Buscar

TRABALHO DAS FAMILIAS

Prévia do material em texto

4
AS TRANSFORMAÇÕES FAMILIARES E OS PAPEIS DE CADA MEMBRO
 	A família é um grupo social composto por indivíduos, no qual cada um tem um papel a cumprir, embora diferentes, sirvam para o funcionamento com um todo. Em todas as famílias - independente da sociedade - cada membro ocupa uma posição a ser seguida. O marido e a mulher têm direitos iguais dentro da sociedade conjugal. No Art. 226, § 5º da Constituição Federal Brasileira - “Os direitos de deveres á sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”. 
Nas primeiras entidades familiares, todos os membros da família assumiam obrigações morais entre si, sob a liderança do ancestral comum, conhecido como “patriarca” - normalmente da linhagem masculina, símbolo da unidade da entidade social, reunindo-se em uma mesma comunidade todos seus descendentes os quais compartilhavam de uma identidade cultural e patrimonial. Essas , unidas por laços sanguíneos de parentesco, receberam o nome de clãs.										A sociedade sofreu várias transformações nos últimos anos que não podem ser ignoradas pelo Direito e para que esta seja efetivamente protegida é necessário que a legislação acompanhe as mudanças sociais			Dentre os grupos formados ao longo do tempo, a família mereceu um lugar de destaque na medida em que é ela ¹ “[...] é a célula básica de toda e qualquer sociedade, desde as mais primitivas [...]” .A família é o referencial para seus membros.									 É da família que o indivíduo recebe educação, assistência, proteção, é ela quem lhe dá toda estrutura para o seu pleno desenvolvimento física, psíquica e emocional. Ela permite que o indivíduo desenvolva a sua personalidade para que assim consiga inserir-se na sociedade e atingir seus objetivos. Para isto, a família tem de ir se moldando tanto externa quanto internamente, para que assim possa se adequar as mudanças sociais e atender as novas circunstâncias a serem enfrentadas.				O novo Código Civil de 2002, a exemplo da Constituição Federal de 1988, representou um marco considerável e um divisor de águas, na matéria de Direito de Família, ao reconhecer, por exemplo, a família como " célula mater" da sociedade e que a entidade familiar seja administrada conjuntamente por ambos os cônjuges.							A evolução constitucional alcançou a sociedade e a família. A constitucionalidade conduziu o país do Estado Liberal para o Social e esta realidade surgiu com a Constituição Federal de 1988. O sistema jurídico estabeleceu regramentos segundo a realidade social e esta alcançou diretamente o núcleo familiar, regulamentando a possibilidade de novas concepções de família, instaurando a igualdade entre homem e mulher, ampliando o conceito de família e protegendo todos os seus integrantes,		 A constituição da família greco-romana está profundamente relacionada com as crenças antigas. Nesta época, a religião se manifestava dentro de casa e não nos templos, isto é, “a religião antiga era estritamente doméstica [...]” . Os religiosos acreditavam que os deuses habitavam os lares de cada indivíduo. Cada lar tinha seus deuses.					Na Grécia, como dispõe Rodrigo da Cunha Pereira, a família ligava-se estritamente a organização política da cidade, que seria uma espécie de conglomerado de famílias agrupadas em fratrias e tribus. O influencia ou autoridade da mulher era quase nula, ou diminuída de toda forma: não se justificava a mulher fora de casa. Ela estava destinada à inércia e à ignorância. Tinha vontade, mas era impotente, portanto, privada de capacidade jurídica. Conseqüentemente, na organização familiar, a chefia era indiscutivelmente do marido. Este era também o chefe da religião doméstica e, como tal, gozava de um poder absoluto, podendo inclusive vender o filho ou mesmo matá-lo.										Como afirma Caio Mário da Silva Pereira, sobre a família romana, o pater era, ao mesmo tempo, chefe político, sacerdote e juiz. Comandava, oficiava o culto dos deuses domésticos (penates) e distribuía justiça. Exercia sobre os filhos direito de vida e de morte (ius vitae ac necis), podia impor-lhes pena corporal, vendê-los, tirar-lhes a vida. A mulher vivia in loco filiae, totalmente subordinada à autoridade marital (in manu mariti), nunca adquirindo autonomia, pois que passava da condição de filha a esposa, sem alteração na sua capacidade; não tinha direitos próprios, era atingida por capitis deminutio perpétua que se justificava propter sexus infirmitatem et ignoratiam rerum foresium. [...]								Em Roma, a união entre um homem e uma mulher era a base de constituição da família. O casamento, que deveria ser indissolúvel, foi a primeira instituição estabelecida pela religião doméstica. Nas famílias antigas, para a mulher, o casamento significava, além de tudo, a mudança de religião, pois esta, enquanto filha, seguia a prática religiosa do seu pai, porém, depois de casada, seguia a do marido. Não se admitia a poligamia e o sexo somente era permitido dentro do matrimônio, com finalidade apenas para a reprodução.										Deste modo, perante o surgimento de alguns fenômenos sociais como a possibilidade de dissolução da sociedade conjugal, apareceram, cada vez mais, outras formas de uniões. Entretanto, sabe-se que ao lado das famílias consideradas legítimas sempre existiram outras famílias, mas que não encontraram regulamentação no ordenamento jurídico positivo. Porém, o fato de não haver regulamentação não impediu e não impede a formação e a proliferação dessas famílias e também não significa que elas não mereçam o mesmo respeito que qualquer outra. É notável o fato de que, cada vez mais, essas famílias ganham visibilidade na sociedade. A família modificou-se profundamente. 										E com tantas transformações, é inevitável que mudanças ocorram na constituição dessas “novas” famílias. Houve então uma nova organização desse instituto, surgindo novos modelos.
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA.
A transição da família como unidade econômica para uma compreensão solidária e afetiva, tendente a promover o desenvolvimento da personalidade de seus membros, traz consigo a afirmação de uma nova feição, agora fundada na ética, na afetividade e na solidariedade. E esse novo balizamento evidencia um espaço privilegiado para que os seres humanos se completem.
MODELOS DE FAMILIA EXISTENTES NA SOCIEDADE
FAMÍLIAS TRADICIONAIS
Na estrutura familiar tradicional, a distribuição dos papeis é sob sistema patriarcal composta pelos pais e pelos filhos, ambos morando em uma residência em comum, o papel da mãe é cuidar de cada membro da família, criar e educar os filhos e zelar do marido. Podemos contar com o auxilio da Lei que protege a maternidade e os direitos sociais, pois a mãe e a base fundamental para a formação da família, Art. 6 º da Constituição Federal- “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, a previdência social, a proteção a maternidade e á infância, a assistência aos desempregados.” 		
FAMÍLIAS MONOPARENTAIS
	As famílias monoparentais são formadas somente por uma figura de poder, que vivem com filhos consangüíneos ou adotivo.Mãe ou pai solteiros , tanto pela vontade de assumir a paternidade ou a maternidade sem a participação do outro parceiro, isso ocorre circunstancialmente pela morte ou pelo abandono de uma das partes. Definida no Art.º 226, § 4º da Constituição Federal- “Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. ” 	 	Com o reconhecimento da família monoparental a CF de 1988, Buscou garantir aos seus componentes a proteção recomendada para a vida familiar. Um dos direitos adquiridos por esta família foi à impenhorabilidade do Bem de família, que tem por finalidade garantir a moradia da família. A proteção ao bem de família não pertence apenas a família matrimonizalizada, mas também das famílias procedidas de união estável e famílias monoparentais. 
 Mesmo estando em minoria, às famílias monoparentais estão crescendo incessantemente, principalmente nas camadas mais pobresda sociedade brasileira, esse fato é preocupante já que a maioria delas é chefiada por mulheres sozinha com crianças.
FAMÍLIA MONOPARENTAL PRIMITIVA
Nas civilizações primitivas, o agrupamento familiar não se caracterizava pelas suas relações individuais, pois viviam em endogamia, ou seja, os relacionamentos sexuais ocorriam entre todos os integrantes da tribo. Em decorrência deste fato, as relações de parentesco ficavam prejudicadas, visto que, apenas a mãe era conhecida. Caio Mário(1996, p.17), diz que: “essa posição antropológica que sustenta a promiscuidade não é isenta de dúvidas, entendendo ser pouco provável que essa estrutura fosse homogênea em todos os povos.”
Posteriormente por motivos diversos, os homens tenderam a relacionar-se com mulheres de outras tribos, evitando o próprio grupo. Mais tarde, ocorreu uma prevalência por relações individuais, ressaltando o caráter de exclusividade, que acaba por originar a monogamia, embora a poligamia, seja mantida por algumas civilizações.
A família monogâmica foi fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Sua prevalência entre os povos forçou o reconhecimento da paternidade beneficiando os filhos com o exercício da obrigação paternal de proteção e assistência. 
Em decorrência, tornou-se fator econômico de produção, pois os muitos membros trabalhavam juntos pela subsistência do grupo. Além disto, foi com a agregação da família que surgiu a propriedade individual.
 FAMÍLIA ROMANA 
A sociedade romana atribuía a família papel relevantíssimo, pois a mesma,
abarcava não só o setor social, mas também os aspectos econômicos, religiosos, políticos e jurídicos.
A família romana baseava-se no poder paternal ou paterfamilias, Os membros
desta instituição não se encontravam unidos pelo vínculo do nascimento ou pela afeição natural existente entre parentes, mas sim pela religião doméstica e o culto aos antepassados.
O pater era o membro de maior importância na família romana. Ele administrava todo o patrimônio familiar, além disto era o responsável pela preservação e direção do culto às divindades de seus antepassados. Além destas atribuições, o pater ainda distribuía a justiça, fazendo parte do senado romano por um longo período. Ele era o único membro sui júris da família, ou seja, sujeito de seu próprio direito, e exercia seu poder absoluto sobre a mulher, os filhos e os escravos, todos alieni júris, isto é, aquele que não goza de direito próprio e está sujeito à autoridade de alguém.
A materfamilias com o casamento perdia a relação com o culto de seus
antepassados passando a cultuar os deuses do marido, de modo que jamais transmitia aos filhos traços de sua própria família.
Os filhos eram tratados conforme o sexo. O filho só adquiria a condição de sui júris com a morte do pater e assim podia constituir nova família. A filha iria casar e fazer parte de outra família. Apenas os filhos poderiam herdar.
Durante este período, a família era um agrupamento de pessoas que cultuavam os mesmos deuses. Esta era a razão de sua existência e perpetuação, a necessidade de manter o culto familiar. Por isto, o direito romano defere tamanha importância à adoção e considera uma desgraça o celibato.
Toda esta preocupação em preservar o culto através de um descendente masculino faz surgir outra questão. Não era o bastante conceber um filho, já que este deveria advir de um casamento religioso. Com o advento do cristianismo, o casamento foi alçado à qualidade de sacramento, cercando-o de solenidades perante a autoridade religiosa. Esta celebração possuía três finalidades: remediar a concupiscência, geração e educação da prole. E para assegurar que nada impediria a consagração deste vínculo religioso, tanto a poligamia quanto o divórcio foram condenados. No que tange este último instituto, as únicas possibilidades para dissolução do vínculo matrimonial, eram o adultério e o privilégio Paulino. Entretanto, o mesmo ainda era permitido nos casos de adultério (Mt.19,9) e no privilégio Paulino (I Cor. 7, 10-17). Na primeira hipótese, se admitia apenas a separação de leito e habitação, o que conhecemos como separação de corpos. Já na
segunda, realmente ocorria a dissolução do matrimônio, como indicação do apóstolo
Paulo, mas apenas no casamento realizado entre cristãos e não cristãos.
A família na idade média
Durante toda a Idade Média, é notório o domínio da igreja católica sobre as
relações familiares. O que é demonstrado pelo fato de o casamento religioso ser o único conhecido, por muitos séculos. Já o casamento civil surgiu apenas em 1767, na França.
Mesmo neste tempo, o casamento se manteve distante de qualquer conotação afetiva, possuindo ainda a mesma destinação romana, manutenção do culto religioso. Como na sociedade romana, na medieval era imprescindível o nascimento de um filho para atingir tal finalidade. De acordo com Venosa (2002, p.19) “reside nesse aspecto a origem histórica dos direitos amplos, inclusive em legislações mais modernas, atribuídos ao filho e em especial ao primogênito, a quem incumbiria manter unido o patrimônio em prol da unidade religioso-familiar”. Entretanto, o casamento também servia para unir as famílias do casal. E
além disto, era a única forma de adentrar no esquema social tradicional, pois de outro modo ocorreria a marginalização.
Nesta época, era papel da família orientar os jovens quanto à profissão que
seguiria, pois, o ofício era transmitido de geração para geração, dentro das corporações de ofício. Tal instituição também era responsável pela educação da prole, bem como, pelo ensinamento dos preceitos religiosos.
A realidade econômica era baseada na agricultura, em decorrência deste fato a família era numerosa, visto que, o desempenho daquela atividade necessitava de bastante mão-de-obra. Como unidade de produção, onde todos trabalhavam, as ordens eram dadas pelo chefe do lar, o pai. Neste ponto, percebe-se que a família medieval vivia sob o patriarcado, ou seja, o regime social em que o pai é a autoridade máxima
.
FAMÍLIAS RECASADAS	
As famílias recasadas nascem com o termino do relacionamento e o desejo de construir uma nova família, ou pela viuvez de ambas a parte (pai ou mãe). Definida pela LEI Nº 6.515, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977.
Art. 2º - A Sociedade Conjugal termina:							I - pela morte de um dos cônjuges;					 		Il - pela nulidade ou anulação do casamento;						III - pela separação judicial;								IV - pelo divórcio.										Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.								 Em caso de falecimento do responsável legal, o padrasto ou a madrasta podem obter inclusão do sobrenome no registro do enteado, sem exclusão do sobrenome do pai e da mãe. Art. 57 da LEI No 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973, passa a vigorar acrescido do seguinte § 8º “O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2o e 7o deste artigo, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressado concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família.”
FAMILIAS AMPLIADAS 
Famílias ampliadas são a constituída não somente pelos pais e filhos, mas pelos os avos, os primos, os tios, na qual a criança ou o adolescente convive e mantêm vínculos de afinidade e afetividade, definida pela da LEI DE Nº 12.010, DE 3 DE AGOSTO DE 2009, Art.º 25 parágrafo único que trata da reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente introduz família extensa ou ampliada como sendo espécie da família natural, distinta da família substituta. A Constituição Federal sanciona como prioridade, o dever do Estado quanto à proteção da criança e do adolescente, definido pelo Art.º227, ”É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar á criação; ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito á vida, á saúde, á alimentação, á educação, ao lazer, a profissionalização, á cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiare comunitária, alem de colocá-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” 	
FAMÍLIAS NÃO CONVENCIONAIS 		
Família não convencional é formada por membros que não possuem a mesma consanguinidade, e tudo que escapa á forma biológica, casais homossexuais, casais separados com filhos de outras uniões, filhos adotivos. Todos são iguais perante a Lei, podendo assim construir uma família. Art. 5º da Constituição Federal –“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito, á liberdade, á igualdade, á segurança e á propriedade. 
3.5.1 FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS 
Tal constituição familiar, hoje, se mostra mais encorajada a discutir seus valores,
suas qualidades, direitos e seus deveres, entre os membros componentes
e a sociedade.
O modelo familiar homo parental abriga em seu seio, pais Gays ou mães Lésbicas,
detentores do desejo para criar crianças (filhos) biológicos, adotivos,produtos de gravidez assistida. Sendo o afeto o ponto primordial em sua constituição	.
3.5.2. FAMILIA SUBSTITUTA 
Dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente que a colocação de menor em família substituta será feita de forma excepcional( CÓDIGO CIVÍL , Art. 19º “Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.   § 1o  Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe Inter profissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.”), só mesmo quando estiver sido esgotadas todas as vias possíveis de permanência com a família natural é que se coloca em prática as disposições relativas a família substituta.
Considerações Finais
	
 Como vimos, importantes modificações têm ocorrido na estrutura da família, conforme se transforma a sociedade nas diferentes maneiras de produzir materialmente a vida dos homens.
 Tomamos como ponto relevante para o presente estudo a concepção que temos de família, enquanto sistema relacional inserido numa diversidade de contextos e constituído por pessoas que compartilham sentimentos e valores, formando laços de interesse, solidariedade e reciprocidade, com especificidade e funcionamento próprios.
A imagem do pai, da mãe e seus filhos nunca deixarão de ser tradicional. Porém é um cenário de constante mudança onde a diferença é cada vez mais normal: com a multiplicação dos modelos familiares, hoje as famílias são formadas também pelas madrastas, padrastos, enteados, pais e mães homossexuais e pais e mães solteiras.
 Assim, acreditamos que a família desempenha papel fundamental não só na relação com seus membros enquanto “lócus” de afiliação e/ou de reafiliação social dos mesmos, mas também na relação com o Estado, na perspectiva de instituição social decisiva ao desenvolvimento do processo de integração/inclusão social de seus membros.
 Através do incentivo à construção da autonomia e independência de seus membros, a família estará, de acordo com Cicchelli (2000), favorecendo a formação de um indivíduo capaz de organizar sua própria vida e responsabilizar-se por suas relações sociais, e fortalecendo a manutenção de laços afetivos já existentes, bem como a formação de novos laços.
As transformações sociais regidas pela globalização e capitalismo são parte de nossa evolução, e estão cada vez mais presentes em um mundo que antes era pautado somente em doutrinas religiosas. Não só as leis requerem evolução, mas é normal que as pessoas também queiram se adaptar, e se essa adaptação não aconteceu na primeira tentativa, tentar de novo torna-se cada vez mais válido.
A família estará, desta forma, na compreensão de Sassaki (1997), exercitando e difundindo conceitos inclusivistas, ou seja, valores que defendem a integração/inclusão do indivíduo sob todos os aspectos, independentemente da sua cor, sexo, idade, etnia.
É interessante frisar que as pessoas não buscam somente os direitos, e sim o relacionamento familiar como um todo. A família está mudando, vai continuar mudando. Tem uma capacidade de adaptação incrível. Muda, mas permanece como referencial.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes