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Transcrição – ANTI CONVULSIVANTES – 05/06/2017 CONVULSÃO x EPILEPSIA CONVULSÃO: Refere-se a uma alteração transitória do comportamento causada pela ativação desordenada, sincrônica e ritmada de populações de neurônios cerebrais. Pode ter por febre alta, após uma queda onde bateu com a cabeça, entre outros. EPILEPSIA: Refere-se a um distúrbio da função cerebral caracterizado pela ocorrência periódica e imprevisível das convulsões. Cérebros normais que são induzidos a crises convulsivas com eletrochoque ou agentes químicos (convulsivantes), são não-epiléticos. Erro! Indicador não definido. CONVULSÃO: Acredita-se que as convulsões tenham origem no córtex cerebral e não em outras estruturas do SNC (tálamo, tronco cerebral ou cerebelo), embora o comprometimento de outras áreas leve a efeitos diferenciados: • Comprometimento do Hipotálamo→ descarga autonômica • Comprometimento da formação reticular da parte superior do tronco cerebral → Perda da consciência. O normal seria somente ondas, enquanto no quadro patológico há os picos, que é a despolarização. Fármacos utilizados no status “epilépticus”: o estado epiléptico, se tira da crise convulsiva com Benzodiazepínico e faz-se a prevenção da crise convulsiva com barbitúrico. Parcial: quando atinge um lado do cérebro (um hemisfério). Geralmente ocorrem devido à algum tipo de lesão como tumor, trauma, malformação... Etiologia genética é rara para estes tipos de convulsão. CP Simples – Consciência não é afetada. Sinais Motores •Cortex Motor Frontal→ Espasmos repetitivos de um determinado grupo muscular, perda do controle voluntário. Sensorial •Área somatossensorial do Cortex Parietal→ Parestesia do membro representado. •Temporal/Occipital → Alucinações Auditivas. Autonômico •Temporal/Frontal → Náusea, Tonteira Psíquico •Sistema Límbico → Medo, Pensamentos & Emoções. CP Complexas - Consciência é alterada. Associado ao Córtex Temporal •Alteração da consciência por 30s a 2min. •Movimentos Involuntários Estereotipados. •Comportamentos complexos→ vestir-se, caminhar, pentear-se (alguns minutos). •déjà vu e outras sensações emocionais. •Seguido de cansaço, amnésia. CP Secundariamente generalizada (pode evoluir para o cérebro inteiro) por convulsão Tônico-Clônica: •Perda da Consciência •Episódio Tônico-Clônico Convulsão Parcial evolui para a convulsão tônico-clônico com perda da consciência Generalizada: quando atinge todo o cérebro (os dois hemisférios) Tipos •Tônico-Clônicas (Grande mal) •Crise de Ausência (Pequeno mal) •Clônicas e Mioclônicas (sem o tônus) •Tônicas •Atônicas Estão na figura os dois hemisférios (direito e esquerdo) divididos em: frontal, temporal e ociptal. Uma convulsão parcial pode acometer uma/duas/três área(s) do cérebro, mas de um lado só. TÔNICO-CLÔNICAS Perda da Consciência Contrações Generalizadas (todo o corpo) Rígidas Mantidas (Tônico). Seguidos de Períodos de Contrações Musculares Alternadas de Períodos de Relaxamento (Clônico) por 1 a 2 minutos. CRISE DE AUSÊNCIA Perda da Consciência. Olhar Parado. Interrupção das Atividades Durando Tipicamente 30 segundos. Opistótono: quando a coluna do paciente se eleva/arqueia e a cabeça e os pés ficam encostados na superficie. Exemplo na figura acima (tonic phase) Generalizada nos dois hemisférios, as ondas são dessincronizadas. Isso é avaliado quando o paciente está em crise convulsiva. MIOCLÔNICAS Breve contração tipo choque dos músculos. Pode restringir-se a uma parte de uma extremidade ou ser generalizada. Todos nós já tivemos esse tipo de espasmo, e geralmente é ocasionado pelo estresse. BASES NEUROQUÍMICAS NÃO ESTÃO BEM DEFINIDAS Mas podemos entender disso tudo é que se tem contração é o excesso de cálcio, e se tem cálcio, e o cálcio entrou por conta do sódio então houve despolarização. . Aumento da transmissão de aas excitatórios. . Comprometimento da transmissão inibitória. . Propriedades elétricas anormais das células afetadas. . Glutamato frequentemente aumentado nos focos epiléticos. . Descarga epilética repetida→ Morte neuronal por excitotoxicidade (excesso de Cálcio). IMPORTANTE: saber todos os nomes dos medicamentos. GLUTAMATO Principal neurotransmissor excitatório Receptor de Glutamato: AMPA (sódio) e NMDA (Cálcio) Se há aumento da expressão de Glutamato e diminuição de GABA, há aumento da despolarização. Então o certo seria corrigir isso, esse seria o mecanismo de ação. Como não estão bem definidos, é necessário relacionar tudo isso... Temos dois tipos de canais: Canal Aberto por Receptor (TOC) e Canal Aberto por Voltagem (VOC) ANTICONVULSIVANTES Mecanismos Propostos: Inibição de Canais de Na+ Voltagem dependentes Inibição dos Canais de Ca++ do tipo T - VOC Antagonismo Glutamatérgico - VOC Potencialização das Sinapses de GABA – GABA-a (canal de cloreto) INIBIÇÃO DE CANAIS Na+ VOLTAGEM DEPENDENTES (Bloqueio dependente do uso) Diminui a excitabilidade das membranas, interferindo principalmente nas grandes freqüências. Vai inibir os canais de sódio voltagem dependente, bloqueio independente do uso, exatamente como em anestésicos locais. Carbamazepina, fenitoína, topiramato, lamotrigina, valproato, zonisamida são fármacos anticonvulsivantes que bloqueiam canais de sódio voltagem dependente (VOC) e não despolarizam o neurônio. Se bloqueiam, temos as subunidades Beta sustentando a alfa que é a mais importante onde temos 4 subunidades com 6 segmentos cada uma (igual a anestésicos locais) e aí é só bloquear a subunidade. IMINOESTILBENOS MECANISMO DE AÇÃO: CARBAMAZEPINA • Bloqueia os canais de Na+ Voltagem-dependentes, em concentrações terapêuticas e inibe as descargas repetitivas de alta freqüência. • Evidências de atuação na pré-sinapse diminuindo a transmissão excitatória. • Estudos de “binding” mostram afinidade por receptores de Adenosina. • Evidências recentes que a ação pós-sináptica do GABA pode ser potencializada. (Inibe liberação do Glutamato, ajudando a pesar o prato inibitório junto da adenosina e ainda potencializa o GABA) • Eficaz no tratamento da depressão bipolar. • Inicialmente usada na Neuralgia do trigêmeo. **A Adenosina hoje em dia é considerada um NT inibitório, se ela é um agonista do receptor e é inibitório a Carbamazepina mostrou afinidade pela adenosina aumentando a ação desse NT no receptor, aumentando o lado inibitório. FARMACOCINÉTICA • Dose adulto = 1-2g; criança = 15-25mg/kg/dia • 75-90 % ligado à Albumina (Não possui evidências de deslocamentos) • 80% Biodisponibilidade • t1/2 = 18 a 55h(inicial) e depois de várias doses: 12 a 17h • 2-3% excretados não alterado na urina • NOTÁVEL INDUÇÃO DA BIOTRANSFORMAÇÃO – acelera a própria biotransformação (não só ela, outros fármacos mais antigos também fazem isso) o que gera um aumento de dose para conseguir gerar o mesmo efeito. TOXICIDADE: Ataxia (perda ou irregularidade da coordenação muscular), Diplopia (visão dupla), discrasias sangüíneas, Distúrbios GI, erupção cutânea eritematosa. HIDANTOÍNAS Anel de 5 membros com 2 carbonilas, dois nitrogênios e um carbono só. Barbitúrico é um anel de 6 membros. A diferença da hidantoina para o fenobarbital é que o anel do barbitúrico tem mais umcarbono. FENITOÍNA (difenilhidantoina) MECANISMO DE AÇÃO: • Bloqueia os canais de Na+ Voltagem-dependentes; em concentrações terapêuticas inibe as descargas repetitivas de alta freqüência. • Altera a condutância de Na+, K+,Ca++ • Em concentrações elevadas inibe a liberação de 5-HT, NA, aumenta a captação de DA e inibe a MAO. • Interage com lipídeos de membrana. • Evidências que altere as concentrações de GABA – aumentando o GABA. Triciclico FARMACOCINÉTICA • Comum iniciar com dose de ataque de 300mg/dia. A dose deve ser aumentada em apenas 25-30mg de cada vez em adultos para obtenção de um novo estado de equilíbrio dinâmico. Crianças 5mg/kg/dia • Biodisponibilidade = 70-100%(oral) • Liga-se 90% à ptns plasmáticas • Acumula-se no RE das céls. do cérebro, músculo, adipócitos. • t1/2 entre 6-24h • fármaco ácido de pKa 8.3 TOXICIDADE: Ataxia , Diplopia, Nistagmo (globo ocular mexendo de um lado para o outro), Sedação, Hirsutismo, Hiperplasia gengival DERIVADOS FENILTRIAZÍNICOS LAMOTRIGINA MECANISMO DE AÇÃO: • Principal mecanismo está relacionado aos canais de Na+, suprimindo as descargas rápidas e sustentadas. • Inativação de canais de Ca++ Voltagem dependentes de forma uso dependente. FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade = 90% • Ligação em ptns: 55% • t1/2 de 24h, diminuindo para 13-15h em pacientes que fazem uso de indutores hepáticos. (NÃO É INDUTORA ENZIMÁTICO mas os médicos usam com fármacos indutores enzimáticos o que faz com que precise de um aumento de dose) TOXICIDADE: • Sonolência, tonteira, cefaléia, erupção cutânea, diplopia, náuseas DERIVADOS SULFONAMÍDICO ZONISAMIDA • Aprovada em 2000 pelo FDA para convulsões parciais em adultos quando utilizadas com outros fármacos MECANISMO DE AÇÃO: • Principal mecanismo está relacionado ao prolongamento do estado de inativação dos canais de Na+ Voltagem-dependentes. • Inativação de canais de Ca++ tipo T. FARMACOCINÉTICA • quase totalmente absorvida após via oral • t1/2 de 63h • Ligação de 40% à ptns • biotransformada pela CYP3A4 TOXICIDADE: Sonolência, ataxia, anorexia (é utilizada em obesos também), nervosismo e fadiga AMINOÁCIDO FUNCIONALIZADO LACOSAMIDA • Aprovada em 2008 pelo FDA para convulsões parciais em pacientes com 17 anos ou mais. MECANISMO DE AÇÃO: • Principal mecanismo está relacionado ao prolongamento do estado de inativação dos canais de Na+ Voltagem-dependentes. FARMACOCINÉTICA • quase totalmente absorvida após via oral • t1/2 de 13h DERIVADO TRIAZOLÍNICO RUFINAMIDA • Aprovada em 2008 pelo FDA para convulsões associadas com a síndrome Lennox-Gastaut em crianças e adultos MECANISMO DE AÇÃO: • Principal mecanismo está relacionado ao prolongamento do estado de inativação dos canais de Na+ Voltagem-dependentes. Síndrome de Lennox-Gastaut: soma-se a síndrome de Hetch que são epilepsias em crianças que nasceram normais e com 6 meses de idade começam a fazer crise convulsiva e não param mais. Quando a epilepsia não responde mais aos anticonvulsivantes mesmo em combinação, chama-se de epilepsia refratária e aí entra com o cannabis, que é o tratamento compassivo. ÁCIDOS GRAXOS ÁCIDO VALPRÓICO MECANISMO DE AÇÃO: • Constatada atividade antiepilética após ser utilizado como solvente na pesquisa de outras drogas. Tanto o ácido como o Valproato de Na+ possuem atividade. • Totalmente ionizado em pH corporal. • Bloqueia os canais de Na+ Voltagem-dependentes, em concentrações terapêuticas inibe as descargas repetitivas de alta freqüência. • Aumenta os níveis de GABA no cérebro. • Foi descrito por estimular a GAD. (descarboxila o ácido glutâmico) • Foi descrito por inibir a GABA-transaminase. • Aumenta a condutância do K+, tendendo a hiperpolarizar a membrana. • Sua ação nas crises de ausência ainda não foi explicado. FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade de 80%. • pKa 4,7. • Ligação em ptns em 90% • Pelo fato de ser íon e extremamente ligado, o Vd é baixo 0,15L/Kg (água extracelular). • Desloca a Fenitoína das ptns. • INIBE O METABOLISMO DE VÁRIOS FÁRMACOS – É O ÚNICO DENTRE OS ANTICONVULSIVANTES COM ATIVIDADE INIBITÓRIA • t1/2 de 9-16h • Doses de 25-30 mg/kg TOXICIDADE: • Náuseas, vômitos, distúrbios GI, dor abdominal, pirose • Sedação quando administrada com fenobarbital • Considerável HEPATOTOXICIDADE.. USOS CLÍNICOS: • Muito eficaz nas crises de ausência, mas a Etossuximida é o fármaco de escolha. • Outros usos são o distúrbio bipolar e a profilaxia da enxaqueca. INIBIÇÃO DOS CANAIS DE Ca++ DO TIPO T (Diminuem a corrente marcapasso responsável pelo ritmo talâmico de pontas e ondas ocorridos nas crises de ausência generalizadas) O canal de cálcio tem a subunidade igual ao canal de sódio. A subunidade alfa do canal de sódio tem alfa 2 (extracelular) e alfa 1 (transmembranar). Canal de cálcio diferente do canal de sódio tem uma subunidade beta para dentro da célula, subunidade alfa 1, subunidade gama, subunidade delta, subunidade alfa 1 novamente e subunidade alfa 2. E aí o cálcio entra (VOC). Subunidade gama comunica o lado de fora com o lado de dentro. Nessa complexidade as duas subunidades alfa 2 e delta, é a mais importante para impedir que o cálcio entre, por isso temos antagonistas que irão bloquear os canais de cálcio que se ligam nas subunidades alfa 2-delta. SUCCINIMIDAS ETHOSUXIMIDA MECANISMO DE AÇÃO: • Envolve a inibição de canais de Ca++ do tipo T. Reduzindo a corrente de limiar baixo. Efeito observado nas concentrações terapêuticas em neurônios talâmicos. • Inibe a Bomba Na+/K+ATPase em concentrações não terapêuticas. • Inibe a GABA aminotransferase em concentrações não terapêuticas. FARMACOCINÉTICA: • Dose = 750-1500mg/dia • Absorção oral completa. • Biodiponibilidade: 98% • Totalmente metabolizada. • Metabólitos não ativos (renal) • t1/2 de 40-55h. TOXICIDADE: • Distúrbio gástrico, incluindo dor, náusea e vômitos NÃO É HEPATOTÓXICO. ANTAGONISMO GLUTAMATÉRGICO Teremos fármacos que inibirão um canal ou os dois. Não devemos restringir os fármacos para uma única doença, pois como eles atuam em canais de sódio onde existir canal de sódio, de cálcio, de NA/K-ATPase, Glutamato eles irão ter efeitos para N coisas. TOPIRAMATO MECANISMO DE AÇÃO: • Bloqueia descarga repetitivas de neurônios em cultura, por provável inibição dos canais de Na+ Voltagem dependentes. • Evidências de potencializar os efeitos inibitórios do GABA, embora em sítio diferente dos BZD e Barbitúricos. • Deprime ação excitatória Glutamato (AMPA). FARMACOCINÉTICA • Alimentos não interferem na absorção • Dose = 200-600mg/dia • Biodisponibilidade = 80%. Anel de 5 membros, com duas carbonilas, um nitrogênio e dois carbonos. Lembra a hidantoína. • Ligações em ptns plasmáticas (15%). • Metabolismo hepático (30%). • Não há metabólitos ativos (70% renal) • t1/2 de 19-23h. TOXICIDADE: Relacionados à dose: sonolência, fadiga, tonteira, redução da capacidade cognitiva, parestesias (cãimbras), nervosismo e confusão. CARBAMATO FELBAMATO • Apenas para casos refratários aos outros medicamentos MECANISMO DE AÇÃO: • Não muito bem estabelecido • Evidências de antagonismo ao sítio de Glicina do receptor NMDA. (Não deixa a glicina entrar, mas também não abre o canal de cálcio) FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade: >90% • t1/2 de 2Oh TOXICIDADE: • Provoca anemia aplásica e hepatite grave em uma taxa inesperadamente alta. • O FÁRMACO FOI RELEGADOÀ TERCEIRA LINHA. O efeito anticonvulsivante está relacionado com sedação, amnésia e aditismo. O fenobarbital é o único da família utilizado como prevenção da crise convulsiva. Mas já vimos que há outras alternativas além dele. GABAMIMÉTICOS PROGABIDA – Pró fármaco do GABA Usado também na doença de Parkinson, esquizofrenia, depressão e ansiedade. FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade = 60% • Ligação a ptn = 95% • t1/2 = 4h • excreção renal ** Albumina é a proteína em maior quantidade no nosso corpo e que se oferece para estocar as moléculas. Quanto maior a afinidade do fármaco por ela mais necessário se faz a presença dela. Se tem um fármaco com baixa afinidade pela albumina pode se ter albumina baixa. Mas se o fármaco tem muita ligação com a proteína plasmática, então teria que ter muita albumina para oferecer. Pacientes com mais de um medicamento e eles tem hipoalbuminemia terá uma fração livre do fármaco maior e aí pode ter um quadro de intoxicação, mesmo que o fármaco esteja na dose certa. POTENCIALIZADORES DO GABA VIGABATRINA MECANISMO DE AÇÃO: • Inibidor IRREVERSÍVEL da GABA transaminase • Aumenta a quantidade de GABA nas sinapses FARMACOCINÉTICA • Dose: 500mg 2x/dia • não se liga a ptns. • Biodisponibilidade: 80-90% • Nenhum metabólito ativo (renal) • t 1/2 de 5-8h em adultos e 12-13h em idosos TOXICIDADE: Sonolência, tonteira, ganho de peso, agitação, confusão e psicose. TIAGABINA MECANISMO DE AÇÃO: • Inibidor da captação de GABA, tanto em neurônios como em glias. • Aumenta os níveis extracelulares no prosencéfalo e no hipocampo. Aumenta a quantidade de GABA por que inibe sua recaptação pro neurônio. FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade de 90-100% • Dose = 16-26mg/dia • Ligação a ptns plasmáticas = 96% • Oxidada pela CYP3A4 • t1/2 de 7-9h • excreção renal e fecal TOXICIDADE: Relacionados à dose: nervosismo, tonteira tremor, dificuldade de concentração e depressão. GABA PROGABIDA GAT = Transportador de GABA VIGABATRINA, VALPROATO E TIAGABINA inibem em determinados locais. Aumentando a quantidade de GABA disponível. GABAPENTINÓIDES GABAPENTINA Planejado como espasmolítico MECANISMO DE AÇÃO: • liga-se seletivamente ao canal de Cálcio (subunidade alfa2delta) voltagem-dependente levando a diminuição do influxo de Ca++ e, consequentemente, não há a liberação de neurotransmissores excitatórios (Glu) • Parece aumentar a entrada do Glu no neurônio. E quando ele entra no neurônio ele vira GABA. FARMACOCINÉTICA • Dose = 2,4g/dia • ligação em ptns abaixo de 3% • Não é metabolizado • Não induz met. Hepático • t1/2 de 5-7h • adm. 3-4 vezes/dia USO CLÍNICO: Muita prescrição para além do tratamento anticonvulsivante mas para neuropatia periférica do diabético e para quem faz quimioterapia que tratam com antineoplásico e também tem excelente efeito analgésico. PREGABALINA MECANISMO DE AÇÃO: semelhante à GABAPENTINA (inibe subunidade alfa2delta do canal de cálcio)8 FARMACOCINÉTICA • maior absorção, maior potência e ação mais duradoura – O problema é o seu preço que é maior que a GABAPENTINA • Biodisponibilidade = 90% • t1/2 = 5 - 6,5h • adm 2x/dia • mais caro que a GABAPENTINA porque não tem genérico EFEITOS COLATERAIS: • semelhante à GABAPENTINA: sonolência, vertigem, distúrbios GI e edema periférico ] BARBITÚRICOS FENOBARBITAL (5-fenil, 5-etil barbitúrico) Referência: GARDENAL MECANISMO DE AÇÃO: • Modula receptor Ionotrópico GABAA aumentando o tempo de abertura do canal de Cloreto. • Bloqueia as respostas excitatórias induzidas pelo glutamato pelo receptor inotrópico AMPA. • Em concentrações elevadas, bloqueia os canais de Na+ Voltagem-dependentes; em concentrações terapêuticas inibe as descargas repetitivas de alta freqüência. • Em concentrações elevadas bloqueiam algumas correntes de Ca++ (tipos L e N) FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade = >95% • Ligação a ptn = 20-45% • t1/2 = 50-120h • Fármaco ácido de pKa 7.4 • Excreção aumentada na urina alcalina. • Excretado de forma inalterada. TOXICIDADE: Sonolência, diminuição da capacidade motora, depressão do SNC. DESOXIBARBITÚRICOS MECANISMO DE AÇÃO: Apesar da Primidona ser convertida em Fenobarbital, o mecanismo de ação é semelhante ao da Fenitoína (bloquear canal de Na+). FARMACOCINÉTICA • Dose = 10-20 mg/kg/dia • Biodisponibilidade = 100% • Ligação a ptn = 25% • 70% fica na forma livre de ligação • t 1/2 de 5-18h ; (PEMA = 16h) • tss = 2-3 dias; (PEMA = 1-4semanas) TOXICIDADE: • Semelhantes ao Fenobarbital. METABÓLITO - PEMA MECANISMO DE AÇÃO: Modula receptor Ionotrópico GABA-A aumentando a frequência de abertura do canal de Cloreto BENZODIAZEPÍNICOS Seis BZDs desempenham papéis proeminentes. • DIAZEPAM • LORAZEPAM • CLONAZEPAM • CLORAZEPATO • NITRAZEPAM • CLOBAZAM. IMEPITOÍNA Derivado imidazolínico (ELB138) atua como agonista parcial de baixa afinidade no sítio do BZD no receptor GABA-A. Mostrou um espectro amplo da atividade anticonvulsivante em vários modelos de convulsão e epilepsia em doses toleráveis, e com baixa tendência à tolerância e dependência. Foi recentemente aprovada na Europa para tratar convulsões em cães. ANÁLOGO DO PIRACETAM LEVETIRACETAM MECANISMO DE AÇÃO: • Não é conhecido. • Liga-se a a glicoptn da vesícula sináptica (SV2A) e inibe o canal de Ca++ pré-sináptico FARMACOCINÉTICA • Biodisponibilidade = 100% • Não afetada pela presença de alimentos. • Ligação em ptns <10%. • 2/3 excretados de modo inalterado na urina. • hidrólise enzimática do grupo acetamida • t1/2 de 6-8h TOXICIDADE: • Sonolência, astenia, tonteira. USO CLINICO: Utilizado para pessoas com pessoas com Parkinson que possuem dificuldade de memória, pra Alzheimer e para crises convulsivas. CANNABIS EPILEPSIAS REFRATÁRIAS Em estudos recentes feitos pela Academia Americana de Neurologia, 137 pessoas utilizaram canabinóides por 12 semanas. E 66,7% relataram diminuição na ocorrência das crises convulsivas. O que acontece na planta: o ácido olivetólico vai passar por uma feniltransferase dando o ácido canabigerólico é altamente lipofílico. E será substrato para a THCA sintase, formando o ácido. E pela CBDA sintase, formando o CBDA e da forma ácida haverá descarboxilação, virando delta- THC (tetrahidrocanabinol) e canabidiol. CANABIDIOL No exterior, o produto é chamado de Sativex. No Brasil, será o Mevatyl (25 mg/mL canabidiol : 27mg/mL THC). Aprovado pela ANVISA em novembro/2016. EFEITOS TÓXICOS: O cannabis e canabinóides podem levar a lesão hepática. Isso pode ocorrer por estímulo dos receptores de canabinóides hepáticos, que são praticamente ausentes no fígado normal. A ativação desses receptores tem ação profibrogênica e altera o metabolismo energético induzindo ao acúmulo de triglicérides no fígado (fazendo parte da fisiopatogenia da esteatosehepática e esteato-hepatite).
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