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João Bosco da Silva http://lattes.cnpq.br/3305848313356239 http://www.docente.ufrn.br/bosco Tel.: (84) 99981-4232 bosco@ufrnet.br Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica MEC1508 Dinâmica Referências É uma subdivisão das ciências físicas que trata do estado de repouso ou de movimento de corpos submetidos à ação de forças. Mecânica Cinemática das Partículas 1) Partículas, Corpos Rígidos 2) Corpos Deformáveis Dinâmica Cinemática – Trata dos aspectos geométricos do movimento. Cinética – Analisa as relações entre as forças (causa) e o movimento (efeito). Estática Estuda as condições dos corpos em repouso. Mecânica Contínua Elasticidade Mecânic dos Fluidos Mecânica 1) Partículas, Corpos Rígidos 2) Corpos Deformáveis Dá origem a Equações Diferenciais Ordinárias Dá origem a Equações Diferenciais Parciais A solução de um problema de mecânica normalmente requer resolver uma equação diferencial. Este curso abordará a classe 1: Partículas, Corpos Rígidos Cinemática das Partículas É uma subdivisão das ciências físicas que trata do estado de repouso ou de movimento de corpos submetidos à ação de forças. Mecânica Aplicações da Dinâmica Por movimento entende-se o deslocamento de um corpo no espaço. Este movimento é cinematicamente conhecido quando em qualquer instante for possível caracterizar: A posição; A velocidade; A aceleração. Em todos os seus pontos ou partes constituintes. Cinemática das Partículas É um corpo cujo tamanho não afeta sua resposta às forças que atuam sobre ele. Partículas O movimento de grandes objetos como foguetes, aviões, ou carros, pode ser analisado frequentemente como se eles fossem partículas Aplicações da Dinâmica Estando a posição de movimento associada à noção das variações das posições dos corpos de instante a instante relativamente a pontos considerados fixos, o conceito de movimento é essencialmente relativo, pois depende do referencial considerado. Portanto, nos problemas que irão ser abordados, o tempo é a variável independente, sendo todas as outras variáveis e características expressa em função dele. Cinemática das Partículas O condutor de um automóvel em movimento permanence sempre na mesma posição se o referencial considerado for o assento, mas muda de posição de instante para instante se o referencial for a Terra. Exemplo Movimento Retilíneo de Partículas Cinemática das Partículas O movimento de uma partícula ao longo de uma linha reta é chamado Movimento Retilíneo. Para definir a posição P da partícula, escolhe-se uma origem fixa O, e um sentido positivo ao longo da linha reta. A distância x de O a P, e o correspondente sinal, definem completamente a sua posição, conhecida por Coordenada de Posição da partícula. Posição Movimento Retilíneo de Partículas No limite: Cinemática das Partículas A velocidade média da partícula, ao longo do intervalo t, é definida como o quociente entre o deslocamento x e o intervalo de tempo t: Velocidade A velocidade instantânea v de uma partícula no instante t é obtida a partir da velocidade média, através da imposição de tempos e de distâncias cada vez menores : Velocidade Movimento Retilíneo de Partículas Cinemática das Partículas A velocidade v é representada por um número real que pode ser positivo ou negativo. Um valor positivo de v indica que x aumenta, isto é, que a partícula se move no sentido positivo: Velocidade Um valor negativo de v indica que x diminui, isto é, que a partícula se move no sentido negativo: Velocidade Considere uma partícula com velocidade v no instante t, e, no instante t + t, com velocidade v + v : Movimento Retilíneo de Partículas No limite: Cinemática das Partículas A aceleração média da partícula durante o intervalo de tempo t é definida como o quociente entre v e t: Aceleração A aceleração instantânea a de uma partícula no instante t é obtida a partir da aceleração média, escolhendo velocidades e tempos cada vez menores: Aceleração Movimento Retilíneo de Partículas Um valor negativo de a indica que a velocidade diminui, isto é, a partícula se move mais lentamente no sentido positivo, ou mais rapidamente no sentido negativo: Cinemática das Partículas A aceleração a é representada por um número real que pode ser positivo ou negativo. Um valor positivo de a indica que a velocidade (isto é, o número v), aumenta. Isto pode significar que a partícula se move mais depressa no sentido positivo, ou mais lento no sentido negativo, em ambos os casos o valor de v é positivo Aceleração Movimento Retilíneo de Partículas Está acelerada (isto é, move-se mais rapidamente) nos exemplos abaixo: A aceleração pode também ser expressa como: Cinemática das Partículas O termo desaceleração é por vezes utilizado quando o valor de a pretende representar um decréscimo na velocidade da partícula (isto é, do módulo de v), a partícula está, por isso, em movimento mais lento. Veja os exemplos abaixo: Aceleração A aceleração é uma dada função de Determinação do Movimento de uma Partícula Aplicando as condições iniciais, tem-se: A aceleração é uma dada função de Aplicando as condições iniciais, tem-se: Cinemática das Partículas A aceleração é uma dada função de Determinação do Movimento de uma Partícula ou ainda: Cinemática das Partículas Neste movimento, a aceleração a da partícula é zero, qualquer que seja o valor de t. A velocidade v é, por isso, constante, e transforma-se em: Movimento Retilíneo Uniforme Cinemática das Partículas Movimento Retilíneo Uniforme Acelerado Neste movimento, a aceleração a da partícula é constante, qualquer que seja o valor de t, e transforma-se em: Cinemática das Partículas Movimento Relativo de duas Partículas Nas figuras estão representadas a posição de duas partículas, em que os vetores rA e rB (xA e xB) são as posições absolutas dessas partículas. A posição relativa entre as duas partículas é definida pelo vetor rb/a (xb/a), e representa a posição da partícula B em relação à partícula A. Cinemática das Partículas Cinemática das Partículas Muitas vezes, a posição de uma partícula depende de uma ou várias outras partículas. Os movimentos são ditos dependentes. Movimentos Dependentes Continuação Cinemática das Partículas Muitas vezes, a posição de uma partícula depende de uma ou várias outras partículas. Os movimentos são ditos dependentes. Movimentos Dependentes Significado físico das equações fundamentais Solução Gráfica de Problemas de Movimento Retilíneo Cinemática das Partículas Integrando as equações fundamentais Solução Gráfica de Problemas de Movimento Retilíneo Cinemática das Partículas Outros Métodos Gráficos Substituindo, na integral, dv por a dt, tem-se: Cinemática das Partículas Uma solução gráfica alternativa pode ser usada para determinar a posição de uma partícula em um dado instante, diretamente a partir da curva v-t. representando os valores de x e v em t = 0 por x0 e v0, e seus valores em t = t1 por x1 e v1, e observando que a área sob a curva v-t pode ser decomposta em um retângulo de área v0t1 e elementos diferenciais horizontais de área (t1 – t)dv, (figura abaixo), escreve-se: Outros Métodos Gráficos Método do Momento de Área Cinemática das Partículas Recorrendo-se à figura abaixo, nota-se que a integral representa o primeiro momento de área sob a curva a-t, em relação à linha t = t1, que limita a área à direita. Este método de solução é conhecido, então, como método do momento de área. Se a abscissa t do centróide C da área for conhecida, a coordenada de posição x1 pode ser obtida escrevendo: Se a área sob a curva a-t for uma área composta, o último termo em (1) pode ser obtido multiplicando-se cada área componente pela distância a partir de seu centróide à reta t = t1. As áreas acima do eixo t são consideradas positivas e as áreas abaixo de eixo t, negativas. Outros Métodos Gráficos Também, utiliza-se um outro tipo de curva de movimento, a curva v-x. Neste caso, a aceleração a pode ser obtida, a partir do gráfico desta curva (figura ao lado), desenhando a normal AC à curva e medindo a subnormal BC. De fato, observando que o ângulo entre AC e AB é igual ao ângulo θ, entre a horizontal e a reta tangente em A (cujo inclinação é tan(θ) = dv/dx), escreve-se: Cinemática das Partículas Vetor de Posição, Velocidade e Aceleração Movimento Curvilíneo de Partículas Cinemática das Partículas Sempre que uma partícula se desloca ao longo de uma trajetória que não seja uma linha reta, diz-se que a partícula está em movimento curvilíneo. Movimento Curvilíneo Movimento Curvilíneo de Partículas Considere que, nos instantes t e t + ∆t a velocidade da partícula é v e v’ respectivamente. O vetor ∆v, que une as extremidades Q e Q’, traduz a variação de velocidade da partícula durante o intervalo de tempo ∆t, já que o vetor v’ é obtido pela soma dos vetores v e dv. Aceleração Média: Aceleração Instantânea: Cinemática das Partículas Vetor de Posição, Velocidade e Aceleração Movimento Curvilíneo de Partículas Observando-se a trajetória descrita pela extremidade do vetor velocidade v, com a sua origem fixa em O’ (figura ao lado) verifica-se que o vetor aceleração a é tangente àquela trajetória, que designa-se por hodógrafo do movimento. Note-se que o vetor aceleração não é, geralmente, tangente à trajetória descrita pela paartícula (figura abaixo). Cinemática das Partículas Vetor de Posição, Velocidade e Aceleração Componentes Retangulares da Velocidade e da Aceleração Movimento Curvilíneo de Partículas Quando a posição de uma partícula P for definida em qualquer instante por suas coordenadas retangulares x, y e z, torna-se conveniente decompor a velocidade v e a aceleração a dessa partícula componentes retangulares (figuras abaixo). Cinemática das Partículas Movimento de um Projétil Movimento Curvilíneo de Partículas Seja, por exemplo, o caso do movimento de um projétil, para o qual a resistência do ar se pode desprezar; pode verificar-se que as componentes da aceleração são expressas por: Se definirmos a posição de um canhão através das coordenadas x0, y0 e z0, e as condições de velocidade inicial v0 do pojétil por (vx)0, (vy)0 e (vz)0, a integração dupla em t permite obter: Cinemática das Partículas Movimento Relativo a um Sistema de Referência em Translação Movimento Curvilíneo de Partículas Considere duas partículas A e B que se movem no espaço (figura abaixo); os vetores ra e rb definem, em qualquer instante, as suas posições relativamente ao sistema de referência fixo Oxyz. Seja agora um sistema de eixos x’, y’ e z’, centrado em A e paralelo aos eixos x, y, z. Enquanto a origem A se desloca, os eixos mantêm a sua orientação; diz-se então que o sistema de eixos Ax’y’z’ está em translação relativamente a Oxyz. Cinemática das Partículas Exemplo Enunciado: Uma motocicleta movimenta-se numa pista retilínea a uma velocidade de 27 m/s. Quando os freios são aplicados, a motocicleta desacelera a uma taxa de (6t) m/s2. Determine: A distância que a motocicleta movimenta-se até parar. Solução: Estabeleça as coordenadas positivas na direção do movimento da motocicleta. Já que a aceleração é dada como uma função do tempo, integre-a uma vez para calcular a velocidade e novamente para calcular a posição. Use as condições iniciais para obter a resposta final. Cinemática das Partículas 1) Integre a aceleração para determinar a velocidade. Exemplo 2) Pode-se agora determinar o tempo necessário para a motocicleta parar (v = 0). Use vo = 27 m/s. 3) Agora calcule a distância deslocada em 3 s integrando a velocidade usando, Cinemática das Partículas Componentes Tangencial e Normal Movimento Curvilíneo de Partículas Considere inicialmente que a partícula se desloca ao longo de uma curva contida no plano da figura. Seja P a posição da partícula num dado instante, e seja et o vetor unitário ligado a P, tangente à trajetória e orientado no sentido do movimento, (figura ao lado): ou Cinemática das Partículas Seja et’ o vetor unitário correspondente à posição P’ da partícula num instante posterior (figura abaixo). Componentes Tangencial e Normal Movimento Curvilíneo de Partículas Uma vez que a velocidade v da partícula é tangente à trajetória, podemos expressá-la pelo produto do escalar v pelo vetor unitário et, assim escreve-se: Cinemática das Partículas Componentes Tangencial e Normal: (representação gráfica ) Movimento Curvilíneo de Partículas As expressões acima obtidas significam que a componente tangencial da aceleração é igual à taxa de variação da velocidade da partícula, enquanto a componente normal é igual ao quadrado da velocidade dividido pelo raio de curvatura da trajetória em P. Se a velocidade da partícula aumentar, at é positiva, e a componente at é no sentido do movimento. Se a velocidade da partícula diminuir, at é negativa e a componente at é contrária ao movimento. Porém, a componente an é sempre dirigida para o centro de curvatura da trajetória (figura ao lado). Cinemática das Partículas Componentes Radial e Transversal Movimento Curvilíneo de Partículas Em alguns problemas de movimnto plano, a posição da partícula P define-se através das suas coordenadas polares r e θ (figura abaixo). Torna-se então conveniente decompor a velocidade e a aceleração da partícula segundo duas direções, respectivamente uma paralela e outra perpendicular à linha OP e que se designa por componentes radial e transversal. Considere dois vetores unitários er e eo ligados ao ponto P, (figura ao lado). Cinemática das Partículas Componentes Radial e Transversal Movimento Curvilíneo de Partículas Para uma circunferência, tem-se: Recordando as equações anteriores, tem-se: Cinemática das Partículas Coordenadas Cilíndricas (Extensão ao movimento da partícula no espaço) Movimento Curvilíneo de Partículas Figura 1 Figura 2 Por vezes, a posição da partícula P no espaço é definida por coordenadas cilíndricas R, θ e z (figura 1). É então conveniente utilizar vetores unitários er, eo e k, mostrados na (figura 2). Decompondo o vetor de posição r da partícula P segundos os vetores unitários, pode-se escrever: Cinemática das Partículas Movimento Retilíneo de Partículas Exercícios Um carro tem uma velocidade inicial de 25 m/s e uma desaceleração constante de 3 m/s2. Determine sua velocidade quando t = 4 s; Qual o deslocamento do carro durante o intervalo de tempo de 4 s? Quanto tempo é necessário para parar o carro? Movimento Retilíneo de Partículas Exercícios A aceleração de uma partícula quando ela se move ao longo de uma trajetória em linha reta é dada por a = (2t – 1) m/s2, onde t é expresso em segundos. Se x = 1 m e v = 2 m/s quando t = 0: Determine a velocidade e a posição da partícula quando t = 6 s; Determine também a distância total percorrida pela partícula durante esse período de tempo. Movimento Retilíneo de Partículas Exercícios Uma partícula percorre uma curva definida pela equação x = (t3 – 3t2 +2t) m, onde t é expresso em segundos. Construa os gráficos: x-t da partícula para 0 < t < 3s; v-t da partícula para 0 < t < 3s; a-t da partícula para 0 < t < 3s. Gráficos: Deslocamento, Velocidade e Aceleração Exercícios Deslocamento Velocidade Aceleração
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