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DIREITO TRIBUTÁRIO

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PROVAS
- 17 DE NOVEMBRO – APRESENTAÇÃO TRABALHO E ENTREGA PEÇA PROCESSUAL.
- 24 DE NOVEMBRO
1 - FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO – pg 806 do livro do SABBAG e pg 374 do HARADA.
Fonte da regra jurídica: é o ponto pelo qual ela sai das profundezas da vida social para aparecer à superfície do direito.
	Esta regra pode ter um enfoque histórico, instrumental, sociológico ou material, orgânico e o técnico jurídico ou dogmático. 
PRIMÁRIAS - formais: são fontes de exteriorização do direito, e por onde se manifestam as fontes secundárias/materiais.
Constituição Federal – art. 150 CF: não cria tributos, apenas atribui competência tributária à União, estados, DF e municípios. Instituindo limites ao poder de tributar, limitadora e garantista.
Emendas Constitucionais – art. 60 CF
Mudança do próprio texto constitucional através de um rito próprio. 
Excetuam-se do campo de modificação das emendas as “cláusulas pétreas”.
Emenda 42/2003 altera o sistema tributário nacional.
Emenda 75/2013 versa sobre a instituição de imunidade tributária. 
Lei complementar – art. 48, 69 CF
Destina-se a complementar preceitos básicos da Constituição. A necessidade da legislação complementar é dar sentido a certos preceitos constitucionais. 
Ex.: Código Tributário Nacional
Lei ordinária – art. 48, 61 CF: instituição ou extinção de tributos; sua majoração ou redução. A fixação de alíquota do tributo e sua base de cálculo. Cominação de penalidades e infrações. Hipótese de exclusão, suspensão e extinção. Súmula 160 STJ.
A instituição de tributos ou a sua extinção.
A majoração de tributos ou sua redução.
A fixação de alíquota do tributo e sua base de cálculo.
Cominação de penalidades e infrações.
Hipóteses de exclusão, suspensão e extinção.
Tratados – art. 49, I, 84, VIII CF e art.96 e 98 CTN
Presidente, privativamente, celebra tratados.
Congresso Nacional deve aprovar.
Presidente promulga e publica no D.O.U.
Normas “Supralegais”.
Lei Delegada – art. 68 CF
Medidas Provisórias – art. 62 CF
Tem força de lei, vige por 60 dias e pode ser prorrogada uma vez. 
É uma exceção à lei ordinária
STF entende que, por ter força de lei, Medida Prov. possui as mesmas prerrogativas de lei ordinária. (Ex.: Criar e extinguir tributo).
IPI, IOF, exportação, importação e imposto extraordinário de guerra, ele vige a partir da promulgação da medida provisória.
Decretos – art. 84, IV CF: são considerados fontes de direito tributário quando versarem sobre aprovação/promulgação de tratado internacional de direito internacional. Decretos legislativos – art. 49, I CF/88.
Resoluções Senado – alíquotas ICMS – art. 155, §2°,IV e V CF
- Alíquotas ICMS – art. 155, § 2º, IV e V CF/88.
 - alíquota máxima ITCD – art. 155, § 1°, IV CF
- alíquota mínima IPVA – art. 155, § 6°, II CF
SECUNDÁRIAS - materiais – art. 100 CTN:
Atos administrativos normativos
Jurisprudência administrativa e judicial
Costumes (habitualidade e consciência social).
Convênios entre os entes da federação para o recolhimento de tributos.
Ex.: Aquele que o município faz com a União para recolhimento de ITR.
Observância, exclui:
Correção monetária da base de cálculo
Juros
Penalidades
2 - VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – arts. 101/104 CTN
pg 893 do livro do SABBAG
Com eficácia:
- Plena: não necessitam de regulamentação infraconstitucional – ex. adicional de horas extras – art. 7º, XVI CF/88.
- Contida: tem eficácia, porém, poderá haver legislação infraconstitucional delimitando – ex. objeto de ordinária.
- Limitada: deverá ser regulamentada para que possua eficácia – ex. participação na gestão de empresas.
- Aplicação e execução
Norma jurídica:
	Eficácia plena
	Eficácia contida
	Eficácia limitada
	Não necessitam de regulamentação infraconstitucional.
Ex: Adicional de Hora extra (art. 7, XVI CF/88)
	Tem eficácia, porém poderá haver legislação infraconstitucional delimitando. Ex: Objeto de lei ordinária.
	Deverão ser regulamentadas para que possuam eficácia.
Ex.: Participação na gestão de empresas.
Espaço:
Território da entidade tributante: 
União, Estado, Município e DF. 
Extraterritorialidade
Funcionário em missão oficial
Estudante (renda-leis fiscais)
Tempo:
Em regra – data da publicação.
LINDB – Art. 1 – 45 dias após publicação, caso omissa.
Princípio da anterioridade: exercício seguinte e 90 dias após publicação da Lei. 
Princípio da irretroatividade: Lei vigente no ato da ocorrência do fato gerador.
Cessação:
Vigência temporária: Ex.: Leis de REFIS possuem uma data de início e de término previstas na própria lei.
Art. 2 LINDB
Revogação: total ou parcial
Por outra Lei, quando: Expressamente declarado; incompatibilidade total; regule inteiramente a matéria; 
Outra lei – expressamente declarada, incompatibilidade total ou regule inteiramente a matéria.
 APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – arts. 105/106 CTN
Imediata: fatos pendentes ou futuros.
Retroativa:
Leis interpretativas, que excluem penalidades.
Ato não definitivamente julgado:
Deixe de defini-lo como infração;
Deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
Comine penalidade menos severa.
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO – arts. 107/112
Interpretação: traduzir pensamento, dicção e sentido – Hermenêutica
	→ compreender
	→ expressar
	→ explicar
	→ descobrir o sentido
Literal:
a) Literal: é a leitura da legislação e verificar o seu sentido, ficando adstrito ao seu texto, não fazendo interpretação nem a maior e nem a menor. Utilizada para interpretação de matéria que trata sobre: Ex.: - Art. 111 CTN: Suspensão/exclusão do crédito tributário; outorga de isenções (177 CTN); dispensa do cumprimento de obrigações acessórias.
b) Mais favorável: para interpretar quando a legislação tributária trata sobre punições. Ex.: Art. 112 do CTN. Se interpreta a capitulação do fato; a natureza ou circunstâncias; a autoria; imputabilidade; a natureza da penalidade aplicável.
c) Lógico: se usar a razão para fazer a interpretação, levando em consideração todo o contexto de formação da lei, inclusive de legislação análoga, não fazendo somente uma interpretação literal, mas de todos os fatos que compõem.
- Mens legis: conexão entre várias normas a serem interpretadas.
d) Histórica: leva em consideração que o direito faz parte de um processo evolutivo, assim, considera o pensamento do legislador e a evolução do direito na interpretação.
e) Sistemática: interpreta a norma considerando o sistema onde ela está inserida, analisando-a em conjunto, de acordo com a hierarquia das normas.
f) Teleológico ou Finalístico: nesse tipo de interpretação o mais primordial é analisar a finalidade pela qual aquela norma foi criada.
Integração: – Art. 108 CTN – complementar e inteirar as lacunas legislativas.
a) Analogia: é a utilização de uma norma semelhante presente em outra legislação. Pode ser utilizada tanto em favor do fisco quanto do contribuinte, exceto para a criação/cobrança de tributo – Art. 108,§ 1 CTN. 
b) Princípios Gerais do Direito Tributário: 
- Capacidade contributiva
- Proibição ao confisco, etc. 
c) Princípios Gerais do Direito Público:
- Impessoalidade;
- Moralidade;
- Eficiência;
d) Equidade: possui um sentido de igualdade, proporção e equilíbrio.
Só pode ser feita nas hipóteses prevista em lei (Art. 140, § único do CPC). 
Não poderá resultar em dispensa de tributo (Art. 108, §2, CTN).
RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA
pg 948 do livro do SABBAG
A relação jurídico-tributária pode ser representada por meio de uma linha temporal, englobando os momentos demarcatórios do fenômeno tributário:
1.º Hipótese de Incidência
2.º Fato Gerador
3.º Obrigação Tributária
4.º Crédito Tributário
1 – Hipótese de Incidência
Conceito: situação descrita na lei cuja previsão é abstrata, tratando-se, pois, de uma “hipótese” que poderá vir a ocorrer no mundo dos fatos, e que, uma vez realizada, se concretiza como fatogerador.
- Circulação de mercadorias
- Transmissão de bens
- Prestação de serviços
2 – Fato Gerador
Conceito: é a materialização da hipótese de incidência. Momento em que a hipótese de incidência ocorre na vida real. Define a natureza do tributo.
Pode advir de um fenômeno econômico (ex.: circulação de mercadorias) ou ainda de um negócio jurídica de direito privado (ex.: contrato de compra e venda).
Subsunção Tributária: é o atrelamento da hipótese de incidência e o fato gerador, que gera uma relação jurídico-obrigacional. 
Aspectos estruturantes do fato gerador
Objetivos: é a previsão em lei. 
Subjetivos: é a pessoa do contribuinte
Espacial: o local onde é devido o tributo
Temporal: lei vigente à época da ocorrência
Valorativo: Base de cálculo
Tarifário: alíquota aplicada
Interpretação objetiva do fato gerador, calcada na máxima latina pecunia non olet. Art. 118 do CTN.
Ocorrência do fato gerador:
O fato gerador é considerado ocorrido quando:
a) em situações de fato: Verificada a materialidade. Ex.: Prestação de serviços.
b) em situações jurídicas: Art. 116 CTN.
- Situação de fato constituída + direito aplicável.
No caso de negócios jurídicos condicionais, conforme dispõe o art. 117 do CTN, considera-se ocorrido o fator gerador quando:
a) havendo uma condição suspensiva: o fato gerador ocorre no futuro, quando houver a concretização da referida condição. 
b) havendo uma condição resolutória: o fato gerador ocorre desde o momento da prática do ato.
3 – Obrigação Tributária (art. 113 CTN)
Conceito: é o poder que o Estado tem de exigir do contribuinte uma prestação positiva (dar, fazer) ou negativa (não fazer) de acordo com a previsão legal. O conteúdo da obrigação tributária ainda não é definido e o sujeito passivo não está identificado. Antecede o crédito tributário que surge com o lançamento. 
Pode ser analisada a partir de quatro elementos formadores:
1. Sujeito Ativo (arts. 119 e 120 do CTN): será necessariamente uma pessoa jurídica de direito público.
a) Sujeito ativo direto: entidades tributantes que detém o poder de legislar sobre matéria tributária. Ex.: União, Estado, Municípios e DF. 
b) Sujeito ativo indireto: Entidades parafiscais – art. 7 CTN.
2. Sujeito Passivo (arts. 121 a 123 do CTN): é o destinatário da cobrança da multa ou do tributo. 
a) Sujeito passivo direto: é o próprio contribuinte. Ele possui relação direta com o fato gerador. 
b) Sujeito passivo indireto: Responsável escolhido pela lei para o pagamento do tributo. Ex.: o responsável pela empresa. 
3. Objeto (art. 113, §§ 1.º e 2.º, do CTN): é a prestação de cunho pecuniário ou não pecuniário a que se submete o sujeito passivo diante da realização do fato gerador.
O objeto poderá se materializar na chamada obrigação principal, que pode ser de cunho pecuniário – obrigação de dar – Ex.: Imposto de Renda.
Por outro lado, o objeto poderá se materializar na intitulada obrigação acessória, de caráter instrumental – obrigação de fazer – Ex.: Emitir notas fiscais. 
Art. 175, § único CTN – Isenção ou anistia não alcançam a obrigação acessória – Art. 113, § 2 CTN. 
4. Causa da obrigação tributária – art. 114 e 115 CTN: a causa é o vínculo jurídico que motiva a ligação jurídico obrigacional entre os sujeitos ativo e passivo. A causa pode residir na lei tributária (art. 114 CTN) ou na legislação tributária (art. 115 CTN). A lei em sentido estrito é o fato gerador da obrigação tributária principal, enquanto a legislação tributária perfaz o fato gerador da obrigação tributária acessória.
5 – Domicílio Tributário – Art. 127 CTN
- Regra geral:
A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, de forma que considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
O domicilio civil (art. 70 do CC): 
Segundo o art. 127 do CTN, 
Exceção:
Pessoas naturais – residência habitual;
Pessoas jurídicas de direito privado – lugar da sede;
Pessoas jurídicas de direito público – qualquer das repetições.
Domicílio Tributário
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
pg 987 do livro do SABBAG
Sujeito Passivo (art. 121 CTN):
1 – Contribuinte: sujeito passivo - é aquele que possui responsabilidade direta com o tributo.
2 – Responsável: chamado pela lei para fazer o pagamento do tributo. Art. 97 CTN.
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do art. 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação de sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste Capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Como distinguir o contribuinte do responsável tributário???
O contribuinte realiza o fato gerador, enquanto que o responsável é chamado pela lei.
Art. 121 CTN: O contribuinte possui relação pessoal e direta com o fato gerador, e o responsável, sem revestir a condição de contribuinte, possui a obrigação decorrente de disposição legal.
Classificação da responsabilidade tributária (uma classificação não exclui a outra)
1 - Responsabilidade pessoal X Responsabilidade Solidária X Responsabilidade Subsidiária
	Responsabilidade pessoal
	Responsabilidade Solidária
	Responsabilidade Subsidiária
	Terceiro responde com exclusivismo – art. 131 CTN
	O devedoré solidário- o devedor e o responsável respondem solidariamente – sem preferência, sem ordem de vocação – art. 134 CTN. Os pais também.
	Terceiro responsável responde subsidiariamente COM ordem de preferência: antes o contribuinte e após o responsável – art. 133, II CTN.
	Contribuinte (alienante) está excluído da obrigação
	
	
2 - Responsabilidade dos Sucessores X Responsabilidade de Terceiros
Diferença:
	Responsabilidade dos Sucessores 
	Responsabilidade de terceiros
	Deve sempre ocorrer um evento de sucessão
	Zelo responsável em relação ao patrimônio do contribuinte (devedor principal).
	Ex. morte, compra e venda, operações Societárias – art. 132 CTN.
	Ex. art. 134 e 135 CTN
3 - Responsabilidade por transferência X Responsabilidade por substituição (Substituição Tributária)
	Responsabilidade por transferência
	Responsabilidade por substituição
(substituição tributária)
	Terceiro ocupa o lugar do contribuinte APÓS a ocorrência do fato gerador.
	Terceiro ocupa o lugar do contribuinte, DESDE a ocorrência do fato gerador.
	Inclui a responsabilidade por sucessão e a responsabilidade pessoal – 131, 132, 133 e 134CTN.
	Imposto de renda – retenção em folha pela empresa (terceiro).
CAIXA – loterias.
Substituição tributária
- ICMS
1 – Para Trás (ou regressiva)
- O Fato gerador ocorre “Lá atrás”.
- Surge o diferimento
- O substituído realiza o fato gerador
- O substituto/responsável paga.
- Nela somente a última pessoa que participa da cadeia de circulação da mercadoria é que possui a responsabilidade de arcar com o pagamento integral do tributo correspondente à ultima etapa e todas as anteriormente praticadas. O diferimento possibilita efetuar o pagamento do tributo devido em momento posterior à ocorrência do fato gerador.
EX TUNC
2 – Substituição tributária PARA FRENTE (ou progressiva)
- Fato gerador “lá na frente”.
- Pagamento pelo responsável é antecipado.
- Substituto responsável faz o pagamento antecipado, antes do fato gerador.
Art. 150, § 7 CF/88
A substituição tributária “para frente” ocorre quando a lei atribui a certa pessoa a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição referente a fato gerador futuro, arrecadado de forma antecipada, com base em valor presumido. Nestes casos é assegurado ao responsável a imediata e preferencial restituição da quantia recolhida, no caso de não realização do fato gerador presumido.
EX NUNC
	Substituição Tributária
Para Trás (ou regressiva)
	Substituição Tributária
Pra Frente (ou progressiva)
	Fato gerador pretérito/passado
Substituído realiza o fato gerador e o substituto é o responsável e ele paga o tributo.
	Fato gerador futuro.
	Surge o diferimento (postergar, atrasar, adiar o pagamento) – ex, ICMS.
	Pagamento pelo responsável é antecipado. Ex. cigarros e bebidas. Art. 150, § 7º CF/88.
Responsabilidade por infrações/multas – art. 136 e 137 do CTN
- Responsabilidade objetiva (independe de dolo ou culpa)
- Agente = 3ª responsável
- Exceção exercício regular do direito
- crime ou contravenção = responsabilidade PJ: afastada
Responsabilidade dos dirigentes (pena privativa de liberdade)
Peculiaridades: responsabilidade OBJETIVA - independe de dolo ou culpa. Agente – terceiro responsável.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no art. 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
EXCEÇÃO: EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO.
CRIME OU CONTRAVENÇÃO – responsabilidade da pessoa jurídica é afastada, a responsabilidade é dos dirigentes (pena privativa de liberdade).
Denúncia Espontânea – art. 138 CTN
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
Conceito: permite que o contribuinte compareça à repartição fiscal, em tempo oportuno, afim de declarar a ocorrência da infração e efetuar o pagamento de tributos em atraso, se houver.
Consequência: visa afastar a aplicação de multa ao contribuinte. Juros e correção monetária não são excluídos, a doutrina entende que são excluídas tanto as multas moratórias, ou substanciais, quanto as multas punitivas ou formais.
Momento: quando o fisco for comunicado da infração ou receber o pagamento do gravame devido, sempre antes de começado a medida administrativa ou o procedimento fiscalizatório – art. 196 CTN.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO – art. 139 CTN
pg 1082 do livro do SABBAG
HI → FG → OT → CT
Pg 657 do livro do HARADA E pg 786 e 1082 do livro do SABBAG.
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
CONCEITO - No direito tributário brasileiro, o crédito tributário representa o direito de crédito da fazenda pública, já devidamente apurado por procedimento administrativo, denominado lançamento, e, portanto, dotado de certeza, liquidez e exigibilidade, estabelecendo um vínculo jurídico que obriga o contribuinte ou responsável a pagar o tributo ao sujeito ativo.
	O LANÇAMENTO – art. 142 CTN - consiste em um procedimento administrativo privativo da autoridade administrativa, tendente a verificar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributada, a definir o montante e identificar o sujeito passivo.
Privativo da administração;
Verifica a ocorrência do fato gerador – lei vigente na época da ocorrência. Exceção: Artigo 144, §1;
Moeda estrangeira: câmbio da data do fato gerador – art. 143
Aponta a matéria tributada;
Define o montante (dinheiro) e penalidade havendo
Determina o sujeito passivo.
Espécies de lançamento
Direto, de ofício (art. 149, I CTN) – por iniciativa da administração.
Nessa espécie de lançamento, o fisco constitui o crédito tributário a partir de informações fornecidas pelo contribuinte por meio de declaração, sem as quais o lançamento ficaria prejudicado.
CONCEITO: é aquele lançamento realizado pela autoridade fiscal, que, dispondo de dados suficientes em seus registros, para efetuar a cobrança da exação, constitui o crédito tributário dispensando o auxílio do contribuinte.
	Direto, de ofício (art. 149, I): é aquele lançamento realizado pela autoridade fiscal que, dispondo de dados suficientes em seus registros para efetuar a cobrança da exação, constitui o crédito tributário dispensando o auxílio do contribuinte.
Ex.: IPTU, IPVA, taxas e contribuição de melhoria.
	Misto ou por declaração (art. 147): nessa espécie de lançamento o fisco constitui o crédito tributário a partir de informações fornecidas pelo contribuinte por meio de declaração, sem as quais o lançamento ficaria prejudicado.
Ex: Imposto de importação e imposto de exportação. 
Retificação em até 30 dias dolançamento.
	Por homologação/autolançamento (art. 150): No lançamento por homologação, o contribuinte participa direta e ativamente de sua formatação (cálculo e pagamento do tributo), cabendo ao fisco tão somente o procedimento homologatório.
- Contribuinte calcula o tributo (condição resolutória)
- Prazo homologação 5 anos, salvo dolo, fraude, simulação.
- IR, ICMS, PIS, IPI.
ARBITRAMENTO – art. 148 CTN
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
(ART. 139 CTN)
Conceito: No direito tributário brasileiro, crédito tributário representa o direito de crédito da Fazenda Pública, já devidamente apurado por procedimento administrativo denominado lançamento e, portanto, dotado de certeza, liquidez e exigibilidade, estabelecendo um vínculo jurídico que obriga o contribuinte ou responsável (sujeito passivo) a pagar o tributo ao sujeito ativo (Estado ou ente parafiscal).
O crédito tributário decorre da ocorrência da obrigação tributária principal;
Para que o Estado possa exigir o crédito tributário, é necessário que ocorra o fato gerador, e que o Estado individualize e quantifique o valor a ser pago, com o lançamento.
	torna-se exigível a partir do lançamento tributário, que é o ato administrativo pelo qual se dá exigibilidade à obrigação tributária, quantificando-a (quantum debeatur) e qualificando-a (an debeatur).
Constituição do Crédito Tributário
LANÇAMENTO
Art. 142do CTN
Conceito: Segundo o artigo 142 do Código Tributário Nacional, o lançamento consiste em um procedimento administrativo privativo da autoridade administrativa, tendente a verificar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributável, a definir o montante e identificar o sujeito passivo.
	Ato administrativo privativo , vinculado e obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional – art. 142 do CTN
	É perfectibilizado em documento escrito, físico
	Apura o montante do tributo e da penalidade, em havendo
	Podemos considerar lançamento como um instrumento de natureza jurídica mista – constitutivo (do lançamento) e declaratório (da obrigação tributária).
	O que importa é a lei vigente por ocasião do fato gerador, exceção: normas procedimentais – art. 144,§1º
	Instituído novos critérios de apuração
	Instituído novos processos de fiscalização
	Ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas
	Outorgado ao crédito maiores garantias e privilégios (exceto se atribuir responsabilidade tributária a terceiros)
	Moeda estrangeira: Conversão - câmbio do dia da ocorrência do Fato Gerador – art. 143.
ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
De acordo com o CTN, são previstas as seguintes espécies de lançamento, em virtude da intensidade da participação do contribuinte:
a) lançamento direto, de ofício ou ex officio (art. 149, I)
Conceito: É aquele lançamento realizado pela autoridade fiscal que, dispondo de dados suficientes em seus registros para efetuar a cobrança da exação, constitui o crédito tributário dispensando o auxílio do contribuinte. É também conhecido como lançamento de ofício ou ex officio.
Memorize: o lançamento direto ou de ofício é procedimento constitutivo do crédito de iniciativa da Administração.
Exemplos: IPTU (lançamento de ofício, por excelência), IPVA, taxas e contribuição de melhoria.
Hipóteses do artigo 149 CTN:
 I - quando a lei assim o determine;
 II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
 III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
 IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
 V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
 VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
 VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
 VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
b) lançamento misto ou por declaração (art. 147);
Conceito: Nessa espécie, o Fisco constitui o crédito tributário a partir de informações fornecidas pelo contribuinte por meio de declaração, sem as quais o lançamento ficaria prejudicado.
Havendo erro, o lançamento poderá ser retificado a pedido do contribuinte ou de ofício pelo fisco. (em até 30 dias da ciência do lançamento viciado/equivocado)
Memorize: o lançamento misto é um procedimento constitutivo do crédito de iniciativa da Administração.
Exemplos: o imposto de importação e o imposto de exportação.
c) lançamento por homologação ou autolançamento (art. 150).
Conceito: No lançamento por homologação, o contribuinte participa direta e ativamente de sua formatação (cálculo e pagamento do tributo), cabendo ao Fisco tão somente o procedimento homologatório.
 - O contribuinte efetua o pagamento do tributo sem o prévio exame da autoridade administrativa.
 - O pagamento extingue o crédito sob condição resolutória de posterior homologação; (§ 1º)
 - Caso a lei não aponte, o prazo para homologação é de 05 anos, que se operará de forma automática, exceto ocorrência de fraude, dolo ou simulação. (§ 4º)
Memorize: o lançamento por homologação é um procedimento constitutivo do crédito de iniciativa do contribuinte.
Exemplos: ICMS, IR, IPI, PIS, COFINS, CSLL, entre tantos outros tributos, representando o maior volume de arrecadação.
ARBITRAMENTO
(Art. 148 CTN)
Art. 148 - Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
	Art. 33, §§3°, 4° e 6° da Lei 8212/91 (Lei de instituição da seguridade social)
Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos.
§ 3o Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida. 
§ 4o Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito passivo, o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão de obra empregada, proporcional à área construída, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretariada Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa corresponsável o ônus da prova em contrário. 
§ 6º Se, no exame da escrituração contábil e de qualquer outro documento da empresa, a fiscalização constatar que a contabilidade não registra o movimento real de remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, serão apuradas, por aferição indireta, as contribuições efetivamente devidas, cabendo à empresa o ônus da prova em contrário.
1 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Artigos 151 a 155 do CTN
Manual de Direito Tributário - 9ª Ed. 2017 - Eduardo Sabbag – pg 1188
Somente a lei pode estabelecer – art. 97, VI CTN.
Não dispensa o cumprimento da obrigação acessória – art. 151 CTN.
Não se pode falar em mora (juros de mora e multa moratória).
- Suspensão “efeitos” - exigibilidade
- Somente a lei pode estabelecer (art. 97, VI)
- Não dispensa o cumprimento da obrigação acessória
- Não se pode falar em mora
- É possível a exigência de correção monetária
MORATÓRIA
Advém do latim moratorius, e significa o ato de retardar ou dilatar. Consiste na dilação concedida pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, para o adimplemento do crédito tributário.
Não há mora (novo prazo de vencimento).
Pode ser pago em uma única parcela ou várias.
Concessão – lei ordinária em casos excepcionais.
Interpretação literal – não extensivo – exceção à regra de exigência do crédito tributário.
Art. 154 – abrangência: créditos definitivamente constituídos.
Parágrafo único – dolo, fraude ou simulação.
Lei deve prever – o prazo de duração; as condições da concessão; os tributos à que se aplica; o número de parcelas e o vencimento (pela autoridade administrativa); garantias que devem ser fornecidas.
1.1.1 Moratória em Caráter Geral
A moratória concedida em caráter geral, diz respeito a determinada região, ou a determinada categoria de contribuintes, de acordo com a previsão na lei que a instituiu art. 152, § único CTN. Não há necessidade de prévio requerimento. Atinge à todas pessoas automaticamente.
Divide-se ainda em:
Moratória autônoma: cada ente da federação institui sobre seus próprios tributos.
Moratória heterônoma: art. 152, I, b CTN.
1.1.2 Moratória em Caráter Individual
Determinada por lei
Será concedida por despacho da autoridade administrativa
Mediante requerimento
Art. 155- não gera direito adquirido
Extensivo à anistia, remissão, isenção e parcelamento.
1.2 DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL
O depósito do montante integral é uma modalidade de garantia em relação ao tributo questionado, que ensejará a suspensão da exigibilidade do crédito caso seja realizado o seu montante integral.
O depósito é “um ato voluntário do sujeito passivo da relação tributária que pretenda suspender a exigibilidade do crédito tributário e, por isso mesmo, não depende de autorização do juiz, nem de qualquer outra autoridade”. Mostra-se como “garantia que se dá ao suposto credor da obrigação tributária, num procedimento administrativo ou em ação judicial”. O depósito é modalidade suspensiva da exigibilidade do crédito tributário bastante comum na via judicial, não sendo tão rotineiro, no entanto, na via administrativa. De fato, na órbita administrativa, o contribuinte poderá impugnar o crédito e suspender a exigibilidade com a instauração do processo administrativo fiscal, que se dá a partir da apresentação de defesa ou recurso administrativo, em consonância com o inciso III do art. 151 do CTN. É fácil perceber que o depósito na órbita administrativa é solução pouco atraente, em comparação com outras possibilidades, igualmente suspensivas do crédito e menos onerosas ao contribuinte. Entretanto, em 1997, com a publicação da Medida Provisória n. 1.621 -30/97, estipulou -se a necessidade de depositar 30%, no mínimo, do montante atualizado da dívida, como condição à protocolização do recurso à segunda instância administrativa federal. Era o depósito recursal que, embrionariamente, surgia no processo administrativo tributário, com forte vocação a perdurar na realidade jurídico-tributária. Tirante o caso do depósito recursal, a ser estudado no próximo tópico, o depósito do montante integral, correspondendo à soma do tributo, juros e multas, é um direito do contribuinte, que dele se vale visando suspender a exigibilidade do crédito tributário. Quanto à integralidade do depósito, frise-se que montante legítimo não é aquele tido como correto pelo contribuinte depositante, mas o que contempla o importe desejado pelo Fisco. Apenas este será tido como “integral”. A propósito, deve ser veiculado em dinheiro. Portanto, o depósito realmente suspensivo do crédito será integral e em dinheiro. Nesse sentido, é a Súmula n. 112 do STJ, segundo a qual “o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito se for integral e em dinheiro”.
- Art. 151, II CTN – como somente na Súmula consta que deve ser em dinheiro, o CTN assegura que pode ser caução e carta de crédito.
- Súmula 112 STJ: deve ser em dinheiro.
- Liberalidade do contribuinte: deposita se quer, se fizer tem a condição de suspensão da exigibilidade do crédito, se não deposita pode ter a condição da execução mas o fisco pode cobrar. Se for depositado o valor ele volta para pessoa, se não for realizado vai para os cofres públicos.
Súmula vinculante 28.
Suspensão somente com depósito.
Ao final devolvido o valor ou convertido em rendas.
- Diferente de consignação em pagamento: o depósito é feito para discutir a dívida pois a pessoa acredita que não é aquele valor que deve ou que a dívida não existe, já na consignação em pagamento é consignado o valor que a pessoa acredita ser o valor devido, nesse caso a pessoa tem a expectativa de que a dívida seja quitado com o valor o qual foi depositado.
1.3 RECLAMAÇÕES E RECURSOS
Via administrativa;
Notificação do lançamento;
Direito de Petição – art. 5º, XXXIV, “a” CF/88;
Primeiro passo antes da via judicial;
Não há necessidade de depósito;
Certidão positiva com efeito denegativo.
Processo administrativo fiscal – decreto 70235/72;
Administração Pública Federal – lei 9784/99;
Administração Pública Estadual – lei estadual 6537/73;
Administração Pública Municipal – cada município possui a própria legislação.
1.4 LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA
pg 1221 do livro do SABBAG
Art. 5º, LXIX CF/88 e art. 1º da lei 12016/09.
Não é apenas decisão interlocutória (provisória e imediatamente = suspensão);
Requisitos - art. 151, IV, CTN:
Relevante fundamento do pedido: tal pressuposto indica a probabilidade ou a previsibilidade do direito invocado, oque em latim chama-se de fumus boni iuris.
Ineficácia da medida: caso não seja deferido o pedido de imediato gerará a sua eficácia, tal contexto tem sido expresso por meio da expressão periculum in mora.
Direito líquido e certo;
Autoridade pública;
Ilegalidade ou abuso de poder.
1.5 CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR OU DE TUTELA ANTECIPADA
Será cabível em ações ordinárias – art. 300 NCPC;
Tendo em vista o momento de constituição do crédito tributário:
Antes do lançamento: declaratória e mandado de segurança;
Após o lançamento: anulatória e mandado de segurança.
1.6 PARCELAMENTO
Divisão em prestações;
Dívida tributária já vencida;
Lei específica (condições e forma) – art. 155-A CTN;
Consequências – confissão da dívida e certidão positiva com efeito de negativa – art. 206 CTN;
Não exclui a incidência de juros e multas**;
Normas da moratória;
Devedor em recuperação judicial – lei específica/visa recuperação das empresas.
2 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Artigo 156 do CTN
pg 1234 do livro do SABBAG
- Inexigibilidade de forma permanente
- Somente a lei pode estabelecer (art. 97 VI, CTN)
- Extinção:
Total (pagamento)
Parcial (possibilidade de revisão do lançamento por homologação)
Uma vez nascida a obrigação tributária, a única forma de ela ser eliminada é mediante sua extinção, que não ocorre apenas com o pagamento mas abrange onze hipóteses contidas no art. 156 do CTN.2.1PAGAMENTO
- Maneira “normal”, “usual”, da extinção da obrigação
- Art. 156, I – stricto sensu (saldar a obrigação principal)
- Art. 157 – penalidade não elimina/substitui pagamento integral
- Multa não se compensa
- Penalidade pode ter valor superior ou principal 
- Deverá obedecer – lugar
		 - tempo
		 - forma
- Art. 9°, III, da Lei Estadual 6.537/73: infração tributária material qualificada 
2.1.1 Prova
Parcial: não importa na presunção da quitação das parcelas anteriores ou de todo o débito mas tão somente do valor quitado. Ex.: pagamento de uma das parcelas do IR.
Total: não importa na presunção da quitação de outros créditos referentes ao mesmo tributo, art. 158 CTN.
2.1.2 Lugar
- Art. 159 CTN
- Devedor deve levar o pagamento ao credor
- Rede bancária e estabelecimentos: dar-se-á por meio de convênios onde a instituição terá o encargo de arrecadação do tributo, cobrando uma tarifa pelo serviço, e responsabilizando-se pela coleta e repasso dos valores ao tesouro.
2.1.3 Prazo
- Art. 160 CTN (30 dias)
- Fixada por lei
- Súmula 50 STF - “não se sujeita ao principio da anterioridade”
- Legislação pode conceder desconto (antecipação)
- Art. 161 CTN – Acréscimos
- Consulta formulada pelo devedor – Art. 161, §2 CTN: É o procedimento administrativo tendente a dirimir dúvidas relativas à legislação tributária, elaboradas pelo contribuinte ao fisco. O consulente adota uma conduta comissiva, imbuído de boa fé, de modo que no concernente a sua responsabilidade tributária, responde somente pelo gravame, além da correção monetária, ficando afastada a cobrança de juros e multa. 
- Pagará somente correção monetária
- Deve ser feita antes do vencimento
2.1.4 Formas
- Art. 162 CTN
- Moeda, cheque, vale postal
- Nos casos previstos em lei, em estampilha
- Compensação e garantias
2.1.5 Imputação ao Pagamento
- Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com o mesmo ente público, relativos ao mesmo tributo ou de penalidades pecuniárias e juros de mora, à autoridade administrativa caberá determinar a respectiva imputação.
- Art. 163 CTN.
- Credor irá indicar
2.1.6 Consignação em pagamento
- É uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando este recusar-se a receber o valor da dívida ou exigir que o devedor efetue o pagamento de valor superior ao entendido devido por este, além de outras hipóteses admitidas na legislação.
- Art. 164 CTN.
2.1.7 Pagamento indevido
- nos termos do artigo 165 do CTN o contribuinte tem o direito de independentemente de protesto, solicitar junto ao ente tributante, a restituição total do tributo, seja qual for a modalidade de seu pagamento.
Restituição:
- A restituição de tributos que em razão de sua natureza há a transferência do encargo financeiro será feita somente para quem assumiu o mencionado encargo ou encontrasse expressamente autorizado a recebê-la. 
2.2 COMPENSAÇÃO
- é a forma de extinção do crédito tributário e ocorre por meio da equivalência de montante de créditos e débitos de um mesmo sujeito passivo para um mesmo sujeito ativo. Trata-se de modalidade indireta de extinção do crédito tributário e encontra-se elencada no artigo 156, II, CTN.
- Deve ser determinado por lei (art. 170 CTN)
- Créditos líquidos, certos, vencidos ou vincendos.
- Geral/individual
2.3 TRANSAÇÃO
- a transação tributária prevista no art. 17 do CTN representa o acordo ou as concessões recíprocas que encerram um litígio instalado com reciprocidade do ônus e de vantagens.
- Res dubia
- Depende de lei
- Solução de litígios
- Créditos tributários à vencer
2.4 REMISSÃO – art. 172 CTN.
Conceito: a remissão tributária, delineada no art. 172 do CTN, é o perdão da dívida pelo credor. Traduz-se na liberação graciosa (unilateral) da dívida pelo fisco.
Depende de lei para sua aplicação.
Pode ser parcial ou total.
Despacho da autoridade administrativa.
Ex. execução fiscal de pequeno valor.
Requisitos: incisos I a V do art. 172 CTN.
2.5 DECADÊNCIA – art. 156, II; 173 e 150, § 4º CTN.
2.5.1 Conceito: a decadência no direito tributário refere-se ao decaimento ou perecimento do estatal direito de constituição do crédito tributário através do lançamento. Sua ocorrência prevê a extinção do crédito tributário. Nessa medida o fisco tende a proceder o lançamento com o intuito de prevenir-se contra a decadência, ainda que o crédito esteja com a exigibilidade suspensa.
Atinge o direito subjetivo do sujeito ativo.
Sempre decorre de lei.
Aplicam-se à decadência os princípios da legalidade e segurança jurídica.
Só se fala em decadência antes do lançamento. Após, será prescrição.
Se houver decadência não haverá prescrição.
Não admite interrupção nem suspensão.
Aplicação CTN.
1) art. 173, inciso I – dies a quo.
Primeiro dia do exercício seguinte em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
Lançamento poderá ser efetuado no próprio exercício em que ocorrer o fato gerador.
Prazo de 5 ANOS.
Aplica-se quando não há o pagamento do tributo e quando não há homologação a ser realizada (STJ), lançamentos de ofício ou declaração. Ex. IPTU 2012, o prazo decadencial ocorre a partir de janeiro de 2013. 
2) art. 150, § 4º CTN – dies a quo.
Utiliza-se para os lançamentos por homologação.
Antecipação do pagamento – ICMS, ISS, IPI.
Marco inicial – data do fato gerador.
Prazo de 5 ANOS.
In albis, homologação tácita (fisco perde o direito à eventual diferença).
EXCETO: se a lei fixar outro prazo para homologação (menor). Ou se houver prova de dolo, fraude ou simulação. Ou se não houve o pagamento antecipado.
APLICA-SE A REGRA DO art. 173, I CTN.
3) Art. 173, II CTN.
5 anos.
Marco inicial: decisão que anular lançamento originário.
Administrativo ou judicial.
4) Art. 173, § único CTN:
5 anos.
Marco inicial: notificação da medida preparatória indispensável ao lançamento. Ex. fiscalização, auditoria.
Ex. fato gerador da circulação de mercadorias - 5 de maio de 2012:
a) Pagou: 05/05/2012 → 05/05/13 → 05/05/14 → 05/05/15 → 05/05/16 → 05/05/17.
b) Não pagou: 05/05/2012 → 01/01/13 → 01/01/14 → 01/01/15 → 01/01/16 → 01/01/17 → 01/01/18
2.6 PRESCRIÇÃO – art. 156, V e 174 CTN.
2.6.1 Conceito: a prescrição tributária é o fato jurídico que implica a perda do direito de ajuizamento da execução fiscal. Insere-se a prescrição no bojo do direito processual. Verificada a sua ocorrência, nula será a ação executiva (art. 803, III NCPC) e extinto estará o crédito tributário.
2.6.2 Requisitos
Prazo de 5 anos.
Início – constituição definitiva do Crédito Tributário (indiscutível administrativamente).
Término do processo administrativo, com a certidão da dívida ativa.
Ajuizamento da Execução Fiscal.
2.6.3 Interrupção da Prescrição – art. 174, § único, I a IV CTN – ZERA a contagem.
Despacho do juiz – execução fiscal.
Protesto judicial – especial e cautelar – EXCEÇÃO.
Ato judicial que constitua devedor em mora.
Reconhecimento do débito pelo devedor.
Consulta administrativa não interrompe a prescrição.
Interrupção para pessoa jurídica aproveita aos responsáveis também.
Suspensão da prescrição
- Causas de suspensão do crédito tributário (art. 151, I a II)
- Causas de anulação de moratória (art. 155, § ú, CTN)
- 180 dias entre a inscrição do crédito em dívida ativa e distribuição da execução fiscal (art. 2º, § 3º, LEF).
- O período máximo de 01 ano (art. 40, §2º LEF) caso não seja localizado o devedor ou não sejam encontrados bens.
- Prescrição intercorrente: Art. 40, §4º LEF.
→ 01 – Suspensão
→ 05 anos (arquivo)
→ Súmula 314 STJ – 5 anos.
2.7 CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA
- Conceito: após decisão definitiva em sede administrativa ou judicial, favorável ao sujeito ativo, o depósito integral efetuado nos autos será convertido em renda em seu favor, provocando a extinção do crédito tributário.
- Depósito nos autos para garantia do juízo
- Demanda encerrada em favor da fazenda
2.8 PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO
- Conceito: nos gravames cujos lançamentosse dão por homologação o contribuinte paga o tributo com fundamento em apuração por ele mesmo realizada. Daí se falar em pagamento antecipado, uma vez que é feito antes do lançamento.
- Extinção do CT não se dá com o pagamento , mas com a homologação (art. 150, §§ 1 e 4 CTN).
- Transcurso 5 anos albis, homologação tácita.
2.9 DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL
- Conceito: essa causa extintiva diz respeito as decisões administrativas favoráveis ao contribuinte, uma vez que, se contrárias, não terão o condão de extinguir o crédito tributário, restando ao contribuinte a possibilidade de sua reforma na via judicial.
2.10 DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO
- Conceito: a decisão judicial transitada em julgado extingue o crédito tributário. A coisa julgada detém efeito absoluto. Art. 5, XXXVI CF.
2.11 DAÇÃO EM PAGAMENTO
- Conceito: é uma das formas de extinção do crédito tributário, apenas para o caso de bens imóveis. Trata-se de modalidade indireta de extinção, pois depende de lei autorizadora que a discipline.
3 EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Artigo 175 do CTN
3.1 ISENÇÃO (art. 176 e ss do CTN)
Incide a isenção = não incide a norma tributária (não nasce o tributo).
Imunidade: constitucional – isenção: legal.
Atinge somente a obrigação tributária principal – art. 175 CTN.
Contribuinte isento continuará com obrigações acessórias.
Isenção: onerosas (irrevogável) – não onerosas (revogáveis).
Aplica-se somente à impostos – art. 177, I CTN.
Impossibilidade de aplicação para impostos cuja competência tributária não tenha sido exercida – art. 177, II CTN.
Depende de lei específica – art. 178 CTN + 150, § 6º CF/88.
Isenção:
Geral.
Individual:
não gera direito adquirido;
poderá ser anulada se não cumpridas as condições: + multa e + juros;
não se computa a prescrição, pois começa novo prazo.
3.2 ANISTIA (art. 180 e ss do CTN)
Conceito: é como o perdão das penalidades pecuniárias, concedido por lei, antes da constituição do crédito tributário. Somente pode ser aplicada a infrações cometidas antes da vigência da lei que a tiver concedido.
Somente para multas;
Concedida por lei, antes da constituição do crédito tributário;
Atinge somente as multas, mantêm-se:
Valor principal (obrigação);
Obrigação acessória.
Anistia:
Geral;
Limitada: I, II, III, IV – art. 181, II, “a, b, c, d” CTN.
Não gera direito adquirido.
Poderá ser anulada se não houver satisfação das condições.
Não se computa prescrição, caso haja dolo, fraude ou simulação.
HI → FG → OT → Crédito Tributário 
					→ suspensão, extinção, exclusão, inadimplemento
DÍVIDA ATIVA - art. 201 CTN
- Conceito: quando configurado o inadimplemento do crédito tributário, é permitido a Fazenda Pública, inserir o nome do sujeito passivo da relação jurídico-tributária no cadastro de inadimplentes. Esse cadastro é próprio da administração tributária e se chama dívida ativa.
- Tributária – art. 201 CTN.
- Não tributária – art. 2º, § 2º da lei 6830/80.
REQUISITOS FORMAIS – Certidão de Dívida Ativa (CDA) – título executivo extrajudicial
Nome do devedor ou co-responsáveis;
Quantia devida, maneira do cálculo de juros de mora;
Origem/natureza do crédito + LEI;
Data da inscrição;
Número do processo administrativo (se for o caso);
Livro e folha.
Omissão nos requisitos CDA – nulidade – art. 203 CTN.
- Pode ser sanada até a decisão de 1ª instância (reinicia o prazo para a defesa somente para a parte modificada).
- Presunção certeza e liquidez (art. 204 CTN) – Pode ser ilidida por prova inequívoca (art. 205 CTN).
- Dispensa de Certidão Negativa de Débito - CND – art. 207 CTN. Ex. recuperação judicial.
Efeitos da inscrição:
Não discussão no âmbito administrativo;
Passa-se aos atos preparatórios EF.
Trata-se de um controle de legalidade.
Ausência de CPF na petição inicial (súmulas 558 e 559 STJ).
Ausência de cálculo.
Certidões negativas – art. 205 CTN
Requerimento por escrito do interessado. Prazo de 10 dias.
Positiva com efeitos de negativa – art. 206 CTN.
Art. 208 CTN – responsabilidade pessoal do funcionário, por Dolo, fraude ou erro.
** Não exclui responsabilidade criminal – lei 8137/90.
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO/FISCAL
Previsão Legal:
Art. 5º, inciso LV da Constituição Federal de 1988:
“Aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
Decreto nº 70.235/72 - Dispõe sobre o procedimento Administrativo fiscal;
Lei nº 9.784/99 - Lei geral do Processo Administrativo Federal.
Lei Estadual 6.537/73 – Procedimento Administrativo Estadual
Diferenciação ProcedimentoXProcesso
Procedimento administrativo fiscal: 
Processo administrativo fiscal: 
Princípios Norteadores:
	Administração Pública
	Procedimento administrativo fiscal
	Processo administrativo fiscal
	legalidade
	Inquisitoriedade
	Devido Processo Legal
	Finalidade
	Cientificação
	Contraditório
	Razoabilidade
	Formalismo moderado
	Ampla Defesa
	Proporcionalidade
	Fundamentação 
	Instrução Probatória
	Motivação
	Acessibilidade
	Duplo Grau de Cognição
	Impessoalidade
	Celeridade
	Julgador Competente
	Publicidade
	Gratuidade
	Ampla Competência Decisória
	Moralidade
	Legalidade Objetiva
	Legalidade Objetiva
	Responsabilidade
	Vinculação
	Vinculação
	Eficiência
	Verdade Material
	Verdade Material
	
	Oficialidade
	Oficialidade
	
	Dever de Colaboração
	Dever de Colaboração
	
	Dever de Investigação
	Dever de Investigação
Princípios inerentes ao Procedimento Administrativo Fiscal:
1) inquisitoriedade – decorre da relativa liberdade que se concede à autoridade tributária em sua tarefa de fiscalização e apuração dos eventos de interesse tributário;
2) cientificação – assiste ao particular o direito de ser comunicado formalmente sempre que houver qualquer atividade administrativa que se refira à sua esfera de interesse jurídico;
3) formalismo moderado – é a informalidade a favor do administrado, ou seja, deve-se usar de formas simples, suficientes para propiciar grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados, mas desde que observem formalidades essenciais;
4) fundamentação – todos os atos e decisões que compõem o procedimento devem estar fundamentados na lei e nos fatos, sob pena de invalidade;
5) acessibilidade – permite ao contribuinte o acesso a qualquer expediente administrativo que se refira a sua esfera de interesse jurídico;
6) celeridade – o procedimento deve ser estruturado e conduzido de modo a que atinja rapidamente o seu fim, ou seja, o lançamento fiscal ou a comprovação de regularidade do contribuinte;
7) gratuidade – o processo e procedimentos administrativos são gratuitos, ou seja, independem do pagamento de custas (ao contrário do processo judicial).
Princípios inerentes ao Processo Administrativo Fiscal:
1) devido processo legal – expressa as garantias elementares das quais derivam inumeráveis princípios do processo, dentre as quais, o direito à impugnação administrativa à pretensão fiscal, direito a autoridade julgadora competente, direito à produção de provas, direito a recorrer à segunda instância das decisões administrativas;
2) contraditório – ninguém será privado dos seus bens sem o devido processo legal (art. 5º, LIV), ou seja, o contribuinte tem o direito de se defender, bem como não é lícito à administração, no âmbito processual, produzir informações, argumentos ou elementos de fato ou de direito, sem que seja concedida ao contribuinte a oportunidade de se manifestar;
3) ampla defesa – deve se ensejar ao particular a possibilidade de ver conhecidas e apreciadas todas as suas alegações de caráter formal e material e de produzir todas as provas necessárias à comprovação das suas alegações;
4) ampla instrução probatória – o direito à utilização de todos os meios de prova em direito admitidos;
5) duplo grau de cognição – representa o direito de recurso a superior instância;6) julgador competente – direito a um sistema preparado para receber o pedido de julgamento da lide e tramita-lo em órgãos devidamente;
7) ampla competência decisória – a autoridade julgadora deverá ser competente para emitir a decisão.
Princípios Comuns ao Processo e Procedimento:
1) legalidade objetiva – está previsto no art. 5º, inciso II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. Objetivo, para realçar o caráter objetivo e, portanto, impessoal do atuar do agente administrativo;
2) vinculação – a função tributária do Estado deve se realizar através da atividade administrativa plenamente vinculada, ou seja, o fiscal é obrigado a cumprir com sua função, sob pena de responsabilidade funcional;
3) verdade material – corresponde à busca pela aproximação entre a realidade factual e sua representação formal, ou seja, deve-se apurar e lançar o tributo com base nos fatos ocorridos;
4) oficialidade – obrigação cometida à autoridade administrativa em promover a impulsão oficial ao procedimento e ao processo administrativo, mesmo nos casos que tenha sido iniciado pelo contribuinte;
5) dever de colaboração – todos tem o dever de colaborar com a Administração em sua tarefa de formalização tributária (não somente o contribuinte, mas inclusive terceiros, mediante o fornecimento de documentos, exame mercadorias, livros fiscais e comerciais, etc);
6) dever de investigação – a Administração tributária tem o dever de investigar as atividades dos particulares de modo a identificar aquelas que guardem relação com as normas tributárias, e em sendo o caso, proceder ao lançamento do crédito tributário.
PROCESSUALIDADE DOS ATOS ADMINSITRATIVOS TRIBUTÁRIOS
Onde devem ser praticados: 
Prazos: 
Intimações: 
Recusa do recebimento: 
Nulidade dos atos: 
Retificação da decisão: 
Pedido de vista aos autos: 
Provas: 
Competência órgãos julgamento de 1ª instancia: 
Impedimentos: 
PROVAS/PROVA EMPRESTADA: 
Início do Processo Administrativo Tributário/Fiscal:
Notificação de Lançamento/Auto de Infração
Conceito: 
**Requisitos: (art. 10 e 11 Decreto 70.235/72)
Auto de infração: 
Notificação de Lançamento: 
Fases do processo Administrativo Tributário/Fiscal:
A fase litigiosa também é chamada de processo administrativo de julgamento, e divide-se em quatro etapas:
1 – Fase de Instauração:
Requisitos da impugnação:
a)
b)
C)
D)
2 – Fase de Preparação e Instrução:
3 – Fase de Julgamento:
4 – Fase Recursal:
Recurso voluntário: 
Recurso de ofício:
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL
Conceito: a ação de execução fiscal é ação judicial promovida pela fazenda pública com o objetivo de satisfazer o seu direito de crédito, seja de natureza tributária ou não tributária.
Características:
Presunção de Certeza e liquidez – art. 204 CTN.
Crédito da Dívida Ativa – título executivo extrajudicial – art. 784, IX NCPC.
Previsão legal – lei 6830/80.
NCPC – subsidiariamente.
Sujeito Ativo
Fazenda Pública: 
Autarquias e Fundações: quando houver a capacidade tributária ativa, pode ser entendida como a tributação conferida a pessoa jurídica de direito público para fiscalizar e arrecadar tributos – ex. INSS.
Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista: o entendimento do STF é que, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, prestam serviços públicos, ou seja, desenvolvem atividades típicas de estado, terão tratamento de pessoa jurídica de direito público.
Conselhos profissionais de fiscalização: ex. CREA, CRM, CRC, os quais poderão promover execução fiscal, por serem considerados autarquias em regime especial.
*** EXCEÇÃO: OAB – é categoria ímpar no elenco das pessoas jurídicas existentes no direito brasileiro, pois trata-se de um serviço público independente, não é uma entidade da administração pública indireta.
Sujeito Passivo
Poderá ser considerado legitimado passivo de uma ação de execução fiscal - qualquer pessoa física ou jurídica.
Pode haver a sucessão processual: inter vivos: facultativa – art. 109 NCPC. Causa mortis: obrigatória – art. 110 NCPC.
Também, há a possibilidade do redirecionamento da Execução Fiscal – é a inclusão de novo sujeito passivo por motivo de responsabilidade tributária. Não se trata de substituição, apenas de inserção de novo sujeito passivo – ex. art. 135, II CTN.
Competência
A ação de execução fiscal poderá ser proposta na Justiça Estadual ou Justiça Federal, conforme o ente tributante que está distribuindo a demanda.
Art. 109, I CF – Federal.
Estadual - Residual.
Petição Inicial
Ocorrência de valores inscritos em dívida ativa
+
dentro do prazo prescricional de 05 anos
Requisitos (art. 6º LEF):
Juiz a quem é dirigida;
O pedido;
Requerimento de citação.
* Deve conter Crédito de Dívida Ativa;
* Produção de provas independe de pedido.
Juiz analisa – requisitos da ação; condições da ação; defere inicial e determina citação.
Despacho que ordena a citação – interrompe a prescrição.
Citação – pagar em 5 dias; garantir o juízo (embargar) e penhora.
Aviso de Recebimento pelo oficial de justiça ou edital em 30 dias.
Juiz deve analisar se estão presentes as condições da ação, ou seja, se não há nenhum vício na CDA que impossibilite a execução. Se estiver tudo certo, haverá o despacho que defere a inicial, o qual imporá em ordem para: 
I - citação, pelas sucessivas modalidades (aviso de recebimento, oficial de justiça, edital);
II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito, fiança ou seguro garantia;
III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar;
IV - registro da penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de custas ou outras despesas, observado o disposto no artigo 14; e
V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados.
**** Esse despacho que ordena a citação, 
Citação do devedor
Penhora: 
Arresto: não encontrado devedor (arresto de bens para garantia do crédito).
Intimação: executado para oferecer embargos em 30 dias. 
Avaliação dos bens penhorados: submetido ao exequente, que pode concordar ou não.
Embargos: 30 dias após garantido o juízo.
Impugnação: 30 dias após recebidos os embargos.
Arrematação: art. 22 LEF.
Adjudicação: art. 24 LEF.
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
Conceito: 
Início do prazo para embargar: Art. 16 da LEF
Matérias de Defesa (art. 917 e ss do CPC)
Das decisões e recursos
Uma vez distribuído por dependência, o magistrado ao analisar os embargos poderá:
1 – Rejeitar: 
Recurso cabível: 
2 – Receber: 
Recurso 
Recebidos os embargos 
Recurso cabível:
REPETIÇÃO DO INDÉBITO – art. 165, I, II e III CTN.
- Compensação: não há necessidade de ser da mesma espécie, após o trânsito em julgado.
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
- Extingue o Crédito Tributário.
- Recusa de recebimento do valor.
- Criar óbice ou impasse.
-Existência de mais de uma Fazenda Pública credora.
Se procedente: converte em renda para o fisco/credor.
Se improcedente: dá-se a execução fiscal e se processa pelo saldo.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
Não está prevista na legislação, somente na jurisprudência.
Conceito: a defesa via Exceção de Pré-Executividade tem fundamento quando o processo de execução se revela desprovido de causa por vício que afeta o título a tal ponto que impede o seguimento válido do processo, desobrigando o executado a constituir a garantia da execução.
Cabimento – juiz pode/deve conhecer de ofício – afronta à Ordem Jurídica:
Incompetência Absoluta;
Prescrição;
Ausência de condição da ação (possibilidade jurídica do pedido; ilegitimidade da parte; interesse processual);
Indeferimento da petição inicial – art. 300 CPC;
Causas de nulidade da execução – art. 803 CPC;
Causas de extinção do Crédito Tributário – art. 156 CTN.
Incidente processual – a qualquer tempo e sem a garantia do juízo;
Recursos – se rejeitada: cabe agravo e da sentença: cabe apelação.
AÇÃO DECLARATÓRIA
Conceito: A ação declaratória corresponde a uma ação de rito ordinário quetem como objetivo estabelecer certeza jurídicas. Serve para declarar a existência ou inexistência de relação jurídica tributária, conforme o art. 19 do CPC/2015. Possui como finalidade o provimento judicial que declare a existência de direito ou a inexistência da relação jurídica.
Cabimento
Positiva: é o meio processual utilizado para que sejam reconhecidos benefícios fiscais, como a imunidade, isenção, enquadramento a regimes fiscais especiais, parcelamento, etc. Ex: pessoa que tem o pedido administrativo de isenção negado pela fazenda pública, entidade educacional sem fins lucrativos, em que a fazenda pública exige requisitos além dos obrigatórios (art. 14 CTN) para o reconhecimento da imunidade tributária.
Negativa: Essa modalidade de ação declaratória visa o reconhecimento da inexistência da relação jurídica tributária. Pressupões que o procedimento administrativo de lançamento ainda não tenha sido realizado. Ex: uma lei estadual publicada em novembro de determinado ano estabelece que a partir do ano subsequente o IPVA incidirá sobre embarcações e aeronaves (STF decidiu que só incide sobre veículos terrestres). Assim, os proprietários de embarcações e aeronaves não precisam aguardar o lançamento, podem, preventivamente, propor uma ação declaratória para que seja reconhecida a inexistência da realção jurídica tributária.
***Não inibe a Fazenda Pública de fazer o lançamento e constituir o crédito tributário, nem em sede de antecipação de tutela, uma vez que só podemos suspender algo que exista, devidamente constituído, e o crédito tributário somente vai existir após o lançamento, antes disso, trata-se de mera expectativa de crédito.
Exceto, em casos excepcionais e de extrema urgência (licitação) em que o comando judicial será no sentido de determinar que, quando efetuado o lançamento, o crédito tenha a sua exigibilidade suspensa, tendo em vista a decisão judicial prévia.
Conversão da ação declaratória em ação anulatória
O objetivo da ação declaratória é apenas estabelecer certezas jurídicas, por esse motivo, a sentença da ação declaratória não suporta execução. Caso o lançamento seja realizado no transcurso da ação, a tutela pretendida originalmente pelo autor deixará de ser eficaz, na medida em que a sentença terá apenas o efeito de declarar sem gerar a desconstituição do crédito tributário.
Nesse sentido, a ação declaratória poderá ser convertida em ação anulatória, desde que o autor, na inicial, requeira como pedido subsidiário a anulação do crédito tributário, caso esse venha a ser constituído no transcurso da ação.
Imprescritibilidade da ação declaratória
Como na ação declaratória não se pretende uma decisão judicial que constitua, condene ou desconstitua algo, mas apenas pura declaração da existência ou inexistência de direitos, não há prazo prescricional nas ações declaratórias puras. (Ex: IPVA – notificação após anos da venda)
Efeitos da Sentença
Divergência!
Súmula 239 do STF: A decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores.
Jurisprudência e Doutrina: Enquanto mantidas as mesmas condições fáticas e de direito analisadas na sentença, os efeitos deverão ser aplicados para o futuro. Com a alteração de qualquer elemento, a sentença deixa de produzir efeitos entre as partes. Rebus sic stantibus (opera enquanto não modificada a situação de fato e de direito)
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL
Na ação anulatória, o sujeito passivo da obrigação tributária busca invalidar o lançamento contra si efetuado ou a decisão administrativa que não acolheu as suas razões de impugnação da pretensão da Fazenda Pública.
Uma vez proposta a ação anulatória, com prévia garantia de instância, a Fazenda Pública não pode ajuizar a execução fiscal.	
A Lei – 6.830/80, no art. 38, “caput”, segunda parte prevê a necessidade de depósito do montante do crédito tributário em discussão. Pela evolução jurisprudencial, fica assentada a desnecessidade de depositar o montante do crédito tributário, para propositura desta ação, não se revelando em requisito de procedibilidade. Mas, não haverá suspensão da exigibilidade do crédito, salvo se houver medida liminar em antecipação de tutela. CTN – art. 151, V. 
DISTINÇÃO ENTRE AÇAO ANULATÓRIA E AÇÃO DECLARATÓRIA
A ação anulatória sempre deverá estar precedida do ato do lançamento, que será objeto da desconstituição, uma vez que o C.T.foi constituído pelo lançamento. 
A ação declaratória objetiva ver reconhecida judicialmente, isto é, declarada a existência de – declaração positiva, ou inexistência – declaração negativa de um certo vínculo jurídico obrigacional em âmbito tributário, visando dirimir dúvidas quanto a relação fiscal duvidosa. 
A ação anulatória tem por objeto anular ato administrativo de lançamento; enquanto a ação declaratória busca declarar a existência ou inexistência de relação jurídica.
Poderá o contribuinte através de pedido anulatório, desconstituir o ato do lançamento, de lei declarada inconstituicional, e, mediante pedido declaratório, ver reconhecida a inexistência de relação jurídica, tomando como fundamento a mesma norma declarada inconstitucional.
MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5º, LXIX da CF/88 - conceder-se-á Mandado de segurança para proteger direito líqüido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Art. 5º, LXX da CF/88 - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Representa o meio adequado para o contribuinte proteger direito líquido e certo, insurgindo-se, assim, contra atos ilegais praticados com abuso de poder por autoridades fiscais.
 A concessão de medida liminar e a posterior concessão da segurança, tem a virtude de suspender a exigibilidade consubstanciada em ato administrativo lavrado pela Fazenda Pública.
Requisitos - Lei nº 12.016/2009:
Direito líquido e certo, se reveste de requisitos indispensáveis para concessão da segurança, consubstanciado por toda invocação de direito subjetivo, cujos fatos estejam comprovados documentalmente (prova pré-constituída), não necessitando de provas, independentemente de sua complexidade jurídica da questão submetida à tutela mandamental. 
Modalidades
Repressivo: visa atacar ato já praticado por autoridade coatora, tendo por finalidade evitar seus efeitos, para que não atinjam os particulares em sua esfera jurídica; 
Preventivo: objetiva evitar que o ato venha a ser praticado, não podendo ser confundido como ato contra lei em tese. 
No direito tributário, o mandado de segurança preventivo está ligado a possibilidade do agir concreto, materializado em ato da autoridade tributária, por estar vinculada às determinações da ADMINISTRAÇÃO quanto a fiscalização, do lançamento, bem como demais atos originários de sua responsabilidade funcional. Este modo de agir da AUTORIDADE TRIBUTANTE, configura o justo receio do contribuinte, em ser atingido concretamente pelas normas tidas como ilegais. 
Autoridade Coatora, é autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público, e, que executa, ou manda executar o ato causador da insatisfação do CONTRIBUINTE, que se tornará o IMPETRANTE do Mandado de Segurança.
Em nível federal: Delegado da Receita Federal responsável pelo território do contribuinte;
Em nível estadual: Delegado da Receita Estadual responsável pelo território do contribuinte;
Em nível municipal: Diretor da Arrecadação ou Secretária da Fazenda.
Não se concederá Mandado de Segurança
Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentementede caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado.
Procedimento
A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 3 vias, sendo 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. 
Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação.
O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. 
Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I - que se notifique a autoridade coatora para no prazo de 10 (dez) dias prestar as informações; 
II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada para que, querendo, ingresse no feito; 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
Requisitos para concessão da liminar:
a) relevância do fundamento; “fumus”
b) risco de ineficácia sendo provido no final; “periculum” 
Logo, para concessão da liminar, deverá ser examinada a certeza e liquidez do direito.
Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento.
Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários ou a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior. 
Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. 
Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento.
A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. 
Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. 
O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. 
Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. 
Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. 
Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. 
Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. 
A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar.
Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada. 
A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.
Mandado de Segurança Coletivo
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. 
O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. 
No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. 
Peculiaridades
Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. 
Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis. 
Por determinação legal, o art. 23 da Lei n° 12.016/09, fixa em 120 dias, o prazo para propositura do Mandado de Segurança, após ciência pelo interessado, do ato impugnado. Concluindo-se, ser o mesmo preclusivo, não obstante entendimentos existam, em sentido contrário, ou seja, sempre que se materializar o ato coator. AgRg no AI n° 971.450, j. 28.04.08, contra decadência; RMS 20.255, favor decadência j. 16.04.08 e REsp 871.235, contra decadência j. 14.04.08. 
Pelo teor da Súmula nº 213 do STJ, O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.
CAI NA PROVA
EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
DÍVIDA ATIVA.
PROCESSO ADMINISTRATIVO.
AULA DIA 17 DE NOVEMBRO.

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