
Leasing Financeiro: 
Tipo de operação de 
financiamento, de 
médio ou longo prazo, 
em que as empresas 
(arrendatárias) pagam 
prestações às entidades 
financeiras (arrendadora). 
As arrendatárias poderão 
ou não adquirir o produto 
por um Valor Residual 
Garantido, previamente 
acertado. Têm um prazo 
mínimo de 2 e 3 anos, 
dependendo do tempo 
de vida útil do bem 
negociado. Contabilmente 
os valores das 
prestações, exceto o Valor 
Residual Garantido são 
lançados como despesas 
(Arrendamento Mercantil), 
indo diretamente para o 
resultado do período em 
que ocorrem; já o VRG 
é contabilizado no Ativo 
Permanente Imobilizado.
Mais uma vez, usaremos as técnicas da Matemática Financeira, 
no que diz respeito ao conteúdo voltado para a matéria de rendas 
(Antecipado e Postecipado).
Rendas
Modalidade da 
Matemática Financeira 
em que são calculadas 
prestações futuras a 
partir de uma taxa e 
um tempo previamente 
estabelecidos; podem 
ser Antecipados ou 
Postecipados. 
Antecipado
Modalidade de rendas 
em que a primeira 
prestação é paga no ato 
da negociação.
Postecipado
Modalidade de rendas em 
que a primeira prestação 
é paga no primeiro 
período subseqüente ao 
da negociação, podendo 
ser este período mês, 
bimestre, semestre etc.
As fórmulas utilizadas para os dois modelos são:
Postecipado:
PMT = PV / ( ( 1 – ( 1 + i )-n ) / i )
ou
PMT = PV / ( ( 1 – ( 1 + i )n ) / ( i x ( 1 + i )n )
Antecipado:
PMT = PV x ( 1 / ( 1 + i ) ) x ( ( i x ( 1 + i )n ) / ( ( 1 + i )n – 1 ) )
Para que possamos ter um melhor aproveitamento, vamos, 
novamente, utilizar exemplos práticos.
conhece-se a maior taxa(i) (trimestral) e quer calcular a 
menor taxa(i) (bimestral).
o valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta: 
“quantos bimestres cabem dentro de um trimestre” = 1,5.
35Etapa VI - Volume 1 
Exercício 03:
Um equipamento é oferecido à vista pelo valor de R$ 20.000,00 ou 
em 6 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa efetiva de 
8% ao ano. Calcularo valor das prestações e demonstrar por meio 
da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Resolução:
	1o passo: converter a taxa anual, pela equivalência, para a base 
mensal (período dos pagamentos).
ieq = (1 + i)1/n – 1
ieq = (1 + 0,08)1/12 – 1
ieq = (1,08)1/12 – 1
ieq = 1,006434 – 1
ieq = 0,006434
ieq = 0,643403% ao mês
Obs.: 
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
8 Enter 8,000000
100 : 0,080000
1 + 1,080000
12 1/x 0,083333
yx 1,006434
1 – 0,006434
100 x 0,643403
	2o passo:
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV -20.000,00000
0,643403 i 0,643403
6 n 6,000000
PMT 3.408,798189
1 F AMORT Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
PMT = PV / ((1 – (1 + i)-n ) / i)
PMT = 20.000,00 / ((1 – (1 + 0,006434)-6) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / ((1 – (1,006434)-6) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / ((1 – 0,962250) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / (0,037750 / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / 5,867170
PMT = 3.408,798186
calcular o valor da prestação mensal pelo modo 
Postecipado.
o valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta: 
“quantos meses cabem dentro de um ano” = 12.
36 Administração
  Estes procedimentos deverão ser feitos para o 
preenchimento da planilha de financiamento, conforme modelo, a 
seguir, quando solicitado.
	3o passo: elaboração da Planilha Price.
Períodos Sd.Devedor Amortização Juros Prestação
0 20.000,00
1 16.719,88 3.280,12 128,68 3.408,80
2 13.418,66 3.301,22 107,58 3.408,80
3 10.096,20 3.322,46 86,34 3.408,80
4 6.752,36 3.343,84 64,96 3.408,80
5 3.387,00 3.365,36 43,44 3.408,80
6 0,01 3.387,01 21,79 3.408,80
Totais 0,01 20.000,01 452,79 20.452,80
Exercício 04:
Utilizando os mesmos dados do exercício anterior (03), calcule o 
valor da prestação considerando que haverá uma carência de 3 
meses, ou seja, a primeira parcela das 6 contratadas, somente 
ocorrerá no mês 4.
Resolução:
	1o passo: converter a taxa anual, pela equivalência, para a 
base mensal (período dos pagamentos).
Digitação Teclas Visor
8 Enter 8,000000
100 : 0,080000
1 + 1,080000
12 1/x 0,083333
yx 1,006434
1 – 0,006434
100 x 0,643403
ieq 
= (1 + i)
1/n – 1
ieq 
= (1 + 0,08)
1/12 – 1
ieq 
= (1,08)
1/12 – 1
ieq 
= 1,006434 – 1
ieq 
= 0,006434
ieq 
= 0,643403% ao mês
Obs.: o valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta: 
“quantos meses cabem dentro de um ano” = 12.
Usando a calculadora HP-12C:
37Etapa VI - Volume 1 
	2o passo: calcular a correção do Principal pelo prazo da 
carência de 3 meses.
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV -20.000,000000
0,643403 i 0,643403
3 n 3,000000
FV 20.388,53093
	3o passo: calcular o valor da prestação mensal pelo modo 
Postecipado.
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
20.388,53 CHS PV -20.388,53000
0,643403 i 0,643403
6 n 6,000000
PMT 3.475,019204
1 F AMORT Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
  Estes procedimentos deverão ser feitos para o 
preenchimento da planilha de financiamento, conforme modelo, 
a seguir, quando solicitado.
FV = PV x (1 + i)n
FV = 20.000,00 x (1 + 0,006434)3
FV = 20.000,00 x (1,006434)3
FV = 20.000,00 x 1,019427
FV = 20.388,53093
Usando a calculadora HP-12C:
PMT = PV / ((1 – (1 + i)-n ) / i)
PMT = 20.388,53 / ((1 – (1 + 0,006434)-6) / 0,006434)
PMT = 20.388,53 / ((1 – (1,006434)-6) / 0,006434)
PMT = 20.388,53 / ((1 – 0,962250) / 0,006434)
PMT = 20.388,53 / (0,037750 / 0,006434)
PMT = 20.388,53 / 5,867170
PMT = 3.475,019204
	4o passo: elaboração da Planilha Price.
Períodos Sd.Devedor Amortização Juros Prestação
0 20.000,00
1
2
3 20.388,53
4 17.044,69 3.343,84 131,18 3.475,02
5 13.679,34 3.365,35 109,57 3.475,02
6 10.292,33 3.387,01 88,01 3.475,02
7 6.883,53 3.408,8 66,22 3.475,02
8 3.452,80 3.430,73 44,29 3.475,02
9 0,00 3.452,80 22,22 3.475,02
Totais 0,00 20.388,53 461,49 20.850,12
38 Administração
Existem outros sistemas de financiamentos, como por exemplo, 
o SAC – Sistema de Amortização Constante, o SAA – Sistema 
de Amortização Americano, entre outros, mas o mais utilizado é 
o Sistema Price. Qualquer transação que tenha, no mínimo, duas 
prestações iguais e sucessivas, é da modalidade Price, portanto, 
diversas modalidades de financiamento enquadram-se neste 
sistema, como por exemplo, o Leasing Financeiro.
O que acontece são as formalidades ligadas a cada transação. 
Por exemplo, pode ocorrer que no período de carência, os 
juros relativos sejam pagos periodicamente e não acumulados 
no valor principal, como foi demonstrado no exemplo anterior; 
outra formalidade pode ser a cobrança de Tarifas de Abertura de 
Créditos (TAC) e Iofs – Impostos sobre Operações Financeiras.
Vamos utilizar o exercício anterior, incrementando estas 
formalidades, para melhor entendermos o comentado anterior. 
Exercício 05:
Um equipamento é oferecido à vista pelo valor de R$ 20.000,00, 
ou em 6 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa 
efetiva de 8% ao ano, com uma carência de 3 meses. A entidade 
financeira cobrará uma Iof de 1,4% sobre o valor principal, mais 
uma Taxa de Abertura de Crédito no valor de R$ 150,00, que 
serão pagos no ato da transação. Durante o período da carência, 
os juros correspondentes serão pagos mensalmente. Calcular o 
valor das prestações e demonstrar por meio da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
	1o passo: converter a taxa anual, pela equivalência, para a 
base mensal (período dos pagamentos).
Resolução:
Obs.: o valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta: 
“quantos meses cabem dentro de um ano” = 12.
ieq = (1 + i)1/n – 1
ieq = (1 + 0,08)1/12 – 1
ieq = (1,08)1/12 – 1
ieq = 1,006434 – 1
ieq = 0,006434
ieq = 0,643403% ao mês
39Etapa VI - Volume 1 
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
8 Enter 8,000000
100 : 0,080000
1 + 1,080000
12 1/x 0,083333
yx 1,006434
1 – 0,006434
100 x 0,643403
	2o passo: cálculo do Iof.
Digitação Teclas Visor
20.000,00 Enter 20.000,000000
1,4 % 280,000000
	3o passo: calcular o valor dos juros mensais da carência, que 
serão pagos mensalmente.
J = PV x ((1 + i)n – 1)
J = 20.000,00 x ((1 + 0,006434)1 – 1)
J = 20.000,00 x ((1,006434)1 – 1)
J = 20.000,00 x (1,006434 – 1)
J = 20.000,00 x 0,006434
J = 128,680602
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
0,643403 Enter 0,643403
100 : 0,006434
1 + 1,006434
1 yx 1,006434
1 – 0,006434
20.000,00 x 128,680600
Iof = 20.000,00 x %Iof
Iof = 20.000,00 x 0,014
Iof = 280,00
Usando a calculadora HP-12C:
	4o passo: calcular o valor da prestação mensal pelo modo 
Postecipado.
PMT = PV / ((1 – (1 + i)-n ) / i)
PMT = 20.000,00 / ((1 – (1 + 0,006434)-6) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / ((1 – (1,006434)-6) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / ((1 – 0,962250) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / (0,037750 / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / 5,867170
PMT = 3.408,798186
40 Administração
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV -20.000,00000
0,643403 i 0,643403
6 n 6,000000
PMT 3.408,798186
1 F AMORT Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
  Estes procedimentos deverão ser feitos para o 
preenchimento da planilha de financiamento, conforme 
modelo, a seguir, quando solicitado.
	5o passo: elaboração da Planilha Price.
Períodos Sd.Devedor Amortização Iof/Juros Prestação
0 20.000,00 430,00 430,00
1 128,68 128,68
2 128,68 128,68
3 128,68 128,68
4 16.719,88 3.280,12 128,68 3.408,80
5 13.418,66 3.301,22 107,58 3.408,80
6 10.096,20 3.322,46 86,34 3.408,80
7 6.752,36 3.343,84 64,96 3.408,80
8 3.387,00 3.365,36 43,44 3.408,80
9 0,01 3.387,01 21,79 3.408,80
Totais 0,01 20.000,01 1.268,83 21.268,84
	6o passo: cálculo do Custo Efetivo mensal datransação.
FV = PV (1 + i)n
21.268,84 = 20.000,00 x (1 + i)9
21.268,84 / 20.000,00 = (1 + i)9
1,063442 = (1 + 1)9
1,0634421/9 = 1 + i
1,006858 = 1 + i
i = 1,006858 – 1
i = 0,006858
i = 0,685794% ao mês
Usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV -20.000,000000
21.268,84 FV 21.268,840000
9 n 9,000000
i 0,685794
O Gestor Financeiro deve estar atento às diversas particularidades 
que envolvem uma transação financeira. Deve ser analisada a 
melhor opção, levando-se em consideração aquela que apresentar 
o menor custo financeiro para a sua empresa. Sabemos que 
além das condições oferecidas pelas entidades financeiras, deve-
se levar em consideração os possíveis benefícios indiretos que 
41Etapa VI - Volume 1 
Lucro Real: enquadramento fiscal federal das empresas em que o 
sistema de arrecadação de impostos é não cumulativo para o IPI, 
PIS, COFINS e ICMs; o Imposto de Renda e a Contribuição Social 
são calculados pelo resultado da DRE – Demonstração do Resultado 
do Exercício, por meio do Lucro Fiscal apurado no LALUR.
Simples Federal: enquadramento fiscal federal das empresas em 
que o sistema de arrecadação de impostos é o cumulativo para o IPI, 
PIS, COFINS, ICMs, IR e CSLL.
Lucro Presumido: enquadramento fiscal federal das empresas cujo 
sistema de arrecadação de impostos é misto; para o IPI e o ICMs é 
o não-cumulativo, para o PIS, COFINS, IR e CSLL é o cumulativo.
Faturamento Bruto: valor referente ao total das vendas realizadas 
pelas empresas em um determinado período; para efeito de apuração 
de impostos, utiliza-se o Faturamento Bruto diminuído das vendas 
canceladas, devoluções e abatimentos de vendas.
Lucro Fiscal: calculado por meio do LALUR, é o resultado do LAIR 
– Lucro Antes do Imposto de Renda, adicionado pelos gastos não 
dedutíveis e subtraído das receitas, também não dedutíveis, lançados 
na DRE em um determinado período.
LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real; obrigatório para as 
empresas tributadas pelo Lucro Real; nele são apurados os 
Lucros Tributáveis (de onde serão calculados o Imposto de Renda 
e a Contribuição Social), bem como também são controlados os 
Prejuízos Acumulados e Compensados.
Para auxiliar na compreensão do texto, seguem alguns glossários:
a transação oferece. Um ponto a ser avaliado é com relação ao 
Imposto de Renda, que, às vezes, pode definir a melhor opção 
dentre as várias que existem. É claro que estamos falando das 
empresas que estão enquadradas no Lucro Real, uma vez que 
para as empresas enquadradas no Simples Federal e no Lucro 
Presumido, este fato (IR) não tem nenhuma interferência por ser 
calculado diretamente sobre o Faturamento Bruto da empresa, já 
no Lucro Real é calculado sobre o Lucro Fiscal, apurado através 
do LALUR. Isto pode ocorrer em função do tipo de transação 
financeira que está sendo realizada.
Valor Residual 
Garantido: valor 
previamente 
estabelecido e 
acordado entre as 
partes interessadas, 
que dá o direito a 
arrendatária, em 
uma operação de 
Leasing Financeiro, 
de adquirir ou não 
o produto objeto do 
financiamento em 
questão. Este valor 
é que será lançado 
contabilmente no 
Ativo Permanente 
Imobilizado das 
empresas e não 
poderá ser depreciado.
Por exemplo, o Leasing Financeiro tem características próprias 
com relação ao seu tratamento contábil; o bem adquirido será 
imobilizado pelo seu Valor Residual Garantido (VRG), portanto 
não é depreciado, e o valor das prestações contratadas, que tende 
a ser maior do que em outra modalidade de financiamento, são 
lançadas diretamente no resultado do período como um aluguel 
do bem. Já em outras modalidades, o bem adquirido é imobilizado 
pelo seu valor de aquisição, somado a todos os outros valores 
que o coloque em condições de uso, menos o valor do ICMs que 
poderá ser recuperado em 48 (quarenta e oito) parcelas mensais. 
Neste caso, o valor referente à depreciação e o valor referente 
aos juros da transação financeira é que irão diretamente para o 
resultado (DRE). Sabemos que o maior valor levado diretamente 
ao resultado, entre as duas opções, vai contribuir para que haja 
um menor desembolso em relação ao Imposto de Renda e a 
Contribuição Social e isto pode ser um diferencial que fará com 
que uma opção se torne melhor do que a outra.
42 Administração
Vamos, novamente, aproveitar o exercício anterior (no. 5), usando 
os seus dados, e completando com outras informações, para 
melhor entendermos o que foi dito.
Exercício 06:
Usando os dados do Exercício 05, e considerando também que 
seriam as condições oferecidas para uma transação em Leasing bem 
como também para outra modalidade, portanto iguais, qual seria a sua 
escolha, levando-se em consideração os seguintes dados adicionais:
 para o Leasing, a última parcela seria a referente ao Valor 
Residual Garantido (VRG), e o bem seria imobilizado por este 
valor; as demais parcelas seriam contabilizadas como um 
aluguel (Arrendamento Mercantil), com reflexo direto na DRE;
 para outra modalidade de financiamento, o bem seria 
imobilizado integralmente, e teria uma vida útil contábil de 
5 anos; os valores que seriam lançados como gastos, com 
reflexo direto na DRE, seriam a depreciação linear (valor do 
bem diminuído do valor do ICMs, neste caso de 12%) e os 
juros das prestações contratadas.
Obs.: exercício elaborado somente para efeitos didáticos.
Resolução:
Para termos o resultado correto, deveremos descapitalizar todos 
os valores, trazendo-os para a data focal 0 (zero) e comparar 
estes valores optando pelo de maior valor, utilizando a mesma 
taxa da transação, conforme:
Digitação Teclas Visor
430,00 G Cfo 430,000000
128,68 G CFj 128,680000
3 G Nj 3,000000
3.408,80 G CFj 3.408,800000
5  G Nj 5,000000
0,685794  i 0,685794
F NPV 17.170,77929
  A última parcela não entra no cálculo; será o valor imobilizado;
  Taxa efetiva da transação.
Transação em Leasing:
Usando a calculadora HP-12C:
43Etapa VI - Volume 1 
Outros tipos de transação:
usando a calculadora HP-12C:
Digitação Teclas Visor
430,00 G Cfo 430,000000
472,01  G CFj 472,010000
4 G Nj 4,000000
450,91  G CFj 450,910000
429,67  G CFj 429,670000
408,29  G CFj 408,290000
386,77  G CFj 386,770000
365,12  G CFj 365,120000
343,33  G CFj 343,330000
39 G Nj 39,000000
293,33  G CFj 293,330000
12 G Nj 12,000000
0,685794 i 0,685794
F NPV 17.673,97953
  Valores referentes aos juros + depreciação (R$ 293,33) + 
ICMs (R$ 50,00);
  Valor referente à depreciação (R$ 293,33) + ICMs (R$ 
50,00);
  Valor referente à depreciação (R$ 293,33).
Em termo absoluto, a opção deveria ser pela modalidade diferente 
do Leasing, uma vez que proporciona uma maior redução da base 
de cálculo do Imposto de Renda (somente para empresas no Lucro 
Real) o que fará com que a empresa pague menor por este tributo.
Quando as propostas forem diferentes, o que acontece com a 
maioria dos casos, deveremos calcular o custo efetivo de cada 
uma delas, e descapitalizar os valores referentes aos gastos 
que abaterão o valor da base de cálculo do Imposto de Renda e 
optarmos pelo maior valor presente entre as duas opções, ou então 
diminuirmos de cada prestação os valores, dos mesmos períodos, 
que serão diminuídos da base de cálculo do Imposto de Renda e 
descapitalizarmos para a data focal 0 (zero), optando pelo menor 
valor presente entre as opções existentes.
Como foi visto, nas Atividades de Investimentos e de 
Financiamentos, várias são as ações que o Gestor Financeiro 
deve fazer. Neste roteiro procuramos demonstrar algumas delas, 
mais voltadas para a análise da Estrutura de Capital e operações 
de financiamentos do Ativo Fixo. É necessário que além das 
leituras recomendadas, o aluno recorra aos livros de Matemática 
Financeira e pratique vários exercícios relacionadoscom o 
assunto. 
No próximo roteiro, voltaremos a praticar mais algumas técnicas 
financeiras, mais voltadas para as ações que refletem as 
mudanças do circulante e que são mais rotineiras nas empresas.
44 Administração
Leituras Obrigatórias
Leitura Complementar
Texto 2
Texto 1
HOJI, Masakazu. Administração Financeira. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2000 (Capítulo 8 e 9).
A leitura dos capítulos indicados também é importante para você 
complementar o seu aprendizado, com relação aos assuntos 
tratados neste roteiro.
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
A seguir, desenvolva as atividades propostas para aprimorar o seu 
conhecimento, que muito contribuirão para o seu desenvolvimento. 
Para tal, não deixe de estudar os capítulos enumerados nas obras 
citadas.
O que é Alavancagem Financeira?
Comente qual é o efeito do Capital de Terceiros sobre o Patrimônio 
Líquido, quando o grau de Alavancagem Financeira é menor do 
que 1.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph 
A.; JAFFE Jefrey F. Administração financeira: 
Corporate Finance. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Desta obra, leia os seguintes capítulos:
Capítulo 15: Estrutura de capital: conceitos 
básicos
Capítulo 16: Estrutura de capital: limites ao uso de 
capital de terceiros
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de 
administração financeira. 7. ed. São Paulo. 
Harbra, 1997.
Capítulo 11: Custo de capital
A leitura dos capítulos indicados é importante para que você 
complemente o seu ensinamento, e compreenda melhor o assunto 
aqui tratado, além de dar uma sustentação para o restante dos 
conteúdos a serem tratados nos próximos roteiros, bem como 
também nas próximas etapas.
45Etapa VI - Volume 1 
Atividade 3
Fonte: Análise Financeira de Balanços de Dante C. Matarazzo, 3a 
Edição, Atlas, São Paulo, 1994.
Analise, através do GAF, a Estrutura de Capital de uma 
determinada empresa, sob duas condições:
a) Ativo Total, no valor de R$ 1.000.000, financiado integralmente 
pelo Capital Próprio;
b) 40% do Ativo Total (R$ 400.000) financiado pelo Capital de 
Terceiros.
Considere a Demonstração do Resultado do Exercício abaixo e 
uma tributação do Imposto de Renda de 24%, conforme:
Contas 100%CP 60%CP
 Vendas Líquidas 2.500.000 2.500.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (2.000.000) (2.000.000)
(=) LUCRO BRUTO 500.000 500.000
(-) Despesas Administrativas e de Vendas (200.000) (200.000)
(-) Despesas Financeiras (Juros) (0) (80.000)
(=) LAIR 300.000 220.000
(-) Imposto de Renda (72.000) (52.800)
(=) LUCRO LÍQUIDO 228.000 167.200
Um bem é oferecido à vista pelo valor de R$ 7.500,00, ou em 12 
parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa de 2,5% ao 
mês, com uma carência de um trimestre. A entidade financeira 
cobra uma Taxa de Abertura de Crédito no valor de R$ 150,00, 
que será paga no ato da efetivação da transação. Calcular o valor 
das prestações e o custo efetivo da transação, e demonstrar por 
meio da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Um bem é oferecido à vista pelo valor de R$ 7.500,00, ou em 12 
parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa de 2,5% ao 
mês, com uma carência de um trimestre. A entidade financeira 
cobra uma Taxa de Abertura de Crédito no valor de R$ 150,00, 
que será paga no ato da efetivação da transação. Calcular o valor 
das prestações e o custo efetivo da transação, e demonstrar por 
meio da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Atividade 4
Atividade 5
A empresa “XYZ”, tributada pelo Lucro Real, com recolhimento 
do Imposto de Renda de 24% sobre o Lair, deseja adquirir um 
equipamento (Ativo Imobilizado), que à vista é oferecido por R$ 
50.000,00. A vida útil é de 10 anos. Sobre o valor à vista, incide 
ICMs de 18%, que poderá ser recuperado em 4 (quatro) parcelas 
anuais. Uma entidade financeira oferece este bem na seguinte 
condição: taxa efetiva anual de 9,5% ao ano; 1 (um) ano de 
carência e 4 parcelas anuais, iguais e sucessivas, com a primeira 
iniciando-se no ano 2. A transação poderá ser feita através de 
Leasing Financeiro e nesta situação, 10% do valor da última 
parcela será considerado como Valor Residual Garantido, ou 
46 Administração
Referências
melhor opção para a empresa “XYZ”.
Obs.: exercício montado apenas para fins didáticos e poderá ser 
resolvido através da fórmula ou pela calculadora HP-12C; utilizar 6 casas 
decimais após a virgula.
GITMAN, Lawewnce Jeffrey. Princípios de administração 
financeira. 10. ed. São Paulo. Prentice-Hall, 2004.
HOJI, Masakazu. Administração financeira. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2004. 525 p.
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph A.; JAFFE Jefrey 
T. Administração financeira. São Paulo. Atlas, 2002.
qualquer outro modelo de financiamento de bens do Ativo Fixo. 
Baseado nos dados passados, Calcule e demonstre qual seria a
47Etapa VI - Volume 1 
ROTEIRO DE ESTUDO 3
Administrando o capital de giro e a alavancagem 
fi nanceira
Alexandre Alvarez
Objetivos
• Mostrar as aplicações das técnicas da Matemática Financeira 
aplicada na Administração do Capital de Giro das empresas.
• Passar algumas técnicas da calculadora HP-12C nos 
desenvolvimentos das técnicas da Matemática Financeira.
• Desenvolver o raciocínio lógico dedutivo voltado para a 
prática fi nanceira nas empresas.
• Mostrar as diversas atividades relacionadas à Administração 
do Capital de Giro das Empresas.
• Mostrar as transações de Investimento e de Financiamento 
que ocorrem no dia-a-dia das empresas, relacionadas com 
a Administração do Capital de Giro.
TEXTO INTRODUTÓRIO
Capital de Giro são os recursos disponíveis para as empresas 
que se encontram no seu Ativo Circulante, e modifi cam-se 
constantemente. A estes recursos, estão também relacionadas 
as obrigações, que se encontram no Passivo Circulante, que 
também modifi cam-se constantemente nas empresas. Enfi m, a 
administração do Capital de Giro envolve todas as modifi cações 
ocorridas no circulante (Ativo e Passivo) da empresa. As 
empresas esperam recuperar os valores investidos em custos e 
despesas dentro do seu Ciclo Operacional, e, ainda, obter lucro. 
É de fundamental importância para o sucesso das empresas no 
que diz respeito à sua sobrevivência, uma vez que tratam-se 
dos recursos de curto prazo que devem gerar retorno fi nanceiro, 
proporcionando, assim, condição de remunerar seus acionistas e 
de reinvestir na própria empresa.
Ativo Circulante
Bens ou direitos 
realizáveis, vencíveis 
até o fi nal do próximo 
exercício contábil.
Passivo Circulante 
Obrigações realizáveis, 
vencíveis até o fi nal 
do próximo exercício 
contábil.
Ciclo Operacional
 Inicia-se com a 
compra e termina 
com o recebimento 
do bem; é o resultado 
da soma do Prazo 
Médio de Renovação 
de Estoques (PMRE) 
e o Prazo Médio de 
Recebimento das 
Vendas (PMRV).
Através do estudo do Capital de Giro, podemos apurar o CCL – 
Capital Circulante Líquido, que é um índice que demonstra a situação 
de liquidez das empresas, e é calculado pela seguinte fórmula:
CCL = AC - PC
Liquidez
Neste caso, signifi ca a 
capacidade de quitar 
seus compromissos de 
curto prazo (Passivo 
Circulante), com os 
recursos do Ativo 
Circulante.São três os resultados da equação apresentada:
CCL < 0 
Indica que as obrigações do 
seu Passivo Circulante são 
maiores do que os recursos 
apresentados no seu Ativo 
Circulante; não é um bom 
indicador de liquidez;
CCL = 0
Is recursos apresentados no 
Ativo Circulante são iguais 
às obrigações do Passivo 
Circulante; situação nula.
CCL > 0 
Indica que a empresa tem 
mais recursos no seu Ativo 
Circulante do que as suas 
obrigações no seu Passivo 
Circulante; é um bom 
indicador de liquidez a curto 
prazo;
48 Administração
É bom salientarmos

Outros materiais