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Unidade 1 – Gestão do Conhecimento e do Capital Inlectual Nesta web aula iremos entender o valor da informação e do conhecimento no cenário Organizacional. No ambiente organizacional, constantemente escutamos as seguintes frases: Vivemos em um mundo globalizado. A evolução das tecnologias mudou a configuração da comunicação. O mundo dos negócios está mudando rapidamente. Os desafios são constantes. A competitividade é acirrada. Não existem mais barreiras geográficas para fazer negócios. O conhecimento é o capital mais importante de uma organização. Você certamente já ouviu uma delas. Realmente estamos vivenciando uma era de desafios, uma era de mudanças constantes. Diante desta realidade as empresas estão em constantes desafios. O mais emblemático deles é o de se manter em um mercado competitivo no qual a inovação e o conhecimento organizacional passam a ser o diferencial. Sob esta perspectiva nesta web aula iremos abordar os seguintes assuntos: o valor da informação e do conhecimento e a Gestão da informação. INFORMAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO É possível observar que a informação é considerada um dos principais ativos organizacionais. “A informação é insumo do saber e do fazer em diferentes contextos e diferentes objetivos como aponta” Valentim(2008,p.18). “Ela transformou-se na força motriz de nossa vida” (Wurman, 1991 p.36) Essa mudança de cenário coloca vários questionamentos em relação ao papel que a informação está desempenhando. Com a sociedade da informação e do conhecimento a informação (geradora de novos conhecimentos) é identificada como um importante recurso estratégico que agrega valor. Além das contribuições apresentadas por Earl (2004), vamos ver no quadro a seguir a distinção entre a Era Industrial e a Era do Conhecimento. Outra contribuição importante que ressalta estas diferenças existentes entre a Sociedade Industrial e a Sociedade do Conhecimento é dada por Cavalcanti (2001): Quadro 2 - Características das empresas da sociedade do conhecimento Para saber mais leia: A Transição entre as eras industrial e do conhecimento. Analisando estas explicações das diferenças entre a Era Industrial e a Era da Informação ou do Conhecimento reflita acerca do questionamento a seguir: A empresa que você trabalha está mais para Era industrial ou para Era do conhecimento? Para atuar nesta nova configuração (Era da Informação e/ou Era do Conhecimento) as empresas necessitas contar com profissionais que estejam preparados para tais desafios. E necessita também conhecer formas de gestão que gerenciem não somente a informação, mas também o capital intelectual. Por este motivo abordaremos a seguir dois assuntos: Gestão da Informação e Gestão do Conhecimento. De acordo com Woodman (apud PONJUÁN DANTE, 1998, p.135) a Gestão da informação pode ser definida como todas as ações relacionadas à "Obtenção da informação adequada, na forma correta, para a pessoa indicada, a um custo adequado, no tempo oportuno, em lugar apropriado, para tomar a decisão correta". Para entender melhor o conceito de Gestão da Informação Ponjuán Dante (2004, p.17-18, tradução nossa) esclarece que: [...] é um processo mediante o qual se obtém, desdobram ou utilizam recursos básicos (econômicos, físicos, humanos, materiais) para conduzir a informação no âmbito da sociedade a qual serve. Tem como elemento básico a gestão do ciclo de vida deste recurso e ocorre em qualquer organização. É própria também de unidades especializadas que conduzem este recurso em forma intensiva, chamadas unidades de informação. Para Valentin (2008) a gestão da informação está descrita conforme o quadro a seguir: Para saber mais sobre Gestão da Informação, leia os textos indicados a seguir: Gestão da informação e do conhecimento nas organizações: Análise de casos relatados em organizações públicas e privadas. A Gestão da Informação Spender (apud Fleury, 2001) propõe ainda que o conhecimento tácito no local de trabalho possua três componentes, são eles: Consciente, Automático e Coletivo. Spender (apud Fleury, 2001) também apresenta a Matriz de tipos de conhecimento, explicando que a interação entre os dois tipos de conhecimento (Explicito e Implícito) é continua e dinâmica, passando então ser importante não tentar separá-los Nonaka e Takeuchi (apud Zabot; Silva, 2002) validam isto dizendo que a criação do conhecimento é efetivada por meio da interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explicito, e isto pode ser feito mediante quatro processos de conversão do conhecimento:Socialização; Externalização; Combinação; Internalização. Fonte: Zabot e Silva (2002). Os autores ainda acrescentam que: “Para se tornar uma ‘empresa que gera conhecimento’ (knowledge creating company) a organização deve completar uma ‘espiral do conhecimento’, espiral esta que vai de tácito para tácito, de explícito a explícito, de tácito a explícito, e finalmente, de explícito a tácito. Logo, o conhecimento deve ser articulado e então internalizado para tornar-se parte da base de conhecimento de cada pessoa. A espiral começa novamente depois de ter sido completada, porém em patamares cada vez mais elevados, ampliando assim a aplicação do conhecimento em outras áreas da organização” (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p.80). Figura 3- Espiral do Conhecimento Compreendendo então esta espiral pode se compreender também que neste contexto a Gestão do Conhecimento tem o papel de garantir e facilitar a livre fluidez do ciclo em toda a organização, tendo também o papel de cuidar não apenas da infraestrutura para registro e organização de conhecimentos explícitos, mas, também, de garantir as condições ambientais e de formação básica das pessoas, necessárias à manutenção deste ciclo. Garantindo estas condições a organização terá que criar um ambiente propício ao aprendizado constante, tentando sempre elevar seus níveis de conhecimentos. O conhecimento é o ouro fluido, o Eldorado da nova organização. Que, todavia, se transforma em mera miragem quando dissociado do humano. Nunca a humanização dos recursos foi tão importante como agora, quando o poder das empresas está no conhecimento que flui em suas veias. Ele brota de fontes humanas, alimentadas de nutrientes que encontram fora e dentro de seu ambiente, formando um organismo vivo, fértil e fertilizador. Nunca a empresa precisou ser tão viva para sobreviver. Persona (2003) Sabendo que o conhecimento está na cabeça das pessoas e estas estão dentro das organizações, e que este relacionamento é inevitável (e até pode-se dizer esta dependência ao invés de relacionamento) passa a existir uma urgência em busca deste conhecimento. Leonard-Barton (1995, apud Chiavenato, 2003, p.594) diz que: Há um sentido de urgência a respeito do conhecimento e que isto é devido a cinco tendências: A intensidade do conhecimento; A obsolescência do conhecimento; As conexões Globais; O aumento da produtividade no trabalho e o Foco no crescimento. No quadro abaixo cada um dos itens está explicado separadamente: Quadro 6- A urgência do conhecimento Fonte: Adaptado de Leonard-Barton (1995 apud CHIAVENATO, 2003, p.594) O que vemos então é que nos dias atuais e futuros as empresas além de saber localizar o conhecimento, também terão que saber valorizar e desenvolver novos conhecimentos. Ruas (apud Bitencourt, 2005) mostra no quadro os tipos de conhecimentos, qual a sua função e qual o modo de aquisição. Fonte: Ruas (2000 apud Bitencourt, 2005) Assim, chegamos a uma conclusão: Não se pode fechar os olhos para estanova realidade, não é mais possível atuar dentro das organizações sem dar a devida importância ao conhecimento. Unidade 2 – Gestão do Conhecimento e do Capital Inlectual CAPITAL INTELECTUAL E GESTÃO DO CONHECIMENTO “Vivemos em uma sociedade onde informação é barata, conhecimento é caro e sabedoria é rara”. Dennis Tsichritziz Muitas organizações já conseguem compreender que o conhecimento passar ser o seu ativo mais importante. Moreira (2013) comenta que: Esta é uma realidade que faz com que cada dia mais, as organizações valorizem o capital intelectual e os ativos intangíveis. Segundo Brooking (1996, p.12-13), o Capital Intelectual pode ser dividido em quatro categorias: Após compreender esta distinção, cabe apresentar a afirmação de Crawford (apud ZABOT; SILVA, 2002, p.67) que diz que o conhecimento pode ser um recurso único na criação de uma nova economia. E para isto ele aponta quatro características principais do conhecimento. São elas: Com isto, podemos concluir que não é uma tarefa fácil para a organização realizar a gestão dos ativos intangíveis. Mas também, não é uma tarefa impossível. Medindo o capital intelectual Falando então em como fazer a gestão dos ativos intangíveis, cabe abordarmos o tema Gestão do Conhecimento - GC. Terra apud Santiago Junior (2004 p.36) destaca sete dimensões através das quais a GC pode ser entendida. Com o avanço da tecnologia, da informática e das tecnologias de comunicação, os processos de geração, transformação, difusão e armazenamento de conhecimento nas organizações foram modificados, o que possibilitou e tem possibilitado que o conhecimento possa ser melhor. No quadro abaixo estão relacionadas algumas Ferramentas, tecnologias e técnicas que já fazem sucesso. Outras tecnologias amplamente utilizadas pelas organizações para disseminação do conhecimento são: Acima foram descritas ferramentas e tecnologias que podem auxiliar na disseminação do conhecimento, estão voltadas para tecnologia. Agora serão abordadas algumas formas de disseminação que não estão com foco em tecnologia. Alguns autores afirmam que o sucesso da gestão do conhecimento está na valorização das pessoas (que são agentes pró-ativos) do que em mega investimentos em Hardware e Software que podem ser considerados como parte importante do processo, mas não como parte principal. Por este motivo é importante a apresentação destes modelos. São eles: Job Rotation, Coaching, Mentoring Já sobre Mentoring faço as seguintes sugestões: leia o texto Mentoring: Você sabe o que é isto? Também sugiro que você leia o texto: Coaching e Mentoring: Igualando as diferenças, disponível em: http://www.guiarh.com.br/pp24.htm Dando continuidade, existem algumas práticas que também contribuem para a disseminação do conhecimento. São elas: Comunidades de Práticas e Memória Organizacional. Agora vamos entender o que é memória organizacional. Cabe destacar que as organizações são construídas por meio das práticas vivenciadas no dia a dia, isto é o que constrói a história da organização. Com isto, as empresas necessitam preservar esta história. E uma das maneiras é adotando a prática da Memória Organizacional. Leia o texto, Preservando a Memória Organizacional e veja que interessante alguns exemplos que são apresentados. CONCLUINDO Estamos na sociedade do conhecimento. O conhecimento é o ativo mais importante de uma organização. O que irá fazer a diferença neste contexto são os trabalhadores do conhecimento: É necessário acreditar que o capital intelectual da organização está no conhecimento de cada indivíduo que a compõe. As pessoas são os principais agentes de conhecimento. As pessoas são capazes de criar novos conhecimentos, de colaborar com o compartilhamento dos conhecimentos para a geração de novas ideias. Com isto, não há como negar que as pessoas são partes importantes para o desenvolvimento do aprendizado organizacional e também na Gestão da Informação e do Conhecimento.
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