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1 / 16 O Efeito Fotoelétrico Juan Omar M. Herrera(DQI-IQ) 8 de maio de 2016 Introdução • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 2 / 16 Tradicionalmente os textos básicos de química explicam o efeito fotoelé- trico, restringindo-se ao fenômeno fotoemissivo, onde a luz pode de alguma forma ejetar elétrons de uma superfície metálica. Entretanto, a interação da luz com a matéria, é mais abrangente, incluindo os fenômenos fotovoltaico e fotocondutivo. • Efeito Fotoemissivo. É a emissão de elétrons de uma superfície metálica (catodo) devida a incidência de luz sobre essa superfície e coletados no anodo, gerando uma corrente fotoelétrica. • Efeito Fotovoltaico. É a conversão direta de luz em energia elétrica ao incidir sobre uma célula fotovoltaica, provocando uma tensão de saída proporcional a intensidade da radiação (UV, Visível, IV). Aplicado na pro- dução de energia por meio de paneis solares. Introdução.. • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 3 / 16 • Efeito Fotocondutivo. É a conversão da luz através da modificação da condutividade elétrica do material, LDR (Light Dependent Resistor), de- vido a variação da resistividade conforme varia a intensidade da luz incidente. Aplicado na automação da iluminação publica, em controle remoto de aparelhos eletrônicos e em sensores de presença. Em muitos processos atômicos e nucleares é conveniente poder expressar a energia em unidade que faça referencia a uma única entidade atômica, seja elétron, fóton, átomo ou molécula. Esta unidade é o elétron-volt. Por definição um elétron-volt é a quantidade de energia cinética ganha por um elétron quando acelerado por uma diferença de potencial elétrico de um volt no vácuo. O elétron-volt: Uma unidade adequada • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 4 / 16 Um volt representa a quantidade de trabalho necessário para mover uma carga entre dois pontos num campo elétrico. Ou seja, quando 1 joule de trabalho é requerido para mover 1 coulomb de carga entre dois pontos dum campo elétrico, entre esses dois pontos há uma diferença de potencial de 1 volt. W = qV = (1,6× 10−19 C)(1 JC−1) W = 1elétron-volt = 1,6× 10−19 J A abreviação de elétron-volt é eV e seu plural é elétrons-volt. Para estimar energias por mols de elétrons, fótons, átomos ou moléculas é mais conveni- ente expressar a energia em quilojoules. 1,6× 10−19 J× 6,022× 1023mol−1 × 10−3 kJ J−1 = 96,4845 kJmol−1 O Experimento de Lenard • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 5 / 16 µΑ e− e− e− e− e− e− + − V AnodoCatodo vácuo Fonte de tensão variável Amperímetro Radiação incidente Esquema do experimento de Lenard Ao final do século 19, o físico alemão Heinrich Hertz, percebeu que alguns eletroscópios podiam ser descarregados quando iluminados com luz, es- pecialmente luz ultravioleta. Porém não havia explicação clássica para o fenômeno chamado de efeito fotoelétrico. O físico Phillip Lenard (aluno de Hertz), aprofundou os estudos sobre o fenômeno e descobriu que ele é provocado por radiação ultravioleta. O Experimento de Lenard • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 6 / 16 No esquema básico de Lenard, a luz ultravioleta incide sobre a superfície metálica (catodo) provocando a emissão de elétrons da placa, se alguns desses elétrons atingirem a placa coletora (anodo) haverá uma fotocorrente no circuito. Lenard mediu a corrente através do anodo como função da diferença de potencial V aplicada entre os eletrodos para intensidades alta e baixa da luz incidente. O experimento mostrou que o número de elétrons que atingem o anodo (negativo) diminui a medida que o potencial V entre as placas cresce, indi- cando que apenas os elétrons que possuam energia cinética inicial maior que |eV | podem atingir o anodo. Existindo um potencial de frenagem V0 para o qual nenhum elétron chega no anodo: Kmax = ( mv2 2 )max = eV0 O Experimento Continua • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 7 / 16 Se invertermos o potencial V entre as placas, de modo que o catodo seja negativo e o anodo positivo, então todos os elétron emitidos pela superfí- cie serão acelerados e atingiram o anodo, mostrando que a intensidade da corrente não depende de um elevado valor do potencial V . Assim Lenard conclui que: • O potencial de frenagem V0 depende da frequência da radiação inci- dente, mas não de sua intensidade. • O efeito fotoelétrico só acontece a partir de uma determinada frequência mínima ν0 e não depende da intensidade da radiação. • A partir do momento que o fenômeno começa acontecer, o número de elétrons que chegam ao anodo é diretamente proporcional à intensidade da radiação incidente. Não existe retardamento entre o momento que a luz começa a incidir sobre a superfície e o instante da ejeção do fotoelé- tron. Efeito Fotoelétrico: Experimental • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 8 / 16 V0 V0 (V) ν0 V0 = hνe φ e − 0 − + intensidade alta intensidade baixa Diferença de Potencial V I n t e n s i d a d e m=h/e m = inclinação da reta frequência (Hz) (a) (b) y = mx + b • Quando iluminamos o catodo da célula fotoelétrica com luz monocromá- tica de hν > φ0, os elétrons emitidos carregam a energia cinética, que varia entre o valor zero e o valor hν − φ0. Essa energia causa uma fotocorrente entre o catodo e o anodo até mesmo sem diferença de po- tencial. Os elétrons podemsuperar a barreira de potencial com o anodo negativo com relação ao catodo positivo constituindo uma corrente con- vencional na direção oposta. Efeito Fotoelétrico • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 9 / 16 • Variando-se a frequência da radiação incidente em relação ao V0 po- demos obter uma relação de dependência de V0 com ν que deve ser linear, figura(b). V0 = hν e − φ0 e A partir do gráfico de V0 versus ν determinamos a função trabalho φ0 da interseção da reta (coeficiente linear) com a abscissa e a constante de Planck h é dada pela inclinação (coeficiente angular) da reta. Einstein Entra em Cena • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 10 / 16 Einstein em seu famoso artigo de 1905, propôs, contrario a teoria clássica, que a radiação emitida pela fonte luminosa esta quantizada em pequenos pacotes, os fótons, que se deslocam com a velocidade da luz. Ele admitiu que a energia do fóton estava relacionado com sua frequência via a equa- ção: E = hν = hc λ Considerando que no efeito fotoelétrico o fóton é completamente absorvido por um elétron no fotocatodo, concluiu que a energia cinética de um elétron emitido seria: K = hν − φ = hc λ − φ onde φ seria a energia necessária para remove-lo do material. Einstein Concluindo • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 11 / 16 O valor de φ dependerá da energia de ligação do elétron aos átomos do material e da energia térmica dissipada via colisões até este elétron atingir a superfície do fotocatodo. Cabe destacar que o efeito acontece predomi- nantemente na superfície e nas regiões próximas da superfície. Para os elétrons localizados diretamente na superfície do catodo, a energia cinética alcança seu valor máximo: Kmax = hν − φ0 = hc λ − φ0 sendo φ0 a função trabalho tipico de cada material e representa a ener- gia mínima necessária para que o elétron vença as forças atrativas que o mantém ligado ao material. Aumentar a intensidade da luz incidente só au- mentaria o número de fotoelétrons produzidos aumentando a quantidade de fotocorrente. Comentários • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 12 / 16 Entretanto, isto não modificaria a energia de cada fóton emitido. Portanto: Kmax = eV0 => V0 = (hν − φ0) e Kmax = eV0 => V0 = 1 e ( hc λ − φ0) A existência de um limiar fotoelétrico corresponde a situação seguinte: Kmax = 0 => φ0 = hν0 = hc λ0 Uma diferença muito importante entre o efeito fotelétrico e a teoria ondula- tória clássica, é que esta considera um tempo de atraso entre a luz incidir sobre a superfície e os fotoelétrons serem ejetados. Comentários • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 13 / 16 Imaginemos uma superfície de lítio a uma distância R = 1m de uma fonte luminosa esférica, de intensidade baixa, de potência P0 =1W. Vamos supor que o elétron ejetado tenha que absorver energia numa área propor- cional a um raio atômico r ≈ 10−10m, então a potência que incidira sobre o alvo será: P = P0 πr2 4πR2 = π10−20 4π12 = 2,510−21 J s−1 Se a energia necessária para remover um elétron da superfície do lítio é ∆E = 2, 9eV = 4,7× 10−19 J. O tempo necessário para o elétron ab- sorver essa energia será: ∆t = ∆E P = 4,71× 10−19 2,5× 10−21 = 1,9× 102 s Ou seja aproximadamente 3 minutos. Um tempo perfeitamente mensurável, entretanto nenhum atraso foi jamais observado. Função Trabalho de Alguns Metais • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 14 / 16 Elemento Função trabalho λ0 de corte eV 10−19 J nm Li Lítio 2,93 4,69 423 Na Sódio 2,36 3,78 525 K Potássio 2,30 3,68 541 Cs Césio 2,14 3,43 579 Mg Magnésio 3,66 5,86 339 Ca Cálcio 2,87 4,60 432 Sr Estrôncio 2,59 4,15 479 Al Alumínio 4,08 6,54 304 Zn Zinco 4,31 6,90 288 Pb Chumbo 4,25 6,81 292 Fe Ferro 4,81 7,71 258 Cu Cobre 4,65 7,45 264 Au Ouro 5,10 8,17 243 Ag Prata 4,73 7,58 262 Exemplos • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 15 / 16 Exemplo 1: A função trabalho φ do átomo de sódio metálico é 2,36 eV. Calcular a frequência de corte ν0 do sódio. φ = (2,36 eV)× (1,602× 10−19 J eV−1) = 3,78× 10−19 J ν0 = 3,78× 10−19 J 6,626× 10−34 J s = 5,71× 1014 Hz λ0 = (6,626× 10−34 J s)(3,0× 108ms−1) 3,78× 10−19 J = 5,26× 10−7m = 526 nm Qualquer radiação incidente de comprimento de onda menor que 526nm será capaz de ejetar elétrons de uma superfície de átomos de sódio. Entre- tanto, radiação infravermelha de comprimentos de onda maiores não será capaz de ejetar fotoelétrons. Exemplos • Introdução • Introdução.. • O elétron-volt: Uma unidade adequada • O Experimento de Lenard • O Experimento de Lenard • O Experimento Continua . . . • Efeito Fotoelétrico: Experimental • Efeito Fotoelétrico... • Einstein Entra em Cena • Einstein Concluindo • Comentários • Comentários • Função Trabalho de Alguns Metais • Exemplos • Exemplos 16 / 16 Exemplo 2: A diferença de potencial necessária para deter a emissão de fotoelétrons de uma superfície de cobre é de 0,24 eV. A radiação incidente sobre a superfície tem um comprimento de onda de 253,7nm. Calcule a função trabalho φ do cobre. ǫf = hc λ = (6,629× 10−34 J s)(2,9979× 108ms−1) (253,7× 10−9m) = (7,834× 10−19 J)(6,242× 1018 eV J−1) = 4,89 eV A função trabalho φ do cobre é: Kmax = hc λ − φ => φ = hc λ −Kmax φ = 4,89 eV − 0,24 eV = 4,65 eV Introdução Introdução.. O elétron-volt: Uma unidadeadequada O Experimento de Lenard O Experimento de Lenard O Experimento Continua … Efeito Fotoelétrico: Experimental Efeito Fotoelétrico... Einstein Entra em Cena Einstein Concluindo Comentários Comentários Função Trabalho de Alguns Metais Exemplos Exemplos
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