Buscar

RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

2ª Prova 21/11
3ª Prova 28/11
Exame 05/12
DIREITO DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIAS – lei 11101/05
	CÓDIGO CIVIL DE 1916
	CÓDIGO CIVIL 2002
	Nasceu em um Estado Liberal, de cunho individualista.
	Nasceu em um Estado Social, de cunho coletivo.
	Autonomia da vontade ilimitada.
	Autonomia da vontade é de forma limitada por normas de ordem pública, como a função social, a boa fé...
	Princípio da Igualdade Formal, onde todos são iguais perante a lei
	Princípio da igualdade material/substancial: considerar as desigualdades para assegurar a igualdade.
	Princípio da boa-fé subjetiva, que significa que a crença de que o outro age de boa fé, que está agindo corretamente.
	Princípio da boa-fé objetiva: Conduta pautada na boa-fé, onde se observam seus corolários, como a lealdade, a confiança, o dever de informação, etc.
Por se tratar de uma cláusula geral aberta, ela não tem um significado absoluto, permitindo sua interpretação de acordo com o momento.
	Pacta Sunt Servanda – o pacto deve se cumprido, porque eu dei minha palavra.
	Pacta Sunt Servanda – o pacto tem que ser cumprido de acordo com as normas de ordem pública (função social e boa-fé). 
	
	Função Social: Trata-se de cláusula geral aberta, 
Avanços da lei: 
	Novo paradigma: mudança cultural onde o processo de recuperação é visto como uma saída e não um problema. Outro avanço corresponde aos três institutos: recuperação judicial, extrajudicial e falência.
Lei 7661/1945
Lei 11101/2005
Desafios da lei:
	A mudança cultural, a adequação do judiciário e também a preparação do empresariado para agir o mais breve possível facilitando o processo de recuperação e minimizando as perdas.
Novo paradigma da lei:
	Facilitar o entendimento da sociedade de que a recuperação empresarial é um processo integrante do ciclo de vida de uma empresa devendo ser encarado com naturalidade. 
Noções gerais da lei
	Falência: Processo judicial de execução concursal do patrimônio do devedor empresário, que normalmente é uma pessoa jurídica, revestida da forma de sociedade anônima. 
	Recuperação judicial (art.47) ou extrajudicial (art. 161): São medidas que possibilitam ao devedor empresário a chance de se reorganizar para cumprir em parte que seja as suas obrigações. 
	Objetivo da recuperação: Viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor a fim de possibilitar a manutenção da fonte produtora do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo assim a preservação da empresa, sua função social e o estímulo a atividade econômica. 
Finalidade da lei
	Introduzir no sistema jurídico instrumentos legais e mecanismos jurisdicionais capazes de propiciar a reorganização de empresas viáveis que se encontram em crise econômico-financeira. 
Princípios
1) Viabilidade da empresa: a lei fixa uma dicotomia entre empresas viáveis e inviáveis. A viabilidade se verifica pelo ativo e passivo, pelo faturamento anual, pelo nível de endividamento, tempo de constituição, relevância sócio econômica da atividade, etc. Sendo possível o cumprimento do plano de recuperação proposto, a empresa é considerada viável. Não sendo possível, ocorrerá a conversão do processo de recuperação em solução liquidatária. 
2) Prevalência do interesse dos credores: apesar de se buscar a satisfação dos credores, objetiva-se a reestruturação da empresa em vista do interesse social. A predominância do interesse dos credores deve identificar-se com o interesse público inerente a empresa.
3) Publicidade dos procedimentos: os procedimentos devem ser públicos, objetivos e com clareza, com estipulação objetiva dos requisitos e prazos, pois isso dificulta manobras protelatórias e fraudes.
4) Princípio da Par Conditio Creditorium: tratamento equitativo para todos os credores.
5) Princípio da conservação e maximização dos ativos: os ativos devem ser preservados e valorizados. O ativo deve ser utilizado para quitar o débito, e não para satisfazer o devedor.
6) Princípio da conservação da empresa viável: a atividade empresarial afeta o mercado e a sociedade, portanto só deve ser liquidada (falência) a empresa inviável, aquela que não comporta uma reorganização eficiente ou não justifica o desejável resgate.
Abrangência da lei: art. 1º e 2º Lei 11101/2005.
Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Art. 1º - Devedores empresários abrangidos pela Lei 11101/2005, a LRE.
Empresário individual; microempresa e empresa de pequeno porte, o espólio (a empresa do falecido): o objetivo de se fazer uma recuperação do espólio é assegurar aos credores as percepções dos haveres que mantinham em relação ao devedor falecido, visando salvaguardar a memória do empresário falecido, pela solução de seus débitos e o soerguimento da empresa.
Empresário rural – o art. 971 CC diz que ele pode requerer inscrição no registro público de empresas mercantis, assim também a sociedade cujo objeto é o negócio/empresa rural. Na medida em que assumem natureza empresarial estão sujeitos a Lei 11101/2005.
Sociedades empresárias: sociedades em geral, SA, LTDA, EIRELI.
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
 I – empresa pública e sociedade de economia mista;
 II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Art. 2º I - empresas públicas e sociedades de economia mista estão excluídas.
II - Empresas sujeitas a regime especial, cooperativas, sociedades privadas, instituições de iniciativa privada. (Ex.: Cooperativas, previdência privada, sociedades operadoras de planos de saúde, instituições financeiras, etc.).
Empresas irregulares
Empresas irregulares – para a falência pode se utilizar a Lei 11101/2005, pois a recuperação só alcança as empresas regularmente registradas.
JUÍZO COMPETENTE
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
Principal estabelecimento: É o do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial da empresa sediada fora do Brasil, é aquele onde o empresário exerce o maior volume de negócios, o de maior expressão patrimonial. Trata-se de uma questão de fato, a ser dirimida pelo juiz, conforme cada caso, de acordo com as peculiaridades de cada caso.
PRINCÍPIOS DO JUIZO CONCURSAL - RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA
Princípio da indivisibilidade: todas as ações sobre bem, interesses e negócios do devedor serão processados perante um único juízo. EXCEÇÃO: as ações em curso antes da decretação da falência e as ações do tempo do termo legal, não são deslocadas para o juízo universal, serão processadas e após o crédito será debitado no juízo universal.
Princípio da universalidade: todos os credores do devedor comum devem concorrer no mesmo juízo – concurso de credores – art. 83 da Lei 11101/2005.
CRÉDITOS
Para se saber quem recebe antes, quanto, e como recebe, tem que haver:
Art. 83 da Lei 11101/2005.
A declaração dos créditos, realizada pelo administrador da falência.
A verificação de dá após a:
Publicação dos credores;
Impugnação ou postulação de inclusão;
Consolidação do quadro geral de credores.
Habilitação de novos credores: credores retardatários.
Consolidação do quadro geral de credores.
Quadro geral de credores – art. 83 da Lei 11101/2005.
Na falência, a ordem de preferência é fixada tendo em vista o princípio da par creditio creditorio.
Na falência a ordem de preferência é fixada tendo em vista o princípio da par conditio creditorium. Na recuperação, aordem legal tem caráter meramente informativo já que credores e devedor poderão praticar ou pactuar outra ordem classificatória, respeitando sempre os créditos trabalhistas.
É assinado pelo administrador e homologado/fiscalizado pelo juiz. 
Havendo uma fraude, poderá ser pedida a exclusão, outra classificação ou a retificação do quadro até o encerramento da recuperação ou da falência.
O pedido de habilitação de crédito deve conter:
- Nome do credor
- Firma ou denominação de PJ
- Domicilio do credor e endereço para comunicação dos atos do processo
- Importância exata e atualizada do crédito até a data do requerimento
- Origem e classificação do crédito
- Documento comprobatório do crédito
- Indicação da garantia e o respectivo instrumento
- Especificação do objeto da garantia
Credores retardatários
São aqueles que habilitam o seu crédito fora do prazo legal, cabendo a ele requerer reserva de valor para satisfação de seu crédito. 
Ônus do credor retardatário: perda de eventuais rateios já realizados.
Créditos concursais:
São aqueles que ocorrem no período de crise econômico-financeira da empresa e que vão compor o quadro geral de credores do artigo 83.
Créditos extra concursais: 
São aqueles que compõem o período pós decretação da falência relativos a manutenção da empresa ou dos bens desta empresa, ao pagamento do administrador judicial, seus auxiliares. Referem-se a serviços prestados após a decretação da falência. Estão elencados no artigo 84.
Art. 84 da Lei 11101/2005 – créditos extraconcursais.
Nas lições extraídas pela rede de ensino Luiz Flávio Gomes (2013) é possível distinguir duas espécies de créditos na falência: os créditos extraconcursais (credores da massa) e os créditos concursais (credores do falido) enquanto esses decorrem das obrigações que foram assumidas antes da declaração da falência empresarial; aqueles decorrem das obrigações que foram contraídas na recuperação judicial pelo recuperando, e esses créditos surgem após a decretação da falência, os credores detentores dessa espécie de créditos têm prioridade na ordem de pagamento, e por isso serão pagos antes dos créditos concursais, for força normativa descrita no artigo 84 da lei 11.101/2005.
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:
 I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência;
 II – quantias fornecidas à massa pelos credores;
 III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;
 IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida;
 V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.
ADMINISTRADOR JUDICIAL
Lei 21 da Lei 11101/2005: pessoas idôneas, nível superior, tem que ter a confiança do juiz. Pode ser pessoa física ou jurídica.
Remuneração: fixada pelo juiz, sendo que o valor não pode exceder à 5% do valor a ser pago aos credores – art. 24, § 1º da Lei 11101/2005 – 60% durante o processo e o resto ao final.
Perda da remuneração:
Descumprimento das obrigações legais;
Desaprovação das prestações de contas;
Destituição das funções;
Renúncia sem relevante razão de direito (doutrina – deveria haver pagamento proporcional pelos serviços que concretamente prestou).
Pode haver substituição do administrador mediante autorização judicial, tendo pagamento proporcional pelos serviços que concretamente prestou – art. 24, § 3º da Lei 11101/2005.
Destituição por omissão ou negligência, agir de má-fé – art. 31 da Lei 11101/2005.
Pagamento em primeiro lugar de um credor quirografário (sem garantia), antes de um credor com garantia real ou pessoal.
COMITÊ DE CREDORES
Órgão facultativo, tanto na recuperação judicial, quanto na falência, cabe aos credores decidir acerca do comitê, que fiscaliza o processo para não haver benefício de um credor sobre o outro.
Remuneração: podem ser remunerados – art. 29 da Lei 11101/2005.
Função de fiscalização do processo e das contas do administrado; comunicar ao juiz possível violação de direitos; fiscalizar a execução do plano de recuperação; solicitar a alienação de bens.
Composição do comitê – art. 26 da Lei 11101/2005 – um representante da classe trabalhista; um representante dos credores com garantias reais ou privilégios especiais; um representante dos quirografários; um representante de EPP e ME.
Destituição do comitê – pode ser destituído apenas um membro ou o comitê todo – dissolução do comitê.
ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES – art. 35 e seguintes da Lei 11101/2005.
É convocada pelo juiz ou a pedido dos credores.
Hipótese de convocação;
Constituição do comitê de credores; manifestação sobre o pedido de desistência de uma recuperação judicial em curso.
Aprovação ou modificação do plano de recuperação.
Quórum de instalação da assembleia – art. 37, § 2º da Lei 11101/2005:
Com a presença de credores que detenham mais da metade dos créditos de cada classe.
Direito ao voto na assembleia – art. 39 da Lei 11101/2005 – tem direito ao voto os credores arrolados no quadro geral de credores do art. 83 da Lei 11101/2005, na falta do quadro, na relação de credores feita pelo administrador judicial ou na relação apesentada pelo devedor.
Aprovação das propostas da assembleia – será aprovada a que obtiver votos favoráveis de credores que representam mais da metade do valor total dos créditos presentes na assembleia.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL – – art. 47 e seguintes da Lei 11101/2005.
- Objetivo: viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira credor a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo a atividade econômica. Possui um administrador judicial nomeado pelo juiz.
- Legitimidade ativa para requerer a recuperação judicial - art. 48 da Lei 11101/2005: O próprio devedor; o cônjuge sobrevivente; herdeiros do devedor, inventariante, sócio remanescente.
Créditos sujeitos a recuperação
- Créditos da recuperação: todos os existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. Quanto aos créditos tributários, a doutrina e jurisprudência entendem que não seria possível dificultar a recuperação, e que nesse caso caberia a recuperação, mas atualmente pelo CTN não é possível.
SEGUNDA PROVA
- Requisitos da recuperação judicial:
a) Exercer atividade regular há mais de dois anos;
b) Não ser falido e tendo sido, estarem extintas as suas responsabilidades.
c) Não ter obtido concessão de recuperação judicial a menos de 5 anos.
d) Não ter sido condenado por crime falimentar
- Meios de recuperação judicial
O artigo 50 da lei 11.101/2005 apresenta um rol exemplificativo de meios. Podem haver outros meios, dependendo do negócio, como também mais de um meio. Exemplos de meios: Dilação do prazo de pagamento; cisão; incorporação; arrendamento do estabelecimento; redução salarial; compensação de horários; redução de jornada mediante acordo ou convenção coletiva; dação e novação; venda parcial dos bens; 
- Órgãos da recuperação judicial
a) Assembleia geral credores
b) Comitê de credores (facultativo)
c) Administrador judicial
- Cumprimento da recuperação judicial
Concedida a recuperação judicial, o devedor deverá cumprir todas as obrigações previstas no plano no prazo de 2 anos. Na prática, o prazo se estende para 3,4, 5 anos. Não havendo cumprimento do plano, ocorrerá a convolação da recuperação para falência. Cumprindo todas as obrigações constantes no plano o administrador deverá requerer ao juiz que decrete o encerramento da recuperação judicial, quando será determinado:
a) o pagamento do saldo dos honorários do administrador judicial (60% no processo e 40% no término).
b) Apresentação de relatórios sobre a execução do plano.
c) Dissolução do comitê, se houver.
d) A exoneração do administrador
e) Comunicação ao registro de empresas
Não sendo cumprido o plano e sendo decretada a falência, os credores terão seus direitos reconstituídos como originalmente contratados. 
- Plano de recuperação judicial
É o documento de maior importância num processo de recuperação, devendo ser apresentado ao juízo no prazo improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferiu seu processamento. 
- Requisitos do plano
a) Detalhamento dos meios de recuperação; 
b) Demonstração da viabilidade econômica e o laudo econômico-financeiro da empresa;
c) Laudo de avaliação de ativo do devedor
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL – ART. 161 e seguintes
Acordo firmado extrajudicialmente pelo devedor e os credores. 
Levada eventualmente pra homologação do poder judiciário, isto é, quando 3/5 dos credores concordam com a recuperação extrajudicial. Havendo concordância de 100% dos credores, não se faz necessária a homologação judicial. 
- Objetivo da recuperação extrajudicial: trata-se de um acordo para superação da crise da empresa, manutenção dos empregos, da fonte produtora e implemento da função social da empresa.
- Credores que podem participar:
a) Credores com garantia real. Ex.: Hipoteca, penhor
b) Credores com privilégios especiais. Ex.: aquele que faz um serviço para manter o prédio.
c) Credores com privilégios gerais. Ex.: Custas judiciais.
d) Credores quirografários.
Não é necessário que a recuperação extrajudicial inclua todas as classes de credores ou todos os créditos integrantes de uma classe. O plano pode se restringir a um grupo de credores de mesma natureza e sujeitos a semelhantes condições de pagamento.
- Modalidades de recuperação extrajudicial
a) Recuperação extrajudicial de homologação facultativa: ocorre quando o devedor obteve o consentimento de todos seus credores. Nesse caso a homologação é facultativa porque o acordo já foi firmado. Sendo homologado, torna-se título executivo judicial – CPC art. 515. 
b) Recuperação extrajudicial de homologação obrigatória: ocorre quando o devedor não consegue consentimento unânime dos credores. Conseguindo a homologação vinculará todos os credores aos termos do acordo.
- Documentos necessários para homologação obrigatória
a) Plano de recuperação e sua justificativa
b) Exposição da situação patrimonial do devedor
c) Demonstrações contábeis
d) Relação completa de credores
e) Prova de que os credores que assinaram o pedido tem poderes para novar e transigir.
- Efeitos da homologação
Torna o plano de recuperação extrajudicial um título executivo judicial.
- Requisitos objetivos da homologação extrajudicial
a) Concordância de 3/5 dos credores
b) Ausência de previsão de pagamento antecipado de credores evitando beneficio de alguns em detrimento de outros.
- Legitimados para pedir recuperação extrajudicial
a) O próprio devedor
b) Cônjuge sobrevivente
c) Herdeiro
d) Inventariante
e) Sócio remanescente
FALÊNCIA
Conceito: corresponde ao encerramento da atividade de uma empresa decorrente de ordem judicial, em razão da impossibilidade de continuidade do seu funcionamento em função de dificuldades financeiras. É um processo de execução coletiva ou concurso de credores – art. 83 LFRP.
Legitimidade ativa: qualquer credor, herdeiros, cônjuge sobrevivente e o próprio devedor podem pedir a falência de uma empresa.
CRITÉRIOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DA FALÊNCIA
Impontualidade do devedor – o autor do pedido de falência deverá provar através de título protestado que o devedor deixou de pagar a obrigação líquida, superior a quarenta salários mínimos;
Frustração da execução – o devedor não possui bens passíveis de penhora.
Ocorrência de atos denominados falenciais – liquidação precipitada de seus ativos ou utilização de meios fraudulentos para realizar pagamentos.
Negócios simulados – retardamento de pagamentos.
Ausência/abandono do estabelecimento sem deixar representante habilitado.
Descumprimento do plano de recuperação no prazo estabelecido.
Pedido de auto falência.
ELIDIR A FALÊNCIA
Ocorre depois do pedido de falência, quando o devedor pode provar:
- A falsidade do título;
- Pagamento da dívida;
- Nulidade da obrigação ou do título.
PEDIDO DE FALÊNCIA
Conterá:
Nomeação do administrador judicial;
Impedimento de alienação de bens;
Prazo para habilitação dos credores;
Fixação do termo legal.
TERMO LEGAL – data presumida da falência da empresa. É o marco inicial (presumido) da insolvência empresária do devedor. Determina o período anterior a decretação da quebra. O período investigatório terá início no termo legal e se encerará com a decretação da falência.
MOTIVO DO TERMO LEGAL – evitar a prática de atos em detrimento dos credores.
EFEITO DO TERMO LEGAL – os atos podem ser determinados como ineficazes. Certos atos praticados neste período serão considerados ineficazes.
PRAZOS DO TERMO LEGAL – 90 dias antes do primeiro título protestado. 90 dias da distribuição do pedido de falência. 90 dias do pedido da recuperação judicial convolada em falência.
Período suspeito – serve para investigação dos atos do devedor, pode retroagir por dois anos além do termo legal.
EFEITOS DA FALÊNCIA SOBRE OS CREDORES
Suspensão das ações e execuções individuais dos credores. EXCEÇÕES: encargos trabalhistas e execuções individuais do devedor. Dívidas ilíquida, uma vez que devem ser liquidadas por não ter valor certo ainda. Dívidas fiscais e tributárias.
Vencimento antecipado das dívidas do devedor.
EFEITOS DA FALÊNCIA SOBRE A PESSOA DO FALIDO
Perda da legitimação para agir em nome da empresa, perda do poder de representação, que passa para o administrador judicial;
Perda da disponibilidade dos bens (não podendo alienar);
Perda do direito de sigilo sobre os livros e correspondência;
Proibição de se ausentar do domicílio falimentar;
Proibição do exercício de qualquer atividade empresarial até que se encerra o processo falimentar.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS DA FALÊNCIA
Art. 83 LFRE.
FASE FALIMENTAR DO PROCESSO
Constitui-se de:
Busca de maximização do ativo; 
Apuração do passivo, identificação dos credores, o que possibilita igualdade entre ele;
Apuração do ativo e patrimônio;
Realização do ativo, ou seja, transformação dos valores arrecadados e pagamento dos credores;
Pagamento do passivo, credores (requer relatório e prestação de contas do administrador judicial).
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO
Corresponde aos bens de terceiros que se encontram na posse do devedor e que foram arrecadados pelo administradoR judicial para compor a massa falida.
TIPOS:
Pedido de restituição geral: recai sobre o bem que compõe a massa falida e não pertence ao devedor;
Pedido de restituição em dinheiro: ocorre quando o falido atue como guardador ou depositário;
Pedido de restituição especial: refere-se a restituição de coisa vendida à crédito e entregue ao devedor, nos quinze dias anteriores ao requerimento de falência, se ainda não alienado.
ENCERRAMNETO DO PROCESSO DE FALÊNCIA
Fim do processo falimentar: após a realização do último rateio, inicia-se o procedimento para o encerramento.
Prestação de contas do administrador judicial: de tudo o que foi vendido e do que foi pago;
Entrega do relatório final pelo administrador;
Sentença de encerramento: feita com base no relatório do administrador.
EXTINAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DO FALIDO – art. 157 a 159 da LFRE
Corresponde aos prazos para a reabilitação doempresário.

Outros materiais